Com brincadeira na internet, ONG arrecadou US$ 100 milhões em 30 dias

17 de junho de 2015

Uma campanha do terceiro setor espalhar-se rapidamente pela internet (“viralizar”) é incomum. Disseminar-se com apoio de celebridades do primeiro escalão – tão diversas como Leonardo DiCaprio, Lady Gaga e Cristiano Ronaldo – é um feito histórico. Não foi por acaso que a ALS Association, responsável pela proeza, está entre as dez iniciativas mais inovadoras do terceiro setor em 2015, segundo a revista de negócios Fast Company.

A ideia era insólita: usar uma brincadeira que rodava a internet – virar um balde de água com gelo sobre a própria cabeça – com objetivo de chamar a atenção para uma doença chamada esclerose lateral amiotrófica (ALS, na sigla em inglês). E convencer as personalidades a fazerem parte da farra, divulgando a entidade.

Deu certo. Muito certo. Atores como Matt Damon, esportistas como o tenista Novak Djokovic e cantoras como Katy Perry divulgaram, nas redes sociais, vídeos em que cumpriam o que ficou conhecido como “desafio do balde de gelo”.

Cada participante, depois de tomar o banho de água gelada, era convidado a intimar mais três pessoas a fazerem o mesmo, ou doar US$ 100 para o combate à doença. E foi justamente esse caráter de desafio que garantiu o grande sucesso da brincadeira. Com isso, a organização, que financia pesquisas e tratamentos para os portadores daquele tipo de esclerose, recebeu US$ 100 milhões em menos de 30 dias.

A iniciativa se tornou uma febre também no Brasil, contando com a participação de nomes como Neymar, Ivete Sangalo, Galvão Bueno, Reynaldo Gianecchini e Eduardo Suplicy.