Fundações comunitárias como catalisadoras de mudança sistêmica são destaque em artigo internacional

O artigo “Radically local: Community foundations as catalysts of systemic change from the territory” (“Radicalmente local: Fundações comunitárias como catalisadoras de mudança sistêmica a partir do território”), publicado por Agustín Landa na Alliance Magazine, destaca o papel estratégico das fundações comunitárias como impulsionadoras de transformações profundas e sustentáveis a partir dos territórios.

O texto apresenta a relevância das fundações comunitárias na construção de modelos filantrópicos mais democráticos, resilientes e conectados à realidade local. Elas não apenas canalizam recursos, mas constroem infraestrutura cívica e filantrópica que perdura, com base na confiança, participação e corresponsabilidade.

“Fundações comunitárias não apenas aproximam recursos da comunidade; elas pertencem a ela, são responsáveis por ela e crescem com ela”, trecho do artigo.

A publicação também ressalta o crescimento e fortalecimento das fundações comunitárias na Ibero-América – incluindo o Brasil – e o papel fundamental das organizações de apoio nacionais, como o IDIS, que atua como potencializador do ecossistema filantrópico por meio do programa Transformando Territórios, realizado em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation.

O artigo surge do diálogo contínuo entre membros da CIAF – Comunidade Ibero-americana de Aprendizagem sobre Fundações Comunitárias, uma rede de colaboração e intercâmbio entre organizações da região, da qual o programa Transformando Territórios também faz parte. A CIAF busca fortalecer o campo das fundações comunitárias por meio do compartilhamento de experiências, produção de conhecimento e articulação regional.

Confira o artigo na integra, em inglês, aqui.

IDIS participa de curso de captação de recursos na Lilly Family School of Philanthropy

A Lilly Family School of Philanthropy promoveu em fevereiro mais uma edição do curso Principles & Techniques of Fundraising (em português, Princípios e Técnicas para Captação de Recursos). Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS, esteve em Indiana, nos Estados Unidos, para participar da capacitação intensiva de uma semana. O curso proporcionou aos participantes uma visão abrangente sobre estratégias de captação de recursos, combinando fundamentos teóricos com ferramentas práticas para fortalecer iniciativas filantrópicas.

“O programa aprofundou minha compreensão sobre a captação de recursos como uma disciplina estratégica, reforçando a importância do engajamento com os doadores e da filantropia orientada para o impacto. O conhecimento adquirido será fundamental para fortalecer parcerias e ampliar a agenda de impacto social”, comenta Guilherme Sylos.

Integrantes da turma de fevereiro do curso

A formação, embora centrada na realidade americana, abordou temas comuns e essenciais para organizações de todo o mundo. Tópicos sobre, por exemplo, como os doadores pensam e agem, a ciência por trás da captação de recursos, como e quando fazer um pedido de grandes doações e a importância do relacionamento de longo prazo foram abordadas ao longo do curso.

Durante as sessões, foram compartilhadas informações importantes sobre a diferença entre a captação de recursos pura e a criação de vínculos de confiança, não apenas com a organização, mas também com o interlocutor. A construção de um bom relacionamento leva meses (ou até anos) para que, de fato, a captação atinja um valor mais expressivo.

DESTAQUES DA FORMAÇÃO

Dois pontos foram reforçados diversas vezes a partir de falas de pessoas distintas: Planejamento e Construção de Relacionamento / Confiança. O ato de pedir uma doação ou qualquer outro tipo de apoio financeiro só deve acontecer após uma pesquisa e um planejamento profundo sobre o doador, independentemente de ele ser uma empresa, um membro de uma família com alto poder aquisitivo ou uma fundação.

Depois de realizada a pesquisa e o planejamento, deve-se construir um relacionamento de confiança. A partir dessa criação de vínculo, o solicitante ainda pode ‘usar’ esse doador para abrir novas portas. Dentro da estratégia de captação, esses interlocutores são importantes, pois já conhecem a organização e validam a sua atuação.

Essa tendência pode ser observada na ampliação do conceito de Trust Based Philanthopy, (ou Filantropia baseada em confiança), que defende a importância de tanto os financiadores quanto as organizações sociais confiarem uns nos outros, além de ambos ouvirem as pessoas e comunidades impactadas. A construção dessa confiança também é importante para que organizações consigam apoios substanciais.

Outro tema discutido durante os debates foi o novo governo americano e de que forma as suas ações interferem na filantropia americana e global. Segundo os palestrantes, existe um ar de incerteza, mas um otimismo ao mesmo tempo. Os mais esperançosos acreditam que as fundações e famílias vão se sensibilizar e irão aumentar as suas doações internacionais, o que pode ser benéfico para o Brasil.

Futuro da Filantropia na América Latina é tema de evento internacional

Em comemoração aos 25 anos da Alliance Magazine, organização que produz conteúdo sobre a filantropia global, foi lançado uma série de eventos que abordam o futuro da filantropia em 6 regiões globais. Olhando para o continente latino-americano, o IDIS foi convidado para integrar o webinário sobre o tema “O Futuro da Filantropia na América Latina – Um campo para a filantropia global emergiu – mas para onde ele aponta?”, a ser realizado no dia 20 de abril, às 13h horário de Brasília.

O evento contará com a presença de:

 Carolina Suarez, LatImpacto (Colombia)
• Inês Mindlin Lafer, Gife e Instituto Betty e Jacob Lafer (Brasil)
• Magdalena Aninat, Centro de Filantropia e Investimentos Sociais da Universidade Adolfo Ibáñez (Chile)
• Paula Fabiani, IDIS (Brasil)
• Elika Roohi, Alliance Magazine (Inglaterra)

Mais da metade dos grupos filantrópicos da América Latina foram fundados nas últimas duas décadas, e a pandemia impulsionou o jovem setor da região. Apesar da cultura de generosidade, que se concentra na comunidade, o movimento parece ignorar as estruturas institucionais. Neste contexto, seguirá florescendo a filantropia latino-americana? Como os bilionários da região veem a filantropia e o que eles estão fazendo com sua riqueza? Quais as outras tendências?

• Estamos priorizando as coisas certas para melhor servir as gerações futuras?

• Como a filantropia deve evoluir após a crise causada pela pandemia?

• Quais filantropos e organizações estão liderando o caminho na América Latina?

• O que a jovem geração de filantropos identifica como os problemas mais críticos?

• Quem será responsável por assegurar a adoção das melhores práticas filantrópicas e a prestação de contas à sociedade?

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