TV Mirante destaca a Cazumbada e o protagonismo comunitário na Baixada Maranhense

A filantropia comunitária é uma abordagem que fortalece o protagonismo local, estimulando comunidades para que elas gerem as soluções para os seus próprios desafios. No Brasil, esse movimento ganha força pela atuação de Fundações e Institutos Comunitários, que tem o território como causa.

A TV Mirante, afiliada da TV Globo no Maranhão, produziu uma reportagem especial sobre a Cazumbada, um dos maiores encontros sobre filantropia comunitária do Brasil. O nome “Cazumbada” faz referência ao Cazumbá, personagem místico das celebrações do Bumba Meu Boi, símbolo da cultura popular maranhense. Durante o evento, participantes de diversas regiões do Brasil e de outros países vivenciaram experiências imersivas na Baixada, conhecendo iniciativas locais que unem tradição e inovação em prol do bem comum.

Carla Ferreira participou do evento representando o Transformando Territórios e o IDIS

Entre travessias de barco, visitas a territórios quilombolas e momentos de partilha, os participantes do evento descobriram novas formas de unir saberes ancestrais e tecnologia para fortalecer a economia, valorizar tradições e construir um futuro melhor para a região.

O evento foi organizado pelo Formação – Centro de Apoio à Educação Básica (FCAEB) e pelo Instituto Baixada Maranhense, que integra o Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com a Mott Foundation e Movimento Bem Maior.

Assista a reportagem completa aqui.

Fundos filantrópicos geridos por organizações do Transformando Territórios são destaque na Folha de S.Paulo

Os fundos filantrópicos são mecanismos que garantem o apoio a causas ou organizações a longo prazo, se tornando uma solução para organizações que tem dificuldades para o acesso de recursos no país. Ao mobilizar doações para entidades à margem da filantropia tradicional, os fundos fortalecem projetos sociais e o engajamento comunitário.

A Folha de São Paulo, em matéria sobre o tema, destacou a atuação de fundos filantrópicos de organizações com atuação nas periferias. Entre elas, organizações integrantes do programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation.

O Instituto Cacimba, presente na zona leste da capital paulista, foi derivado do Fundo Cacimba, que atualmente apoia as ações da organização nas áreas de inclusão produtiva, educação, cultura e meio ambiente. A Associação Nossa Cidade desenvolve ação similar na região metropolitana de Belo Horizonte, tendo impactado mais de 124 iniciativas em 10 anos de atuação. E a Redes da Maré também estabeleceu um fundo patrimonial para garantir a perenidade de seu trabalho no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Leia a matéria na íntegra no site da Folha de São Paulo, aqui.

Reportagem do Valor Econômico destaca impacto de cortes dos EUA em ONGs brasileiras e traz análise de Paula Fabiani

Em matéria publicada no jornal Valor Econômico, foram abordados os efeitos dos cortes orçamentários promovidos pelo governo dos Estados Unidos em repasses internacionais destinados a projetos humanitários. A redução já afeta diretamente operações no Brasil, como as do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que perdeu metade de seu orçamento para atuação no país.

A reportagem ouviu especialistas e representantes do terceiro setor, entre eles Paula Fabiani, CEO do IDIS. Ela comentou os reflexos da medida no ambiente filantrópico brasileiro e destacou a insegurança vivida por instituições financiadas por fundações norte-americanas.  Paula também ressaltou a necessidade de fortalecer a captação local de recursos e reduzir a dependência de financiamentos externos.

Leia a matéria na íntegra no site do Valor Econômico aqui.

Burocracia, falta de exemplos e de incentivos travam doações no Brasil, dizem investidores sociais

Quais são os principais desafios do investidor social? O site do IDIS fez essa pergunta a duas personalidades da área: Fernando Stickel, diretor da Fundação Stickel, e Denis Minev, um dos fundadores da Fundação Amazonas Sustentável. Entre os pontos mencionados estão burocracia, incentivos legais ainda limitados e falta de doadores que sirvam de exemplo para a sociedade.

Segundo Stickel, faltam incentivos e a questão burocrática é tão grave,  que ele chegou a pensar em desistir do trabalho social depois de dois anos à frente da organização, fundada por seus pais em 1954.  Ele assumiu a entidade em 2004, e avalia que nada mudou nesse sentido desde então.

Já Denis Minev, que faz investimentos sociais variados no Amazonas, estado em que vive, lembra que existem incentivos para temas como cultura, mas faltam ainda normas para estimular, por exemplo, o trabalho voluntário. “Incentivos fiscais são importantes e certamente ajudam um ambiente filantrópico”, comenta.

Stickel diz que é preciso uma legislação que efetivamente fortaleça o investimento social privado. “Tem que implementar várias coisas que são apenas faladas para, assim, mudar o padrão do comportamento”, diz, acrescentando que o projeto de lei para regulamentar os fundos patrimoniais foi um importante passo nessa direção.

Minev ressalta a necessidade de casos que sirvam de modelo para outras pessoas. “A liderança pelo exemplo é, em geral, mais eficiente do que pelo discurso. Precisamos de exemplos de porte como catalisadores. A inclinação geral para doar é baixa.”. Na mesma linha, Stickel diz que as “instituições sérias que recebem doações e conseguem mostrar seu trabalho acabam servindo de exemplo para incentivar a cultura de doação no Brasil”.

Mas ressalta que há problemas também no modo de pensar da elite. “Acredita-se que é suficiente pagar impostos, e o governo deve cuidar do resto”, afirma Minev. “Nossas elites não têm bom conhecimento de nossa própria sociedade. A classe A se isolou, a distância entre as classes é grande e impede a formação de empatia social.”

Stickel, porém, vê alguns avanços importantes. “O terceiro setor tem se movimentado mais, há várias iniciativas interessantes de entidades como o Gife e o IDIS, que estão realizando encontros e também têm pressionado o governo para que se façam mudanças que beneficiem o setor”.

A Aderência o Constructo da Sustentabilidade e a Prática das ONGs

Dissertação apresentada por Rosana Kisil à Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas propõe um conjunto de critérios para analisar a sintonia entre o constructo da sustentabilidade e a prática de ONGs. Entende-se por constructo um conjunto de conceitos que, juntos, oferecem uma imagem ou idéia que não pode ser diretamente observada, mas, apenas indiretamente, por meio de seus componentes.

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