Avaliação Permite Medir Efetividade das Ações da Fundação Banco do Brasil

12 de janeiro de 2009

No primeiro artigo que integra a parceria com o Portal do Investimento Social, do IDIS, a Fundação Banco do Brasil (FBB) explica como adotou a metodologia de avaliação de programas e projetos sociais.

Pelo interior do Brasil, serão estabelecidas metas de capacitação presencial para educadores de Estações Digitais. O objetivo é melhorar e ampliar os resultados do Programa de Inclusão Digital da Fundação Banco do Brasil.

Essa iniciativa de melhoria, assim como muitas outras já implementadas em nossos programas, é resultante do empenho da Fundação em mensurar os impactos de suas ações e, com isso, realinhar as que necessitam de ajustes e aprimorar a gestão e a utilização dos recursos aplicados em benefício das comunidades envolvidas.

Repdrodução: Logomarca da Fundação Banco do BrasilDesde 2006, a Fundação BB utiliza sua metodologia de Avaliação de Programas e Projetos Sociais, com o objetivo de medir o potencial transformador das ações empreendidas. O método utilizado conjuga dois tipos de avaliação que se complementam: a de processos e a de impacto.

A primeira promove o levantamento de dados para a tomada de decisões no processo, dos pontos de vista técnico e estrutural, permitindo ajustes necessários para o alcance dos objetivos. Já a avaliação de impacto permite a medição das mudanças produzidas pela intervenção da Fundação nas comunidades. Com isso, tem-se subsídios para a decisão da continuidade da ação, bem como para a prestação de contas das atividades realizadas.

Conceitos como eficácia (ligado às metas), eficiência (relacionado à aplicação dos recursos) e efetividade (referente aos benefícios e mudanças alcançadas) norteiam a metodologia, que se constitui como um pré-requisito de boa gestão.

Avaliar é uma condição indispensável para o gerenciamento de programas e projetos sociais, já que gera conhecimento sobre a ação realizada, fornece dados para verificação da efetividade do caminho escolhido e permite aprimoramento e correção de rumos, quando necessário. A prática possibilita verificar a pertinência, consistência, coerência e viabilidade das ações empreendidas.

Recentemente foi concluído mais processo de avaliação pela  Fundação Getúlio Vargas (FGV). A ação estudada foi o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), nos estados da Bahia, Pernambuco e Paraíba. Desenvolvido pela Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), em parceria com a Fundação BB e a Petrobras, o programa incentiva técnicas de convivência com o semiárido por meio da implantação de tecnologias sociais que garantem a existência de água para consumo humano, irrigação e uso animal, nos períodos de estiagem.

O “1” significa terra para produção. O “2” corresponde a dois tipos de água – água potável para consumo humano e água para produção de alimentos. Assim, apesar da pouca chuva, as famílias produtoras podem utilizar água de qualidade durante todo ano, tendo segurança alimentar e nutricional e podendo gerar renda.

Segundo levantamentos da FGV, o programa tem como pontos positivos o fato de os agricultores demonstrarem conhecimento sobre o processo de construção e funcionamento das tecnologias empregadas na produção e a observação de que o P1+2 introduziu o cultivo de hortas, fazendo com que as famílias passassem a consumir mais verduras e legumes.

Por outro lado, outras duas constatações sugerem a necessidade de redirecionamento de esforços: no que se refere às tecnologias empregadas, estas se mostraram eficientes na promoção da segurança alimentar, porém não muito eficazes a geração de renda; e quanto à chamada “segunda água”, percebeu-se que tem ocorrido seu direcionamento para o atendimento das demandas domésticas (que deveriam ser supridas pela “primeira água”). Ao final de todo processo de avaliação, a partir das recomendações do relatório final, tem-se a discussão e a implementação de ações corretivas.

Ao todo, já foram produzidos mais de dez relatórios de avaliações, todas realizadas por empresas contratadas pela Fundação Banco do Brasil, culminando em recomendações de melhorias das ações implementadas pela Fundação e parceiros. A realização do trabalho por instituições especializadas e autônomas garante a isenção, a imparcialidade e a transparência da análise.

Além do processo avaliativo, a Fundação mantém núcleos de monitoramento, responsáveis pelo acompanhamento permanente e sistemático das ações implementadas pelas gerências de Educação e Geração de Trabalho e Renda, utilizando-se de indicadores previamente estabelecidos.

Alguns dos processos avaliativos realizados desde 2006:

 

 

Programa Avaliado 

 Consultoria

Ano

Saneamento Básico na Área Rural (Goiás)  Ecoidéia Serviços Ambientais e Tecnologias Sociais 2006/2007
Produção Agroecológica Integrada Sustentável (PAIS) Fundação Getúlio Vargas 2007
Cadeia do Mel (Piauí) Fundação Getúlio Vargas 2007
AABB Comunidade Hoje Hoje EMP Consulting 2007
Projeto P1 + 2 – Uma terra e duas águas Fundação Getúlio Vargas 2008/2009
Mandiocultura (Bahia) Fundação Getúlio Vargas 2008/2009
Inclusão Digital Hoje EMP Consulting  2008/2009