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Perspectivas para a Filantropia no Brasil 2024 destaca respostas à policrise e uso da IA

Produzido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, o relatório apresenta desafios e inspirações para investidores sociais

Reconhecido pela produção de conhecimento, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, apresenta a terceira edição do relatório anual Perspectivas para a Filantropia no Brasil, explicitando movimentos que são importantes para o agora, que se destacam e para os quais filantropos, investidores sociais e todos aqueles que atuam neste campo devem estar atentos.

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As oito perspectivas apresentadas são fruto de um processo coletivo, que reúne diferentes saberes dos profissionais que compõe a equipe do IDIS. O ponto de partida desta edição foi a compreensão de que os desafios que enfrentamos estão cada vez mais complexos e interconectados. Se antes era predominante uma atuação filantrópica baseada em causas especificas, em silos e caixinhas delimitadas, abre-se o olhar para respostas integradas e que contribuem para mudanças estruturantes. Não à toa, a perspectiva ‘Policrise e as respostas da filantropia’ abre o relatório.

Os crescentes compromissos públicos assumidos por empresas, que vão além do lucro e declaram ações concretas e metas de impacto, conectadas à agenda ESG, a expansão de atores ao redor do Brasil, que atuam de forma localizada, e o investimento crescente na promoção de um ambiente regulatório favorável ao nosso setor são abordados também. Proteção do meio ambiente, a questão climática, a promoção da diversidade e o combate à pobreza são causas que não poderiam ficar de fora, assim como inovações no campo da avaliação de impacto, que começa a se beneficiar do blockchain, e a adoção da Inteligência Artificial, que precisa ser encarada como realidade e não como possibilidade.

“A ação filantrópica, ao mesmo tempo que gera mudanças, responde aos desafios de seu tempo. É propositiva e resiliente. É fruto de iniciativas individuas e de criações coletivas. É inovadora, ágil e profunda. Neste projeto, buscamos apresentar uma fotografia mais nítida de nosso horizonte em 2024. É um convite à reflexão e à ação” explica Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Conheça todas as Perspectivas para a Filantropia no Brasil 2024 e baixe a publicação completa:

1 – Policrise e as respostas da filantropia
Interdependência entre causas demandam soluções estratégicas e interconectadas

2 – Compromissos com o futuro
Mais do que intenções e declarações públicas: é hora de ação

3 – Brasil no centro das discussões sobre clima e meio ambiente
O protagonismo do poder público e da filantropia nesta agenda global

4 – Potência da Filantropia Regional
Iniciativas filantrópicas avançam em diferentes regiões do Brasil e endereçam desafios locais

5 – Ações para um ambiente regulatório favorável
O foco do investimento filantrópico vai além de causas específicas, beneficiando a infraestrutura do Terceiro Setor

6 – Avaliação de Impacto como aliada na Agenda ESG
A mensuração das ações relacionadas ao pilar Social traz materialidade e contribuem para narrativas de verdadeiro impacto positivo

7 – Governança e diversidade lado a lado
Diferentes origens e perspectivas fortalecem conselhos e levam a melhores decisões

8 – Inteligência Artificial: risco ou oportunidade? Realidade.
A IA veio para ficar e investimento é necessário para que o Terceiro Setor possa aproveitar seu potencial

 

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Do planejamento ao monitoramento e avaliação: como instituições podem potencializar seu impacto?

Planejando um Investimento Social Privado estratégico

A partir da alocação voluntária e estratégica de recursos privados para o benefício público, empresas podem ir além do lucro financeiro e contribuir para o desenvolvimento socioambiental sustentável. A agenda ESG é uma poderosa aliada na formulação de práticas de filantropia estratégica, com ênfase na mensuração e mitigação de riscos não financeiros. Por exemplo, uma empresa que possui riscos não financeiros bem mapeados, pode utilizá-los para criar ou aprimorar sua estratégia de investimento social privado, não só mitigando impactos negativos da operação, como também gerando impactos positivos e ampliando o diálogo com públicos de interesse.

Em outras palavras, uma estratégia de investimento social privado alinhada à uma estratégia ESG ajuda a materializar o propósito da organização para seus mais variados stakeholders, gerando resultados tangíveis para a empresa e para a sociedade. Apesar de parecer lógico, esse alinhamento não é tarefa fácil. Em pesquisa realizada pela Amcham e Humanizadas, com 574 CEOS, vice-presidentes, gerentes e implementadores de estratégias ESG, 38% dos respondentes destacaram que o principal desafio na agenda ESG é a dificuldade em mensurar e monitorar indicadores ESG, e 32% indicaram ser a ausência de uma cultura forte de sustentabilidade.

Como uma estratégia de investimento social privado (ISP) pode ajudar a endereçar esses desafios? Em primeiro lugar, se há clareza quanto aos objetivos e visão de impacto, já existe uma base para práticas de monitoramento e avaliação. Além disso, a definição de causas prioritárias/focos de atuação ajuda a empresa e seus stakeholders (públicos interessados) a elencar prioridades e comunicarem melhor – tanto interna quanto externamente – as ações realizadas, facilitando o entendimento e engajamento de colaboradores e sociedade e contribuindo para ganhos reputacionais, atração e retenção de talentos, entre outros.

A metodologia do IDIS parte da compreensão de que é preciso conectar o conceito e as práticas de ISP ao propósito e valores institucionais, considerando o viés econômico que rege o negócio e a perspectiva dos principais stakeholders em relação ao valor socioambiental a ser criado pela empresa. Este olhar integrado ISP-ESG permite potencializar a capacidade da organização de gerar impacto positivo para a sociedade e valor real en curto, médio e longo prazo para o negócio e sua cadeia de stakeholders.

Aumentando o engajamento de stakeholders

“O propósito de uma empresa é engajar todas suas partes interessadas na criação de valor sustentável. Ao criar tal valor, a empresa não atende somente a acionistas, mas a todas suas partes interessadas – colaboradores(as), clientes, fornecedores(as), comunidades locais e sociedade em geral. A melhor maneira de compreender e equilibrar os interesses divergentes de todas as partes interessadas é por meio de um comprometimento compartilhado com políticas e decisões que fortaleçam a prosperidade da empresa a longo prazo”. O trecho foi extraído do Manifesto de Davos 2020, proposto pelo Fórum Econômico Mundial e que exemplifica os novos paradigmas que regem as corporações na 4ª. Revolução Industrial. 

Novas maneiras de se relacionar com diversas partes interessadas já ocupam espaço central em estratégias eleitorais, de marketing e na criação de produtos. No entanto, observa-se que o investimento social privado nem sempre acompanha essa tendência. Investidores sociais, de maneira geral, ainda utilizam abordagens verticais e centralizadoras na hora de definir seus aportes e estabelecer vínculos com seus públicos.

Apesar de possuírem um escopo de atuação limitado, ao criarem suas estratégias ESG e de Investimento Social Privado, empresas precisam considerar o envolvimento de múltiplos stakeholders. Para cada perfil, para cada desafio, um arranjo diferente, ainda que colaboração e o trabalho em rede surjam como pontos comuns que devem ser considerados.

Ao adotar uma estratégia que envolve e aprofunda os laços com as partes interessadas, uma empresa passa a gerar maiores e melhores resultados para suas ações sociais. Além disso, ela pode se beneficiar de relacionamentos mais estratégicos e duradouros com as comunidades de seu entorno, poder público, tomadores de decisão e influenciadores.

Do ponto de vista das organizações da sociedade civil, é preciso se preparar para um envolvimento mais estratégico com seus parceiros do setor privado, contribuindo de forma programática para o enfrentamento de desafios socioambientais, para além do apoio a projetos pontuais. Embora essa colaboração demande mais esforço no curto prazo, pode levar a laços mais fortes e recursos mais estáveis para a organização.

 

Medindo e comunicando os resultados e impacto

Na hora de mensurar a contribuição e o impacto socioambiental das ações de uma empresa, é necessário estabelecer diretrizes de monitoramento e avaliação. Essas diretrizes não apenas auxiliam a definição e acompanhamento de tópicos materiais, avaliação e comunicação de resultados, como também contribuem para a construção de uma governança de sustentabilidade empresarial que traduza aprendizados em decisões estratégicas, referentes à cultura organizacional, riscos e oportunidades, performance socioambiental, entre outros aspectos.

As práticas de monitoramento e avaliação do investimento social privado podem ajudar empresas a avançarem na maneira como medem o sucesso de suas iniciativas e de suas contribuições para o desenvolvimento sustentável e redução de riscos não financeiros, hoje ainda muito pautadas por frameworks insuficientes, que avaliam somente processo e nível de compliance.

Do ponto de vista das organizações da sociedade civil, o desafio é outro: traduzir a importância do trabalho realizado e seus resultados em uma linguagem que agregue valor para o relatório de sustentabilidade das empresas. A capacidade de comunicar de forma clara esses resultados pode ser o diferencial para aumentar a qualidade e a profundidade do relacionamento com as partes interessadas.

Uma maneira de aproximar essas duas pontas, no contexto das empresas, é por meio de uma teoria de mudança que estabeleça de forma clara a conexão entre o impacto esperado e as ações realizadas, assim como critérios de seleção de projetos e elementos que contribuam para a comunicação dos compromissos públicos e resultados obtidos.

 

A série ‘O investimento social privado e a agenda ESG: sinergias e aprendizados’ é uma iniciativa de Marcelo Modesto, gerente de projetos e líder do núcleo ESG do IDIS, e Gabriel Bianco, coordenador de projetos do IDIS. Em três artigos, abordam metodologias e práticas do investimento social privado que podem ajudar empresas e organizações a melhor navegarem no universo do capitalismo de stakeholders. Exemplos práticos de investidores sociais e organizações que estão inovando na busca por uma melhor gestão da sustentabilidade e seu impacto socioambiental positivo ilustram o conteúdo. 

 

Acesse também os outros artigos da série:

 

Com o crescimento da importância da Agenda ESG, o IDIS tem investido no fortalecimento da equipe com especialistas e na produção de conhecimento sobre o tema, incluindo o desenvolvimento de metodologias que apoiam investidores sociais em tomadas de decisões.

Em 2023, foi oficializada a criação de uma unidade ESG no time de consultoria, oferecendo apoio técnico a empresas e organizações sociais que desejam aprimorar suas estratégias ESG e conectá-las a suas práticas de investimento social. Entre os serviços oferecidos, estão estratégia ESG conectada ao Investimento Social Privado; mapa de riscos e oportunidades; (re)estruturação de projetos socioambientais; estabelecimento de Comitês Temáticos; e alinhamento de indicadores e métricas para um reporte consistente.

Entre em contato conosco para contar sua história ou dar os próximos passos de sua organização nesta jornada através do e-mail comunicacao@idis.org.br

Por que é importante que o terceiro setor se comunique com a Geração Z?

Por Luisa Lima e Lavínia Xavier

A cultura de doação é caracterizada pelo hábito das pessoas em contribuir com recursos, tempo ou talentos para causas e organizações que beneficiam a coletividade. Sua construção é um processo gradual, moldado ao longo do tempo pelas mudanças, novas demandas socioambientais e, sobretudo, pela participação ativa da sociedade e sua confiança de que essas doações farão, de fato, a diferença.

A juventude desempenha um papel essencial na edificação dessa cultura, trazendo consigo energia, criatividade e perspectivas inovadoras sobre formas de engajamento cívico e filantrópico. O estudo ‘Future of Giving’, conduzido pela sparks&honey, aponta que os jovens buscam mais significado em suas doações e desejam apoiar organizações que gerem impacto sustentável a longo prazo, indicando que o propósito e o sentimento de contribuir positivamente têm mais valor para o grupo do que para qualquer outra geração.

O acesso à informação instantânea pela internet e redes sociais aproxima os jovens aos eventos e desafios globais. Além disso, a educação e sensibilização sobre essas questões estão cada vez mais presentes no cotidiano. À medida que as novas gerações naturalmente desenvolvem uma consciência mais aguçada das questões socioambientais que afetam o mundo, tendem também a desempenharem um papel mais ativo na construção e manutenção de uma cultura de doação de longo prazo.

A Pesquisa Doação Brasil 2022, promovida pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e realizada pela Ipsos, revelou que 84% dos jovens pertencentes à faixa etária de 18 a 27 anos, conhecida como ‘Geração Z’, efetuaram algum tipo de doação em 2022. Esse dado demonstra um aumento significativo em relação ao levantamento de 2020, no qual 63% dos respondentes dessa mesma faixa declaravam ter realizado doações. As formas mais comuns de doação incluem a contribuição de bens materiais (76%), seguida por doações em dinheiro (43%) e doações de tempo/trabalho voluntário (30%). A Geração Z tende a doar proporcionalmente mais por meio do trabalho voluntário do que o restante da população e menos em dinheiro. Essa discrepância pode ser atribuída à menor renda média desse público se comparado a gerações mais maduras.

A pesquisa também revela que os jovens que fazem doações têm uma tendência significativa a promover ou contribuir de alguma forma para campanhas de arrecadação ou mobilização. Este dado foi confirmado por 7 em cada 10 jovens doadores em 2022, sendo que 20% deles afirmam ter feito isso em mais de uma ocasião. O grupo também demonstra um otimismo maior em relação às Organizações Não Governamentais (ONGs), quando comparados à população em geral. Entre os jovens, 73% concordam que as ONGs desempenham um papel fundamental no combate aos problemas socioambientais, e 83% concordam com a afirmação de que ‘as ONGs dependem da colaboração de pessoas e empresas para obter recursos e funcionar’.

Além disso, mais do que o presente, na Pesquisa Doação Brasil 2022, 52% dos doadores da Geração Z não apenas afirmaram planejar continuar suas doações, como também acreditam que doarão mais em comparação com o ano anterior. Essa abertura indica uma oportunidade para as organizações filantrópicas de se envolverem com a Geração Z.

Algumas iniciativas já compreenderam o potencial da juventude no engajamento com causas socioambientais. Nos Estados Unidos, a DoSomething, autodenominada como um centro de ativismo que inspira os jovens a mudar o mundo, conseguiu motivar milhões deles em todos os estados norte-americanos e em mais 189 países a agirem em prol das questões que afetam suas comunidades. De acordo com a própria organização, esses esforços resultaram em conquistas como o registro de 415 mil novos eleitores nas eleições americanas.

Outro exemplo é a parceria entre o TikTok e a iniciativa britânica Blue Cross, dedicada ao bem-estar animal. A organização recebia uma doação de 1 dólar para cada vídeo compartilhado com a hashtag #PetBFF. A campanha atingiu mais de 500 bilhões de visualizações apenas durante seu ano de lançamento, em 2019. No Brasil, é interessante notar que as mídias sociais desempenham um papel relevante nas decisões de doação, com 25% dos jovens admitindo sua influência nesse processo, em comparação com 17% da população geral. Entre as plataformas mais influentes para o público estão o Instagram (89%), Facebook (37%) e TikTok (13%).

Por aqui, a organização TETO, dedicada à melhoria das condições de moradia, se destaca por seu sólido programa de voluntariado que atrai muitos jovens e universitários, inclusive com um pilar específico voltado para grupos escolares. O ambiente escolar e universitário desempenha um papel significativo na motivação dos jovens a fazerem doações e se envolverem em causas sociais, conforme também demonstra a Pesquisa Doação Brasil. 18% dos respondentes da Geração Z afirmam serem influenciados por campanhas realizadas em seus locais de trabalho, escolas ou faculdades, em comparação com 14% da população em geral.

Esses exemplos evidenciam como a conexão com a juventude e a como a identificação de tendências de comportamento podem gerar resultados, criar oportunidades para o envolvimento ativo do grupo, fortalecendo o terceiro setor e criar uma cultura de doação mais robusta.

É verdade que, apesar de alguns exemplos promissores, ainda são relativamente escassas as organizações e iniciativas do terceiro setor que têm se empenhado ativamente na captação e comunicação direta com o público mais jovem, especialmente no Brasil. Isso pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo desafios específicos na identificação das melhores estratégias de comunicação para a Geração Z, bem como a limitação de recursos humanos nas organizações, que frequentemente operam com equipes enxutas.

No entanto, é fundamental que se reconheça a relevância da oportunidade que o terceiro setor possui para envolver mais pessoas e angariar mais recursos ao direcionar seus esforços de comunicação para a Geração Z. É necessário observar de perto o comportamento, as motivações e as tendências desse grupo.

É importante que o terceiro setor brasileiro esteja atento e aberto a se adaptar e se conectar efetivamente com a Geração Z, aproveitando todo o seu potencial. O compromisso dessa geração com causas sociais, aliado à sua proficiência tecnológica, abre novas portas para a inovação e para gerar um impacto significativo. Os jovens de hoje representam o futuro do terceiro setor, e não deveriam precisar esperar para que seu potencial seja reconhecido e demandado.

Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil

O Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil é uma iniciativa do IDIS e da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos para o acompanhamento de endowments em atividade no Brasil.

Os dados foram obtidos a partir de questionários respondidos por gestores destes fundos ou por meio da consulta pública em sites ou veículos de imprensa.

A atualização é constante. Para passar a integrar o levantamento ou modificar algum dado, gestores de fundos patrimoniais podem preencher o questionário oficial. Solicite o link escrevendo para comunicacao@idis.org.br

Veja também a tabela completa para análise e acesso a outros dados sobre os fundos patrimoniais mapeados.

Atualmente o Brasil possui 106 fundos patrimoniais ativos cujo patrimônio total informado é de R$ 118.970.607.528.

Monitor IDIS dE Fundos Patrimoniais no Brasil – levantamento completo

 

 

 

Nome 

Ano da criação

Patrimônio

Data da coleta da informação

Amigos Direito UERJ 2022 Não informado 2023
Associação Escola Panamericana de Porto Alegre 2022 R$ 15.000.000 2023
Associação Fundo Patrimonial do ITA 2023  Não informado 2024
Associação Gestora do Fundo Patrimonial em Apoio à Faculdade de Direito da UFRGS 2021  Não informado 2023
Centro Infantil Boldrini 2020  Não informado 2023
C de Cultura 2008  Não informado 2023
Chronos (USP São Carlos – comunidade) 2021 R$ 1.600.000 2023
Conecta EAUFBA (Escola de Administração da UFBA) 2021 R$ 100.000 2021
Endowment Afesu 2018 R$ 595.984 2024
Endeavor Brasil 2012 R$ 35.345.207 2021
Endowment da FEAC 1964 R$ 175.000.000 2021
Endowments do Brasil – Fundo Trans Casa Chama 2022 Não informado 2023
Endowment Direito GV 2012 R$ 3.500.000 2021
Endowment FMUSP 2015 R$ 234.440 2022
Endowment Instituto Acaia 2016 R$ 400.000.000 2022
Endowment Instituto Rodrigo Mendes 2014 R$ 35.829.175 2024
Endowment PUC-Rio 2019 R$ 2.868.367 2022
Endowment Sempre FEA (FEAUSP – alunos) 2020 R$ 9.885.000 2024
FLUPP (Fundação Lúcia e Pellerson Penido)  2011 R$ 3.500.000 2021
Fonte Endowment 2023 Não informado 2024
Fundação Abrinq R$ 7.300.000 2023
Fundação Carlos Chagas 1964 Não informado 2024
Fundação do Câncer R$ 34.649.000 2023
Fundação Antonio e Helena Zerrenner INB 1936 R$ 40.000.000.000 2023
Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep)  2008 R$ 22.479.000 2024
Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis (Funtec)  2021 R$ 186.476 2024
Fundação Coppetec 2019 R$ 347.000 2024
Fundação Estudar 2011 Não informado 2023
Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza 1996 R$ 25.785.000 2023
Fundação Maria Emilia Não informado 2024
Fundação Lia Maria Aguiar – FLMA 2021 R$ 900.000.000 2024
Fundação Uniselva 2002 R$ 512.884 2024
Fundo Amanhã (Administração UFRGS) 2022 R$ 1.354.500 2024
Fundo Areguá 2016 R$ 7.600.000 2021
Fundo Artigo 220 (Revista Piauí) 2021 R$ 350.000.000 2024
Fundo Baobá 2016 R$ 118.000.000 2023
Fundo Betinho – Ação da Cidadania 2023 R$ 45.000.000 2023
Fundo Brasil de Direitos Humanos  2005 R$ 16.076.500 2024
Fundo Catarina 2021 R$ 2.000.000 2023
Fundo Comunitário da Maré – FCM 2022 Não informado 2023
Fundo de Apoio ao Jornalismo Investigativo – F/ABRAJI  2016 Não informado 2024
Fundo Centenário (Escola de Engenharia da UFRGS) 2017 R$ 2.700.000 2023
Fundo de Bolsas do Insper 2004 R$ 32.000.000 2021
Fundo de Endowment do Instituto Líderes do Amanhã 2019 Não informado 2024
Fundo de Investimento da FALM (Fundação André e Lúcia Maggi) 2017 R$ 13.900.000 2023
Fundo FICA 2015 R$ 150.000 2024
Fundo Figueira 1964 Não informado 2024
Fundo FAS (Fundação Amazônia Sustentável) 2008 R$ 52.727.000 2024
Fundo Fundação ABH 2015 R$ 2.130.000 2021
Fundo Fundação Itaú para Educação e Cultura 2000 R$ 4.203.667.000 2023
Fundo Future 2023 R$ 1.600.000 2023
Fundo Gerações 2008 R$ 2.646.000 2021
Fundo Patrimonial ACTC – Casa do Coração
2022 R$ 22.628.315 2023
Fundo Patrimonial Amigos da Poli (Escola Politécnica da USP) 2012 R$ 50.000.000 2024
Fundo Patrimonial Amigos do Hospital do Fundão (RJ) 2016 Não informado 2023
Fundo Patrimonial Amigos da Univali 2019 R$ 86.024 2023
Fundo Patrimonial Amigos do Brasil Central 2019 R$ 50.000 2022
Fundo Patrimonial ASA (Associação Santo Agostinho) 2018 R$ 25.000.000 2021
Fundo Patrimonial Associação Projeto Gauss – FPPG 2019 R$ 2.700.00 2023
Fundo Patrimonial BrazilFoundation 2010 R$ 1.902.133 2021
Fundo Patrimonial CEAP 2018 R$ 124.933 2024
Fundo Patrimonial da Fundação Banco do Brasil 2008 R$ 226.800.000 2021
Fundo Patrimonial da Fundação Bradesco 1956 R$ 65.511.000.000 2021
Fundo Patrimonial da Fundação Grupo Volkswagen 2002 R$ 202.300.000 2021
Fundo Patrimonial da Fundação José Luiz Egydio Setubal 2016 R$ 202.000.000 2021
Fundo Patrimonial da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal 1965 R$ 590.538.000 2024
Fundo Patrimonial da Fundação Romi 1999 R$ 85.000.000 2021
Fundo Patrimonial da UFC 2023 Não informado 2023
Fundo Patrimonial da USP 2021 R$ 26.000.000 2024
Fundo Patrimonial do CPCD 2021 R$ 1.000.000 2021
Fundo Patrimonial do IMS 1995 R$ 1.250.000.000 2021
Fundo Patrimonial do Instituto Alana 2013 R$ 424.779.167 2021
Fundo Patrimonial do Instituto Ayrton Senna 2017 R$ 153.000.000 2022
Fundo Patrimonial FEAUSP (gestores) 2016 R$ 1.235.889 2024
Fundo Patrimonial Fundação Tide Setubal 2010 R$ 117.312.694 2021
Fundo Patrimonial Ibirapitanga 2017 R$ 377.000.000 2021
Fundo Patrimonial Instituto Reciclar 2013 R$ 6.200.000 2021
Fundo Patrimonial OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de SP)  2006 R$ 48.400.000 2021
Fundo Patrimonial Parceiros da Educação 2023 R$ 26.000.000 2023
Fundo Patrimonial Serrapilheira 2018 R$ 600.000.000 2021
Fundo Perpetuidade SOS Mata Atlântica 2006 R$ 68.000.000 2021
Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn 2019 R$ 165.000.000 2023
FUTURE – Fundo Territórios Unidos por Recursos para a Educação 2023 R$ 1.600.000 2024
iGMK – Instituto George Mark Klabin 1993 R$ 10.139.498 2023
Indeed 2023 Não informado 2023
Instituto Dara 2008 R$ 17.334.000 2023
Instituto Jô Clemente R$ 99.089.000 2024
Instituto Merula Steagall 2021 R$ 1.300.000 2024
Instituto Natura R$ 162.000 2024
Instituto Unibanco 2009 Não informado 2023
IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas 2007 R$ 13.671.000 2022
Liga Solidária 2020 R$ 83.000.000 2024
Lumina (Unicamp – reitoria) 2020 R$ 500.000 2021
MASP Endowment 2017 R$ 19.799.518 2024
Organização Gestora de Fundo Patrimonial da Sociedade Beneficente de Senhoras Sírio-Libanês 2021 Não informado 2023
Patronos (Unicamp – alunos) 2020 R$ 1.792.928 2024
PDR – Purpose Driven Resources 2023 R$ 72.000.000 2024
Primatera Fundo Patrimonial 2023 R$ 33.392 2024
Prospera Unesp 2021 R$ 1.000.000 2023
Reditus (UFRJ – alunos) 2022 R$ 10.000.000 2022
Rio Endowment 2022 Não informado 2023
Semear 2022 Não informado 2024
Sempre Sanfran (Faculdade de Direito USP – alunos) 2022 R$ 14.000.000 2022
Stickel 1993 R$ 13.000.000 2021
Umane 2016 R$ 1.900.000.000 2021
WimBelemDowment 2021 R$ 1.000.000 2021

Acesse e baixe a planilha completa com a fonte dos dados.

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Juntos pela Saúde fecha ano com perspectiva de atendimento a 300 municípios

Em 2023, o Programa Juntos pela Saúde, iniciativa do BNDES gerida pelo IDIS, veio ao mundo. Com o objetivo de fortalecer o SUS nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o Programa apoia projetos de saúde que atuam em localidades com vazios assistenciais, e prioriza os municípios com menos de 1 médico por mil habitantes. O apoio financeiro oferecido a esses projetos baseia-se na lógica do matchfunding, um modelo de captação conhecido como “turbinado”, em função da sua estratégia de multiplicação das doações captadas.

Na prática, a iniciativa do BNDES funciona da seguinte forma: a cada real doado por organizações parceiras, o BNDES coloca mais R$1,00, dobrando o valor que será repassado aos projetos de saúde. O objetivo é que, até 2026, sejam destinados aproximadamente R$200 milhões para esses projetos, que podem ser contemplados por meio de editais públicos – a serem divulgados no site oficial do Juntos pela Saúde – ou por fomento estruturado.

Para as duas situações, há um processo de validação das organizações e, posteriormente, os projetos passam por diferentes instâncias de avaliação compostas por especialistas, até chegar no Comitê de Validação onde os apoiadores confirmarão o investimento. Para receber o apoio, os projetos precisam focar sua atuação nos municípios prioritários nas regiões Norte e Nordeste e ter como objetivo beneficiar ações e serviços públicos de saúde no âmbito do SUS.

Para saber mais sobre a seleção de novos projetos, clique aqui.

Até o momento, o Juntos pela Saúde conta com quatro importantes apoiadores, além do BNDES, e possui três projetos de amplo alcance que, juntos, chegarão a quase 300 municípios, e que visam o aperfeiçoamento de processos de gestão e atendimento do SUS em suas Unidades Básicas de Saúde, por meio do acesso à ferramentas tecnológicas, infraestrutura e formação de profissionais.

 

Conheça os três primeiros projetos contemplados pelo Juntos pela Saúde e que já estão em execução:

 

CICLO SAÚDE PROTEÇÃO SOCIAL

Ciclo Saúde Proteção Social é uma iniciativa do Cedaps e da Fundação Vale, que visa contribuir para o fortalecimento da Atenção Básica (AB) do Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando sua capacidade de diagnóstico, planejamento, operacionalização, monitoramento e avaliação de seus serviços por meio de Planos de Trabalho Compartilhados com a gestão pública, orientados pelas necessidades de saúde das populações locais.

Atualmente, está presente em 8 municípios do Pará e, por meio da parceria com o Programa Juntos pela Saúde, será iniciado em 24 municípios do Maranhão. Também fazem parte desta parceria a Wheaton Precious Metals, BNDES e IDIS.

Até 2026, estima-se que o projeto alcance 396 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 55 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e uma média de 5.000 profissionais, com o objetivo de apoiar e fortalecer Unidades Básicas de Saúde dos municípios participantes, com foco na proteção social e na promoção da saúde individual e coletiva da população.

“A parceria com o Juntos pela Saúde permite a expansão das atividades do Programa Ciclo Saúde Proteção Social para 32 municípios do Maranhão e do Pará, ampliando nossa atuação no Norte e Nordeste brasileiro. O foco é o aprimoramento da gestão pública e a criação de uma agenda de formação para profissionais de saúde, e de modo complementar para a assistência social e outras parcerias intersetoriais possíveis nos municípios. A metodologia base do Programa, chamada Construção Compartilhada de Soluções Locais, nos permite envolver e engajar as equipes no desenvolvimento de ações focalizadas nas necessidades locais, fortalecendo os vínculos entre as unidades de saúde e a comunidade.” Katia Edmundo, Diretora Executiva do Cedaps.

 

“O Fundo Juntos pela Saúde ajuda a potencializar o investimento social em territórios que demandam um olhar especial para o acesso à saúde de qualidade. Por meio da parceria, fomos capazes de levar o Ciclo Saúde Proteção Social para 32 municípios em que já atuamos com projetos de educação no Pará e no Maranhão. Em parceria com as secretarias municipais, esperamos colaborar de forma estruturante para a melhoria dos serviços públicos e beneficiar toda a população.” Pâmella De-Cnop – Diretora Executiva da Fundação Vale.

 

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IMPULSO PREVINE

O Projeto, idealizado pela organização sem fins lucrativos ImpulsoGov, é uma solução digital que centraliza em uma plataforma de dados, análises e recomendações sobre o programa de financiamento federal da Atenção Primária, para apresentá-los de forma rápida e descomplicada aos gestores de saúde.

No âmbito do Juntos pela Saúde, o projeto conta com apoio financeiro do Instituto Dynamo e da Umane, cujo contrato está em vias de formalização.

Por meio do apoio financeiro do Instituto Dynamo, o Impulso Previne irá investir na expansão das soluções focadas desenvolvimento no indicador de exames citopatológicos e dar acesso para 19 municípios, validados pelo Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Já o recurso proveniente da Umane – que está em vias de formalização – será direcionado ao desenvolvimento do indicador de vacinas, criação da aplicação de mensageria e expansão para 240 municípios.

A solução permite, por exemplo, monitorar a realização do exame preventivo do câncer de colo de útero, disponibilizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Com ela, gestores locais dos municípios atendidos poderão aprimorar suas estratégias de prevenção à doença, que registra 17 mil casos novos anualmente, conforme dados de 2023 do INCA.

Vale ressaltar, ainda, que a plataforma Impulso Previne trabalha com outros indicadores da Atenção Primária à Saúde e oferece apoio gratuito a municípios, a fim de contribuir para uma melhor gestão e monitoramento da situação de saúde das populações locais.

“O câncer do colo do útero é evitável e altamente curável na fase inicial, mas o risco de morte cresce significativamente em estágios avançados. O exame preventivo é a principal medida de rastreamento dessa doença, no entanto, os profissionais de saúde pública enfrentam dificuldades para saber quem está com ele em dia. Nossas ferramentas transformam os dados do SUS em listas descomplicadas, para que os profissionais saibam quem são as pessoas com o exame pendente e possam buscá-las”, afirma Isabel Opice, diretora de operações da ImpulsoGov.

 

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PAINEL DE INDICADORES DE SAÚDE MENTAL

Idealizado pela ImpulsoGov, o projeto visa ampliar o acesso a dados e informações simplificadas para gestores de saúde mental de municípios do Norte e Nordeste do Brasil. Com apoio financeiro do Grupo RD – dentro do âmbito do Juntos pela Saúde – a iniciativa se propõe a desenvolver, implementar e aprimorar um painel de dados e indicadores de saúde mental pela gestão da secretaria municipal de saúde do município. Com isso, busca garantir o acesso da população a um atendimento mais qualificado e eficiente.

O projeto “Painel de Indicadores em Saúde Mental” conta com a parceria do Instituto Cactus, uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo ampliar o debate e os cuidados em prevenção de doenças e promoção da saúde mental. Desde a sua versão inicial em Aracaju (SE), o Instituto Cactus é co-idealizador e financiador do projeto, e continua apoiando a sua ampliação para outros municípios.

“Não existem padrões estabelecidos para avaliar a qualidade dos serviços oferecidos pelas Redes de Atenção Psicossocial e muitas vezes os gestores não têm acesso a informações como o perfil das pessoas atendidas na rede do município e quais serviços elas frequentam. Nosso objetivo com a Plataforma de Indicadores de Saúde Mental é facilitar o acesso a informações confiáveis para esses profissionais, auxiliando na tomada de decisões e contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde mental”, afirma Daniela Krausz, gerente de projetos de Saúde Mental na ImpulsoGov.

 

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PerifaSul M´Boi Mirim: o fundo 100% criado pela e para a periferia

Em meio à efervescente e vibrante periferia da zona sul de São Paulo, nasce uma iniciativa para estabelecer uma forma permanente de arrecadar recursos e investimentos que impulsionem o desenvolvimento local: o Fundo Comunitário PerifaSul M’Boi Mirim (FCP M’Boi Mirim). Este é um fundo brasileiro 100% criado pela e para uma periferia e gerido por lideranças sociais locais. O projeto visionário tem o respaldo da Fundação ABH, instituição familiar que, desde 2015, apoia diversos projetos e iniciativas sociais na região.

A história do fundo começa no início de 2021, quando a Fundação ABH conduziu uma pesquisa com os moradores da periferia sul para entender quais eram as temáticas sociais que mereciam ser trabalhadas com destaque até 2050. Esse processo foi chamado de PerifaSul 2050, conta Marina Fay, diretora executiva da Fundação ABH.

 

“Com base na pesquisa, foi iniciada uma série de oficinas com temáticas como educação, equidade racial, direitos humanos, inclusão tecnológica, comunicação e raízes culturais. O objetivo era validar os resultados e planejar ações que contribuíssem diretamente para a superação dos desafios de cada temática escolhida. Ao longo desse processo, ficou clara a força e importância do coletivo”, ressalta Marina.

 

 

No início de 2022, a Fundação ABH, junto com os participantes dos grupos de trabalho, identificou ativistas de diversas causas no território e os convidou para integrar um Comitê Construtivo. Esses ativistas representam organizações e coletivos dos distritos do Campo Limpo, Capela do Socorro, Capão Redondo, Cidade Ademar, Jardim Ângela, Jardim São Luiz e Parelheiros. No total, são 11 participantes, além de Marina Fay, diretora executiva da Fundação ABH.

Todo esse engajamento resultou, no início de 2023, na constituição do Fundo Comunitário PerifaSul M’Boi Mirim, totalmente formado por lideranças comunitárias locais, refletindo um dos princípios das Fundações e Institutos comunitários (FICs). Na Carta de Princípios para FICs do IDIS, a definição desta característica é:

Representada por membros da comunidade: Possuem instâncias de governança formadas por agentes e cidadãos preocupados com as questões locais que, a partir da sensibilidade e profundo conhecimento do território, são responsáveis por manter a organização, identificar temas prioritários, orientar a alocação eficaz de recursos, bem como defender os interesses da comunidade.

As atuais gestoras do fundo são Naiara Padial Corso, publicitária de formação que optou por uma transição de carreira buscando um trabalho com propósito, e que lhe permitisse estar mais próxima da realidade do seu território, e Alânia Cerqueira, produtora cultural com uma vasta experiencia em iniciativas socioculturais e fundadora da Macambira Sociocultural. Juntas, elas uniram suas experiências e assumiram a gestão desta iniciativa inédita. Alânia detalha como está sendo o processo de criação de uma fundação comunitária:

 

“O conceito de FIC, até então, era só um conceito para nós. Como fazer isso de forma colaborativa e coordenada? Como potencializar a captação de diferentes recursos – não só financeiro, mas também de redes e de infraestrutura? Assim, instituímos um calendário de encontros para alinharmos todas essas questões”.

 

A escolha do território de atuação – M´Boi Mirim – integrado pelos bairros Jardim Ângela e Jardim São Luiz –  aconteceu quase no final do processo da pesquisa PerifaSul. O Comitê passou meses observando as subprefeituras que compõem a Zona Sul, refletindo cuidadosamente sobre suas características antes de tomar essa decisão.

Das cinco subprefeituras de São Paulo com o maior número de favelas, três estão localizadas na periferia sul da cidade. M’Boi Mirim é uma delas, com 42.350 casas em favelas. Além disso, a subprefeitura da região apresenta uma grande diversidade de necessidades e potencial de desenvolvimento, além de ser familiar a grande parte dos integrantes do Comitê, um campo fértil para a atuação em rede. A área também reúne movimentos culturais muito fortes e abriga duas fábricas de cultura, a do Capão Redondo e a do Jardim São Luís.

 

“Escolher M´Boi Mirim foi o que fez mais sentido. Inclusive, foi uma decisão unânime entre todas as lideranças de todos os distritos. Estamos numa curva de aprendizado e a ideia é replicar a iniciativa para outras regiões. Provavelmente, o próximo local será Parelheiros. A decisão não foi difícil nem excludente”, assegura Marina, da Fundação ABH.

 

O FCP M’Boi Mirim nasceu com um capital semente de R$ 200 mil, valor aportado pela Fundação ABH. O fundo busca captar recursos financeiros por meio de doações, parcerias e investimentos. No modelo escolhido pelo FCP M´Boi Mirim, essas doações foram investidas para gerar rendimentos que possam ser utilizados no desenvolvimento do território ano após ano. A primeira meta da organização já foi alcançada: em junho, o Fundo M´Boi Mirim lançou um edital para distribuir até R$ 4 mil a 10 projetos sociais ou culturais da região do M´Boi Mirim com a temática ‘Presença Digital’. Os recursos foram destinados a ações para ampliar a presença digital das iniciativas periféricas, incluindo atividades como a criação de logomarcas, portfólios digitais, vídeos institucionais, identidade visual e manutenção de sites.

 

“Na pandemia, percebemos nossas vulnerabilidades em nos conectar virtualmente. Já existiam pesquisas, mas não estávamos tão atentos a isso. Veio a pandemia e nos tirou, dentre tantas outras coisas, a rua. O único espaço possível era o virtual, e foi aí que percebemos que não tínhamos nada, estávamos excluídos. Demoramos muito para conseguir sanar, ainda que de maneira precária, as nossas conectividades – até para distribuir máscaras de proteção, cestas básicas. Vimos a exclusão reverberar na educação, na saúde, nos colocando numa situação de violência”, conta Alânia, gestora do fundo.

 

O edital foi construído com a intenção de ser o mais simples possível, com o objetivo de atingir e respaldar iniciativas sociais, pessoas físicas e coletivos do território que enfrentam dificuldade de acessar os recursos de maneira tradicional. Agora, conta a gestora, o edital está em fase de execução: “Nossa expectativa é de que essa iniciativa será provocadora, trará identidade e relacionamento para, aí sim, o Fundo M´Boi Mirim se tornar uma referência e ganhar visibilidade. E, futuramente, será o Fundo Capão Redondo, Campo Limpo, Parelheiros e por aí vai”, destaca Alânia.

Paralelamente, o grupo PerifaSul 2050 vinha desenvolvendo, com financiamento da ABH, o Mapa da Periferia Sul, lançado em 2022:

 

“É uma plataforma georreferenciada colaborativa, onde organizações sociais formais e não formais, além das empresas locais, podem se inscrever, para termos uma base de dados, mostrar todas as potências da região e atuarmos colaborativamente. São mais de 30 filtros, possibilitando que se possa encontrar uma agulha no palheiro”, destaca Marina da Fundação ABH.

 

Atualmente o Fundo M’Boi Mirim está buscando outras formas de captação, lançando sua primeira campanha na Benfeitoria. A campanha é realizada com o matchfunding do Programa Transformando Territórios, impulsionado a arrecadação. Isso significa que a cada um real de apoio a uma campanha, o Fundo do Programa Transformando Territórios investe mais um real.

A campanha permanece válida até o dia 8 de dezembro de 2023, e tem como objetivo reunir recursos para criar um novo edital que apoie mais projetos realizados por organizações locais da periferia Sul. Como forma de incentivar doações, são oferecidas diversas recompensas para os doadores, envolvendo-os no território e na atuação do Fundo M´Boi Mirim. As recompensas abrangem desde rodas de sambas, oficinas de grafites até café da manhã na organização e tours pelos projetos que o Fundo apoia.

Dessa forma, o FCP M’BOI se destaca como mais do que um fundo de investimento; é a manifestação da determinação do coletivo em reduzir a desigualdade social e capacitar a periferia.

 

Informações do Território 

  • Território de atuação: M´Boi Mirim é um território no extremo sul de São Paulo que integra os distritos de Jardim São Luis e Jardim Ângela, numa área de 62 km. O nome curioso é de origem tupi e vem do rio que corre na região: Rio M’Boi Mirim é o “rio das cobras pequenas”.
  • Nome do instituto ou fundação comunitária: Fundo Comunitário PerifaSul M´Boi Mirim;
  • Nome e cargo da principal liderança: Alânia Cerqueira, Sidinéia Chagas e Naiara Padial;
  • População estimada: Cerca de 650 mil pessoas;
  • Número de OSCs do território: Plataforma de mapeamento em fase de testes;
  • Causas prioritárias do território mapeadas pela organização: Desenvolvimento comunitário, abrangendo áreas como educação, saúde, cultura, esporte, empreendedorismo, entre outras.

O Fundo Comunitário Perifasul M´Boi Mirim integra o Programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e o fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

Quer saber mais sobre o Fundo Comunitário Perifasul M´Boi Mirim? Acesse o site da Fundação ABH.

Para conhecer mais sobre os Princípios e características das Fundações e Institutos Comunitários, acesse a Carta de Princípios através deste link.

Saiba mais sobre o programa Transformando Territórios e como apoiá-lo.

Investimento Social Privado e Responsabilidade Social Corporativa: aproximações entre as práticas

por Letícia Santos e Paloma Pitre, ambas analistas de projetos no IDIS

O investimento de empresas em projetos socioambientais tem aumentado, refletindo uma tendência crescente de adoção de práticas sustentáveis. Algumas empresas optam até mesmo por desenvolver programas de impacto próprios, demonstrando um comprometimento ainda mais direto com práticas de responsabilidade socioambiental. De acordo com dados do Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC) da Comunitas, em 2022, 40% das empresas acompanhadas pela pesquisa registraram um aumento em seus investimentos sociais. Destaca-se, especialmente, o crescimento dos aportes financeiros das empresas em iniciativas socioambientais, em relação ao seu lucro bruto. No período em questão, foram destinados R$ 4 bilhões voluntários para projetos sociais.

Esse fenômeno pode ser atribuído, entre outros fatores, à crescente pressão por parte de consumidores e investidores, que estão cada vez mais exigentes em relação às práticas socioambientais das empresas. Segundo a Pesquisa Doação Brasil 2022, 44% da população leva em consideração se as marcas e empresas fazem investimento social e/ou apoiam causas, ao decidir comprar um produto ou contratar um serviço.

No entanto, as razões não se limitam apenas a esse aspecto. Ocorre, igualmente, o fenômeno da conscientização por parte das próprias empresas sobre a necessidade de contribuírem positivamente para as comunidades em que estão inseridas.

Diante desse cenário, é importante compreender as diversas maneiras pelas quais as empresas interagem com o campo socioambiental. Neste artigo, discorremos sobre a responsabilidade das empresas na gestão de seus impactos e as oportunidades para ampliar os valores proporcionados à sociedade.

 

As diferentes formas de empresas contribuírem com o campo socioambiental

Os esforços em prol do desenvolvimento ou financiamento de iniciativas socioambientais podem ser justificados tanto pela responsabilidade da empresa em mitigar danos ou impactos negativo, comportamento que representa a forma mais fundamental de envolvimento esperada, quanto por investimentos voluntários alinhados com o propósito da empresa.

A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) é caracterizada pelo comprometimento das empresas em reduzir riscos e danos potenciais decorrentes do desempenho de suas atividades em determinados territórios ou ecossistemas. Assim, a responsabilidade social emerge como um elemento básico que se espera de empresas que buscam condutas corporativas adequadas.

Uma prática amplamente adotada no campo da responsabilidade social corporativa é a realização do chamado due diligence (devida diligência, em tradução livre). A due diligence, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), abrange esforços para identificar quais são os possíveis impactos negativos relacionados à atividade empresarial em áreas como direitos trabalhistas, direitos humanos, meio ambiente, transparência, entre outras. O objetivo é desenvolver estratégias de prevenção, mitigação e remediação de danos.

Já o Investimento Social Privado (ISP) representa esforços voluntários das empresas em alocar recursos para contribuir positivamente para o impacto socioambiental. São muitas as formas de realizar esse tipo de investimento, seja por meio do desenvolvimento de iniciativas próprias ou pelo repasse de recursos para ações e projetos desenvolvidos por terceiros.

Idealmente, o ISP busca a geração de maior impacto nas áreas de sustentabilidade em que a empresa possui maior potencial de contribuição. Para identificar pontos de sinergia entre o negócio e as oportunidades de investimento social, é importante conhecer os principais indicadores sociais e ambientais dos locais em que a empresa atua, os elementos chave de sua cadeia de produção, o perfil do beneficiário do programa, entre outros aspectos relevantes.

Uma das possibilidades para se buscar maior integração entre o social e o propósito corporativo é a adoção do modelo de Empresas B ou Benefit Corporations. O Movimento B tem reunido diversas empresas em um novo paradigma corporativo, cujo foco está na promoção de impactos socioambientais positivos. Alinhado aos mesmos princípios da responsabilidade social, esse movimento introduz um novo modelo econômico, no qual as empresas certificadas com o Selo B se comprometem a impulsionar melhorias contínuas em suas práticas, tendo a governança e a sustentabilidade socioambiental como parte integrante do propósito do negócio. Atualmente, há 286 Empresas B registradas no Brasil.

Nota-se, portanto, a existência de um espectro amplo no campo de ações socioambientais corporativas, que vai desde a realização das ações mínimas esperadas (responsabilidades), passa pelos investimentos voluntários e avança até a geração intencional de impacto socioambiental positivo, pensados como um dos pilares estratégicos e gerenciais da empresa.

 

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Integrações e aproximações entre Responsabilidade Social Corporativa e Investimento Social Privado

Em meio aos diversos graus de maturidade e envolvimento com as causas sociais e ambientais, nota-se que as empresas podem se encontrar alinhadas a diferentes espectros do impacto social e ambiental. De qualquer forma, a presença e a preocupação das empresas não apenas com o impacto que geram, mas também com a sociedade em que operam, e de que maneira podem contribuir para promover melhorias nessa sociedade, são tendências em ascensão.

Assim, as iniciativas de ISP e de RSC não devem ser compreendidas como excludentes entre si. Pelo contrário, é esperado e recomendado que elas se complementem. Nesse sentido, por exemplo, um processo de due diligence pode ser utilizado não somente para antever riscos do negócio, mas também para identificar áreas de investimento por meio do ISP.

A coerência nesse alinhamento é importante, uma vez que o conhecimento da empresa sobre o campo temático no qual está investindo pode tornar a alocação mais eficaz, além de se integrar ao planejamento estratégico e, consequentemente, facilitar a captação de recursos para projetos futuros. A tendência é que as práticas de ISP e RSC, embora conceitualmente distintas, se aproximem cada vez mais, convergindo para os objetivos intrínsecos das empresas.

IDIS lança segunda edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais analisando 59 endowments brasileiros

A publicação mostra o aumento das doações destinadas aos endowments e apresenta o crescimento dos recursos revertidos a projetos socioambientais

Baixe aqui a publicação completa.

Em sua segunda edição, o Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, realização do IDIS – Instituto pelo Desenvolvimento do Investimento Social e da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, teve a participação de 59 fundos patrimoniais, constituindo uma amostra quase 50% maior do que a do ano anterior, com 40 respondentes. O patrimônio somado dos fundos que integram o levantamento também é substancialmente maior – R$ 13 bilhões em 2021 vs R$ 123 bilhões em 2022. A série histórica contempla dados de 2019 a 2022 e a publicação traz artigos de especialistas que contribuem para a interpretação dos achados. O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, assina o prefácio.

O crescimento do número de respondentes garante um retrato ainda mais completo dos fundos patrimoniais no Brasil e reafirma o Anuário com uma referência nacional para gestores de endowments. De acordo com mapeamento realizado pela organização, há hoje no Brasil 86 fundos ativos:

“Os mais de 90 gráficos trazem ao leitor parâmetros e estabelecem benchmarkings para a atuação de gestores. Nosso desejo é que o Anuário seja um efetivo instrumento para a tomada de decisões e que a série histórica contribua para uma leitura da evolução da pauta dos fundos patrimoniais no Brasil e das influências externas”, declara Paula Fabiani, CEO do IDIS

A análise da amostra apurou que, depois de uma forte baixa nas entradas para os fundos em 2021, o ano de 2022 trouxe uma recuperação das doações recebidas, que quase dobraram (R$ 174 milhões vs R$ 330 milhões). Entretanto, as doações continuam muito concentradas em poucos fundos. Em 2022, apenas três fundos receberam 64% do volume total de doações. Em 2021, a concentração foi de 53%.

Mesmo com a oscilação das doações, o volume de resgates não teve grande variação entre 2021 e 2022, passando de R$ 324 milhões para R$ 340 milhões. Como a premissa de um fundo patrimonial é que o principal, ou seja, o patrimônio, seja preservado, e apenas os rendimentos sejam destinados às despesas operacionais e repasses à causa, a performance financeira é um fator chave, para além das doações. Por outro lado, a regra tem certa flexibilidade em fundos jovens ou com patrimônios ainda baixos, que estão em fase de estruturação. Nota-se que em 2022, R$ 248 milhões foram destinados para o financiamento de projetos socioambientais.

A Educação é o maior polo de atração para fundos patrimoniais seguida de Ciência & Tecnologia e Saúde. Olhando sob o ponto de vista das organizações beneficiadas, mais de um terço (35%) são instituições educacionais. 

Os endowments brasileiros ainda são majoritariamente executores, ou seja, ao menos 90% são destinadas à realização de projetos próprios. Mais da metade (51%) dos fundos da amostra se enquadram nesse modelo. Aqueles que se consideram essencialmente financiadores, ou seja, que fazem o apoio a projetos de outras organizações, representam 24% da amostra.

A alocação dos investimentos dos fundos patrimoniais continua fortemente concentrada em ativos de renda fixa, que se mantiveram no patamar de 70% (74% em 2020, 73% em 2021 e 75% em 2022). Uma possível leitura é que o comportamento estável dos gestores está vinculado às regras de alocação de recursos contidas nas políticas de investimentos.

A rentabilidade nominal dos fundos patrimoniais se recuperou em 2022, depois de um ano de queda. Esse desempenho é comum a todas as faixas de patrimônio. No dado agregado, a rentabilidade média de 2020 foi de 6,0%, seguida por 3,4% em 2021 e 8,3% em 2022.

A primeira lei que regulamentou os fundos patrimoniais no Brasil data de 2019. Sua sanção contribuiu para dar visibilidade ao mecanismo e acelerou sua adoção. Ainda assim, como a adesão à lei não é obrigatória, a quantidade de fundos que declaram seguir o modelo estabelecido pela Lei 13.800/19 ainda é relativamente baixa – 29% (17 dos 59 integrantes) da amostra. O motivo mais frequente da não adesão é o fato de os fundos terem sido criados antes da sanção da Lei (33%). As demais razões apontadas por maior número de gestores são: o alto custo para manutenção de duas instituições (14%), falta de incentivo fiscal à doação (12%) e governança complexa (10%).

A amostra analisada mostrou que os fundos patrimoniais tendem a ter uma governança bem estruturada. Quase a totalidade (90%) possui Conselho de Administração, sendo que 72% deles contam com membros independentes. Setenta e um por cento mantêm Conselhos Fiscais e 70%, Comitês de Investimento.

Os gestores dos fundos patrimoniais continuam considerando que o maior desafio é a captação de recursos, apontada por quase a metade deles (48%). Em seguida aparecem a rentabilidade (17%) e a consolidação do próprio fundo (14%). Ainda assim, mostram-se otimistas. 70% dos respondentes declararam a perspectiva de ampliação do patrimônio a partir de novas doações para o fundo em 2023.

A respeito dos desafios enfrentados pelos gestores dos fundos patrimoniais, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, afirmou no prefácio do Anuário:

“A despeito de expressivos passos na consolidação dos fundos patrimoniais, não podem ser desconsiderados os percalços de ordem financeira para lhes conferir uma gestão eficiente no atual cenário de retomada de sucessivas crises econômicas. Os seus administradores, consectariamente, necessitam de informações seguras, que lhes deem subsídios para (i) a tomada de decisões estratégicas, (ii) realização do controle de riscos, (iii) atração de investimentos rentáveis, (iv) avaliação do custo-benefício de novas práticas, (v) bem como a fixação de parâmetros sólidos de governança e transparência. Vem em boa hora, nesse contexto, a nova edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais”.

ARTIGOS

 

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Esta é uma realização do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos. Apoiam a publicação, 1618 Investimentos, ASA – Associação Santo Agostinho, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Pragma Gestão de Patrimônio, Banco Santander, Umane e Wright Capital Wealth Management.

Sobre o IDIS e Coalizão pelos Fundos Filantrópicos

Há mais de uma década, o IDIS dedica-se a fortalecer a pauta dos fundos patrimoniais no Brasil, com a produção de conhecimento, advocacy, e a liderança da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, grupo multissetorial que reúne mais de uma centena de signatários. Entre as conquistas da rede, está a sanção, em janeiro de 2019, da Lei 13.800/19, conhecida como Lei dos Fundos Patrimoniais, e segue ativa buscando o aprimoramento da legislação em questões mais específicas.

O IDIS também oferece consultoria para a criação de endowments, com participação em projetos para ASA – Associação Santo Agostinho, Hospital AC Camargo, Ibram, MAR – Museu de Arte do Rio, Unicamp, Unesp, entre outros.

Mais sobre fundos patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, clique aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Nota técnica: A diferença de ‘impacto’ no desenho e na avaliação dos projetos sociais

Nunca se falou tanto sobre impacto de projetos socioambientais. Organizações da Sociedade Civil usam o termo ao comunicarem suas intervenções. Investidores Sociais usam o impacto como critério para suas linhas de financiamento. No entanto, nem sempre as pessoas têm mesma compreensão sobre o termo.

Nesta Nota Técnica, elaborada por Thais Bassinello, Gerente de Projetos do IDIS, apresentamos os diferentes significados atribuídos à palavra “impacto” no desenho de projetos e na teoria/prática avaliativa.

Baixe a nota clicando aqui ou leia abaixo: