Em sua edição de agosto de 2022, a Revista Forbes lançou sua famosa lista dos bilionários – e novos bilionários no país (confira aqui) e, aproveitando o gancho, uma das matérias da edição destacou como esses empresários e filantropos vem atuando de forma diferente de alguns anos para cá, com mais coordenação e intencionalidade em relação à causas socioambientais.
O IDIS foi uma das instituições entrevistas como fonte de dados para esta edição e Paula Fabiani, CEO do IDIS, destacou algumas tendências que tem se observado nessa mudança de paradigma no investimento social privado. Ela ressaltou à Forbes que até pouco tempo atrás existia um foco maior em causas setoriais como educação, saúde e meio ambiente. Agora, os investidores sociais começam a olhar para questões mais específicas e estruturais, como equidade racial, democracia, combate às mudanças climáticas (ao invés de meio ambiente) e questões ligadas a refugiados, que tem ganhado cada vez mais atenção ao redor do mundo.
Outra tendência que vemos aparecendo neste meio diz respeito à realização de projetos e iniciativas em colaboração. Em especial na pandemia, vimos como iniciativas que reuniram mais de uma organização tiveram alto impacto e celeridade. Houve colaborações que envolveram atores de diferentes setores – poder público, iniciativa privada e organizações da sociedade civil-, e também aquelas que integraram empresas concorrentes, juntas por uma causa comum. As comunidades foram mais valorizadas, por seu conhecimento local e capacidade de articulação, e também são cada vez mais envolvidas nas soluções de seus desafios A colaboração permite criar iniciativas de maior impacto, mas claro, com todos os desafios que envolvem trabalhar em parceria.
Uma terceira tendência bastante importante é que o capital não possui mais fronteira. Ou seja, não é só mais o dinheiro de doação que causará impacto socioambiental positivo. Atualmente temos recursos de mercado financeiro sendo direcionados para investimentos de impactos, que tem como objetivo a criação de valor positivo para a sociedade. Por fim, observa-se um fortalecimento do investimento social realizado por empresas, com corporações cada vez mais engajadas em ações socioambientais e a sociedade demandando cada vez mais essa atitude das marcas que consomem.
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