Livro Apresenta Casos Reais Para Discutir Capacidade Transformadora da Filantropia

O livro “Change Philanthropy”, da consultora americana Alicia Epstein Korten, aborda a experiência de dez organizações que desenvolveram estratégias de filantropia eficazes em suas respectivas áreas de atuação.

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Em seu livro, a presidente da consultoria filantrópica ReNual discute como algumas das principais organizações americanas têm alcançado impactos importantes no que se refere à equidade.

Especialista no uso de ferramentas de comunicação, Alicia Korten discorre sobre experiências com foco em melhoria de renda, incremento do orçamento de escolas públicas, desenvolvimento do investimento social, auxílio a organizações de imigrantes e de mulheres, em linguagem direta, franca e não acadêmica. O objetivo do discurso sem rodeios é facilitar o entendimento para iniciantes no setor e também estabelecer vínculos com o leitor. Nada mais natural, visto que o discurso engajado de Alicia funciona mesmo como uma espécie de chamado à ação.

No livro, a autora defende que os ativistas sociais devem ajudar os cidadãos a “transformar sistemas, instituições e culturas para garantir a todos a plena participação social, econômica, espiritual e política na vida de seus países”.

As organizações cujas histórias inspiraram Alicia Korten são o Needmor Fund, Open Society Institute, Global Fund for Women, Gulf Coast Fund for Community Renewal and Ecological Health, e as fundações Ford, Discount, Schott, Liberty Hill, Charles Stewart Mott e Jacobs.

Para mais detalhes sobre o livro “Change Philanthropy: Candid stories of foundations maximizing results through social justice”, clique aqui.

A obra, ainda não traduzida para o português, está disponível em formato tradicional (papel) e também em E-Book.

Caso queira adquirir o livro diretamente da editora, clique aqui.

 

 

Livro “Um Dia de Captador” Mostra o Dia a Dia de Professional da Àrea

Livro de Marcelo Estraviz, lançado no Festival Latino-Americano de Captação de Recursos – FLAC 2011, reúne informações técnicas que vão ajudar no cotidiano do captador de recursos.

Livro “Um dia de captador” mostra o dia a dia do profissional da área

O presidente da Associação Brasileira de Captação de Recursos (ABCR) conta na publicação como o profissional da área busca parcerias e financiadores para sua organização. Além de narrar sua rotina, o autor oferece pílulas com informações teóricas e práticas para os captadores de recursos. Segundo ele, “a ideia é que as pessoas se identifiquem com essas questões do cotidiano, para colocarem em ação as sugestões”

Buscar parceiros, participar de eventos de arrecadação e fazer convênios com governos são alguns dos temas tratados no livro. Estraviz descreve as rotinas do captador no contexto da realidade brasileira. “Retratei um dia comum desse profissional em período de campanha de captação para sua entidade. No meio dessa trajetória, separei algumas pílulas muito úteis para o leitor”.

O livro também retrata dificuldades e curiosidades na atividade do captador de recursos. “Uma coisa muito curiosa no cotidiano do captador, é a solidão”, afirma Estraviz. “Às vezes o captador está em uma organização, mas não fala a mesma língua da entidade. Uma parte do livro se dedica a isso, sobre ele se sentir identificado com outras pessoas e captadores.”

Sobre o autor
Empreendedor social, palestrante e escritor. É presidente da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) e da associação de ex-alunos do Colégio Miguel de Cervantes; conselheiro da ONGs Trópis e Descentro; e embaixador da iniciativa The Hub no Brasil. É coautor do livro “Captação de diferentes recursos para organizações da sociedade civil”. Atua na área governamental, ocupando posições de direção em instituições e projetos ligados à Prefeitura de São Paulo, ao Governo do Estado de São Paulo e à União Europeia.

Serviço
Um dia de captador
Preço: R$39,90
Para comprar, clique aqui

 

 

Comunicação: Visibilidade e Captação de Recursos Para Projetos Sociais

Publicação de Marcio Zeppelini foi lançada no Festival Latino-Americano de Captação de Recursos – FLAC 2011. O livro reúne matérias e artigos ligados à comunicação e ao marketing voltados para a área social.

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O livro de Marcio Zeppelini e demais autores convidados, como Ader Assis Jr. e Rodrigo Alvarez, desenvolvido pela Zeppelini Editorial e coeditado em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas- SEBRAE, acaba de ser lançado em um dos maiores eventos de captação de recursos da América Latina, o FLAC 2011.

Os textos que estão na obra foram publicados na Revista Filantropia, especializada em  terceiro setor. São artigos de diversos autores que foram revisados e atualizados e divididos em cinco capítulos, apresentando informações sobre ferramentas de marketing que podem ser utilizadas para promover um projeto social de forma eficiente.

O objetivo do livro é proporcionar aos leitores estratégias de gestão da comunicação que possam incrementar as ações das instituições sociais, levando-as a profissionalização, cada vez mais presente no setor.

“A comunicação foi, é e sempre será o melhor meio de dar visibilidade e credibilidade a um projeto social e, consequentemente, isso contribui para a captação de recursos. É por essa razão que esta publicação traz matérias que já foram veiculadas na Revista Filantropia, ao longo de sua existência, sobre o valor e a atuação da comunicação no terceiro setor. Afinal, como nosso Chacrinha eternizou: “Quem não comunica, se trumbica”’ –  Afirma, Marcio Zeppelini, no texto de apresentação do livro.

A tiragem inicial foi de 3 mil exemplares. Destes, mil exemplares serão distribuídos pelo SEBRAE para bibliotecas de escolas de todo o País, o restante será colocado a venda nas livrarias.

Sobre o autor
Marcio Zeppelini é produtor editorial, jornalista e empreendedor, é editor da Revista Filantropia, diretor executivo da Zeppelini Editorial, diretor da Diálogo Social Treinamentos e apresentador e diretor de Jornalismo da rádio Tom Social. É também palestrante e consultor em comunicação e marketing para o Terceiro Setor e conselheiro da Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec).

Serviço
Comunicação: Visibilidade e Captação de Recursos para Projetos Sociais
206 páginas
Preço: R$ 39
Onde comprar: www.zeppelini.com.br

 

 

Guia de Doações do Council on Foundations Tem Versões Impressa e Online

Site do Council on Foundations (COF) disponibiliza ferramenta on-line para orientar financiadores a partir de conteúdos do livro Grantmaking Basics – A Field Guide for Funders, de Barbara D. Kibbe, Fred Setterberg e Colburn S. Wilbur.

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Publicado em conjunto pela Council on Foundations e pela David and Lucile Packard Foudation, o livro é resultado de diversas experiências na área de grantmaking (doações) e dirigido a todo perfil de financiadores, sejam eles de uma comunidade, família, empresa, fundação ou do setor público.

Barbara Kibbe é diretora da David and Lucile Packard Foundation, Fred Setterberg é escritor de livros sobre temáticas do terceiro setor e Colburn S. Wilbur é administrador, ex-presidente e CEO da David e Lucile Packard Foundation.

A base para a produção do livro foram inúmeras entrevistas com profissionais que atuam na área de grantmaking e financiadores seniores americanos. A proposta da publicação é engajar, estimular, provocar e ajudar as pessoas na tarefa cotidiana para fazer do mundo um lugar melhor.

A obra aborda tópicos importantes para o financiador, como o papel e deveres do doador, o que constitui o sucesso no setor filantrópico, formas de monitoramento e avaliação de investimentos, convocação e concessão de doações, além de estratégias e tipos de doação.

Escrito em linguagem acessível para iniciantes, o livro é tanto uma ferramenta como um guia de referência cheio de boas ideias para todos aqueles que estão envolvidos no processo de doação de uma fundação, instituição e empresa. Funciona tanto como um manual para novatos na filantropia, que não tiveram treinamento ou experiência anterior, como um conjunto de recomendações úteis a profissionais experientes para o dia a dia de suas organizações.

O livro pode ser adquirido diretamente no site do COF, custando US$ para associados e US$ 65 para não membros do conselho.

Versão eletrônica – Já a página web Grantmaking Basics Online é uma ferramenta interativa de aprendizagem, que permite aos usuários avançados atualizar seus conhecimentos e aos iniciantes conhecer detalhes do processo de doação.

Este hot site do Council on Foundations é composto de 11 capítulos desenvolvidos a partir de conhecimentos práticos, contendo documentos, dicas, estudos de caso e quizzes, além de um glossário de termos técnicos e links para outros sites de referência.

Membros do COF têm duas modalidades de acesso aos conteúdos: como autodidata, pagando US$ 80, ou se inscrevendo no Mentor Program ao custo de US$ 125. Nesta última, um grantmaker experiente estará disponível para orientação e troca de experiências.

Não membros do COF podem participar do programa online mediante o pagamento de taxa única de US$ 295.

Para mais informações, www.grantmakingbasicsonline.org.

 

 

A Democracia e a Participação Como Resultado Da Mobilização Social

“A criação de uma cultura e uma ética democráticas requer a mobilização social, entendida como a convocação livre de vontades”. É com este pensamento que o filósofo colombiano José Bernardo Toro e a especialista em análise econômica, Nísia Werneck, introduzem o livro Mobilização Social – Um Modo de Construir a Democracia e a Participação.

A obra, publicada em 1996, discute o uso da mobilização social como estratégia para a construção do projeto ético já proposto na Constituição Federal do Brasil: a soberania, cidadania e a dignidade baseada nos valores pressupostos pelos direitos humanos.

O objetivo é sugerir e comentar, em pouco menos de 100 páginas, critérios e formas de conceber, planejar e executar esse tipo de convocação pública. O conteúdo, fundamentado na experiência da Fundación Social da Colômbia, divide-se em três partes:

Parte I: apresenta os conceitos básicos de mobilização social e debate o contexto ético de sua inserção e os princípios democráticos.

Parte II: ensina a estruturar e planejar uma mobilização, desde elencar os atores envolvidos à definição das estratégias e dos modelos de comunicação a serem utilizados.

Parte III: traz aspectos que o mobilizador precisa levar em conta de colocar o processo em prática, como preparação de materiais, momentos de convocação, resolução de dificuldades, sistematização e registro, entre outros.

O livro está disponível tanto para a venda quanto também pode ser baixado na íntegra no site da agência de mobilização social Aracati, de Fortaleza. A organização social procura contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de participação juvenil no Brasil.

 

 

Lester Salamon analisa o Engajamento Social na América Latina

No novo livro ‘Rethinking Corporate Social Engagement – Lessons from Latin America’ (Repensando o Engajamento Social Corporativo – Lições da América Latina, em tradução livre), o professor da Universidade Johns Hopkins (EUA), Lester Salamon, avalia criticamente o engajamento social na América Latina atualmente, na relação entre comunidades, empresas e sociedade civil.

O diretor do Centro de Estudos da Sociedade Civil do Instituto Johns Hopkins de Políticas Públicas examina as práticas de responsabilidade social de empresas em cinco países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México. Para ele, as comunidades locais e a sociedade civil são capazes de influenciar essa atuação.

Reprodução: Capa do novo livro de Lester Salamon

O livro divide-se em sete capítulos, nos quais o autor trata da profissionalização do setor, a participação, o desenvolvimento de parcerias e a penetração das companhias estrangeiras no engajamento local.

Logo na introdução, Salamon questiona se na região está surgindo a nova Aliança para o Progresso, em referência à política do governo de John Kennedy, de 1961, que visava promover o desenvolvimento econômico local por meio de apoio técnico e financeiro. A iniciativa durou 12 anos.

Disponível apenas em inglês, a obra pode ser encontrada em livrarias internacionais.

 

 

Desenvolvimento Local no Nordeste

Em coletânea de artigos, consultores de diversas especialidades analisam as práticas construídas pelos dez anos de experiência dos Conjuntos Integrados de Projetos (CIPs), programa da Fundação W. K. Kellogg que reúne seis projetos em seis Estados do Nordeste (Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba e Pernambuco) que visam o desenvolvimento comunitário. O livro Apoio internacional ao desenvolvimento local – Experiências sociais com juventudes no Nordeste traz as análises e é organizado pela antropóloga Leilah Landim e pela jornalista Maria Carolina Trevisan.

Reprodução: Capa do livro Apoio internacional ao desenvolvimento local - Experiências Sociais com juventudes no Nordeste

A obra, de 248 páginas, tem a finalidade registrar as experiências vividas pelos consultores e especialistas junto às comunidades locais na formação de redes e no processo de implantação coletiva das ações planejadas. Os CIPs mobilizaram diferentes atores sociais, como representantes do poder público e instituições públicas e privadas. Os oito artigos trazem reflexões sobre erros e acertos, dilemas e responsabilidades, além dos resultados dos trabalhos realizados.

O papel dos financiadores no desenvolvimento local é um dos temas apresentados, assim como o papel da juventude, a experiência do acompanhamento dos projetos, a importância das alianças intersetoriais, entre outros. O livro é editado pela Editora Peirópolis e está à venda em algumas livrarias e pela Internet.

Livro Aborda Capitalismo Filantrópico

Livro aborda capitalismo filantrópico

O perfil dos investidores sociais mudou. Antes, os filantropos apenas doavam aleatoriamente a organizações sociais ou projetos, sem procurar saber sobre resultados. Hoje, os novos bilionários doadores estão redefinindo a forma de como o investimento social é feito bom base em métodos de negócios, com métricas de análise de impacto, planejamento de metas, entre outros.

Essa é a discussão que traz o livro Philanthropicalism: How the Rich can Save the World (Capitalismo filantrópico: como os ricos podem salvar o mundo, em tradução livre), de Matthew Bishop e Michael Green. A obra, de 298 páginas, foi editada em 2008 pela Bloomsbury Press. Está disponível apenas em inglês.

Os autores apresentam entrevistas com outros grandes filantropos (além de Bill Gates), como George Soros, Bill Clinton, Angelina Jolie e Bono Vox. O editor Matthew Bishop e o economista Michael Green analisam esse novo movimento de filantropia e seus impactos. São doadores que investem em causas que vão desde a situação do clima à cura de doenças. Mias informações e vídeos com entrevistas podem ser encontradas no site Philanthrocapitalism.

 

 

Livro Apresenta Metodologia Que Utiliza a Memória Como Ativo Local

Identificar o potencial das histórias individuais e coletivas como aliadas do desenvolvimento local é a proposta do Projeto Memória Social, criado pelo Senac São Paulo em parceria com o Museu da Pessoa. A primeira edição da iniciativa resultou no livro Memória Social – Uma Metodologia que Conta Histórias de Vida e o Desenvolvimento Local.

Capa do Livro Memória Social

O livro reúne conceitos e ferramentas metodológicas desenvolvidas pelo Museu da Pessoa e aplicadas para a formação de 20 multiplicadores das redes sociais fomentadas pelo Senac em dez municípios paulistas. Foram duas pessoas de cada localidade: um representante da comunidade, e um funcionário local do Senac, chamado de mediador.

Agora o projeto está sendo implantado em 35 locais onde o Senac São Paulo atua e deve atingir as 57 unidades da instituição até o início de 2009. A metodologia foi construída pelo Museu da Pessoa, que trabalha com registros individuais. “Em parceria com o Museu, nós inovamos ao criar uma narrativa de memórias coletivas”, afirma Jorge Duarte, gestor da área de Desenvolvimento Social do Senac São Paulo.

Durante seis meses e mesclando encontros presenciais e acompanhamento on-line, foram realizadas atividades divididas em três fases:

  • Construção – produção de registros (entrevistas, fotos objetos) que se tornam fontes da história.
  • Organização – estabelecimento de conexões ( pela classificação, processamento e preservação) entre os conteúdos
  • Socialização – troca e difusão do conteúdo produzido

A definição de atividades, recursos, resultados e objetivos em todas as fases garante que a iniciativa ganhe consistência e não seja interrompida. Esse trabalho de monitoramento constante deve ocorrer paralelo à criação de uma visão de futuro, com estratégias de longo prazo que colaborem para o processo de desenvolvimento social.

Do individual para o coletivo

Segundo a metodologia do Museu da Pessoa, a proposta de resgatar, preservar e divulgar a história de comunidades passa necessariamente pela valorização de experiências pessoais. Desta forma, os participantes de um projeto de memória são estimulados a construir uma cronologia individual. A comparação entre as várias experiências permite identificar semelhanças e a criar vínculos.

Mais tarde, parte-se da abordagem pessoal para a construção de uma linha do tempo do grupo. Quanto mais pessoas diferentes do grupo participam, maior é a possibilidade do projeto se tornar uma prática permanente na organização ou na comunidade. “O conjunto de narrativas contribui para que as pessoas possam construir uma visão de futuro coletiva”, afirma Duarte.

Depois de registradas e organizadas, as memórias devem ser disponibilizadas para o público. A etapa final do projeto abre a possibilidade de interação com toda a comunidade e permite que a iniciativa ganhe escala.

O processo de disseminação também passa pelo Senac. A instituição está se preparando para tornar pública a própria metodologia no seu site. “Isso faz parte de um compromisso de responsabilidade social do Senac São Paulo de compartilhar metodologia e conhecimento com a sociedade”, revela o gestor.

Leia o livro na íntegra aqui.

 

 

Atuação de Países Emergentes

O escritório brasileiro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lançou o livro Países Emergentes e Novos Caminhos para a Modernidade.

Resultado do trabalho da Cátedra Unesco em Economia Global e  Desenvolvimento Sustentável, a obra foi coordenada por Theotônio dos Santos e organizada por Carlos Eduardo Martins e Mônica Bruckmann.

O livro analisa o papel desempenhado pelos países emergentes no desenvolvimento de uma nova ordem onde a regulamentação do movimento de capitais e serviços, o comércio mundial e o fluxo de mão-de-obra local serão prioridade. Segundo os autores, este movimento deverá se basear no desenvolvimento de uma comunidade global pluralista, democrática e apoiada nos direitos humanos.

A publicação está divida em três eixos: Sistema Mundial e alternativas de desenvolvimento, Cultura e modernidades alternativas e Movimentos sociais e novos caminhos para a modernidade.

Livro Apresenta Ferramentas Inovadoras de Arrecadação de Fundos

A Global Exchange for Social Investment (GEXSI), em parceria com a Association of Charity Lotteries in the European Union (ACLEU), reeditaram, em 2008, o livro “Financing Future – innovative funding models at work” (“Financiando o Futuro – modelos inovadores de financiamento”, em tradução livre).

Organizado por Maritta Koch-Weserg, CEO da GEXSI, e Tatiana van Lier, diretora executiva da ACLEU, o livro traz depoimentos de investidores sociais, CEOs e diretores de empresas, que desenvolveram formas criativas de arrecadar recursos para causas sociais. Entre os exemplos citados estão a doação por meio de loterias, cartões de créditos e via SMS.

Um caso mencionado é o da holandesa Repay International. A empresa, em parceria com a Visa, criou um cartão de crédito que compensa as emissões de gás carbônico das compras de seus usuários. O dinheiro obtido é revertido para projetos de reflorestamento e de energias renováveis.

Outra experiência de destaque é a da organização sem fins lucrativos Kiva, que é uma plataforma americana de Internet. A organização promove empréstimos entre indivíduos de países desenvolvidos para pequenos empreendedores de nações em desenvolvimento.

A primeira edição do livro foi lançada em 2007. Mais informações estão disponíveis no site do ACLEU. Para comprar o livro, é necessário enviar um pedido ao e-mail info@acleu.eu

 

 

Livro Traça Panorama Sobre Políticas de Juventudes no Brasil e no Mundo

Lançado durante o 5° Congresso Gife sobre Investimento Social, o livro “Juventude: tempo presente ou tempo futuro” analisa a trajetória da juventude brasileira, latino-americana e mundial.

Juventude: tempo presente ou tempo futuro?

A publicação foi produzida pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), em parceria com a Fundação Avina, o Instituto Unibanco e a Secretaria Nacional da Juventude. O propósito é contribuir para a ampliação do debate e analisar modelos de políticas de juventude.

Para tanto, os professores, pesquisadores e consultores em políticas públicas, Mary Garcia Castro, Miriam Abramovay e Alessandro de Leon realizaram uma análise comparativa doRelatório de desenvolvimento mundial de 2007: o desenvolvimento e a próxima geração, organizado pelo Banco Mundial, e do documento Política Nacional de Juventude: diretrizes e perspectivas, publicado pelo Conselho Nacional da Juventude (Conjuve).

O objetivo é traçar um panorama mundial sobre políticas de juventude e identificar pontos estratégicos que colaborem para a eficiência de iniciativas do setor empresarial e da sociedade civil.

O livro não está sendo comercializado, mas distribuído entre associados e parceiros do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) e representantes do governo. Mais informações com Cláudia Cândido pelo email crpb@gife.org.br.

 

 

Livro Mostra Como Emprendedores Sociais Mudam o Mundo

Como empreendedores podem resolver problemas econômicos, sociais e ambientais e, ao mesmo tempo, criar mercados promissores? O livro “The power of unreasonable people: How Social Entrepreneurs create markets that change the world”, de John Elkington, diretor e fundador da consultoria internacional SustainAbility, e Pamela Hartigan, diretora da Schwab Foundation, mostra exemplos bem-sucedidos e não-convencionais de empreendimentos sociais.

The power of unreasonable people: How Social Entrepreneurs create markets that change the worldO livro, publicado em fevereiro de 2008 pela editora da Universidade de Harvard (Estados Unidos) e distribuído no Fórum Econômico Mundial, explora o conceito de empreendimento social, um movimento que, segundo os autores, vem ganhando força nos Estados Unidos e no resto do mundo. A prática é encarada como a busca por oportunidades para criar padrões de mudança social.

O conceito nasceu a partir da comparação com outras organizações do setor social. Enquanto muitas dessas concentram esforços na redução dos efeitos de um problema, os empreendedores sociais buscam a solução para o problema. Segundo os especialistas, as novas figuras do terceiro setor desenvolvem teorias sobre as causas dos problemas sociais, criam organizações para eliminá-las e adaptam estratégias a partir dos resultados obtidos.

Os autores revelam que os empreendedores sociais bem-sucedidos adicionam um novo ponto de vista ao mercado ao criar negócios que levam em consideração múltiplas dimensões: econômica, social e ambiental. Elkington e Hartigan continuam. Segundo eles, o trabalho desses líderes vai ajudar a moldar oportunidades de mercado nos próximos anos. A publicação traz exemplos em diversas áreas: finanças, saúde, tecnologia, indústria ambiental, engenharia e educação.

Combate a deficiência visual na Índia

Um capítulo é dedicado à organização indiana Aravind Eye Care System. Criado há mais de 30 anos pelo Dr. Venkataswamy, o sistema de atendimento no interior do país combate doenças oftalmológicas.

A Aravind foi pioneira em um modelo de funcionamento sustentável que segue princípios de serviços em grande volume, alta qualidade e centrados em várias comunidades. A combinação resulta em baixo custo e viabilidade em longo prazo. O atendimento à população pobre ainda é garantida por meio da cobrança proporcional à riqueza do paciente: os mais ricos pagam mais e os mais pobres, menos. Por ano, a Aravind atende mais de 2 milhões de pacientes e, desde que iniciou atividades, realizou quase 3 milhões de cirurgias.

Cerca de 37 milhões de pessoas no mundo possuem deficiência visual total. Estimativas apontam que quase 12 milhões delas estejam na Índia. Além disso, 60% desse número é decorrência de catarata, doença quase sempre curável. O peso econômico da deficiência visual é estimado em cerca de 50 bilhões de reais por ano.

Livro Conta História de Executivo que Deixou a Microsoft para Estimular a Leitura em Países Emergentes

Sair do segundo posto mais importante da unidade chinesa da Microsoft para criar uma organização da sociedade civil voltada à construção de escolas e bibliotecas em países em desenvolvimento da Ásia e África pode parecer loucura para muita gente, mas foi exatamente isso que John Wood decidiu fazer após uma viagem de férias ao Nepal.
John Wood

Com a intenção de afastar o estresse do dia a dia, o alto-executivo decidiu subir o Himalaia, em 1999. Mas acabou conhecendo diversas partes do Nepal. O que mais lhe sensibilizou nessa trajetória foi a falta de recursos que encontrou nas escolas locais, onde não havia nem livros para estudar. Foi nesse momento que ele descobriu seu verdadeiro objetivo de vida: incentivar a leitura nas comunidades de baixa renda.

Aproveitando sua experiência de nove anos na Microsoft, John Wood montou, em 2000, a organização Room to Read, que atualmente está presente no Nepal, Vietnã, Camboja, Índia, Sri Lanka, Laos e África do Sul. A organização trabalha engajando comunidades locais na construção, reforma e manutenção de escolas e bibliotecas. Também incentiva a produção de livros no idioma local e oferece bolsas de estudo de longo prazo para meninas que não poderiam estudar de outra forma.

Em sete anos de existência, a organização estabeleceu 287 escolas, 3600 bibliotecas e distribuiu mais de 2,8 milhões de livros nesses países. Em 2008, pretende instalar-se em algum país da América Latina.

No ano passado, o ex-executivo decidiu contar sua trajetória em um livro, que no último dia 25 foi lançado no Brasil, em português. Em 240 páginas, “Saí da Microsoft para Mudar o Mundo” mostra como Jonh Wood aliou sua experiência corporativa a seu sonho de vida. O livro pode ser encontrado nas principais livrarias do país.

Leia Mais

Leia a resenha do livro “Saí da Microsoft para Mudar o Mundo”, escrita por Marcos Kisil, diretor-presidente do IDIS, e originalmente publicada na edição de agosto da Revista Update – uma publicação mensal da Câmara Americana de Comércio.

 

 

Livro Apresenta, a Partir de Depoimentos de Lideranças Sociais, Visão Coletiva de um Mundo Ideal

A AltaMira Press, em parceria com a The Philanthropic Initiative (TPI), acabam de lançar o livro “O mundo que queremos – Novas dimensões na filantropia e na mudança social”, escrito por H. Peter Karoff e Jane Maddox. A partir de conversas compartilhadas com cerca de 40 empreendedores sociais, ativistas, líderes de organizações não-governamentais e filantropos que estão mudando as condições de vida na África, Ásia, Leste Europeu, América Latina e América do Norte, os autores apresentam no livro uma visão coletiva de um mundo ideal e descrevem como parcerias intersetoriais e multidisciplinares estão contribuindo para reduzir o sofrimento das populações e aumentar a justiça social em diversas partes do mundo.

O livro mostra como o engajamento cidadão pode ser um fator decisivo na construção de um mundo melhor, apresentando exemplos de visionários engajados em diversas tipos de luta. Marcos Kisil, diretor presidente do IDIS, foi um dos entrevistados do livro. Ao lado de seu depoimento estão conversas realizadas com John Abele, Henry Becton, Dave Bergholz, Lucy Bernholz, Angelica Berrie, Deepak Bhargava, Allen Bildner, Alan Broadbent, Bob Buford, Emmett Carson, Steve Case, Elyse Cherry, Phil Cubeta, Bill Drayton, Peggy Dulany, Rory Francisco-Tolentino, Bob Hohler, Rob Hollister, John Isaacson, Henry Izumizaki, Alan Khazei, Martin Lehfeldt, Margaret Leonard, Leslie Lilly, Ted Mallon, Melinda Marble, Cora Marret, Stephen Melville, Jack Murrah, Jim O’Connell, Pierre Omidyar, Jono Quick, Shirley Strong, Tom Tierney, Priya Viswanath, Peter White, and Chad Wick.

Mais informações nos sites do TPI e da AltaMira Press.

 

 

Livro Mostra a Empresas Como Implementar Programa de Investimento Social

Embora desde o início dos anos 2000 o Brasil tenha registrado um crescimento significativo no número de empresas que realizam ações sociais – a Pesquisa Ação Social das Empresas, realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (www.ipea.gov.br/asocial) e lançada em julho de 2006, por exemplo, mostra que, entre 2000 e 2004, a participação empresarial na área social aumentou de 59% para 69% e que 600 mil empresas já desenvolvem ações voluntariamente – termos como Investimento Social Privado ou Responsabilidade Social ainda geram confusões conceituais.

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O livro “A Empresa na Comunidade: um passo-a-passo para estimular sua participação social”, de Carla Cordery Duprat, que faz parte da Coleção IDIS de Investimento Social, pretende não só esclarecer pontos como esses, mas também apresentar a evolução do papel das empresas na área social, mostrar como elas podem se envolver e atuar de forma estratégica em suas comunidades e descrever as premissas que orientam a ação social. 

De maneira bastante didática e prática, a publicação apresenta sete passos para a implantação de um Programa Empresarial de Investimento Social:

  • 1. Formação do comitê de Investimento Social – de acordo com a autora, o comitê deve ser composto de três a cinco pessoas, preferencialmente de áreas distintas da empresa. Será responsável por conduzir o processo de planejamento do investimento social, promover ações de sensibilização na empresa e na comunidade, bem como implementar, acompanhar, avaliar e comunicar o Programa. Por sua função estratégica, o comitê deve estar capacitado e ter o aval da diretoria ou presidência da empresa.
  • 2. Realização de levantamentos quantitativo e qualitativo das ações sociais da empresa – o diagnóstico qualitativo deve identificar as opiniões, experiências pessoais, sonhos e aspirações dos dirigentes da empresa. Já o quantitativo, avaliar o volume de recursos financeiros que foram investidos pela empresa nos dois últimos anos. Esses levantamentos são importantes porque ajudam a identificar os pontos fortes, as oportunidades, os pontos fracos e as ameaças da estratégia de investimento social da empresa. Devem ser o ponto de partida da elaboração da nova estratégia.
  • 3. Definição do foco de atuação – como os problemas sociais são complexos e variados, é preciso definir o foco de atuação da ação da empresa. Com isso definido, a empresa deve adquirir e gerar conhecimento sobre a temática, avaliando qual a melhor forma de fazer uso de seus limitados recursos. Segundo Carla Duprat, o ideal é que o investimento social esteja alinhado ao negócio da empresa e que se esteja atento não apenas aos problemas da comunidade, mas também aos talentos e oportunidades.
  • 4. Definição da estrutura – a empresa deve decidir se criará um departamento específico para o investimento social dentro da própria instituição ou se criará uma nova pessoa jurídica, por meio da constituição de uma associação civil sem fins econômicos ou de uma fundação. A publicação apresenta as vantagens e desvantagens das duas situações.
  • 5. Estabelecimento da forma de atuação – a empresa que deseja estruturar seu investimento social pode atuar como financiadora ou operadora de projetos. A partir de casos ilustrativos, o livro apresenta as diferenças entre o operador e o financiador social, mostrando o papel de cada um deles.
  • 6. Identificação de recursos disponíveis – são apresentados casos de empresas que oferecem tipos de recursos diferentes, como serviços de comunicação, funcionários capacitadores, melhoria da infra-estrutura de organizações sociais, doações em dinheiro, material ou pessoal, investimento em projetos de captação de recursos, promoção de concursos de projetos, oferecimento de bolsas de estudos, assistência em informática, cessão de espaço para reuniões ou para a sede de organizações etc.
  • 7. Desenvolvimento e implantação do Programa – a autora recomenda que se inicie a implantação por meio de um projeto-piloto, com duração aproximada de um ano. O livro mostra como elaborar essa etapa do Programa, que deve ser cuidadosamente acompanhada e monitorada para que seja aperfeiçoada e fortalecida. Recomenda-se a realização de relatórios trimestrais, que avaliem os principais resultados, tarefas realizadas ou não, e principais dificuldades.

Outras dicas apresentadas pela autora são: obter o comprometimento da alta direção da empresa, para que se crie um programa de longo prazo; desenvolver a iniciativa em um momento de crescimento e não de crise da empresa; pautar o programa na política e na prática da responsabilidade social a empresa; e garantir recursos financeiros para a elaboração e implantação do Programa.

O livro “A Empresa na Comunidade: um passo-a-passo para estimular sua participação social” pode ser adquirido junto ao IDIS, a um custo de R$ 28,80. Mais informações: (11) 3044-4686.

 

 

“Saí da Microsoft para Mudar o Mundo”

Escrita por Marcos Kisil, diretor-presidente do IDIS, esta resenha do livro “Saí da Microsoft para Mudar o Mundo”, de John Wood, foi publicada originalmente na edição de agosto de 2006 da Revista Update, uma publicação mensal da Câmara Americana de Comércio.
Quando recebi a incumbência de fazer a revisão e crítica do livro Leaving Microsoft to Change the World, de John Wood, o amigo que fez o pedido disse: “Marcos, este livro é também sobre você”. E realmente ele tinha razão.

John é extremamente feliz ao abordar questões sérias que um executivo bem-sucedido enfrenta em uma empresa que a cada dia lhe ensina mais, lhe paga mais, lhe dá maior responsabilidade, lhe exige total dedicação, lhe consome todo o seu tempo, e finalmente assume total controle sobre a sua vida.

Após nove anos de uma carreira de sucesso profissional na Microsoft, John descobre, durante um trekking no Nepal, a realidade dura de crianças sem escolas, sem materiais de estudo, sem livros. Condição que faz do Nepal um dos países com pior taxa de analfabetismo do mundo (70% são analfabetos).

Tocado pela situação, e descobrindo como individualmente poderia mobilizar recursos a seu alcance através de parentes, amigos, colegas de trabalho, John descobre que haveria um outro sentido para a vida além de expandir os negócios da Microsoft.

Após um processo doloroso de examinar os prós e os contras, meditar sobre sua existência e existência de crianças que não têm acesso a escolas, sobre as oportunidades que teve e as mesmas oportunidades que são simplesmente negadas para crianças desenvolverem seus potenciais, olhar para dentro de si e descobrir o egoísmo com o qual normalmente buscamos o sucesso, John toma a difícil decisão de abandonar o emprego, e buscar um sentido maior para sua vida.

Porém, ao abandonar o emprego, se dá conta de que sua decisão é mal-recebida por sua companheira, por seus colegas de trabalho, por seu círculo de amizade. Afinal das contas estava abandonando o segundo posto da Microsoft na China, mercado em franca expansão, e ávido por consumir novas tecnologias.

Assim descobre que ao abandonar o emprego está também abandonando velhos hábitos, certos padrões de consumo, e entrando num novo mundo. Porém, tudo isto era necessário para que saísse em busca de seu Graal, uma organização que toma o nome de Room to Read.

E assim, John deixa o mundo corporativo e entra no mundo do Terceiro Setor, ou da sociedade civil organizada, onde cria uma organização com uma missão clara, necessária, e crucial para o desenvolvimento de crianças e jovens excluídos de seus direitos básicos de acesso à educação. Cria uma organização sem fins lucrativos, baseada no voluntariado de pessoas amigas, mas principalmente de pessoas desconhecidas, tocadas pela missão e proposta de trabalho da organização. E mais importante, sem recursos, dependendo única e exclusivamente em sua fase inicial dos recursos de John.

Aí, quando John deixa de ser o executivo de empresa para ser o empreendedor social é que se manifesta a importância dos anos que passou na Microsoft durante os anos 90, período excepcionalmente crítico para o sucesso da empresa. As lições aprendidas de Bill Gates e de diretivos da empresa para o sucesso do negócio são recapturados por John para fazer da Room to Read um empreendimento social com o mesmo sucesso.

John, de maneira fluida e perspicaz, consegue nos envolver em seus sonhos, dilemas, dificuldades, estratégias e vitórias para constituir uma organização vitoriosa que, em sete anos, doou mais de 1,2 milhão de livros, estabeleceu mais de 200 escolas, e ofereceu mais de 1.700 bolsas de estudo para meninas completarem sua educação. No total, influenciou a vida de 875.000 crianças em países da Ásia.

Se John soube desenvolver seus talentos nos anos de Microsoft e ser um executivo de sucesso, soube também usar esses talentos e experiências em benefício de um projeto altruísta, e de alto impacto.

Tive experiência similar. Sei dos desafios que representam deixar uma organização muita bem posicionada no mercado, e no imaginário das pessoas, para assumir o desafio de perseguir um sonho. E, por absoluta coincidência, no mesmo ano que John o fez. Também me sinto realizado e feliz.

Ainda não escrevi a minha estória. Quando tiver a oportunidade de fazê-lo espero ter o mesmo prazer que John demonstra ao escrever seu livro. Espero que também tenha a mesma capacidade de John em transmitir um fio de esperança para este mundo que se apresenta cada vez mais injusto, cada vez mais negando oportunidades para suas crianças e adolescentes.

Um fio de esperança… Isto é o que todo ser humano que teve o privilégio de aprender a ler e a escrever, estudar e ter emprego deveria colocar, para que cada fio pudesse tecer uma nova sociedade mais justa e sustentável.