Moeda social do Instituto Cacimba é pauta na Carta Capital

Instituto Cacimba é um organização que atua em prol do desenvolvimento territorial no região de São Miguel Paulista, zona leste da cidade de São Paulo, por meio de apoio, promoção e financiamento de projetos e de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) locais. O Cacimba é  uma das 15 Fundações e Institutos Comunitários (FICs) integrantes do Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation.

A Carta Capital destacou em matéria a ‘Moeda Social Cacimba’ criada pela organização para o fortalecimento da economia local. A moeda deve ser utilizada em lojas cadastradas no banco social do Instituto que, posteriormente, troca a moeda social recebida pelos reais correspondentes.

Desse modo, o projeto estimula que os moradores consumam dentro da própria comunidade, estimulando o comércio local e evitando longos deslocamentos dos compradores.

Moeda social está disponível no Banco Cacimba, que também facilita o acesso a crédito para os moradores.

Para ver a notícia completa, acesse aqui.

G1 destaca a atuação do Instituto Cacimba na Zona Leste de São Paulo

Instituto Cacimba é uma das 15 Fundações e Institutos Comunitários (FICs) integrantes do Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation. O Programa surgiu para fomentar a criação e fortalecimento das FICs com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

O G1, portal de notícias da Globo, visitou o Instituto, sediado no bairro União de Vila Nova, para entender o funcionamento da iniciativa e conferir alguns projetos sociais apoiados. O veiculo destacou a relevância da atuação da organização no território, que, junto com o Instituto NUA – Nova União da Arte, organização parceira, apoiam 48 projetos na região.

Foram destaques da matéria também a iniciativa Banco Cacimba, instituição que possibilita o acesso a crédito facilitado aos moradores e foi responsável implementação de uma moeda local, e a Uni-diversidade da quebrada, um circuito de cursos voltados à formação intelectual e social de jovens de 14 a 18 anos durante um ano.

Da quebrada para a quebrada: atuação do Cacimba é reconhecida por fortalecer a comunidade

Leia aqui o texto na íntegra.

IDIS participa de evento global com painel sobre Fundações e Institutos Comunitários

Inscreva-se gratuitamente e participe do evento clicando aqui!


Entre os dias 6 e 10 de maio acontecerá a 5ª edição da
Catalysing Change Week (CCW), considerado o maior evento global liderado por organizações da sociedade civil e empreendedores sociais. Neste ano, o tema é “Building the Social Innovation Sector” ou, em Português, “Construindo o Setor de Inovação Social”

 

Com o propósito de inspirar atitudes que contribuam para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o evento – que ocorre de forma online – reunirá atores do ecossistema de impacto socioambiental. Entre os participantes estão representantes do setor privado, de governos, de organizações da sociedade civil e filantropos. Ao longo de toda a semana, compartilharão suas experiências e conhecimentos com foco em acelerar sistemas colaborativos de mudança.

 

Sobre a participação do IDIS

Fundações e Institutos Comunitários: Mudança de paradigma no 3º setor brasileiro

      • Quando: Dia 6 de maio de 2024, das 10h às 11h.
      • Onde: Evento online no site Catalyst 2030 (É necessário fazer registro para acompanhar as sessões).

Participam da sessão:

      • Carlos Jorge – Diretor da Mundaú Mundo
      • Eduardo Cetlin – Diretor da Associação Nossa Cidade
      • Karine Ruy – Diretora da Fundação Gerações
      • Moderação: Felipe Groba – Gerente do projetos do IDIS 

 

Membro fundador do Capítulo brasileiro do Catalyst 2030, o IDIS, mais uma vez, estará presente no evento. Neste ano, o painel liderado pela organização será “Fundações e Institutos Comunitários: Mudança de paradigma no 3º setor brasileiro”.

Os modelos de fundações e institutos comunitários destacam-se como peças-chave para promover a consolidação e impulsionar as organizações sociais existentes, dedicando-se ao entendimento territorial e atuando em diversas causas por meio do financiamento de iniciativas sociais. Essas organizações desempenham um papel crucial no fortalecimento de parcerias e investimentos estratégicos, apresentando um notável potencial de crescimento e apoio ao setor social brasileiro.


A conversa terá mediação de Felipe Groba, Gerente de projetos do IDIS, que, com apoio da Charles Stewart Mott Foundation, é responsável pelo programa Transformando Territórios, iniciativa que fomenta a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

 

Entre os palestrantes confirmados está Carlos Jorge, diretor da Mundaú Mundo, instituto comunitário que atua no estado de Alagoas, desenvolvendo, capacitando, empoderando e fortalecendo as organizações, sendo propulsoras de transformação, inovação e impacto social nos territórios que atuam para a redução das desigualdades sociais.

 

Eduardo Cetlin, diretor da Associação Nossa Cidade (ANC), participará da sessão também. A associação se destaca pelo desenvolvimento do Fundos Regenerativos, uma tecnologia social para implantação de fundos comunitários em pequenos territórios que será aplicada nas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte.


Karine Ruy, diretora da Fundação Gerações, finaliza o quadro de palestrantes da sessão. Entidade da sociedade civil criada em 2008, na cidade de Porto Alegre, a Fundação Gerações, em consonância com a sua missão, dedica-se a fomentar iniciativas, processos e projetos que fortaleçam a sociedade gaúcha.

Todos os participantes integram o programa Transformando Territórios.

 

As inscrições para assistir à sessão já estão abertas! Registre-se aqui.

 

OUTRA SESSÕES EM PORTUGUÊS NA CATALSYING CHANGE WEEK 2024

Além do IDIS, haverá uma série de outras sessões, incluindo também outros brasileiros. Confira abaixo e para inscrever-se, clique aqui.

A Catalysing Change Week é organizada pelo Catalyst 2030 e conta com mais de 250 sessões e atividades propostas por pessoas de diferentes partes do mundo. O objetivo é identificar soluções locais para questões globais e ampliar o debate e o conhecimento sobre as boas práticas desenvolvidas mundialmente.

 

 

 

A semana é uma oportunidade para engajar, advogar e estimular o ecossistema do empreendedorismo social. Esperamos você!

Rede de Organizações do Bem: capacitação e microfinanciamentos para pequenos projetos deslancharem

O ano era 2012 quando a Agência do Bem – organização social fundada em 2005 em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, abriu uma nova frente de ação, agora como entidade articuladora, chamada de Rede de Organizações do Bem. Logo a Rede se expandiu e hoje oferece conhecimento e financiamento para projetos locais dentro de várias comunidades no estado do Rio de Janeiro.

A Rede do Bem promove fóruns temáticos, abertos e gratuitos, incluindo ciclos de capacitação e editais de financiamento a microprojetos sociais. De 2012 a 2023, mais de 800 instituições já participaram de ações promovidas pela Rede de Organizações do Bem do Rio de Janeiro. Em 2023, 355 instituições estavam cadastradas e, considerando a participação dos fóruns (24º e 25º) e dos editais realizados no ano (11º Microprojetos e 2º Bem Mentoria), o número de organizações participantes da Rede totalizou 517.

Equipe da Rede do Bem com as lideranças dos projetos vencedores do 11º Edital de Microprojetos, que oferece apoio financeiro para fortalecer organizações de base comunitária

O empreendedor social Alan Maia, fundador da Agência do Bem e da Rede de Organizações do Bem, explica que os “microgrants”, ou microfinanciamentos, são uma das tecnologias sociais mais importantes desenvolvidas pela Rede. Toda essa mecânica, explica ele, foi construída com base no binômio confiança-simplicidade:

“Partimos do pressuposto de que o perfil das organizações que apoiamos são pequenas, e sabemos que lidam com muitas dificuldades no cotidiano para manter atividades nos territórios. Quando se cria processos muito complexos, que são o padrão nesses tempos de compliance, acabamos por excluir grande parte dessas organizações que não têm recursos humanos para se dedicar a essa extensa burocracia. Mas isso não significa que não há parâmetros de integridade e transparência. Temos um processo que é simplificado, com dados cadastrais e basicamente três perguntas – sobre o trabalho, a história da instituição e como ela pretende aplicar o recurso financeiro – questões que todas as lideranças comunitárias são capazes de responder”.

 

A Rede do Bem realiza um esforço contínuo para aprimorar seu processo e tornar seu edital cada vez mais inclusivo. A participação no Programa Transformando Territórios, que apoia Fundações e Institutos Comunitários, em especial, desempenha um papel importante ao proporcionar à Rede valiosos conhecimentos sobre a democratização da filantropia e como promover a filantropia comunitária.

Alan ressalta que, depois de 11 anos e dezenas de processos já realizados com essa fórmula, a experiência mostra que a estratégia de “microgrants” não deixa nada a desejar aos editais padrão:

“É uma iniciativa totalmente bem-sucedida que já vem sendo replicada por outras organizações, algumas delas inclusive do próprio Programa Transformando Territórios”.

A prática de grantmaking, o financiamento de projetos sociais já existentes, é um dos princípios das Fundações e Institutos Comunitários (FICs). Na Carta de Princípios para Fundações e Institutos Comunitários do IDIS, a definição desta característica é:

“Majoritariamente grantmakers: captam, gerenciam e realizam doações de recursos financeiros para organizações sem fins lucrativos e iniciativas sociais do território, que atuam na linha de frente do atendimento às demandas comunitárias, de modo a assegurar a vitalidade do setor social local.”

A abertura periódica dos editais de apoio, que financiam microprojetos das mais diversas causas, é possível graças à sólida rede de patrocinadores institucionais. São empresas de pequeno, médio e grande porte, para as quais a Rede é mais que um destino de doações, é uma parceira estratégica para realização de programas de sustentabilidade e responsabilidade social corporativa, explica a diretora-executiva Cláudia França.

“Lá em 2005, no começo de tudo, a própria Agência do Bem recebeu um microfinanciamento para a recém-criada Escola de Música e Cidadania. Com esse recurso, conseguiu estruturar o projeto, que hoje está presente em 28 localidades, no Brasil e em Portugal. Por isso, sabemos muito bem que esse micro recurso pode se multiplicar”, destaca França.

24º Fórum da Rede do Bem, no Rio de Janeiro: os encontros temáticos e periódicos têm o objetivo de criar oportunidades de ação conjunta

A primeira forma de uma organização “chegar” à Rede do Bem é participar dos fóruns, que são encontros temáticos e periódicos com o objetivo de criar oportunidades de ação conjunta e pensar agendas comuns e estratégicas para essas entidades. Nestes eventos, abertos e gratuitos, são realizadas palestras de temas caros à gestão de entidades do terceiro setor, tais como captação de recursos, elaboração de projetos, monitoramento e avaliação de programas sociais, entre muitos outros.

“Quem participa dos fóruns, ganha pontos nas concorrências via editais, pois sabemos que o conhecimento pode ser o diferencial para eles executarem os projetos”, diz Cláudia.

Além das capacitações em fóruns, a Agência do Bem seleciona, via edital, lideranças sociais e comunitárias para receberem mentorias dos seus técnicos e diretores, em encontros presenciais, ao longo de meses de trabalho conjunto, promovendo a troca de experiências, revisão de processos de gestão, implementação de novas ferramentas e a criação de novas soluções e projetos institucionais.

 

A diretora executiva da Rede de Organizações do Bem com lideranças selecionadas no Edital de Mentoria, que oferece a lideranças comunitárias ferramentas práticas para a aceleração de projetos

“A gente observa que existem muitas organizações comunitárias com um patrimônio relevante, mas com poucos recursos – não só financeiros ou humanos, mas de boas práticas de gestão de projetos e de metodologias de prestação de contas, por exemplo – e aí surgiu a vontade de levar esse conhecimento para o maior número possível de organizações”, conta Cláudia.

A Rede de Organizações do Bem Rio de Janeiro integra o Programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
  • De 2012 a 2023 – mais de 800 organizações beneficiadas por ações da Rede no Estado do Rio.

 

Quer saber mais sobre a Rede de Organizações do Bem? Acesse o site.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo.

#Conhecimento: Cases Transformando Territórios

Conheça a história dos institutos e fundações comunitárias que integram Programa Transformando Territórios! 

 

CASES

 

Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation que tem como missão fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Atualmente o Programa Transformando Territórios é composto por 17 fundações e institutos comunitários oriundas de várias regiões do Brasil, localizadas em 10 estados.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo!

Entrada de novos grupos de iniciativa no programa Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação, o desenvolvimento e o fortalecimento de Fundações e Institutos Comunitários (FICs) no Brasil oferecendo apoio técnico, institucional e financeiro.

As FICs são organizações que atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais de múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades do território. Além disso, fortalecem o setor social da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Em 2020, o Programa Transformando Território recebeu 12 organizações e líderes que almejavam desenvolver este modelo de organização para atuar em suas regiões. Ao final do Programa, 10 novas FICs surgiram, atuando em diferentes territórios em 5 estados.

Em 2023, o Programa se dedicou em um novo esforço de encontrar novos líderes e organizações para atuarem neste modelo. Através de uma chamada pública, encontros e pesquisa ativa, 5 novos grupos de iniciativa entraram no Programa em agosto de 2023.

Cada nova organização e liderança trazem perspectivas, conhecimentos e territórios novos, contribuindo para o desenvolvimento do Programa em cenários tão plurais.

Ao participar do Programa cada organização definirá sua trilha de desenvolvimento, com metas, objetivos e esforços alinhados com seus territórios, conhecimento e história.  A partir de amplos diálogos, reuniões e encontros, o Programa define uma estratégia de apoio para cada organização, respeitando os saberes, demandas e potenciais locais.

Dito isso, algumas das principais atividades realizadas pelo Programa são consultorias, mentorias, capacitações, cursos, aporte financeiro e viagens de intercâmbio entre as organizações. Além de buscar dar visibilidade a todas essas organizações e difundir o debate sobre filantropia comunitária no Brasil.

Abaixo, uma breve descrição de cada um dos novos grupos de iniciativa do Programa Transformando Territórios.

 

Instituto Comunitário de Sergipe – ICOSE

O ICOSE é uma organização que tem por missão promover o fortalecimento do protagonismo das comunidades locais e a atuação em rede, visando o desenvolvimento justo, solidário e sustentável no Estado de Sergipe.

A sua principal missão é identificar, apoiar e assessorar as organizações do terceiro setor e iniciativas de pessoas físicas que atuem na comunidade de forma responsável e, promover o intercâmbio e parceria entre as organizações da sociedade civil com os órgãos públicos, privados e pessoas físicas fortalecendo a comunidade sergipana.

A organização está em seu primeiro ano de atuação, iniciando seus projetos para a cidade de Aracajú e buscando a formação de mulheres empreendedoras e campanhas de solidariedade em escolas da cidade.

Atualmente o ICOSE está realizando uma campanha de arrecadação no site da Benfeitoria, para projetos que tem como objetivo o empoderamento da mulher sergipana, SAIBA MAIS!

 

Rede Paraty

A Rede Paraty surgiu da necessidade de haver uma maior articulação entre o setor social na cidade de Paraty e fortalecer essas iniciativas sociais tão importantes para o território da cidade de Paraty.

A partir de uma pesquisa realizada pela Taiamá Foundation e outros atores locais, foi realizado o desenvolvimento de um diagnóstico socioeducacional e a elaboração de uma teoria da mudança para a cidade de Paraty. O que permitiu mapear as prioridades locais e as organizações no território.

Desse mapeamento sobre as demandas sociais da cidade, um grupo de OSCs da cidade muito bem articulado expressaram o desejo de desenvolver um Instituto Comunitário, para alavancar o impacto socioambiental do território, ampliar o diálogo com o poder público e a cultura de doação local.

 

Associação Nossa Cidade

A Associação Nossa Cidade (ANC), fundada em 2014, tem como objetivo promover um mundo melhor através da filantropia comunitária, já tendo financiado quase 100 projetos por meio de várias abordagens, incluindo Patrocínio Fiscal, Círculo de Doações e gestão do Fundo Regenerativo Brumadinho.

Essas diversas experiências permitiram que a associação desenvolvesse uma tecnologia social para implantação de fundos comunitários em pequenos territórios, chamados de FuSo (Fundos Sociais Nossa Cidade).

A partir deste amplo conhecimento sobre diferentes territórios, atividades de grantmaking e articulação local, o Nossa Cidade se formaliza como um Instituto Comunitário para atuar na região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

Mundaú

A Mundaú está sendo fundada pelo líder comunitário Carlos Jorge, fundador do Instituto Mandaver. Com grande representatividade no território e engajado com os desafios de Alagoas, Carlos Jorge impulsiona a Mundaú para transformar organizações e diferentes realidades em Alagoas.

Ela surge com o propósito de operar como um Instituto Comunitário para o estado promovendo o desenvolvimento comunitário do território, buscando maior engajamento dos atores locais, doadores e organizações sociais para aumentar a cultura de doação local.

Atualmente o Instituto dedica seus esforços para a cidade de Maceió, planejando um evento de lançamento em dezembro deste ano envolvendo diversas organizações locais.

Promovendo capacitações, conhecimento, empoderando e fortalecendo a sociedade civil, a Mundaú será uma grande propulsora de transformação, inovação e impacto social no estado.

 

Fundação Gerações

A Fundação Gerações é uma entidade da sociedade civil criada em 2008, na cidade de Porto Alegre, em consonância com a sua missão, dedica-se a fomentar iniciativas, processos e projetos sociais que fortaleçam a sociedade gaúcha. Suas três principais áreas de atuação são: Gestão de Investimento Social, Apoio Financeiro a OSC’s e Formações para o Terceiro Setor.

A Fundação é responsável pelo Fundo Gerações, que tem vínculo com a Lei da Solidariedade, que tem o objetivo de apoiar a constituição de fundos patrimoniais para sustentabilidade das organizações do terceiro setor.

Em 2022 a organização passou por um processo de revisão do seu planejamento estratégico, onde compreendeu a sua missão de atuar como Fundação Comunitária e adentrar ao Programa Transformando Territórios. Como primeira iniciativa para este processo de reformulação, a Fundação está constituindo o Fundo Comunitário Porto para Todos, que passará a exercer estas primeiras atividades como FIC.

 

QUEM SOMOS

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 1999, cuja missão é inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, a partir do trabalho junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

 

A Charles Stewart Mott Foundation é uma organização social grantmaker norte-americana, com sede em Flint (Michigan), fundada em 1926 por Charles Stewart Mott , antigo diretor e acionista da General Motors Corporation. Mais de US$ 3,2 bilhões em ativos alocados para o desenvolvimento de projetos com foco em 4 áreas de atuação: Sociedade civil, educação, meio ambiente e comunidade de Flint. A Mott já apoiou organizações em mais de 62 países e em 2019 distribuiu US$ 133 milhões em grants.

Fundação FEAC: seis décadas impulsionando organizações, territórios e pessoas

Como uma organização mantém um modelo de ação social inovador por quase 60 anos? A história da Fundação FEAC – Fundação das Entidades Assistenciais de Campinas começa no início dos anos 1960, quando as organizações

Jovem Chef – FEAC

sociais campinenses enfrentavam dificuldades econômicas e decidiram atuar de forma integrada e articulada para promover a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Em 2024 a FEAC completará seis décadas desenvolvendo e apoiando soluções reais para os desafios das comunidades mais vulneráveis da região de Campinas.

Um dos fundadores da FEAC, Eduardo Pimentel, teve a ideia de reunir as entidades sob um mesmo guarda-chuva, criar um fundo único e mais eficiente de captação de recursos e realizar apoio e suporte administrativo a outras entidades. Com a iniciativa bem-sucedida, a FEAC foi oficializada em 1964 e seguiu com o propósito de apoio institucional às organizações, tendo como bússola a busca do desenvolvimento integral e do respeito à cidadania plena das crianças e dos adolescentes.

O projeto alcançou novos rumos quando o casal Odila e Lafayette Álvaro, no mesmo ano de criação da organização, decidiram doar a Fazenda Brandina a esse grupo de instituições. No final dos anos 70, quando um grupo imobiliário quis comprar a terra, a FEAC decidiu não só vender o terreno, mas sim tornar-se sócia do shopping que seria construído na região. Naquele momento deu-se início ao que viria a se tornar uma importante fonte de financiamento para organizações do terceiro setor da região.

Assim, as atividades da FEAC são financiadas por recursos próprios, gerados pela administração do próprio patrimônio, especialmente as locações imobiliárias. A partir desses recursos a FEAC realiza a prática de grantmaking – , ou seja, financia iniciativas e projetos de organizações locais. Essa característica é uma das principais atividades de uma Fundação ou Instituto Comunitário.

Na Carta de Princípios para FICs, define-se que:

 

“Majoritariamente grantmakers: captam, gerenciam e realizam doações de recursos financeiros para organizações sem fins lucrativos e iniciativas sociais do território, que atuam na linha de frente do atendimento às demandas comunitárias, de modo a assegurar a vitalidade do setor social local.”

 

Os investimentos são destinados a viabilizar projetos que tenham relação com os objetivos da FEAC em seis áreas programáticas, divididas em três dimensões:

 

  • 1) Empoderar pessoas (Acolhimento afetivo, Educação, Juventudes, Mobilização para autonomia e Primeira Infância em foco);
  • 2) Potencializar territórios (Fortalecimento de vínculos);
  • 3) Impulsionar organizações (Cidadania Ativa e Qualificação da gestão de OSCs     Cidadania e Impacto Social).

 

Em um olhar retrospectivo, percebemos que a FEAC já nasce como uma fundação comunitária em 1964, mesmo sem conhecer esta terminologia para suas atividades.

Urbanizarte, FEAC

 

SUPORTE A PROJETOS ESTRUTURADOS

Jair Resende, superintendente socioeducativo da FEAC

Para garantir a governança efetiva e a sustentabilidade das organizações, dentro do terceiro eixo, a FEAC faz suporte a processos formativos, tendo como um dos principais programas o “Cidadania e Impacto social”, conta o superintendente socioeducativo da FEAC, o paraense Jair Resende:

 

“Impulsionamos as organizações por meio de formações, mentorias, estabelecimento de redes e investimentos, para que tenham mais condições de protagonismo, adotem as melhores práticas de gestão e processos eficientes. Nos últimos tempos, despertados pelo programa Transformando Territórios (TT) do IDIS, temos olhado especialmente para organizações que estão imbuídos na causa do desenvolvimento de territórios”.

 

Em 2022, a Fundação FEAC consolidou um novo modelo de investimento social, a partir de um processo de transformação que teve início quatro anos antes. Antes realizada por meio de apoio institucional, a parceria que a Fundação firma com as organizações parceiras passou a ser realizada por meio de suporte a projetos estruturados.

 

“O ano de 2022 foi o primeiro em que todas as organizações apresentaram as propostas em forma de projetos dentro desse sistema. Isso foi uma grande conquista da FEAC”, afirma Resende.

 

Nesse último ano, foram desenvolvidos 173 projetos em parceria com 127 organizações, um investimento de mais de R$ 25 milhões.

 

“O mais importante é que, com esse sistema, a FEAC conseguiu dimensionar melhor os impactos de suas iniciativas para cumprir o seu papel de impulsionar as transformações nos territórios onde atua”. completa.

 

Entre os editais recentes, estão a apresentação de propostas voltadas à melhoria e transformação dos espaços dos serviços de acolhimento – em que foram selecionados quatro projetos com até R$ 80 mil – e a para organizações atuem com pessoas com deficiência, para apresentação de propostas de projetos visando a acessibilidade arquitetônica – foi apoiado um projeto com até R$ 250 mil.

Além disso, a Fundação FEAC vem realizando, dentro do eixo Cidadania e Impacto Social, um mapeamento dos coletivos de Campinas. O levantamento é feito a partir do cadastro de informações das organizações numa plataforma: a temática em que atuam, se têm sede ou não, onde estão localizadas, o perfil dos membros e quais as dificuldades que enfrentam, dentre outras. Todos estes dados servirão como referências relevantes para parcerias em futuros projetos.

Agricultura Urbana, FEAC

Com uma logística privilegiada e outros recursos singulares, Campinas é hoje uma das cidades mais ricas do país. Entretanto, essa mesma Campinas, oficializada como metrópole pelo IBGE em 2020, apresenta um território de alta desigualdade econômica. Desde a criação da FEAC, a população do município passou de 300 mil para mais de um milhão de habitantes, a vulnerabilidade social também aumentou e a fundação precisou se reinventar algumas vezes para seguir promovendo impacto social positivo na região.

 

UM OLHAR ESTRATÉGICO

Em 2020, a FEAC desenhou as Regiões de Vulnerabilidade Social (REVS), dando mais racionalidade ao olhar para o território. Antes, a organização trabalhava com 349 áreas de vulnerabilidade espalhadas por Campinas.

 

“Muitas compartilhavam equipamentos como escolas e unidades de saúde. Foi assim que se chegou a uma divisão em 16 REVS, que fizeram com que a fundação olhasse, pela primeira vez, para a área rural de Campinas. Também permitiu observar com mais exatidão as vulnerabilidades dos territórios, possibilitando uma atuação mais estratégica”, explica Resende.

 

Mesmo sendo uma fundação com relativos recursos, o superintendente garante que a FEAC segue em busca de parcerias importantes com empresas e outras organizações para criar e operacionalizar projetos.

 

“A aproximação com o IDIS, através do Transformando Territórios, nos despertou a visão de que a FEAC pode ser um hub de investimento social, ampliando suas parcerias para potencializar o ecossistema;”finaliza Resende.

 

APOIAR UM AO OUTRO PARA CRESCER JUNTOS

A entrada da FEAC no Programa Transformando Territórios, que visa o desenvolvimento de Fundações e Institutos Comunitários (FICs), proporcionou à organização uma nova oportunidade para expandir conhecimento sobre a filantropia comunitária, abrindo assim novas perspectivas para atuação.

Uma dessas formas de atuação da FEAC é apoiar a formação de novas FICs na região de Campinas. O primeiro case de sucesso dessa atuação é o apoio a FEAV – Fórum das Entidades Assistenciais de Valinhos que atua no território de Valinhos. Inclusive a FEAV entrou no Programa Transformando Território em 2021, por indicação da FEAC. A participação de ambas no programa também foi o catalisador de uma parceria entre as duas instituições.

Cinemaqui – FEAC

Neste ano, a FEAC como forma de apoio mais expressiva doou um de patrimônios, um histórico casarão localizado na cidade de Valinhos, para a FEAV. Nesses 59 anos de existência é a primeira vez que a FEAC apoia outra organização que atua também como um Instituto Comunitário por meio de uma doação tão significativa.

Esta contribuição está alinhada com o novo objetivo da FEAC em fortalecer cada vez mais o setor social da região de grande Campinas apoiando iniciativas sociais locais por meio de uma abordagem de longo prazo e de um compromisso com o desenvolvimento sistêmico da região metropolitana. E também inicia um processo pioneiro onde uma fundação comunitária apoia o desenvolvimento de outras FICs nas regiões do entorno. Este é um passo importante e disruptivo que demonstra a importância da parceria e aliança entre FICs para o desenvolvimento dos nossos territórios.

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: As áreas de atuação da FEAC abrangem todas as 16 Regiões de Vulnerabilidade Social (REVS) no município de Campinas. O conceito das REVS foi definido pelo Núcleo de Inteligência Social (NIS) da FEAC, tendo como base dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
  • Nome do instituto ou fundação comunitária: Fundação FEAC;
  • Nome e cargo da principal liderança Jair Resende, superintendente socioeducativo;
  • População estimada: 200 mil pessoas em situação de vulnerabilidade. Os projetos da FEAC já atingiram 138.266 beneficiários;
  • Número de OSCs do território: Levantamentos apontam cerca de 200 organizações;
  • Causas prioritárias do território mapeadas pela organização: Promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes.

    A Fundação FEAC integra o Programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

 

Quer saber mais sobre a Fundação FEAC? Acesse o site.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo.

Espírito comunitário: FEAC doa casarão à FEAV para fortalecer ações sociais em Valinhos

A cooperação para o desenvolvimento é uma das propostas da filantropia comunitária. Visando apoiar a organização parceria de atuação em um território próximo, a FEAC – Fundação das Entidades Assistenciais de Campinas anunciou uma grandiosa doação de um majestoso casarão de 800m² em um terreno de 6000m² que fortalecerá significativamente as atividades da FEAV – Fórum das Entidades Assistenciais de Valinhos, localizada na cidade vizinha à Campinas. Ambas as organizações participam do programa Transformando Territórios do IDIS e atuam de forma próxima neste território no interior de São Paulo na região de Campinas e região metropolitana.

O histórico casarão, construído na década de 20, já serviu como residência da família Bissoto e até subsidiou o outro projeto social, o da Creche da Tia Nair. Agora o edifício com arquitetura rebuscada e espaços amplos será transformado em um centro de apoio a projetos sociais de Valinhos apoiados pela FEAV.

 

 

A FEAV é uma organização sem fins lucrativos que atua como Instituto Comunitário, dedicada a melhorar a qualidade de vida na cidade de Valinhos, por meio de uma abordagem de longo prazo e um compromisso com o desenvolvimento sistêmico da região. Ou seja, atuando neste modelo de organização, a FEAV trabalha como fonte de apoio técnico e financeiro para uma variedade de iniciativas sociais que abrangem diversas causas em seu território, priorizando sempre as necessidades sociais locais a partir de uma escuta ativa da comunidade local.

 

 

Junto de mais 16 organizações do Brasil, a FEAV é uma das organizações integrantes ao Programa Transformando Territórios. Esta é uma iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação, desenvolvimento e fortalecimento de Fundações e Institutos Comunitários (FICs) no Brasil oferecendo apoio técnico, institucional e financeiro.

A parceria entre as duas organizações não é nova e inclusive, a FEAV foi indicada pela FEAC para participar do Transformando Territórios em 2021. Nesse curto período atuando como um Instituto Comunitário, a organização de Valinhos já acumula grandes conquistas e vem realizando um trabalho excelente fortalecendo o setor social do município por meio de capacitações e apoio financeiro. A entrada no Transformando Territórios também foi o catalisador de uma aproximação da parceria entre ambas as instituições.

A FEAC é uma das Fundações Comunitárias mais antigas do Brasil, atuando desde 1964 no território de Campinas. Nos seus 59 anos de existência é a primeira vez que a FEAC apoia outra organização que atua também como um Instituto Comunitário. Esta contribuição está alinhada com o objetivo da FEAC em fortalecer cada vez mais o setor social da região de grande Campinas.

Agora a diretoria da FEAV, representada pela líder comunitária Eliane Macari, está reunindo os representantes das Organizações da Sociedade Civil da cidade para decidirem juntos quais projetos sociais podem ser implantados no casarão e como transformá-lo num centro de apoio ao setor social de Valinhos.

Essa doação representa o incrível trabalho contínuo da FEAV e da FEAC em apoiar as iniciativas sociais do próprio território, evidenciando como as Fundações e Institutos Comunitários desempenham um papel fundamental no fortalecimento do setor social e na construção de comunidades mais fortes, promovendo um impacto positivo e duradouro onde atuam.

 

“Sabendo que existe uma entidade em Valinhos que atua em modelo similar à FEAC foi natural imaginar a doação. Juntos podemos ser muito mais fortes que cada um atuando de forma isolada. A transferência do patrimônio foi só o primeiro passo de uma história muito bonita daqui pra frente”, afirma Renato Nahas, presidente do Conselho Curador da Fundação FEAC.

 

Essa doação também simboliza o incrível poder de colaboração que o setor social tem entre si e destaca o enorme potencial que poderia ser realizado se houvesse um maior apoio de outros setores. Essa iniciativa será um passo significativo na batalha contra a desigualdade social e na promoção de uma sociedade mais solidária na região de Valinhos.


Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation que tem como missão fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Atualmente o Programa Transformando Territórios é composto por 17 fundações e institutos comunitários oriundas de várias regiões do Brasil, localizadas em 10 estados.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo!

Vem aí ‘Dia de Doar 2023’: participe e doe para Fundações e Institutos Comunitários

 Clique aqui e doe!

Desde 2013, acontece o Dia de Doar no Brasil e neste ano, a 10ª edição vai acontecer em 28 de novembro. O objetivo é incentivar o país a ser mais generoso e solidário, mobilizando pessoas físicas, empresas e campanhas comunitárias para arrecadar recursos e aumentar o impacto positivo de organizações do terceiro setor.

O Dia de Doar estimula a doação de pessoas, empresas e organizações e tem um papel fundamental ao mostrar que todos podem participar, fortalecendo a cultura da doação no cotidiano das pessoas.

Neste ano, o programa Transformando Territórios, que fortalece Fundações e Institutos comunitários (FICs), participa do movimento com uma campanha de matchfunding. Ou seja, a cada R$ 1 doado, o fundo transformando territórios doará mais R$ 1 para as FICs participantes.

 

Com atuação regional, são 6 organizações participantes de distintas regiões do país: 

Conheça esses territórios que transformam realidades por meio de apoio a uma rede de atores e organizações locais. Doe e multiplique o impacto social!

 

A campanha vai até 8 de dezembro. Acesse aqui para doar!

 

O que são Institutos e Fundações Comunitárias?

Institutos e Fundações Comunitárias são organizações da sociedade civil que visam a melhoria da qualidade de vida de populações situadas em regiões geográficas bem delimitadas, a partir da captação, gestão e distribuição de recursos para organizações sem fins lucrativos e iniciativas sociais, através do desenvolvimento de capacidades e valorização de ativos locais, estas organizações produzem conhecimento, atuam em rede com o poder público e sociedade civil em prol do desenvolvimento territorial.

 

Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation que tem como missão fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Atualmente o Programa Transformando Territórios é composto por 17 fundações e institutos comunitários oriundas de várias regiões do Brasil, localizadas em 10 estados.

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Observatório do Terceiro Setor destaca o Programa Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS com apoio da Charles Stewart Mott Foundation, foi destaque no Observatório do Terceiro Setor, portal de notícias sobre o terceiro setor no Brasil. Em entrevista, Whilla Castelhano, gerente de projetos do IDIS, explicou que o programa busca incentivar a criação e fortalecer as Fundações e Institutos Comunitários (FICs) no Brasil.

As FICs são organizações que atuam em prol do desenvolvimento comunitário de um território geográfico delimitado, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto social positivo para o desenvolvimento da região. Diferentemente das ONGs, não executam projetos sociais, e sim os apoiam, destinando recursos ou realizando a capacitação dos atores.

Whilla explicou que a principal razão do impacto das fundações comunitárias são os investimentos transversais.

“O que potencializa o impacto das FICs é o papel como ‘grantmaker’ ou financiador de projetos e ações de impacto no território. Uma FIC pode identificar que a demanda prioritária da sua região é trabalhar a conscientização sobre reciclagem. Desta forma, ela pode investir em projetos que trabalhem com crianças do ensino fundamental, associações e coletivos de reciclagem, projetos sociais com artesãos que utilizem materiais recicláveis para confecções”.

Leia a notícia completa aqui!

Sobre o Observatório do Terceiro Setor

Observatório do 3° SetorO Observatório do Terceiro Setor é uma agência brasileira de conteúdo multimídia com foco nas temáticas sociais e nos direitos humanos, no que o mundo precisa com urgência. Reúne plataformas de rádio e digitais para divulgar as boas práticas das organizações da sociedade civil.

Sobre o programa Transformando Territórios

Assista esse e outros vídeos na nossa playlist do programa Transformando Territórios.

O programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

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Campanha duplica doação para institutos comunitários do Brasil

A cada R$ 1 doado, o fundo transformando territórios doará mais R$ 1 para cada uma das Fundações e Institutos comunitários (FICs) que participam do programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS com apoio da Charles Mott Foundation.

Com matching de até R$ 50 mil por organização, o Programa quer impulsionar as iniciativas locais das FICs com esta campanha, engajando comunidades e territórios!

 

Com atuação regional, são 6 organizações participantes de distintas regiões do país: 

Conheça esses territórios que transformam realidades por meio de apoio a uma rede de atores e organizações locais. Doe e multiplique o impacto social!

 

A campanha vai até 8 de dezembro. Acesse aqui!

 

O que são Institutos e Fundações Comunitárias?

Institutos e Fundações Comunitárias são organizações da sociedade civil que visam a melhoria da qualidade de vida de populações situadas em regiões geográficas bem delimitadas, a partir da captação, gestão e distribuição de recursos para organizações sem fins lucrativos e iniciativas sociais, através do desenvolvimento de capacidades e valorização de ativos locais, estas organizações produzem conhecimento, atuam em rede com o poder público e sociedade civil em prol do desenvolvimento territorial.

 

Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation que tem como missão fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Atualmente o Programa Transformando Territórios é composto por 17 fundações e institutos comunitários oriundas de várias regiões do Brasil, localizadas em 10 estados.

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FUNDAES: Apoio a organizações locais contribui para superar desafios socioambientais no Espírito Santo

Fundada em 2002, a Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo – FUNDAES busca promover e fortalecer o estado do Espírito Santo por meio das organizações sociais acreditando que o desenvolvimento de um território começa com o apoio aqueles que trabalham localmente para a redução das desigualdades.

 

Entre os projetos promovidos pela entidade estão capacitações, pesquisas, formação de redes colaborativas e advocacy. A FUNDAES também auxilia entidades associadas na candidatura de projetos aos editais de fundos sociais, tanto no âmbito dos municípios quanto do estado do Espírito Santo.

 

A realização de todas estas atividades é possível por meio da captação de recursos com várias fontes de financiamento. Entre elas estão a geração própria de receita por meio da anuidade paga pelas afiliadas – atualmente, são 41 organizações – e também as contribuições de empresas sediadas no estado, grandes parceiras da Federação.

 

Com o apoio do Programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation, a FUNDAES assume um novo papel no território, o de instituto comunitário. Em que o papel principal é integrar e articular o ecossistema de impacto do estado, debatendo as demandas da sociedade capixaba compartilhando conhecimentos, investindo na profissionalização do terceiro setor da região e financiando iniciativas e projetos sociais na região.

 

Esta nova atividade ganhou um braço operacional próprio, chamado de Fundo de Investimento Comunitário Capixaba – “FIC”. O objetivo é atrair o investidor social capixaba para apoiar projetos e iniciativas locais que transformem a região. O Fundo conta com um Comitê Gestor próprio que reúne seis representantes da sociedade civil com diferentes expertises. Entre novembro de 2021 e maio de 2022, o Fundo captou R$ 195 mil com fontes de recursos diversas, dentre elas doações de institutos empresariais, doadores pessoas físicas (dentre eles membros da governança da FUNDAES), associações empresariais, famílias, cooperativas e empresas nacionais e internacionais.

 

Robson Melo, Presidente da FUNDAES, apresentando o fundo da FIC

 

Esta pluralidade de fontes doação é uma das principais características das fundações e institutos comunitários, que atuam como uma ponte entre os interesses dos doadores e investidores sociais para atender as  demandas identificadas e endereçadas pelas organizações e iniciativas do território.

 

Projeto Abrace a Vida, apoiado pela FUNDAES

Financiadas por fontes de recursos diversas: buscam construir ao longo do tempo bases diversificadas de captação de recursos, sempre que possível, realizando a captação também junto à própria comunidade, de modo a impulsionar o papel coinvestidor dos cidadãos, aumentar o engajamento comunitário e contribuir com a construção de relações baseadas na confiança e transparência, na qual tanto o instituto/fundação comunitária quanto cidadãos compartilham a responsabilidade sobre o território e sua comunidade.

 

A FUNDAES é uma das organizações mais bem-sucedidas nesta frente, buscando inovar nas relações com os doadores e arrecadação de doações. Este ano a organização está se dedicando a abrir novas frentes de captação, realizando uma parceria com o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Sergio Aboudib no lançamento da sua autobiografia, l, que destinou 100% da venda do livro para o Fundo de Investimento Comunitário Capixaba e que contou com quase 100 doadores através da iniciativa.

 

“O objetivo do Fundo é apoiar iniciativas capixabas que tenham o objetivo do desenvolvimento comunitário, seja pela formação profissional, arte, saúde ou empreendedorismo, com melhoria da gestão e governança da entidade proponente”, destaca Robson Melo.

 

Também merece destaque para a campanha anual “De olho no dinheiro (Leão Solidário)”, que tem como objetivo mobilizar os declarantes do Imposto de Renda, indivíduos e empresas, a destinarem parte do imposto devido a projetos sociais.

 

COMO FOI CRIADA A FUNDAES

Pode-se dizer que o berço da FUNDAES é o ambiente acadêmico e que a entidade já nasce com o viés do desenvolvimento do território a partir do empoderamento comunitário.

 

O ano era 2002, quando pesquisadores de três instituições de ensino superior – Fucape Business School, FAESA e Centro Universitário e Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) – se uniram e buscaram parceria com duas importantes organizações da sociedade civil capixaba – a Fundação Otacílio Coser e a Associação Feminina de Combate ao Câncer (AFECC) – para pesquisar sobre a atuação do terceiro setor na região.

 

A partir de então, com a realização do seminário “O papel do Terceiro Setor para o desenvolvimento local”, foi fundado o Centro de Referência em Terceiro Setor (CERTS), que mais tarde, com o apoio e auxílio técnico das federações coirmãs de São Paulo e Minas Gerais (APF e Fundamig), se tornaria a FUNDAES como a conhecemos hoje.

 

Com uma pausa nas atividades por alguns anos, a Federação volta com força à cena capixaba em 2011, a partir da aproximação do movimento empresarial Espírito Santo em Ação. Como integrante deste grupo, o engenheiro e executivo da indústria siderúrgica Robson Melo se juntou aos então dirigentes – Valcemiro Nossa, Regina Murad, Raquel Coser e Mariluzia Dalla Bernardina para a reativação da FUNDAES. Desde 2019, Robson é membro da diretoria, ocupando a posição de presidente executivo da organização.

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ORGANIZAÇÕES E PROJETOS APOIADOS PELA FUNDAES

Sobre a parceria com o IDIS e a Charles Mott Foundation, Robson Melo destaca que a participação da FUNDAES no Programa Transformando Territórios garante uma parceria impactante e equitativa na medida em que oferece uma rede de colaboração, concedendo apoio financeiro e técnico de acordo com o contexto local de cada instituto e fundação comunitária.

Desde a integração no Transformando Territórios, em 2021, a FUNDAES oferece apoio financeiro a projetos de diferentes temáticas e causas por meio do Fundo de Investimento Comunitário Capixaba.

Entre esses foram apoiados 7 projetos em 6 municípios do Espírito Santo, uma pluralidade importante quando o território de atuação é tão vasto. Conheça os projetos e suas localidades:

  • O projeto Cozinha Abrace, da Associação Abrace a Vida, em Anchieta;
  • Mãos que Fortalecem, do Núcleo Social Roger Fernandes Rodrigues, em Cariacica;
  • Negócio Delas, do Instituto João XXIII, em Vitória;
  • Gestão Organizada em Prol das Mulheres do Território de Andorinhas, do Instituto Mulheres em Ação pela Cidadania, também em Vitória;
  • Segunda Chance, da Associação Casa da Mulher, em Serra;
  • Serviço de Convivência Além dos Muros, do Centro Cultural Araçá, em São Mateus;
  • Simplicidade, do Projeto Simplicidade, em Vila Velha.

Mãos que Fortalecem

O diretor da FUNDAES destaca que, das sete organizações selecionadas na primeira chamada, apenas duas são afiliadas da entidade. Alguns apoios foram destinados à formalização e estruturação destas organizações, possibilitando o maior acesso das iniciativas a recursos financeiros futuramente.

Para ampliar a divulgação da chamada do Fundo de Investimento, a FUNDAES utilizou da rede de 41 de organizações associadas e de uma estratégia inovado As associadas ajudaram a divulgar o edital nas próprias cidades e escreviam cartas de recomendação para que organizações não formalizadas também pudessem participar do edital.  Esta ação mostra o poder da atuação em rede e o potencial da parceria para o desenvolvimento local.

“Muitos projetos, apesar de comprovadamente provocar impacto social positivo, não atendem aos pré-requisitos complexos dos editais públicos por estarem em fase inicial ou outras questões burocráticas. Selecionamos organizações do norte, do sul e do centro do estado e os apoios financeiros são muito personalizados, de acordo com as demandas de cada uma”, explica.

 

Agora, a FUNDAES faz uma nova rodada de captação de recursos até junho para o lançamento da 2ª Chamada de Projetos. A expectativa é garantir ainda mais recursos para apoiar organizações em esforços de transformação de todo o Espírito Santo em um território melhor de se viver.

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: Estado do Espírito Santo (46 mil km²).
  • Nome do instituto ou fundação comunitária: Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo – FUNDAES.
  • Nome e cargo da principal liderança: Robson de Almeida Melo e Silva, Presidente da FUNDAES.
  • Causas prioritárias mapeadas pela FIC: Infância e Juventude, Terceira idade, Desenvolvimento comunitário, Arte e cultura.
  • Número de OSCs do território: Aproximadamente 23 mil em todo o estado (ativas ou não). Atualmente, 41 entidades, dentre OSCs, fundações e associações, são associadas à FUNDAES.
  • Desafios regionais: O estado do Espírito Santo enfrenta desafios sociais e ambientais complexos. No âmbito social, a violência urbana é um desafio significativo, com altos índices de criminalidade e violações dos direitos humanos. A falta de infraestrutura adequada, como saneamento básico e moradia digna, afeta negativamente a qualidade de vida de muitos moradores do estado. No contexto ambiental, o Espírito Santo enfrenta a degradação dos seus ecossistemas naturais, em especial a Mata Atlântica e os manguezais. A exploração indiscriminada de recursos naturais, como a mineração e a expansão agrícola, contribui para a perda de biodiversidade e a destruição dos habitats naturais. Porém, o Estado tem significativos avanços na área de educação e houve crescimento econômico em todo o Estado.

 

A FUNDAES integra o programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

Quer saber mais sobre a FUNDAES? Acesse o site.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

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ICBM: Escuta ativa para promover a transformação da Baixada Maranhense

De tempos em tempos, o Instituto Comunitário da Baixada Maranhense (ICBM), ou Instituto Baixada, faz uma consulta online para ouvir os moradores do território sobre as prioridades de investimento social na região. A intenção é saber dos “baixadeiros” quais serão os temas dos próximos editais de apoio a organizações sociais, coletivos da região, escolas públicas e produtores rurais, dentre outros grupos locais. Com esta proposta de escuta ativa, o Instituto Baixada trabalha para promover a transformação em 16 dos 21 municípios da Baixada Maranhense, além de Alcântara, na região metropolitana de São Luís, que apresentam alguns dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.

 

“O conceito de ‘baixadeiro’ inclui todos que nasceram ou foram criados no território ou que apoiam o seu desenvolvimento”, explica o superintendente do Instituto Baixada, Ivan Campos.

 

Encontro Regional de Desenvolvimento Territorial Zona Rural de Palmeirândia

 

A articulação para a criação do Instituto Baixada teve início em 2003. Nesta ocasião, um grupo de jovens que participavam de um projeto do Formação do Centro de Apoio à Educação Básica (FCAEB) – organização maranhense com atuação internacional – começou a se reunir para conceber e materializar projetos para os territórios mais vulneráveis do Maranhão, adotando o conceito de Conjunto Integrado de Projetos (CIP).

 

Ivan na reunião quinzenal de jovens de Palmerândia

Os jovens Diane Pereira, Denivaldo Freitas e Ivan Campos – naturais dos municípios maranhenses de São Bento, Matinha e Palmeirândia, respectivamente – estavam lá. Eles tinham entre 11 e 14 anos quando, junto com outros adolescentes do território, deram os primeiros passos para mudar não só a própria história, como a de muitos ao redor deles.

 

“Havia grupos de interesses com temas variados, como educação, políticas públicas para o desenvolvimento territorial, saneamento e urbanismo,  artes e esportes. Nós três integrávamos, em comum, o grupo de políticas públicas. Foi assim que nos conhecemos, ainda tão novos, discutindo filantropia e desenvolvimento comunitário”, conta Ivan.

 

A ATUAÇÃO DO ICBM

A primeira estratégia do CIP Jovem Cidadão foi a organização de Fóruns da Juventude distribuídos em 10 municípios da Baixada. Assim, foi criado o ICBM, que em 2009 se formalizava como fundação comunitária. Hoje, Diane, Denivaldo e Ivan assumem, respectivamente, os cargos de presidente, vice-presidente e superintendente do instituto, que é composto por 29 membros, sendo 25 fundadores e 4 convidados, todos nascidos na Baixada Maranhense.

 

“Nesta época, o êxodo rural era muito alto no Maranhão. Os jovens deixavam a Baixada Maranhense em busca de melhores condições de vida e acabavam trabalhando em condições análogas à escravidão. Com a formalização do Instituto, as prioridades começaram a ser vistas e analisadas a fim de servir como base para a criação de metodologias transformadoras na construção e no fortalecimento do território, revelando as potencialidades da região”, conta o – superintendente do instituto, Ivan.

 

Os membros do Instituto Baixada constituem o Conselho Comunitário, responsável por eleger o Conselho Curador, que delibera sobre a administração dos fundos, projetos e pautas extraordinárias. Entre integrantes do Conselho Curador, são eleitos o presidente e vice-presidente e escolhido um superintendente.

 

Possuir instâncias de governança formadas por membros do território, garantindo a defesa dos interesses comunitários, e promover apoio técnico e institucional para organizações locais, impulsionando seu desenvolvimento e a construção de capacidades, faz parte princípios das fundações e institutos comunitários (FICS). Entre as diretrizes das FICs, estão:

 

São representadas por membros da comunidade: possuem instâncias de governança formadas por agentes e cidadãos preocupados com as questões locais que, a partir da sensibilidade e profundo conhecimento do território, são responsáveis por manter a organização, identificar temas prioritários, orientar a alocação eficaz de recursos, bem como defender os interesses da comunidade.

São provedoras de apoio institucional e técnico às organizações e iniciativas sociais locais: responsáveis por impulsionar o desenvolvimento e a construção de capacidades das organizações da sociedade civil e iniciativas sociais locais, de modo a elevar padrões de operação e garantir o uso responsável e eficiente dos recursos doados.

 

PROJETOS APOIADOS

Com os editais de apoio, o Baixada capta recursos para apoiar organizações sociais locais e coletivos. Desde 2020, foram captados e repassados por meio de editais R$ 200 mil, apoiando diretamente mais de 500 pessoas participantes de grupos e coletivos da Baixada.

 

Dentre os  mais recentes, estão o “Música na Comunidade”, que cria espaços de aprendizagem em música, o “Juventude Empreendedora”, voltada ao financiamento de pequenos negócios de jovens do Curso Técnico de Gestão de Negócios/Administração do CEMP-EPDT e o “Fortalecendo a Agricultura Familiar”, com o objetivo de apoiar a produção agrícola olindense.

 

Eilane Lobato e Wesley Amorim jovens da Cia. de Dança Teatro Expressão Livre, de Palmeirândia

 

Uma das principais áreas de atuação, aliás, tem sido a agricultura familiar, um pilar importante para o desenvolvimento de comunidades, pois gera emprego e renda local.

Visita ICBM à Zona Rural de São Bento (MA)

Com o apoio de diversos programas, pequenos agricultores têm acesso a recursos e capacitações para melhorar a produção e renda dos quintais produtivos, além do acesso ao Banco de Sementes Crioulas. Este banco funciona no Parque Agroecológico Buritirana e integra o projeto educacional do Centro de Ensino Médio e Profissionalizante (CEMP-EPDT), que oferece cursos técnicos de Agroecologia, Agente Comunitário de Saúde e Gestão e Administração de Negócios.

 

 

O CEMP foi idealizado pelo Instituto Formação com metodologia própria, em parceria com as prefeituras locais, e é gerido atualmente em parceria com o Instituto Baixada. Tem o objetivo de profissionalizar jovens de periferias e da zona rural da região, trabalhando com o mesmo tripé das universidades: pesquisa, ensino e extensão. Em 8 anos, já formou mais de 400 alunos.

 

Outro projeto apoiado é o Laboratório Tear, atualmente, há no território sete deles, equipados com computadores com acesso à internet. Para a criação destes espaços, em conjunto com estudantes, professores e empreendedores, o Instituto Baixada desenha o projeto e estabelece os acordos de implantação do laboratório cujo espaço foi doado pela comunidade.

 

“Cuidar desse território implica percorrer estradas, mar, lagos, campos alagados, trilhas. E quanto mais percorremos o território, mais temos a sede de transformar escassez em abundância. Por isso, nós, do Instituto Baixada, estamos muito felizes de integrar o Transformando Territórios. O programa tem tudo a ver com a nossa missão. Por ser flexível, não deixa a gente engessado. Porque projeto social não tem um modelo, uma caixinha que a gente caiba dentro dela”, finaliza Ivan, superintendente do instituto.

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: Maranhão é o segundo maior estado do Nordeste, com área de 331.935 km². O ICBM atua em 16 municípios da Baixada Maranhense (que tem, ao todo, 21 municípios), mais Alcântara, que integra a Região Metropolitana de São Luís.
  • Nome do instituto ou fundação comunitária: Instituto Comunitário Baixada Maranhense – ICBM.
  • Nome e cargo da principal liderança Diane Sousa, presidente;  Ivan Campos, superintendente.
  • População estimada: São atendidos diretamente entre 300 e 350 indivíduos em cada um destes 16 municípios.
  • Número de OSCs do território: Mais de 750 organizações e coletivos.
  • Desafios regionais: As principais demandas da região estão nas áreas de saúde e educação. As distâncias dificultam o acesso à educação e à saúde de qualidade. Em alguns distritos, o posto de saúde mais próximo fica a 4h e só oferece alguns atendimentos mais básicos. E, se nas zonas urbanas já há uma defasagem do atendimento pedagógico, nas zonas rurais o problema é grave, com falta de professores, infraestrutura etc.


 

O Instituto Comunitário da Baixada Maranhense integra o programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

Quer saber mais sobre o ICBM? Acesse o site.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

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Transformando Territórios abre 1ª chamada para seleção de novas Fundações e Institutos Comunitários

O programa Transformando Territórios – Programa de Desenvolvimento de Institutos e Fundações Comunitárias está promovendo a 1ª chamada para novas organizações para integrarem a rede.  Lançado em 2020, possui 13 iniciativas participantes em diferentes regiões brasileiras. No processo seletivo serão avaliadas algumas características:

 

  • Preferencialmente nos seguintes Estados: Pará, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Paraná;

 

  • População entre 200 mil e 5 milhões de habitantes;

 

 

GRUPOS DE INICIATIVA

  • Ter ao menos 4 pessoas e/ou 1 organização interessada em participar da construção e atividades da organização;
    • Ao menos 1 líder com experiência ou formações em captação de recursos;
    • Que a dedicação somada, das pessoas interessadas, seja de ao menos 20 horas por semana para desenvolvimento da organização;
    • Conhecimento e atuação no território com experiências junto ao setor social local;
    • Mínimo de 3 integrantes advindos de organizações/causas diferentes;
    • Ao menos 10 Organizações da Sociedade Civil (OSCs) registradas em cartório (com CNPJ, Estatuto e Certidões) operantes que atuem no território;

 

organizações existentes

Para organizações existentes que queiram converter-se em Fundação/Instituto Comunitário, além dos critérios acima é desejável:

 

    • Estar com documentos e certidões atualizadas e reguladas;
    • Interesse em apoiar múltiplas causas;
    • A organização não executa e desenvolve projetos e atividades que possuam relação direta com os beneficiários;

 

O Programa Transformando Territórios está seu segundo ciclo. Em 2022, apoiou a estruturação de dez novas organizações neste formato.

 

INSCRIÇÕES

Para inscrever-se, preencha o formulário até dia 16 de Abril.

 

UM POUCO SOBRE O CONCEITO

Fundações e Institutos Comunitários (FICs) são associações que atuam em prol do desenvolvimento comunitário de um território geográfico delimitado, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto social positivo para o desenvolvimento da região. Estas são protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento.

Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, não implementam projetos – financiam projetos e iniciativas sociais de outras organizações em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região. Além disto, FICs fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

O Transformando Territórios apoia o desenvolvimento destas organizações por meio de formações, materiais didáticos voltados para a temática, palestras nacionais e internacionais, consultorias individuais, viagens e recursos financeiros.

 


Assista esse e outros vídeos na nossa playlist do programa Transformando Territórios.

O programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

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IDIS visita organizações do programa Transformando Territórios

A equipe do IDIS realizou uma série de visitas às organizações participantes do programa Transformando Territórios, que existe para o fortalecimento de institutos e fundações comunitárias no Brasil.

O propósito dos encontros foi de conhecer mais profundamente as organizações e líderes participantes do Programa Transformando Territórios e apoia-los no desenvolvimento das suas atividades como fundações e institutos comunitários brasileiros.

 

Iniciando as visitas no Rio de Janeiro, Felipe Insunza Groba, gerente de projetos do IDIS, e Whilla Castelhano, coordenadora do projeto, visitaram a Associação Redes da Maré. Durante o encontro tiveram a oportunidade de visitar alguns dos equipamentos que compõe a ação da Redes no conjunto de favelas da Maré junto de Gisele Ribeiro, Presidente da organização.  E tiveram oportunidade de conhecer os planos  para o Fundo Comunitário da Maré que terá como foco de apoiar o desenvolvimento de outros líderes e iniciativas sociais na região.

Equipe do IDIS junto da equipe da Redes da Maré

 

Ainda na zona metropolitana do Rio de Janeiro, a Redes do Bem, braço de instituto comunitário da Agência do Bem, foi a outra organização que foi visitada. Esta entidade surgiu a partir de um processo de formação para organizações sociais oferecido pela Redes do Bem. Na mesma região da zona oeste do Rio de Janeiro, em Vargem Grande, Escola Música e Cidadania que forma centenas de jovens através da música clássica e cidadania. A Redes do Bem tem o papel de fomentar a capacitação, formação e financiamento de projetos sociais na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Nesta visita, tivemos a oportunidade de conhecer o impacto das ações de formação e capacitação que a Redes do Bem promove para o terceiro setor carioca ao visitar o Instituto Territórios que está promovendo ações educativas transformadoras na região de Sepetiba, na Zona Oeste da capital carioca.

A última parada no Rio de Janeiro foi a visita ao polo Escola Música e Cidadania em Vargem Grande, projeto social liderado pela Agência do Bem em diversas regiões da região metropolitana carioca.

Equipe IDIS visita organização apoiada pela Redes do Bem.

Equipe IDIS visita organização apoiada pela Redes do Bem.

 

Mudando de estado, no Espírito Santo, foi a vez da FUNDAES – Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo receber a equipe do IDIS para conhecer mais sobre o Fundo de Investimento Comunitário Capixaba, o FIC, que está sendo promovido pela FUNDAES com o objetivo de promover e financiar projetos sociais e OSCs que operem no estado do Espírito Santo.

Nesta visita também tivemos a oportunidade de visitar o Banco Bem, banco comunitário que atende as comunidades dos morros do bairro Itararé, em Vitória, e que foi criado pelo Ateliê de Ideias, associada da FUNDAES. Também foi possível conhecer outras 3 organizações sociais apoiadas pela FUNDAES na promoção e desenvolvimento social no Estado. A FUNDAES está desenvolvendo o FIC – Fundo de Investimento Comunitário Capixaba que visa promover e financiar projetos sociais e OSCs que operem no estado do Espírito Santo.

 

 

Conheça mais sobre o programa neste vídeo:

 

Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.