Trabalhar em rede para potencializar o investimento social privado

1 de abril de 2015

Em um cenário de fragmentação de entidades e escassez de recursos, trabalhar em rede é uma das melhores maneiras de impulsionar o investimento social privado.

Mais do que ser instituição que impõe sua visão de mundo, uma organizações da sociedade civil podem cumprir diversos papéis para unir colaboradores estatais e privados em prol de uma causa. Uma publicação do IDIS descreve algumas das possibilidades de engajamento em redes.

O documento, intitulado “A participação de organizações empresariais em redes comunitárias”, mostra formas de participação bem diversas. Desde atuações mais complexas, como a criação dessas iniciativas, até modos menos comprometidos, mas não menos importantes – como o investimento em projetos já em andamento.

As entidades sociais privadas podem, por exemplo, fomentar um grupo de colaboradores. Como diz o texto, “quando uma empresa – ou um instituto ou fundação empresarial – decide incentivar a formação de uma rede comunitária para contribuir com o desenvolvimento de determinada comunidade, ela está assumindo o papel de ‘produtor social’ do processo, isto é, aquele que tem condições econômicas, organizacionais, técnicas e profissionais para viabilizar um processo de desenvolvimento social, neste caso, uma rede”.

O texto destaca que não basta meramente incentivar a criação dos grupos: “Todo produtor social é também membro da rede, na medida em que dela participa, ao agregar conhecimento e disponibilizar ativos. O fato de existirem consultores aplicando metodologias para facilitar a formação da rede não deve diminuir a participação ativa da empresa. Ao contrário, o projeto precisa ser desenvolvido junto com seus representantes”.

De qualquer modo, é possível (e isso ocorre com frequência em projetos bem-sucedidos) que a rede seja assumida pela comunidade. A empresa, nesses casos, faz parte do grupo, mas apenas como integrante, “com atribuições definidas coletivamente”.

Pode-se, também, estabelecer parcerias para apoiar a criação de uma estratégia proposta por outra instituição. Ou investir em uma já existente.

Em qualquer caso, deve-se ter em mente que as redes não são fenômenos passageiros. “Elas aumentam o capital humano e ampliam o capital social, viabilizando a mobilização de recursos em prol da comunidade. Por isso, incluir as redes nas estratégias de investimento social das empresas é uma excelente forma de gerar mais resultados e impacto social”, aponta a publicação do IDIS.

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