IDIS incentiva doações para hospitais filantrópicos e Santas Casas em tempos de coronavirus

13 de março de 2020

Assistimos em março ao crescimento de casos do coronavirus no Brasil e a previsão da comunidade médica é de aumentos exponenciais nas próximas semanas. Trata-se de uma crise que deverá ser combatida por todos os setores da sociedade. Ao redor do mundo, a pandemia tem sensibilizando o setor filantrópico. Marcas famosas como Giorgio Armani, Versace, artistas como Justin Bieber, e milionários como Bill e Melinda Gates estão doando quantias significativas, seja para estudos de vacina, seja para ajudar hospitais e instituições de saúde, principalmente na Itália. A tendência é que essas iniciativas mobilizem outras pessoas a fazerem o mesmo, ainda que com valores bem menores.

“Essa postura é comum em momentos de crises agudas”, aponta a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani. O World Giving Index, que ranqueia os países de acordo com o nível de solidariedade de suas populações, divulgado anualmente pelo IDIS, retrata bem esse comportamento – nota-se que desastres e adversidades inspiram atos de generosidade. A população como um todo desperta para a solidariedade em momentos de dificuldade. “O rompimento da barragem em Brumadinho (MG), por exemplo, provocou um efeito semelhante no início de 2019, assim como as queimadas na Austrália. Essa postura  já está se repetindo em alguns países do mundo em função do surto de coronavírus”, explica a presidente do IDIS. No Brasil, os hospitais filantrópicos e as Santas Casas de Misericórdia são um braço importante do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta é uma rede fundamental, mas que está em dificuldades e doações podem ser decisivas neste momento. De acordo com a Pesquisa Doação Brasil, desenvolvida pelo IDIS, a Saúde é a causa que mais sensibiliza as pessoas para doação. “O desafio é fazer com que essa solidariedade permaneça atuante, sem a necessidade de tragédias.”, completa Fabiani.

O posicionamento do IDIS em relação ao tema integrou matérias publicada pela Revista Exame em 13 de março de 2020.