Plataforma da Filantropia é lançada no Brasil com apoio do IDIS

Fortalecer as parcerias e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão entre as principais propostas da Plataforma de Filantropia lançada no dia 5 de abril no Brasil. É uma iniciativa global que conecta filantropia a conhecimento e redes para aprofundar a cooperação, alavancar recursos e aumentar o impacto, conectando os ODS a um planejamento de desenvolvimento nacional.

O IDIS participou do lançamento, ao lado de outras personalidades do setor filantrópico no Brasil, e participou ativamente da articulação para o lançamento do projeto. “Queremos apoiar as ações de mapeamento e de engajamento de atores sociais para que incluam na plataforma informações sobre suas iniciativas”, informa Raquel Coimbra, diretora de Projetos do IDIS.

A proposta da Plataforma é reduzir a duplicação de esforços em volta dos ODS, alavancar recursos e fomentar a colaboração entre os participantes, que incluem organizações e fundações filantrópicas, as Nações Unidas e outros parceiros de desenvolvimento, governos, sociedade civil e setor privado (incluindo empreendimentos sociais). A intenção é fornecer aos doadores e beneficiários mais voz no plano nacional para a implementação dos ODS.

“O PNUD Brasil reconhece a liderança das fundações e institutos filantrópicos nos vários segmentos da sociedade, com o desenvolvimento de ações que possuem um papel transformador no país. Estamos confiantes de que o trabalho feito aqui, alinhado com a Agenda 2030, vai se tornar referência no investimento privado e social nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirma Maristela Baioni, coordenadora de programa do PNUD.

As organizações envolvidas no lançamento da Plataforma no Brasil, entre elas o IDIS, vão realizar um ciclo de cinco reuniões que resultará no mapeamento do ecossistema filantrópico brasileiro e na definição dos temas prioritários, regiões e ODS para os investimentos privados e sociais.

A Plataforma já existe no Quênia, Gana, Zâmbia, Indonésia, Colômbia, Estados Unidos e Índia. É liderada pelo PNUD, Rockfeller Philanthropy Advisors e Foundation Center, e apoiada pela Conrad N. Hilton Foundation, Ford Foundation, MasterCard Foundation, Brach Family Charitable Foundation e UN Foundation.

IDIS articula apoio de lideranças empresariais brasileiras em carta à ONU

ONG norte-americana Ready Nation envia carta ao Secretário-Geral da ONU, Ban-Ki-moon, pedindo que Primeira Infância tenha espaço próprio nas Metas do Milênio Pós-2015. Lideranças empresariais assinaram a carta, destacando a importância dos cuidados na Primeira Infância para a preparação de uma geração mais saudável e produtiva. O IDIS articulou o apoio de 4 líderes brasileiros que endossaram a carta, junto com outros 47 grandes líderes do mundo todo. Clique aqui para ler a carta.

 

 

Dia Mundial da Justiça Social: Rádio ONU convida o Idis para falar sobre o papel do Investimento Social Privado

As Nações Unidas celebraram o Dia Mundial para Justiça Social neste 20 de fevereiro, com o secretário-geral Ban Ki-moon destacando que todos merecem uma vida digna, com respeito aos direitos humanos.

Mas o que é exatamente justiça social? A Rádio ONU ouviu a diretora-presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social: “Envolve pessoas em situação de vulnerabilidade, como a pobreza e até mesmo a falta de saneamento, falta de acesso aos serviços básicos.”
Paula Fabiani foi entrevistada por Leda Letra. A especialista explica ainda a responsabilidade das empresas e do cidadão comum para a justiça social e avalia que o Brasil tem muito espaço para melhorar no setor de investimentos sociais. Ouça a entrevista concedida por Paula Fabiani.

Setor Privado é Fundamental Para Alcance de Metas Sociais, Diz PNUD

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) são um conjunto de oito metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015. Envolvem temas-chave como redução da pobreza, igualdade entre os sexos e universalização do ensino básico. Desde o momento em que foram firmados, há quase 15 anos, ganharam a adesão de boa parte do setor privado. E o Brasil tem tido um importante papel na articulação das empresas em torno das metas.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – responsável capitanear a promoção dos ODM –, na assinatura da Declaração do Milênio, em 2000, já estava claro que não seria possível alcançar os Objetivos sem a participação da iniciativa privada.

No Brasil e em outros países, essa participação às vezes se dá em parcerias diretas entre órgãos da ONU e as empresas. No caso brasileiro, o Projeto ODM 2015, por exemplo, foi criado em 2011 e conta com recursos de empresas como Petrobras, Furnas e Banco do Brasil. A finalidade é municipalizar os Objetivos de Milênio, como forma de torná-los mais efetivos.

O projeto é alinhado com uma avaliação do Pnud de que, na média, o Brasil avançou nos Objetivos do Milênio, mas persistem desigualdades significativas. Por exemplo, os objetivos 5 (redução da mortalidade materna) e 7 (que inclui acesso a saneamento básico e água) apresentam resultados bastante diversos entre as regiões.

Outro tipo de parceria é a Aliança para o Desenvolvimento Local, firmada pelo Pnud e pela Fundação Vale, braço social da mineradora brasileira. A ideia é promover o desenvolvimento de municípios afetados pela indústria extrativista, e suas ações se concentram no Pará e no Maranhão.

Depois das metas

O papel fundamental do setor privado nos Objetivos do Milênio é tão reconhecido pela ONU que, no mesmo ano 2000 em que as metas foram traçadas, as Nações Unidas lançaram o Pacto Global, que busca envolver as corporações em torno de dez princípios relacionados a direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate a corrupção.

O Pacto Global é composto por redes nacionais, e o Brasil tem a quarta maior do mundo, com mais de 600 membros. Até por isso, o Pnud considera que o país é um grande influenciador das outras. Essa influência é especialmente relevante pelo fato de que é por meio do Pacto Global que o setor privado está participando da construção da agenda pós-2015, quando vencerem os Objetivos do Milênio.

A rede brasileira teve importância destacada, segundo o PNUD, no último encontro de líderes do Pacto Global, em setembro de 2013, em Nova York. Durante a conferência, foi lançada a iniciativa Arquitetos de um Mundo Melhor, que, nas palavras do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi projetada para “conduzir e ampliar ações corporativas que, diretamente, possam fazer os objetivos das Nações Unidas avançarem”.

A relação entre as empresas e a ONU só deve aumentar no cenário pós-2015, quando será elaborada uma nova agenda de prioridades. O tema ganhou fôlego durante a Rio+20, em 2012 e, segundo o PNUD, o setor privado surge como ator e parceiro indispensável na construção do novo paradigma de desenvolvimento sustentável, que contemple, simultaneamente, aspectos econômicos, sociais e ambientais.