Lançamento do Arquétipos da Filantropia reúne filantropos e investidores sociais

Em uma manhã de junho, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e a RPA – Rockefeller Philanthropy Advisors reuniram filantropos, membros de organizações empresariais e familiares e organizações da sociedade civil, para o lançamento do ‘Arquétipos da Filantropia: Nova Ferramenta para Análise Estratégica. A publicação aborda e analisa os principais perfis de filantropos e investidores sociais, fornecendo diretrizes para maximizar o impacto para cada tipo de organização.

O estudo é um desdobramento do projeto ‘Estrutura Filantrópica’, promovido pela Rockefeller Philanthropy Advisors em 2019 a partir de entrevistas com 75 fundações, além de dezenas de sessões de trabalho com mais de 200 financiadores, peritos e parceiros de pesquisa nos EUA, Europa, Ásia, África e América Latina.  A versão brasileira foi publicada em parceria com o IDIS, parceiro da RPA há mais de 10 anos, em prol da ampliação do investimento social privado. 

Conheça mais e baixe a publicação aqui.

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Alinhar recursos aos objetivos para uma filantropia mais efetiva 

Melissa Berman, CEO da Rockefeller Philanthropy Advisors e uma das autoras da publicação, abriu o evento apresentando os objetivos e descobertas do estudo. Melissa explicou que a ideia surgiu após a constatação da necessidade de sistematização e renovação dos modelos existentes de filantropia, diante do surgimento de novos e crescentes desafios globais, foi necessário que o investimento social privado em todo mundo também se atualizasse para, assim, poder resolver tamanhas questões.

“Não é possível resolver problemas do século 21 com um modelo de filantropia do século 19”  

A CEO da Rockefeller explicou que os 8 arquétipos surgiram, então, com o objetivo de proporcionar um guia de planejamento estratégico para organizações, unindo as pontas entre seus objetivos finais, propósitos e recursos disponíveis.

Melissa Berman, CEO da Rockefeller Philanthropy Advisors, apresentando a publicação

Após a apresentação inicial, aconteceu um painel de discussão sobre os achados e suas implicações no setor filantrópico brasileiro. Mediado por Paula Fabiani (CEO do IDIS), a mesa contou com a participação de Cassio França (Secretário-Geral do GIFE), Thiago Piazzetta (Gerente de Projetos da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza) e Patricia Loyola (Diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas).

Paula Fabiani (IDIS), Thiago Piazzeta (Fundação Grupo Boticário), Cassio França (GIFE) e Melissa Berman (RPA) discutindo a publicação sob o contexto filantrópico brasileiro

Piazzetta destacou a ação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que trabalha com o apoio a organizações promotoras da conservação da biodiversidade no Brasil. O grupo foi um dos cases presentes na publicação e servem como exemplo do chamado ‘arquétipo do Catalisador de Risco’, um perfil caracterizado essencialmente por fornecer financiamento inicial, muitas vezes sem restrições, a organizações novas ou com pouco histórico comprovado. “Evitamos o financiamento de grandes organizações, optando por apoiar grupos e empresas menores e mais inovadores”, afirma Thiago.

A Fundação Grupo Boticário já financiou 1600 iniciativas não estabelecidas e inovadoras de conservação ambiental da natureza por meio de doações e outros instrumentos financeiros, incluindo um programa de aceleração de impacto ambiental para fortalecer a capacidade de investimento de impacto da comunidade empresarial. 

Cassio França acrescentou à reflexão a importância de organizações que aplicam o perfil do arquétipo do Catalisador de Riscos em suas ações para combater as desigualdades no contexto brasileiro. Segundo o secretário-geral do GIFE, o modelo garante poder a organizações verdadeiramente inovadoras e impactantes contra as problemáticas nacionais. “É uma das coisas mais revolucionárias que podem existir na filantropia brasileira”, indica.

França também enfatizou a importância da compreensão dos arquétipos no processo de decolonização da filantropia. O conceito parte do entendimento da necessidade de superar os desequilíbrios de poder em dinâmicas internas do campo filantrópico, para que o mecanismo não seja um perpetuador das desigualdades, mas que contribua efetivamente para o seu fim.

Diante desse contexto, Cassio apontou os arquétipos como uma excelente ferramenta para que filantropos e investidores sociais reconheçam seus modos de atuação, entendam suas potencialidades e contribuam de maneira efetiva para a mitigação da desigualdade social. “Eu vejo o material como um grande benefício para o campo, porque ajuda as organizações a se entenderem”, destaca.

Patricia Loyola enriqueceu a discussão ao ressaltar a importância da colaboração com o poder público na potencialização de ações filantrópicas. Ela exemplificou a força do modelo de colaboração a partir do programa Juntos Pela Saúde, uma iniciativa do BNDES gerida pelo IDIS, que combina doações da iniciativa privada com aportes do próprio BNDES para projetos de saúde pública nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Ela relacionou esse movimento ao arquétipo do Gestor de Campanha, um perfil que busca reunir especialistas de diferentes áreas, incluindo o setor público, a fim de produzir iniciativas mais inovadoras na filantropia. “O poder público conhece o campo e as necessidades a serem trabalhadas. Não tem como fazer parceria com o poder público sem reconhecer sua legitimidade”, afirma.

Ao final da mesa, Melissa apontou a necessidade de revisão dos formatos de prática da filantropia e indicou o conteúdo da publicação como um caminho para alcançar essa transformação. “Não acho que temos escolha a não ser reagir às mudanças do mundo, nos tornando organizações mais diversas, inclusivas e transparentes”, acredita.

Encerrando a manhã de reflexões, a equipe da Rockefeller Philanthropy Advisors (RPA) realizou um workshop interativo sobre os 8 arquétipos com os participantes do evento. Eles puderam refletir sobre qual perfil melhor representa o modelo de investimento do instituto que representam, contando com a ajuda da equipe da RPA para identificação e compartilhando as descobertas com todos os presentes.

Workshop interativo com Melissa Berman durante o evento

O momento rendeu grandes reflexões entre os participantes e revelou membros que identificavam suas organizações entre os mais variados arquétipos, incluindo a Agência de Talentos, que identifica e amplifica vozes de indivíduos e grupos que vivenciam de forma mais direta e próxima das problemáticas; o Construtor de Campo, que fortalece instituições responsáveis por gerar e divulgar perspectivas científicas; e o Semeador, modelo que fornece apoio por meio de fontes diversificadas para a mesma causa.

Confira mais fotos do evento:

Sobre a Rockefeller Philanthropy Advisors

A Rockefeller Philanthropy Advisors (RPA) é uma organização sem fins lucrativos que aconselha e gere mais de 400 milhões de dólares em doações anuais feitas por indivíduos, famílias, corporações e fundações. Fundada em 2002, buscando manter o histórico de filantropia da família Rockefeller, a RPA tornou-se uma das maiores organizações de serviços filantrópicos do mundo e facilitou a concessão de mais de 3 milhões de dólares a mais de 70 países. A RPA também serve de patrocinador fiscal para mais de 100 projetos.

Para mais informações visite www.rockpa.org

O Voluntariado Empresarial e o investimento social privado

Por Patrícia Loyola, diretora de Gestão e Comunicação da Comunitas, responsável pelo projeto BISC de investimento social corporativo.  

Aprendi o valor do voluntariado nas empresas pelas quais passei. Confesso que até ingressar no meu primeiro emprego, não tinha o hábito de doar meu tempo, trabalho e talento em benefício de terceiros. Em minha trajetória profissional, tive inúmeras experiências como voluntária empresarial, desde atuações mais pontuais como reforma de espaços e limpeza de computadores revitalizados para doação, até ministrar aulas e mentorar jovens de comunidades vulneráveis de forma periódica. Os benefícios para mim como voluntária foram de diversas ordens, com inúmeros aprendizados e realizações.

Para além do impacto positivo no voluntário, os dados mostram que o voluntariado empresarial representa uma importante colaboração na construção do perfil do voluntariado em nosso País e tem ganhado amplo espaço na última década. Os dados da pesquisa BISC – Benchmarking do Investimento Social Corporativo, liderada pela Comunitas, acompanham desde 2008 essa agenda com diversas empresas. Em sua última edição, foram 324 empresas e 17 institutos/fundações empresariais.

Na última década, o voluntariado corporativo na Rede BISC passou por transformações significativas. Em 2010, os processos de acompanhamento dos programas careciam de informações cruciais para o planejamento e gestão: 20% das empresas não relataram o valor investido nesses programas; 30% não informaram sobre o número de voluntários e 94% sequer estimaram o número de horas trabalhadas pelos envolvidos.

Com o passar dos anos, tanto os programas quanto seus indicadores de gestão foram intensificados. Na última década, os investimentos da Rede BISC em programas de voluntariado variaram entre R$ 11,6 e R$ 16,6 milhões.  Ainda nesse período, o percentual de colaboradores envolvidos a cada ano variou de 8% a 15% (mediana), percentual aquém do parâmetro internacional de 22% na média de 18 países, segundo o relatório Global Impact at Scale – 2020. (https://cecp.co/thought_leadership/global-impact-at-scale/).

Em 2017, houve um significativo recuo no voluntariado empresarial, o que foi considerado pela Rede BISC como uma consequência do impacto da crise econômica e, consequentemente, os desligamentos em massa de colaboradores e, portanto, o acúmulo de trabalho e funções. Tal realidade, ainda que momentânea, acabou por diminuir, em alguma medida, o ’clima‘ para a atuação voluntária.

No ano seguinte, os indicadores voltaram a subir e, em 2019, a pesquisa destacou a importância do envolvimento da liderança nas ações de voluntariado. Ao mesmo tempo em que houve um crescimento expressivo do envolvimento dos colaboradores, a participação intensa das lideranças em atividades voluntárias quase triplicou em três anos. Chegando a 2020, vivenciamos incontáveis desafios gerados pela covid-19 e, portanto, o voluntariado com seu forte teor presencial foi prejudicado. Naquele ano, o número de colaboradores voluntários da Rede BISC caiu 35% em relação ao ano anterior. Por outro lado, a crise sanitária fortaleceu estratégias como formação de rede de colaboração entre voluntários, voluntariado digital e doação casada, apesar de ter feito decrescer a liberação de horas de trabalho. O pro bono também ganhou força na pandemia. Essa modalidade é contabilizada na pesquisa BISC como a contribuição das empresas em forma de bens e serviços. 

Visando apoiar as empresas em suas auto avaliações dos programas e refletir sobre as possibilidades de aprimoramentos futuros, o BISC construiu com a rede cinco dimensões relacionadas aos indicadores de qualidade listados a seguir por ordem decrescente de notas atribuídas no BISC 2020 aos programas de voluntariado empresarial:  Desenho e gestão (8,7), Envolvimento institucional (8,6), Alianças estratégicas (8,0), Comunicação e mobilização (7,0) e Monitoramento, controle e avaliação (6,6). 

Certamente, há espaço de melhoria em todas essas dimensões, no entanto, é no campo do monitoramento e da avaliação que as empresas apresentam as maiores dificuldades. Talvez, esse seja um ponto de atenção para que os programas de voluntariado sejam cada vez mais pensados e estruturados como instrumento estratégico para as empresas e suas contribuições sociais em âmbito local, regional, nacional e em agendas globais, tais como os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a agenda ESG – Environmental, Social, and Governance.  

O voluntariado empresarial é caracterizado pela relação de ganha-ganha, na qual a empresa amplia o engajamento de seus colaboradores e abre frentes de capacitação prática a eles; o profissional vivencia maior realização e senso de propósito, ao mesmo tempo que tem a chance de desenvolver novas habilidades. Os beneficiários são fortalecidos em capacidades tão diversas quanto o leque de ações implementadas. Razões pelas quais vale a pena seguir investindo nessa prática para que os próximos dez anos sejam de ainda mais avanços e conquistas. 

A Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, em sua terceira edição, legitima o trabalho de milhares de voluntários na construção de um Brasil melhor, tanto no presente, quanto para as gerações futuras.

Este artigo integra uma série de conteúdos escritos à convite dos realizadores da Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, com intuito de analisar e enriquecer os achados do estudo. Não nos responsabilizamos pelas opiniões e conclusões aqui expressadas.

Seminário Transformando Territórios reúne filantropos, empresas e sociedade civil

Em uma manhã fria de maio, IDIS e C.S. Mott Foundation reuniram um público diverso para debater e aprofundar o conhecimento sobre um importante tema: a filantropia comunitária e os desafios e perspectivas para seu desenvolvimento no Brasil. Realizadores do programa Transformando Territórios, que fomenta o desenvolvimento de fundações e institutos comunitários (FICs) no Brasil, promoveram o 1º Seminário Transformando Territórios com mais de 60 pessoas, entre líderes de FICs, filantropos, parceiros e apoiadores da causa.

Veja um resumo e depoimentos sobre o evento.

Reunimos aqui os destaques dos quatro painéis que integraram o evento.

O apoio à filantropia comunitária

“O apoio à filantropia comunitária” foi o painel que abriu o evento, mediado por Paula Fabiani (CEO do IDIS), com a participação de Antônio Carlos Pipponzi (Presidente do Conselho de Administração da RaiaDrogasil) e Luis Norberto Pascoal (Conselheiro da Fundação FEAC e fundador da Fundação Educar).

Audiência no Seminário Transformando Territórios. Foto: André Porto

 

Pipponzi destacou que, atualmente, existe uma grande expectativa que empresas apoiem organizações engajadas com questões sociais – como é o caso das FICs, por meio da filantropia comunitária. De acordo com ele, não há mais espaço para que as empresas entreguem apenas resultados financeiros. Para seguirem existindo, é necessário gerarem resultados positivos para a sociedade.

 

Pascoal acrescentou à reflexão que para encontrarmos soluções reais para o país é preciso construir valor dentro de territórios, com parcerias entre instituições comunitárias, setor público e privado –  precisam atuar em conjunto para que haja uma solução completa.

 

A importância do engajamento e parcerias nos territórios

Quando o assunto abordado passou a ser “A importância do engajamento e parcerias nos territórios”, na segunda mesa, os palestrantes concordaram que apoiar territórios é legitimar as atividades daquele lugar para que se crie um ambiente autônomo.

Beatriz Johannpeter (Diretora do Instituto Helda Gerdau e Embaixadora do Programa Transformando Territórios) e Cássio França (Secretário Geral do GIFE). Foto: André Porto

Cássio França (Secretário Geral do GIFE) e Mônica de Roure (Diretora Executiva da BrazilFoundation) subiram ao palco com a moderadora Beatriz Johannpeter (Diretora do Instituto Helda Gerdau e Embaixadora do Programa Transformando Territórios). Os painelistas destacaram, principalmente, a importância do combate à pobreza. “Não se pode normalizar a pobreza e os problemas sociais do Brasil. Se não reduzirmos a pobreza, que é o primeiro passo e mais importante, todos os outros problemas também irão regredir”, destacou França.

 

De acordo com o Censo GIFE 2020, o volume total de investimento social das organizações contempladas foi de R$ 5,3 bilhões, o que representa 63% a mais do que o previsto para 2020, que era de R$ 3,3 bilhões. O nível de doações durante a pandemia demonstrou o quanto é possível que os diversos atores sociais ajudem e doem além do que já vem sendo feito. Segundo os palestrantes, o grande desafio agora será manter o crescimento do investimento social privado.

Nesse contexto, tiveram grande atuação e importância as lideranças comunitárias que, por estarem inseridas nos territórios, puderam agir de forma ágil e eficiente, destinando os recursos da melhor forma.

Fundações e Institutos Comunitários com a agenda pública

 

O terceiro painel do seminário tratou sobre a relação das Fundações e Institutos Comunitários com a agenda pública. Lúcia Dellagnelo (Fundadora e conselheira do Instituto Comunitário Grande Florianópolis – ICOM e Embaixadora do Programa Transformando Territórios) e Eliana Sousa (Diretora Fundadora da Associação Redes da Maré e Líder participante do Programa Transformando Territórios), mediadas por Patrícia Loyola (Diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas) destacaram a ideia de que fundos comunitários surgem para formar um legado nos territórios onde estão inseridos, mantendo as mudanças e melhorias para gerações futuras.

O grande destaque do painel veio do debate sobre a importância de se compreender o que os territórios necessitam antes de filantropos ou empresas realizarem doações diretas. A criação de fundos comunitários por FICs foi apontada como uma solução. Elas seriam as receptoras dos recursos e responsáveis pela gestão e distribuição. Segundo Dellagnelo, essas instituições ‘ponte’ apoiam a estrutura social, conhecem o contexto das organizações de base e o que a população efetivamente necessita.

Perspectivas, potencialidades e desafios das Fundações e Institutos Comunitários

Fechando a manhã de reflexões sobre filantropia comunitária, Nicholas Deychakiwsky (Senior Program Officer da C.S. Mott Foundation), Shannon Lawder (Director of the Civil Society Program da C.S. Mott Foundation) e Mamo Mohapi (Program Officer da C.S.Mott Foundation) subiram ao palco com a moderação de Helena Monteiro (Diretora Executiva do David Rockefeller Center for Latin American Studies da Universidade de Harvard e Embaixadora do Programa Transformando Territórios) e finalizaram o seminário com a mesa Perspectivas, potencialidades e desafios das Fundações e Institutos Comunitários.

 

Nicholas destacou que as FICs têm o papel de compreender o que é necessário na sociedade e território, ponto que, muitas vezes, o 2º Setor (as empresas) acha que sabe mais por ter mais dinheiro. Mas, na realidade é um conhecimento que o 3º setor possui muito mais, justamente por essa proximidade com o território.

Helena Monteiro,  Shannon Lawder, Nicholas Deychakiwsky e Mamo Mohapi . Foto: André Porto

Ele acrescentou ainda que o sistema como o conhecemos atualmente irá ruir se não olharmos para o que o terceiro setor já vem fazendo e resolvendo há tanto tempo com mais atenção.

SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS E FICS

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

De acordo com levantamento realizado pelo Community Foundation Atlas, existem mais de 1.800 institutos e fundações comunitárias. Juntas, essas organizações movimentam mais de USD 5 bilhões todos anos. No Brasil, ainda são pouco conhecidas. Participam hoje do Transformando Territórios 14 organizações de todo país, com diferentes níveis de maturidade, mas todas comprometidas com a implantação do modelo da filantropia comunitária.

 

Saiba mais sobre o programa e os participantes em www.transformandoterritorios.org.br