‘Descubra Sua Causa’ tem salto de visibilidade

No mês de agosto, a Descubra sua Causa, campanha do IDIS para fortalecer a cultura de doação, conquistou novos horizontes. Depois de atingir a marca de 120 mil testes realizados, lançou perfis próprios no Facebook e no Instagram para falar sobre causas. Queremos chamar a atenção para desafios sociais, ambientais, entre outros, com os quais as pessoas podem contribuir ao fazer doações ou trabalhos voluntários em organizações sociais.

Nessa caminhada, contamos com grandes parceiros!

A 89FM – a Rádio Rock, divulgou o spot de rádio da campanha em sua programação. A CCP – Cyrela Commercial Properties, compartilhou anúncios no site, mídias sociais, painéis físicos e eletromídia em Shoppings de quatro capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Goiânia. Também abraçou a ‘Descubra sua Causa’ o Instituto Bandeirantes, responsável por incentivar, implementar, promover e monitorar ações sociais e educativas junto às empresas do Grupo Bandeirantes em todo o país. Ao longo de 30 dias, a campanha foi divulgada em espaços na programação dos canais de TV, rádios e mídias sociais do Grupo, levando a campanha a todo o Brasil.

Essa grande onda solidária que temos causado chamou a atenção da imprensa. Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS, foi uma das entrevistadas do programa ‘Conversa com Bial’, cujo tema foi cultura de doação (saiba mais aqui) e também falou sobre o assunto na BandNews TV!

Artigo publicado na Alliance Magazine repercute dados da pesquisa Country Giving Report, divulgada pelo IDIS

Mais dinheiro, mais transparência, incentivos fiscais… Há uma receita  para aumentar as doações no Brasil?  O editor da Alliance Magazine, Andrew Milner, levanta a questão e traz  uma análise sobre os dados divulgados na pesquisa Country Giving Brazil 2017 , elaborada pela Charities Aid Foundation e divulgada pelo IDIS.

O artigo publicado na edição digital da Alliance Magazine, e acessível para assinantes, pode ser lido em http://www.alliancemagazine.org/blog/recipe-increase-brazilian-giving-money-transparency-tax-incentives-says-caf-research/

A Alliance Magazine foi criada em 1998 e hoje é uma referência entre revistas de filantropia e investimento social em todo o mundo. Conheça a publicação: http://www.alliancemagazine.org

Brasil perde 15 posições no ranking mundial de solidariedade

O estudo anual World Giving Index, da Charities Aid Foundation (CAF), mostra que cada vez menos brasileiros doam dinheiro ou tempo de voluntariado para ajudar boas causas, apesar da quantidade de brasileiros que ajudam pessoas desconhecidas ter registrado um discreto crescimento em 2014, subindo de 40% em 2013 para 41% no ano passado, o que representa um acréscimo de cerca de 2,5 milhões de pessoas.

O World Giving Index, divulgado no Brasil pelo IDIS, é um estudo anual sobre o comportamento global de solidariedade baseado em pesquisas realizadas em 145 países, analisando três indicadores de doação: a porcentagem de pessoas que fizeram doações em dinheiro, dedicaram tempo de voluntariado e ajudaram um desconhecido no último mês anterior à pesquisa. O Brasil caiu 15 posições no índice, saindo da 90ª para a 105ª posição.

Gráfico WGI 2015 Brasil

Para a presidente do IDIS, Paula Fabiani, ainda há um longo caminho a percorrer até que a doação no Brasil alcance níveis de países similares ao nosso. “Em virtude da situação econômica, é provável que as pessoas sintam que têm menos tempo e dinheiro para doar”, diz Paula.

Em 2014, uma em cada cinco pessoas (20%) afirmou ter doado dinheiro no Brasil. Isso é menos do que os 22% de 2013 e é a porcentagem mais baixa registrada nos últimos seis anos. Os brasileiros com 50 anos ou mais continuam sendo os mais propensos a doar, apesar do segmento ter registrado queda no ano passado. Já entre os mais jovens, que são o grupo menos propenso a doar, o percentual de doadores está aumentando.

Clique aqui para acessar a íntegra do relatório World Giving Index 2014-15.

Por Que as Pessoas Doam?

Escrito por Marcos Kisil, diretor-presidente do IDIS, o artigo apresenta os diversos motivos pelos quais as pessoas são motivadas a fazer doações: altruísmo, egoísmo, competição, devoção, culpa, tradição ou pressão do grupo.

Essa é uma questão básica para o sucesso de qualquer campanha de levantamento de fundos, e de grande importância para apoiar um investidor social que busca organizar o seu doar. Quando se entende os motivos dos doadores, suas expectativas e necessidades, é possível construir estratégias duradouras de benefício imediato para o doador, e também para as organizações e/ou causas por ele atendidos. Ao longo dos anos, e com base na experiência acumulada por nosso Instituto, pudemos identificar diferentes razões que motivam o investidor social. Elas podem ser definidas como: altruísmo; egoísmo; competição; devoção; culpa; tradição; e pressão do grupo.

Altruísmo

É quando o doador, com base no entendimento que dá à sua própria vida e nas oportunidades que teve de acumular riquezas que julga resultado de dons que lhe foram gratuitamente contemplados por um Deus, acredita que deve compartilhar esses dons e bens com o próximo, de maneira altruísta, sem buscar nenhum benefício pessoal. Acredita que o mundo pode ser melhor se todos derem sua contribuição. Doar de maneira altruística representa um exercício de convicção sobre valores maiores da existência humana.

Egoísmo

Embora pareça contraditório em relação ao item anterior, existem doadores que buscam ativamente serem reconhecidos pela sociedade. Esses doadores querem associar seu nome, ou o de sua família ao resultado de sua doação, seja sob forma de denominação de espaços físicos, placas de reconhecimento, ou mesmo através de premiações que levam seu nome. Podem também abdicar do uso de seu nome em função de serem reconhecidos como associados a algum outro nome ou figura pública que atestem seu comportamento de doador. E quanto mais público isto se fizer, melhor será sua reputação. Muitas vezes, sentem-se os maiores beneficiários de suas doações.

Competição

O doador, neste caso, gosta de fazer comparações: primeiro com outros doadores (dar mais representa um símbolo de riqueza a ser ostentado, e que o diferencia de outros doadores); segundo, com ele mesmo, quando busca ultrapassar a cada ano o que doou no ano anterior.

Devoção

É quando a religião ou a crença religiosa exerce forte influência nas decisões do doador. Embora na maioria das vezes esta doação se faça por piedade ou misericórdia para com o próximo, mediada pela presença de uma organização religiosa, tomando alguma fórmula de dízimo, ela também pode representar uma forma de garantir um espaço futuro na eternidade. Dar representa uma moeda de troca para o futuro da alma. Infelizmente, esta é uma forma bastante utilizada por seitas e religiões conduzidas por aumentar seus patrimônios, ou de seus dirigentes.

Culpa

O doador sente-se culpado ou responsável por algumas circunstâncias negativas que recaem sobre ele, especialmente no que tange a maneira como acumulou seu patrimônio. Dar alivia esse sentimento.

Tradição

Quando o doador pertence a uma família, ou grupo onde se tornou hábito doar recursos para determinadas organizações, especialmente se criadas por um ancestral.

Pressão do Grupo

O doador por pertencer a determinado grupo social de amigos, vizinhos, companheiros de trabalho, clube etc sente-se obrigado a participar de iniciativas filantrópicas nas quais não participou da decisão, não acredita, ou não dá nenhuma importância ou significado. Participa apenas porque, caso contrário, pode ficar mal em suas relações. E como valoriza estas relações, comporta-se para mantê-las ou fortificá-las.

Em resumo, essas razões podem ser agrupadas como determinadas por convicção, conveniência ou coerção. Reconhecer essas motivações é extremamente importante para se traçar uma estratégia de apoio ao doador, de forma a transformá-lo em um investidor social. Isto porque, na verdade, o que se busca, independentemente da motivação original, é ajudar cada doador a perceber seu papel para transformar a sociedade através de sua contribuição.

Na verdade, busca-se comprometer o doador com a importância estratégica do investimento social privado para o bem comum. Isto permitirá que, progressivamente, perceba outras motivações para além da motivação inicial; faz com que se torne um ator consciente de seu papel, de seus recursos, e de sua importância.