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Vaga de estágio em comunicação no IDIS

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para estagiário na área de Comunicação.

Os estagiários são responsáveis por dar suporte à execução das atividades conduzidas e apoiadas pelo IDIS, garantindo cumprimento de prazos, qualidade nos produtos desenvolvidos e serviços prestados. Leia com atenção as instruções sobre o processo de seleção e os requisitos para participação.

Acesse a vaga na 99Jobs e inscreva-se.

Responsabilidades e oportunidades

  • Apoio em ações de comunicação institucional
  • Atualização do site e mídias sociais
  • Análise de métricas de redes sociais e site e produção de relatórios
  • Pesquisa de conteúdo relacionado a temáticas de interesse da organização
  • Organização e atualização de mailings
  • Desenvolvimento de apresentações em Power Point
  • Suporte na produção de eventos
  • Redação, revisão e edição de textos

requisitos

  • Cursar carreiras relacionadas à Comunicação, como Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade e Propaganda
  • Ter ao menos 1 ano ainda para se formar
  • Domínio do pacote Office (Word, PowerPoint, Excel) e internet
  • Facilidade para trabalhar em equipe
  • Familiaridade com mídias sociais (Facebook, LinkedIn, Instagram, Youtube e Twitter)
  • Boa redação
  • Interesse no terceiro setor e temas como investimento social privado, responsabilidade social, sustentabilidade

BENEFÍCIOS

  • Bolsa auxílio: R$ 1.500,00
  • Vale-transporte
  • Vale Alimentação e refeição
  • Seguro de vida
  • Credencial plena do Sesc
  • Day off de aniversário

Tipo de trabalho – Híbrido: Combinação de presencial e remoto

INSCRIÇÃO

Para inscrever-se para essa oportunidade, acesse a página da vaga na 99Jobs até 4 de dezembro de 2023.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos. Serão priorizadas vagas candidaturas de pessoas pretas e pardas.

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a co-criação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

 

               

Brasil cai para a 89ª posição no World Giving Index, com queda em todos os indicadores

Em todo o mundo, 4,2 bilhões de pessoas ajudaram alguém que não conheciam, fizeram trabalho voluntário ou doaram dinheiro para uma boa causa. Indonésia, Ucrânia e Quênia lideram o ranking

Pelo sexto ano consecutivo, o país mais generoso do mundo é a Indonésia. Em segundo lugar, está a Ucrânia, que estava na décima posição no ano passado e vigésima dois anos antes. Apenas três dos 10 países melhor colocados estão entre as maiores economias do mundo (Indonésia, Estados Unidos e Canadá), enquanto um dos países mais pobres e menos desenvolvidos do mundo, a Libéria, aparece em quarto lugar.

 

O World Giving Index é uma das maiores pesquisas sobre doação já produzidas, com milhões de pessoas entrevistadas em todo o mundo desde 2009. Nesta edição, inclui dados de 142 países, onde as pessoas foram questionadas se realizaram, no último mês, três tipos de ações: ajuda a um desconhecido, doação em dinheiro ou voluntariado. Os dados foram coletados ao longo de 2022. Trata-se de uma iniciativa da organização britânica Charities Aid Foundation (CAF), representada no Brasil pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.

 

Depois de figurar entre as 20 nações mais generosas no ranking, o Brasil caiu para a posição 89. Houve queda em todos os indicadores, sendo a mais acentuada a de doações para ONGs, que passou de 41% para 26%. A ajuda a estranhos foi praticada por 64% dos respondentes em 2022, contra 76% no ano anterior. O voluntariado caiu de 25%, em 2021, para 21%. A pontuação média ficou em 37%. Apesar do Brasil ter ocupado posições melhores no ranking em anos anteriores, esta foi a segunda maior pontuação do país desde o lançamento do índice, em 2009.

 

De acordo com Paula Fabiani, CEO do IDIS, A edição anterior refletia ainda os impactos da pandemia, quando a generosidade estava em alta e, as formas de participação, seja por meio de doações ou voluntariado, estavam mais evidentes. A queda da cobertura destes temas na mídia, somado ao empobrecimento da população e ao clima de incerteza e desconfiança comum em períodos de eleição, contribuíram para diminuição da participação da população na prática da doação”.

 

Fabiani pondera que no período houve também movimentações importantes em outros países, em especial referentes ao aumento de doações, que os levaram a ganharem posições melhores.

 

 

Os dados do World Giving Index 2023 mostram os fatores que influenciam a generosidade em todo o mundo:

  • A média global da solidariedade, assim como a média de cada uma das três variáveis, apresenta estabilidade em relação ao ano anterior. A estimativa é de que 4,2 bilhões de pessoas praticaram algum ato, o correspondente a 72% da população mundial adulta.
  • As pessoas que avaliaram sua vida em termos positivos foram mais propensas a terem feito um ato de generosidade, com alguns dos países mais felizes do mundo ficando no top 10 de doações de dinheiro (Suécia, Dinamarca, Holanda e Islândia).
  • Os imigrantes são mais propensos a doar do que os nascidos no próprio país (43% vs 39%), particularmente na Europa, no Oriente Médio e no Norte da África. Aqueles que dizem ter nascido em outro país tendem a ter uma pontuação média mais alta do que os nascidos no país na maioria das regiões. Nas Américas, o achado se confirma e a diferença é de 46% para 41%.

 

De acordo com Neil Heslop OBE, CEO da Charities Aid Foundation, “O World Giving Index nos dá razões para otimismo em um momento de grande instabilidade. A generosidade é inata ao comportamento humano e nos une a todos como uma comunidade global. A diversidade de países que lideram o índice destaca isso: eles cobrem o espectro da riqueza e do desenvolvimento econômico, da geografia, da língua, da religião e da cultura. Doar é construir uma conexão com aqueles que nos cercam, estejam eles do outro lado da rua ou do outro lado do mundo. É por isso que pedimos aos governos que façam mais para encorajar aqueles que podem dar dinheiro e tempo, e promover organizações da sociedade civil vibrantes e resilientes, que enfrentam desafios socioambientais e o impacto de conflitos e deslocamentos populacionais”

 

Top 10 países no World Giving Index 2023

1. Indonésia
2. Ucrânia
3. Quênia
4. Libéria
5. Estados Unidos
6. Myanmar
7. Kuaite
8. Canadá
9. Nigéria
10. Nova Zelândia

Posição do Brasil no ranking: 89

 

CONFIRA A PUBLICAÇÃO EM INGLÊS

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Sobre a CAF – Charities Aid Foundation e o World Giving Index

A Charities Aid Foundation é uma organização social britânica que tem como missão acelerar o progresso da sociedade rumo a um futuro justo e sustentável para todos, contribuindo para que pessoas e empresas possam fazer a diferença nas causas que são importantes para si. Por meio da rede CAF International, está presente em todos os continentes, sendo o IDIS o representante na América Latina.

O CAF World Giving Index é baseado em dados da World View World Poll da Gallup, que é um projeto de pesquisa realizado em mais de 100 países. Para obter informações detalhadas sobre a metodologia do World Poll, clique aqui.

 

Sobre o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

Fundado em 1999, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social é uma organização social independente e pioneira no apoio estratégico ao investidor social no Brasil. Tem como missão inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, promovendo ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país. Sua atuação baseia-se no tripé geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia e da cultura de doação.

IDIS lança segunda edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais analisando 59 endowments brasileiros

A publicação mostra o aumento das doações destinadas aos endowments e apresenta o crescimento dos recursos revertidos a projetos socioambientais

Baixe aqui a publicação completa.

Em sua segunda edição, o Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, realização do IDIS – Instituto pelo Desenvolvimento do Investimento Social e da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, teve a participação de 59 fundos patrimoniais, constituindo uma amostra quase 50% maior do que a do ano anterior, com 40 respondentes. O patrimônio somado dos fundos que integram o levantamento também é substancialmente maior – R$ 13 bilhões em 2021 vs R$ 123 bilhões em 2022. A série histórica contempla dados de 2019 a 2022 e a publicação traz artigos de especialistas que contribuem para a interpretação dos achados. O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, assina o prefácio.

O crescimento do número de respondentes garante um retrato ainda mais completo dos fundos patrimoniais no Brasil e reafirma o Anuário com uma referência nacional para gestores de endowments. De acordo com mapeamento realizado pela organização, há hoje no Brasil 86 fundos ativos:

“Os mais de 90 gráficos trazem ao leitor parâmetros e estabelecem benchmarkings para a atuação de gestores. Nosso desejo é que o Anuário seja um efetivo instrumento para a tomada de decisões e que a série histórica contribua para uma leitura da evolução da pauta dos fundos patrimoniais no Brasil e das influências externas”, declara Paula Fabiani, CEO do IDIS

A análise da amostra apurou que, depois de uma forte baixa nas entradas para os fundos em 2021, o ano de 2022 trouxe uma recuperação das doações recebidas, que quase dobraram (R$ 174 milhões vs R$ 330 milhões). Entretanto, as doações continuam muito concentradas em poucos fundos. Em 2022, apenas três fundos receberam 64% do volume total de doações. Em 2021, a concentração foi de 53%.

Mesmo com a oscilação das doações, o volume de resgates não teve grande variação entre 2021 e 2022, passando de R$ 324 milhões para R$ 340 milhões. Como a premissa de um fundo patrimonial é que o principal, ou seja, o patrimônio, seja preservado, e apenas os rendimentos sejam destinados às despesas operacionais e repasses à causa, a performance financeira é um fator chave, para além das doações. Por outro lado, a regra tem certa flexibilidade em fundos jovens ou com patrimônios ainda baixos, que estão em fase de estruturação. Nota-se que em 2022, R$ 248 milhões foram destinados para o financiamento de projetos socioambientais.

A Educação é o maior polo de atração para fundos patrimoniais seguida de Ciência & Tecnologia e Saúde. Olhando sob o ponto de vista das organizações beneficiadas, mais de um terço (35%) são instituições educacionais. 

Os endowments brasileiros ainda são majoritariamente executores, ou seja, ao menos 90% são destinadas à realização de projetos próprios. Mais da metade (51%) dos fundos da amostra se enquadram nesse modelo. Aqueles que se consideram essencialmente financiadores, ou seja, que fazem o apoio a projetos de outras organizações, representam 24% da amostra.

A alocação dos investimentos dos fundos patrimoniais continua fortemente concentrada em ativos de renda fixa, que se mantiveram no patamar de 70% (74% em 2020, 73% em 2021 e 75% em 2022). Uma possível leitura é que o comportamento estável dos gestores está vinculado às regras de alocação de recursos contidas nas políticas de investimentos.

A rentabilidade nominal dos fundos patrimoniais se recuperou em 2022, depois de um ano de queda. Esse desempenho é comum a todas as faixas de patrimônio. No dado agregado, a rentabilidade média de 2020 foi de 6,0%, seguida por 3,4% em 2021 e 8,3% em 2022.

A primeira lei que regulamentou os fundos patrimoniais no Brasil data de 2019. Sua sanção contribuiu para dar visibilidade ao mecanismo e acelerou sua adoção. Ainda assim, como a adesão à lei não é obrigatória, a quantidade de fundos que declaram seguir o modelo estabelecido pela Lei 13.800/19 ainda é relativamente baixa – 29% (17 dos 59 integrantes) da amostra. O motivo mais frequente da não adesão é o fato de os fundos terem sido criados antes da sanção da Lei (33%). As demais razões apontadas por maior número de gestores são: o alto custo para manutenção de duas instituições (14%), falta de incentivo fiscal à doação (12%) e governança complexa (10%).

A amostra analisada mostrou que os fundos patrimoniais tendem a ter uma governança bem estruturada. Quase a totalidade (90%) possui Conselho de Administração, sendo que 72% deles contam com membros independentes. Setenta e um por cento mantêm Conselhos Fiscais e 70%, Comitês de Investimento.

Os gestores dos fundos patrimoniais continuam considerando que o maior desafio é a captação de recursos, apontada por quase a metade deles (48%). Em seguida aparecem a rentabilidade (17%) e a consolidação do próprio fundo (14%). Ainda assim, mostram-se otimistas. 70% dos respondentes declararam a perspectiva de ampliação do patrimônio a partir de novas doações para o fundo em 2023.

A respeito dos desafios enfrentados pelos gestores dos fundos patrimoniais, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, afirmou no prefácio do Anuário:

“A despeito de expressivos passos na consolidação dos fundos patrimoniais, não podem ser desconsiderados os percalços de ordem financeira para lhes conferir uma gestão eficiente no atual cenário de retomada de sucessivas crises econômicas. Os seus administradores, consectariamente, necessitam de informações seguras, que lhes deem subsídios para (i) a tomada de decisões estratégicas, (ii) realização do controle de riscos, (iii) atração de investimentos rentáveis, (iv) avaliação do custo-benefício de novas práticas, (v) bem como a fixação de parâmetros sólidos de governança e transparência. Vem em boa hora, nesse contexto, a nova edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais”.

ARTIGOS

 

Baixe aqui a publicação completa.

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Esta é uma realização do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos. Apoiam a publicação, 1618 Investimentos, ASA – Associação Santo Agostinho, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Pragma Gestão de Patrimônio, Banco Santander, Umane e Wright Capital Wealth Management.

Sobre o IDIS e Coalizão pelos Fundos Filantrópicos

Há mais de uma década, o IDIS dedica-se a fortalecer a pauta dos fundos patrimoniais no Brasil, com a produção de conhecimento, advocacy, e a liderança da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, grupo multissetorial que reúne mais de uma centena de signatários. Entre as conquistas da rede, está a sanção, em janeiro de 2019, da Lei 13.800/19, conhecida como Lei dos Fundos Patrimoniais, e segue ativa buscando o aprimoramento da legislação em questões mais específicas.

O IDIS também oferece consultoria para a criação de endowments, com participação em projetos para ASA – Associação Santo Agostinho, Hospital AC Camargo, Ibram, MAR – Museu de Arte do Rio, Unicamp, Unesp, entre outros.

Mais sobre fundos patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, clique aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Entrada de novos grupos de iniciativa no programa Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação, o desenvolvimento e o fortalecimento de Fundações e Institutos Comunitários (FICs) no Brasil oferecendo apoio técnico, institucional e financeiro.

As FICs são organizações que atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais de múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades do território. Além disso, fortalecem o setor social da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Em 2020, o Programa Transformando Território recebeu 12 organizações e líderes que almejavam desenvolver este modelo de organização para atuar em suas regiões. Ao final do Programa, 10 novas FICs surgiram, atuando em diferentes territórios em 5 estados.

Em 2023, o Programa se dedicou em um novo esforço de encontrar novos líderes e organizações para atuarem neste modelo. Através de uma chamada pública, encontros e pesquisa ativa, 5 novos grupos de iniciativa entraram no Programa em agosto de 2023.

Cada nova organização e liderança trazem perspectivas, conhecimentos e territórios novos, contribuindo para o desenvolvimento do Programa em cenários tão plurais.

Ao participar do Programa cada organização definirá sua trilha de desenvolvimento, com metas, objetivos e esforços alinhados com seus territórios, conhecimento e história.  A partir de amplos diálogos, reuniões e encontros, o Programa define uma estratégia de apoio para cada organização, respeitando os saberes, demandas e potenciais locais.

Dito isso, algumas das principais atividades realizadas pelo Programa são consultorias, mentorias, capacitações, cursos, aporte financeiro e viagens de intercâmbio entre as organizações. Além de buscar dar visibilidade a todas essas organizações e difundir o debate sobre filantropia comunitária no Brasil.

Abaixo, uma breve descrição de cada um dos novos grupos de iniciativa do Programa Transformando Territórios.

 

Instituto Comunitário de Sergipe – ICOSE

O ICOSE é uma organização que tem por missão promover o fortalecimento do protagonismo das comunidades locais e a atuação em rede, visando o desenvolvimento justo, solidário e sustentável no Estado de Sergipe.

A sua principal missão é identificar, apoiar e assessorar as organizações do terceiro setor e iniciativas de pessoas físicas que atuem na comunidade de forma responsável e, promover o intercâmbio e parceria entre as organizações da sociedade civil com os órgãos públicos, privados e pessoas físicas fortalecendo a comunidade sergipana.

A organização está em seu primeiro ano de atuação, iniciando seus projetos para a cidade de Aracajú e buscando a formação de mulheres empreendedoras e campanhas de solidariedade em escolas da cidade.

Atualmente o ICOSE está realizando uma campanha de arrecadação no site da Benfeitoria, para projetos que tem como objetivo o empoderamento da mulher sergipana, SAIBA MAIS!

 

Rede Paraty

A Rede Paraty surgiu da necessidade de haver uma maior articulação entre o setor social na cidade de Paraty e fortalecer essas iniciativas sociais tão importantes para o território da cidade de Paraty.

A partir de uma pesquisa realizada pela Taiamá Foundation e outros atores locais, foi realizado o desenvolvimento de um diagnóstico socioeducacional e a elaboração de uma teoria da mudança para a cidade de Paraty. O que permitiu mapear as prioridades locais e as organizações no território.

Desse mapeamento sobre as demandas sociais da cidade, um grupo de OSCs da cidade muito bem articulado expressaram o desejo de desenvolver um Instituto Comunitário, para alavancar o impacto socioambiental do território, ampliar o diálogo com o poder público e a cultura de doação local.

 

Associação Nossa Cidade

A Associação Nossa Cidade (ANC), fundada em 2014, tem como objetivo promover um mundo melhor através da filantropia comunitária, já tendo financiado quase 100 projetos por meio de várias abordagens, incluindo Patrocínio Fiscal, Círculo de Doações e gestão do Fundo Regenerativo Brumadinho.

Essas diversas experiências permitiram que a associação desenvolvesse uma tecnologia social para implantação de fundos comunitários em pequenos territórios, chamados de FuSo (Fundos Sociais Nossa Cidade).

A partir deste amplo conhecimento sobre diferentes territórios, atividades de grantmaking e articulação local, o Nossa Cidade se formaliza como um Instituto Comunitário para atuar na região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

Mundaú

A Mundaú está sendo fundada pelo líder comunitário Carlos Jorge, fundador do Instituto Mandaver. Com grande representatividade no território e engajado com os desafios de Alagoas, Carlos Jorge impulsiona a Mundaú para transformar organizações e diferentes realidades em Alagoas.

Ela surge com o propósito de operar como um Instituto Comunitário para o estado promovendo o desenvolvimento comunitário do território, buscando maior engajamento dos atores locais, doadores e organizações sociais para aumentar a cultura de doação local.

Atualmente o Instituto dedica seus esforços para a cidade de Maceió, planejando um evento de lançamento em dezembro deste ano envolvendo diversas organizações locais.

Promovendo capacitações, conhecimento, empoderando e fortalecendo a sociedade civil, a Mundaú será uma grande propulsora de transformação, inovação e impacto social no estado.

 

Fundação Gerações

A Fundação Gerações é uma entidade da sociedade civil criada em 2008, na cidade de Porto Alegre, em consonância com a sua missão, dedica-se a fomentar iniciativas, processos e projetos sociais que fortaleçam a sociedade gaúcha. Suas três principais áreas de atuação são: Gestão de Investimento Social, Apoio Financeiro a OSC’s e Formações para o Terceiro Setor.

A Fundação é responsável pelo Fundo Gerações, que tem vínculo com a Lei da Solidariedade, que tem o objetivo de apoiar a constituição de fundos patrimoniais para sustentabilidade das organizações do terceiro setor.

Em 2022 a organização passou por um processo de revisão do seu planejamento estratégico, onde compreendeu a sua missão de atuar como Fundação Comunitária e adentrar ao Programa Transformando Territórios. Como primeira iniciativa para este processo de reformulação, a Fundação está constituindo o Fundo Comunitário Porto para Todos, que passará a exercer estas primeiras atividades como FIC.

 

QUEM SOMOS

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 1999, cuja missão é inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, a partir do trabalho junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

 

A Charles Stewart Mott Foundation é uma organização social grantmaker norte-americana, com sede em Flint (Michigan), fundada em 1926 por Charles Stewart Mott , antigo diretor e acionista da General Motors Corporation. Mais de US$ 3,2 bilhões em ativos alocados para o desenvolvimento de projetos com foco em 4 áreas de atuação: Sociedade civil, educação, meio ambiente e comunidade de Flint. A Mott já apoiou organizações em mais de 62 países e em 2019 distribuiu US$ 133 milhões em grants.

Fundação FEAC: seis décadas impulsionando organizações, territórios e pessoas

Como uma organização mantém um modelo de ação social inovador por quase 60 anos? A história da Fundação FEAC – Fundação das Entidades Assistenciais de Campinas começa no início dos anos 1960, quando as organizações

Jovem Chef – FEAC

sociais campinenses enfrentavam dificuldades econômicas e decidiram atuar de forma integrada e articulada para promover a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Em 2024 a FEAC completará seis décadas desenvolvendo e apoiando soluções reais para os desafios das comunidades mais vulneráveis da região de Campinas.

Um dos fundadores da FEAC, Eduardo Pimentel, teve a ideia de reunir as entidades sob um mesmo guarda-chuva, criar um fundo único e mais eficiente de captação de recursos e realizar apoio e suporte administrativo a outras entidades. Com a iniciativa bem-sucedida, a FEAC foi oficializada em 1964 e seguiu com o propósito de apoio institucional às organizações, tendo como bússola a busca do desenvolvimento integral e do respeito à cidadania plena das crianças e dos adolescentes.

O projeto alcançou novos rumos quando o casal Odila e Lafayette Álvaro, no mesmo ano de criação da organização, decidiram doar a Fazenda Brandina a esse grupo de instituições. No final dos anos 70, quando um grupo imobiliário quis comprar a terra, a FEAC decidiu não só vender o terreno, mas sim tornar-se sócia do shopping que seria construído na região. Naquele momento deu-se início ao que viria a se tornar uma importante fonte de financiamento para organizações do terceiro setor da região.

Assim, as atividades da FEAC são financiadas por recursos próprios, gerados pela administração do próprio patrimônio, especialmente as locações imobiliárias. A partir desses recursos a FEAC realiza a prática de grantmaking – , ou seja, financia iniciativas e projetos de organizações locais. Essa característica é uma das principais atividades de uma Fundação ou Instituto Comunitário.

Na Carta de Princípios para FICs, define-se que:

 

“Majoritariamente grantmakers: captam, gerenciam e realizam doações de recursos financeiros para organizações sem fins lucrativos e iniciativas sociais do território, que atuam na linha de frente do atendimento às demandas comunitárias, de modo a assegurar a vitalidade do setor social local.”

 

Os investimentos são destinados a viabilizar projetos que tenham relação com os objetivos da FEAC em seis áreas programáticas, divididas em três dimensões:

 

  • 1) Empoderar pessoas (Acolhimento afetivo, Educação, Juventudes, Mobilização para autonomia e Primeira Infância em foco);
  • 2) Potencializar territórios (Fortalecimento de vínculos);
  • 3) Impulsionar organizações (Cidadania Ativa e Qualificação da gestão de OSCs     Cidadania e Impacto Social).

 

Em um olhar retrospectivo, percebemos que a FEAC já nasce como uma fundação comunitária em 1964, mesmo sem conhecer esta terminologia para suas atividades.

Urbanizarte, FEAC

 

SUPORTE A PROJETOS ESTRUTURADOS

Jair Resende, superintendente socioeducativo da FEAC

Para garantir a governança efetiva e a sustentabilidade das organizações, dentro do terceiro eixo, a FEAC faz suporte a processos formativos, tendo como um dos principais programas o “Cidadania e Impacto social”, conta o superintendente socioeducativo da FEAC, o paraense Jair Resende:

 

“Impulsionamos as organizações por meio de formações, mentorias, estabelecimento de redes e investimentos, para que tenham mais condições de protagonismo, adotem as melhores práticas de gestão e processos eficientes. Nos últimos tempos, despertados pelo programa Transformando Territórios (TT) do IDIS, temos olhado especialmente para organizações que estão imbuídos na causa do desenvolvimento de territórios”.

 

Em 2022, a Fundação FEAC consolidou um novo modelo de investimento social, a partir de um processo de transformação que teve início quatro anos antes. Antes realizada por meio de apoio institucional, a parceria que a Fundação firma com as organizações parceiras passou a ser realizada por meio de suporte a projetos estruturados.

 

“O ano de 2022 foi o primeiro em que todas as organizações apresentaram as propostas em forma de projetos dentro desse sistema. Isso foi uma grande conquista da FEAC”, afirma Resende.

 

Nesse último ano, foram desenvolvidos 173 projetos em parceria com 127 organizações, um investimento de mais de R$ 25 milhões.

 

“O mais importante é que, com esse sistema, a FEAC conseguiu dimensionar melhor os impactos de suas iniciativas para cumprir o seu papel de impulsionar as transformações nos territórios onde atua”. completa.

 

Entre os editais recentes, estão a apresentação de propostas voltadas à melhoria e transformação dos espaços dos serviços de acolhimento – em que foram selecionados quatro projetos com até R$ 80 mil – e a para organizações atuem com pessoas com deficiência, para apresentação de propostas de projetos visando a acessibilidade arquitetônica – foi apoiado um projeto com até R$ 250 mil.

Além disso, a Fundação FEAC vem realizando, dentro do eixo Cidadania e Impacto Social, um mapeamento dos coletivos de Campinas. O levantamento é feito a partir do cadastro de informações das organizações numa plataforma: a temática em que atuam, se têm sede ou não, onde estão localizadas, o perfil dos membros e quais as dificuldades que enfrentam, dentre outras. Todos estes dados servirão como referências relevantes para parcerias em futuros projetos.

Agricultura Urbana, FEAC

Com uma logística privilegiada e outros recursos singulares, Campinas é hoje uma das cidades mais ricas do país. Entretanto, essa mesma Campinas, oficializada como metrópole pelo IBGE em 2020, apresenta um território de alta desigualdade econômica. Desde a criação da FEAC, a população do município passou de 300 mil para mais de um milhão de habitantes, a vulnerabilidade social também aumentou e a fundação precisou se reinventar algumas vezes para seguir promovendo impacto social positivo na região.

 

UM OLHAR ESTRATÉGICO

Em 2020, a FEAC desenhou as Regiões de Vulnerabilidade Social (REVS), dando mais racionalidade ao olhar para o território. Antes, a organização trabalhava com 349 áreas de vulnerabilidade espalhadas por Campinas.

 

“Muitas compartilhavam equipamentos como escolas e unidades de saúde. Foi assim que se chegou a uma divisão em 16 REVS, que fizeram com que a fundação olhasse, pela primeira vez, para a área rural de Campinas. Também permitiu observar com mais exatidão as vulnerabilidades dos territórios, possibilitando uma atuação mais estratégica”, explica Resende.

 

Mesmo sendo uma fundação com relativos recursos, o superintendente garante que a FEAC segue em busca de parcerias importantes com empresas e outras organizações para criar e operacionalizar projetos.

 

“A aproximação com o IDIS, através do Transformando Territórios, nos despertou a visão de que a FEAC pode ser um hub de investimento social, ampliando suas parcerias para potencializar o ecossistema;”finaliza Resende.

 

APOIAR UM AO OUTRO PARA CRESCER JUNTOS

A entrada da FEAC no Programa Transformando Territórios, que visa o desenvolvimento de Fundações e Institutos Comunitários (FICs), proporcionou à organização uma nova oportunidade para expandir conhecimento sobre a filantropia comunitária, abrindo assim novas perspectivas para atuação.

Uma dessas formas de atuação da FEAC é apoiar a formação de novas FICs na região de Campinas. O primeiro case de sucesso dessa atuação é o apoio a FEAV – Fórum das Entidades Assistenciais de Valinhos que atua no território de Valinhos. Inclusive a FEAV entrou no Programa Transformando Território em 2021, por indicação da FEAC. A participação de ambas no programa também foi o catalisador de uma parceria entre as duas instituições.

Cinemaqui – FEAC

Neste ano, a FEAC como forma de apoio mais expressiva doou um de patrimônios, um histórico casarão localizado na cidade de Valinhos, para a FEAV. Nesses 59 anos de existência é a primeira vez que a FEAC apoia outra organização que atua também como um Instituto Comunitário por meio de uma doação tão significativa.

Esta contribuição está alinhada com o novo objetivo da FEAC em fortalecer cada vez mais o setor social da região de grande Campinas apoiando iniciativas sociais locais por meio de uma abordagem de longo prazo e de um compromisso com o desenvolvimento sistêmico da região metropolitana. E também inicia um processo pioneiro onde uma fundação comunitária apoia o desenvolvimento de outras FICs nas regiões do entorno. Este é um passo importante e disruptivo que demonstra a importância da parceria e aliança entre FICs para o desenvolvimento dos nossos territórios.

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: As áreas de atuação da FEAC abrangem todas as 16 Regiões de Vulnerabilidade Social (REVS) no município de Campinas. O conceito das REVS foi definido pelo Núcleo de Inteligência Social (NIS) da FEAC, tendo como base dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
  • Nome do instituto ou fundação comunitária: Fundação FEAC;
  • Nome e cargo da principal liderança Jair Resende, superintendente socioeducativo;
  • População estimada: 200 mil pessoas em situação de vulnerabilidade. Os projetos da FEAC já atingiram 138.266 beneficiários;
  • Número de OSCs do território: Levantamentos apontam cerca de 200 organizações;
  • Causas prioritárias do território mapeadas pela organização: Promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes.

    A Fundação FEAC integra o Programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

 

Quer saber mais sobre a Fundação FEAC? Acesse o site.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo.

Espírito comunitário: FEAC doa casarão à FEAV para fortalecer ações sociais em Valinhos

A cooperação para o desenvolvimento é uma das propostas da filantropia comunitária. Visando apoiar a organização parceria de atuação em um território próximo, a FEAC – Fundação das Entidades Assistenciais de Campinas anunciou uma grandiosa doação de um majestoso casarão de 800m² em um terreno de 6000m² que fortalecerá significativamente as atividades da FEAV – Fórum das Entidades Assistenciais de Valinhos, localizada na cidade vizinha à Campinas. Ambas as organizações participam do programa Transformando Territórios do IDIS e atuam de forma próxima neste território no interior de São Paulo na região de Campinas e região metropolitana.

O histórico casarão, construído na década de 20, já serviu como residência da família Bissoto e até subsidiou o outro projeto social, o da Creche da Tia Nair. Agora o edifício com arquitetura rebuscada e espaços amplos será transformado em um centro de apoio a projetos sociais de Valinhos apoiados pela FEAV.

 

 

A FEAV é uma organização sem fins lucrativos que atua como Instituto Comunitário, dedicada a melhorar a qualidade de vida na cidade de Valinhos, por meio de uma abordagem de longo prazo e um compromisso com o desenvolvimento sistêmico da região. Ou seja, atuando neste modelo de organização, a FEAV trabalha como fonte de apoio técnico e financeiro para uma variedade de iniciativas sociais que abrangem diversas causas em seu território, priorizando sempre as necessidades sociais locais a partir de uma escuta ativa da comunidade local.

 

 

Junto de mais 16 organizações do Brasil, a FEAV é uma das organizações integrantes ao Programa Transformando Territórios. Esta é uma iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação, desenvolvimento e fortalecimento de Fundações e Institutos Comunitários (FICs) no Brasil oferecendo apoio técnico, institucional e financeiro.

A parceria entre as duas organizações não é nova e inclusive, a FEAV foi indicada pela FEAC para participar do Transformando Territórios em 2021. Nesse curto período atuando como um Instituto Comunitário, a organização de Valinhos já acumula grandes conquistas e vem realizando um trabalho excelente fortalecendo o setor social do município por meio de capacitações e apoio financeiro. A entrada no Transformando Territórios também foi o catalisador de uma aproximação da parceria entre ambas as instituições.

A FEAC é uma das Fundações Comunitárias mais antigas do Brasil, atuando desde 1964 no território de Campinas. Nos seus 59 anos de existência é a primeira vez que a FEAC apoia outra organização que atua também como um Instituto Comunitário. Esta contribuição está alinhada com o objetivo da FEAC em fortalecer cada vez mais o setor social da região de grande Campinas.

Agora a diretoria da FEAV, representada pela líder comunitária Eliane Macari, está reunindo os representantes das Organizações da Sociedade Civil da cidade para decidirem juntos quais projetos sociais podem ser implantados no casarão e como transformá-lo num centro de apoio ao setor social de Valinhos.

Essa doação representa o incrível trabalho contínuo da FEAV e da FEAC em apoiar as iniciativas sociais do próprio território, evidenciando como as Fundações e Institutos Comunitários desempenham um papel fundamental no fortalecimento do setor social e na construção de comunidades mais fortes, promovendo um impacto positivo e duradouro onde atuam.

 

“Sabendo que existe uma entidade em Valinhos que atua em modelo similar à FEAC foi natural imaginar a doação. Juntos podemos ser muito mais fortes que cada um atuando de forma isolada. A transferência do patrimônio foi só o primeiro passo de uma história muito bonita daqui pra frente”, afirma Renato Nahas, presidente do Conselho Curador da Fundação FEAC.

 

Essa doação também simboliza o incrível poder de colaboração que o setor social tem entre si e destaca o enorme potencial que poderia ser realizado se houvesse um maior apoio de outros setores. Essa iniciativa será um passo significativo na batalha contra a desigualdade social e na promoção de uma sociedade mais solidária na região de Valinhos.


Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation que tem como missão fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Atualmente o Programa Transformando Territórios é composto por 17 fundações e institutos comunitários oriundas de várias regiões do Brasil, localizadas em 10 estados.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo!

Mentalidades em evolução: destaques do Global Philanthropy Forum 2023

Aconteceu, em outubro, o Global Philanthropy Forum 2023 em São Francisco. O evento atraiu cerca de 250 participantes e 86 palestrantes ao longo de dois dias e meio de intensa programação. A delegação brasileira, organizada e liderada pelo IDIS, reuniu 13 membros de diferentes organizações do país.

Os debates do evento abordaram temas como a dinâmica de poder entre doadores e beneficiários, a decolonização da filantropia, doações irrestritas, além de causas relacionadas à diversidade, ajuda humanitária e a correlação entre vulnerabilidades socioeconômicas e os impactos das mudanças climáticas.

A sessão de boas-vindas teve a participação de Philip Yun, presidente e CEO do World Affairs/Global Philanthropy Forum, e Gloria Duffy, presidente e CEO do Commonwealth Club of California, que anunciaram a fusão dessas duas organizações. O IDIS foi mencionado durante o discurso, destacando a parceria duradoura e relevante para a filantropia internacional, sendo o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais um dos maiores representantes do evento fora dos Estados Unidos.

No painel ‘Grandes dólares, grande impacto: o que torna as grandes apostas eficazes?’, fundadores e CEOs discutiram o que foi importante para que suas organizações alcançassem a escala e o impacto esperados pela crescente filantropia de recursos substanciais e de uso irrestrito. A conversa enfatizou a necessidade de estruturar as organizações para receber e gerir esses recursos, abordando uma temática que apareceu de maneira contundente durante o evento: a governança.

O painel “Adotando a responsabilidade (accountability) para amplificar as vozes da comunidade” abordou a responsabilidade dos filantropos. Foi destacado que se os executivos das organizações estão mais preocupados com o que o conselho pensa do que com o que os beneficiários pensam de suas decisões, não há responsabilidade (accountability).

Foi levantada também a questão do papel e do perfil pouco diverso dos membros dos conselhos das organizações doadoras. Isso é visto como um dos obstáculos para a construção de relações de confiança com organizações receptoras de recursos e comunidades beneficiadas. “Por séculos valorizamos nossos conselheiros voluntários, sem questionar se estão realmente servindo às nossas organizações e propósitos. Amamos nossos voluntários, mas talvez precisemos reavaliar esse modelo”, afirmou um dos participantes.

Na sessão ‘Capacidade em vez de dinheiro: usando as práticas empresariais para repensar a resposta a emergências’, foi mencionado que 60% das doações in-kind (bens, serviços e transações que não envolvem dinheiro) nas duas primeiras semanas após o choque são inadequadas e não atendem às necessidades das comunidades afetadas. Além disso, 70% dos recursos doados para desastres se perdem na cadeia de entrega, com apenas 30% chegando às mãos dos beneficiários finais. A sessão que abordou esses números foi esclarecedora, enfatizando a importância das organizações possuírem parceiros locais competentes e articulados.

O tema dos recursos livres foi explorado em diversas sessões, juntamente com a questão do desafio da prestação de contas dos recursos irrestritos recebidos, alinhados com a filantropia baseada na confiança. O uso da tecnologia para geração de dados, monitoramento e escalabilidade de projetos também foi um tema recorrente, com uma sessão dedicada inteiramente a explorar o papel da filantropia no apoio ao desenvolvimento de ferramentas responsáveis, seguras e éticas de Inteligência Artificial Generativa.

Outra sessão abordou a importância do envolvimento do governo na efetividade e escalabilidade de projetos. Durante a discussão sobre parcerias com governos, foram destacados desafios, como a diferença de velocidade em comparação às organizações filantrópicas e o risco reputacional associado a essas colaborações.

“Participar do Global Philanthropy Forum 2023 foi uma experiência enriquecedora, que nos permitiu conectar com pessoas de experiências incrivelmente diversas. Acreditamos firmemente que as conversas e conexões estabelecidas no evento têm o potencial de gerar parcerias transformadoras para o futuro”, comentaram Andrea Hanai e Guilherme Sylos, ambos do IDIS.

 

Brasil no GPF

Liderada por Andrea Hanai, gerente de projetos do IDIS, e Guilherme Sylos, diretor de prospecção e parcerias, a delegação do GPF teve a participação de Carla Duprat (ICE), Caroline Almeida e Giovanni Harvey (Fundo Baobá), Cristiane Sultani (Instituto Beja), Fernanda Quintas e Livia Magro (Liga Solidária), Marco Camargo (Vetor Brasil), Maria Amália Souza (Fundo Casa), Marisa Ohashi (Instituto Alana), Maure Pessanha (Artemisia) e Raphael Mayer (Simbi).

Como parceiros do evento, o IDIS anualmente organiza a viagem, fortalecendo o relacionamento entre os participantes e com a comunidade filantrópica global. Tem interesse em participar? Entre em contato conosco. O próximo GPF ainda não tem data definida, que será divulgada à nossa comunidade assim que for anunciada.

Vem aí ‘Dia de Doar 2023’: participe e doe para Fundações e Institutos Comunitários

 Clique aqui e doe!

Desde 2013, acontece o Dia de Doar no Brasil e neste ano, a 10ª edição vai acontecer em 28 de novembro. O objetivo é incentivar o país a ser mais generoso e solidário, mobilizando pessoas físicas, empresas e campanhas comunitárias para arrecadar recursos e aumentar o impacto positivo de organizações do terceiro setor.

O Dia de Doar estimula a doação de pessoas, empresas e organizações e tem um papel fundamental ao mostrar que todos podem participar, fortalecendo a cultura da doação no cotidiano das pessoas.

Neste ano, o programa Transformando Territórios, que fortalece Fundações e Institutos comunitários (FICs), participa do movimento com uma campanha de matchfunding. Ou seja, a cada R$ 1 doado, o fundo transformando territórios doará mais R$ 1 para as FICs participantes.

 

Com atuação regional, são 6 organizações participantes de distintas regiões do país: 

Conheça esses territórios que transformam realidades por meio de apoio a uma rede de atores e organizações locais. Doe e multiplique o impacto social!

 

A campanha vai até 8 de dezembro. Acesse aqui para doar!

 

O que são Institutos e Fundações Comunitárias?

Institutos e Fundações Comunitárias são organizações da sociedade civil que visam a melhoria da qualidade de vida de populações situadas em regiões geográficas bem delimitadas, a partir da captação, gestão e distribuição de recursos para organizações sem fins lucrativos e iniciativas sociais, através do desenvolvimento de capacidades e valorização de ativos locais, estas organizações produzem conhecimento, atuam em rede com o poder público e sociedade civil em prol do desenvolvimento territorial.

 

Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation que tem como missão fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Atualmente o Programa Transformando Territórios é composto por 17 fundações e institutos comunitários oriundas de várias regiões do Brasil, localizadas em 10 estados.

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Avaliação de impacto para inclusão produtiva: metodologias, desafios e limitações

A prática de monitoramento e avaliação pode ser uma eficiente ferramenta para a aprendizagem e tomada de decisões em projetos de inclusão produtiva no Brasil. Utilizando métodos avaliativos, como o Retorno Social do Investimento (SROI, na sigla em inglês), é possível compreender o impacto social de projetos e programas e tomar decisões mais assertivas.

No artigo intitulado ‘Avaliação de Impacto para Inclusão Produtiva: Metodologias, Desafios e Limitações’, Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Denise Carvalho, Gerente de Monitoramento e Avaliação do IDIS, exploram os principais benefícios, desafios e limitações enfrentados na avaliação do impacto social de projetos e programas de inclusão produtiva, bem como as tendências e abordagens futuras.

Confira o artigo completo!

O conteúdo desse artigo foi publicado na Revista Brasileira de Avaliação – Edição Especial Inclusão Produtiva, uma publicação que reúne um conjunto inédito de artigos, relatos de experiências, entrevistas e ensaios que discutem a avaliação de políticas públicas e privadas de inclusão produtiva sob perspectivas diversas.

Coordenada pela Rede Brasileira de Avaliação com o apoio da Fundação Arymax, em parceria com a Fundação Tide Setúbal, esta é uma publicação científica que se propõe a fomentar o debate de políticas baseadas em evidências sobre intervenções que se propõem a combater as desigualdades socioeconômicas no Brasil através da geração de trabalho e renda às pessoas economicamente excluídas.

O lançamento da Revista aconteceu na sexta-feira, 27 de outubro, e Paula Fabiani participou como mediadora na mesa ‘Avaliar é preciso: casos práticos de avaliação de programas e políticas’ ao lado de Sérgio Firpo, Secretário de Monitoramento e Avaliação de políticas públicas e Assuntos Econômicos; Paula Pedro, Diretora-Executiva no J-PAL LAC; Wesley Matheus, Diretor Colegiado da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação e João Paulo Bittencourt, Gerente de Educação no Albert Einstein, voluntário do Instituto Proa e coautor do relato “PROA INDEX: avaliação fidedigna na formação profissional online de jovens.

IDIS passa a ser membro do comitê da ENIMPACTO

No último mês, foi lançada a nova ENIMPACTO (Estratégia Nacional da Economia de Impacto), uma importante iniciativa para impulsionar a economia de impacto positivo no Brasil. O projeto, que já existia, passou por uma extensa revisão visando o alinhamento com as diretrizes do novo governo. O evento de lançamento e a primeira reunião do comitê ocorreram em 19 de outubro, com parte dos participantes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), e parte online. O IDIS esteve presente, representado por Paula Fabiani, CEO da organização.

A Enimpacto se fundamenta em cinco eixos que estabelecem os princípios fundamentais para promover o crescimento e o fortalecimento da economia de impacto no Brasil. Essa abordagem econômica procura equilibrar a busca por lucro financeiro com a promoção de soluções para questões sociais e ambientais.

Cada um desses eixos implica parcerias entre órgãos governamentais federais, entidades do setor privado e organizações da sociedade civil. O IDIS, em colaboração com instituições como o Sistema B, o Instituto Democracia e Sustentabilidade e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, desempenha um papel no pilar dedicado ao desenvolvimento do Ambiente Normativo e Institucional, contribuindo ativamente para a promoção da agenda dos fundos patrimoniais.

Os outros eixos têm como objetivos a ampliação da oferta de capital, o aumento do número de negócios com impacto socioambiental, o fortalecimento de organizações intermediárias e a promoção da colaboração entre os governos estaduais e municipais para impulsionar a economia de impacto.

Durante o evento de lançamento, também foi discutido o Plano Decenal da Enimpacto, que busca impulsionar investimentos públicos e privados em ações voltadas para a resolução de problemas sociais e ambientais. Entre os dias 20 de outubro e 20 de novembro, estará aberta a consulta pública para contribuições aos macro-objetivos, metas e ações dos cinco eixos que compõem o Plano até 2032.

O evento de reunião inaugural contou com a ilustre participação de Muhammad Yunus, o primeiro economista a receber o Prêmio Nobel da Paz. Ele é reconhecido globalmente por criar um sistema de microcrédito voltado para empreendedores de baixa renda, proporcionando acesso a empréstimos em instituições financeiras convencionais.

Participe do lançamento da segunda edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais

INSCREVA-SE PARA ACOMPANHAR O EVENTO

Bastante populares internacionalmente e cada vez mais adotados no Brasil, os fundos patrimoniais se consolidam como mecanismo potente para a sustentabilidade de organizações e causas. Em novembro, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social traz uma nova contribuição no campo do conhecimento e lança a segunda edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, levantamento que reúne dados essenciais para gestores. A iniciativa teve a participação de 59 endowments ativos no Brasil, 50% a mais que a amostra do ano anterior, e apresenta uma série histórica de 2019 a 2022 .

 

Entre os temas abordados na publicação, estão fluxo de caixa, alocação, captação, rendimentos, política de investimento, governança de endowments e perspectivas para o futuro. Cada bloco traz ainda um artigo de um especialista, que contribui para o entendimento e interpretação dos achados. “Há mais de uma década o IDIS investe no avanço desta pauta no Brasil. Além de apoiar diretamente a criação de fundos patrimoniais, promovemos ações para aprimorar o ambiente regulatório, ampliar o conhecimento da sociedade sobre o tema e agora, contribuímos para a profissionalização da gestão”, comenta Andrea Hanai, especialista no tema e gerente de projetos no IDIS.

 

O lançamento do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2022 acontece no dia 9 de novembro, das 17h às 18h30, em formato online e gratuito. Uma mesa redonda com gestores de fundos patrimoniais ativos será realizada a seguir da apresentação dos dados. Os interessados devem fazer sua inscrição aqui.

INSCREVA-SE

Confira a agenda:

9 de novembro, quinta-feira

17h
Abertura | Paula Fabiani, CEO do IDIS

17h15
Apresentação do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2022 | Andréa Wolffenbuttel, consultoria do IDIS, e Felipe Groba, gerente de projetos no IDIS

17h50
Mesa redonda
Debate com a participação de especialistas e gestores de fundos patrimoniais.

Presenças confirmadas:
Carolina Barrios, responsável do Fundo Patrimonial na Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
Márcia Woods, assessora da Fundação José Luiz Egydio Setúbal
Patricia Valente Stireli, presidente do Conselho de Administração da Organização Gestora do Fundo Patrimonial da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês
moderação: Andrea Hanai, gerente do IDIS

 

Esta é uma realização do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e Coalizão pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos, grupo multissetorial liderado pelo IDIS que hoje reúne mais de uma centena de signatários. Esta edição tem o apoio de 1618 Investimentos, ASA – Associação Santo Agostinho, Fundação José Luiz Egydio Setubal, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Pragma Gestão de Patrimônio, Santander e Umane e Wright Capital Wealth Management.

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Folha de São Paulo anuncia vencedores do prêmio Empreendedor Social 2023

Foram divulgados os vencedores da 19ª edição do Prêmio Empreendedor Social do Ano 2023, promovido pela Folha de S. Paulo. A cerimônia de entrega dos prêmios ocorreu no Teatro Porto Seguro, em São Paulo, e foi apresentada por Cris Guterres e Bruno Gagliasso.

Os cinco premiados foram destacados por suas inovações sociais em áreas que abrangem desde educação e habitação até o acesso à água e a inclusão de mulheres, quilombolas e refugiados. O júri selecionou três vencedores: Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora; Aline Odara, do Fundo Agbara; e Robson Melo, do Estante Mágica. Além disso, houve dois premiados na categoria ‘Escolha do Leitor’: Fernando Rangel, do Refúgio 343, com o maior número de votos do público, e Bruno Sindona, do Sindona, pelo maior volume captado.

Em 2020, Paula Fabiani, CEO do IDIS, foi uma das premiadas por seu trabalho e do IDIS no Fundo Emergencial para a Saúde no combate à Covid-19, contribuindo para o fortalecimento de hospitais filantrópicos.

“Deixo meus parabéns à toda a equipe da Folha de São Paulo pela curadoria de iniciativas tão importantes. Esse palco dado a pessoas e organizações que têm trabalhado por um Brasil melhor é essencial para que sigamos construindo juntos soluções inovadoras para nossos problemas tão complexos”, comenta Paula Fabiani, que também estava presenta na cerimônia de entrega dos prêmios.

 

Equipe do IDIS na cerimônia de entrega de prêmios do 19° Prêmio Empreendedor Social

Atualmente, o IDIS é um dos parceiros institucionais do Prêmio Empreendedor Social desde 2016, e os vencedores têm a oportunidade de palestrar no Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, em uma mesa dedicada exclusivamente a essas iniciativas.

Conheça mais sobre a história e o trabalho de cada uma das organizações vencedoras aqui.

Planejando a sucessão do fundador

Por Andrea Hanai, gerente de projetos no IDIS

Qualquer mudança na liderança de organizações da sociedade civil pode ser um grande desafio, mas quando se trata da sucessão do fundador da instituição, que geralmente desempenha o papel de principal executivo, esse processo pode ser ainda mais complexo, representando muitas vezes um teste à sua sobrevivência.

Por essa razão, cada vez mais organizações vêm buscando o IDIS para apoiá-las no planejamento da sucessão de seus fundadores, baseados em nosso conhecimento no tema da governança de organizações da sociedade civil e inspirados na experiência do processo sucessório do próprio IDIS. Também é comum a questão surgir como uma preocupação durante o processo de planejamento ou revisão estratégica da organização, passando a ser foco do planejamento de curto e médio prazos da instituição.

A estruturação de um plano de sucessão deve ser iniciada a partir de um bom diagnóstico institucional, focado na governança da organização. Nesse trabalho, procura-se mapear os papéis e responsabilidades assumidos pelo fundador e analisar as forças e fraquezas da organização, seus recursos e competências e a efetividade da participação dos demais membros de sua liderança.

Com base nesse diagnóstico, é possível determinar as ações necessárias para viabilizar um processo de transição de liderança que não comprometa o desempenho e impacto da organização. Usualmente essas ações envolvem a reestruturação da governança (e do estatuto social da instituição) com o engajamento de novos membros; a revisão do processo de mobilização de recursos (em geral dependente da rede de relacionamentos construída pelo fundador); e a formulação (ou atualização) das políticas institucionais e operacionais da organização.

É fundamental que este trabalho se desenvolva de forma transparente, com uma comunicação clara para todos os stakeholders. Além disso, a BoardSouce, importante fonte de informações sobre governança de organizações da sociedade civil, recomenda que o processo conte com a assistência de consultores externos à organização, capazes de lidar com sensibilidade com as questões emocionais que comumente envolvem a sucessão do fundador.

Texto originalmente publicado em julho de 2019. 

Quer saber mais sobre a consultoria e os serviços oferecidos pelo IDIS? Escreva para comunicacao@idis.org.br

Manauara: a cidade de Manaus sob o olhar comunitário

Fomentar o protagonismo de mulheres é contribuir para melhorar a condição de vida não só delas, mas de todos que as cercam. Parte deste princípio o Fundo Icamiabas, que acaba de ser lançado pela Manauara Associação Comunitária, que atua para promover o desenvolvimento comunitário na cidade de Manaus, Amazonas. A proposta do fundo é fornecer apoio financeiro e humano, de forma descomplicada e contínua, para lideranças femininas que trabalham em prol de outras mulheres nas periferias da capital amazonense.

Os fundadores da Manauara Ricardo Anderáos, Giselle Mascarenhas e Célia Petit, visitando o Igarapé do Gigante, na comunidade da Redenção, Zona Oeste de Manaus

Foi às margens dos 7 km de extensão do Rio Igarapé do Gigante – que nasce cristalino em meio à floresta nativa e se depara com os problemas ambientais da urbanidade – que teve início o diálogo entre organizações sociais e lideranças comunitárias da Zona Oeste de Manaus. Assim começa, em 2020, uma aliança não apenas para despoluir a bacia hidrográfica, que corta vários bairros de Manaus, mas também para transformar a vida de quem vive às suas margens. São mais de 160 mil famílias manauaras vivendo em situação de extrema pobreza, correspondendo a cerca de 445 mil pessoas nesta situação (19,7% de sua população).

A partir de um mapeamento do campo social da cidade, que identificou os principais ativistas, organizações sociais e demandas do território, em 2021, alguns integrantes deste grupo começam a se estruturar no formato de um instituto comunitário e, em 2022, com apoio e capital semente do IDIS, a Manauara é fundada. Dois dos seis fundadores são os diretores da iniciativa: Ricardo Anderáos e Celia Petit, ambos sócios da Oré Inovação em Impacto Social e criadores da Aliança pelo Igarapé do Gigante.

Membros da Manauara e ativistas locais, junto com o Secretário do Meio Ambiente de Manaus Antonio Stroski e assessores, em plantio de árvores nativas às margens do Igarapé do Gigante, no Dia do Meio Ambiente

O primeiro edital de apoio a projetos foi lançado ainda em 2022, com o tema  “Água, Saúde e Biodiversidade na Microbacia do Igarapé do Gigante”. O edital teve como vencedores os projetos “Mulheres Gigantes” e “Viveiro de Árvores Nativas Parque Mosaico Amazônia“ que, juntos, receberam cerca de R$ 150 mil.

Ser um grantmaker local, isto é, ser uma financiadora do setor social do território em que atuam, é um dos princípios das fundações e institutos comunitários (FICs). Na Carta de Princípios para Fundações e Institutos Comunitários, a definição desta característica é:

Captam, gerenciam e realizam doações de recursos financeiros para organizações sem fins lucrativos e iniciativas sociais do território, que atuam na linha de frente do atendimento às demandas comunitárias, de modo a assegurar a vitalidade do setor social local.

 

SELEÇÃO A PARTIR DE BUSCA ATIVA

Com o primeiro edital, veio o entendimento da necessidade de estimular o protagonismo de mulheres líderes locais em um formato mais simples, sem a necessidade de inscrição em editais, conta Ricardo Anderáos. Assim, foi lançado o Fundo Icamiabas, que selecionará três mulheres em um processo permanente de busca ativa, baseado em entrevistas cruzadas (metodologia snowball mapping).

 

“Já selecionamos a primeira liderança e neste momento estamos buscando a segunda e terceira beneficiárias. O processo pode levar até 3 meses”, conta Ricardo.

 

“O foco da Manauara é o desenvolvimento comunitário de Manaus, atuando através da comunidade e para a comunidade, a partir de processos de escuta ativa que nos capacitam a apoiar as causas mais importantes para a cidade, como geração de renda, prevenção à gravidez na adolescência, combate à prostituição, atividades esportivas, culturais e de apoio escolar para adolescentes e cuidados com a saúde para toda a população”, explica.

 

No Fundo Icamiabas, estão previstos repasses mensais de pequenos valores via cartão de débito recarregável, com a destinação dos recursos definida num plano de ação acordado verbalmente com as lideranças femininas. Os recursos estão sendo captados junto a filantropos, empresas e grupos de mulheres da alta sociedade de Manaus, além de uma campanha de matchfunding que será lançada na Benfeitoria, com aporte do IDIS para impulsionar a arrecadação.

Célia Petit e Ricardo Anderáos, fundadores da Manauara, com Dona Alda (ao centro), líder comunitária da Zona Leste de Manaus e primeira beneficiária do Fundo Icamiabas.

Para garantir a transparência, extratos do fundo e do cartão de cada beneficiária serão publicados regularmente no site da Manauara, assim como as fotos das iniciativas, de forma a documentar as atividades. O número de beneficiárias e os valores que elas receberão serão variáveis, a depender da captação do fundo, com um teto de R$ 5 mil/mês por 12 meses.

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: cidade de Manaus (AM)
  • Nome do instituto ou fundação comunitária: Manauara Associação Comunitária
  • Principais lideranças Celia Petit e Ricardo Anderáos
  • População estimada: Aproximadamente 2,4 milhões de pessoas
  • Número de OSCs no território: cerca de 200, segundo o Fundo de Promoção Social do Amazonas
  • Desafios regionais: Geração de renda, prevenção à gravidez na adolescência, combate à prostituição, atividades para manter as crianças fora das ruas, atividades esportivas, culturais e de apoio escolar para adolescentes e cuidados com a saúde
  • Causas prioritárias do território mapeadas pela organização: Multitemáticos, com olhar para redes femininas de apoio mútuo em periferias.

    A Associação Comunitária Manauara integra o Programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

 

Quer saber mais sobre a Associação Comunitária Manauara? Acesse o site.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo.

Campanha duplica doação para institutos comunitários do Brasil

A cada R$ 1 doado, o fundo transformando territórios doará mais R$ 1 para cada uma das Fundações e Institutos comunitários (FICs) que participam do programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS com apoio da Charles Mott Foundation.

Com matching de até R$ 50 mil por organização, o Programa quer impulsionar as iniciativas locais das FICs com esta campanha, engajando comunidades e territórios!

 

Com atuação regional, são 6 organizações participantes de distintas regiões do país: 

Conheça esses territórios que transformam realidades por meio de apoio a uma rede de atores e organizações locais. Doe e multiplique o impacto social!

 

A campanha vai até 8 de dezembro. Acesse aqui!

 

O que são Institutos e Fundações Comunitárias?

Institutos e Fundações Comunitárias são organizações da sociedade civil que visam a melhoria da qualidade de vida de populações situadas em regiões geográficas bem delimitadas, a partir da captação, gestão e distribuição de recursos para organizações sem fins lucrativos e iniciativas sociais, através do desenvolvimento de capacidades e valorização de ativos locais, estas organizações produzem conhecimento, atuam em rede com o poder público e sociedade civil em prol do desenvolvimento territorial.

 

Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation que tem como missão fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Atualmente o Programa Transformando Territórios é composto por 17 fundações e institutos comunitários oriundas de várias regiões do Brasil, localizadas em 10 estados.

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Fórum WINGS 2023: a transformação impulsionada pelo espírito Ubuntu

por Luisa Lima | Gerente de Comunicação do IDIS

O encontro trienal da WINGS – Worldwide Iniciatives for Grantmaker Support aconteceu em Nairobi, Quênia, em outubro. Guiados pelo tema TRANSFORMAÇÃO, participantes de 45 países refletiram sobre como destravar o potencial da filantropia. Representando o IDIS, Paula Fabiani, CEO do IDIS e membro do conselho da WINGS, e eu, Luisa Lima, responsável pela área de comunicação e conhecimento, e pela primeira vez participando do encontro. Ao todo, a delegação brasileira contou com 15 representantes.

A plenária de abertura deu tom ao evento: ‘Desafios existenciais e futuros compartilhados: redescobrindo o papel da filantropia’. A indígena brasileira e ativista Txai Suruí, compartilhou a sabedoria de seu povo – todos somos a natureza e apenas proteger não é suficiente, devemos retribuir tudo aquilo que recebemos. Disse que o futuro é ancestral – em nossas culturas há muitas das respostas que buscamos e podem ter sido perdidas ou não são valorizadas-, e a declaração foi citada por muitas pessoas ao longo do evento.

O inglês de ascendência indiana Indy Joha, usou números e dados para mostrar como não estamos nos dando conta da escala de nossos problemas, ou não queremos nos dar conta, afinal, cada um de nós é também responsável por eles. O filantropo estoniano Jaan Tallinn, destacou o papel dos negócios na filantropia e sua jornada pessoal – é o fundador do Skype, da Kazaa e do centro de estudos de Risco Existencial, na universidade de Cambridge. Em sua fala, um olhar positivo sobre o uso da inteligência artificial, que em sua opinião pode trazer grandes benefícios à sociedade se houver investimento. A jovem japonesa Rena Kawasaki contou que aos dezesseis anos foi convidada a participar do conselho de uma empresa de biotecnologia. A experiência mudou sua vida e envolver os jovens nas tomadas de decisão sobre a solução dos desafios que impactarão seu futuro se tornou sua causa. O recado foi que é possível e necessário transformar nosso modelo de desenvolvimento e que a força está quando fazemos isso juntos.

Ao longo de três dias, alguns temas se destacaram nas conversas e por vezes, foi citado o termo de origem africana, Ubuntu, que significa ‘Sou o que sou, porque somos todos nós´. Estamos todos conectados e em nossas práticas filantrópicas esse entendimento, esse pressuposto, pode guiar tudo o que fazemos. Também conectados são os desafios que devemos enfrentar – pobreza, desigualdades em geral, e de gênero e raça com suas especificidades, educação, saúde, emergências climáticas, e muitos outros, que em seu conjunto, configuram a policrise, outro tema bastante presente. Entre outros destaques, a importância do desenvolvimento de lideranças e do envolvimento da juventude, fundações comunitárias como modelo que privilegia soluções locais, a importância da decolonização da filantropia, do investimento na infraestrutura do setor e no desenvolvimento institucional e o potencial de modelos alternativos de financiamento como o blended finance ou venture philanthropy para alavancar o capital filantrópico.

Nas plenárias, destaque para um debate acerca do papel dos conselhos, tema sobre o qual há relativamente pouca reflexão, ainda que a governança seja tantas vezes citada pelas organizações.

O brasileiro Rodrigo Pipponzi, fundador do Grupo MOL, e presidente do conselho do Instituto ACP, compartilhou sua visão e a importância da clareza sobre o papel de cada uma das instâncias. Em um debate com filantropos, a indiana Vidya Shah, destacou a importância do comprometimento dos negócios com práticas sustentáveis (olhar para dentro) e a importância de investirem não só em causas, mas no desenvolvimento institucional de organizações. A austríaca Marlene Engelhorn contou sobre sua campanha para a taxação de grandes fortunas, ela própria representante de uma família bastante abastada. Em sua opinião, este é um importante ponto de partida para reduzir as desigualdades.

Entre os palestrantes e participantes, muitos representantes do continente africano, que contribuíram para que todos compreendêssemos mais as especificidades da região. Bastante dependentes do capital filantrópico internacional, houve debates sobre como esperam que esse apoio aconteça, com maior independência para criação de soluções locais, e não puramente a implementação de projetos ocidentais, que pode ser mais rápidos, mas que por vezes não envolvem as comunidades, geram externalidades e por vezes repetem uma lógica colonialista. A importância de ampliarmos o debate e a prática da filantropia baseada em confiança apareceu em muitos momentos. Como brasileira, foi particularmente especial, pois pude ver como algumas práticas e costumes são fundantes também para quem somos, trazidos há centenas de anos por homens e mulheres que foram escravizados. Me impressionou como modelos citados por africanos se parecem com os modelos das Irmandades Negras, no Brasil colônia, por exemplo.

O ambiente multicultural, diverso, com pessoas de origens tão distintas, contribuiu para a riqueza das conversas. Os espaços na programação para networking e grupos de trabalho permitiam a troca de experiências sobre temas específicos. Em uma sessão sobre a produção e uso de dados, por exemplo, compartilhamos experiências. Um participante de uma organização de direitos humanos chamou atenção de como seus dados que são coletados para proteger populações, se não são armazenados com cuidado, podem ser demandados em tempos de crises, e serem usados contra as populações que se desejava proteger. Representantes de países africanos, por sua vez, chamaram atenção sobre a dificuldade de disseminação dos achados, posto que muitos governos consideram oficiais apenas os dados produzidos por instâncias públicas. O melhor uso e análise de dados existentes foi também citado, assim como a importância de treinarmos as organizações para entenderem como ler os dados e usarem em seu favor.

A transformação é o resultado da ação de cada um de nós e a sensação é de que todos saíram energizados e imbuídos deste dever. Em linha com o tema do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2023, OUSADIA foi uma das palavras de ordem. Devemos ser mais ambiciosos e tomar riscos. É urgente agir e para isso, vamos catalisar o poder desta e de tantas outras redes, que trazem potência em sua constituição. Vamos criar o futuro que queremos!

Seminário Transformando Territórios reúne mais de 30 lideranças comunitárias do Brasil

Aprender entre os pares foi o objetivo do Seminário Transformando Territórios, realizado em setembro, em São Paulo. Participaram representantes de Fundações e Instituto Comunitários (FICs) integrantes do Programa Transformando Territórios, projeto de impacto realizado pelo IDIS em parceria com a C.S. Mott Foundation. Com visitas a projetos apoiados, palestras, capacitações e eventos com investidores sociais e filantropos, foi possível aprofundar a compreensão de um tema fundamental: o poder de transformação dessas organizações no Brasil.

Na segunda edição, o evento teve a participação de mais de 60 pessoas, incluindo lideranças das FICs, filantropos, parceiros e apoiadores comprometidos com essa causa.

 

“Foram 3 dias importantes para conexões, benchmarking e ampliação de visões, processos e possibilidades”, resumiu um dos participantes.

 

“O Seminário foi muito especial, principalmente por ser muito participativo. Acredito nessa construção coletiva para o Transformando Territórios nos próximos anos”, comentou outro participante, de forma anônima, nas avaliações do evento.

 

Inspiração e exemplo: uma visita ao Instituto Cacimba em São Miguel Paulista

É impossível ir à São Miguel Paulista e passar despercebido das ações apoiadas pelo Instituto Cacimba. A organização está no programa Transformando Territórios desde 2020, sendo uma das primeiras FICs da cidade de São Paulo. O Cacimba foi criado com o apoio do Programa e respaldado na sólida confiança que o líder comunitário Hermes de Souza possuía na região. Desde então, Hermes de Souza tem ocupado a direção do Instituto. Saiba mais sobre essa história aqui. Mostrando a importância de inspirar ação, a programação do Seminário começou por aqui.

Ao longo do dia, diversos projetos sociais apoiados pelo Cacimba na região puderam ser conhecidos. Muitos deles receberam orientação do líder Hermes de Souza e agora são apoiados pelo Instituto.

 

Aprendizado e formação: uma constante

No período da tarde, o grupo participou do workshop  “Diversidade e Direitos Humanos”, oferecido por Clara Serva, sócia da área de empresas e Direitos Humanos do TozziniFreire Advogados, e Maria Paula Bonifácio Custódio, advogada da área.

Entre os momentos de troca de experiências e intervalos, houve apresentações culturais de dança por projetos do Instituto NUA, ministrados por pessoas do território.

No segundo dia do Seminário, palestras e rodas de conversas destacaram a relevância e atuações das FICs em seus territórios, e muitas experiências puderam ser trocadas. O encontro aconteceu na sede da Comunitas, que apoia institucionalmente o Transformando Territórios.

Confira os destaques dos quatro painéis que integraram o evento.

Painel 1: Grandes impactos a partir de pequenas doações: potencializando mudanças com contribuições significativas

Nesta mesa estavam presentes os palestrantes Elio Raymundo (presidente da Rede de Organizações do Bem), Thais Almeida (secretária executiva do Instituto Espraiada), Alânia Cerqueira (líder do Fundo Comunitário M’Boi), e como moderadora, Pâmela Ribeiro (coordenadora de Projetos Especiais do GIFE).

A mesa trouxe novas perspectivas sobre como o apoio a pequenas iniciativas locais pode gerar grandes transformações sociais e ambientais, destacando o potencial dos fundos voltados aos microprojetos e do capital semente para o fortalecimento comunitário, sobretudo em regiões em que os recursos são concentrados em grandes organizações.

Elio Raymundo, presidente da Rede do Bem que atua na região metropolitana do Rio de Janeiro, destacou como projetos que recebem pequenos apoios financeiros conseguem promover “resultados inesperados” de desenvolvimento local. O cerne da questão, entretanto é que, para ele só é possível por meio da confiança nas organizações e lideranças que fazem a diferença em seus territórios e da simplicidade nos processos de contrapartida.

Painel 2: Fortalecendo vínculos: construindo relações sustentáveis com o território

Nesta mesa estavam presentes os palestrantes Hermes de Sousa (diretor do Instituto Cacimba), Ana Paolo Vieira (conselheira da FUNDAES), Flávia Mota presidenta do Fundo Comunitário JEQUI), e como moderadora Lúcia Dellagnelo (embaixadora do Programa Transformando Territórios).

Partindo da necessidade de criar laços, Hermes trouxe para o debate a questão da confiança para fortalecer parcerias e construir com o território. Segundo ele, “a confiança em si mesmo leva a confiança no outro” e isso institui a regeneração da confiança.  A chave para ter relações sustentáveis segundo sua experiência é “envolver e trabalhar com a comunidade e não para a comunidade”. Para atingir esse objetivo, é necessário entrar na mesma linguagem, e adaptar a linguagem em cada espaço, até mesmo na construção dos editais, os quais hoje o Instituto Cacimba também tornaram mais inclusivos com a possibilidade de inscrição por vídeos e áudios, além do formato escrito.

Painel 3: Unindo forças: colaborações com o setor público e empresas para transformação comunitária

Nesta mesa estavam presentes os palestrantes Eliane Macari (presidenta da FEAV), Jair Resende (superintendente na Fundação FEAC), Célia Petit (presidenta da Associação Manauara), e como moderadora Patrícia Loyola (diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas).

A parceria entre as fundações que se dedicam às cidades vizinhas – Valinhos e Campinas -, FEAV e FEAC, respectivamente, também demonstraram a força da colaboração entre si e em territórios de atuação. Como compartilhou Jair Resende, da FEAC, como mais de 60 anos de história a FEAC continua a missão de estimular o setor social e vem apoiando o desenvolvimento da FEAV, no desenvolvimento da organização vizinha de município ao doar um imóvel centenário para constituição do fundo patrimonial da FEAV. O apoio mútuo é um exemplo a ser seguido e mostra a potência em prol da transformação comunitária nesse território.

Painel 4: Unindo forças: filantropia comunitária para justiça social

 Nesta mesa estavam presentes os palestrantes Diane Pereira (presidenta do Instituto Comunitário Baixada Maranhense), Gisele Ribeiro (presidenta da Associação Redes da Maré), Willian Narzetti (gerente executivo do ICOM), e como moderadora Mônica de Roure (vice-presidente e diretora de relações institucionais do BrazilFoundation)

No âmbito das potencialidades, Diane apontou a necessidade de estar dentro do território para que a filantropia comunitária entenda a possibilidades, as pessoas e a terra de uma região em distintas situações.  Ela acredita que “considerar que existe potencialidade, quando o rio está cheio, pois é bom para regar as plantas, e quando está vazio é bom pra passar o boi para outras regiões. É preciso pensar que desenvolvimento é ver abundância e não escassez”. A representante do Instituto Baixada ainda afirma que é necessária uma rede de pessoas para que não só se compreender a abundância, mas também de materializar a mudança social.

No terceiro e último dia, os participantes tiveram a oportunidade de participar do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Saiba mais aqui.

Texto produzido por Alexandra Teles, Ana Beatriz Pedreira e Leticia dos Santos, todas da equipe do IDIS. 

Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation que tem como missão fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Atualmente o Programa Transformando Territórios é composto por 17 fundações e institutos comunitários oriundas de várias regiões do Brasil, localizadas em 10 estados.

Saiba mais sobre o programa e os participantes em transformandoterritorios.org.br

Equipe IDIS faz encontro de reflexões estratégicas para o próximo ciclo

Em setembro, a equipe do IDIS, hoje com 47 integrantes, seu reuniu presencialmente para alinhamento, discussão sobre o propósito da organização, e reflexão sobre a missão, visão e valores. O encontro tinha o objetivo de fornecer insumos para a elaboração do planejamento estratégico da organização.

O encontro aconteceu em meio à natureza, no Centro Paulus, uma hospedaria localizada em Parelheiros, zona sul de São Paulo. Com conversas entre as distintas áreas e pessoas da organização, foram colhidas as impressões de cada para um olhar compartilhado de futuro, caminhando juntos.

“Poucas coisas me encantam mais em um ambiente de trabalho do que construção colaborativa,  feita com muita escuta ativa entre todos os níveis hierárquicos, em um espaço seguro e de respeito mútuo. Nada se constrói sozinho, muito menos uma sociedade mais justa e menos desigual”, comentou Aline Herrera, estagiária de projetos do IDIS.

Esperamos seguir conectados e trabalhando em prol de um Brasil mais solidário, como fazemos há quase 25 anos, envolvendo parceiros e impactando a sociedade.

Modelos de Financiamento: riscos calculados para retornos transformadores

Por Laura Comparato Cardoso – estagiária de consultoria no IDIS

 

Durante o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2023, discutiu-se sobre diferentes modelos de financiamento e seus riscos calculados para obtenção de retornos transformadores, tema da mesa moderada por Andrea Hanai, gerente de projetos no IDIS, e composta por Fabiana Prianti, Head da B3 Social, Marcel Fukayama, Head de Global Policy na B Lab Global e Co-fundador da Din4mo e da BlendLab, e Rodrigo Hübner Mendes, Fundador e Superintendente do Instituto Rodrigo Mendes.

 

Incorporando o tema da ousadia, os palestrantes discutiram a necessidade de inovar no setor social para potencializar o impacto do investimento social privado e fomentar o desenvolvimento do país. Algumas das modalidades discutidas, tais como o investimento social privado voltado para o fortalecimento institucional das organizações, o modelo de blended finance, e o investimento em endowments, focam na ampliação do impacto socioambiental e assumem riscos de forma planejada.

 

A B3 Social é uma organização exclusivamente grantmaker, ou seja, que apoia financeiramente outras organizações da sociedade civil. O seu modelo de filantropia estratégica tem como propósito o combate às desigualdades sociais no país através de aportes institucionais para demais organizações e para endowments, diversificando o seu portfólio de investimento.

Com base na construção de uma relação de longo prazo e de confiança com as organizações beneficiadas, seguindo o princípio de trust-based philanthropy, a B3 Social é capaz de mitigar potenciais riscos associados ao repasse de recursos. Para amenizar o processo de saída do investimento, que pode resultar na interrupção de projetos a ele associados, a organização prioriza uma retirada gradual e busca fortalecer institucionalmente as organizações, contribuindo para a sua autonomia financeira.

Um outro modelo de financiamento inovador é o blended finance, uma forma de investimento misto no qual o capital filantrópico é muitas vezes utilizado para mitigar o risco sistêmico da estrutura, atraindo um maior volume de capital comercial em benefício de causas sociais.

Foi a partir da percepção da dificuldade de famílias das classes D e E para financiarem moradias dignas que surgiu um projeto de blended finance. Foi criado um fundo piloto de R$5 milhões, sendo 60% de capital comercial e 40% de capital filantrópico, capaz de mitigar o risco financeiro. O investimento filantrópico cobre o nível de inadimplência esperado nos empréstimos realizados para as famílias, o que leva a uma redução das taxas de juros e torna os empréstimos mais acessíveis para populações em vulnerabilidade socioeconômica.

 

Para Marcel Fukayama, o blended finance faz parte de uma mudança de paradigma econômico. Para ele, o comportamento empresarial brasileiro estaria migrando de uma lógica de mitigação de externalidades negativas para uma lógica de geração de impacto positivo. Essa é a lógica necessária para que o Brasil consiga colocar em prática um plano de transição ecológica, baseado em uma estratégia de economia verde e de economia de impacto, e o modelo de blended finance é uma boa alternativa para a viabilização dessa transição.

Por fim, o investimento em fundos patrimoniais – endowments também é um modelo de financiamento ousado, permitindo uma estabilidade financeira de longo prazo e um planejamento mais ambicioso. Os endowments surgem como alternativa a um modelo de captação muito centralizado em projetos, o que gera incertezas financeiras não só para a própria organização, mas fragiliza o setor como um todo.

 

O Instituto Rodrigo Mendes é uma das organizações pioneiras na criação de fundos patrimoniais no Brasil e tem por missão a educação inclusiva. Seu endowment está fundamentado em três pilares: (i) visão de longo prazo e uso somente do rendimento real do fundo para perenização do direito à educação para todos; (ii) governança baseada em agilidade e transparência, tendo como elemento estruturante um Comitê de Investimentos voltado para apoiar as decisões em torno da alocação dos recursos no mercado financeiro; e (iii) engajamento através de um Conselho Curador, responsável pelo estabelecimento de metas de captação e atração de investidores.

 

Rodrigo Mendes conclui: Toda pessoa pode gerar um legado. Essa herança varia em amplitude e relevância. […] Os endowments têm uma beleza inerente em sua intenção de perenização e longevidade”.

 

Em suma, foram apresentados três modelos de financiamento capazes de gerar impacto social positivo de longo prazo e mitigar potenciais riscos. É preciso OUSAR para adotar estratégias inovadoras de financiamento, como o blended finance ou o investimento em endowments, assim como, estratégias de fortalecimento institucional de organizações da sociedade civil através de uma instituição grantmaker. Como recado final, o campo filantrópico precisa ter mais OUSADIA para alavancar modelos de financiamento inovadores a fim de promover o desenvolvimento socioambiental no longo prazo, uma vez que as lacunas de desenvolvimento no país são abissais.

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A ousadia da filantropia na Agenda ESG

por Marcelo Modesto gerente, e Gabriel Bianco, coordenador, ambos da célula ESG IDIS

 

A filantropia corporativa, quando realizada de forma estratégica, pode impulsionar resultados positivos não só em outras áreas da empresa – como no caso do engajamento de colaboradores por meio do voluntariado – mas também na totalidade dos stakeholders. Do ponto de vista do stakeholder consumidor, por exemplo, a Pesquisa Doação Brasil, promovida pelo IDIS, indicou que 77% dos brasileiros rejeitam alguma marca/empresa ao tomar conhecimento de práticas socioambientais inadequadas. Em um cenário que a agenda ESG avança com velocidade, é importante que as empresas busquem atuar no Investimento Social Privado orientados por visão de longo prazo e com clareza das contribuições do ISP para sua estratégia de sustentabilidade.

Essa foi a principal mensagem da palestra “A ousadia da filantropia na Agenda ESG” durante o 12º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais de 2023. A mesa contou com nomes de peso para discutir o assunto e estiveram presentes, como moderador, Guibson Trindade, Cofundador do Pacto de Promoção da Equidade Racial e, palestrando, Caroline Albanesi, VP de Comunicação, Marketing e Relações Institucionais na Amigos do Bem; Marcelo Klein, Diretor de Gestão de Territórios na Vale S.A. e Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.

Roberto Sallouti, abriu a discussão destacando que no cerne do ESG está a criação de valor para investidores a partir da análise de riscos e oportunidades não-financeiros. Partindo desta motivação inicial, as companhias que buscam desenvolver o planejamento e execução de uma estratégia ESG integrada ao negócio, acabam contribuindo também com outras áreas da empresa, que passam a enxergar novas oportunidades de criação de valor para própria organização e para a sociedade.

No caso do BTG Pactual, foi destacado que a agenda ESG ganhou tração como forma de se antecipar sobre questões regulatórias e tendências de compliance encontradas na Europa e Estados Unidos. Como resultado deste processo, foram criados filtros ESG nos investimentos da instituição antes mesmo desta demanda chegar com mais força no Brasil. Atualmente, fazem isso de forma proativa, atuando de forma criativa e ousada, tomando riscos.

“Investidores ainda são, muitas vezes, burocráticos, e daí as ações viram somente marketing. Precisamos sair da diligência e passar para o transformacional. É aí que atuação do ESG vinculada à filantropia pode trazer resultados interessantes para todos stakeholders”, concluiu.

Caroline Albanesi, por sua vez, trouxe para o debate o ponto de vista de organizações da sociedade civil. Segundo Albanesi, o avanço da agenda ESG nas empresas impactou positivamente o cenário para OSCs, já que, no geral, as parcerias com empresas passaram a ser mais estratégicas e mais proativas do lado do investidor social. Esse fator, abre margem para abordagens inovadoras e ousadas para projetos de impacto socioambiental.

“Quando somos abordados para uma parceria, nossa primeira pergunta é ‘você quer ajudar mesmo, ou colocar isso em um relatório?’, e percebemos que o interesse das empresas é cada vez mais genuíno”, apontou.

Ela destacou que, atualmente, 30% da receita da organização é oriunda de produtos sociais, um modelo de financiamento cada vez mais procurado por empresas parceiras, uma vez que combina diferentes impactos positivos: a inclusão produtiva de públicos vulneráveis com remuneração justa na cadeia de produção e distribuição; o engajamento direto e indireto de consumidores para a causa apoiada; processos de compliance e gestão financeira responsável, visto que a operação do produto social precisa ser superavitária e sustentável.

Encerrando as exposições, Marcelo Klein, Diretor de Gestão de Territórios na Vale S.A., trouxe uma visão geral das transformações ocorridas ao longo dos últimos anos na empresa – muito em consequência da tragédia de Brumadinho.

“As experiências que tivemos de relacionamento com o território após o rompimento da barragem em Brumadinho levaram a Vale a repensar um trabalho árduo de planejamento. A diretoria de Gestão de Territórios nasceu neste processo”, apontou.

Essa nova célula na empresa trabalha especialmente em cinco dimensões: saúde, educação, infraestrutura, nutrição, trabalho e renda.

Outro fator acelerador de mudanças se deu quando a Vale cruzou seus compromissos socioambientais públicos – por exemplo, a meta de retirar 500 mil pessoas da pobreza extrema até 2030 – com a capacidade instalada de execução. Percebeu-se que:

“Não tínhamos internamente a capacidade para executar tudo o que nos propusemos, e daí precisamos fazer um processo duplo, tanto de letramento, quanto de escuta ativa dos territórios, buscando, sobretudo, um equilíbrio entre os stakeholders envolvidos em todas as nossas operações”, afirmou Klein.

Portanto, empresas que buscam maneiras ousadas e inovadoras de se relacionarem com diferentes stakeholders podem se beneficiar de uma estratégia de investimento social privado, já que esta privilegia, em sua origem, a criação de soluções de e pelas comunidades atendidas.

Já Guibson Trindade, em seus comentários sobre a fala dos expositores, relembrou a experiência de criação do Pacto, primeiro protocolo ESG racial no Brasil, que cruza dados públicos de diversidade com levantamentos internos de empresas, além de considerar em seu score ações de investimento social privado para a pauta de equidade racial, considerando o imperativo de ações pelas empresas pelo combate ao racismo tanto da porta para dentro, como da porta para fora.

Portanto, a partir de uma visão das duas pontas geradoras de impacto socioambiental – investidores sociais e executores de projetos – fica evidente a importância do Investimento Social Privado como forma de alavancar os resultados ESG das empresas, não apenas nos projetos em si, mas também no potencial de destravar o relacionamento e percepção de valor de stakeholders.

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Explorando novos caminhos na filantropia: as alianças como motor de mudança

por Alexandra Kaory Higa Teles | Estagiária de Projetos IDIS

 

Defender uma causa exige coragem e ousadia. A mesa “Alianças Improváveis: a ousadia na defesa de causas e territórios” trouxe ao Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais organizações que ousam nessa temática ao desenvolver iniciativas socioambientais de impacto em uma distinta abordagem da filantropia. Entre as palestrantes, estavam Allyne Andrade (superintendente adjunta do Fundo Brasil de Direitos Humanos), Braulina Baniwa (diretora executiva da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas, Guerreiras da Ancestralidades – ANMIGA), Omar Rodrigues (gerente sênior de comunicação e relações institucionais da Fundação Grupo Boticário), e como moderadora, Diane Pereira, (presidenta do Instituto Baixada). O evento é uma realização do IDIS e Charities Aid Foundation em parceria com o Global Philanthropy Forum.

Ao longo da sessão, as pessoas palestrantes compartilharam experiências sobre como suas organizações inovaram a adotar diferentes formas de apoio e/ou soluções alternativas às mais convencionais da filantropia, colaborando de forma próxima com as comunidades para aprimorar o impacto socioambiental positivo nas regiões que atuam pelo Brasil.

O primeiro exemplo de ousadia na defesa de territórios de Braulina Baniwa. Ela relata que há dois anos, quando criou a organização na qual ocupa a diretoria, enfrentou resistência e  poucas organizações e empresas estavam dispostas a apoiá-la por ser uma mulher indígena recém-chegada no setor social. Além disso, Braulina apresentou desafios que dificultaram a captação de recursos financeiros por meios de editais, entre elas a dificuldade com a língua, pelo fato de português não ter sido seu idioma materno, e questões de cunho burocrático.

Ainda sobre as necessidades exigidas muitas vezes em editais, Braulina contrapõe que:

 

“Os números têm sua importância, mas as

narrativas são essenciais para humanizar esse processo de credibilidade no setor social, para mediar nosso impacto.”

Para ela, a valorização das narrativas incentiva que os recursos cheguem às organizações que ainda não estão tão consolidadas e que são compostas por pessoas historicamente marginalizadas da sociedade.

Baniwa ressalta que somente com ousadia e coragem a ANMIGA conquistou ocupar espaços para defender território e causa, ao conquistar cada vez mais credibilidade e confiança do setor social, conseguindo construir uma rede de apoio, ter mais parceiros e criar alianças improváveis.

Já do ponto de vista de uma organização que financia iniciativas socioambientais, Allyne, superintendente adjunta do Fundo Brasil (que representou Ana Valéria Araujo devido a uma emergência pessoal) destacou a importância de organizações e fundos que lutem pela defesa dos direitos humanos, ambientais e sociais no Brasil, como a Rede Comuá.

Dentro os membros desta rede estão Fundo Brasil, Fundo Baobá e Fundo Elas, unidos por um objetivo comum de fortalecer a sociedade civil no Brasil. Esses fundos não operam em projetos diretamente, mas, em vez disso, financiam e apoiam iniciativas sociais diversas para fortalecer o terceiro setor no país, acreditando que isso contribui significativamente para o fortalecimento da democracia no país.

O Fundo Brasil tem apoiado e acreditado em projetos de defesa dos direitos humanos ao longo de 16 anos e isso por si só já é ousado. Entre os focos de atuação está o fornecimento de orientação e dados para políticas públicas, medindo o impacto social e ouvindo ativamente as organizações.

Já a Fundação Grupo Boticário, também financiadora de iniciativas socioambientais, contou sobre a ousadia da criação da organização e nas mudanças do apoio a projetos desde a criação. Omar Rodrigues, representante da Fundação Grupo Boticário, relatou a trajetória da Fundação e de como o fundador, Miguel Krigsner, despontou ao criar uma organização focada na preservação do meio ambiente, antes mesmo de se discutir extensamente o tema da sustentabilidade no Brasil, dois anos antes da Conferência RIO 92. Desde então, a fundação já apoiou mais de 1.600 iniciativas em todo o Brasil, incluindo a preservação de reservas naturais.

Ao longo das três décadas, Omar destaca como a Fundação alterou a forma de atuação.

Até 2019, nosso processo era baseado em editais. A partir de 2020, adotamos um novo modelo chamado ‘Teias de Soluções’, no qual envolvemos uma gama mais ampla de atores, além de biólogos e outros movimentos sociais. Buscamos uma compreensão mais profunda da região, identificando os atores do setor social e compreendendo melhor o território para colaborar com o Grupo Boticário e especialistas na proposição de soluções.” 

 

Explica destacando que esse modelo foi criado partir do pensamento de que fundamentalmente o terceiro setor se assenta na construção de alianças, cooperação e colaboração.

Para condensar as ideias do debate Diane Pereira, do Instituto Baixada, traz uma reflexão sobre como o trabalho de cada organização presente na mesa é importante para transformar os territórios que defendem:

“Como a Maya Angelou diz a coragem é a mais importante de todas as virtudes, porque sem ela nós não podemos praticar nenhuma outra virtude com consistência. Pois em algum momento chegaremos em um problema grande demais e não a enfrentaremos se não tivermos coragem. E para fim isso se refere muito ao setor social, pois o terceiro setor só faz o que faz, atua tão grandiosamente, porque tem coragem e ousadia.”

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Errando é que se aprende: histórias de quem ousou e não acertou de primeira

por Carolina Lopes | Analista de Monitoramento e Avaliação no IDIS

 

No Fórum IDIS 2023, tivemos a oportunidade de participar de uma palestra que abordou um assunto pouco explorado: os erros. É comum que busquemos inspiração em casos de sucesso, mas é importante também considerar que os erros podem ser igualmente inspiradores. Eles, afinal, trazem consigo aprendizados valiosos e muitas vezes ocorrem justamente porque nos arriscamos a ousar. Os erros fazem parte de qualquer processo e, se encarados como ferramentas, podem impulsionar passos ainda maiores.

A palestra teve a participação de representantes do governo, de empresas e da sociedade civil, que compartilharam suas histórias de ações que não tiveram os resultados desejados inicialmente, mas que, diante das adversidades, abriram caminhos ainda melhores.

O presidente do Transforma Brasil e Porto Social, Fábio Silva, iniciou a sessão apresentando o tema e atuando como moderador. Logo em seguida, Nívea Marsili, Secretária de Educação de São Vicente, compartilhou sua história de reconstrução da cidade, ressaltando os erros cometidos no início do processo e como foi importante dar passos para trás e observar o cenário com distância para compreender as complexidades reais diante dos problemas do município.

 

Saulo Barreto, cofundador do Instituto de Pesquisa em Tecnologia e Inovação (IPTI), continuou a palestra com entusiasmo, enfatizando a importância de errar na construção da tecnologia social.

 

“O processo de erro é fundamental para

desenvolver soluções eficazes e a transformação social é um processo demorado, que demanda tempo e paciência”, ele ressaltou.

 

Fábio Silva corroborou com as palavras de Saulo, ressaltando como o impacto social está diretamente conectado à participação ativa das comunidades envolvidas nos processos e como as dificuldades têm o papel de nos colocar no caminho certo.

Em seguida, foi a vez de Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon,

apresentar sua experiência e os desafios enfrentados na instituição. Para ela, o risco é essencial para a inovação e o erro é uma fonte de informação que alimenta o próximo passo a ser dado. Ela mencionou o projeto desenvolvido durante a pandemia em parceria com a rede Accor, que utilizou os hotéis como abrigos para mulheres vítimas de violência, evidenciando a responsabilidade que atores sociais possuem em inovar.

Após as apresentações, Fábio aprofundou o tema central da palestra com perguntas aos participantes. Nívea destacou a importância da flexibilidade e da compreensão do território e da comunidade ao estabelecer parcerias entre o sistema de educação pública e a iniciativa privada. Ela ressaltou que a importância de saber adaptar-se e de entender a cultura local para que o poder público possa de fato trabalhar de forma efetiva e assertiva.

Saulo abordou a questão da “reaplicação” como princípio da tecnologia social, enfatizando que é necessário reconstruir a solução de acordo com a realidade de cada comunidade. Ele ressaltou ainda a importância do capital humano e a necessidade de envolver as pessoas no processo de transformação. Daniela complementou o debate mencionando a importância das conexões baseadas em valores e da construção da confiança através da credibilidade.

A citação de Paulo Freire por Saulo encerrou a palestra de forma inspiradora, ressaltando a importância da educação emancipadora como uma ferramenta para resolver problemas e promover a autonomia das pessoas.

 

A palestra nos mostrou a importância de compartilhar histórias de erros e adversidades, ao invés de apenas relatos de sucesso. Por meio dessas experiências, somos inspirados a enfrentar desafios, aprender com nossos equívocos e buscar caminhos ainda melhores. As palavras e ideias dos participantes nos proporcionaram uma visão mais profunda sobre a ousadia, o impacto social e a necessidade de trabalharmos juntos para alcançarmos resultados eficazes. Que essas histórias sirvam de inspiração para todos nós, sendo um lembrete constante de que é errando que se aprende e que cada erro nos impulsiona a seguir em frente, com determinação, coragem e esperança. Compartilhar nossas falhas e aprender com elas é o caminho para o sucesso verdadeiro e duradouro.

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‘A mudança exige coragem’: mais que nunca, devemos ousar para combater a pobreza

por Joana Noffs | Analista de de projetos do IDIS

 

Em 2021, o Brasil ultrapassou a marca de 63 milhões de pessoas vivendo em situação de pobreza, enquanto 33 milhões de pessoas enfrentavam a fome, de acordo com dados do IBGE e de uma pesquisa conduzida pelo Instituto Vox Populi. Ao mesmo tempo, uma parcela correspondente a 50% da população brasileira detinha apenas 0,4% da riqueza do país em ativos financeiros e não financeiros, segundo dados do World Inequality Lab, também de 2021.

A desigualdade foi agravada, também, pela pandemia no contexto global. Conforme evidenciado em um relatório da Oxfam, entre 2020 e 2022, o 1% mais rico do mundo concentrou quase dois terços de toda a riqueza gerada no período, totalizando cerca de U$ 42 trilhões. A desigualdade extrema na economia também se relacionada com problemas ambientais, raciais e de gênero, e demonstra a urgência de ações corajosas e criativas para enfrentar as vulnerabilidades sociais e institucionais que assolam não apenas o Brasil, mas que se desdobram em uma realidade preocupante à nível global.

A mesa que encerrou o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais de 2023, intitulada “Mais do que nunca, devemos ousar combater à pobreza!”, abordou e discutiu justamente esse cenário desafiador. A palestra contou com mediação da CEO do IDIS, Paula Fabiani, e com os convidados Gilson Rodrigues, presidente do G10 das favelas, Jean Jereissati, CEO da Ambev, e Nivedita Narain, CEO da Charities Aid Foundation (CAF) India. Os palestrantes apresentaram caminhos possíveis e experiências que, tendo a ousadia como impulsionadora, têm se mostrado significativas para pautar um futuro menos desigual.

 

 

Gilson Rodrigues abriu sua participação na mesa resgatando o tema da ousadia, que guiou o Fórum de 2023, e destacou que, apesar do aumento na concentração de renda e aprofundamento das desigualdades sociais no país em um período recente, não se deve definir as favelas e áreas periféricas brasileiras por um olhar de falta, pois isso apenas agrava sua marginalização.

Para combater o estigma e consolidar uma visão positiva sobre as favelas brasileiras, Gilson é uma das vozes que trazem histórias inspiradoras vindas de contexto de adversidade, demonstrando que a favela também é um lugar de muito conhecimento.  O G10 das favelas tem destacado a importância da inovação e empreendedorismo para atingir as mudanças necessárias. Ele argumenta que para o investimento social ser eficaz no combate à pobreza, deve garantir a geração de oportunidades ao combater problemas como a fome e a falta de acesso a serviços básicos.

“Nós acreditamos, efetivamente, que precisamos criar soluções a partir dessa realidade para que a favela possa prosperar e não depender apenas dessas condições [da doação]. (…) Temos buscado criar soluções para impactar positivamente a sociedade e para que a população possa ter trabalho e renda para se desenvolver, mas que também possa optar o que quer comer, pontuou Gilson. 

 

Para isso, segundo a liderança, o investimento social nas favelas deve sempre partir de uma atuação que fortaleça a autonomia dos moradores e seus territórios, e, assim, garanta a sustentabilidade financeira da implementação de projetos com potencial de transformação de desigualdades estruturais.

Através de sua experiência no setor privado, Jean Jereissati, CEO da Ambev, ressaltou em sua fala as inciativas bem-sucedidas que a empresa também tem desenvolvido com objetivo de contribuir com a esses mesmos desafios. Frente aos desafios cada vez mais severos causados pelas mudanças climáticas, que também aceleram fatores chave na manutenção da desigualdade, como a escassez de alimentos, deslocamentos populacionais e contaminação por poluentes, a Ambev busca tornar sua cadeia produtiva ‘carbono neutra’ nos próximos anos, e ressalta a importância da consistência na mitigação de impactos ambientais negativos. Como nos lembra Jereissati sobre as perspectivas para o investimento social privado no país, tomar riscos e ousar é necessário para que possamos obter resultados que são urgentes

Se você quer manter o status quo, você pode se arriscar menos, mas se você quer mudar, você precisa ousar. No Brasil, precisamos ousar para atingir uma filantropia sustentável, destaca o CEO da empresa.

 

Para além do compromisso com a sustentabilidade, que, na visão do palestrante, hoje deve ser encarado como obrigação, a gigante do setor de bebidas tem buscado utilizar-se de uma característica chave de suas atividades para gerar transformação social: sua capilaridade. Estando presente desde a ‘colheita do milho até o garçom na mesa do bar’, essa característica permite que a Ambev atue de forma coerente em frentes diversas. Com o Bora, por exemplo, a companhia tem buscado qualificar empreendedores e conectá-los através de sua rede, gerando inclusão produtiva. O VOA, por outro lado, é um programa de voluntariado da empresa que busca disseminar o conhecimento e expertise em gestão que seus funcionários possuem para iniciativas do terceiro setor, fomentando um ecossistema mais maduro de impacto social. Por fim, destacamos também, dentre as iniciativas mencionadas durante o evento, a água AMA, produto social da Ambev cujos lucros são revertidos para a garantia do acesso dos brasileiros à água potável em regiões de escassez hídrica.

Por fim, Nivedita Narain, CEO da CAF India, nos lembrou da coragem necessária para tomarmos ações estratégicas e planejadas na busca por uma sociedade mais igualitária.

 

Quando você fala em ousadia, eu penso em coragem, compartilhou Nivedita Narain.

 

Que esteve à frente de iniciativas em seu país que colocaram a sociedade civil organizada como um ator chave no enfrentamento da pobreza e da violência de gênero. Retomando tendências recentes da filantropia ao redor do mundo, Narain explica que houve uma mudança no século XXI no curso das doações privadas, que passaram a ser mais direcionadas aos governos, o que acarretou uma diminuição da integração de organizações da sociedade civil neste processo. Ecoando o trazido por Gilson, ela ressalta a importância de que as organizações comunitárias sejam ouvidas e tenham papéis ativos na construção de políticas articuladas entre governo, terceiro setor e investimento privado.

Durante sua apresentação, a líder indiana trouxe um exemplo sólido de como este tipo de ação coordenada pode ter sua faísca inicial com movimentações locais e escalar para uma política pública exitosa, a partir de uma iniciativa na Índia que começou levando crédito bancário a mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica na década de 1990 e que impactou na ampliação representação política de lideranças femininas e na diminuição da violência doméstica. De modo relevante, Nivedita explicitou que, quando discutimos o papel da filantropia no combate à pobreza em um quadro mais amplo, sobretudo quando falamos do Sul global, não podemos nos esquecer de olhar para a questão sob as lentes de gênero.

 

 

Precisamos de muita coragem para as mulheres, a mudança precisa de coragem, ela não acontece facilmente. E a forma da mudança é onde, na comunidade, as mulheres buscam esse espaço e conquistam esse espaço, pois ele não é dado para nós”.

 

Assim, Narain nos deixa como lição a necessidade de observamos fatores como participação comunitária e gênero quando refletimos sobre desenvolvimento local e para sermos capazes de atingirmos as metas da agenda 2030.

Encerrando a mesa, Paula Fabiani, CEO do IDIS, agradeceu aos presentes e apoiadores do evento, nos lembrando da importância das ações coordenadas entre governo, terceiro setor e empresas para o combate às desigualdades. Celebrando a ousadia das iniciativas apresentadas durante a conversa,

“Primeiro precisamos convencer os outros que aquilo é possível, afirmou Fabiani.

Enfatizando que sonhar é um ato necessário para que sejamos capazes de atingir mudança social.

— A equipe IDIS agradece a participação de todes!

 

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O processo avaliativo como um percurso necessário para a maximização do impacto socioambiental positivo

Por Daniel Barretti, gerente de monitoramento e avaliação no IDIS

A crescente demanda por resultados efetivos e aprimoramento do desempenho têm impulsionado organizações a abandonarem práticas tradicionais de coleta e apresentação de dados, em favor de abordagens de avaliação de impacto mais dinâmicas e baseadas em evidências. Superar a reportologia requer uma mudança cultural e organizacional, na qual a gestão com base em evidências emerge como alternativa promissora.

Durante a 12° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, e sob o norte temático “Da reportologia à gestão baseada em dados e evidências”, palestrantes discorreram sobre como suas organizações enxergam e têm lidado com os trabalhos de Monitoramento e Avaliação.

Para falar sobre a temática, participaram da mesa Cristiane Holanda, gerente de gestão social na Nexa Resources, Frineia Rezende, diretora executiva na The Nature Consevancy Brasil (TNC), Ionatan Gottfried, gerente de relações institucionais do RenovaBR, e Emanuelle Moraes, gerente de cidadania e sustentabilidade no Instituto Sicoob.

 

Todos os palestrantes convidados concordaram unanimemente sobre a importância da avaliação de impacto como um instrumento essencial na gestão de projetos, visando à maximização do impacto socioambiental positivo almejado, e não como uma ferramenta de cálculo numérico. “Os números não representam o resultado final, mas sim o ponto de partida”, resumiu Ionatan.

A visão está perfeitamente alinhada com o oitavo princípio do protocolo de avaliação SROI (Social Return on Investment), publicado pela organização britânica Social Value, intitulada ‘Be Responsive’ (em tradução livre, ‘Seja responsivo’). Esse princípio enfatiza a busca pelo valor social alcançado através de decisões apoiadas por relatórios de avaliação.

Cristiane entende que as áreas sociais das empresas privadas desempenham um papel de intermediação entre a criação de impacto positivo a partir das necessidades da comunidade e a tradução desses impactos para acionistas e investidores. “Ao demonstrarmos a evolução de indicadores de resultado como, por exemplo, renda e IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), passamos a ser vistos, interna e externamente, com mais valor”.

 

Quando se trata de avaliação de impacto, enfrentamos vários desafios, incluindo a dificuldade de atribuir a um projeto específico a responsabilidade por uma mudança, dado que diversas influências externas também desempenham um papel nesse processo. No entanto, para Frineia, o foco não é necessariamente medir o impacto em si, mas sim observar os resultados que nos indicam sua ocorrência.

“Não podemos ter medo de errar e nossas premissas nem sempre estão corretas”, completa.

Por fim,  como lição apreendida, fica claro que a coleta sistemática de dados e sua avaliação  representam uma possibilidade de reflexão sobre as iniciativas e projetos socioambientais. É preciso que se respeite o tempo e as condições de cada organização e, de maneira participativa, refletir sobre quais dados e evidências são verdadeiramente relevantes para maximização do impacto social gerado. Emanuelle  enfatiza o processo avaliativo como um potente espaço de diálogo. “O resultado final da avaliação não é o seu foco principal, mas sim o seu processo de execução”, finaliza.

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Contribuições para uma cultura filantrópica partir da experiência de Armínio Fraga

Por Paloma Pitre, analista de projetos no IDIS

Um dos convidados do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais foi Arminio Fraga, economista, filantropo, ex-presidente do Banco Central do Brasil e sócio fundador da Gávea investimentos. A participação dele na sessão “Em conversa com…”, que tradicionalmente traz pessoas ligadas à filantropia para uma entrevista e ocorreu no dia 14 de setembro de 2023 em São Paulo.

Sob condução de Paula Fabiani, CEO do IDIS, Armínio contou sobre as que o levaram para o caminho do investimento social, versando sobre os projetos com os quais se envolve atualmente, sendo fundador do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS).

A experiência de Armínio nos faz refletir sobre as causas capazes de motivar pessoas a se interessarem e dedicarem recursos, tempo e influência para temáticas sociais e ambientais. Assim, a trajetória pessoal do economista fomenta a discussão sobre caminhos e propostas capazes de ampliar a cultura de filantropia no Brasil, uma das missões do IDIS, que atua há mais de duas décadas nessa temática.

Dentre as motivações que levaram Armínio a adentrar no setor, ele cita que cresceu em um ambiente de defesa pelo engajamento social, no qual era estimulado a se solidarizar com as pessoas. Além disso, Armínio vem de uma família de profissionais da saúde, o que influenciou para que empenhasse esforços iniciais nesse setor.

Nesse sentido, é associado fundador do IEPS, instituto do ramo da saúde, criado antes da pandemia do coronavírus, que visa contribuir para o aprimoramento de políticas públicas para a saúde no Brasil por meio de atividades de advocacy e da realização de pesquisas científicas, fomentando, assim, a tomada de decisões baseada em evidências.

 

Nesse sentido, é associado fundador do IEPS, instituto do ramo da saúde, criado antes da pandemia do coronavírus, que visa contribuir para o aprimoramento de políticas públicas para a saúde no Brasil por meio de atividades de advocacy e da realização de pesquisas científicas, fomentando, assim, a tomada de decisões baseada em evidências.

Ao tratar da experiência do IEPS, Armínio abordou sobre o terceiro setor ser um espaço para se testar modelos que visem solucionar questões sociais e ambientais e, oferecendo bons resultados, podem ter essas soluções escaladas a nível de políticas públicas.

Com proposta semelhante ao IEPS, Armínio também é fundador do IMDS, organização que busca delinear, testar, propor, divulgar e acompanhar, políticas públicas que tenham como enfoque um impacto positivo no campo da mobilidade social, tema de extrema relevância  nacional considerando as desigualdades preexistentes no Brasil.

Por fim, o ex-presidente do Banco Central também contou da sua experiência como membro do conselho da , empresa que compra pastos degradados, realiza a restauração ecológica e quando há a formação de florestas, realiza a  comercialização do crédito de carbono gerado e transforma essas terras em reservas.

Para além dos impactos ambientais, as atividades também geram resultados sociais positivos, já que há um trabalho de atuação conjunta com as comunidades tradicionais presentes nos territórios tanto para a compra de terras de pequenos proprietários como também de geração de trabalho e renda, dentre outras ações. Isso nos leva a refletir sobre outro aspecto tratado por Arminio que é quanto a indissociabilidade do social e do ambiental quando tratamos de sustentabilidade coorporativa no campo social, ambiental e de governança (ESG).

As experiências e motivações de Arminio mostram possíveis caminhos por quem quer iniciar a jornada na filantropia ou mesmo intensificá-la. Sua experiência sinaliza que há uma diversidade de causas nas quais é possível se envolver, havendo a possibilidade de o investidor social encontrar qual melhor dialoga com seus valores, crenças pessoais e trajetória de vida. Ademais, há diferentes graus de engajamento, é possível ser fundador, apenas investidor ou mesmo unir esforços nos trabalhos da organização em questão.

Assista à sessão na íntegra:

O papel da filantropia familiar no enfrentamento de causas invisibilizadas

Por Isadora Pagy, analista de projetos do IDIS

Quando falamos de filantropia é comum pensarmos que se tratam de doações realizadas para causas como educação, saúde e combate à fome. A primeira imagem que nos vem à cabeça muitas vezes é a de crianças em situação de vulnerabilidade que precisam de ajuda. Não à toa que a causa infantil foi a que mais recebeu doações em 2022, representando 46% das doações realizadas no último ano, segundo a Pesquisa Doação Brasil 2022, coordenada pelo IDIS.

Apesar da grande importância e urgência de tais temas, outros acabam ganhando menos destaque, se tornando causas invisibilizadas, o que faz com que seja necessário termos ousadia para dar visibilidade e passar a priorizar esses temas, territórios e organizações. Ainda mais quando falamos de filantropia familiar, que tem se tornado cada vez mais estratégica, indo além de ações pontuais ou assistencialistas, tendo um grande potencial de transformação.

Tal ousadia foi o tema transversal do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2023, que aconteceu no dia 14 de setembro. Nele, foi realizada uma sessão para falar justamente sobre Filantropia familiar e o enfrentamento de causas invisibilizadas¸ contando com a presença de Ilana Minev, presidente do Conselho de Administração da Bemol, Luciana Temer, Diretora Presidente do Instituto Liberta e conselheira do Movimento Bem Maior, Philippine Vernes, Gerente Sênior de Parcerias Internacionais na CAF e, como moderador, Luciano Cerqueira, Coordenador de Projetos da Samambaia Filantropias.

Durante a conversa, Luciana Temer, que trabalha para dar visibilidade ao combate da violência sexual infantil como diretora no Instituto Liberta, comenta como muitos investidores e empresas não têm interesse em investir nesta causa por considerarem “um tema feio”, ou seja, não querem associar sua marca com a causa. Levantando também uma discussão sobre social washing e a realização de investimentos apenas em assuntos que estão “na moda”, visando a valorização da marca aos olhos do consumidor e de potenciais investidores.

Temer compara o tema com o combate à violência contra a mulher, que também não era falado, porque era considerado um assunto que deveria ser tratado dentro de casa, como o ditado que diz “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Ela ressalta que esse pensamento deve ser combatido, e que a violência sexual infantil, assim como a violência contra a mulher, “é intrafamiliar, é silenciada, está em todas as classes sociais”.

Apesar da importância, as causas invisibilizadas são consideradas residuais e não estruturantes. Justificativa utilizada mais uma vez para não olhar com seriedade e estratégia para tais temas. O que cria um grau de dificuldade maior de engajar parceiros, sendo necessária ousadia para endereçar tais questões socioambientais.

Além da causa de Luciana Temer, ainda há outras tão invisibilizadas quanto. Ilana Minev atua com a causa socioambiental na região da Amazônia e conta sobre as adversidades e peculiaridades de se trabalhar nesta região. Ela comenta que “quando você faz sozinho, você tem uma limitação de recurso, de tempo e de engajamento”, reforçando a importância de se trabalhar de forma colaborativa, um dos pilares para sua atuação, cooperando com outras organizações que também atuam na região.

Minev ressalta outra característica específica do território, de que “a maioria das pessoas têm um olhar de helicóptero [para a Amazônia]. Olha pela copa da árvore e vê tudo verde e vê rios. Mas é necessário descer e abaixar nas raízes e olhar essas 25 milhões de pessoas que moram e que buscam prosperidade”. Falando da potência que a região traz e da importância de se trabalhar de forma aprofundada, combatendo de novo o social washing.

Quando falamos de território, Luciano Cerqueira ressalta outro obstáculo que enfrentamos no passado, que foi da visão dos financiadores e organizações internacionais para com o Brasil como um todo, não apenas em relação à Amazônia. Ele comenta como o Brasil era visto como um país rico e desigual, que possuía riqueza para financiar causas sociais, o que causou a saída de grandes financiadores internacionais, em 2004. Luciano fala como esse movimento mudou e como as organizações internacionais passaram a enxergar novas possibilidades de parceria com o Brasil, trazendo uma boa perspectiva para organizações brasileiras.

Apesar das dificuldades levantadas, existem oportunidades para a filantropia familiar se tornar cada vez mais estratégica. Philippine Vernes, representante da CAF, organização britânica centenária de filantropia, comenta sobre a questão intergeracional, a transferência de riqueza para as próximas gerações, que abre portas para novas temáticas, formas de doar e de fortalecer o terceiro setor.

Assim, é preciso focar em um fortalecimento institucional das organizações, olhando para a governança, mobilização de recursos. De forma que o investimento social privado seja potente, duradouro, colaborativo e que contribua para as diversas causas sociais e territórios do país, trazendo visibilidade para todas e todos.

Confira a sessão completa:

“Onè”, Filantropos, “Respè”, com ousadia, foi a chamada da mesa de abertura do Fórum IDIS 2023

Por Rafaela Antoniazzi, Gerente de Projetos no IDIS

Na última quinta-feira, 14 de setembro, o IDIS realizou mais uma edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Destacando o tema “ousadia”, o evento foi realizado em São Paulo e contou com a participação de representantes de variados setores do Brasil e do mundo, focados em discutir como podemos evoluir o Investimento Social Privado brasileiro. Além do evento presencial, a programação foi transmitida ao vivo, alcançando cerca de 1.900 pessoas pelo país ao longo do dia.

A primeira mesa esquentou as discussões já abordando a temática geral do evento “Ousadia: elemento transversal para ações transformadoras, diversas e inclusivas” e contou com integrantes de peso: Eduardo Saron, Presidente da Fundação Itaú, Geyze Diniz, Cofundadora do Pacto Contra a Fome, Guerda Nicolas, Cofundadora do Ayiti Community Trust, e Rodrigo Pipponzi, Presidente do Conselho do Grupo MOL e moderador da mesa.

Observa-se que o setor social, especialmente após a pandemia da Covid-19, está vibrante e mais atuante do que nunca. Contudo, ainda que já existam numerosas intervenções sociais bem-sucedidas, a magnitude e gravidade dos problemas atuais não exigem de nós mais ousadia nas nossas ações?

Buscando abrir discussões acerca desses questionamentos, a mesa de abertura do Fórum apresentou provocações de quem não está na zona de conforto e tem ousado na Filantropia.

O que é afinal ousadia? Em sua fala inicial, o moderador Rodrigo Pipponzi destacou que:

“Talvez ousadia esteja em um lugar de fazermos mais e pensar um pouco menos, com responsabilidade, claro, mas priorizar mais a prática e a experiência para buscar a inovação que precisamos no campo.”

 

E foi isso que os palestrantes trouxeram com seus exemplos.

Por sua vez, Geyze Diniz apresentou o Pacto contra Fome, lançado no ano passado e cocriado por ela e mais 40 pessoas.

 

“Foi pelo inconformismo de sermos um país rico, que produz alimentos, que exporta alimentos, que tem o insumo, mas, ao mesmo tempo, a gente tem 33 milhões de brasileiros que passam fome todos os dias e, ainda por cima, a gente desperdiça 8 vezes o que seria suficiente para alimentar esta população.”

Sem dúvida uma iniciativa ousada a de Geyze e de seus colegas, que têm a meta de eliminar a fome no país até 2030 e garantir boa alimentação a todos até 2040. O Pacto Contra Fome procurou se diferenciar de outras organizações ao promover sinergias entre iniciativas do terceiro setor, do setor privado e do setor público. Hoje, em parceria com a UNESCO e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Pacto Contra Fome premia iniciativas para dar visibilidade a projetos já em curso.

Já Eduardo Saron, da Fundação Itaú, destacou ser necessário olhar para a nossa realidade e nossos dados.

“Por exemplo, todos os dias, um ‘Canadá’ de alunos vai às escolas públicas brasileiras. São 35 milhões de crianças lá do ensino infantil até o ensino médio que frequenta escolas públicas. ‘Um Mato Grosso’ de professores recebe esses alunos. Esses números são fantásticos e muito poderosos”.

No entanto, o Brasil apresenta baixos índices de qualidade educacional e caminha lentamente para reverter esse quadro. É urgente, então, que adotemos medidas diferenciadas e transformadoras. Por isso, ousadia é crucial.

Vinda diretamente do Haiti, Guerda Nicolas cativou a plateia explicando que, ao se encontrarem, é costume que as pessoas no Haiti digam “Onè” para que o outro responda “Respè”; sendo este um cumprimento que significa honra e respeito. É justamente com honra e respeito que o Ayiti Comunity Trust (ACT) tem sido uma força de transformação e é pioneiro ao alavancar e empoderar as pessoas locais. O ACT promove um modelo de financiamento permanente, facilitando planejamentos de longo prazo e, portanto, se distinguindo de outras organizações tradicionais no país. Mais importante, o ACT procura promover o potencial das comunidades haitianas, dando voz aos locais e desenvolvendo uma cultura de posse e de orgulho, permitindo a elas traçarem seus próprios caminhos e se apropriarem de suas narrativas:

 

“O ACT acredita que nós podemos criar nossas próprias ideias, e isso não é ousado? (…) Estamos criando uma confiança entre as comunidades. É uma confiança de que as nações negras podem liderar, e que os indivíduos podem confiar num indivíduo negro com milhões de dólares e acreditar que nós realmente podemos entregar algo”.

 

Em comum, os três participantes da mesa destacaram a importância de ouvir a todos, considerando e respeitando os vários tipos de saberes e olhando para a potência dos territórios. É crucial promover um modelo de gestão participativo, priorizando a sinergia entre os diversos indivíduos e setores. Ousado é pautar temas críticos relacionados à educação e fome, por exemplo, como um problema de todos, sem jamais perder esperança de que eles podem ser solucionados e, acima de tudo, ousar é confiar nas forças locais, trazendo-as para o centro de suas próprias decisões.

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Juntos pela Saúde participa de Congresso sobre saúde pública nas regiões Norte e Nordeste do Brasil

Entre os dias 4 e 6 de setembro de 2023, Luiza Saraiva, gestora do Programa Juntos pela Saúde (iniciativa do BNDES, gerida pelo IDIS), participou da 9⁰ edição do Congresso Norte Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, considerado um dos maiores eventos regionais da Saúde Pública realizados no Brasil.

Neste ano, o encontro ocorreu na cidade de Salvador (BA), no Centro de Convenções da capital baiana e teve como tema “As especificidades do Norte e Nordeste na Regionalização do SUS”. Estiveram presentes gestores, trabalhadoras e trabalhadores de Saúde e profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde de 2244 municípios dessas duas regiões do país.

Por ter como principal objetivo fortalecer o SUS no Norte e no Nordeste, o Juntos pela Saúde participou do encontro com vistas a compreender de forma mais profunda e detalhada o cenário da saúde nesta parte do país. “Foi muito importante para entender o cenário numa perspectiva mais ampla, já que pudemos ouvir secretários municipais, além de representantes do próprio Ministério da Saúde”, afirmou Luiza Saraiva. Para ela, ficou evidente que nessas regiões, mais do que em qualquer outra do Brasil, o SUS é essencial e garantir o seu bom funcionamento é urgente e muito significativo para as populações locais. 

 

Há, porém, muitos desafios a serem superados, alguns, bastante primários, como o acesso à internet, que é restrito nessa porção do Brasil – principalmente no Norte — e que dificulta o avanço da telemedicina. “Falamos muito em telesaúde, mas precisamos dar um passo para trás e pensar como estruturar uma rede que seja capaz de garantir a Saúde Digital para essas populações”, comenta Saraiva.

Investir em tecnologia para integrar dados de saúde das 3 instâncias – Federal, Estadual e Municipal – também foi destaque no Congresso. O avanço neste campo é de suma importância, pois permite uma gestão mais eficaz do SUS e um poder de impacto mais efetivo e transformador. 

Somar esforços para atender essas duas regiões do país é um chamado fundamental. Por isso, estar no Congresso foi não apenas importante para entender as complexidades a serem tratadas, mas também para estabelecer diálogos com secretários de saúde estaduais, entender as demandas e as ações já implementadas em cada região e apresentar o Juntos pela Saúde como um meio para potencializar esforços em prol de um SUS ágil e funcional no N e NE do Brasil.

Veja as fotos da 12° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

Aconteceu no dia 14 de setembro, em São Paulo, a 12ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Promovido pelo IDIS , o evento que busca acelerar soluções fomentar a prática de investimento social no país.

As conversas abordaram temas como ESG, transformação territorial, avaliação de impacto, fundos patrimoniais e muito mais, sempre sob a ótica da OUSADIA!

Confira algumas das imagens registradas ao longo do dia:

eNTRADA E CREDENCIAMENTO

 

aPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA

Abertura

 

ousadia: elemento transversal ações transformadoras, diversas e inclusivas

filantropia familiar: enfrentamento de causas invibilizadas

 

errando é que se aprendea: a história de quem ousou e não acertou de primeira

 

PRÊMIO EMPREENDEDOR SOCIAL: VENCEDORES 2022

A OUSADIA DA FILANTROPIA NA AGENDA ESG

 

ALMOÇO TEMÁTICO

 

JUNTOS PELA SAÚDE: COLAORAÇÃO DE IMPACTO ENTRE PODER PÚBLICO E INICIATIVA PRIVADA

 

EM CONVERSA COM…

 

alianças improváveis: a ousadia na defesa de causas e territórios

COFFEE BREAK

 

da reportologia à gestão baseada em evidências

 

modelos de financiamento: riscos calculados pra retornos transformadores

 

mais que nunca, devemos ousar para combater a pobreza

 

realização e apoio

A realização é do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, e apoio prata da Charles Stewart Mott Foundation; e apoio bronze da Ambev, B3 Social, BNP Paribas Asset Management, BTG Pactual, Fundação Itaú, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Sicoob, Movimento Bem Maior e Grupo RaiaDrogasil S.A. e Vale. A Alliance Magazine é a parceira de mídia.

 

Está no ar o site do Programa Juntos pela Saúde, iniciativa para fortalecer o SUS nas regiões Norte e Nordeste do Brasil

Está no ar o site do Programa Juntos pela Saúde

Lançada em dezembro de 2022, a iniciativa do BNDES e gerida pela equipe do IDIS, busca fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Para isso, conta com parcerias entre iniciativas pública e privada, numa lógica de matchfunding; onde, a cada 1 real doado por apoiadores privados, o BNDES adiciona mais 1 real, dobrando o valor investido e ampliando a capacidade de impacto dos projetos contemplados. 

No site lançado em Setembro, ficarão disponíveis as regras para participar do Programa, informações sobre os projetos apoiados, editais públicos, além de atualizações sobre a iniciativa e seus resultados, que contribuirão para garantir a transparência das ações junto à população.

Convidamos todos e todas a acessar www.juntospelasaude.org.br

Vale dizer que este é o único canal oficial do Programa, que não possui redes sociais. Para mais informações, também disponibilizamos o contato juntospelasaude@idis.org.br

Juntos pela Saúde é apresentado no maior evento de filantropia do país

Na última quinta-feira, 14 de setembro, aconteceu a 12ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, o principal evento dedicado ao tema no país. Com o tema ousadia, a programação contou com palestrantes nacionais e internacionais e reuniu pessoas de diversas partes do país, interessadas em participar ativamente das transformações sociais demandadas pela tão complexa – e desafiadora – realidade brasileira.

Logo após o almoço, que ocorreu no formato de mesas temáticas, os presentes assistiram à fala de Carla Reis, Chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde do BNDES. No painel “Juntos pela Saúde: colaboração de impacto entre poder público e iniciativa privada”, Carla apresentou o Programa, iniciativa do Banco e que, por meio da estratégia de matchfunding, busca reunir recursos para fortalecer a saúde pública nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. 

Gerido pelo IDIS, o Juntos pela Saúde alocará aproximadamente R$ 200 milhões em projetos de saúde ao longo de quatro anos, numa lógica em que, a cada R$1 doado por apoiadores, o BNDES adiciona mais um real, alavancando não apenas recursos, mas também o potencial de impacto.

Em sua fala, Carla pontuou a urgência de captar para a saúde, sobretudo em regiões de vazio sanitário, que sofrem com insuficiência de médicos e altas taxas de mortalidade, por exemplo, e que, portanto, necessitam de projetos perenes, de alto impacto social.

O Juntos pela Saúde visa reverter estes cenários de crise na saúde e transformar a realidade das populações que dependem do SUS nas regiões Norte e Nordeste do país. Para isso, a colaboração entre poder público e iniciativa privada é chave – e a base da iniciativa criada pelo BNDES.

O Programa está em fase de captação e contratação de projetos e já conta com o apoio do Instituto Dynamo, da RaiaDrogasil, Fundação Vale e Wheathon.

Para saber mais sobre a iniciativa, acesse www.juntospelasaude.org.br ou escreva para juntospelasaude@idis.org.br.

Quer saber mais? Assista à sessão completa:

Carta aberta em apoio ao Projeto de Lei 2.440/23 pelos Fundos Patrimoniais

Signatários da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, grupo multissetorial composto por mais de 100 organizações da sociedade civil e outras instituições e que almeja fortalecer o ambiente regulatório para este mecanismo, se manifestou publicamente em apoio ao Projeto de Lei (PL) 2.440/23, elaborado pelo Senador Flavio Arns e relatado pela Senadora Profa. Dorinha Seabra na Comissão de Educação (CE).

O PL busca complementar a Lei 13.800/19 dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos, partindo das ideias do projeto original, e incluindo medidas consideradas imprescindíveis à uma adequada regulamentação da tributação dos Fundos Patrimoniais. A proposta já foi aprovada pela Comissão de Educação do Senado Federal e, agora, está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sob a relatoria do Senador Rodrigo Cunha e deve ser pautado nas próximas semanas.

Com a aprovação do PL, avançamos para alcançar o potencial de impacto dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no Brasil.

Leia a carta completa e conheça todos os signatários 

 

Fórum IDIS 2023: importância da ousadia para a evolução da filantropia

Aconteceu em setembro, em São Paulo, a 12ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Promovido pelo IDIS, o evento busca acelerar soluções por meio das conexões e fomentar a filantropia no país.

Com o tema OUSADIA, as sessões abordaram assuntos como ESG, transformação territorial, avaliação de impacto, modelos de financiamento e muito mais. Ao longo do dia, participaram mais de 40 palestrantes brasileiros e internacionais. Entre os destaques, Armínio Fraga (filantropo e ex-presidente do Banco Central), Braulina Baniwa (diretora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade), Eduardo Saron (presidente da Fundação Itaú), Geyze Diniz (cofundadora do Pacto Contra a Fome), Gilson Rodrigues (Presidente do G10 Favelas), Guerda Nicolas (cofundadora do Ayiti Community Trust), Jean Jereissati (CEO da AMBEV), Luciana Temer (diretora presidente do Instituto Liberta), Marcelo Klein (Diretor de Gestão de Territórios na Vale), Nivedita Narain (CEO da CAF India), Priscila Cruz (Presidente executiva do Todos pela Educação) e Roberto Sallouti (CEO e membro do conselho do BTG Pactual). Estiveram presentes 265 convidados presencialmente e 934 acompanharam a transmissão ao vivo.

Depois de uma abertura emocionante com artistas do Favela Music, a mesa de abertura ‘Ousadia: elemento transversal para ações transformadoras’ logo de cara deu o tom do evento, que ao longo da programação trouxe diferentes olhares para a necessidade de ações ousadas no Investimento Social Privado para o enfrentamento de nossos desafios socioambientais.

Em seguida, na plenária ‘Filantropia familiar: enfrentamento de causas inviabilizadas’, foram abordados exemplos de pessoas que ousam e investem seus recursos em causas, territórios e organizações negligenciadas, por vezes controversas aos olhos do grande público, e como isso ajuda no fomento da cultura de doação.

Outra mesa trouxe uma discussão sobre um assunto pouco explorado: os erros. É comum que busquemos inspiração apenas em cases de sucesso, mas a mesa ‘Errando é que se aprende: histórias de quem ousou e não acertou de primeira’ mostrou como olhar para o que não saiu como o esperado pode ser igualmente inspirador.

A programação teve ainda a participação dos vencedores de 2022 do “Prêmio Empreendedor Social” da Folha de S. Paulo e Fundação Schwab, que puderam apresentar suas iniciativas e propósitos de atuação. O painel contou com a moderação de Eliane Trindade, editora do Prêmio.

Em seguida, Sir Ronald Cohen, considerado um dos papas do Investimento de Impacto, participou por vídeo, trazendo uma mensagem inspiradora e potente sobre o que ele chama de Revolução do Impacto, estimulando todos a fazer as coisas de forma diferente e a correr riscos para gerar transformações efetivas. Confira.

Embalados pelo chamado, a mesa seguinte, ‘A ousadia da filantropia na Agenda ESG’, trouxe a perspectiva corporativa sobre o tema. Em um cenário em que a agenda ESG avança com velocidade, é importante que as empresas busquem atuar no Investimento Social Privado orientadas por visão de longo prazo e com clareza das contribuições do ISP para sua estratégia de sustentabilidade.

Encerrada a programação da manhã, os convidados participaram de um coquetel seguido de um almoço temático: cada mesa tinha um anfitrião, que propunha um tema de conversa. Os participantes puderam escolher entre 18 opções e aprofundar as reflexões sobre as mais diversas questões.

No retorno do almoço, Carla Reis, Chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços da Saúde da Área de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, apresentou o programa Juntos pela Saúde e mostrou como, por meio de um modelo de matchfunding, o Banco vem somando capital público e filantrópico para fortalecer a Saúde Pública no Norte e Nordeste do Brasil.

A entrevista da tradicional sessão ‘Em conversa com…’ foi com Armínio Fraga, filantropo, fundador da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central. Ele explicou as razões que o levaram ao caminho do Investimento Social Privado, e falou sobre os projetos com os quais está envolvido atualmente.

Depois foi a vez de Rhodris Davies, em uma aparição também por vídeo, trazer reflexões sobre Inteligência Artificial. À medida que o mundo e as organizações descobrem como a IA pode ser útil (ou não) para a sociedade, como as OSCs e financiadores, em vez de adotá-la passivamente, podem tomar a liderança em demonstrar como a IA pode ser usada para promover mudanças positivas na sociedade? Veja o vídeo.

Outro tema de debate no Fórum 2023 foi a necessidade de um olhar cuidadoso para os territórios, suas singularidades e saberes, e como isso potencializa ações em diversas temáticas, amplificando vozes silenciadas e construindo um futuro mais promissor para todos. A temática foi trabalhada com profundidade na sessão  ‘Alianças Improváveis: a ousadia na defesa de causas e territórios’.

A mesa ‘Da reportologia à gestão baseada em evidências’, por sua vez, discutiu como a crescente demanda por resultados efetivos e aprimoramento do desempenho têm impulsionado organizações a abandonar práticas tradicionais de coleta e apresentação de dados em favor de abordagens de avaliação de impacto mais dinâmicas e baseadas em evidências. Os convidados compartilharam as experiências de organizações que conseguiram realizar com sucesso essa transição.

No painel ‘Modelos de financiamento: riscos calculados para retornos transformadores’, o debate girou em torno das alternativas cada vez mais inovadoras de financiamento, mirando no impacto socioambiental.

Fechando a programação do dia, na plenária de encerramento ‘Mais que nunca, devemos ousar para combater a pobreza!’, nossos convidados, lideranças de destaque em seus setores e países, reforçaram como ações ousadas e criativas podem reduzir, de fato, as vulnerabilidades sociais e institucionais no Brasil e no mundo.

Veja as fotos da 12° edição do Fórum de Filantropos e Investidores Sociais

 

“Quando começamos a planejar este encontro, tivemos dúvidas se teríamos casos suficientes de ousadia. Conforme fomos desenhando a agenda, descobrimos histórias surpreendentes e vê-las juntas, foi muito potente”, comentou Paula Fabiani, CEO do IDIS, no encerramento do evento.

 

Confira a gravação do evento na íntegra:

realização e apoio

A realização é do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, e apoio prata da Charles Stewart Mott Foundation; e apoio bronze da Ambev, B3 Social, BNP Paribas Asset Management, BTG Pactual, Fundação Itaú, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Sicoob, Movimento Bem Maior e Grupo RaiaDrogasil S.A. e Vale. A Alliance Magazine é a parceira de mídia.

FÓRUM BRASILEIRO DE FILANTROPOS E INVESTIDORES SOCIAIS

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais oferece um espaço para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em nosso canal do YouTube estão disponíveis listas com as gravações de todas as edições. Confira!

 

PL de incentivos fiscais para Fundos Patrimoniais é aprovado na Comissão de Educação e Cultura

O Projeto de Lei 2440/2023, que busca utilizar os incentivos fiscais já existentes na legislação brasileira para estimular doações a fundos patrimoniais filantrópicos, obteve aprovação em agosto por parte da Comissão de Educação e Cultura do Senado. Agora, o PL segue para análise na Comissão de Assuntos Econômicos.

O projeto  visa, também, esclarecer aspectos tributários relacionados às organizações responsáveis pela gestão desses fundos patrimoniais. O PL tem como objetivo fomentar a cultura de doação sem resultar em aumento significativo de renúncia fiscal, uma vez que será submetido aos limites já estabelecidos na legislação vigente, os quais ainda não são plenamente aproveitados pela população.

Essa aprovação na Comissão de Educação e Cultura do Senado representa uma conquista notável para o âmbito filantrópico, trazendo benefícios para organizações que abrangem uma diversidade de causas. Além disso, abre portas para a criação de fundos perpétuos direcionados a causas de interesse público, proporcionando uma fonte contínua de recursos. O projeto agora aguarda a nomeação de um relator para dar seguimento ao processo.

A conquista é fruto dos esforços de advocacy realizados pela Coalizão, liderada do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social. Durante o mês de agosto, Paula Fabiani, CEO do IDIS, esteve em Brasília para conversas e reuniões com figuras estratégicas, trabalhando no avanço da agenda dos fundos filantrópicos.

“O avanço dos fundos filantrópicos é essencial para impulsionar o desenvolvimento social do Brasil. Ao estabelecermos bases sólidas por meio de legislações que promovam a segurança jurídica e fiscal, como proposto na PL 2440/2023, estamos criando um ambiente propício para a prosperidade das doações e o fortalecimento das causas que impactam positivamente nossa sociedade”, destaca Paula Fabiani, CEO do IDIS.

 

Sobre a Coalizão pelos Fundos Patrimoniais

Coalizão pelos Fundos Filantrópicos é grupo multisetorial composto atualmente por 100 signatários, entre organizações da sociedade civil, empresas e pessoas que apoiam o aprimoramento da regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no Brasil, além da produção de conhecimento.

Lançada em junho de 2018, a Coalizão é liderada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, com apoio jurídico do PLKC Advogados. São parceiros master Itaú Asset Management e Santander, e parceiros pleno Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e Movimento Bem Maior.

Quer fazer parte da Coalizão? Entre em contato por comunicacao@idis.org.br.

Saiba mais: idis.org.br/coalizao/

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Programa Juntos pela Saúde tem novos apoiadores e primeiro projeto em execução

Em outubro de 2022, o IDIS, por meio de Edital Público, foi selecionado para ser o gestor do Programa Juntos pela Saúde, iniciativa de matchfunding do BNDES, que busca fortalecer o SUS nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Nesta porção do país, vivem aproximadamente 75 milhões de pessoas, das quais 9, entre 10, dependem exclusivamente dos atendimentos do Sistema Único de Saúde brasileiro. (IBGE, 2020).

No primeiro semestre de 2023, o Juntos pela Saúde ganhou corpo e força. Apoiadores como Fundação Vale, Wheaton, Instituto Dynamo e Grupo RD se uniram à causa e, hoje, o Programa já tem seu primeiro projeto de saúde em execução. 

Por meio de recurso doado pelo Instituto Dynamo, o projeto ImpulsoPrevine foi o primeiro a ser contemplado pelo Juntos pela Saúde. Iniciativa da ImpulsoGov, ele oferece apoio gratuito a municípios na gestão e monitoramento de indicadores da atenção primária, compilando  informações e dados estruturados sobre os resultados dos indicadores do Previne Brasil.

Com o recurso investido pelo Dynamo, o ImpulsoPrevine desenvolverá a funcionalidade do indicador específico de realização de exames preventivos, com foco no rastreamento do câncer de colo de útero, doença de fácil prevenção, porém, devido a defasagens no sistema primário de saúde, ainda com alta incidência na população feminina. 

Com isso, permitirá que gestores locais controlem com precisão os exames de rastreamento de câncer de colo de útero e tracem estratégias de prevenção mais eficazes. Ao todo, serão contemplados 19 municípios, validados pelo Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Vale lembrar que, na estratégia de matchfunding traçada pelo BNDES, a cada R$1 aportado pelas instituições parceiras, o Banco coloca mais R$1, dobrando a doação e ampliando o potencial de impacto dos projetos contemplados pela iniciativa. A expectativa é que, até o final de 2026, sejam destinados aproximadamente R$200 milhões para projetos de saúde que atuem no N e NE do Brasil.

Para ampliar a atuação do Juntos pela Saúde e beneficiar cada vez mais municípios do Norte e Nordeste, a equipe gestora do Programa segue em constante diálogo com atores-chave para a construção de parcerias. 

Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS esteve, em Junho de 2023, com a Secretária de Saúde do Estado de Pernambuco, Zilda Cavalcanti e, em agosto, visitou Manaus, para apresentar o Programa ao Secretário de Saúde do Amazonas, Doutor Anoar Samad. Na ocasião da viagem, também se encontrou com filantropos locais, visitou a Universidade Federal do AM, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a Fundação Rede Amazônica, sempre com foco em discutir possibilidades de trabalho conjunto que fortaleça o SUS na região. 

Para reforçar esse movimento de construção de parcerias, na primeira semana de setembro de 2023, Luiza Saraiva, gestora do Programa Juntos pela Saúde, participará do Congresso de Secretários Municipais de Saúde das regiões Norte e Nordeste, com a finalidade de conhecer novos secretários, além de projetos destacados pelos impactos já comprovados.

No horizonte próximo, esperamos que esses encontros e trocas tornem-se sólidas parcerias em prol da saúde pública brasileira.

Se você deseja saber mais sobre o Programa, tem interesse em tornar-se apoiador ou possui um projeto de saúde e deseja receber recursos, clique aqui ou escreva para juntospelasaude@idis.org.br.

IDIS apresenta renovação no corpo de conselheiros

O IDIS passou por uma recente transição em seu corpo de conselheiros. Além de sua dedicação à promoção do investimento social estratégico e ao fortalecimento das práticas de responsabilidade social, o IDIS prioriza a transparência, a eficiência e a governança em todas as suas ações.

O corpo de conselheiros do IDIS é resultado de um processo cuidadoso, que visa não apenas a continuidade da missão e dos valores da organização, mas também inovação e renovação de perspectivas.

Para somar ao conselho deliberativo, Françoise Trapenard juntou-se ao time. Ela é formada em Administração de Empresas pela FEA-USP, com pós-graduação em Gestão pela ESSEC (França) e mestrado em Filosofia pela Université de Paris IV (Sorbonne – França). Com mais de 20 anos de atuação na área de Recursos Humanos, encerrou sua carreira executiva como responsável pelo investimento social de uma grande corporação. Atualmente, Françoise é conselheira de diversas organizações da sociedade civil e também dedica seu tempo como voluntária em projetos sociais.

No conselho fiscal, recebemos Guilherme Amorim Campos da Silva. Pós-doutorando em Direito Econômico e Financeiro pela Universidade de São Paulo, Guilherme é doutor em Direito Constitucional, mestre em Direito do Estado e bacharel pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sua vasta experiência de mais de 25 anos como professor universitário e orientador de trabalhos de Mestrado e Doutorado abrange temáticas relacionadas ao acesso à justiça, empresas e sustentabilidade. No momento, ele faz parte das Comissões de Direito Constitucional e da Especial de Direito Notarial e Registros Públicos da OAB/SP. Ademais, é membro do Grupo de Trabalho Estado Laico da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e integra os Conselhos Curadores da Fundação Gol de Letra e da Fundação Padre Anchieta/TV Cultura.

Na mesma equipe do Conselho Fiscal, Claudio Sertório assume o cargo de Presidente. Ele é Sócio Membro de diversos comitês da KPMG Brasil; Chair do Comitê de Remuneração dos sócios e Membro do Conselho Deliberativo da KPMG Prev. É formado em Economia – 1994 e Ciências Contábeis – 1999, ambas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC. É Conselheiro certificado pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, turma 100. Coordenador e membro do Grupo de Trabalho de Bancos – GT1 – do IBRACON – Instituto Brasileiro dos Contadores; Instrutor de contabilidade no IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

Para conferir a configuração completa dos novos conselhos, acesse aqui.

Em Manaus, IDIS realiza visita a organização participante do programa Transformando Territórios

Felipe Groba, gerente do programa Transformando Territórios, visitou a Manauara Associação Comunitária em Manaus. Durante a visita, o IDIS ofereceu apoio em reuniões de relacionamento, captação e planejamento, além de visita a projetos sociais apoiados pelo Manauara na cidade

A organização faz parte do programa Transformando Territórios, realizado pelo IDIS para fortalecer institutos e fundações comunitárias pelo Brasil.

Em um desses encontros, realizado no INDT – Instituto de Desenvolvimento Tecnológico, reuniram-se empresários, filantropos, líderes sociais e membros da Governança do Manauara, oportunidade na qual foi apresentado o propósito do Fundo Icamiabas, que tem por objetivo reunir recursos filantrópicos para apoiar mulheres guerreiras de Manaus, que causam impacto direto em comunidades da cidade.

Em outra ocasião, Felipe visitou o Reuna, projeto liderado por Dona Cristina na comunidade da Redenção, na Zona Oeste de Manaus, e apoiado pelo primeiro edital do Manauara.

“Manaus é uma cidade com enormes desafios, e a visita ao Manauara e projetos apoiados mostrou a potência da FIC para agitar a filantropia local. O Fundo Icamiabas coloca os holofotes sobre as mulheres guerreiras de Manaus, que atuam no dia a dia para superar questões que vão da fome e da gravidez na adolescência à falta de saneamento básico e de oportunidades de emprego formal. Com uma governança diversa e uma visão de futuro para a cidade, o Manauara irá – sem dúvida – contribuir para a cultura de doação local e para o engajamento de empresas e famílias manauaras com os desafios socioambientais do território.”, afirma Felipe Groba.

 

Juntos pela Saúde participa de agenda estratégica na Região Amazônica

Neste mês de Agosto 2023, Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS, visitou Manaus, para apresentar a atores-chave da região amazônica o Programa Juntos pela Saúde, iniciativa de matchfunding do BNDES, que busca reunir recursos para fortalecer o SUS nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Na ocasião da viagem, Sylos se reuniu com a equipe da Fundação Amazônia Sustentável (FAS),  para apresentar a iniciativa do BNDES e conhecer os projetos que a organização realiza.

Houve, ainda, um encontro na Universidade do Estado do Amazonas, da qual participaram a vice reitora Katia do Nascimento Couceiro e o pro reitor Darlisom Sousa Ferreira. Foi um momento de troca relevante para conhecer os projetos sociais da Universidade e traçar possibilidades de trabalho conjunto para fortalecimento do SUS na região.

Alfredo Lins, Secretário do Escritório de Representação do Estado do Amazonas em São Paulo, Dr. Anoar Samad, Secretário de Saúde do Amazonas e Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS, na Sede da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas.

Guilherme também foi recebido pelo Secretário de Saúde do Amazonas, Dr. Anoar Abdul Samad, juntamente com Alfredo Lins de Albuquerque, Secretário de Estado Chefe do Escritório de Representação do Estado do Amazonas em São Paulo. Assim como nas demais reuniões, Sylos apresentou o Juntos pela Saúde e conheceu os principais desafios do Estado do Amazonas em relação à saúde. O maior deles, relacionado à população que está fora do centro urbano de Manaus e que precisa se deslocar até lá para realizar exames e tratamentos mais complexos.

Por fim, houve um encontro com a Fundação Rede Amazônica e também com filantropos locais.

A expectativa é que esses encontros construam pontes e parcerias em prol da saúde pública na região amazônica.

 

Saiba o que é e como funciona o Programa Juntos pela Saúde

Vaga de Estágio em Monitoramento e Avaliação

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para estagiário na área de Monitoramento e Avaliação.

Os estagiários são responsáveis por dar suporte à execução das atividades conduzidas e apoiadas pelo IDIS, garantindo cumprimento de prazos, qualidade nos produtos desenvolvidos e serviços prestados. Leia com atenção as instruções sobre o processo de seleção e os requisitos para participação.

 Acesse a vaga na 99Jobs e inscreva-se.

 

Responsabilidades e oportunidades

  • Apoiar nas atividades dos projetos de Monitoramento e Avaliação do IDIS, respeitando os prazos acordados e zelando pela qualidade dos produtos entregues;
  • Realizar coleta e análise de dados quantitativos e qualitativos necessários para a execução dos projetos de Monitoramento e Avaliação;
  • Realizar pesquisas de conceitos, referências e benchmarking que enriqueçam os projetos e tragam embasamento para os produtos desenvolvidos;
  • Participar das reuniões periódicas (online e presencial) da organização.

 

requisitos

  • Estar cursando, no mínimo, o 3º ano da faculdade no momento do início do estágio (jun/23), não importa o curso;
  • Ter interesse no terceiro setor, na área de monitoramento e avaliação de projetos sociais;
  • Domínio do pacote Office (Word, Excel, Power Point) e internet;
  • Disponibilidade para atuação presencial no escritório do IDIS, em São Paulo;
  • Facilidade para trabalhar em equipe.

 

DESEJÁVEL

  • Conhecimento em sistematização e análise de informações qualitativas;
  • Conhecimento na área de ciência de dados ou sistematização e análise de dados quantitativos em planilha Excel, incluindo manuseio de base de dados, elaboração de tabelas dinâmicas e gráficos;
  • Elaboração de apresentações com boa apresentação visual, clareza e objetividade na transmissão de conteúdos;
  • Conhecimentos sobre análise estatística;
  • Experiência com softwares de análise de dados de qualitativos e quantitativos;
  • Domínio intermediário da língua inglesa.

Benefícios

  • Bolsa auxílio: R$ 1.500,00
  • Vale-transporte
  • Vale Alimentação e refeição
  • Seguro de vida
  • Credencial plena do Sesc
  • Day off de aniversário

Tipo de trabalho – Híbrido: Combinação de presencial e remoto

INSCRIÇÃO

Para inscrever-se para essa oportunidade, acesse a página da vaga na 99Jobs até 10 de setembro de 2023.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos.

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a co-criação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

 

               

 

Doações individuais para ONGs e projetos socioambientais em 2022 somam R$ 12,8 bilhões

Promovida pelo IDIS, a Pesquisa Doação Brasil é o mais amplo estudo sobre a prática da doação individual no País. Em sua 3° edição, traz um capítulo especial sobre a Geração Z

A prática da doação vem ganhando cada vez mais força no Brasil. Em 2022, 84% dos brasileiros acima de 18 anos e com rendimento familiar superior a um salário mínimo fizeram ao menos um tipo de doação, seja de dinheiro, bens ou tempo, na forma de voluntariado. Dois anos antes, a média era de 66%. A doação diretamente para ONGs e projetos socioambientais foi praticada por 36% dos respondentes, mantendo-se estável. Estes achados integram a terceira edição da Pesquisa Doação Brasil, iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e realizada pela Ipsos.

 

 

O lançamento e divulgação dos dados da publicação aconteceu no dia 24 de agosto, em um evento online, transmitido via YouTube. O evento rendeu mais de 1.000 visualizações da transmissão ao vivo. Confira a gravação:

 

 

O levantamento explora também o volume de recursos destinado. A mediana das doações alcançou R$ 300. Em 2015 era de R$ 240 e em 2020, de R$ 200. O crescimento foi puxado por um maior percentual de doações mais altas durante o último ano. O cálculo permite estimar que R$ 12,8 bilhões foram destinados a ONGs e projetos socioambientais, o equivalente a 0,13% do PIB de 2022 (R$ 9,9 tri). Para efeito de comparação, em 2021, segundo o Benchmarking do Investimento Social Corporativo, o BISC, o valor destinado a organizações e causas de interesse público pelas 324 empresas e 17 institutos participantes foi de R$ 4,1 bilhões.

“O Brasil é um país com muitas desigualdades e a prática da doação é um aspecto fundamental da nossa sociedade. Na Pesquisa Doação Brasil, nos dedicamos a compreender quem são os doadores, quais suas motivações, qual a percepção que têm sobre as ONGs e quais são as barreiras apresentadas por não doadores. Neste ano, ainda nos debruçamos sobre a Geração Z, os doadores do futuro. São dados importantes, que contribuem para incidirmos no fortalecimento da cultura de doação”, comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Conheça outros destaques da Pesquisa Doação Brasil 2022:

  • Mais da metade da população com rendimento familiar acima de 6 salários mínimos fez ao menos uma doação institucional em 2022. As únicas faixas que registraram crescimento no percentual de doadores foram a população com renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos (de 25% para 29%), menor escolaridade – de 27% para 32% entre aqueles com até o Ensino Fundamental completo – e adultos acima de 60 anos (de 32% para 42%). Os homens estão doando mais. 37% dizem ter feito alguma doação para ONG ou projeto socioambiental em 2022 (um aumento de 5 pontos percentuais) e agora a participação se equiparou à das mulheres, que caiu nos últimos anos.
  • Cresce o número de doações para a causa da saúde e a pessoas em situação de rua. Crianças/causa infantil segue liderando o ranking.
  • ONGs não conseguiram manter percepção positiva gerada durante a pandemia, quando foram protagonistas de grandes ações. Apesar de piora da imagem junto aos brasileiros, nível ainda é superior àquele identificado em 2015.
  • O impacto da pandemia ainda perdura e 38% dos doadores dizem que a experiência os levou a doar mais para ONGs.
  • Instagram é a rede social que mais influencia na doação, mas não é a que capta os valores mais altos, posto ocupado pelo WhatsApp.
  • Os jovens da Geração Z estão doando mais do que no passado, têm uma percepção melhor das ONGs do que a população em geral, e admitem mais a influência das mídias sociais na hora de doar.
  • Perspectiva de aumento das doações é positiva e não doadores se mostram inclinados a repensarem suas atitudes: 93% deles afirmam que poderiam passar a doar (este número era 57% em 2020 e 40% em 2015).

Captcha obrigatório

 

QUAL O DESTINO DAS DOAÇÕES EM DINHEIRO?

Entre os respondentes, 48% disseram que fizeram algum tipo de doação em dinheiro em 2022. O valor é 7 pontos maior que aquele encontrado em 2020 e equivalente ao patamar de 2015 (52%). Parte desses recursos foi destinado a ONGs, projetos socioambientais ou campanhas de cunho social, sendo o percentual da população que faz doação institucionais é de 36%. Chama atenção, entretanto, o aumento significativo do percentual de pessoas que declararam doar esmolas, subindo de 6% em 2020 para 16% em 2022. Esse crescimento está alinhado com o aumento (de 1% em 2020, para 10%) das doações institucionais para organizações e projetos que atendem pessoas em situação de rua, mostrando a sensibilidade aguçada para a causa.

 

MEIOS DE PAGAMENTO

Para fazer as doações institucionais, o PIX foi canal favorito. O instrumento de pagamento surgido em 2020 já conquistou a preferência de 39% dos doadores, enquanto a doação em dinheiro vivo vem sendo cada vez menos adotada. Também chama a atenção o aumento no percentual dos que declararam ter feito doação na forma de arredondamento, isto é, abrindo mão do troco de centavos para que o estabelecimento comercial encaminhe o valor para alguma organização socioambiental. A escolha, que era feita por menos de 1% dos doadores institucionais em 2020, passou a ser feita por 11%.

“Um fator essencial para alavancar as doações são as tecnologias de doação. Esse avanço teve efeito na facilidade operacional de doar, com ferramentas como botões no e-commerce, redes sociais e o pix”, explica Renata Burroul, consultora técnica das três edições da Pesquisa Doação Brasil.

 

PERCEPÇÃO SOBRE AS ONGS

Em 2020, com o protagonismo das ONGs durante a pandemia, houve, entre a população, uma melhora significativa da opinião pública sobre as organizações da sociedade civil. Dois anos depois, os dados mostram uma retração considerável, mas ainda mais positiva que a imagem em 2015.

Os maiores recuos surgem nas questões relativas à confiança nas organizações do terceiro setor. Na afirmação “As ONGs deixam claro o que fazem com os recursos que aplicam”, houve uma queda de 14 pontos percentuais na concordância (de 45% para 31%); e para “A maior parte das ONGs é confiável”, o registro foi de 10 pontos percentuais a menos (de 41% para 31%).

“A Pesquisa começa a deixar mais claro quais os efeitos efêmeros da pandemia e quais aqueles que vieram para ficar. A imagem sobre o trabalho realizado pelo Terceiro Setor é ainda bastante volátil e propensa a acompanhar o contexto social. É importante que o setor colabore entre si para fortalecer a percepção e o engajamento da sociedade em geral”, comenta Luisa Lima, gerente de Comunicação e Conhecimento no IDIS.

Os jovens da Geração Z, pelo contrário, se mostram muito mais otimistas e positivos em relação às ONGs em todos os quesitos. A diferença em relação à população em geral é especialmente maior na afirmação de que as “ONGs levam benefícios a quem realmente precisa” (74% entre a Geração Z contra 58% da população geral). Em afirmações como “As ONGs deixam claro o que fazem com os recursos” e “A maioria das ONGs são confiáveis” a concordância da Geração Z está na casa dos 39%, o que mesmo sendo maior que na população em geral, ainda é ponto de atenção.

 

CÍRCULO SOCIAL OU MÍDIAS DIGITAIS: QUAL INFLUENCIA MAIS A DOAÇÃO?

Foi incluída nesta edição uma pergunta relacionada aos atores que mais estimulam a doação. Pedimos que os doadores institucionais escolhessem, dentre uma lista de possibilidades, os três mais importantes para eles. As respostas mostraram que o convívio social nos locais religiosos e nas comunidades têm maior poder de influenciar o doador, seguido da a família, vizinhos e amigos. Já as mídias sociais e influencers digitais aparecem na quarta posição, com 17%. Entre a Geração Z, o valor de alcance das mídias e influencers digitais cresce para 25% dos doadores.

Quando perguntados sobre quais mídias sociais os influenciam a doar, as mais citadas, tanto entre os doadores institucionais da população geral quanto no recorte de Geração Z é o Instagram (85% e 89% respectivamente); seguida pelo Facebook (33% e 37%, respectivamente). Após as duas primeiras colocadas, temos as mudanças mais significativas: enquanto a população geral considera YouTube e WhatsApp (ambas com 13%) entre suas outras maiores influências, na Geração Z, a terceira e quarta colocação ficam com TikTok e YouTube. Nesse recorte, o WhatsApp aparece com apenas 4% de respostas, atrás também do Twitter. Em ambos os casos, o LinkedIn foi a rede menos citada.

ATUAÇÃO CIDADÃ DE MARCAS E EMPRESAS

Nesta edição, procuramos compreender como a percepção sobre a reputação de marcas e empresas influencia as decisões de consumo. O resultado mostra que as pessoas punem muito mais as empresas e marcas que possuem condutas inadequadas (77%) do que premiam as que adotam boas práticas investimento social (44%). Entre os doadores institucionais, esse impacto é ainda maior – 85% e 49%, respectivamente.

 

GERAÇÃO Z: COMO DOA O JOVEM ENTRE 18 E 27 ANOS?

Assim como na população em geral, os dados sobre Geração Z demonstram que eles também estão doando mais. Enquanto, em 2020, 63% deles diziam ter realizado algum tipo de doação, em 2022 o número chega a 84%, igualando-se à média nacional. Os destaques de doação nesse recorte estão principalmente para doadores de bens (76%) e trabalho voluntário (30%). Já quanto à doação de dinheiro para ONGs e projetos socioambientais, os jovens ficam 9 pontos abaixo da média geral, 27% contra 36% – fenômeno natural, uma vez que a disponibilidade de dinheiro nessas idades, por vezes, é menor do que quando comparada a pessoas mais velhas. Por outro lado, eles tendem também a ter uma visão mais positiva sobre a doação e sobre as ONGs.

A Pesquisa mostra também que jovens que doam tem a tendência de também promover, ou contribuir de alguma forma em campanhas de arrecadação ou mobilização para ajudar outras pessoas. Isso foi confirmado por 7 em cada 10 jovens doadores em 2022 e, 20% deles dizem terem feito isso mais de uma vez.

Quando falamos em causas, ações ligadas à infância e ao combate à fome são as duas primeiras colocadas na preferência dos brasileiros, e isso se confirma também entre os jovens. Porém, o ranking segue com diferença entre os doadores da Geração Z e da população geral. Os jovens se sensibilizam mais com pessoas em situação de rua e situações emergenciais, mostrando disposição à questões mais visíveis e com impactos mais imediatos. A causa animal também conta com mais simpatizantes entre a Geração Z do que na população como um todo.

PERSPECTIVAS 2023

De modo geral, há um clima de otimismo em relação ao crescimento da prática da doação. Entre os doadores institucionais, 45% afirmam que doará mais no ano seguinte. Na edição anterior, este percentual foi de 36%. O mesmo movimento aparece entre os doadores da Geração Z: 52% se dizem disposto a doar mais. Positivo também que 93% dos não doadores disse que poderia passar a doar, uma grande variação em relação a 2020, quando apenas 57% estavam dispostos a isso. O gatilho para a mudança de atitude, entretanto, dividiu opiniões. 28% disseram que passaria a doar se tivesse mais dinheiro, 13% indicaram que gostaria de saber como o dinheiro está sendo usado e, 12%, que deseja conhecer uma ONG em que confie.

“Um dado que me chamou muita atenção, e que me deu muita alegria, é o fato de que 93% dos não doadores podem mudar de lado (…) Esse número é fruto do trabalho de muitas organizações trabalhando para que isso acontecesse”, comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS, durante evento de lançamento da Pesquisa.

METODOLOGIA

A Pesquisa Doação Brasil 2022 foi realizada entre 03 de maio a 13 de junho de 2023 a partir de uma abordagem quantitativa, com a realização de 1.508 entrevistas telefônicas. A amostra é representativa do cenário nacional e a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Perfil dos participantes

  • Homens e mulheres
  • Classe: ABC
  • Idade: maiores de 18 anos
  • Renda familiar superior a 1 salário mínimo

 

REALIZAÇÃO E APOIADORES

A Pesquisa Doação Brasil 2022 é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e da CAF – Charities Aid Foundation. A realização é da Ipsos e conta com o apoio do Instituto Beja, Movimento Bem Maior, Raízen, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto MOL, Doare e Instituto Phi. Contribuíram também os filantropos Luis Stuhlberger e Teresa Bracher.

IDIS recebe Cida Bento para debate sobre branquitude

Na última semana, o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) teve a honra de receber a renomada autora e ativista Cida Bento em uma reunião com toda a equipe. O encontro, promovido pelo Comitê da Diversidade do IDIS, proporcionou aos colaboradores uma oportunidade única de dialogar e refletir sobre as questões abordadas no livro ‘Pacto da Branquitude’ (Cia da Letras, 2022)

 

A ocasião foi marcada por diálogos profundos e pela exploração das complexidades que envolvem o tema da branquitude, ambiente de trabalho e suas implicações na sociedade brasileira. O encontro ocorreu no Rubens Naves Santos Jr Advogados, localizado no Conjunto Nacional, em São Paulo, espaço cedido pelo conselheiro fiscal do IDIS e sócio do escritório de advocacia, Guilherme Amorim.

 

O livro é uma obra de destaque no cenário da luta contra o racismo no Brasil. A autora, que é fundadora do CEERT- Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, aborda de maneira franca e crítica a questão da branquitude, um termo que descreve o privilégio racial que indivíduos brancos têm em uma sociedade predominantemente branca. Cida Bento conduziu uma conversa envolvente, compartilhando reflexões e perspectivas que desafiaram os participantes a repensarem experiências e atitudes em relação à questão racial.

 

 

Durante a fala, Cida enfatizou a importância de promover a inclusão e a igualdade racial em todos os setores da sociedade, e como isso é fundamental para a construção de um Brasil mais justo e diverso, principalmente em organizações da sociedade civil.

 

 

“Instituições mais equânimes ajudam a sustentar uma sociedade mais democrática”, pontua Cida Bento, autora do livro ‘O Pacto da Branquitude’. 

 

Os colaboradores do IDIS, puderam trazer perguntas acerca do livro e da temática e discutir estratégias para fomentar a inclusão e a equidade racial não só em em atividades individuais pessoalmente, mas também profissionais e junto a investidores sociais. 

 

O encontro, coincide com o período de realização do segundo censo interno do IDIS, que monitora o perfil demográfico da equipe nas temáticas da diversidade. Para Cida, realizar uma pesquisa interna é um dos importantes primeiros passos para o início de um processo de reconhecimento e de atuação em prol da temática. “Ouvir as recomendações da Cida para promoção de um ambiente mais diverso e saber que isso está em linha com propostas do Comitê de Diversidade mostra que estamos no caminho certo nessa jornada”, comenta Alexandre Gonçalves, líder do Comitê de Diversidade e analista de comunicação do IDIS. 

 

Esta reunião de equipe com Cida Bento integra uma série de iniciativas de reuniões e letramentos internos na jornada do IDIS em direção à promoção da diversidade e da igualdade racial, também alinhada à missão central do IDIS de fortalecer o investimento social no Brasil. Após a reunião, a equipe ainda teve espaço para que Cida autografasse os livros, cujos exemplares foram distribuídos previamente para toda a equipe. 

Conheça o Comitê de Diversidade do IDIS.

IDIS lança Pesquisa Doação Brasil 2022 em agosto

Em sua terceira edição, a Pesquisa Doação Brasil  apresenta dados e análises atualizadas sobre a prática de doação dos brasileiros e, neste ano, conta com um capítulo inédito dedicado às práticas de doação da Geração Z

Qual é o perfil do doador brasileiro? Quais as motivações e causas preferidas? Qual é a percepção em relação às ONGs? Para atualizar as respostas para essas e outras questões que contribuem para a compreensão do cenário da cultura de doação no Brasil, o IDIS apresenta a Pesquisa Doação Brasil 2022.

O lançamento acontecerá no dia 24 de agosto, das 9h às 11h, em uma transmissão online gratuita. O evento contará com a presença de especialistas que analisarão os dados. Essa iniciativa é a principal fonte sobre esse tema no país e chega agora à sua terceira edição.

Além da tradicional apresentação dos dados gerais da população brasileira, a Pesquisa Doação Brasil 2022 também inclui um capítulo temático inédito dedicado à análise das práticas dos jovens. Ele explora os hábitos de doação da Geração Z em termos individuais e suas diferenças em relação à população geral.

O estudo também oferece uma leitura dos dados a partir do contexto sociopolítico brasileiro atual. O objetivo é mapear os hábitos de doação dos brasileiros, caracterizando e permitindo o acompanhamento dos fatores que contribuem para o fortalecimento da cultura de doação no Brasil ao longo dos anos. Isso contribuiu para a formação de ideias de ações específicas para mudanças de atitude.

A Pesquisa Doação Brasil 2022 é uma iniciativa do IDIS e da CAF – Charities Aid Foundation. A realização é da Ipsos e conta com o apoio do Instituto Beja, Movimento Bem Maior, Raízen, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto MOL, Doare e Instituto Phi. Deixamos também agradecimentos especiais a Luis Stuhlberger e Teresa Bracher.

FUNDAES: Apoio a organizações locais contribui para superar desafios socioambientais no Espírito Santo

Fundada em 2002, a Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo – FUNDAES busca promover e fortalecer o estado do Espírito Santo por meio das organizações sociais acreditando que o desenvolvimento de um território começa com o apoio aqueles que trabalham localmente para a redução das desigualdades.

 

Entre os projetos promovidos pela entidade estão capacitações, pesquisas, formação de redes colaborativas e advocacy. A FUNDAES também auxilia entidades associadas na candidatura de projetos aos editais de fundos sociais, tanto no âmbito dos municípios quanto do estado do Espírito Santo.

 

A realização de todas estas atividades é possível por meio da captação de recursos com várias fontes de financiamento. Entre elas estão a geração própria de receita por meio da anuidade paga pelas afiliadas – atualmente, são 41 organizações – e também as contribuições de empresas sediadas no estado, grandes parceiras da Federação.

 

Com o apoio do Programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation, a FUNDAES assume um novo papel no território, o de instituto comunitário. Em que o papel principal é integrar e articular o ecossistema de impacto do estado, debatendo as demandas da sociedade capixaba compartilhando conhecimentos, investindo na profissionalização do terceiro setor da região e financiando iniciativas e projetos sociais na região.

 

Esta nova atividade ganhou um braço operacional próprio, chamado de Fundo de Investimento Comunitário Capixaba – “FIC”. O objetivo é atrair o investidor social capixaba para apoiar projetos e iniciativas locais que transformem a região. O Fundo conta com um Comitê Gestor próprio que reúne seis representantes da sociedade civil com diferentes expertises. Entre novembro de 2021 e maio de 2022, o Fundo captou R$ 195 mil com fontes de recursos diversas, dentre elas doações de institutos empresariais, doadores pessoas físicas (dentre eles membros da governança da FUNDAES), associações empresariais, famílias, cooperativas e empresas nacionais e internacionais.

 

Robson Melo, Presidente da FUNDAES, apresentando o fundo da FIC

 

Esta pluralidade de fontes doação é uma das principais características das fundações e institutos comunitários, que atuam como uma ponte entre os interesses dos doadores e investidores sociais para atender as  demandas identificadas e endereçadas pelas organizações e iniciativas do território.

 

Projeto Abrace a Vida, apoiado pela FUNDAES

Financiadas por fontes de recursos diversas: buscam construir ao longo do tempo bases diversificadas de captação de recursos, sempre que possível, realizando a captação também junto à própria comunidade, de modo a impulsionar o papel coinvestidor dos cidadãos, aumentar o engajamento comunitário e contribuir com a construção de relações baseadas na confiança e transparência, na qual tanto o instituto/fundação comunitária quanto cidadãos compartilham a responsabilidade sobre o território e sua comunidade.

 

A FUNDAES é uma das organizações mais bem-sucedidas nesta frente, buscando inovar nas relações com os doadores e arrecadação de doações. Este ano a organização está se dedicando a abrir novas frentes de captação, realizando uma parceria com o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Sergio Aboudib no lançamento da sua autobiografia, l, que destinou 100% da venda do livro para o Fundo de Investimento Comunitário Capixaba e que contou com quase 100 doadores através da iniciativa.

 

“O objetivo do Fundo é apoiar iniciativas capixabas que tenham o objetivo do desenvolvimento comunitário, seja pela formação profissional, arte, saúde ou empreendedorismo, com melhoria da gestão e governança da entidade proponente”, destaca Robson Melo.

 

Também merece destaque para a campanha anual “De olho no dinheiro (Leão Solidário)”, que tem como objetivo mobilizar os declarantes do Imposto de Renda, indivíduos e empresas, a destinarem parte do imposto devido a projetos sociais.

 

COMO FOI CRIADA A FUNDAES

Pode-se dizer que o berço da FUNDAES é o ambiente acadêmico e que a entidade já nasce com o viés do desenvolvimento do território a partir do empoderamento comunitário.

 

O ano era 2002, quando pesquisadores de três instituições de ensino superior – Fucape Business School, FAESA e Centro Universitário e Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) – se uniram e buscaram parceria com duas importantes organizações da sociedade civil capixaba – a Fundação Otacílio Coser e a Associação Feminina de Combate ao Câncer (AFECC) – para pesquisar sobre a atuação do terceiro setor na região.

 

A partir de então, com a realização do seminário “O papel do Terceiro Setor para o desenvolvimento local”, foi fundado o Centro de Referência em Terceiro Setor (CERTS), que mais tarde, com o apoio e auxílio técnico das federações coirmãs de São Paulo e Minas Gerais (APF e Fundamig), se tornaria a FUNDAES como a conhecemos hoje.

 

Com uma pausa nas atividades por alguns anos, a Federação volta com força à cena capixaba em 2011, a partir da aproximação do movimento empresarial Espírito Santo em Ação. Como integrante deste grupo, o engenheiro e executivo da indústria siderúrgica Robson Melo se juntou aos então dirigentes – Valcemiro Nossa, Regina Murad, Raquel Coser e Mariluzia Dalla Bernardina para a reativação da FUNDAES. Desde 2019, Robson é membro da diretoria, ocupando a posição de presidente executivo da organização.

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ORGANIZAÇÕES E PROJETOS APOIADOS PELA FUNDAES

Sobre a parceria com o IDIS e a Charles Mott Foundation, Robson Melo destaca que a participação da FUNDAES no Programa Transformando Territórios garante uma parceria impactante e equitativa na medida em que oferece uma rede de colaboração, concedendo apoio financeiro e técnico de acordo com o contexto local de cada instituto e fundação comunitária.

Desde a integração no Transformando Territórios, em 2021, a FUNDAES oferece apoio financeiro a projetos de diferentes temáticas e causas por meio do Fundo de Investimento Comunitário Capixaba.

Entre esses foram apoiados 7 projetos em 6 municípios do Espírito Santo, uma pluralidade importante quando o território de atuação é tão vasto. Conheça os projetos e suas localidades:

  • O projeto Cozinha Abrace, da Associação Abrace a Vida, em Anchieta;
  • Mãos que Fortalecem, do Núcleo Social Roger Fernandes Rodrigues, em Cariacica;
  • Negócio Delas, do Instituto João XXIII, em Vitória;
  • Gestão Organizada em Prol das Mulheres do Território de Andorinhas, do Instituto Mulheres em Ação pela Cidadania, também em Vitória;
  • Segunda Chance, da Associação Casa da Mulher, em Serra;
  • Serviço de Convivência Além dos Muros, do Centro Cultural Araçá, em São Mateus;
  • Simplicidade, do Projeto Simplicidade, em Vila Velha.

Mãos que Fortalecem

O diretor da FUNDAES destaca que, das sete organizações selecionadas na primeira chamada, apenas duas são afiliadas da entidade. Alguns apoios foram destinados à formalização e estruturação destas organizações, possibilitando o maior acesso das iniciativas a recursos financeiros futuramente.

Para ampliar a divulgação da chamada do Fundo de Investimento, a FUNDAES utilizou da rede de 41 de organizações associadas e de uma estratégia inovado As associadas ajudaram a divulgar o edital nas próprias cidades e escreviam cartas de recomendação para que organizações não formalizadas também pudessem participar do edital.  Esta ação mostra o poder da atuação em rede e o potencial da parceria para o desenvolvimento local.

“Muitos projetos, apesar de comprovadamente provocar impacto social positivo, não atendem aos pré-requisitos complexos dos editais públicos por estarem em fase inicial ou outras questões burocráticas. Selecionamos organizações do norte, do sul e do centro do estado e os apoios financeiros são muito personalizados, de acordo com as demandas de cada uma”, explica.

 

Agora, a FUNDAES faz uma nova rodada de captação de recursos até junho para o lançamento da 2ª Chamada de Projetos. A expectativa é garantir ainda mais recursos para apoiar organizações em esforços de transformação de todo o Espírito Santo em um território melhor de se viver.

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: Estado do Espírito Santo (46 mil km²).
  • Nome do instituto ou fundação comunitária: Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo – FUNDAES.
  • Nome e cargo da principal liderança: Robson de Almeida Melo e Silva, Presidente da FUNDAES.
  • Causas prioritárias mapeadas pela FIC: Infância e Juventude, Terceira idade, Desenvolvimento comunitário, Arte e cultura.
  • Número de OSCs do território: Aproximadamente 23 mil em todo o estado (ativas ou não). Atualmente, 41 entidades, dentre OSCs, fundações e associações, são associadas à FUNDAES.
  • Desafios regionais: O estado do Espírito Santo enfrenta desafios sociais e ambientais complexos. No âmbito social, a violência urbana é um desafio significativo, com altos índices de criminalidade e violações dos direitos humanos. A falta de infraestrutura adequada, como saneamento básico e moradia digna, afeta negativamente a qualidade de vida de muitos moradores do estado. No contexto ambiental, o Espírito Santo enfrenta a degradação dos seus ecossistemas naturais, em especial a Mata Atlântica e os manguezais. A exploração indiscriminada de recursos naturais, como a mineração e a expansão agrícola, contribui para a perda de biodiversidade e a destruição dos habitats naturais. Porém, o Estado tem significativos avanços na área de educação e houve crescimento econômico em todo o Estado.

 

A FUNDAES integra o programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

Quer saber mais sobre a FUNDAES? Acesse o site.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo.

ICBM: Escuta ativa para promover a transformação da Baixada Maranhense

De tempos em tempos, o Instituto Comunitário da Baixada Maranhense (ICBM), ou Instituto Baixada, faz uma consulta online para ouvir os moradores do território sobre as prioridades de investimento social na região. A intenção é saber dos “baixadeiros” quais serão os temas dos próximos editais de apoio a organizações sociais, coletivos da região, escolas públicas e produtores rurais, dentre outros grupos locais. Com esta proposta de escuta ativa, o Instituto Baixada trabalha para promover a transformação em 16 dos 21 municípios da Baixada Maranhense, além de Alcântara, na região metropolitana de São Luís, que apresentam alguns dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.

 

“O conceito de ‘baixadeiro’ inclui todos que nasceram ou foram criados no território ou que apoiam o seu desenvolvimento”, explica o superintendente do Instituto Baixada, Ivan Campos.

 

Encontro Regional de Desenvolvimento Territorial Zona Rural de Palmeirândia

 

A articulação para a criação do Instituto Baixada teve início em 2003. Nesta ocasião, um grupo de jovens que participavam de um projeto do Formação do Centro de Apoio à Educação Básica (FCAEB) – organização maranhense com atuação internacional – começou a se reunir para conceber e materializar projetos para os territórios mais vulneráveis do Maranhão, adotando o conceito de Conjunto Integrado de Projetos (CIP).

 

Ivan na reunião quinzenal de jovens de Palmerândia

Os jovens Diane Pereira, Denivaldo Freitas e Ivan Campos – naturais dos municípios maranhenses de São Bento, Matinha e Palmeirândia, respectivamente – estavam lá. Eles tinham entre 11 e 14 anos quando, junto com outros adolescentes do território, deram os primeiros passos para mudar não só a própria história, como a de muitos ao redor deles.

 

“Havia grupos de interesses com temas variados, como educação, políticas públicas para o desenvolvimento territorial, saneamento e urbanismo,  artes e esportes. Nós três integrávamos, em comum, o grupo de políticas públicas. Foi assim que nos conhecemos, ainda tão novos, discutindo filantropia e desenvolvimento comunitário”, conta Ivan.

 

A ATUAÇÃO DO ICBM

A primeira estratégia do CIP Jovem Cidadão foi a organização de Fóruns da Juventude distribuídos em 10 municípios da Baixada. Assim, foi criado o ICBM, que em 2009 se formalizava como fundação comunitária. Hoje, Diane, Denivaldo e Ivan assumem, respectivamente, os cargos de presidente, vice-presidente e superintendente do instituto, que é composto por 29 membros, sendo 25 fundadores e 4 convidados, todos nascidos na Baixada Maranhense.

 

“Nesta época, o êxodo rural era muito alto no Maranhão. Os jovens deixavam a Baixada Maranhense em busca de melhores condições de vida e acabavam trabalhando em condições análogas à escravidão. Com a formalização do Instituto, as prioridades começaram a ser vistas e analisadas a fim de servir como base para a criação de metodologias transformadoras na construção e no fortalecimento do território, revelando as potencialidades da região”, conta o – superintendente do instituto, Ivan.

 

Os membros do Instituto Baixada constituem o Conselho Comunitário, responsável por eleger o Conselho Curador, que delibera sobre a administração dos fundos, projetos e pautas extraordinárias. Entre integrantes do Conselho Curador, são eleitos o presidente e vice-presidente e escolhido um superintendente.

 

Possuir instâncias de governança formadas por membros do território, garantindo a defesa dos interesses comunitários, e promover apoio técnico e institucional para organizações locais, impulsionando seu desenvolvimento e a construção de capacidades, faz parte princípios das fundações e institutos comunitários (FICS). Entre as diretrizes das FICs, estão:

 

São representadas por membros da comunidade: possuem instâncias de governança formadas por agentes e cidadãos preocupados com as questões locais que, a partir da sensibilidade e profundo conhecimento do território, são responsáveis por manter a organização, identificar temas prioritários, orientar a alocação eficaz de recursos, bem como defender os interesses da comunidade.

São provedoras de apoio institucional e técnico às organizações e iniciativas sociais locais: responsáveis por impulsionar o desenvolvimento e a construção de capacidades das organizações da sociedade civil e iniciativas sociais locais, de modo a elevar padrões de operação e garantir o uso responsável e eficiente dos recursos doados.

 

PROJETOS APOIADOS

Com os editais de apoio, o Baixada capta recursos para apoiar organizações sociais locais e coletivos. Desde 2020, foram captados e repassados por meio de editais R$ 200 mil, apoiando diretamente mais de 500 pessoas participantes de grupos e coletivos da Baixada.

 

Dentre os  mais recentes, estão o “Música na Comunidade”, que cria espaços de aprendizagem em música, o “Juventude Empreendedora”, voltada ao financiamento de pequenos negócios de jovens do Curso Técnico de Gestão de Negócios/Administração do CEMP-EPDT e o “Fortalecendo a Agricultura Familiar”, com o objetivo de apoiar a produção agrícola olindense.

 

Eilane Lobato e Wesley Amorim jovens da Cia. de Dança Teatro Expressão Livre, de Palmeirândia

 

Uma das principais áreas de atuação, aliás, tem sido a agricultura familiar, um pilar importante para o desenvolvimento de comunidades, pois gera emprego e renda local.

Visita ICBM à Zona Rural de São Bento (MA)

Com o apoio de diversos programas, pequenos agricultores têm acesso a recursos e capacitações para melhorar a produção e renda dos quintais produtivos, além do acesso ao Banco de Sementes Crioulas. Este banco funciona no Parque Agroecológico Buritirana e integra o projeto educacional do Centro de Ensino Médio e Profissionalizante (CEMP-EPDT), que oferece cursos técnicos de Agroecologia, Agente Comunitário de Saúde e Gestão e Administração de Negócios.

 

 

O CEMP foi idealizado pelo Instituto Formação com metodologia própria, em parceria com as prefeituras locais, e é gerido atualmente em parceria com o Instituto Baixada. Tem o objetivo de profissionalizar jovens de periferias e da zona rural da região, trabalhando com o mesmo tripé das universidades: pesquisa, ensino e extensão. Em 8 anos, já formou mais de 400 alunos.

 

Outro projeto apoiado é o Laboratório Tear, atualmente, há no território sete deles, equipados com computadores com acesso à internet. Para a criação destes espaços, em conjunto com estudantes, professores e empreendedores, o Instituto Baixada desenha o projeto e estabelece os acordos de implantação do laboratório cujo espaço foi doado pela comunidade.

 

“Cuidar desse território implica percorrer estradas, mar, lagos, campos alagados, trilhas. E quanto mais percorremos o território, mais temos a sede de transformar escassez em abundância. Por isso, nós, do Instituto Baixada, estamos muito felizes de integrar o Transformando Territórios. O programa tem tudo a ver com a nossa missão. Por ser flexível, não deixa a gente engessado. Porque projeto social não tem um modelo, uma caixinha que a gente caiba dentro dela”, finaliza Ivan, superintendente do instituto.

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: Maranhão é o segundo maior estado do Nordeste, com área de 331.935 km². O ICBM atua em 16 municípios da Baixada Maranhense (que tem, ao todo, 21 municípios), mais Alcântara, que integra a Região Metropolitana de São Luís.
  • Nome do instituto ou fundação comunitária: Instituto Comunitário Baixada Maranhense – ICBM.
  • Nome e cargo da principal liderança Diane Sousa, presidente;  Ivan Campos, superintendente.
  • População estimada: São atendidos diretamente entre 300 e 350 indivíduos em cada um destes 16 municípios.
  • Número de OSCs do território: Mais de 750 organizações e coletivos.
  • Desafios regionais: As principais demandas da região estão nas áreas de saúde e educação. As distâncias dificultam o acesso à educação e à saúde de qualidade. Em alguns distritos, o posto de saúde mais próximo fica a 4h e só oferece alguns atendimentos mais básicos. E, se nas zonas urbanas já há uma defasagem do atendimento pedagógico, nas zonas rurais o problema é grave, com falta de professores, infraestrutura etc.


 

O Instituto Comunitário da Baixada Maranhense integra o programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

Quer saber mais sobre o ICBM? Acesse o site.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

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Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2023: saiba como participar

A 12° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais já tem data: 14 de setembro. Mais uma vez, além do evento presencial em São Paulo exclusivo para convidados, a programação também será transmitida ao vivo.

No Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2023, destacamos iniciativas para uma filantropia mais transformadora, diversa e inclusiva. Valorizamos a criação de metodologias e modelos de financiamento, o estabelecimento de parcerias improváveis, a promoção de mudanças significativas, a atitude de assumir os erros e seguir em frente, e fazer diferente o que já estava dando certo. Destacamos o empreendedorismo e a inovação.

Por isso, o tema deste ano será OUSADIA. Mesmo que inata ao ser humano, ela deve ser desenvolvida, experimentada e aprimorada. Ela requer coragem, criatividade, planejamento e perseverança para enfrentar desafios e correr riscos de forma calculada. Convidamos você a inspirar-se com histórias.

INSCREVA-SE PARA A TRANSMISSÃO AO VIVO

PALESTRANTES CONFIRMADOS

Entre os palestrantes já confirmados estão Armínio Fraga (Filantropo e Ex-presidente do Banco Central), Braulina Baniwa (diretora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade), Eduardo Saron (Presidente da Fundação Itaú), Gelson Henrique (Coordenador Executivo da Iniciativa PIPA), Geyze Diniz (Cofundadora do Pacto Contra a Fome), Gilson Rodrigues (Presidente do G10 Favelas), Jean Jereissati (CEO da AMBEV), Luciana Temer (Diretora Presidente do Instituto Liberta), Marcelo Klein (Diretor de Gestão de Territórios na Vale S.A.), Malu Nunes (Diretora Executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza), Priscila Cruz (Presidente executiva do Todos pela Educação), Roberto Sallouti (CEO e membro do conselho do BTG Pactual), Rodrigo Mendes (Fundador do Instituto Rodrigo Mendes), Saulo Barretto (Fundador do IPTI).

Além de convidados internacionais como Guerda Nicolas (cofundadora do Ayiti Community Trust), Nivedita Narain (CEO da CAF India) e Philip Yun (Head no Global Philanthropy Forum).

 

realização e apoio

A realização é do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, e apoio prata da Charles Stewart Mott Foundation; e apoio bronze da Ambev, B3 Social, BNP Paribas Asset Management, BTG Pactual, Fundação Itaú, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Sicoob, Movimento Bem Maior e Grupo RaiaDrogasil S.A. e Vale. A Alliance Magazine é a parceira de mídia.

Neste ano, o fórum terá novamente a Alliance Magazine como parceiro de mídia. Sediada na Inglaterra, a maior revista de filantropia do mundo fará a cobertura do evento e transmitirá em inglês ao vivo em seu canal do Youtube.

FÓRUM BRASILEIRO DE FILANTROPOS E INVESTIDORES SOCIAIS

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais oferece um espaço para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em nosso canal do YouTube estão disponíveis listas com as gravações de todas as edições. Confira!

 

Instituto Chamex anuncia organizações vencedoras da 3ª edição do Edital Educação com Cidadania

O Instituto Chamex, associação civil sem fins lucrativos mantida pela Sylvamo (NYSE: SLVM), anuncia as cinco instituições selecionadas para a 3ª edição do Edital Educação com Cidadania, apoiado pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, para 2023. As organizações escolhidas receberão o aporte de 30 mil reais para aplicarem, ao longo de oito meses, nos projetos educacionais aprovados.

O edital está alinhado com as metas 2030 da Sylvamo de apoiar a educação infantil nas comunidades onde a empresa está inserida e tem como objetivo apoiar iniciativas que estimulem, por meio da educação, o uso da criatividade como fonte de soluções transformadoras para a sociedade, desempenhando um papel ativo da cidadania por todo o Brasil. Os projetos são de diversas partes do País e, apesar de diferentes focos, todos são voltados para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS 4), assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, além de promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Conheça mais sobre as cinco organizações escolhidas:

 

Projetos selecionados

 

Associação Sementes do Vale (Ninheiras – MG): fundada em 2016, é uma organização sem fins lucrativos, que visa combater a desigualdade social do Sertão Mineiro por meio de atividades que proporcionem o desenvolvimento integral e geração de protagonismo social dos indivíduos, como: atividades culturais, esportivas, de qualificação profissional e de atendimento psicossocial. Para mais informações, clique aqui.

 

 

Associação Sarambuí (Bragança – PA): criada em 2015, é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) com sede em Bragança-Pará com ações direcionadas ao ecossistema manguezal, incluindo as comunidades estuarino-costeiras, ao longo da costa amazônica brasileira, em particular no litoral do estado do Pará. Sua missão é promover a geração de conhecimento de maneira participativa, em prol da conservação e sustentabilidade dos serviços ecossistêmicos e bens de uso comum na costa amazônica. Para mais informações, clique aqui.

 

 

Associação de Pais, Professores e Amigos da Escola Comunitária Brilho do Cristal (Palmeiras – BA): fundada em 1992 na Chapada Diamantina, a escola construiu sua autonomia pedagógica por meio do planejamento coletivo, da educação continuada e da prática pedagógica reflexiva.  A instituição tem como objetivo garantir os direitos atribuídos às crianças pela constituição, possibilitando o desenvolvimento do potencial humano e a construção do conhecimento de si mesmo e do mundo, de maneira contextualizada, criativa, holística e emancipatória. Para mais informações, clique aqui.

 

 

CUFA – Central Única das Favelas (Cuiabá- MT): o objetivo da organização é contribuir para o desenvolvimento social, econômico e cultural das periferias, por meio de projetos que valorizem talentos e aptidões individuais e/ou coletivas destinadas prioritariamente a crianças, jovens e mulheres. Para mais informações, clique aqui.

 

 

FACC – Frente de Assistência à Criança Carente (Fortaleza – CE): fundada em 1986, é uma organização sem fins econômicos ou lucrativos, de caráter socioassistencial e cultural voltado para garantia dos direitos de crianças, adolescentes e suas famílias. Para mais informações, clique aqui.

 

 

“Estamos comprometidos com a sustentabilidade de todo o nosso ecossistema e queremos ser cada dia mais atuantes, estimulando a criatividade como fonte de soluções transformadoras e oferecendo as ferramentas necessárias aos cidadãos para que sejam agentes de mudança em suas comunidades, transformando suas realidades e de muitas pessoas no nosso País’’, comenta Mariana Claudio, gerente executiva do Instituto Chamex.

 

“Apoiar o investimento social privado de empresas, como o Instituto Chamex, mantido pela Sylvamo, é o cerne da atuação do IDIS. Poder acompanhá-los ao longo dessa trajetória de apoio a projetos sociais em diversas regiões do Brasil com foco em educação tem sido uma excelente jornada para observar o impacto positivo deles na sociedade brasileira”, comenta Paula Lottenberg, analista de projetos no IDIS.

 

 

Sobre o Instituto Chamex

Criado em 2008, o Instituto Chamex coloca a criatividade como elemento central para a construção de uma educação mais acessível, inclusiva, equitativa e transformadora. Atuando em rede com diversos parceiros, o instituto fomenta o desenvolvimento de estudantes, professores e agentes da educação do ensino infantil, fundamental e médio, apoiando projetos nacionalmente e desenvolvendo projetos localmente. Dessa forma, busca transformar inúmeras realidades, possibilitando um novo futuro para milhares de brasileiros.

O Instituto Chamex faz parte da Sylvamo, a Empresa de Papel do Mundo, produtora dos papéis para Imprimir e Escrever Chamex, Chamequinho e Chambril, e segue suas diretrizes de responsabilidade social, sustentabilidade e ética, engajando seus profissionais e apoiando as comunidades, pois acredita que por meio da criatividade e da educação é possível impulsionar mudanças e acelerar soluções para transformar a vida de muitas pessoas.

Para mais informações, visite o site.

 

Sobre a SYLVAMO

International Paper Brasil agora é Sylvamo: a empresa de papel do mundo – Instituto Chamex

A Sylvamo (NYSE: SLVM) é a Empresa de Papel do Mundo com fábricas na Europa, América Latina e América do Norte. Sua visão é ser o empregador, fornecedor e investimento preferido. Transformando recursos renováveis em papéis dos quais as pessoas dependem para educação, comunicação e entretenimento. Com sede em Memphis, Tennessee, empregam mais de 6.500 profissionais. As vendas líquidas para 2022 foram de US$ 3,6 bilhões.

Para mais informações, visite Sylvamo.com.

 

Instituto ACP e IDIS lançam o “Guia dos Guias para captar recursos” em parceria com a Plataforma Conjunta

O Guia indica como encontrar os conteúdos e respostas necessárias para as várias situações enfrentadas no dia-a-dia de um captador

Um dos desafios mais recorrentes  entre as organizações da sociedade civil é obter recursos para realizar seus projetos e, assim, contribuir para mitigar ou solucionar problemas sociais e ambientais. 

Exatamente por isso, captação de recursos é um tema recorrente dentro do Terceiro Setor e muito já se escreveu e falou sobre o assunto. 

Mas no meio de tanta informação, onde encontrar a resposta precisa no momento em que a necessidade aparece?

Pensando neste desafio, o Instituto ACP e o IDIS, em parceria com a Plataforma Conjunta, desenvolveram um guia reunindo uma curadoria qualificada  de onde encontrar os conteúdos mais relevantes sobre captação de recursos!

O Guia dos Guias para Captadores de Recursos oferece diversas ‘portas’ de acesso aos conteúdos, que podem ser pesquisados por tipos de doadores a serem prospectados, estratégias de captação a serem praticadas ou habilidades que a organização possui  para a mobilização de recursos. Além de permitir a busca direta na base de dados. 

Ao ser lançado, o Guia dos Guias já conta com mais de 100 conteúdos indexados. O visitante pode opinar sobre o conteúdo, favoritar e compartilhar, para que as pesquisas sejam mais interativas e compartilhadas. Ele também pode – e deve – sugerir novos conteúdos a serem cadastrados ou apontar temas que sentiu falta dentro da plataforma, desta forma, vai contribuir para manter o Guia atualizado, trazendo sempre os principais conhecimento sobre captação de recursos. 

Com o desenvolvimento do Guia dos Guias para Captadores de Recursos, o Instituto  ACP e o IDIS buscam facilitar o dia-a-dia dos profissionais que trabalham para viabilizar a realização de milhares de projetos sociais. 

“No IDIS, temos a oportunidade de trabalhar junto a organizações sociais de diferentes portes e tipos de atuação, e percebemos a dificuldade que enfrentam para mobilizar recursos. Um de nossos pilares de atuação é a produção de conhecimento e, por isso, estamos muito satisfeitos por participar na criação do Guia dos Guias e esperamos que ele consiga alcançar todas as entidades, especialmente as menores e mais distantes”

 

comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS. 

 

“O Instituto ACP trabalha com foco no desenvolvimento institucional de organizações da sociedade civil. Ao longo desses primeiros anos de atuação, apoiamos diversas organizações em temáticas variadas relacionadas aos aspectos de gestão. Nas trocas com elas, identificamos que existem poucos materiais de apoio para que possam aprender e se aprofundar mais nesses temas? Quando existem, estão espalhados e é difícil de encontrar. Decidimos, então, atuar também na produção de conhecimento sobre desenvolvimento institucional. Captação de recursos é frequentemente um dos temas priorizados pelas  organizações, por isso foi natural escolher esse tema como foco do nosso terceiro produto de conhecimento. Os dois primeiros foram sobre gestão e cuidado de pessoas. Sobre essa temática não havia quase nada produzido. Já sobre captação percebemos que era diferente, já havia muito conhecimento disponível. Decidimos então pesquisar o que havia de melhor e organizar esse conteúdo de forma a ajudar os profissionais de captação a terem um olhar mais estratégico e fazerem escolhas conscientes sobre como definir prioridades. ” Erika Saez Diretora Executiva Instituto ACP 

O Guia dos Guia de Captação de Recursos pode ser acessado na
Plataforma Conjunta. 

Curadoria qualificada de conteúdos que ajudam os captadores de recursos atingirem o objetivo, que é captar a doação para o seu projeto ou organização. O Guia conta com mais de 100 conteúdos sobre a temática e está organizado a partir de 3 perspectivas da captação de recursos: 

Tipos de doadores a serem prospectados

  • Doadores de recursos privados; 
  • Doadores de recursos públicos;
  • Doadores de recursos internacionais. 

Estratégias de captação a serem adotadas

  • Complexidade baixa;
  • Complexidade média;
  • Complexidade alta.

 Habilidades que a organização captadora tem

  • Área comunicação;
  • Área relacionamento;
  • Área técnica;
  • Área financeira;

O que é a Plataforma Conjunta

A Conjunta é uma plataforma que mapeia, organiza e promove a produção de conteúdos, experiências de aprendizagem e oferta de recursos que tenham como foco o desenvolvimento institucional das organizações da sociedade civil no Brasil. 

Sobre o Instituto ACP 

O Instituto ACP é organização da sociedade civil de filantropia e investimento social, criado em 2019 pela segunda geração de uma família empreendedora. Acredita no potencial de desenvolvimento do Brasil e na força da sociedade civil organizada como vetor desse desenvolvimento. Por isso, trabalha para promover e contribuir com o desenvolvimento e fortalecimento institucional das organizações da sociedade civil.

 

ICOM: criando pontes para o desenvolvimento comunitário local

Em dezembro de 2022, com as tempestades que atingiram o estado de Santa Catarina, foi declarada situação de calamidade pública em inúmeros municípios. A Grande Florianópolis foi fortemente atingida pela catástrofe, especialmente as áreas de maior vulnerabilidade social. Com a reputação e a legitimidade de quem atua na região há quase duas décadas, o Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICOM) criou prontamente o Fundo Emergencial de Chuvas.

 

Promovendo o desenvolvimento comunitário em toda a área metropolitana da cidade Florianópolis, que inclui 13 municípios catarinenses e cerca de 1,2 milhão de habitantes, o ICOM atua em três frentes, sempre trabalhando em rede e respeitando o protagonismo das organizações de base:

 

  • apoio a empresas e indivíduos para que possam fazer investimentos sociais e doações com alto impacto social;
  • produção e disseminação de conhecimento;
  • fortalecimento de organizações da sociedade civil.

 

“Como uma das primeiras fundações comunitárias do país, com um diálogo estabelecido com as comunidades locais, o ICOM tem como característica essencial responder de maneira rápida às demandas emergenciais do território”, destaca o gerente-executivo do ICOM, Willian Narzetti, lembrando que em outros momentos de crise, como em 2008, 2018 e 2020, a organização criou e foi responsável por outros fundos de reconstrução em decorrência de fortes chuvas pelo estado.

 

Fundamental para a mobilização em situações emergenciais, esta modalidade de fundos são só uma parte da estratégia do ICOM para criação de novas pontes entre atores locais, por meio do fomento à doação e ao investimento social privado. Em 2018, a organização criou o importante Fundo de Impacto para Justiça Social, formado por uma rede de pessoas e organizações que doam sistematicamente para reduzir as desigualdades sociais na Grande Florianópolis. Entre as causas apoiadas por esta iniciativa, estão a equidade racial, a equidade de gênero, a prevenção e o enfrentamento à violência contra a mulher e a defesa dos direitos da população LGBTQIA+. A seleção das organizações do território beneficiadas para receber apoio técnico e financeiro acontece por meio de editais públicos.

Além disso, o ICOM constitui fundos filantrópicos para empresas, apoiando na definição de causas e públicos beneficiários, levantamento de indicadores, mapeamento de iniciativas, apoio para as OSCs selecionadas para a execução dos projetos e relatório de resultados.

 

“Várias empresas da Grande Florianópolis que incorporam a agenda ESG (do inglês, ambiental, social e governança), encontram no ICOM um canal para realizar seu investimento social de forma refletida, sistemática e monitorada. O ICOM é a área de responsabilidade socioambiental delas”, explica Narzetti.

 

Prover serviços para doadores é um dos princípios das fundações e institutos comunitários (FICs) que, como profundos conhecedores da realidade local, oferecem respostas assertivas para as demandas do território, atuando em rede junto às organizações sociais, poder público e investidores. Na Carta de Princípios para Fundações e Institutos Comunitários, a definição desta característica é:

 

“Oferecem serviços adaptados aos interesses e a capacidade de contribuição dos doadores, auxiliando-os a alcançarem seus objetivos filantrópicos. São responsáveis também por fomentar a cultura de doação no território e, potencialmente, são instrumentos poderosos para receber legados”.

 

CRIAÇÃO DO ICOM E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO

 

A história do ICOM começa em 2005, a partir da reunião de um grupo de mulheres – profissionais liberais, empresárias, professoras universitárias, lideranças do terceiro setor e profissionais com experiência no setor público – inspiradas pelo movimento das fundações comunitárias em outros países. Fazia parte do grupo, Lucia Dellagnelo, fundadora do ICOM e embaixadora do programa Transformando Territórios. À época, o conhecimento sobre fundações e institutos comunitários (FICs) no Brasil ainda era embrionário, mas isso não as impediu de seguir com esta missão.

 

O cerne da primeira visão das fundadoras e do Conselho Deliberativo envolvia o desejo de constituir uma organização inovadora de base local, capaz de articular e criar sinergia entre o trabalho de pessoas e projetos que atuavam na área social na Grande Florianópolis. O objetivo era atuar e ser participante da corrente global de fundações comunitárias.

 

Assim, em 2006, era lançado o primeiro diagnóstico de atuação do terceiro setor no território chamado “Mapeamento das ONGs de Florianópolis” que, por sua vez, verificou uma grande fragilidade dessas instituições. Sendo assim, o Projeto Fortalecer, desenvolvido entre os anos de 2007 e 2008, foi a primeira ação de apoio técnico do ICOM e serviu de subsídio à construção de um Plano de Desenvolvimento Institucional, ampliando a capacidade de ação de organizações da região.

 

 

Para identificar questões prioritárias da comunidade e orientar ações para a melhoria da qualidade de vida da população, por exemplo, o ICOM realiza o estudo “Sinais Vitais” desde 2008. Já são nove edições, abrangendo os principais municípios da Grande Florianópolis. Na edição de 2022, por exemplo, o relatório apontou que Santa Catarina esteve entre os destinos mais procurados por migrantes no país, principalmente em busca de trabalho, com 9,19% do total de pedidos de Registro Nacional Migratório em 2021.

 

Em 2020, ano mais desafiador vivido pela nossa geração, por conta da pandemia de Covid-19, a organização criou o Banco Comunitário da Grande Florianópolis, o primeiro de Santa Catarina a operar neste modelo. Com apoio financeiro inédito do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops), do Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT/SC) e ao lado de parceiros, o Banco Comunitário chegou a ter 5 unidades e mais de mil famílias foram beneficiadas com moedas sociais. Este modelo, ao mesmo tempo que apoiava as famílias, também fortalecia pequenos comerciantes locais em um período delicado de crise econômica.

 

Parceiro de longa data do IDIS e da Charles Mott Foundation, o ICOM é uma das fundações e institutos comunitários que integram o programa Transformando Territórios.

 

“Acreditamos que podemos transformar juntos a nossa realidade. Participar do programa Transformando Territórios significa aprender novas formas de trabalhar e de fortalecer nossas comunidades, inspirar, entender o que está acontecendo no Brasil e no mundo e pensar em rede no campo social como um todo”, comenta Narzetti. 

Equipe do ICOM

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: 13 municípios na Grande Florianópolis.
  • Nome do instituto ou fundação comunitária: Instituto Comunitário Grande Florianópolis – ICOM.
  • Nome e cargo da principal liderança Willian Narzetti, gerente-executivo.
  • População estimada: 1,2 milhão de pessoas.
  • Número de OSCs do território: 2.640 organizações.
  • Desafios regionais: Florianópolis sofre, assim como várias regiões brasileiras, com o agravamento da desigualdade social pós-pandemia. Também são desafios para a região, uma agenda de desenvolvimento urbano consolidada que alinhe ecossistemas já existentes na região, investimentos em arte e cultura, promoção da inovação para além do setor tecnológico e desastres naturais que agravam ainda mais a qualidade de vida das populações mais vulneráveis. Porém a região apresenta grandes potencialidades ao abrigar duas das principais incubadoras do país e sistemas educacionais de ponta.

 

O ICOM integra o programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

Quer saber mais sobre o ICOM? Acesse o site.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo.

Ranking internacional reconhece IDIS como uma das melhores ONGs brasileiras

The Dot Good divulgou as 50 organizações sociais de maior destaque no Brasil

No dia 12 de junho, a entidade suíça The Dot Good, responsável por classificar as principais organizações sociais em âmbito internacional, divulgou um ranking destacando as 50 instituições do Terceiro Setor brasileiro de maior destaque. Os critérios utilizados para avaliação foram baseados no grau de transparência, na maturidade dos níveis de governança, na gestão e no planejamento estratégico desenvolvido pelas ONGs listadas.

O IDIS conquistou a 19° posição do ranking, comprovando nosso compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do país e com o avanço do ecossistema do Terceiro Setor brasileiro.

Responsável por 4,27% do PIB brasileiro, as organizações do Terceiro Setor empregam cerca de 6 milhões de pessoas e causam um impacto relevante no campo social e econômico do país, como demonstrado pela recente pesquisa “A importância do terceiro setor para o PIB do Brasil“, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), pela Sitawi Finanças do Bem e pelo Movimento Por Uma Cultura de Doação.

O resultado social e econômico alcançado é amplificado devido à natureza colaborativa e do trabalho em rede nos quais são desenvolvidos projetos de excelência e de importante impacto social. O setor vem crescendo nos últimos anos, e os efeitos das ações sociais são visíveis no desenvolvimento sustentável do país. As contribuições deste trabalho representam conquistas na efetivação de direitos, e a transparência no uso dos recursos mobilizados vai ao encontro das pautas mais exigentes de compliance.

Essa tendência de crescimento e qualificação do Terceiro Setor no Brasil é reflexo de uma série de fatores, como o comprometimento e a dedicação das organizações em melhorar suas práticas, a adoção de modelos de gestão mais eficientes e a busca constante por inovação.

“Iniciativas como a The Dot Good contribuem para dar visibilidade ao grande trabalho desenvolvido por nossas organizações sociais, com comprometimento, seriedade, criatividade e impacto. É mais um instrumento disponível para ampliar a confiança junto a investidores sociais locais e internacionais. Ficamos felizes em integrar o ranking, entretanto, parabenizamos também outros que não foram destacados. Nosso setor é vibrante, forte e diverso e a contribuição é de todos!” declara Paula Fabiani, CEO do IDIS.

 

Sobre o IDIS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a cocriação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

 

Vaga de Estágio em consultoria ESG

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para estagiário na área de ESG.

Os estagiários são responsáveis por dar suporte à execução das atividades conduzidas e apoiadas pelo IDIS, garantindo cumprimento de prazos, qualidade nos produtos desenvolvidos e serviços prestados. Leia com atenção as instruções sobre o processo de seleção e os requisitos para participação.

 Acesse a vaga na 99Jobs e inscreva-se.

RESPONSABILIDADES E OPORTUNIDADES

  • Apoiar a elaboração de propostas de projetos ESG para potenciais clientes e parceiros.
  • Apoiar  nas atividades dos projetos do IDIS, respeitando os prazos acordados e zelando pela qualidade dos produtos entregues.
  • Apoiar e realizar a coleta de dados quantitativos e qualitativos necessários para a execução dos projetos.
  • Realizar pesquisas de conceitos, referências e benchmarking que enriqueçam os projetos e tragam embasamento para os produtos desenvolvidos.
  • Apoiar as reuniões periódicas da equipe de consultoria para manter a equipe alinhada com o planejamento estratégico e missão da organização.

REQUISITOS

  • Estar cursando, no mínimo, o 3º ano da faculdade com conclusão prevista para JULHO ou DEZEMBRO 2024;
  • Ter interesse no terceiro setor, na área de ESG, nos temas de investimento social privado, responsabilidade social, sustentabilidade e áreas afins;
  • Domínio do pacote Office (Word, Excel, Power Point) e internet;
  • Disponibilidade para atuação presencial no escritório do IDIS, em Pinheiros – São Paulo.

DESEJÁVEL

  • Domínio intermediário da língua inglesa.
  • Ter no máximo 1 ano e meio para se formar
  • Domínio do pacote Office (Word, PowerPoint, Excel) e internet

SERÁ CONSIDERADO UMA VANTAGEM

  • Conhecimento extracurricular
  • Projetos sociais, voluntariado
  • Projetos acadêmicos
  • Facilidade para trabalhar em equipe

BENEFÍCIOS

  • Bolsa auxílio: R$ 1.500,00
  • Vale-transporte
  • Vale Alimentação e refeição
  • Seguro de vida
  • Credencial plena do Sesc
  • Day off de aniversário

Tipo de trabalho – Híbrido: Combinação de presencial e remoto

INSCRIÇÃO

Para inscrever-se para essa oportunidade, acesse a página da vaga na 99Jobs até 12 de julho de 2023.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos.

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a co-criação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.