Avaliação de impacto para inclusão produtiva: Metodologias, desafios e limitações

Artigo publicado originalmente na Revista Brasileira de Avaliação – Edição Especial Inclusão Produtiva

Por Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Denise Carvalho, Gerente de Monitoramento e Avaliação do IDIS

A inclusão produtiva é um componente essencial das sociedades contemporâneas. O trabalho tem um papel fundamental na vida de grande parte dos indivíduos, e a geração de renda está diretamente ligada à qualidade de vida de uma família. Entretanto, muitos jovens e adultos em idade ativa enfrentam dificuldades de inserção no mercado de trabalho, que ocorre tanto pela via do trabalho assalariado quanto pela geração de negócios autônomos individuais e coletivos. Para superar essas barreiras e promover a inclusão produtiva, empresas, governos e sociedade civil têm trabalhado juntos, criando políticas públicas, programas de capacitação e iniciativas de diversidade e inclusão. Este tema tem se destacado cada vez mais como objeto de estudos na área de avaliação, uma vez que as políticas e programas voltados para a promoção da inclusão no mercado de trabalho podem ser aprimorados a partir de seu monitoramento e avaliação de resultados e impactos.

A avaliação de impacto é uma prática já disseminada e adotada amplamente como ferramenta de tomada de decisão em países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Inglaterra. No Brasil, ainda apresenta uma aplicação menos destacada, especialmente em decorrência da complexidade e do tempo e custos envolvidos. Entretanto, vemos avanços nos últimos anos, sendo cada vez mais valorizada e aplicada, em especial no contexto do Terceiro Setor¹. Essa prática permite que sejam mensurados os efeitos gerados por projetos e ações dessas organizações, além de ser um importante instrumento para tomada de decisões e aprimoramento de estratégias. Mensurar o impacto é, portanto, o caminho para se desenhar intervenções cada vez mais eficazes e ajudar a edificar sociedades mais justas e sustentáveis.

A Avaliação de Impacto difere de outras formas de avaliação de projetos devido a sua busca por elementos que possibilitem estabelecer uma relação de causa e efeito entre a intervenção e seus impactos. Essa relação de causa (intervenção) e efeito (impacto) é chamada de ‘inferência causal’, ou ‘laços de causalidade’².

Na busca por elementos que possibilitem estabelecer uma relação de causa e efeito –
“inferência causal” – entre a intervenção e seus impactos, existem diversos métodos avaliativos que podem ser aplicados. Alguns desses métodos incluem análise de custo-benefício, análise de custo-efetividade, análise de retorno sobre investimento, análise de impacto social, entre outros. A escolha do método deve ser coerente com a amplitude, duração e objetivos estratégicos do investimento socioambiental, conforme detalhado na Nota Técnica Metodologias de Avaliação Custo-Benefício³. Neste artigo, iremos explorar, entre os métodos avaliativos, o Retorno Social do Investimento (SROI, na sigla em inglês), método de análise custo benefício que vem sendo adotado pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social⁴, para avaliar o impacto social gerado por ações socioambientais. Abordaremos, ainda, os principais benefícios, desafios e limitações para avaliar o impacto social de projetos e programas de inclusão produtiva, bem como as principais tendências e abordagens para o futuro.

O SROI é um protocolo emergente que tem ganhado destaque nos últimos anos como uma ferramenta eficaz para avaliar o retorno social do investimento. Foi criado em meados dos anos 1990 por uma organização britânica chamada The Roberts Enterprise Development Fund (REDF), fundada por George R. Roberts⁶. O objetivo da REDF era apoiar iniciativas de negócios sociais que oferecessem oportunidades de trabalho e gerassem impacto social positivo em comunidades vulneráveis. Nesse sentido, foi desenvolvido como uma forma de avaliar o impacto social gerado pelas organizações sem fins lucrativos apoiadas pelo fundo, considerando tanto os resultados tangíveis como intangíveis.

O protocolo se tornou cada vez mais popular nos anos seguintes, especialmente pelo papel fundamental desempenhado pela Social Value UK⁷ na sua evolução e difusão, sendo adotado por outras organizações ao redor do mundo como uma forma de medir e comunicar o valor social gerado pelas suas atividades.

Hoje em dia, o SROI é amplamente utilizado como uma ferramenta de avaliação de impacto social e financeiro de iniciativas de negócios sociais e de organizações sem fins lucrativos. Ela tem como premissa que projetos e programas devem ser avaliados não apenas pelo retorno financeiro, mas também pelo valor social e ambiental que geram para a comunidade, ou seja, o impacto gerado nas vidas das pessoas, nos bens e serviços públicos, no meio ambiente, entre outros. O SROI utiliza métodos qualitativos e quantitativos em sua jornada avaliativa e valoriza a escuta do público beneficiário em seu processo. No contexto brasileiro, a aplicação do SROI tem crescido em diversas áreas, incluindo os projetos voltados para a inclusão produtiva, tema importante para promoção de desenvolvimento econômico e social, e uma das principais formas de combate à pobreza e desigualdade. Dessa forma, a mensuração do impacto gerado por projetos de inclusão produtiva se torna essencial para avaliação da eficácia e efetividade dessas iniciativas. Vale ressaltar que a aplicação do SROI para avaliação de projetos de inclusão produtiva no Brasil ainda pode ser expandida.

Apesar de existirem alguns estudos e iniciativas nesse sentido, ainda há um grande potencial a ser explorado. Para isso, é fundamental que organizações que atuam com inclusão produtiva incorporem em suas práticas a mensuração do impacto gerado por seus projetos.

Um exemplo ilustrativo no Brasil é a avaliação de Impacto SROI conduzida pelo IDIS para os Amigos do Bem⁸ – organização que atende 150 mil pessoas no sertão nordestino, o semiárido mais populoso do mundo, e que conta com mais de 11 mil voluntários. A avaliação apontou para uma relação de R$ 6,45 em benefícios para a sociedade para cada R$ 1,00 investido pela organização, considerando investimentos realizados no período de 2012 a 2021. O que vale destacar é que esse resultado foi puxado, sobretudo, pela frente de inclusão produtiva, responsável por 37% do resultado. Os impactos nessa frente ocorrem por meio de programas de qualificação profissional, emprego direto em plantas produtivas da organização e em suas atividades meio, assim como o impacto indireto na economia local. Chama a atenção a decisão estratégica dos Amigos do Bem em maximizar o número de postos de trabalho gerados, evitando a mecanização de atividades, e assim contar com as externalidades positivas do emprego em uma região marcada pela seca, agricultura familiar de baixa produtividade e ocupações informais, muitas vezes em condições precárias de trabalho.

Dentre algumas das externalidades positivas aferidas nota-se a redução da violência doméstica, do consumo de álcool e da taxa de natalidade local. Cabe notar, por outro lado, a importância dos demais programas da organização – nas frentes de educação, saúde, habitação, acesso à água e infraestrutura – em proverem as bases para que a inclusão produtiva se efetive e perdure. Nesse sentido, a geração de emprego e renda torna-se o ponto complementar e final para a emancipação socioeconômica dos beneficiários dos Amigos do Bem, que ao longo dos anos são envolvidos por uma jornada de desenvolvimento humano que vai da participação em programas de complementação escolar e de mudança de mentalidade ao acesso a atendimento médico, água, alimentação e condições dignas de moradia.

Conforme demonstrado acima, a aplicação do SROI em projetos de inclusão produtiva
no Brasil pode trazer diversos benefícios. Primeiramente, essa técnica permite que
sejam identificados e mensurados os resultados gerados por esses projetos, de forma a representar sua efetividade e eficácia. Além disso, a avaliação de impacto por meio do SROI pode ajudar a demonstrar a importância e o valor social gerado por projetos de inclusão produtiva, o que pode ser útil para atração de recursos⁹ e engajamento de stakeholders¹⁰, contribuindo para a construção da estratégica de comunicação da organização.

Outro exemplo interessante de SROI de projeto voltado para a inclusão produtiva é o a
avaliação da atuação do CEAP¹¹.

As necessidades dos investidores sociais envolvidos na iniciativa também devem ser
consideradas numa avaliação de impacto. No entanto, não se deve perder de vista os
objetivos da avaliação, que deve buscar analisar a contribuição da iniciativa para o alcance dos objetivos propostos, bem como obter uma visão ampla e objetiva da iniciativa e identificar pontos de melhoria para ampliar o impacto e Nesse sentido, é importante que a avaliação seja conduzida de forma independente e imparcial, visando o interesse geral da iniciativa e dos beneficiários envolvidos, além de ser conduzida com transparência e ética, garantindo assim a confiança dos investidores ao identificar a eficácia do projeto ou programa avaliado.

Outro benefício da aplicação do SROI em projetos de inclusão produtiva é a possibilidade de identificar lacunas e oportunidades de melhoria nessas iniciativas. Por meio da mensuração do impacto gerado, é possível identificar quais aspectos dos projetos estão funcionando bem e quais precisam ser aprimorados. Isso pode levar a um aperfeiçoamento das práticas e estratégias de inclusão produtiva, tornando-as mais efetivas e eficazes, ampliando assim não apenas seus resultados, mas principalmente os impactos gerados para seus beneficiários e para a sociedade.

No entanto, a aplicação do SROI em projetos de inclusão produtiva no Brasil apresenta desafios e possui limitações. Um dos principais é a necessidade de se obter dados confiáveis e precisos para a mensuração do valor social gerado pelos projetos. Isso pode ser um fator limitante, especialmente em regiões remotas ou em comunidades mais vulneráveis, onde a coleta de dados pode ser mais difícil. Além disso, a falta de conhecimento e capacitação em relação à aplicação do SROI também pode ser um obstáculo para sua implementação.

Para superar esses desafios, é fundamental que as organizações que atuam com inclusão produtiva invistam em capacitação e formação de suas equipes, bem como na coleta de dados precisos e confiáveis. Além disso, é de grande importância que haja uma cultura de avaliação de impacto e mensuração do valor social gerado, de forma a tornar essa prática uma parte integrante do planejamento e execução de projetos de inclusão produtiva, ou projetos de qualquer natureza. Outro ponto importante é a necessidade de se estabelecer parcerias e colaborações entre organizações que atuam com inclusão produtiva e outros atores da sociedade, como universidades, institutos de pesquisa e empresas. Essas parcerias podem contribuir para a geração de dados mais precisos e confiáveis, bem como para a disseminação do conhecimento em relação à aplicação do SROI.

Um outro desafio importante de destacar se refere à dificuldade de se avaliar, de maneira rigorosa e precisa num custo acessível, projetos que envolvem mudanças complexas e de longo prazo. No entanto, mesmo nesses casos, é importante não perder o olhar avaliativo, pois existem maneiras simples e pouco custosas de se olhar para o impacto gerado. Uma abordagem possível é a utilização de indicadores de processo, que medem o progresso em relação às atividades planejadas, mesmo que não sejam capazes de medir o impacto real. Além disso, as avaliações qualitativas, como entrevistas e grupos focais, podem fornecer informações valiosas sobre a percepção dos beneficiários e as mudanças comportamentais que foram observadas. Por fim, é possível também utilizar uma abordagem de comparação, confrontando os resultados observados com um grupo de controle (pode ser mais custoso, no entanto) ou com resultados anteriores, para identificar as mudanças que ocorreram. Mesmo que algumas dessas abordagens não forneçam uma avaliação tão rigorosa e precisa, elas ainda são importantes para monitorar o progresso e garantir que o projeto caminhe na direção certa.

A escuta dos beneficiários é outro desafio, mas é um aspecto fundamental da avaliação
de impacto social, uma vez que são as pessoas o foco direto ou indireto dessas avaliações. A percepção dos beneficiários é crucial para entender o impacto que um projeto ou programa está causando em suas vidas, bem como se suas necessidades e expectativas estão sendo atendidas.

Além disso, essa escuta é uma forma de identificar a responsabilização dos projetos e
programas, uma vez que os beneficiários podem fornecer feedback sobre a qualidade dos serviços prestados e a efetividade das intervenções. Ela pode ser realizada por meio de diferentes métodos, como entrevistas individuais, grupos focais, pesquisas e outras técnicas participativas, sempre de forma ética e respeitando a diversidade cultural, garantindo que os beneficiários possam fornecer feedback de forma livre e segura.

Nesse sentido, a avaliação de impacto social também deve considerar a perspectiva de temas transversais, como raça e gênero, para garantir que as intervenções tenham uma abordagem inclusiva e não reproduzam desigualdades sociais. Ao incorporar a perspectiva de gênero e raça na avaliação, é possível identificar se as intervenções estão tendo impactos diferentes em diferentes grupos, permitindo a correção de desigualdades e de injustiças sociais. Além disso, a consideração desses temas transversais é fundamental para que os projetos e programas considerem as necessidades e perspectivas de todos os envolvidos, independentemente de sua identidade de gênero ou raça. Por fim, a incorporação desses temas também ajuda a
promover a conscientização e o engajamento em torno da promoção da igualdade de gênero e racial, um objetivo fundamental da avaliação de impacto social.

O uso de metodologias avaliativas complementares é uma estratégia que também pode gerar resultados interessantes e contributivos na avaliação de impacto social. O uso de diferentes métodos e técnicas, como avaliações qualitativas e quantitativas, pode fornecer uma visão mais completa e precisa dos impactos de um projeto ou programa, bem como de seus fatores de sucesso e desafios. Por exemplo, a combinação de avaliações qualitativas, como grupos focais e entrevistas, com avaliações quantitativas, como pesquisas, pode ajudar a obter informações sobre a efetividade de um projeto ou programa, bem como sobre as percepções e experiências dos beneficiários. Além disso, a utilização de abordagens participativas e de
engajamento dos beneficiários pode ajudar a aumentar a transparência e a responsabilidade do projeto ou programa, além de promover o envolvimento dos beneficiários na melhoria contínua do mesmo. A utilização de metodologias avaliativas complementares é uma forma de aumentar a precisão e a relevância das avaliações de impacto social, gerando resultados mais interessantes e contributivos. O SROI faz uso dessa estratégia uma vez que utiliza métodos qualitativos e quantitativos em seu processo avaliativo.

O campo da avaliação de impacto social está em constante evolução, e novos métodos e tecnologias estão sendo desenvolvidos para melhorar a coleta e análise de dados. Atualmente, há uma pluralidade de métodos disponíveis para avaliar o impacto social de um projeto ou programa, e a escolha do método depende das características do projeto, dos objetivos da avaliação e recursos disponíveis para sua realização. Além disso, a tecnologia tem desempenhado um papel importante no processo de avaliação, permitindo a coleta de dados em tempo real e a análise de grandes quantidades de informações. A inteligência artificial (AI) e outras tecnologias de análise de dados estão sendo cada vez mais utilizadas para melhorar a precisão e eficiência da avaliação de impacto social. No entanto, é importante lembrar que a avaliação de impacto social é uma atividade complexa que envolve a consideração de diversos fatores, e a tecnologia deve ser utilizada com cuidado e sempre em conjunto com outras ferramentas e métodos de avaliação.

Em suma, o SROI é uma técnica avaliativa que apresenta um grande potencial para avaliação de impacto de projetos sociais, incluindo os de inclusão produtiva no Brasil. Permite identificar quais intervenções são mais efetivas em promover a inclusão produtiva, quais as barreiras que ainda precisam ser superadas e quais os grupos que ainda estão sendo excluídos. Além disso, é fundamental que as organizações e a sociedade reconheçam os benefícios da avaliação de impacto de iniciativas de inclusão produtiva, e invistam em estratégias efetivas para promovê-la. Apesar dos desafios mencionados, o processo avaliativo pode trazer diversos benefícios para além da apresentação dos resultados e impacto, como a demonstração do valor social gerado, identificação de lacunas e oportunidades de melhoria. É fundamental que as organizações que atuam com inclusão produtiva invistam em capacitação, coleta de
dados precisos e estabelecimento de parcerias para tornar a avaliação de impacto uma prática integrante de seus projetos. Assim, poderão contribuir ainda mais para o desenvolvimento econômico e social do país, de forma sustentável e inclusiva.

NOTAS

¹O terceiro setor é formado por organizações sem fins lucrativos que atuam em prol do interesse público e buscam solucionar problemas sociais, ambientais e culturais. Entre as principais organizações que compõem o terceiro setor, estão: Organizações não governamentais (ONGs); Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs); Fundações e Institutos, Cooperativas, entre outros. Essas organizações atuam de forma complementar aos setores público e privado, prestando serviços e desenvolvendo projetos em áreas onde estes setores não conseguem atuar de forma eficiente ou eficaz.
²Fabiani et al. (2018).
³Faleiros (2021).
⁴O IDIS é uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalha junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país. Mais informações, acesse o site (IDIS, 2023b).
⁵IDIS (2022b, 2023a).
⁶Buffett & Eimicke (2018).
⁷Para mais informações sobre a o protocolo SROI, consultar o website da Social Value UK (2023).
⁸8 IDIS (2022a).
⁹IDIS (2021).
¹⁰Stakeholders são indivíduos ou grupos que possuem interesse, direito ou impacto numa intervenção (programa, política ou projeto). Eles podem incluir, mas não se limitam a beneficiários diretos e indiretos do projeto, parceiros locais, governos, organizações da sociedade civil e doadores. A identificação e a gestão adequada dos
stakeholders são fundamentais para garantir a sustentabilidade e o sucesso do projeto, já que suas necessidades e expectativas devem ser atendidas e equilibradas para garantir a sua aceitação e engajamento.
¹¹IDIS (2018).

IDIS é reconhecido com Prêmio Empregabilidade Jovem

O IDIS foi uma das organizações reconhecidas pelo prêmio Empregabilidade Jovem Brasil, como um dos agentes que faz  a diferença pela inclusão produtiva no país. Durante o evento de premiação, ocorrido em 26 de maio, foi apresentado um levantamento inédito que mostrou que apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos no Brasil trabalham e estudam. Os números foram divulgados pela subsecretaria de Estatística e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner.

O evento pioneiro reuniu no Teatro CIEE, em São Paulo, mais de 450 pessoas de 200 instituições que trabalham em prol da inclusão do jovem no mundo do trabalho. Os dados levantados pela pesquisa serviram de base para um debate que abordou o papel do poder público, da educação, da Lei da Aprendizagem e do setor privado na busca de maior inclusão produtiva dos jovens brasileiros.

O evento também mostrou que o problema do desalento entre a juventude brasileira afeta de maneira mais significativa mulheres e a população negra. Mesmo representando cerca de 49% dos jovens brasileiros, as mulheres são 60% dos jovens que não estudam, não trabalham e não procuram trabalho. Já a população negra representa 68% deste grupo.

“Ficamos muito felizes com o reconhecimento, essa é uma causa muito relevante para o IDIS e para o desenvolvimento do nosso país. Parabenizo os organizadores da iniciativa por darem visibilidade aos desafios para a inclusão do jovem no mundo do trabalho.”

Paula Fabiani, CEO do IDIS

Programa fortalece organizações sociais que atuam com inclusão produtiva

O programa Redes para Inclusão Produtiva, fruto da parceria entre o Sebrae SP e o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, já alcançou diretamente 88 organizações em quatro macrorregiões do Estado de São Paulo: Bauru, Vale do Ribeira, Pontal do Paranapanema e Alta Paulista. O objetivo do programa é o fortalecimento de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que desenvolvem projetos de inclusão produtiva para públicos em situação de vulnerabilidade econômica e social.

O projeto, iniciado em 2020 e desenvolvido ao longo de um ano e meio de trabalho, contou com a participação de organizações sociais de 44 municípios. Tais organizações sociais, embora diferentes em relação à forma de atuação e ao público beneficiado (catadores, artesãos, pequenos agricultores, jovens, egressos do sistema prisional, entre outros), compartilham o mesmo objetivo: o atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social, e o fomento ao empreendedorismo como alternativa para a geração de renda.

As organizações participaram de encontros presenciais de troca de experiências e conhecimentos, definindo desafios comuns e priorizando soluções práticas para esses desafios. Os participantes tiveram acesso a cursos, workshops e sessões presenciais e virtuais de apoio e aprendizado em diversas temáticas, como: elaboração de projetos; gestão de equipes; associativismo e cooperativismo; comunicação e divulgação; e captação de recursos.

Além de propiciar a troca de experiências e conhecimentos, o programa também teve como premissa contribuir para o empoderamento das organizações sociais participantes e para o fortalecimento de sua atuação em rede. Com isso, os resultados começaram a surgir.

Uma das organizações beneficiadas pelo programa é a Associação Pró Menor de Primavera (APROMEP), do município de Rosana, na região do Pontal do Paranapanema. A partir das informações acessadas na rede, a associação redigiu proposta de inclusão produtiva para qualificar 100 jovens e adultos de até 24 anos por meio de parcerias, como com o Sebrae-SP, a fim de inseri-los no mercado de trabalho nas áreas administrativa e de hotelaria e turismo, atendendo às necessidades do município. A proposta foi encaminhada ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e aprovada.

Já o Instituto Feliz Cidade, de Pariquera-Açu, na região do Vale do Ribeira, que se dedica ao atendimento e à doação de alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social, obteve junto ao Sebrae-SP a oportunidade de participar de cursos para a reestruturação e capacitação de sua equipe, além da elaboração de projeto de capacitação profissional e inserção de seus beneficiários no mercado de trabalho.

“Trabalhar com públicos em situação de vulnerabilidade é, atualmente, um foco estratégico do Sebrae-SP em prol de uma sociedade mais igualitária em termos de recursos e oportunidades, pois não há crescimento econômico sem que ele seja inclusivo”, diz Wilson Poit, diretor-superintendente do Sebrae-SP. Nesse contexto, as organizações sociais assumem um papel de protagonismo, já que estão, diariamente, trabalhando em prol da inclusão dessas pessoas.

O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e a pandemia acentuou ainda mais esse cenário. O Banco Mundial estima que seus efeitos levem até 49 milhões de pessoas à pobreza. Dados recentes do IBGE demonstram que o país possui mais de 13,5 milhões de desempregados e uma pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional apontou que o Brasil tem pelo menos 19 milhões de pessoas passando fome.

Outra informação alarmante é proveniente do levantamento publicado pela Oxfam em janeiro de 2022. A publicação apresenta uma estimativa de que, entre abril de 2020 e abril de 2021, 377 brasileiros perderam o emprego por hora, e que mais de 600 mil empresas faliram. Antes que o país comece a se recuperar e a reestruturar sua economia, a tendência é de agravamento da crise.

Assim, a união de forças entre o Sebrae-SP e o IDIS na execução do programa surge como uma reação a esse contexto de desemprego e de falta de oportunidades de geração de renda. “Esta experiência gerou resultados e aprendizados muito importantes. As organizações participantes abraçaram a metodologia de rede e se mobilizaram entre si para manter aprendizado e trocas perenes a partir do programa. Com as consequências negativas da pandemia na economia e na renda dos brasileiros, contribuir para esta causa é urgente e tem impacto direto na vida de milhares de pessoas”, comenta Renato Rebelo, diretor de projetos do IDIS.

#Fórum2021 – Inclusão produtiva: caminho para a redução da pobreza e da desigualdade

A pandemia expôs as grandes desigualdades entre países e dentro deles. O Banco Mundial estima que seus efeitos levem 49 milhões de pessoas à pobreza. No Brasil, regredimos em vários indicadores sociais. Atingimos 14,7% de desemprego ao mesmo tempo em que a renda média per capita despencou para o patamar mais baixo da série histórica. Igualmente preocupante é a volta do país, depois de muitos anos, ao mapa da fome.

O enfrentamento à crise passa pela geração de emprego e renda, com investimento na inclusão produtiva, seja por meio da atuação direta, seja pelo fortalecimento das organizações que atuam com este foco. Para este painel, convidamos especialistas comprometidos com esta pauta, com ações complementares – Andreia Rabetim, gerente de Articulações Intersetoriais e Voluntariado da Vale, Vivianne Naigeborin, diretora superintendente da Fundação Arymax, Gabriella Bighetti, diretora executiva da United Way Brasil, e Wilson Poit, diretor-superintendente do Sebrae SP. A moderação foi de Renato Rebelo, diretor de projetos do IDIS, e a pergunta norteadora, feita por Poliana Simas, Senior Wealth Planner no Bradesco Private Bank, foi como construir pontes entre o capital filantrópico e a inclusão produtiva com foco em sustentabilidade.

Vivianne Naigeborin abriu a sessão traçando um panorama e trazendo o conceito de inclusão produtiva, que definiu como a inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica no mundo do trabalho, em áreas rurais ou urbanas, por meio do empreendedorismo ou da empregabilidade. Destacou que apesar do agravamento na pandemia, há no Brasil uma exclusão histórica de muitos grupos, como mulheres, negros e jovens, e que nunca houve, de fato, uma agenda de prioridades para o desenvolvimento sustentável, tampouco uma política clara de inclusão de populações marginalizadas. O crescimento do número de trabalhadores por conta própria e do número de empreendedores por necessidade, somado às transformações pelas quais o mundo está passando, como o advento das novas tecnologias que vão mudar radicalmente os postos de trabalho daqui pra frente, a crise ambiental que pode mudar a disponibilidade de trabalhos no mundo que dependem de recursos naturais, as mudanças na relação entre cidade e campo a partir da intensificação da urbanização, o envelhecimento da população e mudanças no padrão de consumo, compõe um cenário complexo, desafiador, mas ao mesmo tempo, repleto de oportunidades. Entre as janelas que se abrem para a inclusão produtiva, Naigeborin destacou os novos mercados, como a economia verde, a economia digital, a economia circular, o mundo da tecnologia, o mercado de saúde e de cuidados e o mercado de alimentação saudável.

Dois aspectos mostraram-se centrais nas falas trazidas pelos palestrantes. O primeiro, diz respeito à colaboração, com o entendimento de que programas eficazes de inclusão produtiva são apenas possíveis com o envolvimento de organizações de diferentes setores e de que os beneficiários devem participar das tomadas e decisões. Gabriella Bighetti chamou atenção à importância do trabalho em rede, de que todos devem se enxergar como parte de um ecossistema e ressaltou: “Precisamos de sistemas articulados, e não de bons projetos individualizados”. O segundo aspecto está relacionado à perspectiva de tempo. Foi consenso que a causa exige investimento de longo prazo e que os resultados não são imediatos, e que portanto deve haver um grande comprometimento dos envolvidos. Ainda de acordo com Bighetti, “Identificar e superar as barreiras para a mudança sistêmica exige tempo e é preciso que o capital filantrópico entenda isso – os resultados tardarão a surgir e é preciso que este capital estimule as ações de longo prazo, que visem escala e sustentabilidade – no mínimo 3 a 5 anos de investimento.”

Sobre o papel do capital filantrópico, ficou evidente que a agenda é extensa e há múltiplas possibilidades de engajamento, seja produzindo conhecimento, criando pontes, ou atuando diretamente junto aos beneficiários. Naigeborin destacou a liberdade que a filantropia tem de experimentar e conectar diferentes atores, criando soluções que podem depois ganhar escala, além de adequar as práticas ao olhar do mercado de trabalho e às necessidades que ele impõe. Sobre isso, reforça: “A inclusão produtiva não deve ser um fim em si mesma, mas um meio para um projeto compartilhado de desenvolvimento sustentável e social para o país”.

Bighetti chamou atenção à tendência de investimento coletivo. Conforme sua experiência na articulação do GOYN, uma aliança com mais de 120 organizações para promover a inclusão produtiva de jovens na cidade de São Paulo, ao trazer muitos investidores para um mesmo projeto é possível multiplicar os recursos, potencializar impacto, tornar o projeto mais sustentável e ampliar as possibilidades de aprendizagem pelas trocas de experiências que acontecem.

Conheça agora as experiências da Vale e do Sebrae SP, apresentadas por Andreia Rabetim e Wilson Poit.


Inclusão Produtiva na Prática



Fundação Vale – Sobre Trilhos

A Vale é uma das maiores mineradoras do mundo, com uma produção mundial bastante expressiva em minério de ferro, cobre e níquel. Em 2020, a companhia assumiu o compromisso de se tornar carbono neutra até 2050 e a partir de então iniciou a revisão de processos e operações, passando por tecnologia ambiental e social, com destaque ao cuidado com as pessoas. Segundo Andreia Rabetim, gerente de Articulações Intersetoriais e Voluntariado da Vale, é neste contexto que nasce o projeto de inclusão social com foco no fortalecimento do empreendedorismo de mulheres no Maranhão.

 

A Vale tem uma operação logística bastante estruturada para levar o minério do Pará ao Maranhão e tem a concessão da estrada de ferro Carajás, onde opera um trem de passageiros que transporta cerca de 1.300 pessoas por dia, atravessando 27 municípios com características de rarefação econômica severa e IDHs muitos baixos, e cuja parcela da população dependia do comércio informal de venda de refeições feito pela janela nas paradas do trem. Em 2004, iniciou um processo de modernização nos trens, que passariam a ter suas janelas vedadas, fator que impactaria diretamente a vida de muitas famílias. Foi assim que nasceu o Rede Mulheres do Maranhão, projeto de inclusão produtiva idealizado pela Fundação Vale. Focado em mulheres, elas passaram a vender seus produtos dentro dos trens. Entre os pontos chave para o fomento à sustentabilidade dos 15 empreendimentos apoiados, Andreia destacou a compreensão de que é necessário tempo para o amadurecimento dos empreendimentos, o papel da Vale como agente conector deste processo, abrindo novas portas e ampliando horizontes, como aconteceu com um empreendimento com foco em babaçu, que foi capaz de obter uma certificação e hoje já exporta para os Estados Unidos e para a União Europeia, e o reconhecimento das potencialidades dos territórios e do protagonismo das mulheres, que com o suporte necessário são capazes de encontrar soluções para os desafios que se apresentam.

 

“A transformação social é um processo essencialmente colaborativo. Atuamos em parceria para somar expertises e potencializar resultados em benefício de todos, como é o caso da iniciativa Rede Mulheres do Maranhão, realizada pela Fundação Vale e que tem a Wheaton Precious Metals, uma das maiores empresas de streaming do mundo, como parceira. A Wheaton é parceira da Fundação Vale em projetos no Pará e no Maranhão desde 2015 e abraça a Rede Mulheres do Maranhão desde 2017. Para se ter ideia, os executivos da Wheaton têm uma agenda de visitas na região e fazem questão de acompanhar de perto o desenvolvimento das empreendedoras, gerando vínculo, respeito e aprendizados para ambos – salvo em contexto de pandemia. A equipe da Fundação Vale acompanha permanentemente o projeto, em parceria com o Instituto de Socioeconomia Solidária (ISES), parceiro na execução da iniciativa. Esse trabalho mútuo, a escuta aberta e o diálogo transparente com todos os agentes envolvidos são aspectos fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade da iniciativa”, conclui Andreia.

 

Sebrae SP – Redes para Inclusão Produtiva

O programa Redes para Inclusão Produtiva, realizado pelo Sebrae SP em parceria com o IDIS, teve início em 2020 e está sendo implementado em quatro macrorregiões – Vale do Ribeira, Alta Paulista, Bauru e Pontal do Paranapanema. O primeiro passo é identificar as oportunidades e vocações locais, em seguida, o IDIS apoia o Sebrae na seleção das organizações e formação de redes para compartilhamento e desenvolvimento de boas práticas e inovações relacionadas à inclusão produtiva, por meio da disseminação e acesso a conhecimento, recursos e parceiros. O objetivo final é fortalecer OSCs que desenvolvem projetos de inclusão produtiva e atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, para fomento do empreendedorismo e geração de renda.

Também atua junto a cooperativas sociais e de catadores e tem iniciativas que estimulam o ciclo de consumo e relações mais locais. Entre as capacitações que oferece, estão a gestão financeira, técnicas de vendas, comunicação, entre outros. Sobre a atuação do Sebrae, Poit comenta “Nosso maior aprendizado ao lidar com inclusão produtiva é que nada irá funcionar se os atores envolvidos não sentarem para conversar, buscando soluções para quem está na base da pirâmide. A inclusão produtiva, para ser de fato eficiente, necessita de estabilidade, ser duradoura e ter visão de longo prazo.

Explicou ainda que a atuação do Sebrae SP junto a grupos vulneráveis é incontornável, faz parte da missão da organização e está integrada em diferentes agendas, considerando o empreendedorismo uma ferramenta poderosa para transformar e atingir a inclusão produtiva, em especial em um momento em que o desemprego chega a níveis de desemprego tão altos.

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, realizado pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, oferece um espaço exclusivo para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em 2021, teve como tema ‘O Capital e a Humanidade’ e foi realizado em 22 e 23 de junho com o apoio prata da Fundação José Luiz Egydio Setúbal e apoio bronze de BNP Paribas Asset Management Brasil, Bradesco Private Bank, BTG Pactual, Mattos Filho, Movimento Bem Maior, Santander e Vale.

Forum IDIS Apoio

 

 

IDIS se une a Sebrae-SP na construção de rede de colaboração para a inclusão produtiva

O Sebrae-SP e o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento Social firmaram parceria para estimular a inclusão produtiva no estado de São Paulo. A iniciativa, ainda em caráter piloto, tem como objetivo construir redes de colaboração locais entre organizações comunitárias, possibilitando a troca de experiências, desafios e conhecimentos, além da cooperação e da busca conjunta por soluções. A experiência trará subsídios para o Sebrae apoiar o fortalecimento dessas organizações por meio desta nova metodologia de rede.

Associação Frutos da Terra

“As organizações comunitárias representam um grande apoio para as pessoas em situação de vulnerabilidade e um parceiro estratégico na promoção da Inclusão Produtiva e da cultura empreendedora junto aos que mais necessitam”, comenta Wilson Poit, Superintendente do Sebrae-SP.
O projeto teve início em julho com um extenso mapeamento das organizações atuantes direta ou indiretamente com Inclusão Produtiva em quatro macrorregiões: Bauru, Vale do Ribeira, Pontal do Paranapanema e Alta Paulista. Contribuíram nesta fase o poder público, movimentos populares, acadêmicos e os escritórios locais do Sebrae para identificar as mais relevantes.

A segunda fase, finalizada em novembro, contemplou visitas a campo da equipe do IDIS para conhecer de perto a realidade e desafios de cada uma das organizações. “Em um mesmo dia visitamos uma aldeia indígena e uma penitenciária. Há uma diversidade grande de realidades, e nosso desafio é uni-las em torno de uma pauta comum”, explica Alessandra Martins, gerente de projetos do IDIS. Há ainda três etapas previstas, que consistem na realização de workshops presenciais nas quatro regiões para o desenho de estratégias que respondam aos desafios das redes locais, o acompanhamento e suporte para a execução dos planos desenhados, e por fim a realização de novos workshops com a presença de atores estratégicos locais para o compartilhamento de resultados e convite para fazerem parte das redes formadas.

Sobre o projeto, Anderson Ricardo Mariano, da Wise Madness, organização social com foco na promoção de arte, educação e cultura para comunidades em Bauru e região, afirma: “Acredito que alguns dos sonhos que tenho em relação às crianças, jovens e mesmo aos pais dos alunos atendidos pela Wise, podem ser concretizados mais facilmente com o apoio de uma rede, como a proposta neste projeto do Sebrae”.

“A pandemia agravou a desigualdade no país e a inclusão produtiva será uma agenda prioritária no próximo ano. Esta experiência piloto já tem gerado grandes aprendizados e acreditamos que o modelo fortalecerá diretamente inúmeras organizações e tem o potencial de ganhar uma grande escala.”, comenta Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS.

Entre os públicos atendidos pelas organizações selecionadas estão artesãos, egressos do sistema prisional, imigrantes, indígenas, pequenos agricultores, catadores, adultos com baixa escolaridade, entre outros. Ao todo, sete escritórios regionais do SebraeSP foram envolvidos: ER Vale do Ribeira, ER Sudoeste Paulista, ER Baixada Santista, ER Sorocaba, ER Bauru, ER Marília e ER Presidente Prudente. A Coordenação de Inclusão Produtiva da área de Políticas Públicas da instituição é a responsável pela coordenação.

Se quiser saber mais sobre o projeto, entre em contato conosco:

Alessandra Ferreira Martins <amartins@idis.org.br>

Beatriz Renno Biscalchim <beatrizrb@sebraesp.com.br>