IDIS marca presença em evento sobre filantropia comunitária no Maranhão

Em viagem ao Maranhão, Paula Fabiani, CEO do IDIS, Whilla Castelhano, coordenadora do programa Transformando Territórios (TT), e Hermes de Sousa, fundador do Instituto Comunitário Cacimba, organização participante do TT, estiveram em um evento promovido pelo Instituto Baixada Maranhense com o objetivo de engajar e falar sobre filantropia comunitária e desenvolvimento comunitário na região.

A organização trabalha dentro do modelo de uma fundação comunitária para promover e desenvolver a comunidade e apoiar outras instituições desse território. Diferente das OSCs tradicionais, as Fundações ou Institutos Comunitários (FICs) atuam em um território geográfico específico, seja este um bairro, distrito ou até uma cidade ou região, e trabalham na solução dos problemas prioritários daquela localidade, ou seja, são multi-temáticos.

Saiba mais sobre esse modelo aqui.

Em uma série de eventos, incluindo um jantar solidário, o Baixada Maranhense aproveitou a presença de representantes do setor empresarial da região, beneficiários dos projetos sociais e sociedade civil e demonstrou suas potencialidades e apresentou seus projetos. Paula Fabiani falou na abertura evento para as mais de 80 convidados, incluindo empresários, doadores, filantropos e beneficiários. No encontro, foi lançada a Solidárias, plataforma de investimento e doação para projetos sociais e estímulo ao empreendedorismo local que integram a rede da Baixada Maranhense, desenvolvida pelo próprio Instituto.

Paula Fabiani, Whilla Castelhano, Erika Saez (Instituto ACP) e Hermes de Sousa (Instituto Cacimba) no lançamento da plataforma Solidárias

Visitas de campo marcaram os dias seguintes. O grupo realizou uma trilha na comunidade quilombola da Ilha do Cajual. “É incrível o engajamento e a força das mulheres neste grupo”, comenta Paula. Também visitaram um projeto de produção de cerâmica.

Em uma roda de conversa, os participantes partilharam saberes e conheceram ainda mais sobre a atuação do Instituto junto de participantes de vários países da América Latina.

O Instituto Baixada Maranhense participa do programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

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NORDESTE: Terra de doadores

Quando o assunto é doações, a região Nordeste se destaca no Brasil. Enquanto no País, em média, 37% da população doou para alguma organização/iniciativa socioambiental em 2020, no Nordeste, a participação foi de 40%. O percentual, entretanto, já foi maior. Em 2015, metade dos nordestinos costumava doar, mas a longa crise social e econômica teve impacto muito grande sobre este hábito solidário.

Os dados são da segunda edição da Pesquisa Doação Brasil, única no país dedicada a traçar o perfil do doador individual brasileiro. Esta é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos Brasil Pesquisas de Mercado.

A prática da doação entre os habitantes do Nordeste é o reflexo da avaliação positiva que fazem das ONGs e de seu trabalho. 52% dos nordestinos concorda totalmente que “a ação das ONGs leva benefícios a quem realmente precisa” e 41% concorda totalmente com a afirmação de que a “maior parte das ONGs faz um trabalho competente”, enquanto no País como um todo, essas proporções são 43% e 36% respectivamente. O Nordeste também é o campeão em confiança nas ONGs: 27% acham que a maior parte das ONGs é confiável, enquanto a média nacional é de 21%.

Em se tratando de causas, a opinião dos nordestinos coincide com a média brasileira, sendo o combate à fome e à pobreza, a preferida, apontada por 32% dos nordestinos, seguida por crianças, saúde, idosos e defesa dos animais. Os números revelam também que o apoio da população do Nordeste ao combate à fome e à pobreza é maior do que a média do País, assim como a sensibilidade à causa dos idosos.

Infelizmente, esse entusiasmo dos nordestinos não se refletiu em volumes maiores de doações. As contribuições realizadas pelos habitantes do Nordeste têm, de um modo geral, valores mais baixos, sendo que 21% delas não ultrapassam o teto de R$ 100 por ano. Ainda assim, 80% dos doadores declararam que pretendem doar o mesmo valor ou mais em 2021. Sobre os achados, Paula Fabiani, CEO do IDIS, comenta: “Apesar da queda das doações, a

Cultura de Doação se fortaleceu nos últimos cinco anos. A sociedade está mais consciente da importância da doação e tem uma visão muito mais positiva das organizações da sociedade civil e seu trabalho.”

Em 2020, estima-se que as doações individuais para ONGs somaram R$ 10,3 bilhões. Os resultados completos da Pesquisa Doação Brasil estão disponíveis para consulta no site www.pesquisadoacaobrasil.org.br . Os usuários podem também criar seus próprios gráficos, a partir do cruzamento de diferentes variáveis, como região, gênero ou renda.

REALIZADORES E APOIADORES

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos e com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Tide Setúbal, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto Mol, Instituto Unibanco, Itaú Social, Mercado Pago e Santander.