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Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil

O Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil é uma iniciativa do IDIS e da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos para o acompanhamento de endowments em atividade no Brasil.

Os dados são obtidos a partir de questionários respondidos por gestores destes fundos ou por meio da consulta pública em sites ou veículos de imprensa.

A atualização é constante. Para passar a integrar o levantamento ou modificar algum dado, gestores de fundos patrimoniais podem preencher o questionário oficial. Solicite o link escrevendo para comunicacao@idis.org.br

Acesse aqui os dados disponíveis sobre os fundos patrimoniais mapeados.

O Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil identificou 119 fundos patrimoniais ativos, cujo patrimônio total informado é de R$ 157.275.750.793.

Acesse abaixo a planilha completa com informações sobre as causas dos fundos e também fonte da informação.

Monitor IDIS dE Fundos Patrimoniais no Brasil – levantamento completo

 

Nome 

Ano da criação

Patrimônio

Sede

Amigos Direito UERJ 2017 R$ 231.260 RJ
Associação Amigos da Escola Paulista de Medicina (Unifesp) 2019 R$ 2.058.987 SP
Associação Escola Panamericana de Porto Alegre 2022 R$ 15.000.000 RS
Associação Fundo Patrimonial do ITA 2023  R$ 1.200.000 SP
Associação Gestora do Fundo Patrimonial em Apoio à Faculdade de Direito da UFRGS 2021  Não informado RS
Casa Pequeno Mundo Não informado SP
C de Cultura 2017 R$ 21.564.468 SP
Chronos (USP São Carlos – comunidade) 2021 R$ 1.600.000 SP
Conecta EAUFBA (Escola de Administração da UFBA) 2022 R$ 150.000 BA
Endowment Afesu 2018 R$ 595.984 SP
Endowment Alumni Direito Mackenzie  2022 R$ 2.000 SP
CIP – Congregação Israelita Paulista 2015 Não informado SP
Endowments do Brasil – Fundo Trans Casa Chama 2022 Não informado SP
Escola Alef Peretz 2021 R$ 21.535.102.400 SP
Endowment Direito GV 2011 R$ 5.791.158 SP
Endowment Instituto Acaia 2016 R$ 519.701.044 SP
Endowment Instituto Rodrigo Mendes 2014 R$ 41.843.052 SP
Endowment PUC-Rio 2019 R$ 3.608.470 RJ
Endowment Sempre FEA (FEAUSP – alunos) 2020 R$ 10.200.000 SP
FLUPP (Fundação Lúcia e Pellerson Penido)  2011 R$ 3.847.531 SP
Fonte Endowment 2023 Não informado DF
Fundação Antonio e Helena Zerrenner INB 1936 R$ 34.972.318.000 SP
Fundação Ary Frauzino (Fundação do Câncer) 1991 R$ 255.000.000 RJ
Fundação Carlos Chagas 1964 Não informado SP
Fundação Coppetec 2019 R$ 347.000 RJ
Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis (Funtec)  2021 R$ 186.476 GO
Fundação de Fomento à Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura (FUNCETIC) 2022 Não informado PR
Fundação Dorina Nowill 2023 Não informado SP
Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza 1996 R$ 30.826.964 RS
Fundação Lia Maria Aguiar – FLMA 2008 R$ 680.000.000 SP
Fundação Maria Emilia Não informado BA
Fundação Uniselva 2002 R$ 512.884 MT
Fundo Amanhã (Administração UFRGS) 2022 R$ 1.138.031 RS
Fundo Areguá 2016 R$ 11.126.856 SP
Fundo Artigo 220 (Revista Piauí) 2021 R$ 350.000.000 SP
Fundo Baobá 2016 R$ 120.456.358 SP
Fundo Betinho – Ação da Cidadania 2023 R$ 45.849.008 RJ
Fundo Brasil de Direitos Humanos  2005 R$ 27.368.314 SP
Fundo Catarina 2021 R$ 1.525.317 SC
Fundo Comunitário da Maré – FCM 2021 R$ 25.192.212 RJ
Fundo de Apoio ao Desenvolvimento da Sociedade (Fundação Dom Cabral) 2019 R$ 40.814.047 MG
Fundo de Apoio ao Jornalismo Investigativo – F/ABRAJI  2016 Não informado SP
Fundo Centenário (Escola de Engenharia da UFRGS) 2017 R$ 2.637.921 RS
Fundo de Endowment do Instituto Líderes do Amanhã 2019 R$ 4.200.000 ES
Fundo de Fomento à Filantropia – FFF (IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) 2024 R$ 9.300.000 SP
Fundo de Investimento da FALM (Fundação André e Lúcia Maggi) 2017 R$ 14.169.657 MT
Fundo FICA 2015 R$ 150.000 SP
Fundo Figueira 1964 Não informado SP
Fundo FAS (Fundação Amazônia Sustentável) 2008 R$ 52.727.000 AM
Fundo Fundação ABH 2015 R$ 2.396.560 SP
Fundação Itaú 2000 R$ 5.160.836.000 SP
Fundo Gerações 2008 R$ 2.646.000 RS
Fundo Helda Gerdau 2019 Não informado RS
Fundo Patrimonial ACTC – Casa do Coração
2023 R$ 23.879.139 SP
Fundo Patrimonial Amigos da Poli (Escola Politécnica da USP) 2012 R$ 52.274.601 SP
Fundo Patrimonial Amigos do Hospital do Fundão (RJ) 2016 Não informado RJ
Fundo Patrimonial Amigos da Univali 2019 R$ 101.106 SC
Fundo Patrimonial Amigos do Brasil Central 2019 R$ 55.000 GO
Fundo Patrimonial ASA (Associação Santo Agostinho) 2018 R$ 84.350.000 SP
Fundo Patrimonial Associação Projeto Gauss – FPPG 2019 R$ 5.454.040 SP
Fundo Patrimonial Augere (FMUSP) 2015 R$ 234.440 SP
Fundo Patrimonial Axuxê (Facculdade de Medicinada da FMABC) 2017 R$ 8.000 SP
Fundo Patrimonial BrazilFoundation 2010 R$ 1.902.133 RJ
Fundo Patrimonial CEAP 2018 R$ 124.933 SP
Fundo Patrimonial da Fundação Banco do Brasil 2008 R$ 258.362.000 DF
Fundo Patrimonial da Fundação Bradesco 1956 R$ 86.000.000.000 SP
Fundo Patrimonial da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) – UFPel 2024 Não informado RS
Fundo Patrimonial da Fundação Grupo Volkswagen 2002 R$ 202.300.000 SP
Fundo Patrimonial da Fundação José Luiz Egydio Setubal 2016 R$ 341.072.277 SP
Fundo Patrimonial da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal 1965 R$ 652.000.000 SP
Fundo Patrimonial da Fundação Romi 1999 R$ 84.000.000 SP
Fundo Patrimonial da St. Paul’s Não informado SP
Fundo Patrimonial da UEM (FUNUEM) 2024 Não informado PR
Fundo Patrimonial da UFC 2024 Não informado CE
Fundo Patrimonial da USP 2021 R$ 18.038.428 SP
Fundo Patrimonial do IMS 1995 R$ 1.250.000.000 SP
Fundo Patrimonial do Instituto Alana 2013 R$ 476.033.057 SP
Fundo Patrimonial do Instituto Ayrton Senna 2017 R$ 153.000.000 SP
Fundo Patrimonial do Instituto Sol Não informado SP
Fundo Patrimonial FEAUSP (gestores) 2016 R$ 1.342.557 SP
Fundo Patrimonial Eliezer Max Não informado Não informado RJ
Fundo Patrimonial Fundação Estudar 2017 R$ 54.526.025 SP
Fundo Patrimonial Fundação Tide Setubal 2010 R$ 123.704.159 SP
Fundo Patrimonial Ibirapitanga 2016 R$ 432.933.676 RJ
Fundo Patrimonial Instituto Reciclar 2016 R$ 8.039.000 SP
Fundo Patrimonial Joaquim Rosa Cambraia 2024 R$ 40.000.000
Fundo Patrimonial OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de SP)  2006 R$ 61.642.195 SP
Fundo Patrimonial PROSPERA – Unesp 2022 R$ 1.000.000 SP
Fundo Patrimonial Serrapilheira 2018 R$ 679.737.805 RJ
Fundo Perpetuidade SOS Mata Atlântica 2006 R$ 74.680.032 SP
Fundo Patrimonial UFV 2024 Não informado MG
Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn 2019 R$ 235.000.000 RJ
FUTURE – Fundo Territórios Unidos por Recursos para a Educação 2023 R$ 1.600.000 AM
Futurin – Funds for life (Hospital Pequeno Príncipe) 2024 R$ 3.000.000 PR
Gene – Fundo Patrimonial do Instituto Federal de São Paulo 2024 Não informado MG
iGMK – Instituto George Mark Klabin 1993 R$ 11.072.240 SP
Indeed 2023 Não informado
Insper 2022 R$ 8.458.767 SP
Instituto Dara 2008 R$ 17.334.000 RJ
Instituto Elos 2021 R$ 362.786 SP
Instituto Jô Clemente R$ 99.089.000 SP
Instituto Merula Steagall 2022 R$ 1.588.000 SP
Instituto Unibanco 2009 Não informado SP
IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas 2007 R$ 16.379.622 SP
Já, devagar e sempre (Aventura de Construir) 2024 R$ 675.508 SP
Liga Solidária 2020 R$ 109.700.000 SP
Lumina (Unicamp – reitoria) 2020 R$ 3.194.890 SP
MASP Endowment 2017 R$ 19.799.518 SP
Organização Gestora de Fundo Patrimonial da Sociedade Beneficente de Senhoras Sírio-Libanês 2021 R$ 3.329.760
SP
Patronos (Unicamp – alunos) 2020 R$ 2.098.781 SP
PDR – Purpose Driven Resources 2023 R$ 72.000.000 SP
Primatera Fundo Patrimonial 2023 R$ 33.392 SP
Reditus (UFRJ – alunos) 2018 R$ 14.000.000 RJ
Rio Endowment 2022 R$ 1.000 RJ
Semear 2022 R$ 18.591 MG
Sempre Sanfran (Faculdade de Direito USP – alunos) 2021 R$ 12.252.164 SP
Umane 2016 R$ 1.589.507.910 SP
WimBelemDowment 2021 R$ 239.301 RS

Acesse e baixe a planilha completa com as causas dos fundos e fonte dos dados.

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Gincana de doação engaja colaboradores do IDIS

Para celebrar o Dia de Doar, a equipe do IDIS organizou uma ‘Gincana do Bem’, com atividades voluntárias, como cursos e oficinas, oferecidas pelos próprios colaboradores para seus colegas. A participação nas atividades envolvia uma contribuição simbólica, destinada ao Fundo de Fomento à Filantropia (FFF), criado pelo IDIS para fortalecer o investimento social privado e promover a cultura da doação no Brasil.

As atividades propostas variaram de oficinas de cerâmica fria e produção de fermento natural a corridas coletivas, degustações de alimentos e um show realizado por uma banda formada pelos próprios colaboradores (foto ao lado).

A iniciativa destaca as doações como um ato que vai além do aspecto monetário, ressaltando que o valor doado ou a forma escolhida para contribuir – seja por meio de dinheiro, tempo ou conhecimentos – não são o mais importante; o essencial é realizar a doação. Além disso, a ação fortalece a cultura de doação dentro da organização. Mais de 50 colaboradores do IDIS participaram das atividades, seja como participantes ou como responsáveis pela organização.

“Contribuir com tempo e conhecimentos em atividades que reforçam a cultura de doação não só fortalece o impacto social, mas também nos conecta como equipe. Fazemos a diferença e ainda nos divertimos”, comenta Lavínia Xavier, analista de comunicação do IDIS e participante de várias das ações.

Grupo de colaboradores participantes da corrida. Para cada quilômetro percorrido, foi estabelecido um valor a ser doado para o Fundo pelo proponente da atividade.

Descubra Sua Causa é lançada em campanha na Globo

Durante a semana do ‘Dia de Doar’ deste ano, o IDIS, Instituto MOL e Globo lançaram uma parceria para estimular a cultura de doação no Brasil. Uma chamada para o teste Descubra Sua Causa foi veiculada na televisão aberta e também nas redes sociais da emissora. A iniciativa está alinhada à plataforma Para Quem Doar da emissora, cujo objetivo também é fortalecer a cultura de doação.

“Saber a própria causa é um primeiro passo essencial para a ação. O Descubra Sua Causa é uma ferramenta fácil e simples para mobilização de pessoas. Poder contar com a disseminação de um veículo com o alcance da Globo nos move em direção a uma nação cada vez mais doadora e solidária”, comenta Luisa Gerbase Lima, gerente de comunicação e conhecimento do IDIS. 

 

O Descubra Sua Causa estimula as pessoas a refletirem e identificarem suas causas, além de indicar organizações da sociedade civil para as quais os respondentes podem doar. Lançado em 2018 pelo IDIS, o teste já foi realizado por milhares de pessoas em mais de seis anos de veiculação, incentivando o engajamento social com um conteúdo leve e informativo. Ao longo desse período, passou por melhorias em seu funcionamento além de ter sido atualizado visualmente. 

Acesse o site ParaQuemDoar e Descubra Sua Causa!

Retrospectiva IDIS 2024: Investimento Social é feito de gente

Equipe IDIS na confraternização de 2024

Todos os dias, trabalhamos para promover um futuro melhor para esta e para as próximas gerações. Sonhamos, planejamos, agimos, monitoramos e avaliamos impactos, na esperança de que estamos contribuindo para um mundo mais justo e solidário.

Em 2024, esse trabalho se manteve firme, mas o ano foi especial. O IDIS completou 25 anos, uma oportunidade de celebrar nosso passado, reconhecer conquistas, aprendizados e, principalmente, as pessoas. Inspirados pelo tema “Investimento Social é coisa de gente”, guiamos nossas comemorações com uma campanha que refletiu o que tem de mais essencial em nosso trabalho.

Investimento social é coisa de gente porque é feito por e para pessoas. Porque exige diálogo, envolve discordâncias e consensos, erros e acertos. Porque nos aproxima e emociona. Essa mensagem foi o fio condutor de ações presenciais e online, incluindo um evento inesquecível no MASP, marco cultural de São Paulo, que reuniu aqueles que fizeram e fazem parte da nossa história. Foi nessa ocasião também que lançamos nosso novo vídeo institucional. Assista aqui!

 

Um legado para o futuro: o Fundo de Fomento à Filantropia


O marco histórico foi o momento perfeito para concretizar um sonho antigo: a criação do Fundo de Fomento à Filantropia (FFF). Este é o primeiro fundo brasileiro dedicado a fortalecer a filantropia e a cultura de doação no país. Com uma base financeira sólida, podemos garantir a sustentabilidade de projetos, multiplicar iniciativas e alcançar mais pessoas, promovendo mudanças duradouras. Este é um legado que pertence a todos que acreditam no poder transformador da filantropia.

Estamos fechando o ano com um patrimônio de 9,3 milhões, fruto de aportes de diferentes grandezas e com matching realizado a partir da doação recebida da filantropa americana MacKenzie Scott

Quer fazer parte dessa história? Clique aqui para doar.

 

Resultados concretos em um ano intenso


Nossa atuação baseia-se em uma tríade. Nossos pilares de atuação, consultoria, conhecimento e projetos de impacto, nos trouxeram até aqui. Na consultoria exercemos nossa missão apoiando investidores sociais a gerar mais impacto na sua jornada filantrópica. Com as iniciativas de conhecimento produzimos para o setor materiais com as melhores práticas e dados para que as organizações gerem mais impacto positivo. E nos projetos de impacto entregamos, com nossos parceiros, ações, que catalisam o ecossistema da filantropia e da cultura de doação, beneficiando organizações, comunidades e pessoas. Cada pilar alimenta os demais.

Somente neste ano, nossa equipe de consultoria realizou 47 projetos em áreas como planejamento estratégico, ESG, fundos patrimoniais, gestão de doações e avaliação de impacto. Mantivemos uma nota média acima de 9 na avaliação dos clientes, com um alto índice de recomendação, refletindo o compromisso com a qualidade.

 

Conheça as histórias aqui.

 

Em parceria com o Instituto MOL, lançamos o Compromisso 1%, inspirado no movimento estadunidense Pledge 1%. Até agora, 15 empresas já aderiram, entre aquelas que já tem essa prática e outras que estão comprometidas em alcançar o patamar de doação de 1% do lucro líquido em até dois anos. A iniciativa conta ainda com o apoio de Cyrela, Instituto Cyrela, PwC e RD Saúde, além de organizações do setor que integram o comitê consultivo.

No programa Transformando Territórios, dedicado a fortalecer fundações e institutos  comunitários no Brasil, reunimos participantes de todo o país em São Paulo para o Encontro anual. Aproveitamos a ocasião para lançar o guia ‘Como criar uma fundação ou instituto comunitário’ – um guia prático a partir de exemplos de quem já transforma territórios.

Representantes dos participantes do programa Transformando Territórios Foto: André Porto

Expandimos o Juntos pela Saúde, parceria com o BNDES que destinará mais de R$ 100 milhões ao fortalecimento da saúde pública nas regiões Norte e Nordeste no período de 4 anos. A partir de doações do BNDES e outros apoiadores, o programa beneficiará 14 organizações da sociedade civil comprometidas com o atendimento de saúde para população usuária do SUS.

A pauta de advocacy também avançou. À frente da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, conquistamos uma vitória importante: a aprovação do PL 2.440/23 na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, e agora segue para a Câmara. Também passamos a integrar a Aliança pelo Fortalecimento da Sociedade Civil, liderada pelo Instituto Beja, trabalhando pela inclusão da pauta na Reforma Tributária.

Ao longo do ano, lançamos 39 produtos de conhecimento diversos, incluindo relatórios como Perspectivas da Filantropia no Brasil; Investimento Social Privado: Estratégias que Alavancam a Agenda ESG e a terceira edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, alcançando mais de 80 mil pessoas. Destaque também à realização de mais uma edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, que neste ano reuniu novamente mais de mil pessoas em formato híbrido. Também estivemos presentes em eventos locais e globais, como o Global Philanthropy Forum, o African Philanthropy Forum,  Impact Minds (Latimpacto), o Foundations for the Future (Reino Unido).

Pessoas e Diversidade


Com o crescimento dos projetos, veio também o crescimento da equipe. Fechamos o ano com 53 querIDIS em nosso time. As ações ligadas a Pessoas acompanharam o movimento – foi realizado o segundo programa de estágios, implementamos um programa de mentoria e um programa de desenvolvimento voltado para lideranças. Uma trabalho foi feito também no sentido de fortalecer a rede de Alumni IDIS, pessoas que trabalharam conosco no passado, mas que podem seguir contribuindo para o atingimento de nossa missão mesmo distantes.

Com três anos de existência, nosso Comitê de Diversidade promoveu escutas, letramentos e o terceiro Censo IDIS. Entre os resultados, o mapeamento identificou um aumento de 13 pontos percentuais na proporção de pessoas não brancas na equipe, em comparação ao ano anterior. Entre as ações realizadas, destacam-se um treinamento com Cida Bento para os membros do conselho e uma conversa de Viviane Moreira com o grupo de lideranças do IDIS.

Gestão e sustentabilidade

Acompanhando o crescimento do IDIS, implantamos novos processos operacionais e financeiros. Políticas internas também foram atualizadas e houve um esforço grande em desenvolver o mapeamento de riscos e desenvolver uma matriz com orientações sobre como lidar com cada um deles.

Foi concluído também nosso processo de planejamento estratégico, que contempla o próximo triênio.

Reconhecimentos

Pelo quinto ano, fomos reconhecidos como uma das Melhores ONGs do Brasil e, pela segunda vez, como a melhor ONG de Filantropia, Voluntariado e Apoio a Organizações da Sociedade Civil do Brasil. 

No Dia de Doar, o destaque foi o Descubra Sua Causa, projeto do IDIS com o Instituto MOL. A partir de uma parceria com a Globo e sua plataforma ParaQuemDoar, ganhamos destaque em todos os veículos do grupo, com direito a vídeo promocional!

É sempre muito emocionante escrever essa retrospectiva, rememorando alguns dos principais acontecimentos do ano. Não foi fácil, mas foi coletivo.

QuerIDIS, conselheiros, parceiros, apoiadores, familiares e amigos: muito obrigada! Cada um de vocês é parte essencial desta jornada. 

Que 2025 traga esperança, coragem e realizações para todos nós.

Com carinho,

Paula Fabiani

Cazumbada 2024: uma imersão na cultura e no território da Baixada Maranhense

Por Alexandre Gonçalves Jr, coordenador de comunicação do IDIS

 

Em um dos cenários mais emblemáticos de São Luís, no Museu Ferroviário do Maranhão, localizado na estação ferroviária desativada, teve início a Cazumbada, festival promovido pelos Institutos Baixada Maranhense e Formação. O Instituto Baixada Maranhense é uma das 15 Fundações e Institutos Comunitários (FICs) integrantes do Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation. O Programa tem como objetivo fortalecer essas FICs que atuam com o apoio técnico e suporte financeiro de organizações e iniciativas da sociedade civil de suas comunidades.

Entre o centro histórico da cidade, com suas casas coloniais, e a baía de São Marcos, os brincantes do Bumba Meu Boi anunciaram o tom da imersão que parceiros e apoiadores viveriam nos dias seguintes: uma viagem ao coração da cultura maranhense, marcada tanto pelo encantamento quanto pelo encontro com o desconhecido. 

“A Cazumbada é um evento único, nenhum outro evento pauta a filantropia comunitária territorial como ele. É uma grande imersão que proporciona a vivência do território integralmente para os próprios financiadores. E não só todo organismo da filantropia, mas a própria cultura local acaba se fortalecendo com isso”, Instituto Baixada

 

 

O nome Cazumbada remete a Cazumbá, personagem místico das celebrações do Bumba Meu Boi. Essa figura folclórica, que não se enquadra nos conceitos de feminino, masculino ou animal, desperta curiosidade e fascínio com sua máscara impactante e indumentárias coloridas e elaboradas.

Após um jantar de boas-vindas, os convidados partiram para a Baixada Maranhense, região que abriga 21 municípios somados ao município de Alcântara, abrangendo cerca de 559 mil pessoas, segundo o último censo do IBGE. O percurso, que combinou trajetos por terra, água e a pé, foi uma verdadeira experiência territorial. A travessia da baía de São Marcos, agora vista de perto em ferry boat e canoas, conectou os participantes ao cotidiano da região.

 

Uma Imersão em Comunidades Quilombolas

A jornada incluiu uma visita à Ilha de Cajual, no município de Alcântara, onde guias mirins da comunidade quilombola Santa Rosa dos Pretos conduziram os participantes por uma trilha. Alcântara, mais conhecida pela base militar de lançamento de mísseis, revelou outro lado: mais de 80% de sua população é quilombola. Em Santa Rosa dos Pretos, quebradeiras de coco babaçu demonstraram a extração artesanal do óleo e azeite, ingredientes essenciais na culinária regional.

Foto: Instituto Baixada/Instituto Formação

Essa tradição extrativista, transmitida de geração em geração, é uma das principais fontes de renda da comunidade. Recentemente, o Instituto Baixada forneceu um moedor automático para facilitar a produção de óleo de babaçu. Além disso, a instituição tem auxiliado no acesso a políticas públicas, como a instalação de painéis solares, que trouxeram energia elétrica para vilas antes dependentes de estações relacionadas.

Outro ponto visitado foi a comunidade Olhos D’Água dos Gomes, onde está sendo reconstruída a Casa de Muriquinho, espaço dedicado a atividades socioculturais para jovens, com a gestão e definição de agenda pela própria comunidade. 

Esse projeto é apoiado pelo programa Transformando Territórios, do IDIS, em parceria com o Instituto Baixada

A cultura na Baixada

A musicalidade ecoa na Baixada. Longe do ruído dos grandes centros urbanos, os ritmos do Bumba Meu Boi, tambor de crioula, reggae e forró ecoam como expressão de identidade e resistência cultural.

Foto: Instituto Baixada/Instituto Formação

Na Baixada Maranhense, o território é o próprio agente de transformações de impacto social positivo. Cada baixadeiro, com suas histórias, saberes e ambições, contribui para o desenvolvimento socioambiental local. O Instituto Comunitário Baixada Maranhense, ao final dos três dias de evento, reafirmou sua missão: investir em pessoas para transformar territórios. Essa promessa está estampada na sede da instituição, localizada em Nova Olinda do Maranhão, e reflete a grandiosidade de sua atuação no fortalecimento de comunidades e tradições com a promessa de investir em pessoas que transformem territórios.

Foto: Instituto Baixada/Instituto Formação

IDIS organiza delegação brasileira para o Global Philanthropy Forum 2025

Global Philanthropy Forum 2025 acontecerá entre os dias 12 e 14 de março em São Francisco e neste ano, o tema do evento é “Embracing Risk: Adaptive Philanthropy in the Age of Complexity”, debatendo como a filantropia tem se adaptado e arriscado para solucionar problemas complexos. O evento contará, mais uma vez, com a tradicional delegação brasileira organizada e liderada pelo IDIS. Como parceiros do evento, o IDIS anualmente organiza a viagem, fortalecendo o relacionamento entre os participantes e com a comunidade filantrópica global.

Convidados que indicarem na inscrição que vieram por meio do IDIS têm direito a descontos exclusivos. Tem interesse em participar da delegação? Entre em contato conosco através de comunicacao@idis.org.br.

Em 2023, durante a última edição do evento, a delegação liderada pelo IDIS esteve presente, com 13 membros, de diferentes organizações. Foram cerca da de 250 participantes ao longo de dois dias de evento que tratou de temáticas como dinâmica de poder entre doadores e beneficiários, a decolonização da filantropia, doações irrestritas, além de causas relacionadas à diversidade, ajuda humanitária e a correlação entre vulnerabilidades socioeconômicas e os impactos das mudanças climáticas.

“Participar do Global Philanthropy Forum 2023 foi uma experiência enriquecedora, que nos permitiu conectar com pessoas de experiências incrivelmente diversas. Acreditamos firmemente que as conversas e conexões estabelecidas no evento têm o potencial de gerar parcerias transformadoras para o futuro”, comenta Guilherme Sylos, diretor de prospecção e parcerias do IDIS e líder da delegação.

O IDIS é responsável pelo produção do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, a versão local do Global Philanthropy Forum.

PL sobre tributação de fundos patrimoniais é aprovado no Senado

Este é um importante passo para o aprimoramento do ambiente regulatório para os fundos patrimoniais no Brasil. O Projeto de Lei 2.440/23, que complementa a Lei 13.800/19, traz medidas imprescindíveis a uma adequada tributação sobre endowments. O PL é de autoria do Senador Flávio Arns (PSB/PR), já foi aprovado na Comissão de Educação, sob a relatoria da Senadora Dorinha Seabra, e no dia 26 de novembro foi aprovado também na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sob a relatoria do Senador Rodrigo Cunha. O PL é terminativo na CAE, o que significa que ele será encaminhado para a Câmara após esta aprovação no Senado.

O objetivo central do PL é aprimorar o ambiente tributário dos fundos patrimoniais enquadrados na Lei de Fundos Patrimoniais (13.800/19). Entre eles, a isenção do Imposto de Renda sobre aplicação financeira, o reconhecimento da posição das gestoras de fundo patrimonial como investidoras no Brasil e no exterior, sem que isso seja considerado um desvio de finalidade, além de reconhecer a isenção da COFINS sobre receitas financeiras.

A proposta reconhece e deixa mais clara o incentivo fiscal à doação de empresas que apuram o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica pelo lucro real, permitindo que sejam deduzidas como despesas operacionais, nos termos da legislação atual sobre o assunto.

A questão tributária é uma barreira importante para a adesão de endowments à Lei 13.800. Segundo o recém-lançado Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023, do qual participaram 74 fundos, até o fim de 2023, somente 19% estavam enquadradas nos parâmetros da referida Lei, dado que as entidades operacionais têm o receio de perder a imunidade tributária.

Esse avanço é de suma importância é fruto de um esforço coletivo do IDIS, que lidera a Coalizão pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos, e da Aliança pelo Fortalecimento das Organizações da Sociedade Civil, que reúne organizações representativas do setor, escritórios de advocacia especializados, empresas e investidores sociais.

“Não resta dúvida de que a participação da sociedade, neste caso, por meio dos fundos patrimoniais, é extremamente necessária e deve sempre ocorrer de forma ativa e sem entraves burocráticos. O fortalecimento do Terceiro Setor, não apenas por meio da legislação, mas, principalmente, pelo reconhecimento por parte do poder público, é o caminho para que possamos assegurar benefícios sociais e econômicos para todos”, acredita Flávio Arns, senador e autor do PL em questão.

 

“A aprovação do PL 2440/23 no Senado Federal é um avanço para a sustentabilidade e apoio de causas no Brasil. Um ambiente tributário favorável é essencial o desenvolvimento da cultura de doação. Observamos nos últimos anos um crescimento dos fundos patrimoniais brasileiros com a Lei 13.800 e, agora, com a possibilidade da ampliação da isenção tributária para as Organizações Gestoras de Fundos Patrimoniais, esperamos aumento ainda mais acelerado na estruturação de endowments que contribuem para o desenvolvimento socioambiental do Brasil. Ainda precisamos passar o PL na Câmara, mas aprovar no Senado é certamente uma conquista que merece ser celebrada.”, acredita Paula Fabiani, CEO do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.

 

“A aprovação do PL 2440 é de suma importância para o avanço dos fundos patrimoniais no Brasil, equiparando a nossa legislação com a legislação estrangeira sobre endowments, que não tributam suas rendas. É o resultado do esforço de anos da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, somado à mobilização mais recente da Aliança pelo Fortalecimento das Organizações da Sociedade Civil”, comenta Priscila Pasqualin, sócia do PLKC Advogados e responsável pelo apoio jurídico à Coalizão pelos Fundos Filantrópicos.

 

Sobre a Coalizão

A Coalizão pelos Fundos Filantrópicos é um grupo multisetorial composto por mais de 100 membros, entre organizações, empresas e pessoas que apoiam a regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no país. Lançada em junho de 2018, e liderada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, essas organizações brasileiras integram a Coalizão, que é aberta para qualquer pessoa ou instituição que apoie a causa dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos.

O G20 também é social: articulações pela filantropia

A Aliança contra a Fome e a Pobreza e a taxação de super ricos estão entre os principais direcionamentos do G20 no Brasil. O encontro multilateral, entretanto, vai muito além da declaração final assinada pelos líderes das nações participantes. 

Tradicionalmente focado em questões econômicas globais, o G20 tem demonstrado um compromisso crescente com temas sociais. A criação do G20 Social, uma iniciativa inédita que busca ampliar a participação da sociedade civil nos debates e decisões do grupo, é um marco nesse sentido. Naturalmente, a filantropia surge como um tema de debate no C20.

O grupo de trabalho, mobilizado pela WINGS, envolveu representantes de diferentes nações. No Brasil, GIFE e ABONG conduziram a coordenação, que levou a elaboração das recomendações do grupo para que a filantropia possa ampliar seu potencial de contribuição ao desenvolvimento sustentável. “A filantropia contribui com um espectro vasto de temas sociais e ambientais e podia manifestar posicionamento, enquanto setor, sobre tais agendas ante a um fórum global como o G20, incidindo sobre a tomada de decisões que impactam a conjuntura das sociedades contemporâneas”, comenta Gustavo Bernadino, gerente de Programas do GIFE.

O documento final convoca os países do G20 a assumirem compromissos efetivos com o ecossistema filantrópico. Entre as recomendações, temas como a necessidade de um sistema tributário mais justo, reformas da dívida internacional e tributária, facilitação do acesso a recursos pela sociedade civil e a importância de proteger o espaço cívico.

“Foi uma grande conquista levar ao C20 o debate sobre filantropia. O processo participativo contribuiu para o fortalecimento do ecossistema global ao mesmo tempo que gerou um conjunto de recomendações que devem reverberar para além da cúpula. Houve diálogo e a troca de experiências, valiosos para a cooperação internacional.” comenta  Luisa Lima, gerente de comunicação e conhecimento no IDIS, que foi uma das integrantes do grupo.

As recomendações do C20 sobre filantropia oferecem uma oportunidade única para fortalecer a colaboração entre os setores público, privado e social, em prol de um futuro mais justo e sustentável.

“Olhando para trás, para as presidências do G20 desde a formação do grupo global em 1999, esta foi a primeira interação formal e estruturada da filantropia, enquanto campo, no G20. As recomendações foram apresentadas formalmente ao governo brasileiro e também compartilhadas com a Primeira-Dama durante a Cúpula do C20″, explica Benjamin Bellegy, diretor executivo da WINGS.

Cassio França, Gustavo Bernardino e Pedro Bocca representaram o GIFE, Benjamin Bellegy, da Wings, além de Gustavo Westmann, da Secretaria-Geral da Presidência da República; e Pedro Simões, da Secretaria-Geral do G20.

Leia o documento completo com as recomendações aqui.

 

Mundaú Mundo inaugura novo escritório em Maceió

As Fundações e Institutos Comunitários (FICs) atuam dando suporte a iniciativas locais que promovem o desenvolvimento social de determinadas regiões onde estão inseridas. Com o objetivo de ser um apoiador, O Mundaú Mundo, que é uma FIC localizada em Alagoas, inaugurou um novo escritório no Centro de Inovação do Jaraguá, em Maceió. A organização faz parte Programa Transformando Territórios (TT), iniciativa de impacto do IDIS em parceria com a C.S Mott Foundation.

Rosana Ferraioulo, gerente de projetos do IDIS e responsável pelo TT, esteve no evento de inauguração e visitou outras dependências da organização, conhecendo a fundo as ações do Mundaú para o desenvolvimento social do território.

“Estar presencialmente na inauguração da sede da Mundaú Mundo com o Carlos Jorge, equipe e representantes das organizações sociais do território é uma alegria imensa. O espaço, para além de ser a sede para o trabalho em equipe, fomenta o ecossistema territorial e o desenvolvimento local”, comenta Rosana.

 

O MUNDAÚ MUNDO

O objetivo do Instituto Mundaú é transformar pessoas para transformar territórios. Para isso realiza diversas ações em Maceió, entre elas estão o Programa de formação e desenvolvimento educacional, ações de educação ambiental e prevenção para as famílias da lagoa Mundaú, e ações esportivas, como aulas de judô infantil.

“A inauguração do escritório da Mundaú Mundo é um sonho se tornando realidade, e sem nossos parceiros não chegaríamos até aqui. Agradeço a todos os líderes sociais que se fizeram presentes, além da Asssepro e do IDIS, que com muita alegria celebrou conosco. Transformar pessoas para transformar territórios já é uma realidade”, disse Carlos Jorge, fundador da FIC.

 

SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

Saiba mais sobre o programa e os participantes em www.transformandoterritorios.org.br

 

 

Vem aí ‘Dia de Doar 2024’: participe e doe para o Fundo de Fomento à Filantropia

Desde 2013, acontece o Dia de Doar no Brasil, e neste ano, a 11ª edição será no dia 3 de dezembro. O objetivo é incentivar o país a ser mais generoso e solidário, mobilizando pessoas físicas, empresas e campanhas comunitárias para arrecadar recursos e aumentar o impacto positivo das organizações do terceiro setor.

O movimento desempenha um papel fundamental ao mostrar que todos podem participar, fortalecendo a cultura da doação no cotidiano das pessoas.

Neste ano, convidamos você a contribuir para o Fundo de Fomento à Filantropia. Ao doar, você apoia o contínuo fortalecimento do investimento social privado e da cultura de doação no Brasil.

Os rendimentos do fundo patrimonial são revertidos em impactos positivos e concretos para a sociedade, sendo utilizados para o fortalecimento da filantropia e da cultura de doação, por meio de pesquisas, campanhas e outras ações; para advocacy por um ambiente regulatório mais favorável ao terceiro setor; para a promoção de publicações e eventos, como o Fórum de Filantropos e Investidores Sociais; e para a articulação de atores e parcerias para o desenvolvimento do setor, incluindo os endowments criados e a Coalizão. Além disso, os recursos também são utilizados para catalisar iniciativas estruturantes que multipliquem o Investimento Social Privado (ISP) e ampliem seu impacto, entre outras atividades.

Cada doação contribui para o fortalecimento da sociedade civil e para a redução das desigualdades no Brasil, em uma causa que não é apenas nossa, mas de todo o setor. Venha com a gente!

Faça sua doação e saiba mais sobre o Fundo de Fomento à Filantropia:

Saiba como doar para Fundos Patrimoniais Filantrópicos

Os Fundos Patrimoniais Filantrópicos são mecanismos que permitem o desenvolvimento e a manutenção de organizações e causas, garantindo uma sustentabilidade financeira de longo prazo. Funciona assim: os fundos, também conhecidos como endowments, reúnem recursos de doações, sejam elas grandes ou pequenas. O valor recebido é  mantido e os rendimentos podem ser usados, garantindo recursos perenes.

Os Fundos Patrimoniais passaram a ser regulamentados no Brasil com a aprovação da Lei 13.800/2019 e você sabia que podem receber doações também de pessoas físicas? Os valores doados ajudam a aumentar o patrimônio do fundo e seus rendimentos.

Saiba mais sobre os Fundos Patrimoniais.

Conheça os fundos que aceitam doações de indivíduos:

Filantropia

Fundo de Fomento à Filantropia – Contribui para o contínuo fortalecimento do investimento social privado e da cultura de doação no Brasil.

Causas de Interesse público

Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn – Tem por finalidade fomentar e promover causas de interesse público, voltadas à população em geral.

 

 EDUCAÇÃO

 

Amigos Direito UERJ – Os recursos do fundo patrimonial são destinados a apoiar projetos e programas definidos pela gestão do fundo.

 

 

 

Pan American School | LinkedIn

 

Associação Escola Panamericana de Porto Alegre – Destina os recursos do fundo para projetos institucionais, estudantis e eventos da escola, por meio de doações, parcerias e patrocínios, que contribuirão para o enriquecimento acadêmico e o legado institucional da escola.

 

 

Fundo Patrimonial do ITA – Os recursos do fundo são destinados a projetos escolhidos pelo Conselho de Administração, executados por departamentos do ITA ou pelas Organizações Executoras parceiras, como a AEITA, ITAEx e FCMF

 

 

 

Associação Gestora do Fundo Patrimonial em Apoio à Faculdade de Direito da UFRGS – O fundo patrimonial apoia a promoção da melhoria dos espaços e da infraestrutura da Faculdade de Direito da UFRGS, necessários ao desenvolvimento gratuito da educação e do desenvolvimento humano, técnico e profissional da comunidade de estudantes, professores, servidores e entidades sem fins lucrativos representantes destas categorias.

 

Chronos | Início

Chronos (USP São Carlos – Comunidade) – Os recursos do Chronos são destinados a apoiar projetos da comunidade da USP São Carlos, incluindo alunos, professores, funcionários e entidades representativas dessas categorias.

 

 

 

EAUFBA - Escola de Administração, UFBA

Conecta EAUFBA (Escola de Administração da UFBA) – Endowment composta por uma associação de ex-alunos da Universidade Federal da Bahia, com o propósito de contribuir com o desenvolvimento de carreira dos alunos e deixar um legado para as próximas gerações de estudantes.

 

 

Endowment AFESU – Os recursos do fundo são destinados para o oferecimento de projetos gratuitos para meninas e mulheres em vulnerabilidade social.

 

 

 

 

Endowment Alumni Direito Mackenzie – Todos os recursos do fundo são destinados exclusivamente para projetos que busquem efetivar o direito fundamental de acesso à justiça, bem como projetos de ensino, pesquisa e extensão, preferencialmente vinculados à Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e que promovam a melhora da educação e das instituições jurídicas no Brasil.

 

Endowment DireitoGVEndowment Direito GV | LinkedIn – O DireitoGV é um fundo patrimonial destinado a arrecadação de recursos para manter estudantes aprovados no vestibular da FGV no curso de Direito, mas que dependem significativamente de uma ajuda para arcar com custos indiretos do curso como apostilas, transporte e alimentação. 

 

 

agradecimento2020 — Instituto AcaiaInstituto AcaiaO instituto orienta suas atividades através de três núcleos: ateliescola acaia, Centro de Estudar Acaia Sagarana e Acaia Pantanal, que desenvolvem atividades socioeducativa.

 

 

Endowment Instituto Rodrigo Mendes (IRM) – Todos os recursos do endowment visam colaborar para que toda pessoa com deficiência tenha uma educação de qualidade na escola inclusiva. Seus projetos estão organizados a partir de uma arquitetura de programas baseada em três pilares: produção de conhecimento, formação de educadores e advocacy.

 

Endowment PUC-Rio – A Associação dos Antigos Alunos da PUC-Rio apresenta o fundo Endowment, destinado a arrecadar recursos financeiros para diversas frentes da universidade. Essas doações ajudam a manter, por exemplo, bolsas de estudos na PUC-Rio para alunos de baixa renda e a aperfeiçoar serviços da AAA. 

 

 

Endowment Sempre FEA (FEAUSP – alunos) – O Sempre FEA é um fundo patrimonial criado por ex-alunos da FEAUSP para apoiar projetos e alunos, professores, funcionários e entidades da FEA USP. Em dois anos de existência, já apoiaram cerca de 40 projetos e impactando mais de 300 pessoas diretamente.

 

Fundo Amanhã (Administração UFRGS) – Visa apoiar o desenvolvimento da comunidade da Universidade (alunos, ex-alunos, professores, técnicos e entidades representativas) por meio do investimento em programas e projetos de impacto voltados para a manutenção da excelência em ensino, pesquisa e extensão às gerações futuras.

 

 

Fundo Areguá – O Fundo Areguá oferece bolsas de estudos para alunos da faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo, além de apoiar projetos de pesquisa da instituição.

 

 

Fundo Catarina – Investem em projetos para os alunos de engenharia e tecnologia da UFSC, como projetos de extensão e projetos de pesquisa, fomento ao empreendedorismo e distribuição de bolsas de estudo meritórias, potencializando a formação de novos profissionais de engenharia e tecnologia líderes no país.

 

 

 

Fundo Centenário (Escola de Engenharia da UFRGS) – Os rendimentos do Fundo Centenário são para a manutenção da Escola de Engenharia da UFRGS. 

 

 

 

Amigos da Poli (Escola Politécnica da USP) – O fundo patrimonial Amigos da Poli apoia projetos da Escola Politécnica da USP e sua comunidade, convictos de que a educação é o futuro do país. Entre as iniciativas, está um Edital de Projetos anualmente, aberto a toda comunidade politécnica, onde buscam projetos para financiamento e o Centro de Carreira da Poli, conexão entre os alunos e alunas com o mercado de trabalho. O Amigos da Poli é finalista dos Melhores ONGs 2022.

 

Fundo Patrimonial Amigos da UnivaliFundo Patrimonial Amigos da Univali - Associação Ou Organização em Centro – O Fundo Patrimonial Amigos da Univali tem como objetivo diminuir a desigualdade social e salarial promovendo o acesso ao ensino superior, por meio do fornecimento de bolsas de estudo para acadêmicos da Univali.  

 

 

Amigos do Brasil Central1º Edital para Seleção de Projetos Associação Fundo Patrimonial Amigos do Brasil Central – Criada por um grupo de alunos(as), ex-alunos(as) e docentes das Escolas de Engenharia da UFG, a proposta do fundo Amigos do Brasil Central é ser uma fonte perpétua de recursos para a instituição. 

 

 

 

Fundo Patrimonial Associação Projeto Gauss (FPPG) – O fundo visa garantir a perpetuidade do Projeto Gauss que fornece bolsas de estudo e mentoria para alunos que também acreditam na educação como ferramenta de transformação e que, por muitos motivos, não tiveram oportunidades.

 

Augere – Fundo Patrimonial da FMUSP – O Endowment FMUSP permite a continuidade de um ensino de excelência da Faculdade de Medicina da USP, além de contribuir para o desenvolvimento de pesquisas.  

 

 

Início | Fundo Patrimonial Axuxê

Fundo Patrimonial Axuxê (FMABC) – Visa garantir o crescimento de comunidade acadêmica, incentivando a diversidade, o conhecimento, o espírito de liderança através do fornecimento de bolsas de estudo.

 

 

 

 

 

CEAP | IDISIDIS

Fundo Patrimonial CEAPA organização atua no modelo de escola profissionalizante gratuita, e oferece anualmente cursos de formação e qualificação profissional para 1.100 jovens entre 10 e 18 anos que no contraturno estejam matriculados no ensino regular.

 

Fundo Patrimonial da UEM – Apoia projetos de pesquisa, eventos acadêmicos, projetos de extensão e ações comunitárias que impactam em nossa cidade e a Universidade Estadual de Maringá.

 

 

Fundo Patrimonial da USP – A Fundação tem o objeto social contribuir para o desenvolvimento educacional e intelectual de alunos e ex-alunos da USP, bem como da sociedade em geral, por meio de programas, projetos e outras ações relacionados à promoção da educação em sentido amplo, promoção da cultura e do desporto, promoção da preservação e da manutenção do patrimônio histórico e seus acervos; outras finalidades de interesse público a serem determinadas pelo Conselho de Administração.

 

Fundo Patrimonial FEAUSP – O Fundo Patrimonial FEAUSP proporciona maior diversificação nas fontes de receita para a instituição. O investimento perene tem como foco fortalecer e ampliar as iniciativas relacionadas a FEA, focando em ensino, pesquisa e extensão. 

 

Gene (Fundo patrimonial do Instituto Federal de São Paulo) – Fundo que garanta recursos para projetos de pesquisa, ensino, extensão e inovação, apoiando principalmente os estudantes e as futuras gerações do IFSP.

 

Insper 2017/1: resultado do Vestibular de Engenharia é liberado

Fundo Insper – Fundo de apoio ao Insper, instituição de ensino superior e pesquisa sem fins lucrativos. Os recursos podem ser alocados para o fornecimento de bolsas de estudo ou patrocinar salas e espaços no campus.

 

 

LUMINA – é o Fundo Patrimonial da Universidade Estadual de Campinas, tem como missão atrair e ser uma fonte de recursos perene, dedicada a apoiar e financiar projetos e iniciativas da universidade nos campos de ensino, pesquisa, extensão, inovação, empreendedorismo, cultura e assistência.

 

Home | Associação Fundo Patrimonial Patronos

Fundo Patrimonial Patronos – Fundo dedicado a apoiar projetos, pessoas e pesquisas da Comunidade da Unicamp

 

 

Primatera Fundo Patrimonial - Primatera Fundo Patrimonial

Primatera Fundo Patrimonial – Fundo patrimonial criado para fomentar o conhecimento nas áreas de recursos florestais e biomateriais.

 

Instituto Reditus | LinkedIn

Reditus (UFRJ – alunos) – O Reditus possui o objetivo de fortalecer a comunidade da UFRJ, fomentando a cultura de retribuição e aprimorando a experiência educacional dos novos alunos.

 

 

 

 

Rio Endowment - DesktopRIO Endowment – Fundo patrimonial dedicado a desbloquear o potencial dos alunos STEM no Rio de Janeiro. Por meio das doações que recebemos, o RIO seleciona estudantes brilhantes que necessitam de apoio financeiro e não financeiro (captação de doações a partir de R$10 mil).

 

UFTM e Fundo Patrimonial Semear assinarão acordo de parceria

Semear Associação / Fundo Patrimonial (UFTM)Fundo Patrimonial da da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) para apoiar e financiar iniciativas desenvolvidas pela Instituição. 

 

 

 

Direitos Humanos

Fundo Brasil de Direitos Humanos Fundo Brasil - O Fundo Brasil de Direitos Humanos é uma iniciativa pioneira que pretende contribuir para a promoção dos direitos humanos no país, criando mecanismos sustentáveis de doação de recursos voltadosO Fundo Brasil é um Endowment que busca promover o respeito aos direitos humanos no Brasil, construindo mecanismos inovadores e sustentáveis que canalizem recursos para fortalecer organizações da sociedade civil e para desenvolver a filantropia de justiça social. 

 

Combate à pobreza e desigualdade

Fundo Betinho (Ação da Cidadania) – Fundo patrimonial para fomentar ações de combate à fome e a miséria em todo o Brasil não só da Ação da Cidadania mas também permitindo que a Ação possa apoiar outras entidades na ponta para execução de seus projetos em comunidades locais por todo o país.

 

 

 

Fundo FICA (@fundo_fica) / Twitter

Fundo FICA – O Fundo FICA busca viabilizar o aluguel de unidades no centro de São Paulo por um valor justo, por meio de apoios mensais, pontuais e comodato de imóveis. 

 

 

 

 

Doação Fundo Patrimonial | ADC

Já, devagar e sempre (Aventura de Construir) – Fundo patrimonial que visa dar sustentabilidade financeira a ONG Aventura de Construir. Seu trabalho é voltado ao fortalecer o empreendedorismo nas periferias do Brasil.

 

 

 

 

Sempre Sanfran, Fundo Patrimonial da Faculdade de Direito da USP

Sempre Sanfran – O Sempre Sanfran é um fundo formado por ex-alunos para a sustentabilidade financeira da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Os recursos apoiam projetos de interesse da FDUSP, promovendo a qualidade de ensino, o incremento de atividades de extensão e pesquisa e a melhora da infraestrutura da FDUSP. 

 

Religião

Fonte Endowment – Os recursos do fundo são direcionados a projetos já existentes, visando apoiar causas humanitárias, educação, evangelismo e missões e a cultura do reino.

 

 

 

Jornalismo

Fundo de Apoio ao Jornalismo Investigativo (F/ABRAJI) – Visa dar sustentabilidade financeira à ABRAJI, uma instituição apartidária, que busca o desenvolvimento do jornalismo investigativo no Brasil. 

 

Saúde

 

Fundo Patrimonial IBMP –  Visa constituir fonte vitalícia de recursos em benefício do  Instituto de Biologia Molecular do Paraná (Fiocruz), o qual trabalha pela inovação em saúde.

 

 

Futurin

 

Futurin – Funds for life (Hospital Pequeno Príncipe) – Este é o Fundo Patrimonial do Complexo Pequeno Príncipe, que nasce para apoiar a causa da saúde infantojuvenil, garantindo aos meninos e meninas do Brasil o direito à saúde e à vida.

 

 

 

 

Instituto Merula Steagall - Abrale

Instituto Merula Steagall – Destina os rendimentos do fundo aos projetos e atividades da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) e da Abrasta (Associação Brasileira de Talassemia).

 

Fundo Patrimonial do Sírio-Libanês – O Fundo tem como objetivo a construção de um legado com o propósito de contribuir para a perenidade da Instituição e financiar ações futuras ligadas a três principais iniciativas: Assistência Médico-Hospitalar, Tecnologia e Inovação; Assistência Social; Educação em Saúde / Ciência e Pesquisa.

Formação de jovens lideranças

Fundo de Endowment do Instituto Líderes do Amanhã – Visa assegurar a perenidade do Instituto Líderes do Amanhã.

 

EQUIDADE RACIAL

Fundo Baobá – O Fundo Baobá para Equidade Racial é o primeiro e único fundo dedicado, exclusivamente, para a promoção da equidade racial para a população negra no Brasil. Criado em 2011, é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo mobilizar pessoas e recursos, no Brasil e no exterior, para o apoio a projetos e ações pró-equidade racial. Para doar, acesse:

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Ampliação e consolidação de endowments no Brasil é tema de debate

Como os fundos patrimoniais contribuem para atuação perene das causas e instituições? O mercado financeiro está preparado para lidar com a gestão dos recursos de fundos patrimoniais? Qual a importância da diversidade e inclusão para a governança de fundos patrimoniais?

Estas foram algumas das questões debatidas no evento de lançamento do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023. Na terceira edição, a publicação analisou dados de 74 endowments brasileiros, que somam 156 bilhões de reais em patrimônio, valor que equivale a mais de 98% do patrimônio contido em fundos patrimoniais no país, de acordo com o Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil

Visando melhor compreender o significado dos achados inéditos da publicação para o cenário brasileiro, o evento de lançamento do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023 (acesse a publicação completa aqui) contou com uma mesa redonda com gestores de fundos patrimoniais ativos. O debate contou com a contribuição de Luiz Fernando Figueiredo, Presidente do Conselho de Administração da JiveMauá Investments e do Conselho Instituto Fefig; Murilo Nogueira, Diretor Administrativo & Financeiro da Fundação Bradesco; Rodrigo “Kiko” Afonso, Diretor-Executivo da Ação da Cidadania; Viviane Moreira, membro do Conselho Fiscal do IDIS; e moderação de Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS. 

Em relação a perenidade dos endowments no país, Murilo Nogueira, gestor do maior e mais antigo fundo patrimonial brasileiro, frisou a necessidade de uma gestão cautelosa e responsável dos recursos financeiros para que possa haver continuidade na manutenção da causa apoiada. O investimento e acompanhamento consciente aparece como mecanismo essencial para o sucesso e manutenção do legado criado (confira aqui um artigo sobre o fundo patrimonial da Fundação Bradesco que está presente no Anuário). Rodrigo ‘Kiko’ Afonso, também tratou em sua fala sobre a importância da gestão responsável e transparente dos recursos investidos, uma vez que a continuidade destes dependem da confiança do doador com o fundo patrimonial. 

Luiz Fernando Figueiredo reforçou a importância da estrutura do setor de gestão de investimentos no Brasil para a consequente manutenção da perenidade dos fundos. Para ele, não há país emergente no mundo que tenha setor comparável quando se trata da magnitude e maturidade da área de gestão de investimentos. 

“Nossa indústria foi muito bem regulada e por isso ela se desenvolveu muito. Neste processo, ela também trouxe um desenvolvimento dos gestores muito relevante. (…) Sem dúvida nenhuma a indústria brasileira de gestores está mais do que pronta para conseguir ajudar a gestão dos fundos patrimoniais”, reforçou Luiz Fernando. 

Ainda tratando da importância dos fundos patrimoniais para garantia da perenidade de recursos para as causas, Kiko menciona que este foi um ponto essencial para a escolha da Ação da Cidadania por este mecanismo em detrimento de outras ferramentas de investimento. Ele explicou que a questão da fome é muitas vezes vista como algo pontual e acaba passando por dificuldades quando as doações diminuem, portanto, buscavam um mecanismo que garantisse essa longevidade de apoio a esta causa. 

“Quando os dados saem as doações vêm muito rapidamente, mas elas se encerram rapidamente logo depois desse processo. (…) Como é que a gente resolveu isso para ter um olhar de perenidade na atuação do Ação da Cidadania, sem se vender para o setor privado ou para o governo? (…) Criando um fundo patrimonial que nos desse essa segurança de que a gente pudesse se manter nessa luta, sem precisar fugir dela por uma questão de redução de doação”, explicou o diretor da Ação da Cidadania.

Já Viviane Moreira trouxe uma abordagem diferente, tratando da importância da diversidade e inclusão (D&I) para o aprimoramento da governança de fundos patrimoniais e demais organizações sociais. O Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023 revelou a baixa incidência de pessoas negras e mulheres nas instâncias de governança dos endowments brasileiros. Porém, a aplicação de políticas de D&I são estratégicas para a transformação social ao serem capazes de expandir os horizontes de observação, considerando outras perspectivas em relação a gênero, raça, sexualidade e acessibilidade e que antes poderiam estar sendo ignoradas. A ampliação dessas perspectivas, de visões de vida e de negócios, promove mais ética nas decisões e construção de estratégias na instância da governança.

“Se a gente não constrói este storytelling [narrativa] ético com governança, representatividade e de forma muito assertiva, a gente vai continuar mais excluindo do que incluindo”, alerta Viviane. 

A mesa de debates do evento ainda abordou aspectos relevantes relacionados às boas práticas para garantir a perpetuidade de fundos patrimoniais além de importantes pontos sobre a gestão de endowments, especialmente no que diz respeito ao fluxo de caixa e à alocação de investimentos financeiros.

Confira a gravação completa aqui:

Vaga de Analista Júnior de Monitoramento e Avaliação

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para profissionais com experiência na área de Monitoramento e Avaliação.

Atuamos desde 1999 com foco no fortalecimento do Investimento Social Privado no Brasil e o estímulo a ações transformadoras da realidade para a redução das desigualdades sociais no país.

O IDIS conta com um time de 50 pessoas dedicadas a desenvolver e implementar projetos de grande impacto que estimulem o desenvolvimento de um ecossistema de Investimento Social que atue de forma eficaz e estratégica. Oferecemos consultoria em investimento social para empresas, famílias, filantropos e organizações da sociedade civil. Além disso, desenvolvemos projetos de impacto, como campanhas e a promoção de advocacy, e investimos na geração de conhecimento, com a produção de pesquisas, artigos e publicações.

Para fortalecer a organização e nossa atuação, buscamos uma pessoa Analista Júnior que apoie na gestão de nossas iniciativas nesta área. Ela será responsável por apoiar atividades da equipe de Monitoramento e Avaliação de Impacto socioambiental do Instituto.

 Acesse a vaga na 99Jobs e inscreva-se.

RESPONSABILIDADES E OPORTUNIDADES

  • Apoiar a elaboração de propostas de projetos de Monitoramento e Avaliação para potenciais clientes e parceiros;
  • Implementar as atividades dos projetos de Monitoramento e Avaliação do IDIS, respeitando os prazos acordados e zelando pela qualidade dos produtos entregues;
  • Apoiar e realizar a coleta de dados quantitativos e qualitativos necessários para a execução dos projetos;
  • Organizar, ler, analisar documentos, elaborar relatórios e apresentações sistematizando o processo de Monitoramento e Avaliação e os aprendizados e conclusões obtidas;
  • Realizar pesquisas de conceitos, referências e benchmarking que enriqueçam os projetos e tragam embasamento para os produtos desenvolvidos;
  • Participar de reuniões periódicas da equipe de consultoria para manter a equipe alinhada com o planejamento estratégico e missão da organização;
  • Promover a aprendizagem e compartilhamento de conhecimento técnico com a equipe do IDIS;
  • Participar ativamente do ciclo de planejamento estratégico juntamente com as outras áreas da organização;
  • Apoiar a Gerência de Comunicação para o desenvolvimento de conteúdo.

INSTRUÇÃO E EXPERIÊNCIA

Ensino superior completo, preferencialmente em economia, geografia, ciências sociais ou áreas afins, e experiência prévia com pesquisa qualitativa (entrevistas e/ou grupos focais) e pesquisa quantitativa com projetos sociais.

conhecimentos específicos

  • Aplicação de pesquisas qualitativas e quantitativas;
  • Facilitação de grupos focais e condução de entrevistas individuais em profundidade;
  • Sistematização e análise de informações qualitativas e quantitativas;
  • Elaboração e análise de planilhas Excel, incluindo manuseio de bases de dados, elaboração de tabelas dinâmicas e gráficos;
  • Elaboração de apresentações com boa apresentação visual, storytelling, clareza e objetividade na transmissão de conteúdos e conclusões;
  • Conhecimentos sobre análise estatística e experiência com softwares de análise de dados qualitativos e quantitativos serão considerados diferenciais;
  • Disponibilidade para atuação presencial (de 1 a 2x por semana) no escritório do IDIS, em São Paulo;
  • Disponibilidade para viajar, se necessário.

BENEFÍCIOS

  • Contratação CLT
  • Assistência médica (Bradesco seguros)
  • Vale-Transporte
  • Vale-Alimentação
  • Gym Pass (Wellhub)
  • Credencial plena do Sesc
  • Day off no aniversário
  • Tipo de trabalho – Híbrido

Tipo de trabalho – Híbrido: Combinação de presencial e remoto

INSCRIÇÃO

Para inscrever-se para essa oportunidade, acesse a página da vaga na 99Jobs até 2 de dezembro de 2024.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos.

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a co-criação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

             

IDIS participa do lançamento do projeto de combate ao câncer do colo do útero apoiado pelo Juntos pela Saúde

O projeto será executado na 2ª Regional de Saúde de Caucaia/CE, atua na prevenção do câncer do colo do útero e foi um dos contemplados pelo edital do programa Juntos pela Saúde com apoio da Umane e BNDES.

A equipe do IDIS e do BNDES esteve presente no lançamento do projeto “Unidos pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Brasil”, que tem o Grupo Mulheres do Brasil como proponente. Esta é uma das 5 propostas contempladas no edital de chamamento público do programa Juntos pela Saúde, uma iniciativa do BNDES, gerida pelo IDIS. O edital contou com o apoio da Umane e teve como objetivo financiar projetos de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde Pública no Norte e Nordeste do país.

Lançamento do projeto do Grupo Mulheres do Brasil em Fortaleza (CE), outubro de 2024. Foto: Grupo Mulheres do Brasil.

O evento foi realizado na sede do Instituto Primeira Infância – IPREDE em Fortaleza (CE), e contou com a participação da presidente do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Helena Trajano, e vice-presidente, Annette de Castro, além do CSO do Instituto do Câncer do Ceará (Grupo ICC), Dr. Pedro Menelau, membros da Secretaria de Saúde do Ceará e secretários de saúde dos 10 municípios contemplados pelo programa. Luiza Saraiva, Gerente da iniciativa Juntos pela Saúde no IDIS, Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS, e Clarice Braga, do BNDES, também estiveram presentes para prestigiar o lançamento.

“A parceria com o BNDES, Umane e IDIS no projeto Unidos pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Ceará é um marco importante para a saúde pública do Brasil. Estamos diante de uma oportunidade única, já que temos uma vacina eficaz e gratuita, disponível no SUS, que previne vários tipos de câncer causado pelo HPV. É importante que todos entendam o poder dessa vacina, que pode salvar vidas e eliminar uma doença que afeta milhares de pessoas no nosso país”, comentou Luiza Helena Trajano.

O projeto ‘Unidos pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Brasil’ visa contribuir para a diminuição da mortalidade de mulheres causadas pelo câncer do colo do útero nos municípios de Apuiarés, Caucaia, General Sampaio, Itapajé, Paracuru, Paraipaba, Pentecoste, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu e Tejuçuoca no Ceará. Regionalmente, o câncer do colo do útero é o segundo mais incidente na região Nordeste (17,59/100 mil), segundo dados do INCA (2022), a segunda maior taxa entre as regiões brasileiras.

“Estamos muito felizes com a formalização dessa parceria com o Grupo Mulheres do Brasil. Com essa iniciativa, temos a oportunidade de prevenir a proliferação desta grave doença e salvar a vida de muitas mulheres nas regiões atendidas”, comentou Luiza Saraiva.

Englobando 10 municípios da região contemplada, o programa busca agir localmente por meio de três objetivos principais:

1. Aumentar a cobertura da vacina HPV

Por meio de ações de promoção e prevenção no âmbito da saúde e educação, serão implementadas ações integradas para intensificar a vacinação nas escolas utilizando o consentimento digital das famílias como forma de otimizar a operação.

2. Aumentar a cobertura de rastreamento do câncer do colo do útero

Por meio do incentivo e orientação a adoção do exame HPV-DNA, em conformidade com a recomendação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) de 2021, e ampliação da busca ativa e incentivo do agendamento inteligente de exames de rastreamento do vírus.

3. Garantir a continuidade do cuidado

Por meio da ampliação de ações de busca ativa e agendamento inteligente para garantir a continuidade do cuidado para mulheres com exames alterados, em especial para os grupos de risco.

“É uma satisfação para a Umane fomentar mais uma iniciativa pela saúde pública cearense. O câncer do colo do útero é prevenido por meio da adoção de medidas simples como o exame periódico e a vacinação contra HPV. Fortalecer o sistema de saúde na organização de seu processo de trabalho em linhas de cuidado na saúde da mulher pode ter um impacto significativo no objetivo de todas as mulheres da região terem acesso aos exames e à vacina.” ressalta Thais Junqueira, superintendente geral da Umane.

 

Sobre o Juntos pela Saúde

Lançado em 2023, o Juntos pela Saúde é uma iniciativa do BNDES, gerida pelo IDIS, e que tem como objetivo reunir recursos para apoiar e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. O programa funciona através da modalidade de matchfunding, ou seja, a cada real doado por outras instituições, o BNDES irá aportar outro real. Assim, o programa tem como perspectiva que até 2026, sejam destinados até R$200 milhões (R$100 milhões do BNDES e R$100 milhões de apoiadores) para projetos de saúde nestas regiões do país.

IDIS lança a 3ª edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais

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O debate sobre a importância dos fundos patrimoniais, do legado e impacto a longo prazo que eles podem causar, positivamente, nas agendas socioambientais, está em ascensão no Brasil. Em uma edição que traz uma série histórica de 2019 a 2023, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social lança o Anuário de Desempenhos de Fundos Patrimoniais 2023, que traz uma amostra composta por 74 fundos, entre 107 fundos elegíveis, que juntos somam um patrimônio de R$156 bi.

 

Perfil da amostra dos fundos patrimoniais analisados no Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais entre 2021 e 2023.

 

O levantamento, voltado a gestores de endowments, revelou que em 2023 foi alcançada uma rentabilidade média dos fundos de 10,6%, a mais alta desde 2020, e que a maioria dos fundos prefere investimentos em renda fixa, caixa e equivalentes, categorias que concentraram 81% das aplicações financeiras dos fundos patrimoniais.

 

Composição da amostra por faixa de patrimônio dos fundos patrimoniais analisados no Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais de 2023 (Dez 2023).

 

O prefácio da publicação é assinado pelo Senador Flávio Arns, responsável pela elaboração do Projeto de Lei 2.440/23, que busca complementar a Lei 13.800/19 dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos. Arns ressalta que “fundos patrimoniais são essenciais para o desenvolvimento social de nosso país, na medida em que promovem projetos e causas que transformam a vida de brasileiros e brasileiras.”

Hoje, no Brasil, existem 115 fundos patrimoniais mapeados, de acordo com o Monitor dos Fundos Patrimoniais, projeto coordenado IDIS, dos quais oito foram criados neste ano. Também conhecidos como endowments, os fundos patrimoniais reúnem um conjunto de ativos de natureza privada com o objetivo de, a partir dos seus rendimentos, serem fontes de recursos a longo prazo para instituições e/ou causas apoiadas. Ou seja, a criação de um fundo patrimonial perpetua a atuação de uma instituição, ou o apoio a uma causa.

O Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais apresenta um panorama que contempla informações sobre fluxo de caixa, alocação, rendimentos, política de investimento e governança de endowments. Só em 2023, segundo a publicação, foram resgatados R$3,5 bi, sendo R$3,2 bi destinados a causas e R$270 mi utilizados para custeios dos fundos.

Cinco principais causas apoiadas pelos fundos patrimoniais analisados no Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023.

A Educação continua a ser a causa mais apoiada, com 47 fundos destinando recursos para o setor. Em seguida, pesquisa e conhecimento, desigualdade / desenvolvimento econômico e social e assistência social. A maior parte dos fundos está concentrada no eixo Rio-São Paulo, com São Paulo respondendo por 69% do total de participantes do levantamento.

 

Localização geográfica dos fundos patrimoniais analisados no Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023.

“O Anuário apresenta parâmetros e referências para a atuação de gestores. Em sua 3ª edição, a publicação se consolida como um instrumento para a tomada de decisões e tem sido fundamental para as nossas ações de incidência em busca do aprimoramento de políticas públicas”, ressaltou Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Em relação ao número de doações recebidas, em 2023, os 74 endowments receberam um total de doações de R$ 517 mi, mas a média de valor doado por fundo permaneceu estável, caindo ligeiramente de R$9,3 mi, em 2022, para R$8,8 mi, em 2023. Destaque, ainda, para a concentração das doações em poucos fundos, que se confirmou nesta edição, ao trazer a informação de que os cinco fundos mais captadores de recursos ficaram com 75% das doações. Não é surpreendente, dessa forma, que a captação de recursos continua sendo o grande desafio enfrentado por gestores, em especial os responsáveis por fundos com patrimônio inferior a R$500 mi.

Outro achado do levantamento diz respeito à baixa diversidade étnica e racial em instâncias de governança. A presença da população preta, parda e indígena em conselhos e comitês é numericamente muito baixa e não superou 8% dos membros em nenhum. As informações apresentadas na publicação foram coletadas por meio de um questionário online, respondido diretamente pelos gestores dos fundos patrimoniais.

Confira a apresentação dos dados:

Catalyst 2030 Brasil lança o edital de R$ 240 mil para financiar projetos de acesso à água e combate às mudanças climáticas

2º Desafio Fundo Catalisador 2030 criado pelo capítulo brasileiro do movimento global Catalyst 2030, apoiará três projetos colaborativos que contribuam para alcançar os ODS 6.1 e 13

 

O Catalyst 2030 Brasil lança o segundo Desafio Fundo Catalisador 2030, uma iniciativa voltada para a identificação e apoio de soluções colaborativas que contribuam para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com foco no ODS 6.1 (acesso universal à água potável e segura) e no ODS 13 (ação contra a mudança global do clima).

As inscrições serão encerradas no dia 10 de novembro de 2024. Os finalistas serão anunciados no dia 29 de novembro de 2024 e, os vencedores, no dia 20 de dezembro.

Criado há dois anos, o 2ª Desafio – pioneiro para ações colaborativas de impacto social e ambiental – distribuirá R$240 mil a partir do aporte de AMA, produto social da Ambev para realizar ações que promovam o acesso à água potável para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica associado ao combate às mudanças climáticas. Ele será distribuído entre três iniciativas em diferentes estágios de desenvolvimento. A maior parcela, R$150 mil, será destinada a um projeto que já tenha metodologia e resultados comprovados e que possa ser ampliado com a verba do Fundo. Outros dois, ainda em fase inicial, terão a oportunidade de realizar seus pilotos com um orçamento de até R$45 mil cada.

CATALYST 20230 BRASIL

O Catalyst 2030 Brasil é um capítulo da rede global Catalyst 2030, composta por empreendedores sociais que trabalham em conjunto para acelerar o alcance dos ODS, que são parte da Agenda 2030 criada pela ONU em 2015. Ela propõe 17 objetivos e 169 metas para enfrentar os principais desafios globais até 2030, como a pobreza, a desigualdade, as mudanças climáticas, a paz, a justiça e a proteção ambiental. A missão do Catalyst 2030 é catalisar a colaboração intersetorial, maximizando o impacto coletivo em favor de mudanças globais sistêmicas para o alcance destas metas nos próximos seis anos.

O segundo Desafio Fundo Catalisador 2030, busca impulsionar projetos que trabalhem de forma colaborativa para garantir o acesso à água potável para todos e mitigar as mudanças climáticas. Com o apoio financeiro, visibilidade e rede de contatos, os projetos selecionados terão 10 meses para apresentar resultados concretos, com início em fevereiro e conclusão em novembro de 2025. A auditoria do Desafio será realizada pela Simbiose Social.

O primeiro Desafio Fundo Catalisador, realizado em 2022, também recebeu recursos da Ambev AMA e foi voltado para soluções focadas em melhorar o acesso à água (ODS 6). O vencedor, “Acesso à água potável para os Mundurukus”, recebeu R$200 mil e foi uma das 26 propostas inscritas e que envolveram 68 organizações de todas as regiões brasileiras. O projeto foi apresentado pela Associação das Mulheres Munduruku Wakoborun, projeto Saúde e Alegria, Water is Life, DSEI Rio Tapajós e Associação Indígena Pariri. Com ele, os indígenas Kayapó e Munduruku do Alto Tapajós, na região Norte do Brasil, receberam 600 filtros que tornam potável a água de rios, dos igarapés, das nascentes e da chuva e que estão beneficiando cerca de 3.000 pessoas destas etnias no Pará.

Quem pode participar?

Tendo na essência de sua criação o incentivo às parcerias coletivas, só podem se inscrever no Desafio Fundo Catalisador 2030 grupos colaborativos formados por ao menos 2 atores do ecossistema de impacto entre organizações da Sociedade Civil (OSCs), coletivos, movimentos sociais, negócios de impacto socioambiental, alianças, redes e instituições acadêmicas. Projetos isolados não serão aceitos.

Além de apresentar propostas alinhadas aos ODS 6.1 e 13, os grupos participantes devem ter origem e atuação no Brasil e demonstrar diversidade. É desejável que a organização proponente seja membro, esteja em processo de membresia ou tenha indicação de um membro da Catalyst 2030. Serão considerados critérios de desempate as propostas que incluírem outros objetivos além dos ODS solicitados, como a erradicação da pobreza (ODS 1), a fome zero (ODS 2), a igualdade de gênero (ODS 5), por exemplo, e a diversidade na liderança.

Veja o regulamento do Desafio Fundo Catalisador 2030:
Regulamento – Desafio Fundo Catalisador

Os projetos devem ser inscritos aqui por meio de um formulário

Iniciativa pioneira

O movimento Catalyst 2030 Brasil anunciou em 2022 a criação de um fundo pioneiro destinado a financiar iniciativas associadas aos ODS. Primeira ação tática do movimento no país, a proposta do Desafio Fundo Catalisador 2030 é financiar e trabalhar com ações colaborativas no cenário nacional. Ele tem o formato de desafio e é voltado para membros ou organizações indicadas por uma instituição membro do Catalyst 2030.

Sobre o Catalyst 2030

É um movimento global de empreendedores e inovadores sociais de impacto socioambiental de diferentes setores, que compartilham o objetivo de criar abordagens inovadoras e centradas nas pessoas e no meio ambiente para atingir os ODS até 2030. Unindo forças com comunidades, governos, empresas e outras organizações, o Catalyst 2030 foi lançado em 2020, no Fórum Econômico Mundial, inicialmente pela Ashoka, Schwab Foundation, Skoll Foundation e Echoing Green. No Brasil ele reúne 207 membros que atuam em todas as regiões do país. Em âmbito global, são 3.530 organizações e 5.258 membros individuais em 143 países, que impactam cerca de 2 bilhões de vidas.

Mais informações: https://brazil.catalyst2030.net/ e https://catalyst2030.net/

Nova edição da Pesquisa Doação Brasil contará com capítulo especial sobre a prática de doações em situações de emergência

A Pesquisa Doação Brasil tem como objetivo avaliar a percepção e a prática de doação dos brasileiros.

A próxima e quarta edição será lançada no ano que vem e refletirá o ano de 2024. Esta edição contará com um capítulo especial sobre a influência das doações emergenciais na cultura de doação.

Segundo o Panorama dos Desastres no Brasil, da Confederação Nacional de Municípios (CNM), entre 2013 e 2023, os desastres naturais causaram 2.667 mortes e afetaram milhões de pessoas em todo o país, resultando em prejuízos que chegam a R$ 639,4 bilhões. Com a crescente frequência de eventos climáticos extremos, como doa o brasileiro? E, passada a emergência, essas doações se tornam recorrentes? Essas são algumas das perguntas que buscamos responder.

 

Evolução do tema

A primeira edição da Pesquisa foi realizada em 2015, quando não havia qualquer dado sobre o comportamento do doador individual. A pesquisa nos permitiu identificar que 46% da população brasileira, naquele ano, havia feito alguma doação em dinheiro para organizações sociais, e a projeção do volume total doado por pessoas físicas foi de R$ 13,7 bilhões.

Desde então, consolidou-se como a principal fonte sobre este tema no país, permitindo identificar o perfil do doador, motivações, a causas preferidas, a percepção sobre as doações, as barreiras para a doação, entre outros aspectos que contribuem para compreendermos este cenário.

Lançamento do primeira edição da Pesquisa Doação Brasil, em 2015

Inicialmente prevista para ser realizada a cada cinco anos, a segunda edição aconteceu em 2020, coincidindo com o início da pandemia de Covid-19 e com o agravamento da crise socioeconômica, que já vinha afetando o país. Naquele ano, o volume total de doações caiu para R$ 10,3 bilhões e a participação da população também foi reduzida, posto que pessoas que antes doavam, passaram à categoria de beneficiários. Por outro lado, a percepção sobre a doação e o papel transformador das organizações sociais cresceu, apontando para o fortalecimento da cultura de doação.

Essas transformações levaram a um debate sobre a periodicidade da pesquisa. Os dados são fonte para a incidência do campo, para o debate sobre políticas públicas, para planejamentos de captação de recursos por organizações. A prática mostrou a importância de acompanharmos mais de perto a evolução, e trazer insights que contribuam para a tomada de decisão. Por isso, a partir da terceira edição, a Pesquisa Doação Brasil passou a ser bienal.

Em 2022, na terceira edição, 84% dos brasileiros acima de 18 anos e com rendimento familiar superior a um salário mínimo fizeram ao menos um tipo de doação, seja de dinheiro, bens ou tempo, na forma de voluntariado. A doação diretamente para ONGs e projetos socioambientais foi praticada por 36% dos respondentes, mantendo-se estável. A edição também trouxe um capítulo especial sobre a Geração Z.

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa do IDIS e da CAF – Charities Aid Foundation.

Deseja apoiar a realização deste estudo e contribuir para a Cultura de Doação no Brasil? Entre em contato via comunicacao@idis.org.br e saiba mais informações.

African Philanthropy Forum e o papel do sul global na transformação da filantropia

Aconteceu, em outubro, o African Philanthropy Forum 2024 em Marrakesh, Marrocos. O evento, parceiro do Global Philanthropy Forum – assim como o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais -, atraiu mais de 200 participantes ao longo de dois dias de intensa programação. Paula Fabiani, CEO do IDIS, foi uma das palestrantes do evento.

Sob o tema ‘Uma nova agenda para a filantropia africana: catalisando recursos para acelerar a transformação da África’, os debates abordaram temas como emergências, educação, clima, geração de renda, tecnologia e gênero, além de discutir o papel do Sul Global na transformação da filantropia familiar, individual e corporativa, bem como nos investimentos de impacto.

Paula participou da mesa ‘Philanthropy driving transformation: lessons from the Global South’ (Filantropia impulsionando a transformação: lições do Sul Global), ao lado de Antonio Bweme, da WINGS; Marie-Louise Gourlay, da Forward Global; Naila Taji Farouky, do Arab Foundations Forum (AFF); e Mosun Layode, do African Philanthropy Forum.

“Aprendizado, hospitalidade e energia foram destaques deste evento em um país repleto de aromas, cores e história. Foi uma experiência inesquecível!”, contou Paula.

 

IDIS, FEAC e FEAV participam de conferência com lideranças comunitárias globais no Inglaterra

Por Rosana Ferraiuolo, gerente de projetos do IDIS

Promovido pela UK Community Foundations (UKCF), o encontro “Foundations for the Future – Investing in Communities” reuniu organizações participantes do programa Transformando Territórios com institutos e fundações comunitárias de diversos países.

 

As Fundações e Institutos Comunitários, conhecidos no Brasil como ‘FICs’, possuem um enorme potencial para impulsionar o desenvolvimento do território onde atuam, fortalecendo as comunidades locais onde estão inseridas de forma sistêmica, legítima e perene. 

Este foi o mote da Conferência da UK Community Foundations (UKCF), organização que reúne as fundações comunitárias do Reino Unido, que aconteceu entre os dias 8 e 10 de outubro deste ano, com mais de 300 representantes e líderes comunitários regionais e de diversos países. A temática sobre o futuro do investimento comunitário filantrópico e o seu papel na construção de comunidades resilientes, inclusivas e sustentáveis permeou as sessões realizadas nestes dias.

Para representar o Brasil e o Transformando Territórios, membros do programa foram até Harrogate, na Inglaterra. Estiveram presentes Eliane Macari, presidente da FEAV – Fórum das Entidades Assistenciais de Valinhos, Jair Resende, superintendente socioeducativo na Fundação FEAC, e Rosana Ferraiuolo, gerente do IDIS e do Programa Transformando Territórios.

 

Da esquerda para a direita: Jair Resende, Rosana Ferraiuolo e Eliane Macari.

A FEAV e a Fundação FEAC são integrantes do Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation. A iniciativa surgiu para fomentar a criação e fortalecimento das FICs no Brasil com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

 

Participar da Conferência valeu a pena, sem dúvida! É o real e verdadeiro conceito e aplicação de território e fundação comunitária. Percebe-se que as Fundações Comunitárias do Reino Unido são organizadas para tal, seja pequeno, rural ou grande” , Eliane Macari, presidente da FEAV. 

 

Um olhar para o futuro da filantropia comunitária

Durante os três dias de evento, especialistas de filantropia comunitária de todo mundo estiveram reunidos para se aprofundar em temas como filantropia estratégica, inovação social, justiça climática e ambiental, colaboração de jovens, justiça social, inteligência artificial e outros temas pertinentes a discussão central, que tinha como tema ‘Fundações para o futuro: Investindo em Comunidades’.

“Tivemos a oportunidade de ver muitos temas sendo discutidos, coisas que aqui a gente nem está pensando. Uma das coisas que me deixou bem impressionado foi a utilização da inteligência artificial como uma ferramenta facilitadora na tomada de decisão, sistematização de documentos, indicadores, e assim por diante”, Jair Resende, superintendente socioeducativo na Fundação FEAC. 

A programação, que incentivou as trocas de experiências entre os participantes, proporcionou uma valiosa oportunidade para refletir sobre desafios e oportunidades comuns e se inspirar no trabalho uns dos outros. A integração entre os líderes comunitários presentes proporcionou também um intercâmbio de conhecimento entre membros de países como Reino Unido, África, Romênia, Sérvia, Alemanha, Argentina, entre outros. 

Essa abordagem destaca aspectos fundamentais do desenvolvimento coletivo em rede e do fortalecimento das relações com as comunidades, como a importância dos insights coletivos e a construção de uma relação de confiança e escuta.

 

“Representar o Programa Transformando Territórios nesta conferência foi fundamental para fortalecer nossa conexão com as Fundações Comunitárias de diversos países. Compartilhar a experiência do Brasil e aprender diretamente sobre suas práticas e inspirações, tanto nas sessões quanto nas conversas individuais e coletivas, foi uma oportunidade enriquecedora que nos trouxe inspiração para o desenvolvimento das FICs no Brasil”, Rosana Ferraioulo, gerente do Transformando Territórios.

 

 

SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

Saiba mais sobre o programa e os participantes em www.transformandoterritorios.org.br

Vaga de Estágio em Monitoramento e Avaliação

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para estudantes de diversos cursos.

Atuamos desde 1999 com foco no fortalecimento do Investimento Social Privado no Brasil e o estímulo a ações transformadoras da realidade para a redução das desigualdades sociais no país.

O IDIS conta com um time de 50 pessoas dedicadas a desenvolver e implementar projetos de grande impacto que estimulem o desenvolvimento de um ecossistema de Investimento Social que atue de forma eficaz e estratégica. Oferecemos consultoria em investimento social para empresas, famílias, filantropos e organizações da sociedade civil. Além disso, desenvolvemos projetos de impacto, como campanhas e a promoção de advocacy, e investimos na geração de conhecimento, com a produção de pesquisas, artigos e publicações.

Para fortalecer a organização e nossa atuação, buscamos uma pessoa estagiária para integrar o time de monitoramento e avaliação do IDIS.

 

 

 Acesse a vaga na 99Jobs e inscreva-se.

RESPONSABILIDADES E OPORTUNIDADES

  • Apoiar nas atividades dos projetos de Monitoramento e Avaliação do IDIS, respeitando os prazos acordados e zelando pela qualidade dos produtos entregues.
  • Realizar coleta e análise de dados quantitativos e qualitativos necessários para a execução dos projetos de Monitoramento e Avaliação.
  • Realizar pesquisas de conceitos, referências e  benchmarking  que enriqueçam os projetos e tragam embasamento para os produtos desenvolvidos.
  • Participar das reuniões periódicas (online e presencial) da organização.

REQUISITOS

  • Estar cursando, no mínimo, o 3º ano da faculdade no momento do início do estágio, não importa o curso;
  • Ter interesse no terceiro setor e na área de monitoramento e avaliação de projetos sociais;
  • Domínio do pacote Office (Word, Excel, Power Point) e internet;
  • Disponibilidade para atuação hibrida no escritório do IDIS, em São Paulo, localizado próximo à estação Pinheiros de trem e metrô.
  • Facilidade para trabalhar em equipe

DESEJÁVEL

  • Conhecimento em sistematização e análise de informações qualitativas.
  • Conhecimentos na área de ciências de dados ou sistematização e análise de dados quantitativos em planilhas Excel, incluindo manuseio de bases de dados, elaboração de tabelas dinâmicas e gráficos.
  • Elaboração de apresentações com boa apresentação visual, clareza e objetividade na transmissão de conteúdos.
  • Conhecimentos sobre análise estatística.
  • Experiência com softwares de análise de dados de qualitativos e quantitativos.
  • Domínio intermediário da língua inglesa

BENEFÍCIOS

  • Bolsa auxílio: R$ 1.500,00
  • Vale-transporte
  • Vale Alimentação e refeição
  • Seguro de vida
  • Credencial plena do Sesc
  • Day off de aniversário
  • GymPass (Wellhub)

Tipo de trabalho – Híbrido: Combinação de presencial e remoto

INSCRIÇÃO

Para inscrever-se para essa oportunidade, acesse a página da vaga na 99Jobs até 11 de novembro de 2024.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos.

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a co-criação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

               

IDIS lança vídeo institucional

No ano em que completou 25 anos, o IDIS lançou seu vídeo institucional. Confira:

O IDIS é uma organização da sociedade civil independente, que tem como missão inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto. Somos uma organização intermediária. Ou seja, somos articuladores e existimos para que vocês, que estão hoje aqui, possam ir mais longe, gerar mais transformações com o apoio necessário para seguir essa jornada. Somos uma organização que age para multiplicar o poder de realização do investimento social privado.

Nossa atuação baseia-se em um tripé. Nossos pilares de atuação, consultoria, conhecimento e projetos de impacto, nos trouxeram até aqui. Na consultoria exercemos nossa missão apoiando investidores sociais a gerar mais impacto na sua jornada filantrópica. Com as iniciativas de conhecimento produzimos para o setor materiais com as melhores práticas e dados para que as organizações gerem mais impacto positivo. E nos projetos de impacto entregamos, com nossos parceiros, ações, que catalisam o ecossistema da filantropia e da cultura de doação, beneficiando organizações, comunidades e pessoas. Nossos pilares são integrados para fomentarmos o investimento social privado no nosso país. 

Saiba mais sobre a atuação do IDIS.

Inscreva-se para o evento de lançamento do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023

INSCREVA-SE PARA ACOMPANHAR O EVENTO

Bastante populares internacionalmente e cada vez mais adotados no Brasil, os fundos patrimoniais se consolidam como mecanismo potente para a sustentabilidade de organizações e causas. Em novembro, o IDIS lança a terceira edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, levantamento que reúne dados para gestores de endowments. Neste ano, a iniciativa teve a participação de 74 endowments ativos no Brasil, 25% a mais que a amostra anterior, e apresenta uma série histórica de 2020 a 2023. O prefácio da publicação é assinado pelo senador Flávio Arns.

Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais

Entre os temas abordados na publicação, estão fluxo de caixa, alocação, captação, rendimentos, política de investimento, governança de endowments e perspectivas para o futuro. A publicação ainda traz artigos de especialistas, contribuindo para o entendimento e interpretação dos achados.

O lançamento do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023 acontece no dia 7 de novembro, das 17h às 18h30, em formato online e gratuito. Uma mesa redonda com gestores de fundos patrimoniais ativos será realizada a seguir da apresentação dos dados. Os interessados devem fazer sua inscrição aqui.

 

Confira a programação completa:

 

17h – Abertura
Paula Fabiani | CEO do IDIS

 

17h15 – Apresentação do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023 
Andrea Hanai e Felipe Insunza Groba | gerentes de projetos no IDIS

 

17h50 – Debate com a participação de especialistas e gestores de fundos patrimoniais
Kiko Afonso | diretor executivo na Ação da Cidadania
Luiz Fernando Figueiredo | fundador do Instituto FEFIG e presidente do Conselho de Administração da JiveMauá
Murilo Nogueira | diretor na Fundação Bradesco
Viviane Moreira | head de governança e compliance na Circular Brain
Moderação: Guilherme Sylos | diretor de prospecção e parcerias no IDIS

 

18h25 – Encerramento

 

9 de novembro, quinta-feira

17h às 18h30
Apresentação de principais achados
Debate com especialistas

INSCREVA-SE

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

IDIS é eleito a melhor ONG de filantropia de 2024

Eficiência e excelência em gestão são fatores-chave para que organizações sociais alcancem impactos maiores nas causas que defendem. O Prêmio Melhores ONGs avalia boas práticas em áreas como governança, transparência, comunicação e financiamento e, pela segunda vez, o IDIS recebeu o título de melhor ONG de Filantropia, Voluntariado e Apoio a Organizações da Sociedade Civil do Brasil. Além do prêmio na categoria especial, pelo quinto ano, o IDIS também foi reconhecido como uma das 100 melhores ONGs.

“Fazer parte da lista das 100 melhores organizações sociais do país é uma conquista ainda mais especial após um ano repleto de aprendizados, vitórias e boas notícias. Temos nos dedicado intensamente a aprimorar nossa atuação, sempre em busca da missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e a mudança positiva que ele gera”, conta Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Guilherme Sylos, diretor de prospecção e parcerias, na cerimônia de entrega dos prêmios do Melhores ONGs 2024.

Ao longo do ano, o IDIS tem realizado diversos investimentos para fortalecer o Instituto e seus projetos. Entre os resultados, destacam-se o monitoramento constante de indicadores, o investimento em plataformas de gestão e o aumento no treinamento e desenvolvimento da equipe. Isso resultou na ampliação dos projetos de consultoria com novos clientes, além do fortalecimento do relacionamento com aqueles que já eram parceiros; no fortalecimento de iniciativas de impacto, como Advocacy pelos Fundos Patrimoniais, Transformando Territórios, Juntos pela Saúde e Compromisso 1%; na criação do Fundo de Fomento à Filantropia; e em importantes produções no campo do conhecimento, como ‘Perspectivas para a Filantropia no Brasil 2024’, ‘Investimento Social Privado: estratégias que alavancam a Agenda ESG’ e ‘Como criar uma fundação ou um Instituto Comunitário’.

Parabenizamos todas as organizações que trabalham diariamente em prol do desenvolvimento socioeconômico nas mais diversas causas e regiões do Brasil e que também receberam este reconhecimento.

Confira a lista completa aqui.

Assista a premiação:

Evento de celebração de 25 anos do IDIS é realizado no MASP, em São Paulo, reunindo colaboradores e parceiros do Instituto

Aconteceu no dia 3 de outubro, em São Paulo, o evento de comemoração dos 25 anos do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social. A celebração ocorreu no MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, contando com a presença de colaboradores e ex-colaboradores, além dos diversos colegas, parceiros e amigos que fazem parte da história do instituto. Essa é mais uma etapa da campanha comemorativa ‘Investimento Social é Coisa de Gente’, celebrando não apenas a história do IDIS, mas todas as pessoas que a ajudaram a construir e que continuam a construir conosco.

Plateia na celebração no Auditório do MASP. Crédito: Paula Miranda.

A comemoração se iniciou com a emocionante apresentação do Maestro João Carlos Martins para o público de mais de 270 convidados. Ele presenteou a plateia com uma perfomance de Playing Love, de Ennio Morricone, seguida por uma apresentação surpresa de ‘Parabéns para você’, ambas no piano.

Maestro João Carlos Martins na Celebração dos 25 anos do IDIS. Crédito: Paula Miranda.

Em seguida, o evento contou com as falas de Luiz Sorge, presidente do conselho deliberativo, Marcos Kisil, fundador, e Paula Fabiani, atual CEO do IDIS. 

“Hoje estamos aqui para celebrar os 25 anos do IDIS. Porém, mais do que isso, estamos aqui para celebrar cada um de nós. Reconhecer tudo o que alcançamos juntos e trazer novas energias para seguirmos nossa jornada. […] É coisa de gente porque é feito por pessoas e para pessoas. É coisa de gente porque tem um olhar empático. É coisa de gente porque envolve diálogo, colaborações, discordâncias, consensos, erros e acertos, e nos emociona”, comentou Paula durante a abertura.

Chegou então a hora de conversar sobre o futuro do investimento social privado no país. O filósofo e economista Eduardo Giannetti subiu ao palco para falar do papel da filantropia no cenário atual. Ele comentou sobre a complexidade do mundo atual que nos apresenta grandes desafios globais e colocou a esperança como mecanismo chave para garantir que os mais jovens se engajem em prol de um mundo melhor.

“Eu acho que tem que mostrar para o jovem como pode ser bela uma vida em que a dedicação ao outro e a causas relevantes a todos tem uma presença e um elemento de motivação”, disse Giannetti em sua fala de abertura.

Confira o vídeo completo:

Em seguida, foi feita uma homenagem para Lírio Cipriani, fundador do Instituto Avon, e nosso parceiro mais longevo. Em 2002, o IDIS apoiou a criação do instituto e, desde então, acompanhamos essa trajetória. A história do IDIS foi escrita até aqui lado a lado ao do Instituto Avon – atualmente Instituto Natura. O momento representou uma homenagem a todos os nossos parceiros que também ajudaram a construir essa história conosco.

A programação contou ainda com a participação de um amplo painel que tratou do futuro do investimento social através do olhar de quem apoia a filantropia e de quem está na ponta. Compuseram a mesa Alcione Albanesi, Presidente nos Amigos do Bem; Benjamin Bellegy, Diretor Executivo da WINGS; Carlos Pignatari, Diretor Sul-Americano de Impacto Social da Ambev; Claudia Soares Baré, Diretora Executiva Fundo Podáali; Neca Setubal, Presidente na Fundação Tide Setúbal; Raí Oliveira, Fundador Gol de Letra, que participou por vídeo; e Selma Moreira, VP de Diversidade, Equidade e Inclusão no J.P. Morgan.

Painel ‘O futuro do investimento social: o olhar de quem apoia a filantropia e de quem está na ponta’. Crédito: Paula Miranda.

Um ponto central discutido durante o painel foi o protagonismo daqueles apoiados pela filantropia. “Quando a gente fala do futuro da filantropia, pro [Fundo] Podáali, o futuro da filantropia é fazer com que os povos indígenas sejam protagonistas da própria filantropia.[…] O nome do Podáali ele tem um significado de sustentabilidade, de doação, por que nós já fazemos isso sem saber que fazíamos filantropia. […] Se não há respeito, nós não estamos fazendo filantropia, é sempre um lado que quer sempre ter a razão”, disse Baré.

Confira a mesa completa:

Ao longo dos últimos 25 anos, o IDIS viu de perto o desenvolvimento do investimento social privado e, por consequência, da sociedade como um todo. Tudo o que avançamos só foi possível devido ao comprometimento, colaboração e trabalho coletivo de diferentes pessoas com um objetivo comum: construir um mundo melhor e com mais equidade. Por isso, finalizamos nossa comemoração com um grande brinde pelo que foi feito até aqui e tudo que ainda vamos construir!

Equipe do IDIS. Crédito: Paula Miranda.

 

Lideranças comunitárias do Transformando Territórios se reúnem em São Paulo

Por Carla Irrazabal, estagiária do IDIS, e Rosana Ferraiuolo, gerente de projetos do IDIS

Iniciativa de impacto do IDIS em parceria com a C.S Mott Foundation, o Transformando Territórios (TT) realizou o seu terceiro encontro anual em setembro. O Encontro, realizado entre os dias 3 a 5 de setembro de 2024, reuniu cerca de 40 pessoas, incluindo representantes de 15 Fundações e Institutos Comunitários (FICs) participantes do programa, além de convidados e parceiros.

Representantes dos participantes do programa Transformando Territórios  Foto: André Porto

 

Dando início à programação, os participantes puderam, em uma roda de conversa no escritório do IDIS para promover o compartilhamento de experiências entre os territórios, a Kenya Community Development Foundation (KCDF) e a Fundação Tide Setúbal. O grupo também participou do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. E por fim, no terceiro dia, foram realizadas atividades relacionadas de planejamento, proporcionando às FICs a oportunidade de reconhecer potencialidades internas e externas ao considerar o contexto territorial e a fase atual de cada uma. A partir disso puderam identificar desafios e pensar em ações estratégicas em grupo para o desenvolvimento, utilizando a participação no Programa TT como referência para seu impulsionamento.

“A troca de experiências com outros participantes permitiu um aprendizado valioso, principalmente no que diz respeito à implementação de estratégias de filantropia comunitária e à promoção de uma cultura de doação.”, explica um participante em uma avaliação anônima.

 

Aprendendo com os pares 

O último dia de atividades teve início com uma fala de abertura de Paula Fabiani, CEO do IDIS. Ela congratulou a atuação das FICs no fortalecimento das relações com filantropos locais destacando a iniciativa do Manifesto das Fundações e Institutos Comunitários sobre o Compromisso 1%, que foi entregue pelas FICs durante o Fórum. Paula também ressaltou a importância da interlocução do trabalho do TT com outros projetos do IDIS.

“Acreditamos fortemente que o desenvolvimento das FICs é um componente crucial para o crescimento da filantropia no Brasil. E mais do que isso, acreditamos no potencial brasileiro de desenvolvimento comunitário”, ela afirmou.

Representantes das FICs no Fórum junto a Paula Fabiani e Rodrigo Pipponzi, do Instituto MOL

Em seguida, a equipe do programa apresentou o novo ciclo de trabalho, com o objetivo de ‘fortalecer, promover e apoiar o desenvolvimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil’. Quatro pilares sustentam essa jornada: promover o desenvolvimento dessas organizações, criar um ambiente favorável para as FICs, expandir o conhecimento e engajar a sociedade civil com as FICs, e aumentar o número de apoiadores nacionais e locais.

Esse momento gerou uma grande interação com as lideranças, que trouxeram um olhar atento e um protagonismo essencial para potencializar a atuação do programa. Foi notável o desejo de implementar as novidades propostas para o ciclo e a vontade de realizar ações articuladas como grupo.

“Um dos aspectos positivos deste encontro é o foco no protagonismo das comunidades locais, que se organizam para identificar e solucionar suas próprias necessidades. Outro ponto positivo é a diversidade das organizações participantes, que compartilham conhecimentos, métodos e desafios distintos de acordo com seus contextos locais. A interação entre os líderes comunitários estimula a criação de soluções inovadoras e fortalece o papel das organizações sociais.” , mencionou um dos representantes das FICs.

 

Fundos emergenciais: uma estratégia eficaz

Ao final do último dia, parceiros e convidados se juntaram ao grupo para participar da mesa redonda ‘Fundos Emergenciais – abordagens, tendências e a importância das FICs’. O painel trouxe discussões sobre o conceito, perspectivas, práticas e o papel único das FICs no contexto das situações emergenciais, contando com a mediação de Felipe Groba, gerente de projetos do IDIS e com os painelistas Eduardo Cetlin, diretor da Associação Nossa Cidade de Belo Horizonte; João Morais, Coordenador de Investimento Social e do BISC – Benchmarking do Investimento Social Corporativo na Comunitas; Julia Wildner, coordenadora de programas do ICOM de Florianópolis e Karine Ruy, coordenadora geral da Fundação Gerações do Rio Grande do Sul.

A partir de uma análise teórica, Felipe introduziu aspectos importantes para a discussão, explicando que desastres lentos desenvolvem-se gradualmente, muitos serão agravados pelas mudanças climáticas e ocorrerão em regiões afastadas dos grandes centros econômicos. As emergências invisíveis são subnotificadas e não geram mobilização, mas, por outro lado, algumas emergências são duradouras e consequências de longuíssimo prazo de negligência, como em casos recentes.

O moderador destacou que as FICs são atores estratégicos pois possuem conhecimento do território, de suas demandas sociais e das organizações sociais locais, possuem governança sólida e legítima, são multicausais, realizam interlocução com entes privados, públicos e da sociedade civil e possuem visão de longo prazo, foco e perenidade.

Da esquerda para a direita: Felipe Groba, Karine Ruy, Eduardo Cetlin, João Morais e Júlia Wildner. Foto: Andre Porto/IDIS

João Morais compartilhou os principais resultados da pesquisa BISC sobre a atuação empresarial na agenda climática e em situações de desastre, trazendo as experiências das empresas da Rede BISC. Em seguida, as FICs apresentaram diferentes experiências relacionadas a criação de fundos emergenciais e operacionalização das ações em situações de desastre.

O ICOM, representado por Julia Wildner, pioneiro em fundos emergenciais no Brasil, compartilhou sua experiência com o Fundo Emergencial Chuvas, que serviu de exemplo para outras situações emergenciais, como a pandemia da Covid-19. Eduardo Cetlin, representando a Associação Nossa Cidade, contribuiu com a experiência do Fundo Regenerativo de Brumadinho e o processo de governança utilizado nesse caso de forma mais participativa e descentralizada. Por fim, Karine Ruy, da Fundação Gerações, comentou sobre a recente experiência com o desastre ambiental causado pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, abordando os desafios de captação e direcionamento de recursos em momentos críticos.

Foto: André Porto/IDIS

Todos esses exemplos demonstraram a importância de atuar de forma sistêmica, estratégica e preventiva para “estar pronto” para os desafios impostos em situações emergenciais e de desastre. O grupo concluiu que a comunidade local possui conhecimentos valiosos sobre áreas de risco e situações extremas em seu próprio território, além de uma capacidade de mapear necessidades com rapidez e eficiência.

Um guia prático a partir de exemplos de quem já transforma territórios

Fechando a programação intensa de três dias, foi lançado o Guia ‘Como criar uma Fundação ou um Instituto Comunitário: um guia prático a partir de exemplos de quem transforma territórios’, fruto da sistematização dos quatro anos de experiência na condução do programa no IDIS em parceria com a Mott Foundation. O Guia apresenta orientações para promover, fortalecer e desenvolver o modelo de Fundações e Institutos Comunitários (FIC) no Brasil, abordando aspectos legais e estruturais de uma FIC até as melhores práticas para desenvolver a comunidade local, desenvolver parcerias e garantir a sustentabilidade da organização a longo prazo. Esta publicação contribui para reafirmar o conceito das FICs e fortalecê-lo, impactando o setor social de forma ampla e consolidada.

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Apesar das FICs serem únicas, a sistematização das experiências com elas é uma ferramenta poderosa para a organização dessas Fundações e Institutos e novos que poderão vir “conheça uma fundação comunitária e você terá conhecido apenas uma”.

 

SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

Saiba mais sobre o programa e os participantes em www.transformandoterritorios.org.br

 

 

IDIS participa de encontro ‘Impact Minds: Beyond Frontiers’, promovido pela Latimpacto

O evento Impact Minds: Beyond Frontiers, promovido anualmente pela Latimpacto, aconteceu neste ano entre os dias 09 e 12 de setembro e Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS esteve lá para acompanhar o encontro junto a outros 70 brasileiros. Além deles, reuniram-se em Oaxaca, no México cerca de 650 investidores de impacto de 36 países.

Durante o evento foram abordados vários temas chave focados em refletir sobre as lacunas que a América Latina possui em relação ao atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis – ODS da ONU.

Ao longo dos três dias do encontro, foram discutidos temas como o papel das empresas e das famílias de alto patrimônio na obtenção de maior impacto socioambiental positivo; as mudanças sistêmicas do mundo atual e como enfrentar os desafios gerados pelo cenário; o valor da filantropia em assumir mais riscos e diversificar portfólios; além de tópicos transversais como a ação climática, educação, finanças inovadoras, financiamento misto (blended finance).

Além das palestras e rodas de conversa, foram realizadas onze visitas de aprendizagem em territórios e comunidades acompanhados de atores locais como a Fundação Comunitária de Oaxaca e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Também foram apresentadas iniciativas importantes lideradas pela Latimpacto, com maior destaque para o lançamento do Fundo STEM, fundo pioneiro criado em parceria com a Lenovo e Doug Miller – fundador pioneiro da Latimpacto. Baseado em um modelo de sucesso liderado AVPN em torno da filantropia colaborativa, com o objetivo de expandir o acesso à educação STEM para estudantes marginalizados no México e no Brasil.

Fórum IDIS 2024: reforçando os nós da filantropia

Aconteceu no dia 4 de setembro, em São Paulo, a 13° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Promovido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, o evento busca acelerar soluções por meio de conexões e fomentar a filantropia no país.

Foto: André Porto e Caio Graça.

Com o tema FILANTROPIA ENTRE NÓS, as sessões abordaram assuntos como situações emergenciais, uso de dados, filantropia familiar, tecnologia, ESG, policrise e muito mais. Ao longo do dia, estiveram presentes 294 convidados e houve mais 1300 visualizações da transmissão ao vivo.

Foram 11 sessões em 10 horas de programação, com a presença de 61 palestrantes. Falaram nomes como Aline Odara (Idealizadora e Diretora Executiva do Fundo Agbara), Beatriz Johannpeter (Diretora do Instituto Helda Gerdau), Cida Bento (Co-Fundadora e Conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), Cristiane Sultani (Fundadora do Instituto Beja), Giuliana Ortega (Diretora de Sustentabilidade da RD – Raia Drogasil), José Luiz Egydio Setúbal (Presidente e Instituidor da Fundação José Luiz Egydio Setúbal), Luana Génot (Fundadora e Diretora Executiva do Instituto Identidades do Brasil), Mariana Moura (Presidente do Conselho de família da Baterias Moura), Renata Piazzon (Diretora geral do Instituto Arapyaú), Sergio Fausto (Diretor geral da Fundação Fernando Henrique Cardoso), Tarcila Ursini (Conselheria de empresas e Copresidente do Conselho do Sistema B) e Ticiana Rolim Queiroz (Fundadora e presidente da Somos Um), além de convidados internacionais como Grace Maingi (Diretora Executiva da Kenya Community Development Foundation), Marijana Sevic (Chefe de Parcerias Estratégicas Internacionais na CAF) e Philip Yun (Co-presidente e co-CEO do CCWA e do Global Philanthropy Forum).

Depois de uma abertura impactante com dançarinas da CC Inter, a mesa de abertura ‘Filantropia desatando os nós do mundo’ logo de cara deu o tom do evento, que ao longo da programação trouxe diferentes olhares para a necessidade de ações colaborativas e plurais no Investimento Social Privado para o enfrentamento de nossos desafios socioambientais.

Em seguida, na plenária ‘Tecendo respostas coletivas para desafios sistêmicos’, foi discutido como podemos finalmente avançar com nossos desafios, de maneira coletiva, a partir da perspectiva de diferentes tipos de organizações.

Depois foi a hora de exibir o trailer do documentário DOAR. O filme com direção de Sérgio Rizzo, apresenta histórias que tiveram sua vida transformada pela cultura de doação. Confira.

A programação teve ainda a participação dos vencedores de 2023 do ‘Prêmio Empreendedor Social’ da Folha de S.Paulo e Fundação Schwab, que puderam apresentar suas iniciativas e propósitos de atuação. O painel contou com a moderação de Eliane Trindade, editora do Prêmio.

Em seguida, a mesa ‘Emergência e Resiliência: filantropia fortalecendo comunidades’ abordou a iminente crise climática e sanitária, discutindo como os fundos de emergência e as doações podem amenizar e antever possíveis desastres.

Outro tema de debate no Fórum 2024 foi a importância da produção e uso de dados na orientação e influencia de boas decisões, mesmo que isso também represente um enorme desafio. A temática foi abordada na sessão ‘Costurando Estratégias: dados como matéria-prima’.

Encerrando a programação da manhã, os convidados participaram de um coquetel que contou com uma sessão de autógrafos do livro ‘Filantropia de Risco: do desenvolvimento científico ao desenvolvimento sustentável’ com Marcos Kisil, fundador do IDIS. O momento foi seguido de um almoço temático: cada mesa tinha um anfitrião, que propunha um tema de conversa. Os participantes puderam escolher entre 18 opções e aprofundar as reflexões sobre as mais diversas questões.

Após o almoço, foi hora de celebrar! Em 2024, o IDIS completa 25 anos e, para marcar essa data especial, lançamos a campanha ‘Investimento Social é Coisa de Gente’. Para animar o Fórum, os repentistas Peneira e Sonhador abriram a festa, seguidos por discursos de Marcos Kisil, Luiz Sorge (presidente do Conselho do IDIS) e Paula Fabiani (CEO do IDIS). Além da sessão comemorativa, durante todo o evento, um totem de fotos temáticas e um varal interativo estavam disponíveis para os participantes.

A entrevista tradicional ‘Em conversa com…’ foi com Cristiane Sultani, fundadora do Instituto Beja; Ticiana Rolim, fundadora e presidente da Somos Um; e Marlene Engelhorn, cofundadora do movimento em prol da taxação de grandes fortunas Taxmenow, que participou por vídeo. A discussão abordou os desafios relacionados à concentração de recursos e ao poder decisório nas mãos de poucos, refletindo sobre como podemos garantir que mais vozes sejam ouvidas.

A mesa ‘Filantropia Familiar: o poder da influência’, por sua vez, discutiu a capacidade diferenciada da filantropia familiar de inspirar e mobilizar mais recursos para atender às demandas sociais.

No painel ‘Tecnologia como geradora de transformações sociais’, os painelistas conversaram cobre como a revolução tecnológica abriu novas oportunidades para potencializar ações filantrópicas e ampliar o impacto de iniciativas sociais, criando espaços para novas reflexões e estratégias.

O Fórum continuou com uma sessão especial de lançamento oficial do Compromisso 1%. Criado para fortalecer a filantropia corporativa no país, o Compromisso engaja empresas de diferentes portes e segmentos, que já doam ou que se comprometem a doar, em até 2 anos, 1% de seu lucro líquido anual para organizações da sociedade civil ou causas de interesse público. A iniciativa é do IDIS e Instituto MOL.

Embalados pelo chamado, a mesa seguinte, ‘Os nós do S na agenda ESG’ trouxe a perspectiva corporativa sobre o tema. Em um cenário em que a agenda ESG avança com velocidade, é importante que as empresas busquem atuar no Investimento Social Privado orientadas por visão de longo prazo e com clareza das contribuições do ISP para sua estratégia de sustentabilidade.

Fechando a programação do dia, na plenária de encerramento ‘Entrelaçando vidas, tecendo o futuro’, nossos convidados, lideranças de destaque em seus setores e países, reforçaram a colaboração entre diferentes atores e diferentes perspectivas para promover um futuro mais justo e próspero.

Veja as fotos da 13° edição do Fórum de Filantropos e Investidores Sociais

“Concluímos este evento mais uma vez com muitas importantes reflexões. São muitos os nós e os desafios, mas o que ouvimos hoje demonstra que temos o que é necessário para enfrentar os que precisam ser enfrentados, e fortalecer os que precisam ter vida longa! Temos conhecimento, bons exemplos, coragem e uns aos outros”, comentou Paula Fabiani, CEO do IDIS.

 

Confira a gravação do evento na íntegra:

 

REALIZAÇÃO E APOIO

A realização é do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, e apoio master do Movimento Bem Maior; apoio prata da RD Saúde; e apoio bronze da Fundação Grupo Volkswagen, Fundação Itaú, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Aegea Saneamento, Instituto Sicoob e Mott Foundation. A UNICEF Brasil é apoiadora institucional do evento e a Alliance magazine é nossa parceira de mídia.

Neste ano, o fórum terá novamente a Alliance Magazine como parceiro de mídia. Sediada na Inglaterra, a maior revista de filantropia do mundo fará a cobertura do evento e transmitirá em inglês ao vivo em seu canal do Youtube.

FÓRUM BRASILEIRO DE FILANTROPOS E INVESTIDORES SOCIAIS

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais oferece um espaço para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em nosso canal do YouTube estão disponíveis listas com as gravações de todas as edições. Confira!

 

Entrelaçando vidas, tecendo o futuro

Por Aline Herrera, analista de projetos do IDIS

Tem um lugar para todos na mesa para promover a mudança social. Foi assim que Julia Brindisi, chefe de Investimentos Filantrópicos para a América do Tony Blair Institute for Global Change (TBI), deu o tom para mesa de encerramento do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais de 2024.

Dando o arremate final nos nós que uniram o evento, o painel final discutiu a colaboração entre diferentes atores e diferentes perspectivas para promover um futuro mais justo e próspero. As convidadas, Grace Maingi, Diretora Executiva da Kenya Community Development Foudation (KCDF); Cláudia Soares Baré, Diretora Executiva do Fundo Podaáli; e a já citada Julia Brindisi, apresentaram diferentes perspectivas e ferramentas que, amarradas, são capazes de potencializar umas as outras.

 

Veja a sessão completa em:

 

Governos, comunidades, indivíduos, organizações filantrópicas e populações originárias podem (e devem!) trabalhar juntos para tecer um futuro melhor. A articulação intersetorial foi destacada como elemento chave para a redução das desigualdades e a promoção da justiça social. Para Claudia Baré, a responsabilidade de um desenvolvimento do bem viver é uma responsabilidade de todos nós:

“Nós não estamos tendo o nosso bem viver. E o bem viver não é viver bem somente, o bem viver é fazer com que todos nós, independente de ser povos indígenas, extrativistas, quilombolas ou não indígenas, que todos nós possamos ter uma qualidade de vida para que a gente possa fazer com que todos tenhamos um ar que possamos respirar com qualidade. Mas todas essas responsabilidades são colocadas, são depositadas nos povos indígenas, aos povos indígenas, por conta das florestas, por conta da própria Amazônia, onde nós estamos inseridos. E eu gostaria muito de colocar para vocês que não é uma responsabilidade somente dos povos indígenas, é responsabilidade de todos nós: povos indígenas, os próprios representantes das empresas, das organizações que estão aqui, de todos os cidadãos e principalmente do governo, porque nosso governo brasileiro ele tem sim o dever de garantir nossos direitos que estão ali”, disse Claudia.

Com a filantropia, não é diferente: o espírito de comunidade nos impulsiona a fortalecer juntos um ecossistema que cuida uns dos outros. Grace Maingi afirmou durante a sessão que “a verdadeira filantropia é aquela capaz de promover mudança sistêmica”. Para ela, a filantropia precisa falar a língua das comunidades e se integrar confortavelmente na realidade local, servindo como instrumento de mobilização. Assim, o investimento social pode apoiar pessoas e comunidades para que sejam protagonistas de seus próprios futuros.

Para além de conhecer o trabalho das três organizações presentes, o público do painel de encerramento pôde perceber como o entrelace para uma construção de um futuro melhor passa não só pela colaboração entre diferentes grupos, mas também pela combinação de diferentes ferramentas. Se por um lado o TBI investe em tecnologias avançadas e inteligência artificial para alcançar a equidade, o Fundo Podaáli valoriza os saberes dos povos originários, e a KCDF foca nas comunidades com o mesmo objetivo. Ainda que pareçam abordagens completamente difusas, reuni-las permite aliar inovação e sabedoria ancestral, criando novas perspectivas de desenvolvimento capazes de reinventar relações.

“Em termos do futuro da filantropia, eu acho que é importante nós reconhecermos que a tecnologia vai ser central à inovação. Então, pessoas jovens, o jeito que nós definimos a filantropia tem que fazer sentido para as pessoas que estão trabalhando e vivendo com comunidades, isso não pode ser definido a partir de uma lente de fora, isso precisa ser realmente entendido. Eu acredito muito que somos todos filantropos, de uma forma ou de outra, nós não precisamos ter grandes somas de dinheiro para ser filantropos, tem a ver com dar esperança.

A generosidade não é igual a riqueza que nós temos nos nossos bolsos, mas sim com a riqueza do seu coração, então se você for generoso da sua alma, pode compartilhar. O futuro da filantropia realmente precisa ver uma mudança no sistema. Precisamos ver essas barreiras sistêmicas, senão, vamos continuar naquela ‘roda do hamster’. Se nós não endereçarmos a desigualdade dentro da filantropia estamos simplesmente permitindo que um sistema que não está vendo os desafios do mundo continue, comenta Grace Maingi.

Seja estimulando governos, comunidades ou povos originários, a filantropia mostra seu potencial como ferramenta capaz de gerar transformações sistêmicas. É construindo um modelo de filantropia inclusiva, colaborativa e sensível às realidades locais – temas centrais do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2024 – que, juntos, transformamos realidades e desatamos os nós de desigualdade do mundo.

 

Fotos: André Porto e Caio Graça/IDIS.

Os nós do S na agenda ESG

Por Gabriel Bianco, gerente de projetos do IDIS

No Brasil, o pilar social (o ‘S’ do ESG) tem ganhado destaque, sendo apontado como prioridade por 72% dos respondentes da pesquisa Panorama ESG 2024, realizada pela Amcham e Humanizadas. A pesquisa abrangeu empresas de médio e grande porte, que juntas somam R$ 756 bilhões em faturamento e empregam 651 mil pessoas, representando 69% da amostra.

Esse foco crescente no pilar social reflete sua importância tanto na mitigação de riscos quanto na criação de vantagens competitivas. Um dos principais componentes dessa agenda é o investimento social privado (ISP), que se revela fundamental para gerar valor e fortalecer os laços com stakeholders. A pesquisa ‘Investimento Social Privado: estratégias que alavancam a Agenda ESG’, conduzida pelo IDIS, reforça essa conexão, ao mostrar que o ISP está entre os dez fatores mais correlacionados com as notas do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) de 2022-2024. Esse dado evidencia que empresas com um desempenho sólido em ISP tendem a se destacar no campo da sustentabilidade, especialmente no aspecto social.

Nesse contexto, foi realizado o painel ‘Os nós do S na agenda ESG’ durante o Fórum Brasileiro de Investidores e Filantropos Sociais  2024. O debate abordou temas de relevância para a evolução das práticas sociais nas empresas, contando com a participação de Luciana Morelli, diretora do Office of Equality da Salesforce para América Latina; Liane Freire, fundadora e CEO do Blend Group Brasil; Mônica Gregori, COO do Pacto Global Brasil; e foi moderada por Tarcila Ursini, conselheira de empresas e co-presidente do Sistema B.

 

Veja a sessão completa em:

 

Ursini abriu o debate com a seguinte pergunta aos palestrantes: “Como podemos colocar as pessoas e a sociedade no centro das decisões empresariais? Cada palestrante trouxe sua perspectiva sobre como suas organizações estão enfrentando os desafios sociais e promovendo mudanças estruturais, dentro e fora das empresas, por meio da filantropia corporativa e sua integração na agenda ESG.

Luciana Morelli destacou a importância do programa Pledge 1% da Salesforce – uma empresa líder no setor de tecnologia, especializada em ferramentas de CRM e Cloud. Nesse programa, 1% do lucro, do tempo dos colaboradores e dos produtos e serviços são doados para causas socioambientais. Segundo Luciana, esse compromisso é parte fundamental da cultura organizacional da Salesforce e se reflete em ações concretas como voluntariado e doações. Globalmente, já foram doados 730 milhões de dólares por meio do Pledge 1%, com 19 mil empresas signatárias deste modelo de compromisso criado pela Salesforce. Inspirado no Pledge 1%, o IDIS e o Instituto MOL lançaram recentemente o Compromisso 1%.

No Brasil, em dez anos de operação, a Salesforce já doou mais de 60 mil horas de trabalho voluntário e um volume significativo de recursos financeiros para OSCs, incluindo iniciativas de combate à fome, ações humanitárias, promoção da saúde e reflorestamento. Luciana também destacou a responsabilidade social das empresas de tecnologia frente aos rápidos avanços da Inteligência Artificial:

“Como a gente tem certeza de que estamos usando uma linguagem inclusiva em nossos serviços? Para isso, utilizamos nossos próprios grupos de afinidade com pessoas diversas para nos verificarem a acessibilidade e inclusão. Além disso, como diminuir o desemprego estrutural e a falta de conhecimento de pessoas que estão ficando para trás com os avanços da IA? Estamos em um momento de intensas discussões sobre como avançar com esta tecnologia com um olhar de negócio, mas mantendo práticas responsáveis em relação às questões sociais envolvidas nas consequências da IA”.

Luciana também ressaltou os benefícios de atuar com responsabilidade social, diversidade e uma visão de longo prazo, destacando o potencial de justiça social e redução de desigualdades por meio de ações de Diversidade e Inclusão (D&I). Ela trouxe uma declaração de Marc Benioff, fundador da Salesforce: “A empresa não irá tirar o pé do acelerador em ações de D&I”, enfatizando o compromisso da empresa em seguir firme nessa agenda, mesmo diante de um cenário de cortes em departamentos de D&I no setor de tecnologia.

Como mensagem final, Luciana reforçou que, para destravar os ’nós’ do pilar social na agenda ESG, as empresas devem primeiro entender os impactos negativos gerados internamente – seja nos colaboradores, na sociedade ou no meio ambiente – e, em seguida, desenvolver estratégias baseadas em dados e metas. Ela citou o exemplo do compromisso Pledge 1%, que assegura recursos no médio prazo para ações socioambientais, que devem ser mensuradas e, se necessário, ajustadas ao longo do tempo.

Liane Freire, com sua vasta experiência no desenho de projetos de impacto sistêmico intersetoriais, trouxe ao debate três aspectos fundamentais a serem considerados na agenda social: filantropia, finanças e liderança.

Primeiramente, destacou a natureza do recurso filantrópico e suas características. Liberdade, autonomia e rapidez são vantagens do recurso filantrópico, que pode ser utilizado para enfrentar situações emergenciais, calamidades públicas ou mitigar impactos negativos das operações das empresas. Inovação, propósito e legado também são vistos como diferenciais do ISP, uma vez que sua lógica de aplicação deve dialogar com os objetivos estratégicos da empresa, agendas público-privadas e demonstrar resultados ao avaliar o impacto das ações.

Sobre finanças, Liane ressaltou que as soluções de blended finance (finanças mistas) são essenciais para criar escala e resultados de longo prazo. Essa abordagem combina diferentes formas de capital – como filantrópico e comercial – para alavancar investimentos em causas sociais e ambientais. No Brasil, a necessidade de financiamento de projetos de impacto é grande, e o capital garantidor é um dos principais obstáculos para o avanço dessa agenda. Liane apontou que o recurso filantrópico de bancos de desenvolvimento, como o BNDES, é importante para superar essa barreira. Em relação à liderança, ela destacou:

“Para realizar um projeto de sucesso, o que viabiliza o arranjo de complementariedade de recursos é cada um saber o seu lugar, são pessoas, lideranças, que já enxergam a possibilidade de composição de solução de financiamento com outros atores. E digo mais: o Brasil está liderando a pauta de Blended Finance no mundo”.

Mônica Gregori, por sua vez, destacou o crescimento da rede do Pacto Global no Brasil, que hoje é a segunda maior do mundo, com mais de duas mil empresas signatárias e adesão crescente. Por meio dos quatro pilares de atuação do Pacto Global – direitos humanos, meio ambiente, anticorrupção e trabalho – as empresas podem assumir compromissos públicos e participar de 10 movimentos e plataformas de ação, atuando de forma planejada e colaborativa.

Mônica afirmou a importância de as empresas criarem ações eficazes para atingir as metas socioambientais até 2030, contando com o Pacto Global para orientá-las nesses esforços. Ao ser questionada sobre o maior desafio da agenda social, Mônica respondeu:

“Existem muitos nós ainda na agenda ESG, mas diria que nosso maior desafio hoje é como engajar as cadeias de valor nos mesmos compromissos. As empresas por si só são catalisadoras de mudanças ao engajar parceiros em todos os elos da cadeia produtiva. Eu vejo que existe uma grande inquietação das empresas hoje em aprender juntas sobre melhores práticas e como combinar esforços para avançar.”

Em sua fala final, Mônica enfatizou a necessidade de as empresas atuarem com coerência e consistência ao assumirem compromissos ESG, destacando que esses compromissos devem ser incorporados à estratégia central dos negócios e não apenas tratados como iniciativas secundárias. O Pacto Global oferece ferramentas e capacitações, garantindo que ninguém fique para trás na jornada ESG.

O painel concluiu com uma reflexão sobre os principais desafios que ainda precisam ser superados para que o pilar social da agenda ESG avance de forma eficaz no Brasil. Entre os desafios mencionados, destacaram-se a necessidade de maior engajamento das lideranças empresariais por meio de mecanismos de remuneração para acelerar as metas de sustentabilidade, além do fortalecimento da colaboração entre os setores público, privado e filantrópico. As palestrantes também enfatizaram a importância de continuar inovando e ousando, mesmo em tempos de incerteza, para garantir um futuro mais justo e inclusivo.

 

Fotos: André Porto e Caio Graça/IDIS.

O poder da tecnologia no terceiro setor: novos caminhos para a transformação social

Por Ana Paula Otani, analista de projetos no IDIS

 

Nos últimos anos, o avanço da inteligência artificial acrescentou novas camadas de complexidade ao cenário tecnológico, transformando a forma como diversos setores e organizações operam. No terceiro setor, não foi diferente. A revolução tecnológica abriu novas oportunidades para potencializar ações filantrópicas e ampliar o impacto de iniciativas sociais, criando espaços para novas reflexões e estratégias.

Esse tema foi discutido por Luana Genot, fundadora do ID_BR; Daniel Paixão, fundador do Hub Periférico; e Beatriz Johannpeter, diretora do Instituto Helda Gerdau, na sessão ‘Tecnologia como Geradora de Transformações Sociais’, mediada por Alex Pinheiro, cofundador e CEO da Ecossistema SQUARE, durante a 13ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais.

 

Veja a sessão completa em:

 

Fundado em 2016, o Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) dedica-se à promoção da equidade racial por meio da implementação de políticas e iniciativas de diversidade e inclusão em empresas, além de ofertar consultoria, treinamentos e desenvolver campanhas focadas no letramento racial e na educação antirracista para instituições públicas, privadas e a sociedade em geral.

Recentemente, com o intuito de ampliar o debate sobre raça e inclusão, a organização lançou a Deb, uma inteligência artificial generativa especialista em inclusão, que permite que qualquer pessoa possa tirar dúvidas sobre a temática a qualquer momento e sem medo de julgamentos.

“Nos últimos anos a gente veio percebendo que muitas pessoas tinham dúvidas muito pessoais [sobre a temática racial], mas nem sempre conseguiam externar isso numa mesa ampla como essa por sentir medo de ser cancelado, de virar chacota, e ter uma exposição negativa. Então, vendo essa possibilidade de escalar esse debate de uma forma personalizada, a gente lançou a Deb”, disse Luana.

Hoje, com mais de 15 mil seguidores no Instagram, a Deb não só ampliou o alcance do debate racial, engajando novas audiências, como também abriu portas para o ID_BR em espaços anteriormente pouco acessíveis.

 “Estive na Patagônia falando sobre a Deb, e estou indo para Tóquio…Com a tecnologia, nós conseguimos chegar em espaços onde, só por sermos enquadrados como ‘diversidade, equidade e inclusão’, a gente não conseguia chegar. A tecnologia tem sido um potencializador para a gente furar a bolha e levar um debate tão importante para o Brasil e para o mundo.”

No entanto, à medida que a tecnologia avança, fica a questão: em que medida essas inovações chegam a territórios vulnerabilizados, onde o acesso à educação e à inclusão digital é limitado? Foi a partir desses questionamentos que Daniel Paixão, um jovem recifense de 23 anos, fundou o Hub Periférico.

“Somos um grupo, um coletivo, uma startup, um ecossistema de pessoas negras e periféricas que unem suas capacidades, suas potencias e talentos para desenvolver tecnologias que impactem nossa realidade, para que juntos possamos criar cada vez mais uma revolução em Pernambuco, no Nordeste, e no Brasil”, conta.

Mesmo estando próximo a um dos maiores parques tecnológicos da América Latina, o Porto Digital, Daniel e seus amigos perceberam que a periferia permanecia à margem dessas oportunidades. Com a união de diferentes personalidades negras e periféricas de Pernambuco, o Hub Periférico vem atuando no incentivo ao desenvolvimento de soluções tecnológicas no Nordeste do Brasil, especialmente no que se refere à inclusão produtiva no setor tecnológico e às mudanças climáticas.

Daniel destacou ainda que o Hub Periférico enxerga a tecnologia de forma ampla, indo além de sua definição tradicional. A organização valoriza e incentiva o desenvolvimento das chamadas tecnologias originárias — soluções inovadoras criadas pelas próprias comunidades, baseadas em suas vivências e necessidades, e que não dependem necessariamente de uma estrutura digital.

Beatriz Johannpeter, diretora do Instituto Helda Gerdau, trouxe para o debate a perspectiva e o papel dos investidores sociais no fortalecimento dessas iniciativas. O instituto tem atuado no apoio a empreendedores periféricos, investindo recursos filantrópicos para impulsionar seus negócios.

Beatriz ressaltou o impacto positivo que a tecnologia pode gerar quando pensada de forma estratégica para o desenvolvimento social, compartilhando sua experiência com o Fundo Regenera RS – fundo filantrópico emergencial lançado para apoiar projetos de reconstrução do Rio Grande do Sul.

“Na época das chuvas, diversos negócios adaptaram suas plataformas de forma imediata para oferecer serviços, inclusive de apoio público como, por exemplo, conectar voluntários a abrigos, e oferecer apoio a saúde mental dos professores. É impressionante como a tecnologia pode ser utilizada em prol do social de tantas maneiras. As oportunidades são imensas, nós temos uma verdadeira mina de ouro à nossa disposição”, falou.

 

Tecnologia e justiça social

A tecnologia tem se mostrado uma ferramenta poderosa para o terceiro setor, no entanto, é importante que essas inovações não fiquem restritas a grupos privilegiados.

“Muitas oportunidades ainda vão surgir com grande potencial de gerar ainda mais inclusão social. Convoco os filantropos a pensarem quais são as inúmeras oportunidades que a gente pode apoiar, com recurso filantrópico, com capacitação, trazendo luz para essas iniciativas”, concluiu Beatriz.

A revolução tecnológica não pode ser apenas sobre avanços técnicos; ela precisa ser sobre pessoas. A tecnologia pode ser a força para a promoção de novos caminhos para a transformação social, mas seu verdadeiro impacto depende de um esforço coletivo. Cabe a cada um de nós – como sociedade, filantropos e líderes – garantir que as inovações tecnológicas não apenas cheguem às comunidades mais vulneráveis, mas também sejam utilizadas para fortalecer seus talentos e vozes. Somente assim, a tecnologia deixará de ser apenas uma ferramenta de inovação para se tornar uma aliada da justiça social.

 

Fotos: André Porto e Caio Graça/IDIS.

Influência e impacto: o papel estratégico da filantropia familiar

Por Juliana Santos Oliveira, analista de projetos no IDIS

Que a filantropia familiar possui um grande potencial de impacto ao alcançar distintos territórios, operando de forma ágil e desburocratizada, não é segredo. O ponto é que, para além de tudo isso, a filantropia familiar também possui uma capacidade diferenciada de inspirar e mobilizar mais recursos para atender às demandas sociais.

No 13º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais do IDIS, filantropos experientes discutiram o poder da influência da Filantropia Familiar e a sua possibilidade em superar obstáculos complexos – ou, em outras palavras, seu potencial de ’desatar nós‘.

 

Veja também a sessão completa:

 

José Luiz Egydio Setúbal (Presidente e instituidor da Fundação José Luiz Egydio Setúbal) iniciou a discussão destacando que o investimento social é, por natureza, um investimento de risco, que demanda planejamento e ousadia. Nesse sentido, a criação da Fundação que carrega o seu nome foi resultado de sua inquietação com a ausência de uma mobilização social dedicada à promoção do acesso à saúde infantil. Após anos de atuação como médico, José Luiz decidiu adquirir um hospital com o objetivo de destinar parte dos lucros para causas sociais.

“Eu conversei com os meus filhos, que eram adolescentes na época, e falei ‘olha, eu vou pegar uma parte aqui da minha fortuna e vou dedicar para a filantropia’. (…) Foi um investimento de risco: fazer um hospital pediátrico é um investimento de risco. Só que esse hospital deu muito sucesso, esse hospital instituiu a Fundação, foi o capital inicial, e todo o resultado dele vai para o endowment dessa fundação”, conta.

Na sequência, Mariana Moura (Presidente do Conselho de Família da Baterias Moura), apresentou um contraste de trajetórias ao relatar que a criação do Instituto Conceição Moura foi uma forma de consolidar, de maneira estratégica, a prática filantrópica que seus avós iniciaram há mais de três décadas.

Operando há 10 anos com o desenvolvimento de jovens de Belo Jardim, um território de 70 mil habitantes a 180 km de Recife, Mariana destacou a importância de trabalhar junto ao poder local para expansão do impacto – mesmo que este seja um ’nó‘ difícil de desatar como filantropa.

“Temos um trabalho muito próximo à educação do município. Esse é um dos nós, um dos grandes nós (…) Essa proximidade com o poder público tem um poder muito grande de escalar, de gerar impacto, mas também implica em algumas dificuldades ao longo desse caminho”.

Dando continuidade à conversa, Rodrigo Pipponzi (Fundador e Presidente do Conselho do Instituto ACP e Cofundador da MOL Impacto) compartilhou sua jornada de reconhecer os seus privilégios e transformá-los em uma mola propulsora de geração de impacto social positivo, intervindo para reduzir as desigualdades que o inquietavam profundamente.

“Desde cedo eu cresci nesse contexto, de ver uma família prosperando dentro do varejo farmacêutico, mas sempre com uma postura rebelde de que aquilo não me pertencia (…) Muito anos depois eu fui perceber que aquilo era um grande ativo que eu tinha a minha disposição para poder influenciar e de alguma forma de poder promover impacto positivo”, diz.

A partir do engajamento de Rodrigo, a família Pipponzi passou a se engajar com filantropia, culminando na criação do Instituto ACP, que fortalece institucionalmente organizações sociais. Ao unir os esforços da família, da empresa e do Instituto, Rodrigo encontrou uma oportunidade de impulsionar o impacto social.

“A gente começa a entender a força que a gente tem de poder criar pontos, de conectar essa pontas e aí sim começar a pensar em como desatar os nós de forma estrutural, sistemática e não só ficar enxugando gelo (…) Aos poucos a gente vai entendendo como encontrar e como usar todos os capitais que a gente tem”.

Nalva Moura (Líder do Coletivo Pacto das Pretas do Pacto de Promoção da Equidade Racial), mediadora da mesa, reforçou os tópicos apresentados pelos palestrantes, ressaltando que, embora seja desafiador para as organizações acolherem filantropos inseridos em contextos tão distintos, uma vez que esse ‘nó’ é desatado o potencial de alcance e de impacto é ampliado. “Eu tive a oportunidade de receber uma conexão aqui, uma ajuda ali. A filantropia tem esse lugar estratégico”

Durante a interação com o público, lideranças comunitárias presentes no Fórum levantaram questões sobre as relações entre organizações que atuam em comunidades e os filantropos.

Nesse sentido, Rodrigo Pipponzi sugeriu que o primeiro passo para os filantropos é se engajarem efetivamente com organizações situadas em territórios periféricos, oferecendo não apenas recursos financeiros, mas também utilizando o conhecimento local para atender melhor às demandas sociais.

“A gente resolveu apoiar organizações territoriais periféricas e eu costumo dizer que isso mudou completamente a vida da nossa organização (…) Teve uma das organizações que a gente apoiou, o Instituto Baixada Maranhense, que tem uma liderança que é a Diane, (…) [com ela] a gente aprendeu muito sobre como fazer juntos e o primeiro movimento depois de fazer essa parceria foi convidá-la para o nosso Conselho. Diane hoje é conselheira da nossa organização.”

O compromisso de assegurar que os recursos cheguem às organizações locais tem sido uma prioridade do IDIS desde 2018, que junto a Charles Stewart Mott Foundation estruturou um programa de desenvolvimento de Fundações e Institutos Comunitários (FICs) no Brasil. O Programa Transformando Territórios fomenta a criação organizações comunitárias que captam e gerenciam recursos para aquelas que atuam diretamente nas comunidades.

 

Fotos: André Porto e Caio Graça/IDIS.

Escuta e colaboração: criando mudanças sistêmicas com Cristiane Sultani, Ticiana Rolim e Marlene Engelhorn

Por Joana Noffs, analista de projetos no IDIS

Histórias de vida traçam caminhos que, por meio da experiência, podem nos ajudar a enfrentar desafios coletivos complexos. Quando o assunto é filantropia, um dos nós enfrentados é a concentração de recursos e do poder decisório nas mãos de poucos. Como fazer com que mais vozes sejam ouvidas? Quem doa deve falar sobre a prática da filantropia?

Essas foram algumas das questões que permearam a sessão ‘Em conversa com…’ no Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais de 2024. Paula Fabiani, CEO do IDIS, convidou três mulheres cujas práticas filantrópicas têm sido destaques em termos de inovação e colaboração para compartilharem um pouco de suas trajetórias: Cristiane Sultani, fundadora do Instituto Beja; Ticiana Rolim, fundadora e presidente da Somos Um; e Marlene Engelhorn, cofundadora do movimento em prol da taxação de grandes fortunas Taxmenow, que participou por vídeo.

A conversa iniciou com o depoimento de Marlene, que trouxe provocações que ajudaram a delinear a pauta debatida. Herdeira de uma fortuna multimilionária, a jovem austríaca optou por doar a maior porção do dinheiro que recebeu na “loteria do nascimento”. A decisão surgiu após ela se questionar como poderia redistribuir sua herança, uma vez que, de acordo com a legislação de seu país, o montante não foi taxado – o que, em seu ponto de vista, seria, por si só, um modo mais democrático e transparente de proceder. A solução encontrada foi a criação de um conselho participativo de 50 pessoas, escolhidas de modo aleatório e de acordo com critérios de representatividade, que destinou mais de 25 milhões de euros a causas escolhidas em deliberação coletiva.

 

Veja o depoimento completo de Marlene

 

Em sua fala, Marlene ressaltou a necessidade de promover mudanças de longo prazo para que as pessoas beneficiadas por doações deixem de depender dos detentores de poder e riquezas para estabelecer um processo decisório participativo na alocação de recursos.

“Pedir às pessoas que são afetadas pela decisão que eu tomo para que elas próprias tomem a decisão. (…) Nós não temos que permanecer filantropos clássicos. Podemos redistribuir o poder. Podemos recuar como detentores de riqueza, aprender a ouvir e nos tornar um entre muitos, como deveria ser em uma democracia”, afirma.

Reforçando a importância de atuar em conjunto e ouvir diferente atores, Cristiane Sultani contou que, em sua trajetória na filantropia, o encontro com pessoas, a escuta e a colaboração foram aspectos-chave que transformaram sua jornada no setor. Desde que fundou o Instituto Beja, em 2021, tem buscado “filantropar”, como gosta de dizer, de modo estratégico e colaborativo, embora reconheça que nem sempre foi capaz de fazê-lo.

O processo de ouvir as demandas do setor, investigar tendências da filantropia global e se inspirar em casos de sucesso a auxiliou em seu processo. Optei por apoiar o próprio ecossistema da filantropia por uma mudança de mindset”, conta;  

 

Cristiane utiliza também seu tempo, influência e habilidades para apoiar ações de advocacy que favoreçam o ambiente regulatório para a filantropia no Brasil, além de apoiar causas como justiça racial e climática. Ela aponta que a escuta durante a articulação com diferentes atores é um elemento central para o desenvolvimento de confiança. Um exemplo é a proximidade com o setor público.

Para Ticiana, a transição de um cargo na empresa da família para a filantropia foi marcado por um inconformismo sempre presente com em relação às desigualdades sociais e com o lugar que ocupava. Me fiz essa pergunta corajosa: qual o meu papel no mundo? O que fazer com esses privilégios? Como vou ser instrumento? Como vou colocar isso à serviço da sociedade?. Influenciada pelo economista e ganhador do Nobel da Paz, Muhammad Yunus, ela optou pelo empreendedorismo social como forma de combater a pobreza, fundando a Somos Um, uma articuladora de negócios de impacto. A escolha também levou em consideração o potencial de inúmeros projetos já existentes, tendo como foco a colaboração.

“Nada sobre nós sem nós”. Esse é um lema dos movimentos que lutam pelos direitos da pessoa com deficiência, que Ticiana usa para ilustrar a importância de incluir aqueles afetados pelas decisões na co-criação de soluções e na atuação conjunta, visando também o ganho de escala do impacto. “A gente desse lugar de privilégio por vezes chega na periferia, ou em algum trabalho desse, cheio de certezas. E eu hoje digo que é arrogância e ignorância de nossa parte.”

Outro desafio que Ticiana, cearense, se impôs foi, por um lado, trazer o Nordeste para o centro do debate filantrópico e, por outro, trazer o debate sobre uma filantropia sistêmica para o Nordeste.

“Eu entendi que eu posso ser ponte, de inspirar pessoas no Nordeste, que o nível de desigualdade é muito alto, e que elas não estão se perguntando por isso. Elas estão fazendo a caridade que é importante, que é urgente, que é necessária, mas ela não vai resolver o problema social porque não leva justiça social, e aí a gente mantém esse lugar de poder, que não é o ideal, que a gente quer exatamente mudar e deixar as pessoas livres, com poder de escolha”.

Ticiana cofundou o Zunne, que impulsiona negócios de impacto social no Norte e no Nordeste, em conjunto com a TRÊ e a Yunnus Negócios Sociais Brasil.

 

Assista a sessão na íntegra

 

Além de ser fundamental ouvir aqueles afetados pelas decisões, falar sobre filantropia de maneira aberta e acessível também foi um aspecto considerado relevante. Ticiana destaca seu papel em inspirar e mobilizar pessoas ao compartilhar suas experiências e iniciativas. Já Cristiane trouxe a importância de discutir abertamente questões como a equidade racial, promovendo narrativas transparentes para engajar mais pessoas nas causas que abraça. Marlene, assertiva em seus posicionamentos, é uma das figuras que coloca em evidência no debate público críticas aos modelos distributivos que agravam e sustentam desigualdades de renda, mas também ambientais, de gênero e de raça. As histórias das três filantropas evidenciam a necessidade de co-criação, participação e colaboração para produzir mudanças duradouras.

 

Fotos: André Porto e Caio Graça/IDIS.

Costurando estratégias: dados como matéria prima

Por Ana Beatriz, analista de projetos do IDIS

A produção e o uso de dados são fundamentais para orientar e influenciar boas decisões, ao mesmo tempo em quem representam um enorme desafio, especialmente quando falamos sobre impacto social. Para fomentar esse debate na 13° edição do Fórum e Filantropos e Investidores Sociais, a mesa ‘Costurando estratégias: dados como matéria prima’ moderada por Denise Carvalho, Gerente Sênior de Monitoramento e Avaliação no IDIS, uniu representantes de uma fundação privada, de um fundo socioambiental e de um organismo internacional. Eles relataram suas experiências, compartilharam inovações, e levantaram debates de pontos críticos da área.

 

Veja a sessão completa em:

 

“Os dados quando trazem evidências, e as decisões são tomadas com base na informação, faz uma diferença importante na vida das pessoas”, afirmou Liliana Chopitea, Chefe de Políticas Sociais da UNICEF Brasil, em sua fala inicial. Ao longo de sua participação, ela destaca importância desse debate, reforçando também o poder da atuação da filantropia e do setor privado na geração de evidências e compartilhamento de informações com a sociedade civil e o governo para orientar a tomada de decisões, desmistificando a centralidade do poder público na construção de políticas públicas.

Contribuindo com a perspectiva de uma fundação privado, Uéverson Melato, Business Partner de Investimento Social da Fundação ArcelorMittal, falou sobre a relevância dos dados no momento pré-intervenção para realizar o diagnóstico participativo dos territórios e ampliar o diálogo com a comunidade.

“Em um segundo momento, o monitoramento e a avaliação da intervenção operam como uma estrutura estratégica, além de ser uma ferramenta de projeto, promovendo um alinhamento entre o enfrentamento dos problemas sociais estruturais e a estratégia de negócio”, comenta.

Ampliando a diversidade de funções do uso de dados na transformação social, e evidenciando a importância da geração de evidências, Maria Amália Souza, fundadora e Diretora de Desenvolvimento Estratégico do Fundo Casa Socioambiental, apontou que os dados evidenciaram o nível de impacto de transformação que comunidades tradicionais podem ter na conservação de biomas, atestando a potencialidade do uso de dados na ‘democratização de acesso aos recursos filantrópicos para as comunidades indígenas’.

Os palestrantes também discutiram os desafios na coleta de dados e na geração de evidências, que vão desde questões de acesso, tempo e orçamento até a sensibilidade das temáticas e escolhas metodológicas. Eles destacaram a importância de uma boa comunicação de dados como uma estratégia essencial para a efetiva utilização da informação como orientadora de decisões. Denise contribuiu com essa questão ao aliar comunicação e metodologia: “As metodologias qualitativa e quantitativa juntas possibilita a comunicação e a construção das histórias, o dado quantitativo ele vem para demonstrar a evidência, mas para explicar os ‘comos’ e os porquês a gente precisa do qualitativo”.

Os diferentes atores presentes no painel revelaram a diversidade de oportunidades do uso de dados como matéria prima para a tomada de decisão, bem como a intersecção de diferentes áreas nos benefícios e desafios dessa empreitada. Fica evidente que a geração de informação, quando sucedida por uma comunicação efetiva, é capaz de impulsionar a transformação social e mudar a vida das pessoas.

 

Fotos: André Porto e Caio Graça/IDIS.

Emergência e Resiliência: filantropia fortalecendo comunidades

Por Beatriz Barros, estagiária de projetos do IDIS

Investimento social é coisa de gente. Prevenção e cuidado também são coisas de gente. O 13º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, com o tema ‘Filantropia Entre Nós’, abordou na mesa ‘Emergência e Resiliência: filantropia fortalecendo comunidades’ a iminente crise climática e sanitária, discutindo como os fundos de emergência e as doações podem amenizar e antever possíveis desastres. A sessão contou com a presença de Giuliana Ortega (diretora de sustentabilidade da RaiaDrograsil), Karine Ruy (coordenadora geral da Fundação Gerações), Marijana Sevic (chefe de parcerias estratégicas internacionais da Charities Aid Foundation) e foi moderada por Vinicius Barrozo (analista de valor social na Globo e responsável pela plataforma de doações Para Quem Doar). 

Veja a sessão completa em:

 

A discussão sobre as recentes ações climáticas e sanitárias, além do crescimento de conflitos armados, evidenciam a urgência da criação de planos, estratégias e investimentos que sirvam para a prevenção de possíveis crises. Karine Ruy exemplificou a atuação da Fundação Gerações, organização participante do Programa Transformando Territórios, nas enchentes do Rio Grande do Sul, com a criação da linha emergencial do Fundo Comunitário Porto de Todos. Ela enfatizou a importância de ouvir as demandas da comunidade para a reconstrução e mitigação de riscos, como diz em sua fala: 

“Nós entendemos que o nosso papel, naquele momento, era de uma organização articuladora, fazendo pontes entre os atores do ecossistema que tinham essa capacidade operacional, mas, principalmente, identificando – a partir de uma escuta muito cuidadosa – quais eram as demandas das comunidades e territórios”, disse. 

Outro ponto relevante foi a atuação da Charities Aid Foundation (CAF) em países como Ucrânia e Marrocos, que enfrentaram emergências distintas: um conflito armado e outro por terremoto. Marijana Sevic comentou sobre a exigência das doações, nesses casos, serem rápidas e atingirem as demandas de forma eficaz e segura, atividade que a CAF tem expertise, atuando em mais de 170 países. 

A pandemia de COVID-19 também foi um dos destaques. Giuliana Ortega compartilhou as ações da RaiaDrogasil, que criou um fundo de investimento em parceria com o IDIS para oferecer infraestrutura a hospitais de pequeno e médio porte durante a pandemia, garantindo que essas estruturas se mantivessem após o fim da crise. A empresa também apoiou a vacinação em massa em municípios por meio do Unidos pela Vacina. Essas ações levaram a RaiaDrogasil a refletir sobre a doação de recursos próprios e a elaborar sua Teoria de Mudança, como destacou Giuliana: 

“A partir de 2021, por política, a gente passa a investir 1% do nosso lucro líquido em ações para a saúde, nas comunidades e na sociedade. […] Então, a gente ganhou esse recurso adicional para pensar e a gente resolveu fazer a nossa Teoria de Mudança porque o recurso estava aumentando. A gente ia canalizar esse esforço e o nosso objetivo principal era a promoção da saúde”.

 

Ainda nessa pauta, Vinicius Barrozo apresentou a plataforma Para Quem Doar, que teve uma relevante função na centralização e direcionamento de doações no período de pandemia e nas enchentes do Rio Grande do Sul. O aplicativo conecta doadores e organizações de forma simples e segura. Para incentivar a cultura da doação, foi anunciada a parceria entre Globo, IDIS e Instituto MOL na campanha do ‘Descubra sua Causa’, um teste inserido na plataforma Para Quem Doar que ajuda o doador a identificar áreas alinhadas com seus valores e convicções.  

No entanto, ainda existem reflexões que permanecem com ‘pontas soltas’ entre alguns nós, como a falta de engajamento em doações e o adiamento do planejamento e criação de linhas emergenciais para crises climáticas e sanitárias. É fundamental incentivar uma cultura de doação que vá além dos desastres; ter uma visão estratégica para o período de reconstrução a médio e longo prazo, quando a comoção inicial diminui e, consequentemente, o investimento; promover a diversificação de investimentos; e destacar o papel crucial da comunicação em emergências, anunciando de forma clara e cativante o propósito da doação. Esses caminhos podem ajudar a desatar algumas resistências e fortalecer propósitos e estratégias.

 

Fotos: André Porto e Caio Graça/IDIS.

Tecendo respostas coletivas para desafios sistêmicos

Por Vitória Vivian, analista do administrativo-financeiro do IDIS

O mundo está mudando muito rápido, mas os problemas e os ‘nós’ são os mesmos há muitos séculos. Afinal, como podemos finalmente avançar com esses desafios, de maneira coletiva? Esse foi o questionamento central para a construção da sessão ‘Tecendo respostas coletivas para desafios sistêmicos’, realizada durante o 13º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. 

A mesa contou com a participação de Carla Reis (Chefe do Depto do Complexo Industrial e de Serviços da Saúde da Área de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES); Luiz Edson Feltrim (Superintendente do Instituto Sicoob); e Sylvia Siqueira Campos (Oficial de Programas para Governança na América Latina e Caribe na Open Society Foundation; sob moderação de Carola Matarazzo (Diretora Executiva do Movimento Bem Maior).

 

Veja a sessão completa em:

 

Uma roda de conversa com organizações muito distintas: uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, uma cooperativa de crédito e uma fundação privada compartilhando suas experiências, novos arranjos e intencionalidades para melhorar a vida das pessoas. Ainda assim, todas muito semelhantes em suas finalidades.

Cada um desses atores possuem um papel relevante na filantropia brasileira e ocupam espaços complementares de atuação. O BNDES contribui para a mobilização de recursos destinados ao terceiro setor e projetos de impacto, como o Programa Juntos pela Saúde, gerido pelo IDIS. A iniciativa apoia e fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS) nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, com financiamento do BNDES e de doadores privados, a partir da metodologia de matchfunding. A abordagem multiplica o financiamento, os impactos e resultados dos projetos, com base nas necessidades locais de saúde, apoiando ações estruturantes que garantem a perenidade dos territórios e oferecem um atendimento de qualidade à população. Segundo Carla Reis, as instituições filantrópicas respondem por cerca de 60% de todo o atendimento da média e alta complexidade no SUS, reforçando o impacto que programas desta magnitude refletem na oferta de saúde de qualidade para todos.

Em consonância, o cooperativismo é sinônimo de construção coletiva, realizada por muitas mãos. No Instituto Sicoob, isso se concretiza a partir de três eixos de atuação: cooperativismo e empreendedorismo, desenvolvimento sustentável e cidadania financeira. As iniciativas promovem o desenvolvimento das comunidades e de lideranças locais, ao mesmo tempo que fortalece boas práticas de atuação, como o Monitoramento e Avaliação, conforme reforçou Luiz Edson Feltrim. “A avaliação qualitativa amplia a possibilidade de investimento nos programas, o que possibilita maior robustez e escalabilidade do programa e da metodologia para que seja aplicado em todo o país”.

Da mesma forma, fundações privadas e organizações da sociedade civil potencializam pessoas, políticas públicas e organizações por onde atuam, como a Open Society Foundations, que defende princípios democráticos, direitos humanos e justiça em mais de 100 países. 

Estabelecer laços de confiança, cooperação e trocas entre esses atores, torna-se fundamental na descolonização da filantropia e para desatar os ‘nós’ que permeiam nosso cotidiano. Como destacou Sylvia Siqueira Campos:

“É preciso ter a sensibilidade de se colocar junto ao outro e saber que o sujeito coletivo, precisa ser maior do que o individual, e que a confiança se costura a partir do respeito, da autonomia das pessoas, dos territórios e da nossa capacidade de ser responsável pelo que faz, independentemente de onde a gente faça”. 

 

Sendo a aliança desses atores uma resposta para nossos desafios sistêmicos, como ressaltou Carola Matarazzo.

“Filantropia é um ato político, por que todas as vezes que a gente coloca recurso público privado, pessoal ou de uma organização a serviço de poder ajudar a encontrar novos caminhos, para soluções de problemas antigos e enraizados ou problemas novos gerados por esse, às vezes são recursos que a gente corre risco, são recursos que são testados e que podem inspirar políticas políticas públicas, e por isso que o recurso filantrópico é tão importante, porque é um recurso que pode usar desse risco que recurso público não pode, que às vezes de crédito não pode, então o recurso filantrópico vem, quem sabe, para costurar esses novos arranjos”.

 

Fotos: André Porto e Caio Graça/IDIS.

Falta de coletividade: o grande ‘nó’ a ser desatado pela (e na) filantropia

Por Daniel Barretti, gerente de projetos do IDIS

 

“Qual a diferença entre viver em um mundo que é uma bagunça e em um mundo que está bagunçado?”. Foi assim que Philip Yun, head do Global Philantropy Forum, iniciou a mesa de abertura intitulada ‘Filantropia desatando os nós do mundo’, durante o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2024.

 

A ideia é que a sociedade não é uma bagunça em essência, mas sim que a humanidade criou e vive uma grande bagunça planetária. A parte positiva disso é que a bagunça, portanto, é passível de ser arrumada, e a filantropia pode e deve ter uma importante contribuição para isso. Para tanto, ações filantrópicas devem ser ágeis em compreender os atuais desafios e propor soluções para eles na mesma velocidade com que aparecem diante de nós.

Dentre os muitos significados da polissêmica palavra ‘nós’, as falas dos palestrantes apontaram para a ausência de coletividade – talvez o principal desafio com o qual temos de lidar na sociedade contemporânea. Sergio Fausto, Diretor Geral da Fundação Fernando Henrique Cardoso, exemplifica:

“Espaços que deveriam ser plurais e democráticos – a começar pelo nosso congresso – estão longe de serem espaços que privilegiem o debate e o interesse público”.

O ‘nó’ da ausência de coletividade é aquele que implica na falta de diálogo, de pluralidade de pessoas, ideais, habilidades e práticas.

Para Renata Piazzon, Diretora Geral do Instituto Arapyaú, um dos ’nós‘ prioritários a serem desatados na atualidade é o da agenda climática. Entretanto, ele não anda sozinho.

A problemática ambiental está imbricada em uma extrema carência de senso coletivo, onde prevalece o falso dualismo homem-natureza. Segundo a palestrante, a filantropia deve, primeiramente, compreender as questões do clima a partir de uma perspectiva de desenvolvimento integrado onde, por exemplo, ondas de calor, seca e alarmantes focos de incêndio, não sejam uma pauta restrita ao meio ambiente, mas também à agriculta, à saúde pública e à economia. Afinal de contas, é notória a interrelação entre os fenômenos. O cenário de seca severa e de incêndios impacta diretamente na saúde da população, bem como a perda de safras agrícolas. O desdobramento dessa cadeia de causalidade nos leva ainda à elevação de preços dos gêneros alimentícios, à pressão inflacionária e à consequente perda de poder de consumo e empobrecimento da dieta alimentar populacional.

 

Veja a sessão completa em:

 

A filantropia deve promover uma atuação em rede, articulando e mobilizando atores sociais diversos: a conectividade e a coletividade como solução para problemas sistêmicos e complexos. São alguns os exemplos de redes promovidas pelo Instituto Arapyaú: incluem a Coalização Brasil, Clima e Floresta e Agricultura; o MapBiomas; Uma Concertação pela Amazônia, dentre outras.

Se um dos principais ‘nós’ a serem desatados é a ausência de coletividade na sociedade, esse também parece ser um desafio com o qual a própria filantropia precisa lidar.

Cida Bento, co-fundadora e conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), reforça a importância da coletividade por meio do estabelecimento de redes, mas vai além ao defender uma mudança na estrutura de poder, trazendo mais diversidade e, consequentemente, pluralidade de vozes e interesses para o campo da filantropia. A busca por soluções e as tomadas de decisão carecem da perspectiva daquela parcela da população historicamente marginalizada, que mais sofre com os desafios sociais, econômicos e ambientais da atualidade.

“[Espaços coletivos e plurais] ajudam a tomada de ação mais consciente e consequentemente a gerar um impacto maior”, complementa Sergio Fausto.

Um movimento denominado ‘filantropia baseada na confiança’ caminha nessa direção ao advogar que financiadores devem estabelecer seus relacionamentos com os parceiros beneficiários a partir de um lugar de confiança e colaboração, em vez de conformidade e controle.

 

Repensando o futuro da filantropia

O educador e filósofo Paulo Freire certa vez disse que era por amar as pessoas e o mundo que ele lutava para que a justiça social se implantasse antes da caridade. Não se trata de desmerecer a caridade em si, mas sim de que, ao fomentar a caridade como consequência de uma estrutura de privilégios, corre-se o grande risco de que ela sirva como instrumento de manutenção, e até mesmo de álibi da desigualdade.

A filantropia diferencia-se da caridade justamente pelo seu caráter estratégico, capaz de melhor alocar qualitativa e quantitativamente os recursos oriundos do capital privado para as causas públicas e coletivas. A questão é nos perguntarmos: ela tem sido efetivamente estratégica? Se o grande ‘nó’ da ausência de coletividade, enfatizado pelos palestrantes, está presente tanto nos problemas atuais da sociedade, quanto na forma como as ações filantrópicas têm ocorrido, isso parece indicar que o setor filantrópico corre o risco de estar, ele também, reproduzindo as relações sociais de poder.

Que a harmonia, a reciprocidade, a coletividade e a pluralidade, possam permear um pensar e um fazer filantrópico mais potente para lidar com os desafios atuais, que são regidos por interesses quase que exclusivamente particulares e econômicos.

Quem sabe, ainda, já não é tempo de repensarmos o sujeito da filantropia (àquele do homem branco, dotado de posses financeiras e certo prestígio profissional). Afinal, parece urgente olharmos ao nosso redor e nos perguntarmos: quem tem mais a doar e quem tem mais a receber e aprender no mundo de hoje?

 

Fotos: André Porto e Caio Graça/IDIS.

Veja as fotos da 13° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

Aconteceu no dia 4 de setembro, em São Paulo, a 13ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Promovido pelo IDIS , o evento que busca acelerar soluções fomentar a prática de investimento social no país.

As conversas abordaram temas como filantropia emergencial, tecnologia, avaliação de impacto, filantropia familiar, ESG e muito mais, sempre sob a ótica da Filantropia entre nós!

Confira algumas das imagens registradas ao longo do dia:

 

eNTRADA E CREDENCIAMENTO

 

aPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA

Abertura

 

Filantropia desatando os nós do mundo

Assista a sessão completa aqui.

Tecendo respostas coletivas para desafios sistêmicos

Assista a sessão completa aqui.

 

PRÊMIO EMPREENDEDOR SOCIAL: VENCEDORES 2023

Assista a sessão completa aqui.

 

Emergência e resiliência:Filantropia fortalecendo comunidades

Assista a sessão completa aqui.

 

COSTURANDO ESTRATÉGIAS: DADOS COMO MATÉRIA-PRIMA

Assista a sessão completa aqui.

COQUETEL E ALMOÇO TEMÁTICO

 

IDIS 25 ANOS: INVESTIMENTO SOCIAL É COISA DE GENTE!

 

 

EM CONVERSA COM…

 

 

FILANTROPIA FAMILIAR: O PODER DA INFLUÊNCIA

Assista a sessão completa aqui.

 

Tecnologia como geradora de transformações sociais

Assista a sessão completa aqui.

 

COFFEE BREAK

 

Lançamento compromisso 1%

 

OS NÓS DO S NA AGENDA ESG

Assista a sessão completa aqui.

 

ENTRELAÇANDO VIDAS, TECENDO O FUTURO

Assista a sessão completa aqui.

 

realização e apoio

A realização é do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation. Em 2024, tivemos apoio master do Movimento Bem Maior; apoio prata da RD Saúde; e apoio bronze da Fundação Grupo Volkswagen, Fundação Itaú, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Aegea Saneamento, Instituto Sicoob e Mott Foundation. O UNICEF Brasil foi apoiador institucional do evento e a Alliance magazine foi parceira de mídia.

 

 

Confira os destaques na mídia do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

No dia 4 de setembro, em São Paulo, ocorreu a 13° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, evento promovido anualmente pelo IDIS para debater e fomentar a filantropia estratégica no Brasil. Presencialmente, ao longo do dia, houveram 294 convidados e, através da transmissão ao vivo, mais de 1300 pessoas acompanharam o Fórum também.

Com o tema central ‘Filantropia entre nós, o evento contou com 11 sessões e 10 horas de programação, abordando assuntos como situações emergenciais, uso de dados, filantropia familiar, tecnologia, ESG, policrise e muito mais.

Foto: André Porto e Caio Graça

Veja agora os destaques do Fórum na mídia

Desafios da filantropia brasileira

Em matéria publicada no Observatório do Terceiro Setor foram destacadas as falas de diversos palestrantes do Fórum, reforçando a contribuição do evento para a criação de um olhar mais amplo e realista sobre o cenário e os desafios da filantropia no Brasil. Com uma abordagem abrangente e integrada, o evento proporcionou uma plataforma de troca de ideias e experiências, o que contribui para o fortalecimento das redes da filantropia.

“Não é a filantropia que vai salvar o Brasil ou acabar com a desigualdade, é a capacidade de interagir e fazer a interlocução com diversos setores”, José Luiz Egydio Setúbal, fundador da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, durante o painel ‘Filantropia Familiar: o poder da influência’. 

Leia a matéria completa aqui.

 

O potencial da tecnologia

Em matéria, o Jornal do Commercio de Pernambuco destacou as falas de Daniel Paixão, do Hub-Periférico, na sessão ‘Tecnologia como geradora de transformações sociais’. Este momento também contou com a presença de Beatriz Johannpeter, do Instituto Helda Gerdau, Luana Génot, do ID_BR, além da moderação de Alex Pinheiro, da Ecossistema SQUARE.

“O Nordeste, no Brasil, possui diferentes potencialidades tecnológicas e inovadoras que muitas das vezes são invisibilizadas”, Daniel Paixão.

Paixão ressaltou ainda a necessidade do investimento social privado na criação de oportunidades para aqueles que vivem e atuam nos subúrbios. Foto: André Porto

Leia o texto completo aqui.

 

Os nós da desigualdade

O veículo Alma Preta destacou o primeiro painel do evento, que debateu a ‘Filantropia desatando os nós do mundo’, e a participação de Cida Bento, escritora do livro “O pacto da branquitude” e cofundadora e conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). O painel contou ainda com a participação de Renata Piazzon, do Instituto Arapyaú, Sérgio Fausto, da Fundação Fernando Henrique Cardoso, e moderação de Philip Yun, do CCWA e do Global Philantropy Forum.

Trazendo os ‘nós’ como as causas sociais interconectadas, os painelistas debateram e refletiram sobre as desigualdades presentes no Brasil e o potencial da filantropia atuar na dissolução desses nós. Cida destacou a importância da filantropia dialogar com as diferentes realidades do Brasil e atuar de maneira efetiva na redução das desigualdades, sobretudo a racial.

“Nós precisamos que as pessoas negras sejam parte, não só de quem vai receber o apoio dos projetos, mas também de quem pensa em que direção temos que ir”, Cida Bento.

Confira a matéria na íntegra aqui.

 

Entidades filantrópicas e o SUS

A revista Veja trouxe destaque para as falas de Carla Reis, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e responsável pelo Juntos Pela Saúde, durante a sessão ‘Tecendo respostas coletivas para desafios sistêmicos‘. Carla afirmou que cerca de 60% dos atendimentos em alta e média complexidade do SUS são realizados por organizações filantrópicas.

Gerido pelo IDIS, o Juntos pela Saúde alocará aproximadamente R$ 200 milhões em projetos de saúde ao longo de quatro anos, numa lógica em que, a cada R$1 doado por apoiadores, o BNDES adiciona mais um real, alavancando não apenas recursos, mas também o potencial de impacto.

Veja mais detalhes aqui.

Da esquerda para direita: Carla Reis, do BNDES, Luiz Edson Feltrim, do Instituto Sicoob, Sylvia Siqueira, da Open Society Foundations, e Carola Matarazzo, do Movimento Bem Maior. Foto: André Porto

 

Participação da FEAV no Fórum

A Folha de Valinhos fez menção a participação da FEAV (Fórum das Entidades Assistenciais de Valinhos) no Fórum, através da presidente Eliane Macari, que foi anfitriã de mesa durante o almoço temático do evento. Ao lado de Jair Resende, da Fundação FEAC de Campinas, Eliane fez parte da mesa “Laços territoriais e comunitários: relatos de impacto”.

FEAV e FEAC são organizações integrantes do programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation que fomenta institutos e fundações comunitárias em todo o Brasil.

Leia a matéria completa aqui.

 

Um lugar de diálogo

A Folha de São Paulo destacou toda a programação do Fórum e reforçou a importância do evento como um lugar de discussão dos desafios e perspectivas para filantropia global.

“Há 13 anos, este é um espaço ímpar de troca entre os pares no setor filantrópico brasileiro. É uma excelente oportunidade para nos encontrarmos, discutirmos e refletirmos sobre a filantropia de que precisamos para impactar positivamente o mundo em que vivemos”, Paula Fabiani, CEO do IDIS, em entrevista para o veículo.

Veja o texto na íntegra aqui.

Foto: André Porto

 

Destaque internacional

A Alliance magazine, uma das mais importantes revistas de filantropia do mundo e parceira de mídia do Fórum em 2024, destacou algumas das conversas realizadas no evento. O artigo ‘Brazil Philanthropy Forum 2024: untangling the knots of a complex world’, escrito por Kit Muirhead, destaca a discussão da mesa de abertura do evento.

A revista também reproduziu quatro textos de pessoas da equipe IDIS: ‘Falta de coletividade: o grande ‘nó’ a ser desatado pela (e na) filantropia’, de Daniel Barretti, gerente de projetos; ‘Emergência e resiliência: filantropia fortalecendo comunidades’, escrito por Beatriz Barros, estagiária de projetos; ‘Escuta e colaboração: criando mudanças sistêmicas’, feito por Joana Noffs, analista de projetos; e ‘Entrelaçando vidas, tecendo o futuro’, de Aline Herrera, analista de projetos. 

 

FÓRUM BRASILEIRO DE FILANTROPOS E INVESTIDORES SOCIAIS

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais oferece um espaço para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em nosso canal do YouTube estão disponíveis listas com as gravações de todas as edições. Confira!

REALIZAÇÃO E APOIO

A realização é do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation. Em 2024, tivemos apoio master do Movimento Bem Maior; apoio prata da RD Saúde; e apoio bronze da Fundação Grupo Volkswagen, Fundação Itaú, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Aegea Saneamento, Instituto Sicoob e Mott Foundation. O UNICEF Brasil foi apoiador institucional do evento e a Alliance magazine foi parceira de mídia.

IDIS e Fundação FEAC realizam Feira de Governança em Campinas

Em agosto, a equipe do IDIS realizou em Campinas uma Feira de Governança, como parte da consultoria desenvolvida para a Fundação FEAC. O objetivo do projeto é formar conselheiros e dirigentes voluntários para atuar nas Organizações da Sociedade Civil (OSCs) da região.

A primeira etapa envolveu a realização de capacitações sobre o universo da governança para pessoas interessadas. Em seguida, aconteceu a fase de matching, na qual cada interessado foi designado para as organizações com as quais tinha maior sintonia, com base em uma metodologia desenvolvida pela nossa equipe.

A Feira de Governança foi o momento em que esses potenciais voluntários e representantes das OSCs se encontraram pela primeira vez para discutir futuras parcerias. Foram cerca de 90 pessoas presentes e 17 OSCs recrutando voluntários para compor suas governanças.

“Mais do que as 8 horas de capacitações oferecidas, a construção do algoritmo de matching e a organização do espaço, o que verdadeiramente faz a diferença nesses momentos é o contato humano, a troca de experiências e o compartilhamento de propósitos”, comenta Felipe Groba, gerente de projetos do IDIS e líder da consultoria realizada.

“[Esse projeto] foi um jeito de potencializar e mostrar para a gente o quanto que o terceiro setor é ativo na cidade e o quanto Campinas tem potencial de gerar ainda mais impacto”, diz participante do projeto que estava presente na Feira de Governança.

Conheça mais sobre os serviços do IDIS.

Tese de doutorado de Paula Fabiani sobre filantropia corporativa estratégica está disponível

Paula Fabiani, CEO do IDIS, concluiu recentemente seu Doutorado. Ela pesquisou sobre a Cadeia de Doação Corporativa e seu potencial no aprimoramento da filantropia corporativa estratégica.

Ela obteve seu doutorado em Gestão de Operações e Sustentabilidade na Fundação Getúlio Vargas (FGV) / Escola de Administração de Empresas de São Paulo.

“A academia tem poder de transformação. A partir do rigor científico, que confere credibilidade ao mundo acadêmico, pesquisas e publicações tem o potencial de contribuir para a construção de um mundo melhor. Este é justamente um dos meus compromissos: buscar sempre o aprofundamento de questões que possam ser contributivas para a nossa sociedade […] A partir do olhar sobre o engajamento dos stakeholders (partes interessadas), busquei contribuir para que as corporações adotem uma abordagem mais estratégica em suas atividades filantrópicas”, diz Paula.

A tese completa está disponível para consulta aqui (disponível apenas em inglês).

IDIS promove encontro com ex-colaboradores como parte da campanha de 25 anos

No mês de agosto, o IDIS promoveu um encontro especial com ex-colaboradores que passaram pela Instituição ao longo dos anos. Além dos momentos de interação, o reencontro contou com um passeio pelo passado da organização, e apresentação de um panorama do que está acontecendo no presente – com destaque para a campanha de 25 anos, o Fundo de Fomento à Filantropia e as atividades realizadas em nossos três pilares: consultoria, impacto e conhecimento.

Além dos ex-colaboradores, estiveram presentes Paula Fabiani, CEO do IDIS, Dr. Marcos Kisil, fundador do IDIS, e alguns membros da equipe atual.

“Sou pessoalmente muito grata a todas as pessoas que passaram pelo IDIS ao longo destes anos, seja antes ou durante o meu período aqui, ajudando a construí-lo e transformá-lo no que é hoje”, comenta Paula.

O encontro foi mais uma etapa da campanha comemorativa de 25 anos, ‘Investimento Social é Coisa de Gente’, celebrando não apenas a história do IDIS, mas, principalmente, as pessoas que a ajudaram a construir e que continuam a construir conosco.

“É uma organização privilegiada no fator humano. Todo mundo que passa por aqui realmente se torna um ser humano melhor. Tenho muita gratidão por toda essa história do IDIS e, hoje, muito orgulho de ver como o IDIS tem ajudado tantas pessoas e organizações na construção de uma sociedade mais justa, harmoniosa e sustentável por meio da prática do investimento social privado”, diz Carla Duprat, ex-colaboradora do IDIS e atual diretora executiva do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE).

Níveis recordes de generosidade global: Brasil ocupa a 86ª posição, com Indonésia liderando o ranking

Em todo o mundo, um recorde de 4,3 bilhões de pessoas ajudaram alguém que não conheciam, ofereceram tempo ou doaram dinheiro para uma ONG no mês anterior, de acordo com o World Giving Index 2024. Indonésia, Quênia e Singapura lideram o ranking.

O país mais generoso do mundo é a Indonésia pelo sétimo ano consecutivo, onde 90% da população doou dinheiro para uma ONG e 65% doaram seu tempo. O Quênia é o segundo país mais generoso, subindo do terceiro lugar no ano passado. Cingapura subiu 19 posições para o terceiro lugar, aumentando sua pontuação geral no índice de 49% para 61%. Os resultados positivos para Singapura resultam das recentes iniciativas do governo para reforçar a filantropia e o voluntariado.

Para Neil Heslop OBE, diretor executivo da Charities Aid Foundation, “A generosidade das pessoas em todo o mundo ficou evidente nesta edição do World Giving Index, com a pontuação do índice global em seu nível mais alto, igualado apenas anteriormente durante a pandemia. A pesquisa demonstra como pessoas de todos os continentes e culturas permanecem prontas para ajudar os necessitados, durante um ano de desafios econômicos e humanitários contínuos.”

O Brasil subiu três posições em relação ao ano anterior, e agora ocupa o 86º lugar no ranking. Os três indicadores mantiveram-se estáveis, com uma leve melhoria de 3 pontos percentuais no dinheiro doado a organizações da sociedade civil. A ajuda a um estranho ainda é o comportamento predominante, praticado por 65% dos entrevistados. O levantamento, realizado entre setembro e novembro de 2023, não captura as doações realizadas em decorrência da tragédia climática no Rio Grande do Sul. Apesar do Brasil ter ocupado posições melhores no ranking em anos anteriores, esta foi a segunda melhor pontuação conquistada – 38%. O pico aconteceu em 2021, ainda sob os efeitos da pandemia, quando a generosidade estava em alta e, as formas de participação, seja por meio de doações ou voluntariado, estavam mais evidentes.

De acordo com Paula Fabiani, CEO do IDIS, “Não foi surpreendente a estabilidade da cultura de doação no Brasil, mas foi muito interessante ver como políticas públicas voltadas ao incentivo à filantropia, como incentivos fiscais, matching de doações individuais, e benefícios para a prática de voluntariado corporativo, surtiram efeitos positivos em Singapura e podem ser exemplares para nós.”

WGI 2024: Brasil

World Giving Index é uma das maiores pesquisas sobre doação já produzidas, com milhões de pessoas entrevistadas em todo o mundo desde 2009. Nesta edição, inclui dados de 142 países, onde as pessoas foram questionadas se realizaram, no último mês, três tipos de ações: ajuda a um desconhecido, doação em dinheiro a uma organização social ou voluntariado. Trata-se de uma iniciativa da organização britânica Charities Aid Foundation (CAF), representada no Brasil pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.

O CAF World Giving Index 2024 também revela:

  • Os 10 principais países incluem apenas duas das maiores economias do mundo (Indonésia e Estados Unidos), enquanto um dos países mais pobres do mundo – a Gâmbia – está classificado em quarto lugar.
  • O Marrocos viu o maior aumento anual do mundo em doações de dinheiro, com entrevistas ocorrendo após os terremotos devastadores que atingiram o centro do país em setembro de 2023. Apenas dois por cento das pessoas doaram dinheiro para instituições de caridade em 2022, mas isso subiu para 18% no ano passado, e as taxas de voluntariado dobraram de 8% para 16%.
  • A Grécia é o país que mais cresceu este ano, tendo aumentado consistentemente sua classificação desde 2013. Tem uma pontuação particularmente alta no quesito ajuda a um estranho – significativamente acima da média europeia e particularmente alta entre os jovens.
  • Na última década, Ucrânia, Indonésia, Chade, Rússia e China são os que mais melhoraram, cada um registrando um aumento de 25 pontos ou mais.

Os 10 principais países mais doadores do CAF World Giving Index 2024:

1. Indonésia
2. Quênia
3. Singapura
4. Gâmbia
5. Nigéria
6. Estados Unidos
7. Ucrânia
8. Austrália
9. Emirados Árabes
10. Malta

Baixe a publicação completa (disponível apenas em inglês):

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O CAF World Giving Index é baseado em dados da World View World Poll da Gallup, que é um projeto de pesquisa em andamento realizado em mais de 100 países.

Fundo de Fomento à Filantropia é criado com apoio de grandes doadores

Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, José Luiz Egydio Setúbal, médico e empresário, Luis Stuhlberger, engenheiro e gestor de fundos de investimentos, e o casal Teresa Cristina e Candido Bracher, estão entre os doadores que aportaram recursos no Fundo de Fomento à Filantropia, iniciativa criada pelo IDIS para ampliar o impacto da filantropia estratégica e do investimento social e, assim, promover mais transformações sociais positivas. Recém-lançado, o fundo começa com um patrimônio de R$5 milhões com matching garantido de mais R$5 milhões. Ou seja, para cada real doado, o IDIS está aplicando mais R$1, utilizando, para isso, o recurso doado pela filantropa MacKenzie Scott para o Instituto. O fundo tem uma meta de captação de R$25 milhões, com atração de R$15 milhões em até 2 anos.

Fundos Patrimoniais Filantrópicos, também conhecidos como endowments, são fundos criados para receber doações destinadas a causas de interesse público ou organizações específicas. De modo geral, os recursos recebidos permanecem no fundo, preservados em aplicações financeiras, e apenas os rendimentos são periodicamente resgatados, contribuindo para a sustentabilidade no longo prazo. O IDIS é um grande promotor do mecanismo há mais de uma década, investindo na produção de conhecimento e apoiando a criação de muitos fundos patrimoniais. Em 2018, criou a Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, que reúne uma centena de signatários articulados para a melhoria do ambiente regulatório.

Muito populares nos Estados Unidos e Europa, no Brasil, há registro de 107 endowments, que beneficiam inúmeras causas. Este, entretanto, é o primeiro destinado ao fortalecimento da filantropia e da cultura de doação, incluindo o apoio a iniciativas de advocacy por um ambiente regulatório favorável, e a produção de conhecimento, como pesquisas e campanhas. Os ativos serão também aplicados para ampliar a articulação de atores e parcerias para o desenvolvimento do setor e para catalisar iniciativas estruturantes que possam multiplicar o Investimento Social Privado (ISP) e o seu impacto.

“O IDIS completa 25 anos e foi o momento perfeito para concretizarmos um sonho antigo – a criação de um fundo patrimonial que garanta perenidade do investimento em causa tão importante para o Brasil – a filantropia. Com uma base financeira sólida, poderemos investir em novos projetos e expandir nossas iniciativas, atingindo mais pessoas e promovendo mudanças duradouras”, ressaltou Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Estruturado a partir da aplicação das melhores práticas internacionais e seguindo as orientações da Lei 13.800/19, o Fundo de Fomento à Filantropia contará com Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, Comitê Consultivo do Fundo Patrimonial, Comitê de Investimentos e Equipe Técnica. 

#Conhecimento: Cultura de Doação no Brasil

Descubra o que é cultura de doação e como você pode ajudar a fortalecê-la com atitudes simples, adequadas à sua realidade e às suas áreas de interesse.

Conheça os conteúdos exclusivos que selecionamos para você.

 

Publicações

Pesquisa Doação Brasil 2022

Site: www.idis.org.br/pesquisadoacaobrasil 

Vídeo do evento de lançamento:

Apresentação de dados selecionados:

Artigos

Podcasts

 

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Compromisso 1% convoca empresas a destinarem parte de seus lucros para a filantropia

Cyrela, Pantys, PwC e a RD Saúde são algumas das signatárias que já aderiram ao movimento

Iniciativa colaborativa entre IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e Instituto MOL, o Compromisso 1% busca fomentar a doação de empresas para organizações da sociedade civil e causas de interesse público. Entre as empresas já confirmadas na adesão ao movimento estão Cyrela, fama re.capital, Gaia Impacto, MOL Impacto, Pantys, PwC, RD Saúde e TozziniFreire Advogados e, além de outras cinco organizações que já estão com o processo de adesão em fase avançada. 

Inspirado no Pledge 1%, movimento estadunidense que reúne mais de 15 mil signatários, o Compromisso 1% busca congregar empresas que já doam pelo menos 1% do seu lucro líquido anual e aquelas que se comprometam a alcançar o patamar de doações em até dois anos. De acordo com a publicação Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), em 2022, empresas doaram R$4,02 bilhões. O valor corresponde a cerca de ⅓ do total doado por pessoas físicas segundo a Pesquisa Doação Brasil 2022, do IDIS. No mesmo período, as doações realizadas por indivíduos chegaram ao patamar de R$12,8 bilhões.

“O objetivo do compromisso é contribuir para o avanço do investimento social privado no país e estimular a perenidade das doações como estratégia de fortalecimento da sociedade civil organizada. O terceiro setor desempenha papel fundamental na redução das desigualdades. Temos no Brasil instituições sérias que trabalham há muito tempo e de forma impactante, e financiar a atuação e o fortalecimento dessas iniciativas é o que vai garantir a transformação social no médio e longo prazo do país. E este avanço também é responsabilidade das empresas”, ressalta a CEO do IDIS, Paula Fabiani.

 

Para as signatárias, os benefícios ao se comprometer com movimento poderão ser notados em várias áreas: acesso a uma comunidade de troca e de conhecimento, visibilidade às ações realizadas e ganhos de reputação junto a públicos de interesse, além de se tornar um agente influente no mercado em que atua.

“As empresas que estão se comprometendo com o 1% estão dando um excelente exemplo para que outras sigam o mesmo caminho. Como diz Ralph Waldo Emerson: ‘Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz”, comenta Aron Zylberman.

Ao mesmo tempo em que a prática recorrente e estratégica da filantropia contribui para a aceleração de transformações sociais positivas e para o fortalecimento da sociedade civil, empresas podem desenvolver melhores relações com colaboradores, fornecedores e consumidores e há potencial impacto na captação de recursos no mercado financeiro (o S do ESG fortalecido ajuda nas notas de avaliação).

Evento de lançamento do Compromisso 1%, que aconteceu em São Paulo, na sede da PwC Brasil

“Para a PwC Brasil assinar o movimento é reafirmar o nosso compromisso com a redução das desigualdades no país. Sabemos que cada empresa possui suas estratégias de direcionamento dos recursos sociais, mas o mais importante é que há uma intencionalidade nisso tudo”, diz Renato Souza, Diretor de Inclusão, Diversidade e Sustentabilidade Corporativa da PwC Brasil.

O processo de adesão inclui a comprovação das doações realizadas e pode ser feito online no site do movimento.

 

“O Compromisso 1% é um projeto ambicioso e de

impacto, capaz de impulsionar e acelerar a forma com que empresas se comprometem com o presente e futuro da sociedade, investindo para fortalecer projetos relevantes que precisam de recursos para seguirem sua caminhada”, ressalta Rodrigo Pipponzi, cofundador do Instituto MOL.

 

Acesse o site do Compromisso 1% e saiba mais sobre o movimento. 

1% muda o mundo!

 

Por dentro dos impactos da reforma tributária no terceiro setor

No final de 2023, foi promulgada a Emenda Constitucional que estruturou a Reforma Tributária. As novas regras do sistema tributário afetam não apenas as operações das empresas, mas também têm um impacto significativo nas organizações da sociedade civil e na prática da filantropia no país. A reforma tributária traz uma série de alterações que devem aumentar a arrecadação do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).

Mas o que isso significa para o futuro do terceiro setor? Quais são, efetivamente, as mudanças? A ‘Aliança pelo fortalecimento da Sociedade Civil’, iniciativa liderada pelo Instituto Beja e que tem a participação do IDIS, tem atuado para incidir sobre o assunto, promovendo um ambiente regulatório mais favorável às doações no Brasil..

Fique por dentro do assunto acompanhando nossa curadoria de conteúdo e notícias, com atualizações a cada novo passo.

Ranking internacional reconhece IDIS como líder em consultoria para impacto social no Brasil

A entidade francesa Leaders League, especialista na criação de rankings e pesquisas de mercado amplamente utilizados por empresários e executivos em suas tomadas de decisão, divulgou um ranking de organizações brasileiras líderes em consultoria para impacto social. Os critérios de avaliação foram baseados na coleta e processamento de dados.

O IDIS conquistou a 1ª posição no ranking, ao lado do Instituto Phi, evidenciando nosso compromisso no apoio a investidores sociais engajados com a geração de impacto social no Brasil.

Na área de consultoria, oferecemos apoio técnico a famílias, empresas e organizações sociais que desejam iniciar ou aprimorar seu investimento social. Atuamos de maneira personalizada e participativa em seis frentes principais: planejamento estratégico e governança; agenda ESG; estruturação de fundos patrimoniais e estratégias de sustentabilidade financeira; design e implementação de projetos e capacitação organizacional; desenvolvimento de editais e gestão de portfólio; além de monitoramento e avaliação.

“Iniciativas como a Leaders League contribuem para dar visibilidade ao excelente trabalho realizado por organizações brasileiras que geram impacto por meio da consultoria, com comprometimento, seriedade, criatividade e eficácia. Este ranking é mais um instrumento para aumentar a confiança junto a investidores sociais, tanto locais quanto internacionais. Estamos felizes por liderar o ranking, mas também parabenizamos as outras organizações destacadas. A frente de consultoria para impacto social no Brasil é vibrante, forte e diversificada, e a contribuição é de todos!”, declarou Paula Fabiani, CEO do IDIS.

 

Sobre o IDIS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investimento social no Brasil. Nossa missão é inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhando com indivíduos, famílias, empresas, fundações, institutos corporativos e familiares, bem como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação é baseada em três pilares: geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto, fortalecendo o ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a colaboração e a cocriação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

Instituto Chamex anuncia iniciativas vencedoras da 4ª edição do Edital Educação com Cidadania

O Instituto Chamex, associação civil sem fins lucrativos criada e mantida pela Sylvamo, com objetivo de apoiar iniciativas que incentivem a defesa da infância como período de estímulo da criatividade ou que possibilitem um novo futuro para jovens na economia criativa, divulgou as cinco instituições selecionadas para a 4ª edição do Edital Educação com Cidadania, contando com o apoio técnico do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, para o ano de 2024.

As organizações contempladas receberão um aporte de R$ 35 mil para desenvolverem, ao longo de oito meses, os projetos educacionais e de economia criativa aprovados. Alinhados com as metas 2030 da Sylvamo, os projetos provenientes de diversas partes do país estão todos direcionados para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS 4), que busca assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, assim encorajando através da educação soluções transformadoras para o mundo e para a sociedade.

 

Conheça mais sobre as cinco organizações escolhidas neste edital:

 

Projeto: Orientar Para Incluir
Associação de Pais do Espectro Autista de Ubatuba (Ubatuba, SP):
criada a partir de encontros realizados por mães de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista – TEA em 2014, a organização operava como mobilizadora de encontros de acolhimento. Atualmente, a Associação atua na promoção de autonomia cidadã e inclusão social nas áreas de educação, saúde e assistência social, visando fortalecer os serviços especializados para pessoas com TEA. Para mais informações, clique aqui.

 

Projeto: Ponto de Leitura e Cordel dos Encantos
Casa de Cultura, Esporte e Cidadania Dona Joana (Água Fria, BA):
fundada em 2012, a organização tem como missão o fomento da cultura e arte voltado ao fortalecimento da educação, direitos humanos e cidadania no município de Água Fria. Através da realização de iniciativas como o Ponto de Leitura e o Ponto de Cultura Cordel dos Encantos, a Casa vem desenvolvendo ações voltadas a diluição de vulnerabilidades educacionais, culturais e sociais entre a população, principalmente de crianças, adolescentes e jovens. Para mais informações, clique aqui.

 

Projeto: Estações de Leitura
Instituto Pró-Saber (São Paulo, SP):
fundada em Paraisópolis, no ano de 2003, a organização surge a partir da necessidade de conhecer mais profundamente o território e seus habitantes, dada a carência de políticas públicas voltadas à educação infantil sofridas pela região na época. Atualmente, a missão do Instituto Pró-Saber é fortalecer a educação integral de crianças e jovens através de experiências de leitura e brincadeira, transformando suas famílias e suas comunidades. Para mais informações, clique aqui.

 

Projeto: Brincadeira Social
Oásis dos Sonhos (Goiânia, GO):
fundada em 2016 com o objetivo de revitalizar espaços públicos, participou da 3ª Olimpíada de Empreendedorismo Universitário da UFG e após o êxito, as ações da organização se expandiram. Trabalhando em conjunto com a mobilização comunitária, a Oásis de Sonhos visa emancipar pessoas e estreitar os laços das comunidades onde atua, através de reformas voluntárias de espaços coletivos e culturais, além de apoiar a formação de lideranças e o desenvolvimento de competências empreendedoras. Para mais informações, clique aqui.

 

Projeto: Luz e Paz na educação
Projeto Social Luz e Paz (Piedade, RJ):
a organização criada em 2016 tem como missão institucional o acolhimento de crianças e jovens em vulnerabilidade social, oportunizando cultura, educação e socialização. O Projeto Social Luz e Paz atua em três eixos: educacional, cultural e social, oferecendo oficinas de alfabetização, reforço escolar e aulas de inglês, teatro, capoeira, canto e ballet, além de alimentação e moradia. Para mais informações, clique aqui.

 

Sobre o Instituto Chamex

Criado em 2008, o Instituto Chamex coloca a criatividade como elemento central para a construção de uma educação mais acessível, inclusiva, equitativa e transformadora. Atuando em rede com diversos parceiros, o instituto fomenta o desenvolvimento de estudantes, professores e agentes da educação do ensino infantil, fundamental e médio, apoiando projetos nacionalmente e desenvolvendo projetos localmente. Dessa forma, busca transformar inúmeras realidades, possibilitando um novo futuro para milhares de brasileiros.

O Instituto Chamex faz parte da Sylvamo, a Empresa de Papel do Mundo, produtora dos papéis para Imprimir e Escrever Chamex, Chamequinho e Chambril, e segue suas diretrizes de responsabilidade social, sustentabilidade e ética, engajando seus profissionais e apoiando as comunidades, pois acredita que por meio da criatividade e da educação é possível impulsionar mudanças e acelerar soluções para transformar a vida de muitas pessoas.

Para mais informações, visite o institutochamex.com.br.

 

Sobre a SYLVAMO

International Paper Brasil agora é Sylvamo: a empresa de papel do mundo – Instituto Chamex

A Sylvamo é a Empresa de Papel do Mundo com fábricas na Europa, América Latina e América do Norte. Sua visão é ser o empregador, fornecedor e investimento preferido. Transformando recursos renováveis em papéis dos quais as pessoas dependem para educação, comunicação e entretenimento. Com sede em Memphis, Tennessee, empregam mais de 6.500 profissionais. As vendas líquidas para 2022 foram de US$ 3,6 bilhões.

Para mais informações, visite Sylvamo.com.

 

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2024: saiba como participar

INSCREVA-SE PARA A TRANSMISSÃO AO  VIVO

 

A 13° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais já tem data: 4 de setembro. Mais uma vez, além do evento presencial em São Paulo exclusivo para convidados, a programação também será transmitida ao vivo.

 

No Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2024, quando o IDIS completa 25 anos, promovemos debates sobre nós e nossos nós.

Nós. Uma palavra com múltiplos significados. Enlaçamentos de fios. Vínculos. Obstáculos. As partes mais rígidas da madeira. Unidade para medir velocidade. Ponto onde convergem estradas. Ou simplesmente, a gente, pronome pessoal, sujeito de uma ação coletiva.

Filantropia. Uma palavra que significa amor à humanidade e que traz consigo esperança de transformações. Uma palavra que responde a desafios sistêmicos e múltiplos e que reúne nossa comunidade.

Por isso, o tema deste ano será FILANTROPIA ENTRE NÓS. Convidamos você a inspirar-se com as histórias que serão apresentadas.

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PALESTRANTES CONFIRMADOS

Entre os palestrantes já confirmados estão Aline Odara (Idealizadora e Diretora Executiva do Fundo Agbara), Beatriz Johannpeter (Diretora do Instituto Helda Gerdau), Cida Bento (Co-Fundadora e Conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), Cristiane Sultani (Fundadora do Instituto Beja), Giuliana Ortega (Diretora de Sustentabilidade da RD – Raia Drogasil), José Luiz Egydio Setúbal (Presidente e Instituidor da Fundação José Luiz Egydio Setúbal), Luana Génot (Fundadora e Diretora Executiva do Instituto Identidades do Brasil), Mariana Moura (Presidente do Conselho de família da Baterias Moura), Patrícia Villela Marino (Presidente do Instituto Humanitas360), Renata Piazzon (Diretora geral do Instituto Arapyaú), Sergio Fausto (Diretor geral da Fundação Fernando Henrique Cardoso), Tarcila Ursini (Conselheria de empresas e Copresidente do Conselho do Sistema B) e Ticiana Rolim Queiroz (Fundadora e presidente da Somos Um).

Além de convidados internacionais como Grace Maingi (Diretora Executiva da Kenya Community Development Foundation), Marijana Sevic (Chefe de Parcerias Estratégicas Internacionais na CAF) e Philip Yun (Co-presidente e co-CEO do CCWA e do Global Philanthropy Forum).

 

REALIZAÇÃO E APOIO

A realização é do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, e apoio master do Movimento Bem Maior; apoio prata da RD Saúde; e apoio bronze da Fundação Grupo Volkswagen, Fundação Itaú, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Aegea, Instituto Sicoob e Mott Foundation. A Unicef é apoiadora institucional do evento e a Alliance Magazine é a parceira de mídia.

Neste ano, o fórum terá novamente a Alliance Magazine como parceiro de mídia. Sediada na Inglaterra, a maior revista de filantropia do mundo fará a cobertura do evento e transmitirá em inglês ao vivo em seu canal do Youtube.

 

FÓRUM BRASILEIRO DE FILANTROPOS E INVESTIDORES SOCIAIS

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais oferece um espaço para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em nosso canal do YouTube estão disponíveis listas com as gravações de todas as edições. Confira!

 

Vaga de Estágio no Administrativo Financeiro

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para estudantes de administração, ciências contábeis e cursos correlatos.

Atuamos desde 1999 com foco no fortalecimento do Investimento Social Privado no Brasil e o estímulo a ações transformadoras da realidade para a redução das desigualdades sociais no país.

O IDIS conta com um time de 50 pessoas dedicadas a desenvolver e implementar projetos de grande impacto que estimulem o desenvolvimento de um ecossistema de Investimento Social que atue de forma eficaz e estratégica. Oferecemos consultoria em investimento social para empresas, famílias, filantropos e organizações da sociedade civil. Além disso, desenvolvemos projetos de impacto, como campanhas e a promoção de advocacy, e investimos na geração de conhecimento, com a produção de pesquisas, artigos e publicações.

Para fortalecer a organização e nossa atuação, buscamos uma pessoa estagiária na área administrativa financeira.

 

 

Acesse a vaga na 99jobs e inscreva-se

RESPONSABILIDADES e oportunidades

  • Prestar suporte administrativo a contadores;
  • Lançar dados em sistema;
  • Classificar documentos fiscais;
  • Auxiliar na preparação de balanços e demonstrativos financeiros;
  • Conciliação sistema X razão e balancete;
  • Extrair relatórios do sistema (DRE, BP, razão, balancete);
  • Organizar, digitalizar e arquivar documentos financeiros;
  • Contribuir para a organização dos processos de auditoria;
  • Preparar e organizar documentos para auditorias externas;
  • Verificar conformidade com normas contábeis e tributárias;
  • Conferir extratos e aplicações financeiras;
  • Auxiliar na rotina geral da área financeira;
  • Emitir através de ERP e classificar notas fiscais;
  • Salvar extratos bancários;
  • Salvar comprovantes de pagamentos quinzenalmente.

requisitos

  • Cursando Ciências Contábeis, Administração ou outros cursos correlatas;
  • Familiaridade com ferramentas financeiras;
  • Compreensão dos princípios básicos e financeiros;
  • Conhecimento intermediário em Excel;
  • Habilidades interpessoais: desenvolvimento de responsabilidade, comunicação eficiente, sinceridade, trabalho em equipe, adaptabilidade, ética profissional, empatia.

BENEFÍCIOS

  • Bolsa Auxílio
  • Seguro de Vida
  • Vale-Transporte
  • Vale-Alimentação
  • Credencial plena do Sesc
  • Day off no aniversário
  • Tipo de trabalho – Híbrido

INSCRIÇÃO

Para inscrever-se para essa oportunidade, acesse a página da vaga na 99Jobs até 17 de julho.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos.

 

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a co-criação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.