Foi lançado nesta terça-feira, nos Estados Unidos, o relatório Giving USA de filantropia de 2015. Feito pelo The Giving Institute, ele também marca o 60º aniversário da publicação, que é a mais antiga e a mais completa em relatar a filantropia no país.
O relatório assinala 2014 como um ano recorde em filantropia. As doações subiram 7,1% em relação a 2013, atingindo o valor de US$ 358,38 bilhões, assim chegando, pela primeira vez, a valores acima dos níveis pré-recessão. Oito setores filantrópicos superaram picos anteriores estabelecidos em 2007, enquanto somente um, que lida com ações internacionais, teve declínio de 2 %.
No geral, este foi o quinto ano consecutivo de crescimento da filantropia nos Estados Unidos. À medida que a economia cresceu, a filantropia também cresceu, porém sempre mais do que o PIB. Em 2014, esse crescimento foi 2,1% acima do PIB americano.
As Mega-Doações continuaram a crescer, sendo responsáveis por um terço do aumento das doações por doadores individuais. Suas motivações continuam a manter um padrão “coração/cabeça”, no sentido que resultam de ações humanitárias de caráter assistencialista, bem como de ações estrategicamente planejadas e executadas para transformar a qualidade de vida de indivíduos e da sociedade.
As campanhas de doação cresceram em popularidade por meio de diferentes formatos, como #GivingTuesday e Ice Bucket Challenge, e pelos exitosos esforços de grandes universidades em assegurar o apoio de doadores em compromissos de múltiplos anos.
As doações on-line continuaram a crescer, porém mostrando, por sua competitividade, que algumas organizações souberam planejar melhor e executar as suas ações de captação de recursos.
As doações às fundações, especialmente comunitárias, também cresceram de maneira importante for meio de fundos designados pelo doador para propósitos específicos, e que garantem sua participação no processo decisório de como e para quem devem ser distribuídas.
Em resumo, os resultados de 2014 nos Estados Unidos nos mostram a importante relação entre o PIB e a doação, bem como o papel estratégico que o ato de doar assumiu na cultura americana como instrumento permanente de apoio à mudança social.
Por Marcos Kisil
Fundador do IDIS
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