Tecnologia de coleta de dados e mapeamento para combater ebola

29 de julho de 2015

O número de casos de ebola no ano passado foi o maior desde a descoberta da doença, em 1976. A epidemia começou na República da Guiné e logo se espalhou por países próximos, como Serra Leoa, Libéria e Nigéria, nos quais predominam sistemas de saúde precários.

A situação, no entanto, poderia ter sido muito pior se não fosse pelo uso de uma tecnologia de coleta de dados e mapeamento por parte da Direct Relief, organização norte-americana que entrega remédios e equipamentos médicos em regiões pobres. A iniciativa rendeu à instituição o reconhecimento como uma das dez mais iniciativas mais inovadoras do terceiro setor em 2015.

Acostumada a trabalhar em locais de emergência, a Direct Relief recebeu um pedido do governo da Libéria para mapear o avanço do vírus em uma região com baixíssimo acesso a tecnologia. Saber como a enfermidade estava se espalhando era fundamental para planejar ações e evitar ainda mais mortes.

A OSC distribuiu dispositivos GPS para uma organização liberiana e agrupou informações de outras entidades para elaborar um banco de dados georreferenciado sobre o ebola. Graças aos aparelhos, foi possível detectar a incidência em nível detalhado (casa a casa), mostrar como era o avanço territorial da doença, onde estavam os postos de saúde e para onde era necessário enviar auxílio.

O mapeamento permitiu à Direct Relief fazer um trabalho mais eficiente na entrega dos equipamentos clínicos e medicamentos. Ao mesmo tempo, foi um instrumento de transparência para que os doadores pudessem ver com exatidão para onde estavam indo os recursos que haviam repassado.