Por Alexandre Gonçalves Jr, coordenador de comunicação do IDIS
Em um dos cenários mais emblemáticos de São Luís, no Museu Ferroviário do Maranhão, localizado na estação ferroviária desativada, teve início a Cazumbada, festival promovido pelos Institutos Baixada Maranhense e Formação. O Instituto Baixada Maranhense é uma das 15 Fundações e Institutos Comunitários (FICs) integrantes do Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation. O Programa tem como objetivo fortalecer essas FICs que atuam com o apoio técnico e suporte financeiro de organizações e iniciativas da sociedade civil de suas comunidades.
Entre o centro histórico da cidade, com suas casas coloniais, e a baía de São Marcos, os brincantes do Bumba Meu Boi anunciaram o tom da imersão que parceiros e apoiadores viveriam nos dias seguintes: uma viagem ao coração da cultura maranhense, marcada tanto pelo encantamento quanto pelo encontro com o desconhecido.
“A Cazumbada é um evento único, nenhum outro evento pauta a filantropia comunitária territorial como ele. É uma grande imersão que proporciona a vivência do território integralmente para os próprios financiadores. E não só todo organismo da filantropia, mas a própria cultura local acaba se fortalecendo com isso”, Instituto Baixada
O nome Cazumbada remete a Cazumbá, personagem místico das celebrações do Bumba Meu Boi. Essa figura folclórica, que não se enquadra nos conceitos de feminino, masculino ou animal, desperta curiosidade e fascínio com sua máscara impactante e indumentárias coloridas e elaboradas.
Após um jantar de boas-vindas, os convidados partiram para a Baixada Maranhense, região que abriga 21 municípios somados ao município de Alcântara, abrangendo cerca de 559 mil pessoas, segundo o último censo do IBGE. O percurso, que combinou trajetos por terra, água e a pé, foi uma verdadeira experiência territorial. A travessia da baía de São Marcos, agora vista de perto em ferry boat e canoas, conectou os participantes ao cotidiano da região.
Uma Imersão em Comunidades Quilombolas
A jornada incluiu uma visita à Ilha de Cajual, no município de Alcântara, onde guias mirins da comunidade quilombola Santa Rosa dos Pretos conduziram os participantes por uma trilha. Alcântara, mais conhecida pela base militar de lançamento de mísseis, revelou outro lado: mais de 80% de sua população é quilombola. Em Santa Rosa dos Pretos, quebradeiras de coco babaçu demonstraram a extração artesanal do óleo e azeite, ingredientes essenciais na culinária regional.
Foto: Instituto Baixada/Instituto Formação
Essa tradição extrativista, transmitida de geração em geração, é uma das principais fontes de renda da comunidade. Recentemente, o Instituto Baixada forneceu um moedor automático para facilitar a produção de óleo de babaçu. Além disso, a instituição tem auxiliado no acesso a políticas públicas, como a instalação de painéis solares, que trouxeram energia elétrica para vilas antes dependentes de estações relacionadas.
Outro ponto visitado foi a comunidade Olhos D’Água dos Gomes, onde está sendo reconstruída a Casa de Muriquinho, espaço dedicado a atividades socioculturais para jovens, com a gestão e definição de agenda pela própria comunidade.
Esse projeto é apoiado pelo programa Transformando Territórios, do IDIS, em parceria com o Instituto Baixada
A cultura na Baixada
A musicalidade ecoa na Baixada. Longe do ruído dos grandes centros urbanos, os ritmos do Bumba Meu Boi, tambor de crioula, reggae e forró ecoam como expressão de identidade e resistência cultural.
Foto: Instituto Baixada/Instituto Formação
Na Baixada Maranhense, o território é o próprio agente de transformações de impacto social positivo. Cada baixadeiro, com suas histórias, saberes e ambições, contribui para o desenvolvimento socioambiental local. O Instituto Comunitário Baixada Maranhense, ao final dos três dias de evento, reafirmou sua missão: investir em pessoas para transformar territórios. Essa promessa está estampada na sede da instituição, localizada em Nova Olinda do Maranhão, e reflete a grandiosidade de sua atuação no fortalecimento de comunidades e tradições com a promessa de investir em pessoas que transformem territórios.
As Fundações e Institutos Comunitários (FICs) atuam dando suporte a iniciativas locais que promovem o desenvolvimento social de determinadas regiões onde estão inseridas. Com o objetivo de ser um apoiador, O Mundaú Mundo, que é uma FIC localizada em Alagoas, inaugurou um novo escritório no Centro de Inovação do Jaraguá, em Maceió. A organização faz parte Programa Transformando Territórios (TT), iniciativa de impacto do IDIS em parceria com a C.S Mott Foundation.
Rosana Ferraioulo, gerente de projetos do IDIS e responsável pelo TT, esteve no evento de inauguração e visitou outras dependências da organização, conhecendo a fundo as ações do Mundaú para o desenvolvimento social do território.
“Estar presencialmente na inauguração da sede da Mundaú Mundo com o Carlos Jorge, equipe e representantes das organizações sociais do território é uma alegria imensa. O espaço, para além de ser a sede para o trabalho em equipe, fomenta o ecossistema territorial e o desenvolvimento local”, comenta Rosana.
O MUNDAÚ MUNDO
O objetivo do Instituto Mundaú é transformar pessoas para transformar territórios. Para isso realiza diversas ações em Maceió, entre elas estão o Programa de formação e desenvolvimento educacional, ações de educação ambiental e prevenção para as famílias da lagoa Mundaú, e ações esportivas, como aulas de judô infantil.
“A inauguração do escritório da Mundaú Mundo é um sonho se tornando realidade, e sem nossos parceiros não chegaríamos até aqui. Agradeço a todos os líderes sociais que se fizeram presentes, além da Asssepro e do IDIS, que com muita alegria celebrou conosco. Transformar pessoas para transformar territórios já é uma realidade”, disse Carlos Jorge, fundador da FIC.
SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS
O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.
Por Rosana Ferraiuolo, gerente de projetos do IDIS
Promovido pela UK Community Foundations (UKCF), o encontro “Foundations for the Future – Investing in Communities” reuniu organizações participantes do programa Transformando Territórios com institutos e fundações comunitárias de diversos países.
As Fundações e Institutos Comunitários, conhecidos no Brasil como ‘FICs’, possuem um enorme potencial para impulsionar o desenvolvimento do território onde atuam, fortalecendo as comunidades locais onde estão inseridas de forma sistêmica, legítima e perene.
Este foi o mote da Conferência da UK Community Foundations (UKCF), organização que reúne as fundações comunitárias do Reino Unido, que aconteceu entre os dias 8 e 10 de outubro deste ano, com mais de 300 representantes e líderes comunitários regionais e de diversos países. A temática sobre o futuro do investimento comunitário filantrópico e o seu papel na construção de comunidades resilientes, inclusivas e sustentáveis permeou as sessões realizadas nestes dias.
Da esquerda para a direita: Jair Resende, Rosana Ferraiuolo e Eliane Macari.
A FEAV e a Fundação FEAC são integrantes do Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation. A iniciativa surgiu para fomentar a criação e fortalecimento das FICs no Brasil com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.
“Participar da Conferência valeu a pena, sem dúvida! É o real e verdadeiro conceito e aplicação de território e fundação comunitária. Percebe-se que as Fundações Comunitárias do Reino Unido são organizadas para tal, seja pequeno, rural ou grande” , Eliane Macari, presidente da FEAV.
Um olhar para o futuro da filantropia comunitária
Durante os três dias de evento, especialistas de filantropia comunitária de todo mundo estiveram reunidos para se aprofundar em temas como filantropia estratégica, inovação social, justiça climática e ambiental, colaboração de jovens, justiça social, inteligência artificial e outros temas pertinentes a discussão central, que tinha como tema ‘Fundações para o futuro: Investindo em Comunidades’.
“Tivemos a oportunidade de ver muitos temas sendo discutidos, coisas que aqui a gente nem está pensando. Uma das coisas que me deixou bem impressionado foi a utilização da inteligência artificial como uma ferramenta facilitadora na tomada de decisão, sistematização de documentos, indicadores, e assim por diante”, Jair Resende, superintendente socioeducativo na Fundação FEAC.
A programação, que incentivou as trocas de experiências entre os participantes, proporcionou uma valiosa oportunidade para refletir sobre desafios e oportunidades comuns e se inspirar no trabalho uns dos outros. A integração entre os líderes comunitários presentes proporcionou também um intercâmbio de conhecimento entre membros de países como Reino Unido, África, Romênia, Sérvia, Alemanha, Argentina, entre outros.
Essa abordagem destaca aspectos fundamentais do desenvolvimento coletivo em rede e do fortalecimento das relações com as comunidades, como a importância dos insights coletivos e a construção de uma relação de confiança e escuta.
“Representar o Programa Transformando Territórios nesta conferência foi fundamental para fortalecer nossa conexão com as Fundações Comunitárias de diversos países. Compartilhar a experiência do Brasil e aprender diretamente sobre suas práticas e inspirações, tanto nas sessões quanto nas conversas individuais e coletivas, foi uma oportunidade enriquecedora que nos trouxe inspiração para o desenvolvimento das FICs no Brasil”, Rosana Ferraioulo, gerente do Transformando Territórios.
SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS
O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.
Para celebrar os 25 anos de história, o IDIS promoveu um evento de celebração no MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, contando com a presença de colaboradores e ex-colaboradores, além dos diversos colegas, parceiros e amigos que fazem parte da história do instituto.
O evento foi pauta no Observatório do Terceiro Setor, que destacou falas de ambos painéis e trouxe reflexões sobre o futuro do investimento social privado, principal tema discutido.
“A filantropia não pode só preencher o buraco do Estado, pois os recursos sempre serão escassos diante do oceano de recursos necessários. Por isso, precisamos trazer cada vez mais as comunidades para o centro do debate para que, juntos, consigamos ampliar o impacto dos recursos doados. Cada vez mais é importante construir espaços para construir soluções coletivas”, explicou Benjamin Bellegy, durante o evento.
Por Carla Irrazabal, estagiária do IDIS, e Rosana Ferraiuolo, gerente de projetos do IDIS
Iniciativa de impacto do IDIS em parceria com a C.S Mott Foundation, o Transformando Territórios (TT)realizou o seu terceiro encontro anual em setembro. O Encontro, realizado entre os dias 3 a 5 de setembro de 2024, reuniu cerca de 40 pessoas, incluindo representantes de 15 Fundações e Institutos Comunitários (FICs) participantes do programa, além de convidados e parceiros.
Representantes dos participantes do programa Transformando Territórios Foto: André Porto
Dando início à programação, os participantes puderam, em uma roda de conversa no escritório do IDIS para promover o compartilhamento de experiências entre os territórios, a Kenya Community Development Foundation (KCDF) e a Fundação Tide Setúbal. O grupo também participou do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. E por fim, no terceiro dia, foram realizadas atividades relacionadas de planejamento, proporcionando às FICs a oportunidade de reconhecer potencialidades internas e externas ao considerar o contexto territorial e a fase atual de cada uma. A partir disso puderam identificar desafios e pensar em ações estratégicas em grupo para o desenvolvimento, utilizando a participação no Programa TT como referência para seu impulsionamento.
“A troca de experiências com outros participantes permitiu um aprendizado valioso, principalmente no que diz respeito à implementação de estratégias de filantropia comunitária e à promoção de uma cultura de doação.”, explica um participante em uma avaliação anônima.
Aprendendo com os pares
O último dia de atividades teve início com uma fala de abertura de Paula Fabiani, CEO do IDIS. Ela congratulou a atuação das FICs no fortalecimento das relações com filantropos locais destacando a iniciativa do Manifesto das Fundações e Institutos Comunitários sobre o Compromisso 1%, que foi entregue pelas FICs durante o Fórum. Paula também ressaltou a importância da interlocução do trabalho do TT com outros projetos do IDIS.
“Acreditamos fortemente que o desenvolvimento das FICs é um componente crucial para o crescimento da filantropia no Brasil. E mais do que isso, acreditamos no potencial brasileiro de desenvolvimento comunitário”, ela afirmou.
Representantes das FICs no Fórum junto a Paula Fabiani e Rodrigo Pipponzi, do Instituto MOL
Em seguida, a equipe do programa apresentou o novo ciclo de trabalho, com o objetivo de ‘fortalecer, promover e apoiar o desenvolvimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil’. Quatro pilares sustentam essa jornada: promover o desenvolvimento dessas organizações, criar um ambiente favorável para as FICs, expandir o conhecimento e engajar a sociedade civil com as FICs, e aumentar o número de apoiadores nacionais e locais.
Esse momento gerou uma grande interação com as lideranças, que trouxeram um olhar atento e um protagonismo essencial para potencializar a atuação do programa. Foi notável o desejo de implementar as novidades propostas para o ciclo e a vontade de realizar ações articuladas como grupo.
“Um dos aspectos positivos deste encontro é o foco no protagonismo das comunidades locais, que se organizam para identificar e solucionar suas próprias necessidades. Outro ponto positivo é a diversidade das organizações participantes, que compartilham conhecimentos, métodos e desafios distintos de acordo com seus contextos locais. A interação entre os líderes comunitários estimula a criação de soluções inovadoras e fortalece o papel das organizações sociais.” , mencionou um dos representantes das FICs.
Fundos emergenciais: uma estratégia eficaz
Ao final do último dia, parceiros e convidados se juntaram ao grupo para participar da mesa redonda‘Fundos Emergenciais – abordagens, tendências e a importância das FICs’. O painel trouxe discussões sobre o conceito, perspectivas, práticas e o papel único das FICs no contexto das situações emergenciais, contando com a mediação de Felipe Groba, gerente de projetos do IDIS e com os painelistas Eduardo Cetlin, diretor da Associação Nossa Cidade de Belo Horizonte; João Morais, Coordenador de Investimento Social e do BISC – Benchmarking do Investimento Social Corporativo na Comunitas; Julia Wildner, coordenadora de programas do ICOM de Florianópolis e Karine Ruy, coordenadora geral da Fundação Gerações do Rio Grande do Sul.
A partir de uma análise teórica, Felipe introduziu aspectos importantes para a discussão, explicando que desastres lentos desenvolvem-se gradualmente, muitos serão agravados pelas mudanças climáticas e ocorrerão em regiões afastadas dos grandes centros econômicos. As emergências invisíveis são subnotificadas e não geram mobilização, mas, por outro lado, algumas emergências são duradouras e consequências de longuíssimo prazo de negligência, como em casos recentes.
O moderador destacou que as FICs são atores estratégicos pois possuem conhecimento do território, de suas demandas sociais e das organizações sociais locais, possuem governança sólida e legítima, são multicausais, realizam interlocução com entes privados, públicos e da sociedade civil e possuem visão de longo prazo, foco e perenidade.
Da esquerda para a direita: Felipe Groba, Karine Ruy, Eduardo Cetlin, João Morais e Júlia Wildner. Foto: Andre Porto/IDIS
João Morais compartilhou os principais resultados da pesquisa BISC sobre a atuação empresarial na agenda climática e em situações de desastre, trazendo as experiências das empresas da Rede BISC. Em seguida, as FICs apresentaram diferentes experiências relacionadas a criação de fundos emergenciais e operacionalização das ações em situações de desastre.
O ICOM, representado por Julia Wildner, pioneiro em fundos emergenciais no Brasil, compartilhou sua experiência com o Fundo Emergencial Chuvas, que serviu de exemplo para outras situações emergenciais, como a pandemia da Covid-19. Eduardo Cetlin, representando a Associação Nossa Cidade, contribuiu com a experiência do Fundo Regenerativo de Brumadinho e o processo de governança utilizado nesse caso de forma mais participativa e descentralizada. Por fim, Karine Ruy, da Fundação Gerações, comentou sobre a recente experiência com o desastre ambiental causado pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, abordando os desafios de captação e direcionamento de recursos em momentos críticos.
Foto: André Porto/IDIS
Todos esses exemplos demonstraram a importância de atuar de forma sistêmica, estratégica e preventiva para “estar pronto” para os desafios impostos em situações emergenciais e de desastre. O grupo concluiu que a comunidade local possui conhecimentos valiosos sobre áreas de risco e situações extremas em seu próprio território, além de uma capacidade de mapear necessidades com rapidez e eficiência.
Um guia prático a partir de exemplos de quem já transforma territórios
Fechando a programação intensa de três dias, foi lançado o Guia ‘Como criar uma Fundação ou um Instituto Comunitário: um guia prático a partir de exemplos de quem transforma territórios’, fruto da sistematização dos quatro anos de experiência na condução do programa no IDIS em parceria com a Mott Foundation. O Guia apresenta orientações para promover, fortalecer e desenvolver o modelo de Fundações e Institutos Comunitários (FIC) no Brasil, abordando aspectos legais e estruturais de uma FIC até as melhores práticas para desenvolver a comunidade local, desenvolver parcerias e garantir a sustentabilidade da organização a longo prazo. Esta publicação contribui para reafirmar o conceito das FICs e fortalecê-lo, impactando o setor social de forma ampla e consolidada.
Apesar das FICs serem únicas, a sistematização das experiências com elas é uma ferramenta poderosa para a organização dessas Fundações e Institutos e novos que poderão vir “conheça uma fundação comunitária e você terá conhecido apenas uma”.
SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS
O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.
Aconteceu em setembro, em São Paulo, a 11ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Promovido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, o evento que busca acelerar soluções por meio das conexões e fomentar a filantropia no país.
Com o tema COLABORAÇÃO, as sessões abordaram assuntos como ESG, transformação territorial, avaliação de impacto, fundos patrimoniais e muito mais. Ao longo do dia, participaram mais de 40 palestrantes do Brasil e internacionais. Estiveram presentes 220 convidados e houve mais de 1.800 visualizações da transmissão ao vivo.
“Foi muito rico poder retornar aos eventos presenciais e promover o Fórum com tantas discussões essenciais para o amadurecimento da filantropia no Brasil”, comentou Paula Fabiani, CEO do IDIS.
Sozinho se vai rápido. Juntos se vai longe e ainda mais rápido
A abertura do evento teve a participação de Celso Athayde (CUFA), Mônica Sodré (RAPS), Neil Heslop (CAF) e Atila Roque (Fundação Ford). Representantes da sociedade civil, abordaram a importância da colaboração para encontrarmos respostas aos desafios que temos como sociedade e qual é o caminho que, idealmente, devemos percorrer.
A mesa ‘Sozinho se vai rápido. Juntos se vai longe e ainda mais rápido’, logo de cara, já deu tom ao evento que, em toda sua programação buscou diferentes olhares para a colaboração. Celso Athayde destacou o papel fundamental da colaboração em ambientes de desigualdade social, pois “é isso o que mantém a população persistente e evoluindo”. Nesse sentido, a filantropia também possui o papel de viabilizadora desse impacto.
Os palestrantes destacaram que a honestidade, diversidade e empatia são valores necessários para que o trabalho em colaboração seja efetivo, além é claro de um foco real em alcançar objetivos concretos e de longo prazo.
Assista ao debate:
Ainda trazendo um olhar amplo sobre o tema, Ana Buchaim (B3); Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza e Grupo Mulheres do Brasil); Marcílio Pousada (RaiaDrogasil) e Rodrigo Pipponzi (Grupo MOL e Movimento 1% Brasil) trouxeram a perspectiva coorporativa.
Na plenária ‘ESG: empresas colaborando contra a desigualdade’, o destaque entre os palestrantes foi o debate sobre a importância de as companhias assumirem publicamente compromissos com a sociedade. “É impressionante a força de uma empresa quando elas abraçam uma causa para valer”, destacou Luiza Helena Trajano, e ainda realçou o quanto ainda precisamos estar atentos aos resultados da crise que enfrentamos por conta da Covid-19. “Nós não entendemos ainda o que a Covid fez com a sociedade. O perfil profissional, o perfil das empresas, do consumidor, as prioridades das pessoas“, comentou.
A programação teve ainda a participação dos vencedores de 2021 do ‘Prêmio Empreendedor Social’ da Folha de S. Paulo, que puderam apresentar suas iniciativas e propósitos de atuação. Infelizmente, Stellinha Moraes, da organização Anjos da Tia Stellinha teve um problema de saúde e não pode estar presente.
Conheça um pouco da história de cada um:
Causas e temas
Os participantes do Fórum tiveram a oportunidade de também mergulhar em assuntos mais específicos e, durante a programação, em alguns momentos, puderam se dividir conforme seus interesses.
Assuntos relacionados ao meio ambiente foram abordados em dois momentos distintos, com chamados diretos à ação da comunidade filantrópica. A bióloga e ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Terixeira, destacou os desafios contemporâneos e os desafios globais que dizem respeito ao meio ambiente e a luta pela redução das desigualdades. “A filantropia tem um papel estruturante e estratégico, que pode nos levar à situação de sair do greenwishing para o greendoing”. A atriz e ativista ambiental Christiane Torloni, por sua vez, trouxe uma mensagem forte, compartilhando o significado da palavra “florestania”. Contou suas ações em prol do meio ambiente e convocou os participantes a agir.
Para debater como o desenvolvimento sistêmico de um território é mais potente e mais longevo com o engajamento da comunidade, subiram ao palco Agustín Landa (Lanza e Alliance Magazine), Fernanda Bombardi (ICE – Instituto de Cidadania Empresarial) e Hermes de Sousa (Instituto Cacimba); moderados por Lúcia Dellagnelo (ICOM e CIEB).
O painel destacou como o modelo de institutos e fundações comunitárias pode contribuir para fortalecer os atores locais ao estabelecer vínculos com públicos externos, fomentando a colaboração, criando conexões de impacto e fomentando uma cultura de doação e colaboração local. Também foi abordado o contexto dos investimentos de impacto, que levam a força dos negócios de impacto para apoiar o desenvolvimento de um território, demonstrando que com a colaboração é possível ajudar e construir mudanças perenes em territórios com grandes vulnerabilidades.
A sessão ‘Cultura Avaliativa: gestão estratégica para impacto positivo’, por sua vez, discutiu os benefícios e desafios das avaliações de impacto como parte integrante da cultura das organizações, trazendo o ponto de vista de financiadores e projetos beneficiados.
Louize Oliveira, do Instituto Sicoob e uma das palestrantes da mesa destacou que o processo avaliativo foi muito rico para a empresa e todos os stakeholders envolvidos em suas iniciativas sociais. “Durante todo o percurso avaliativo notamos que o ganho de valor estava além da mensuração do impacto gerado, bastante importante, mas também na geração de conhecimento e reconstrução dos processos do que a empresa já vem fazendo”.
O evento trouxe também o debate sobre novas formas de doação e filantropia e de que maneira o mercado vem inovando nesse sentido. As mesas ‘Plataformas amplificando impacto’ e ‘Fundos filantrópicos: colaboração multissetorial’ trataram disso.
A primeira apresentou diferentes perspectivas, formatos e plataformas, e como eles podem gerar um ambiente favorável para a colaboração e doação. Com a participação de Flavia Rosso (iFood), João Paulo Pacífico (Grupo GAIA) e Mafoane (Meta) e mediados por Carlos Pignatari (Ambev) os convidados ressaltaram o quanto as alternativas de modelos de financiamento para a atuação filantrópica são necessárias para evoluirmos no impacto social.
No painel de Fundos Filantrópicos: colaboração multissetorial, o debate girou em torno da conceitualização da temática, trazendo exemplos de diferentes arranjos que contribuem para a sustentabilidade de causas e organizações apresentando cases dos palestrantes que já trabalham com o mecanismo. Mediados por Renata Biselli (Santander), estiveram na mesa Daniela Grelin (Instituto Avon), Fabio Lesbaupin (Estímulo 2020) e Osmar Lima (BNDES)
A interação e as conversas se intensificaram durante o almoço, quando 18 especialistas foram anfitriões de mesas temáticas. Entre os temas debatidos, a equidade racial, ações para o atingimento dos ODSs, estratégias para a filantropia familiar, mecanismos de resposta à situações emergenciais, criptofilantropia, e muito mais.
Interpretação do passado e olhares para o futuro
A entrevistada da tradicional sessão “Em conversa com…” foi Sonali Patel, sócia do Bridgespan, grupo responsável por intermediar a doação de USD 17 milhões de MacKenzie Scott a 16 organizações brasileiras, em março deste ano. Sonali abordou as mudanças que tem observado na forma como os filantropos estão fazendo seus investimentos sociais. Ela acredita que a colaboração entre filantropos vem crescendo – eles trocam conhecimento e confiam mais nas organizações onde fazem seus investimentos.
Cassio França (GIFE), Giovanni Harvey (Fundo Baobá para Equidade Racial), Donzelina Barroso (Rockfeller Philanthropy Advisors) e Georgia Pessoa (Instituto Humanize) trouxeram o debate de como, no ecossistema filantrópico, há entes que contribuem para acelerar e potencializar interações, criando as condições mais favoráveis para ações transformadoras. Metodologias e mecanismos fortes possuem esse importante papel.
“Os negócios como eram feitos já não funcionam mais. Isso exige uma mudança de mentalidade e habilidades para que doadores, filantropos e instituições possam colaborar de forma estratégica e sistêmica”, destacou Donzelina na mesa ‘Metodologias e redes para o fortalecimento da filantropia’.
Fechando a programação do dia, Atti Worku (African Visionary Fund), Carola Matarazzo (Movimento Bem Maior), Matthew Bishop (Catalyst 2030) e Benjamin Bellegy (WINGS), abordaram ‘Desafios e perspectivas para a filantropia sob a ótica da colaboração’.
“Os negócios estão aprendendo a colaborar melhor em prol do impacto social, mesmo no mercado competitivo”, destacou Matthew; “Acredito que todas as instituições atualmente precisam estar muito atentas a qual seu propósito, seus objetivos claros e responsabilidade. Demonstrando que a entrega não é apenas material, mas que pensa no impacto positivo para a sociedade”, acrescentou.
O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais é uma realização do IDIS com parceria do Global Philanthropy Forum e a CAF – Charities Aid Foundation. Esta edição teve apoio prata da Ford Foundation; apoio bronze de Ambev, B3 Social, BNP Paribas Asset Management, Fundação Arymax, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Sicoob, Movimento Bem Maior, Raia Drogasil e Santander. A revista Alliance foi a parceria de mídia.
A aprovação da Lei que regulamentou os fundos patrimoniais no Brasil, em janeiro de 2019, provocou o interesse de filantropos, organizações da sociedade civil e até mesmo do governo. Em três anos, é possível perceber o efeito dessa mobilização e o amadurecimento do campo.
Quantos novos fundos patrimoniais surgiram?
Qual o patrimônio deles?
Quais as causas mais beneficiadas?
Quais os principais desafios enfrentados pelos fundos patrimoniais no País?
Essas e muitas outras respostas estão no PANORAMA DOS FUNDOS PATRIMONIAIS NO BRASIL, publicação elaborada a partir de pesquisa junto aos principais protagonistas do setor e levantamento de informações diretamente com seus gestores.
Além de trazer uma fotografia clara e abrangente da força desse novo instrumento de sustentabilidade de causas e organizações e seu potencial para os setores sociais, ambientais e culturais, a publicação pretende ajudar aqueles que estão pensando em criar seus fundos patrimoniais e inspirar a criação de novos.
BRASÍLIA 6 de abril | 16h às 18h
Auditório do Centro Cooperativo Sicoob (SIG Quadra 6 Lote 2080 – Zona Industrial – Brasília – DF)
Inscreva-se gratuitamente: https://bit.ly/fundopatri_bsb
RIO DE JANEIRO 8 de abril | 9h às 11h
Museu do Amanhã (Praça Mauá, 1 – Centro, Rio de Janeiro – RJ)
Inscreva-se: https://bit.ly/fundopatri_rj
Todos os brasileiros sabem que estamos atravessando um duro processo de depuração que, ainda que possa render frutos positivos no longo prazo, nos obriga a conviver com um longo período de crise. Exatamente devido ao cenário negativo é que o VI Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais propõe uma mudança de olhar: queremos abrir espaço para aqueles que, apesar das dificuldades, continuam investindo no Brasil, trabalhando duro e colhendo sucessos. Vamos provocar conversas inspiradoras, trocas de conhecimentos, e surgimento de novas ideias para seguir em frente.
Vamos conversar sobre como o sucesso é construído, avaliado e compreendido. Atingir escala é sinônimo de êxito para o investimento social? Ou sucesso só vem junto com políticas públicas? Bons resultados para um investidor familiar é o mesmo que para um investidor corporativo? Alinhamento ao negócio leva ao sucesso? Como perenizar as conquistas? Essas e outras perguntas norteiam a agenda da sexta edição do Fórum, promovido pelo IDIS e considerado o mais importante evento brasileiro voltado à comunidade filantrópica.
As palestras, mesas temáticas e diálogos vão abordar a questão do sucesso a partir das perspectivas do investidor comunitário, familiar e empresarial e também em diferentes abordagens. “Vamos falar de atuação para solucionar problemas sociais complexos, níveis de escala, avaliação de impacto, constituição de fundos patrimoniais e diversos outros assuntos”, explica a diretora de Comunicação e Relações Institucionais do IDIS, Andrea Wolffenbuttel. O Fórum vai levar casos de sucesso no investimento social no Brasil e na América Latina com o intuito de inspirar os filantropos e atores sociais do setor presentes no Fórum.
Até o momento, já estão confirmados os seguintes palestrantes:
– Alex Seibel, fundador da ARCAH, organização social que resgata moradores de rua por meio de soluções sistêmicas, baseadas na permacultura e na economia circular.
– Ana Maria Diniz, presidente do conselho do Instituto Península, braço social dos negócios de sua família e instituição mantenedora do Singularidades. É uma das fundadoras do movimento Todos Pela Educação e conselheira da ONG Parceiros da Educação.
– Luiz Alberto Oliveira, curador do Museu do Amanhã. Inaugurado em dezembro do ano passado, o Museu do Amanhã foca nas constantes mudanças vividas pela sociedade atual e nos novos caminhos para o futuro.
– Neca Setúbal, doutora em Psicologia da Educação pela PUC-SP e mestre em Ciência Política pela USP é fundadora da Fundação Tide Setubal e do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária).
– Roberto Klabin, é vice-presidente da Fundação SOS Mata Atlântica.
E pelo segundo ano consecutivo os vencedores do Prêmio Empreendedor Social, da Folha de S. Paulo, apresentarão os seus empreendimentos exitosos: Carlos Pereira criou o Livox, um aplicativo de comunicação alternativa para tablets e smartphones que permite pessoas com deficiência se comunicarem e se alfabetizarem; Nina Valentini é uma das fundadoras do Instituto Arredondar que atua como uma forma de captação de doações individuais e distribuição para organizações sociais; Jonas Lessa e Lucas Corvacho, do negócio social Retalhar, que oferece serviço de descarte correto de resíduos têxteis.
O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais é a versão brasileira do Global Philanthropy Forum (GPF). Tem como objetivos formar e fomentar uma comunidade de filantropos no Brasil, trazer novos conhecimentos sobre o tema e abrir um espaço para experiências e novas tendências do setor. O evento é fechado para 200 convidados e será realizado no dia 5 de outubro em São Paulo.
Foram lançados nesta semana três guias sobre uma ainda nova e pouco difundida no Brasil: a criação e a manutenção de fundos patrimoniais (endowments) para garantir a sustentabilidade financeira no longo prazo de organizações sem fins lucrativos. Os manuais foram desenvolvidos a partir dos debates do I Fórum Internacional de Endowments Culturais, realizado em 2016, pelo BNDES e a Levisky Negócios & Cultura com parceria estratégica da Edelman Significa e apoio do IDIS e PLKC Advogados.
Os eventos de lançamento ocorreram nos dias 6 no Rio de Janeiro, na sede do BNDES; dia 7 em São Paulo, no Masp, e em Brasília no dia 8, na sede do Iphan. Foram encontros para a apresentação do conteúdo com palestras da diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani; Ricardo Levisky, fundador e sócio da Levisky Negócios & Cultura;; Luciana Gorgulho, chefe do Departamento de Economia da Cultura do BNDES; e Priscila Pasqualin, do PLKC Advogados. Em São Paulo, Guilherme Franco Montoro, chefe do escritório do BNDES em São Paulo, também compôs a mesa.
A presença de um grande público em todas as cidades mostrou que o interesse pelos fundos patrimoniais está aumentando entre as organizações sem fins lucrativos, e a adesão do BNDES à causa representa um reforço significativo.
O IDIS, junto com outros parceiros, realiza um trabalho de advocacy pela regulamentação dos fundos patrimoniais no Brasil e já conseguiu que mais de um projeto de lei sobre o tema fosse levado a apreciação do Congresso. Entre eles, o PL 16/2015, de autoria da senadora Ana Amélia é o mais abrangente e o que apresenta maiores chances de aprovação.
Os Guias de Endowments Culturais estão disponíveis para os interessados em plataforma digital, no site IDIS e da Levisky Negócios & Cultura. Cada manual tem uma temática diferente:
Os Guias de Endowments Culturais têm idealização e realização da Levisky Negócios & Cultura, apresentação do BNDES, patrocínio da Petrobras, da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal do Brasil, parceria estratégica de Edelman Significa, apoio do IDIS e PLKC Advogados.
A noite de abertura do Festival ABCR 2017 reuniu especialistas para uma importante reflexão: a queda crescente no nível de confiança dos indivíduos em relação às instituições. A presidente do IDIS, Paula Fabiani, participou da Plenária Magna abordando essa crise de representatividade e liderança que atinge, inclusive, o Terceiro Setor. Para aprofundar a reflexão foram apresentados alguns resultados da etapa qualitativa da Pesquisa Doação Brasil relativos ao tema da percepção e relacionamento com o governo.
De acordo com o estudo, realizado pelo IDIS e parceiros, o governo é percebido como o principal agente responsável pela justiça social no país. Porém há uma visão generalizada de inadequação da ação governamental ao bem-estar social ou mais diretamente no apoio à população necessitada. Ao governo se associa corrupção e falta de eficiência, afetando diretamente setores como saúde, educação e geração de empregos.
Além da presidente do IDIS, a Plenária Repensando vínculos em um mundo desconfiado, teve falas de representantes de outras importantes organizações: Lucas Pretti, da Change.org; Rodolfo Araújo, da Edelman Significa; e Tulio Malaspina do Instituto Update; tudo com moderação de Ader Assis, da Ader&Lang. Os especialistas mostraram resultados do Trust Barometer 2017 (pesquisa que mede o nível de confiança dos indivíduos nas instituições), abordaram o empoderamento do indivíduo e o poder de influenciar políticas públicas através das novas plataformas tecnológicas, e a crise de representatividade política no Brasil e na América Latina.
O Festival ABCR é um evento totalmente dedicado a discutir a captação de recursos para organizações da sociedade civil. Foram três dias de evento, entre 17 e 19 de maio, com mais de 100 horas de conteúdo total, e 550 participantes de todo o país. O público é formado por profissionais da área de captação e mobilização de recursos de organizações da sociedade civil, gestores de associações e fundações, além de acadêmicos, estudantes e pesquisadores do tema.
O IDIS esteve presente ainda com uma palestra sobre como os doadores individuais enxergam as organizações da sociedade civil. A diretora de comunicação, Andréa Wolffenbüttel, mostrou dados da etapa quantitativa da Pesquisa Doação Brasil para uma plateia de cerca de 50 pessoas.
Entre os dias 22 e 24 de abril, mais de 300 especialistas em filantropia se reuniram na cidade do México em um Fórum promovido pelo WINGS, uma associação mundial de organizações de apoio a doadores e investidores sociais.
O principal de tema das conversas foi o preocupante encolhimento do espaço da sociedade civil em diversos países. Na Rússia, o governo está controlando a entrada de doações estrangeiras e de recursos para movimentos de defesa dos direitos humanos e outras causas relevantes para a mobilização social. Na Turquia e em alguns países do norte da África e Oriente Médio emergem posturas semelhantes. Na América do Sul, vivemos, há vários anos, a triste repressão a qualquer tipo de manifestação contrária ao regime na Venezuela. Sem falar sobre os Estados Unidos, onde tudo indica que o ambiente para o ativismo e a defesa de causas se tornará mais hostil.
O evento contou com representantes de organizações de 44 países, e o IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) foi uma das instituições brasileiras presentes. O Fórum discutiu questões como a emergência do populismo em vários países e a delicada gestão da relação entre os três setores para a promoção de transformações sociais: governo, empresas e sociedade civil.
Foram apresentados dados sobre a infraestrutura global de apoio à filantropia, com destaque às ações de advocacy que começam a crescer nos últimos anos. Advocacy é como são chamadas as iniciativas que buscam influenciar o poder público para que crie e aprove leis e políticas com foco em agendas socioambientais. Trata-se de uma importante ferramenta do terceiro setor na batalha contra a diminuição do espaço na sociedade civil.
A má notícia para nós é que os recursos financeiros e as organizações doadoras continuam concentrados nas regiões onde a filantropia já está consolidada, EUA e Europa. E os desafios a serem enfrentados, na América Latina, vão precisar de muito advocacy para mudanças regulatórias relativas aos impostos e à falta de incentivos para filantropia, em especial no Brasil.
A mensagem que emergiu, depois de muitos debates, é que doadores e todos que trabalham com doações devem entender que a filantropia, apesar de na maioria dos casos ser apartidária, é uma ação política, que tem impacto político e responsabilidades políticas. A filantropia precisa trabalhar para garantir seu própria espaço, para melhorar seu próprio ambiente regulatório e para fortalecer a sociedade civil, que, em última instância, é porta-voz dos anseios do povo.
Há aqueles que veem as coisas como elas são e se perguntam: ‘por quê?’ Mas eu sonho coisas que nunca existiram e pergunto: ‘por que não? A frase dita por Robert F. Kennedy, que por sua vez parafraseou George Bernard Shaw, abre o livro “Filantropização via Privatização: garantindo receitas para o bem comum”, do professor da Universidade Johns Hopkins, Lester Salamon, traduzido para o português e lançado pelo IDIS em dezembro durante um evento realizado em parceria com o PLKC Advogados, em São Paulo.
A publicação é fruto de um projeto, desenvolvido dentro do Centro de Estudos da Sociedade Civil do Instituto Johns Hopkins, que explorou as possibilidades de criação de fundos patrimoniais a partir de recursos públicos. A ideia é destinar parte de ativos advindos de privatizações, concessões, repatriação de recursos, devolução de valores desviados por corrupção, entre outros, para o estabelecimento de fundos patrimoniais destinados a garantir a sustentabilidade de organizações e projetos sociais. O autor analisou 21 fundações criadas desta forma e o impacto dessas iniciativas.
O conceito foi cunhado como Philantropication thru Privatization (PtP) e tem sido disseminado em todo o mundo. O IDIS foi o precursor ao defender o processo de filantropização no Brasil e, em 2014, trouxe o professor Salamon para participar do III Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais e debater o tema junto à comunidade filantrópica.
“Nós acreditamos que ativos envolvidos nas operações de privatização e repatriação de recursos de corrupção formam um conjunto que também pertence à sociedade. Portanto, a sociedade merece receber algum benefício concreto destas operações, além dos recursos serem absorvidos pelos orçamentos estatais. Ter pelo menos parte desses ativos reservados para fundações filantrópicas é uma forma muito poderosa e estratégica de atingir esse resultado”, explicou Paula Fabiani, diretora presidente do IDIS durante o evento no PLKC Advogados.
O IDIS acaba de subir no seu canal do Youtube o vídeo com algumas opiniões dos palestrantes e participantes sobre o V Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Filantropos, executivos, gestores públicos e empreendedores sociais, entre outros, estiveram juntos para debater “A Iniciativa Individual e a Nova Economia”. Se você não esteve no Fórum, vai poder sentir um pouco do clima e se esteve, vale a pena assistir para lembrar!
Promovido anualmente pelo IDIS, o V Fórum foi realizado no dia 6 de outubro de 2016 em São Paulo. O evento reuniu cerca de 200 participantes entre eles a CEO do Global Philanthropy Forum, Jane Wales; o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra; o CEO da Charities Aid Foundation America, Ted Hart; o economista e escritor Eduardo Giannetti da Fonseca; o criador do #givingtuesday, Henry Timms; a fundadora do Instituto Esporte & Educação, Ana Moser, e o presidente do Conselho da Fundação Gol de Letra, Raí Souza Vieira de Oliveira; entre outros.
Em breve todas as palestras serão disponibilizadas também no canal do IDIS no youtube.
Aguarde!
Nos anos 90, em meio a um processo de privatizações das empresas públicas, a República Tcheca destinou 1% dos recursos gerados para o estabelecimento de um fundo nacional que financiou a formação de endowments – fundos patrimoniais permanentes – de 73 fundações no país. O fundo patrimonial do Museu do Louvre soma hoje US$ 230 milhões reunidos apenas nos últimos sete anos. O Metropolitan Museum of Art de Nova York possui um fundo patrimonial de US$ 2,7 bilhões investido hoje no mercado financeiro.
Exemplos como esses inspiram uma mudança no meio cultural, empresarial e do mercado financeiro brasileiro. Com esse intuito foi realizado o I Fórum Internacional de Endowments Culturais, apresentado pelo BNDES, criado e realizado pela Levisky Negócios e Cultura em parceria estratégica com a Edelman Significa e com apoio do IDIS e do escritório de advocacia PLKC.
“No Brasil, a criação de fundos patrimoniais é importante para promover a sustentabilidade no longo prazo das organizações da sociedade civil. Um dos obstáculos para a disseminação do endowment é a falta de uma legislação específica que facilite sua criação e de incentivos fiscais. O IDIS lidera uma iniciativa de advocacy, trabalhando em rede para promover o desenvolvimento dos fundos patrimoniais no país”, informa a diretora presidente do IDIS, Paula Fabiani.
O Fórum foi realizado nos dias 17 e 18 de novembro no Rio de Janeiro e reuniu representantes do mercado financeiro, governos, gestores de importantes equipamentos públicos e estudiosos para debater como o Brasil pode entrar no ciclo virtuoso dos fundos patrimoniais de longo prazo para a área cultural. Eles participaram de um debate precedido de apresentação de um estudo realizado especialmente para o evento.
Por meio de entrevistas com importantes atores desse mercado, consultoria jurídica e coletas de dados secundários, o estudo apontou algumas questões como, por exemplo, a insegurança do mercado quanto à transparência da gestão das instituições culturais e o medo de se associar a um equipamento que está em constante crise. Por outro lado, o diagnóstico apontou que há compreensão da urgência na formação desses fundos e uma expectativa de que eles contribuam para o melhor planejamento e gestão das instituições.
Foi apresentado ainda o cenário da situação brasileira do ponto de vista jurídico e financeiro. A atual legislação já permite a formação de endowments para instituições particulares, mas não públicas. Daí a proliferação de associações de amigos e outros que permitem essa captação. Fica clara a necessidade de um ambiente legal mais seguro, mas também a preocupação em não engessar o processo. Já existem dois projetos de lei tramitando no Congresso que precisam entrar na pauta para posterior votação.
O Fórum apontou ainda algumas recomendações relacionadas aos temas da cultura de doação; governança; diversificação das fontes de recursos; regulação e tributação com o intuito de facilitar a criação dos fundos patrimoniais – além de sugerir um passo a passo para a sua estruturação.
“Essa é uma agenda importante para o BNDES. Devemos evoluir do modelo atual de dependência do governo ou de patrocinadores institucionais para um formato mais autossustentável, no qual as instituições busquem incrementar a geração de receitas próprias (de bilheteria, venda de produtos, prestação de serviços) e a atração de novos recursos. O endowment é um modelo consagrado em outros países e pode, com a devida governança, atrair inclusive recursos internacionais de filantropia para o país”, disse a presidenta do BNDES, Maria Silvia Marques.
Segundo Ricardo Levisky, idealizador do evento, a gestão cultural no Brasil ainda se organiza por um raciocínio de curto prazo, dependente da sazonalidade de incentivos públicos e privados que garantam a sobrevida de suas instituições. “Buscamos com esse movimento engajar todos os atores envolvidos no processo e efetivamente elaborar o caminho para a constituição de endowments, que podem assegurar a sustentabilidade financeira e excelência das nossas instituições culturais e artísticas, não apenas no presente, mas também como um legado”, afirma.
O I Fórum Internacional de Endowments Culturais teve patrocínio do BNDES, da Petrobrás e da Caixa Econômica Federal.
Sobre Endowments
Muito difundida no exterior, a prática de criar e gerir fundos patrimoniais permanentes para garantir a sustentabilidade financeira a longo prazo de instituições culturais ainda é rara no Brasil. Nos Estados Unidos é uma realidade e é responsável por parte do financiamento de atividades de equipamentos como a Smithsonian Institution (Washington), a Art Institute of Chicago ou a Boston Symphony Orchestra. Na Inglaterra e na Itália, por exemplo parte dos recursos levantados pela loteria é destinado para fundos de endowment. Outros fundos são criados por doações particulares, de empresas e até dentro de processos de privatização, entre outras fontes de recursos que a pesquisa apontará.
Os endowments têm recursos próprios e são geridos como os fundos de investimento disponíveis no mercado financeiro e dentro das regras legais de mensalmente para a instituição para ajudar na sua manutenção e desenvolvimento de projetos, dentro de um limite predefinido. E o principal do fundo é preservado, sem retiradas, salvo alguma exceção.
Ao som do quinteto de sopros do Instituto Baccarelli teve início o V Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais em São Paulo no último dia 6 de outubro. O evento reuniu cerca de 200 participantes entre eles a CEO do Global Philanthropy Forum, Jane Wales; o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra; o CEO da Charities Aid Foundation America, Ted Hart; o CEO da Fundação Lemann, Denis Mizne; a gerente executiva do Instituto Ayrton Senna, Inês Miskalo; o criador do #givingtuesday, Henry Timms; entre outros.
O tema escolhido nesta edição foi “A Iniciativa Individual e a Nova Economia” e as plenárias foram norteadas pelo desafio de repensar o atual modelo econômico em busca de alternativas mais inclusivas e ambientalmente sustentáveis. Foram discutidas questões como shared value, o papel da filantropia na agenda social do governo, novos negócios com impacto socioambiental positivo, cases inovadores de empreendedorismo social e o espírito olímpico e a responsabilidade individual.
Para a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani, a escolha do tema foi estratégica. “Cada um de nós precisa se colocar à disposição do benefício de todos para encontrarmos saídas para questões como o esgotamento do modelo de consumo e a desigualdade social para que as crianças, que são nosso futuro, tenham seu desenvolvimento pleno assegurado”, explica.
A palestra de abertura, “As Fronteiras do Capitalismo” foi com o economista e escritor Eduardo Giannetti da Fonseca. “Estamos aqui para diminuir a distância entre o mundo ideal e o mundo real. Fazer filantropia é ter uma disposição para ajudar a transformar uma realidade”, disse na abertura dos trabalhos.
Na plenária “A filantropia como valor familiar”, foi anunciada a criação do The Giving Pledge Brasil pelo IDIS com o apoio do fundador da Cyrela, Elie Horn. O programa já existe nos Estados Unidos e foi criado em 2010 por Bill Gates e Warren Buffett para reunir bilionários dispostos a doar parte de suas fortunas ao longo da vida para investir em causas sociais. “Para nós, foi muito importante tornar pública o nosso compromisso com o Giving Pledge. Não quero morrer pobre de ações, temos que sempre fazer o bem. A gente só escolhe na vida entre fazer o bem e o mal”, disse o empresário durante a sessão. Ele e a esposa, Suzy Horn, falaram da experiência e a importância dos valores filantrópicos defendidos pela família. O fundador da Cyrela também anunciou a doação de R$ 2 milhões por ano durante 10 anos para a criação de uma campanha e realização de ações de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes.
Durante o Fórum, foi lançado o livro “Pesquisa Doação Brasil”, que traz dados inéditos e detalhados da pesquisa realizada pelo IDIS/Gallup e parceiros e inclui três análises distintas sobre os resultados que mostram o perfil do doador brasileiro. Outra publicação lançada foi o guia “Investimento de Impacto: uma introdução”. Com o apoio do Instituto Sabin, o IDIS fez a tradução e a publicação deste segundo volume da coleção “Seu Roteiro para Filantropia”, produzida originalmente pela Rockefeller Philantropy Advisors. As publicações estão disponíveis para download no site do IDIS.
O encerramento do Fórum contou com a participação da fundadora do Instituto Esporte & Educação, Ana Moser, e do presidente do Conselho da Fundação Gol de Letra, Raí Souza Vieira de Oliveira em uma plenária que convidou os participantes a refletirem sobre o espírito olímpico e a responsabilidade individual. O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais é uma iniciativa conjunta do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e do Global Philanthropy Forum (GPF).
Em maio, O IDIS esteve presente no 8º o Festival ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos), evento dedicado a discutir a captação de recursos para organizações da sociedade civil. Foram três dias de evento, com mais de 100 horas de conteúdo total e participantes de todo o país. O IDIS participou em dois momentos, primeiramente na Master Class focada em captação de recursos para a área da Saúde e depois falando sobre o perfil do doador brasileiro.
No dia 4 de maio, o consultor estratégico, Marcos Kisil, e a gerente de negócios do IDIS, Andrea Hanai, ministraram a Master Class ‘Captação de Recursos para a Saúde’. Com cinco horas de duração o, a aula abordou o panorama da saúde e investimentos sociais na saúde no Brasil, o diagnóstico situacional, a elaboração do Plano de Captação de Recursos e os elementos críticos para a implantação do plano. A equipe do IDIS concebeu a aula a partir experiência de um grande projeto de Captação de Recursos, realizado em parceria com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp). Além da parte teórica, foram apresentados três cases: Santa Casa de Lençóis Paulistas, Fundação Zerbini e Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC).
E no dia 5 de maio, a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani, realizou a palestra ‘Entendendo o Doador Brasileiro – Resultados da 1ª Pesquisa Doação Brasil’. Na ocasião foram apresentados os resultados preliminares de uma pesquisa nacional que vai traçar o perfil do doador brasileiro, o contexto nacional, os resultados de diferentes pesquisas sobre diferentes doadores e um ranking do nível de solidariedade no mundo. Em parceria com outras organizações, o IDIS está realizando uma pesquisa nacional que vai mapear o comportamento do brasileiro em relação à doação. Os resultados servirão para nortear estratégias para promover a cultura de doação no Brasil.
Em março, o IDIS foi convidado a relatar suas experiências em dois encontros temáticos realizados dentro da programação aberta do Congresso GIFE. A presidente do IDIS, Paula Fabiani, participou do encontro Retorno financeiro do Investimento social: metodologias para medir impacto para o negócio e para a sociedade ao lado do Instituto Votorantim, Fundação Bunge e da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). O objetivo da sessão foi apresentar metodologias de avaliação a partir de cases concretos de aplicação e influenciar um novo olhar sobre os impactos no desenvolvimento da sociedade e na tomada de decisão do negócio para suas prioridades de investimento social. Paula Fabiani apresentou o potencial do Retorno Social do Investimento (SROI), uma metodologia trazida para o Brasil pelo IDIS que faz uma avaliação completa dos impactos sociais do projeto sobre todos os envolvidos. “O SROI permite atribuir valores financeiros aos benefícios, de modo a poder comunicar os resultados de uma maneira mais facilmente compreensível para financiadores ligados ao setor privado. É uma ferramenta criteriosa e útil”, aponta Paula.
A diretora de Comunicação e Relações Institucionais do IDIS, Andrea Wolffenbüttel, apresentou os resultados preliminares da Pesquisa Doação Brasil no encontro Culturas de doação: práticas e aprendizados, moderada pelo WINGS e com a participação de outras organizações internacionais. O objetivo foi aprofundar o conhecimento sobre cultura de doação em diversos países dentro de um contexto de mudança de entendimento de Investimento Social Privado (ISP) e filantropia. Esta sessão faz parte de uma discussão global para identificar tendências e documentar casos, em um esforço conjunto para avançar na compreensão sobre o ISP em suas diferentes formas. “Em parceria com outras organizações, o IDIS está realizando uma pesquisa nacional que vai mapear o comportamento do brasileiro em relação à doação. Os resultados servirão para nortear estratégias para promover a cultura de doação no Brasil”, informa Andrea.
O Congresso GIFE é um encontro sobre investimento social e reúne lideranças de investidores sociais do país, além de dirigentes de organizações da sociedade civil, acadêmicos, consultores e representantes de governos, proporcionando um espaço para aprendizado, relacionamento e troca de experiências. Neste ano, o Congresso foi realizado em São Paulo entre os dias 30 de março a 1º de abril tendo como tema central o sentido público do investimento social privado.
O objetivo do encontro International Meeting on the Enabling Environment for Philanthropy, do qual participaram 27 representantes de organizações de 18 países, foi discutir formas de fomentar um ambiente propício para a filantropia em todo o mundo. O evento, promovido pelo WINGS (WorldWide Initiatives for Grantmaker Support) e realizado na Calouste Gulbenkian Foundation em Lisboa, Portugal buscou avançar na compreensão e identificar ferramentas e estratégias para responder à tendência mundial de aumento do controle e restrições sobre o financiamento – tanto em ambientes domésticos como transnacionais. As plenárias e atividades traçaram o cenário atual para a filantropia no mundo, bem como as principais barreiras e oportunidades.
A diretora de projetos do IDIS, Raquel Coimbra, participou como palestrante da plenária Elements of Effective Advocacy in Action, compartilhando as ações práticas que o IDIS está liderando para a aprovação da regulação dos fundos patrimoniais para universidades e sociedade civil no Brasil. “As discussões do encontro foram de altíssimo nível. O Brasil felizmente não está na estaca zero como Equador, Honduras e países da região árabe onde não há incentivo fiscal, nem mesmo passando por restrições como a da Rússia, onde o financiamento internacional da sociedade civil foi proibido. Estamos no caminho certo, mas ainda temos que avançar bastante para termos um ambiente filantrópico vibrante”, afirma Raquel.
O Encontro aconteceu nos dias 10 e 11 de março, e além de sessões plenárias e palestras, os participantes trabalharam em grupos para identificar as principais questões relacionadas ao ambiente desfavorável à filantropia, as estratégias para enfrentar esse ambiente desfavorável e os casos de sucesso.
‘People on the move’, isto é, pessoas em movimento, é o tema transversal do Global Philanthropy Forum deste ano, que acontecerá entre os dias 4 e 6 de abril, em Redwood, cidade da Califórnia, EUA.
Considerado um dos mais importantes eventos mundiais da Filantropia, o Fórum vai debater os três principais fatores que influenciam o fenômeno migratório que está transformando o planeta: a busca por segurança, a busca por trabalho e a busca por um sentido na vida.
O tema está em linha com a dura realidade que preocupa quase todas as nações, e o encontro conta a presença de filantropos, internacionais, doadores de fundações familiares e executivos de fundações empresariais, públicas ou privadas com base nos EUA e no exterior.
O tema proposto pelo IDIS neste IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, ‘Filantropia em Tempos de Crise’, suscitou muitas discussões sobre o futuro das instituições filantrópicas, sobre o papel das novas gerações de filantropos e o poder de mobilização da sociedade para ajudar mudar o cenário do Brasil em um momento de crise como o atual. Como bem disse a diretora do Global Philanthropy Forum, Suzy Antounian, “…nas crises surgem oportunidades para mudanças estratégicas”. Aqui estão algumas das questões levantadas durante o encontro para a nossa reflexão e que mostram os desafios que temos pela frente não apenas para superar as adversidades, mas também para buscarmos a consolidação de uma cultura de doação no país.
Afonso Carrillo, filantropo guatemalteco e fundador do do Movimento MelmportaGuate, se mostrou encantado com o Brasil. “É um grande povo, um país maravilhoso …não podemos esperar por novas crises. É hora de agir, mas sei que não é fácil. Temos que resgatar valores e princípios”.
Guilherme Leal, co-presidente do Conselho da Natura, disse que um dos problemas que enfrentamos, é que o Brasil não estimula você a ser filantropo: “A filantropia é essencial, mas é absolutamente insuficiente”, diz. “O que faz um jovem mudar o rumo da vida? É querer ser milionário. Isso é muito pouco!”.
Descubra como conciliar o social com o investimento: esse foi o convite que atraiu mais de uma centena de empresários e empreendedores sociais para um Encontro de Investidores Sociais, em São Luiz, no Maranhão. Eles se reuniram para ouvir as experiências de três empresas que incorporaram a sustentabilidade social e ambiental em seu cotidiano, e também para entender um pouco melhor o que são negócios sociais e conhecer os que investem nessas iniciativas e os que recebem o financiamento.
Tudo isso aconteceu na manhã do dia 28 de maio, no Hotel Luzeiros, na Ponta do Farol, na capital maranhense. O IDIS e o Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão (ICE-MA), que organizaram o encontro, contavam com cerca de sessenta participantes, mas quando as inscrições chegaram a cem, foi preciso encerrá-las.
O empresário paulistano Ricardo Vacaro (terceiro na foto, da esquerda para a direita), dono da RL Higiene, explicou como conseguiu transformar uma empresa do setor de limpeza em um modelo de sustentabilidade sem sacrificar a operação financeira da companhia. Darci Fontes (quinto na foto), um empresário radicado no Maranhão, contou como levou seu engajamento nas causas sociais para dentro de sua empresa, a Fonmart Tecnologia, e como essa história acabou transformando-o em um empresário-ativista. E Janaína Costa (quarta na foto), da Companhia Energética do Maranhão (CEMAR), falou sobre os desafios de aproveitar a capilaridade e os serviços da empresa para contribuir para o desenvolvimento das populações mais vulneráveis espalhadas pelo estado.
Os depoimentos foram inspiradores e a grande quantidade de perguntas direcionas aos palestrantes mostrou o interesse do público.
Na segunda parte do evento, Rebecca Obara, do fundo Vox Capital, que investe em negócios sociais, contou sua história pioneira e explicou os critérios para que uma iniciativa seja considerada um negócio social e possa receber seu apoio financeiro. Logo depois, falou Maurício Prado (primeiro na foto), sócio do Instituto de Pesquisas Plano CDE, uma das empresas apoiadas pelo Fundo Vox Capital, que se dedica a conhecer melhor o perfil das classes CDE. Maurício aproveitou a ocasião para mostrar uma pesquisa que identificou as principais fortalezas e vulnerabilidades dessas classes sociais.
O resultado positivo do Encontro de Investidores Sociais do Maranhão mostrou como é importante levar a mensagem do Investimento Social Privado para além da região Sudeste e dos grandes centros político-financeiros do país.
É possível monetizarmos o resultado do investimento social e medir seu grau de sucesso?
A avaliação é uma parte crítica do investimento social estratégico. Por isso, o IDIS reuniu dezessete representantes das áreas de responsabilidade social de diversas empresas para debater o tema e apresentar o SROI (Social Return on Investment), uma ferramenta de avaliação de impacto de projetos sociais.
A mensuração dos resultados de projetos sociais ainda é relativamente incipiente no Brasil, apesar de ser estratégica em várias partes do mundo, como no Reino Unido, onde 75% das ONGs medem, de alguma forma, o retorno de seus trabalhos.
A presidente do IDIS, Paula Fabiani, única brasileira capacitada pela New Economics Foundation (NEF) a aplicar o SROI, apresentou o caso da Fundação Lucia e Pelerson Penido (FLUPP), cujo programa Valorizando uma Infância Melhor (VIM) foi o primeiro projeto no Brasil a quantificar o impacto por meio do SROI.
A avaliação mediu o impacto em crianças entre 0 e 5 anos, suas famílias, professores e cuidadores no município de Roseira, no estado de São Paulo. Foram 3 meses de trabalho intenso, conversando com educadores, crianças, familiares, levantando dados e calculando os valores dos benefícios.
O resultado final mostrou que a cada R$1 investido no programa, foram gerados R$4,08 em benefícios sociais.
“O VIM foi o primeiro caso no Brasil e conseguimos entender e medir o impacto que a ação causou para todo o grupo envolvido. O SROI mostrou-se uma ferramenta estratégica, que combina aspectos quantitativos e qualitativos e pode ser usada para avaliar ou rever resultados. Ele dialoga com os atores e investidores sociais”, explica Paula Fabiani.
Segunda Eduarda Penido Dalla Vecchia, diretora-executiva da FLUPP, o resultado do trabalho gerou a sensação de dinheiro bem investido e do dever mais do que cumprido.
Foi uma manhã de bastante aprendizado e troca de experiências. O IDIS agradece ao Demarest Advogados, que cedeu o espaço, aos palestrantes e convidados.
Ainda há muitas dúvidas e interpretações, por vezes erradas, sobre o que é e qual a importância do Shared Value. O IDIS convidou o Diretor Sênior de Desenvolvimento de Negócios na Charities Aid Foundation (CAF) America, John Holm, para uma conferência online sobre o tema. Um dos maiores nomes no assunto, tendo passado por empresas como IKEA, Subway e Starbucks, John fez uma palestra muito objetiva, chamando as empresas para uma reflexão.
Segundo ele, é preciso entender que Shared Value é uma estratégia de negócios, mais do que uma ação social.
“Trata-se de uma estratégia de negócios rentável que entrega benefícios sociais tangíveis”, explica o diretor da CAF. É importante que a empresa foque na questão social com critérios e faça a escolha correta na hora de investir, sempre pensando na comunidade, mas também na melhoria do seu negócio.
Ele deixou claro que o Shared Value não pretende resolver os problemas do mundo, mas está relacionado a melhorar os ganhos da empresa com os ganhos da sociedade.
Há uma escala de priorização dos temas sociais que pode servir de parâmetro para uma empresa:
Tema Social Genérico – não é significativamente afetado pelas operações de longo prazo da empresa.
Tema Social de Impacto Social na Cadeia de Valor – é significativamente afetado pela atividade da empresa.
Tema Social de Contexto Competitivo – afeta significativamente a competitividade da empresa, na localidade em que atua.
Para facilitar a compreensão, John exemplificou: “se o McDonald’s adotar a causa da malária, será um Tema Social Genérico porque não está diretamente ligado à sua cadeia produtiva; se a Glaxo, uma empresa farmacêutica, adotar esse mesmo tema, será um Impacto Social na Cadeia de Valor, porque tem relação com a atividade da empresa. Mas se a Anglo American adotar este tema na África, onde os funcionários perdem dias de trabalho por estarem com a doença, será um Tema Social de Contexto Competitivo e terá impacto direto na produtividade”, completa.
O tema do IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais já está definido e a escolha responde à necessidade clara de discutir qual o papel da Filantropia em um momento no qual o país atravessa uma profunda crise de valores.
Como resgatar a confiança nas instituições? Como estabelecer parcerias? Como atuar em conjunto com o poder público? Essas e outras questões estão presentes no cotidiano de filantropos que atuam no sentido de criar uma sociedade mais justa e acolhedora e, ao mesmo tempo, veem o enfraquecimento de conceitos éticos e morais que deveriam servir de arrimo para essa construção.
Pensar em conjunto, trocar ideias, ouvir a experiência de quem já atuou ou ainda atua em cenários semelhantes, conhecer estratégias que ajudem a reconstruir o arcabouço de valores… Essas são algumas das propostas para o próximo Fórum, que está marcado para o dia 12 de novembro.
O IDIS está trabalhando na organização do evento buscando trazer exemplos instigantes e inspiradores – vindos do Brasil e de fora –, antecipar novas tendências, mostrar a relação entre diferentes gerações de investidores sociais e, como sempre, criar um espaço de diálogo e interação entre os participantes.
Paula Fabiani, presidente do IDIS, está entre os palestrantes do International Grantmaking Symposium, realizado entre os dias 30 de abril e 1º de maio em Washington. O evento vai reunir especialistas globais em filantropia para dividir experiências sobre como maximizar o impacto das estratégias de doação.
Paula participará do simpósio com o tema “International Grantmaking Best Practices. Overcoming Challenges and Seizing Opportunities” (“Melhores Práticas de Doação Internacional. Superando desafios e aproveitando oportunidades”, em tradução livre). Ela vai falar sobre o papel da doação na construção da sociedade civil, no aumento da transparência e na criação de oportunidades para investimentos estrangeiros. Outro tópico explorado será a importância da medição de impacto dos projetos sociais.
O evento é organizado pela CAF (Charities Aid Foundation of America) em conjunto com a SAIS (The Johns Hopkins University’s Paul H. Nitze School of Advanced International Studies). Entre os principais assuntos tratados, estão: melhores práticas internacionais de doação, desenvolvimento e doação sustentáveis, regulamentação e medição de impacto. O simpósio pretende discutir e esclarecer os mecanismos de doações internacionais, bem como colaborar para a superação dos desafios da filantropia internacional.
Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS, foi uma das palestrantes do Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica (FIFE), que aconteceu entre os dias 24 e 27 de março, em Gramado/RS. O evento reuniu mais de 400 pessoas e contou com mais de 100 atividades e 40 palestrantes, debatendo temas relativos à gestão de organizações sociais.
A presidente do Idis ministrou a palestra “Fundos patrimoniais e investimentos financeiros” e integrou a mesa no debate “Institutos e fundações – como se relacionar e trabalhar em conjunto”, com Ana Carolina Velasco (gerente de relacionamento institucional do GIFE) e mediação de Roberto Ravagnani.
Fabiani se mostrou entusiasmada com o evento: “o Fórum encontra-se apenas em sua segunda edição e já apresenta um expressivo aumento de tamanho, impactando significativamente a melhoria dos processos de gestão nas organizações”.
O IDIS realizou, no dia 29 de maio, o Encontro de Investidores Sociais do Amazonas, reunindo mais de cinquenta participantes que debateram sobre o investimento social privado e políticas públicas, desenvolvimento local, o papel das empresas e as inspirações dos doadores, dentre outros assuntos.
O Encontro foi realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e contou com a presença de especialistas e filantropos na mesas de debate, dentre os quais Denis Minev, investidor social local; Aristarco Martins Neto, do Grupo Simões; Armando Ennes do Vale, da Whirpool Latin America; Wilson Duarte Alecrim, da Secretaria de Saúde do Governo do Amazonas; Leonardo Yanez, da Bernard van Leer Foundation, Marcos Kisil e Paula Fabiani, do IDIS, e Virgilio Viana e Rhamilly Amud, da FAS.
O Encontro de Investidores Sociais do Amazonas é uma iniciativa do IDIS que faz parte do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Desde 2013, o IDIS realiza três encontros regionais que antecedem o Fórum, e o do Amazonas foi o primeiro de 2014. As duas próximas edições serão no Rio de Janeiro e Cuiabá.
Na edição do Amazonas o IDIS contou com parceria estratégica com o Instituto C&A, parcerias locais com a FIEAM, Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM) e a Fundação Amazonas Sustentável, e apoio financeiro da Fundação Rockefeller. O IDIS é parte da Aliança Global da Charities Aid Foundation (CAF), apoiando filantropos e investidores sociais nos principais países do mundo.
Assista a um curto vídeo sobre o Encontro de Investidores Sociais do Amazonas na nossa página do YouTube, clicando aqui.
Ainda incipientes no Brasil, os negócios sociais – empreendimentos que tentam aliar lucratividade e benefícios sociais – começam a chamar a atenção de jovens empreendedores e de grandes veículos de comunicação. Neste contexto, faz todo sentido criar um grupo de trabalho que identifique os entraves para o crescimento desse mercado e sugira iniciativas que possam impulsioná-lo.
A Força-Tarefa Brasileira de Finanças Sociais foi lançada no encerramento do Fórum Brasileiro de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, que ocorreu em São Paulo, em 6 e 7 de maio. O evento foi organizado pela Vox Capital, pela Artemisia e pelo instituto de Cidadania Empresarial (ICE).
“Se nós deixarmos o campo andando naturalmente, vai demorar muito”, afirmou Fabio Barbosa, presidente do Grupo Abril e um dos integrantes da força-tarefa. “É preciso comandar o processo para acelerá-lo. Seremos catalisadores do processo. O propósito do grupo é mobilizar mais recursos para as iniciativas de impacto social e acelerar a estruturação de um ecossistema propício”, disse ele, que falou em nome do grupo durante o lançamento.
“Há muitos problemas a serem resolvidos no Brasil e várias soluções; o empreendedorismo é uma delas”, continuou Barbosa. “Não é uma questão de impacto social ou retorno, e sim de impacto social e retorno”.
Ao lançar sua força-tarefa, o Brasil coloca-se na vanguarda das discussões sobre os investimentos de impacto social. O G-8 – que reúne as sete maiores economias do mundo e a Rússia – deflagrou iniciativa semelhante no ano passado. O Reino Unido, país em que o campo está mais desenvolvido, criou seu grupo em 2002.
O mentor do projeto, Ronald Cohen, também falou, por videoconferência, durante o evento. “Nós vimos que as áreas mais pobres eram também as que menos tinham ofertas de serviços básicos. Precisávamos criar investimentos para fundar empresários que trabalhassem nesses locais, que servissem de modelo e ajudassem pessoas”, contou.
Para o inglês, uma das principais mudanças no campo do investimento social privado foi o desenvolvimento de metodologias de medição de impacto. “A filantropia tradicional enfoca mais doação do que resultados. Ficava-se satisfeito em apresentar números, e não mudanças”, disse. No entanto, o foco, tanto em organizações com ou sem fins lucrativos, passou a ser avaliar as reais mudanças de fato decorrentes de seus projetos.
Cohen, que participou da criação dos hoje bilionários mercados de venture capital e private equity, não hesitou, sobre os investimentos de impacto, em cravar: “Estamos no limiar de uma revolução”.
Discussões
Até como uma espécie de preparação para o lançamento da força-tarefa, o fórum trouxe uma série de plenárias que discutiram os principais assuntos relacionados aos investimentos de impacto e aos negócios sociais.
Entre outros temas, palestrantes brasileiros e estrangeiros debateram assuntos como o desenvolvimento de um ecossistema para o setor, modelos de avaliação de impacto, inovações nos mecanismos financeiros para projetos, o equilíbrio entre lucro e impacto, o papel da academia nas discussões e a busca por escala nas iniciativas.
Foram apresentadas ainda “pílulas de inovação”, na qual empreendedores sociais puderam apresentar projetos que oferecem algum tipo de serviço básico para populações de classes mais baixas e, ao mesmo tempo, também conseguem obter retornos financeiros.
Participando do World Forum on Early Care and Education (Fórum Mundial sobre Atenção à Primeira Infância), em Porto Rico, a Diretora Executiva do IDIS, Paula Fabiani, foi agraciada com o certificado de Global Leader for Young Children, como resultado das ações do IDIS no Programa Primeira Infância Ribeirinha, na Amazônia.
Uma iniciativa da World Forum Foundation, o World Forum on Early Care and Education foi realizado na cidade San Juan, em Porto Rico, entre os dias 6 e 9 de maio, e contou com a presença de representantes do mundo todo, incluindo o Brasil. Políticas públicas de primeira infância, o investimento social de empresas e sustentabilidade das ações foram alguns dos temas tratados no Fórum.
Segundo Paula Fabiani, Diretora Executiva do IDIS, “foi um evento realmente global, com 843 pessoas de 81 países trocando experiências sobre o desenvolvimento da primeira infância. O Brasil, com uma delegação de 8 Global Leaders, se apresenta como país avançado na legislação para a infância e tendo desafios comuns: implementação de políticas públicas e integração dos dados sobre a criança.”
Sobre o certificado recebido pela Diretora Executiva do IDIS, o programa Líderes Globais para a Primeira Infância é uma iniciativa de incidência política (advocacy) da World Forum Foundation que inspira e empodera novas lideranças. Professionais de primeira infância engajados em todo mundo se reúnem para ser treinados, compartilhar experiências, e colaborar. Globalmente e localmente eles se tornam corajosos, defensores inovadores que se levantam para provocar mudança duradoura com crianças e famílias.
Depois de quatro dias de debates e muita troca dentre os participantes, o World Forum on Early Care and Education foi encerrado com uma reflexão sobre como é possível mudar o mundo a partir das diferenças, deixando inspirados os líderes que vão transformar a realidade mundial.
Com o tema “Global Goals, Citizen Solutions”, a edição de 2014 do Global Philantropy Forum reuniu nos dias 23 a 25 de abril, na Califórnia, filantropos do mundo e contou, pela primeira vez, com uma delegação de investidores sociais brasileiros, liderada pelo IDIS e pelo GIFE. Dentre os destaques do evento, palestraram o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e a ex-primeira-ministra da Noruega e membro do grupo The Elders, Gro Brundtland.
O tema da edição deste ano do Global Philanthropy Forum foi “Global Goals, Citizen Solutions” (“Metas Globais, Soluções Individuais”, em tradução livre). Dentre os palestrantes deste ano destacaram-se o Presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, o Presidente da Fundação Ford, Darren Walker, e a ex-Primeira Ministra da Noruega, e membro do Grupo The Elders, Gro Brundtland. O Brasil também contou com duas palestrantes, Paula Fabiani, Diretora Executiva do IDIS, que falou sobre a nova geração de redes de investidores sociais, e Beatriz Gerdau Johannpeter, que debateu a filantropia comunitária no Brasil.
A delegação de brasileiros conduzida pelo IDIS em parceria com o GIFE visitou, na véspera do evento, dia 22 de abril, o escritório do Google na cidade da Califórnia, onde foi recepcionada por Jacquelinne Fuller, Diretora do Google.org. Jacquelinne apresentou à Delegação a estratégia de filantropia global do Google, que procura investir em projetos que reúnam transformação social de impacto e tecnologia, Da delegação fizeram parte filantropos e membros de organizações como Fundação Roberto Marinho, Fundação Bradesco, Instituto Coca-Cola, Instituto Abramundo, e Instituto Votorantim, dentre outros.
O Global Philanthropy Forum é uma iniciativa da World Affairs Council, e no Brasil é representado pelo IDIS, que realiza desde 2012, em parceria com a organização americana, o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, gratuito e exclusivo para convidados. Segundo João Paulo Vergueiro, que é Gerente de Relações Institucionais do IDIS e está responsável pela edição brasileira do Global Philanthropy Forum, ” a versão realizada nos Estados Unidos, é uma referência importante para que saibamos o que a filantropia mundial está debatendo, suas tendências e inovações. A edição brasileira está bastante alinhada com ela e reúne cento e cinquenta participantes e uma seleção qualificada de palestrantes internacionais e nacionais para se somar aos filantropos brasileiros que compartilham da sua experiência e inspiração.”
Enquanto os olhos do mundo se voltam para o Brasil às vésperas da Copa, um grupo de líderes globais vai se reunir em São Paulo para debater o papel das mulheres na economia da América Latina, discutir maneiras de aumentar a inclusão feminina e entender a relação entre negócios, deenvolvimento e direitos humanos.
Essas serão algumas das questões abordadas no 3º Women´s Forum Brazil, que vai acontecer em 26 e 27 de maio, em São Paulo, e cujo tema será “Criando uma economia próspera para todos”.
Entre os palestrantes estarão a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira; a diretora da Clinton Global Initiative, Penny Abeywardena; a CEO do Magazine Luiza, Luiza Trajano; e a vice-presidente executiva do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Julie Katzman.
O evento é um desdobramento do Women’s Forum for the Economy and Society (http://www.womens-forum.com/), uma iniciativa criada em 2005 em Paris e que se tornou uma importante plataforma mundial para as mulheres expressarem suas vozes e seus pontos de vista sobre temas econômicos e sociais relevantes.
São Paulo, abril de 2014. O Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – IDIS realizará, em 29 de maio de 2014 (quinta-feira), o Encontro de Investidores Sociais do Amazonas, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), em Manaus.
O evento vai acontecer em 29 de maio e tem como objetivo oferecer um espaço exclusivo para trocas de experiências e ideias entre investidores sociais, visando aprendizado e fortalecimento de seu papel estratégico no desenvolvimento da região em que atuam. Também pretende contribuir para a identificação de filantropos e potenciais doadores que, atuando em rede, se associem às prioridades e políticas públicas existentes para benefício da sociedade no Estado do Amazonas e em todo o país.
A programação contempla palestras e debates que vão abordar o Investimento Social Privado (ISP) como agente de desenvolvimento da sociedade nas esferas humana, econômica, comunitária e social e apresentará casos, como o de desenvolvimento da primeira infância, realizado em parceria pelo IDIS com Bernard van Leer Foundation, Fundação Amazonas Sustentável e Secretaria da Saúde do Estado do Amazonas. Dentre os palestrantes já confirmados estão Armando Ennes do Valle Júnior, da Whirlpool Latin America; Antonio Carlos da Silva, do Grupo Simões e Presidente da FIEAM; Leonardo Yanez, da Bernard van Leer Foundation e Renato Paes de Barros, Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
O evento tem organização do IDIS e conta com parceria da Charities Aid Foundation (CAF), do Instituto C&A, do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM) da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e da Fundação Amazonas Sustentável, e apoio financeiro da Fundação Rockefeller.
A participação é gratuita, porém restrita a convidados.
Informações Encontro de Investidores Sociais do Amazonas
Credenciamento de imprensa: Para o credenciamento de imprensa é necessário enviar para comunicacao@idis.org.br: nome completo, nome do veículo, editoria, número do RG, telefone fixo e celular. O acesso a jornalistas será permitido nas palestras do período da manhã.
Data: 29 de maio – quinta-feira
Horário: 9 às 17 horas
Local: Auditório da FIEAM – Av. Joaquim Nabuco, 1919 – Centro, Manaus
Sobre o IDIS
O Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – IDIS (www.idis.org.br), fundado em 1999, é uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) pioneira no apoio técnico e consultoria ao investidor social no Brasil e na América Latina. Facilita o engajamento de pessoas, famílias, empresas e comunidades em ações sociais estratégicas transformadoras da realidade, contribuindo para a redução das desigualdades sociais no País. Sua missão é apoiar o investimento social privado para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e sustentável. Sua atuação se dá de duas formas: desenvolvendo e disseminando conteúdo e atendendo à demanda, por apoio técnico, de empresas, fundações, institutos e indivíduos.
18/02/2014 – Será realizado em março, em São Paulo, entre os dias 19 e 21, a oitava edição do Congresso GIFE, evento que pretende reunir mais de 1000 pessoas interessadas em discutir as principais questões colocadas sobre o investimento social brasileiro.
A programação oficial do Congresso GIFEacaba de ser lançada e ao longo do Congresso dezenas de palestrantes nacionais e internacionais estarão à frente das plenárias, mesas e atividades abertas. O IDIS participará de uma mesa com a presença da sua Diretora Executiva, Paula Jancso Fabiani.
A oitava edição do Congresso GIFE será norteada por questões como:Quais foram os reais impactos gerados pelo investimento social nos últimos 20 anos? Quais são os atuais desafios estabelecidos para este investimento? O que fazer para que ele seja no futuro cada vez mais transformador da sociedade?
Pamela Ribeiro, coordenadora de conhecimento do GIFE e responsável pela programação do Congresso, destaca que o grande diferencial desta edição do evento – que acontece a cada dois anos desde 2000 – é que ele traz temas mais amplos e urgentes colocados pela sociedade civil, aproximando o investimento social destas questões.
“Procuramos construir o Congresso tendo como base dois cenários atuais. O primeiro é que hoje o investimento social está muito mais dinâmico e heterogêneo e se alinha, cada vez mais, à estratégia de sustentabilidade e negócio das empresas. E, o segundo, ele está inserido dentro de uma sociedade civil e não pode trabalhar de forma isolada. Ele tem que ser pensado e articulado a todos os outros atores sociais que existem. Ou seja, sua relevância passa a estar vinculada à capacidade de fortalecer outras dimensões da atuação social, seja pelo aprofundamento da responsabilidade social empresarial, pela contribuição às políticas públicas ou pelo fortalecimento das organizações da sociedade civil”, destaca.
Para dar luz a estas questões, a programação foi construída a partir de quatro eixos centrais: inovação, impacto, escala e redes.
Durante todo o Congresso, serão promovidas ainda oficinas, lançamentos de livros e atividades abertas, com ações organizadas por associados e parceiros. A programação aberta tratará de temas atuais do investimento social transformador em diálogo com a programação oficial. Entre as discussões estarão assuntos como transparência e accountability, ampliação da cultura de doação, a relação entre institutos e fundações e suas mantenedoras e as possíveis conexões entre o investimento social privado e políticas públicas.
Para saber mais informações e participar do Congresso, basta acessar a página www.congressogife.org.br.
A ONG Brasil firmou-se, em sua quinta edição, como o maior evento sobre responsabilidade social da América Latina. Cerca de 500 expositores e 15 mil visitantes foram ao Expo Center Norte, em São Paulo, entre 28 e 30 de novembro. A exposição contou com mais de 100 palestras e participação intensa do governo federal, representado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, que ocupou um dos maiores estandes e promoveu debates diariamente.
“Este é o segundo ano em que o governo federal participa do evento, e é a Secretaria-Geral quem apoia a presidenta no relacionamento com entidades da sociedade civil”, afirmou a assessora especial da Pasta, Lais de Figueiredo Lopes, no primeiro dia do evento, durante a palestra “As parcerias entre o Estado e organizações da sociedade civil e o marco regulatório”. O debate tratou da norma que está sendo elaborada para regulamentar as relações entre entes estatais e entidades sociais. “A sociedade civil propôs o diálogo em 2010, a presidenta Dilma Roussef se comprometeu e o ministro-chefe, Gilberto Carvalho, desenvolveu uma agenda”, contou Lais.
Entre os exemplos de diálogo do governo federal com a sociedade civil, a assessora especial chegou a citar a iniciativa do IDIS, que está desenvolvendo uma proposta de regulamentação específica para fundos patrimoniais no Brasil, com o objetivo de aprimorar a sustentabilidade do setor.
A diversidade dos debatedores nos seminários organizados pela Secretaria-Geral reforça o objetivo de dialogar com diversos setores: participaram representantes de ministérios, do terceiro setor (como Vera Masagão, diretora da Abong) e da área acadêmica (como o pesquisador Félix Lopes, do Ipea). Em seu estande, o órgão estatal também promoveu conversas sobre temas de interesse da área.
Primeira palestra
A primeira atividade da feira, no entanto, não contou com a presença do governo federal. O foco da palestra “Happy returns: Por que boas causas são bons negócios”, organizada pela Humanitare Foundation, foi justamente iniciativas sociais que passam por soluções de mercado. A fala de Joris Van Wijk, diretor da UBM Brasil – organizadora do evento, subsidiária de umas das maiores multinacionais de mídia de negócios –, resumiu bem o tom do resto do debate: “Boas causas são bons negócios, e juntos podemos mais”.
Na mesma linha, a jornalista Patrícia Trudes, coordenadora-executiva do Prêmio Folha Empreendedor Social, queixou-se da visão de que filantropos têm de ser pessoas “abnegadas”. “No Brasil, ainda se separa fazer o bem de fazer dinheiro, persiste a ideia de que filantropia não pode gerar lucros.”
Sheila Pimentel, da Humanitare Foundation – entidade que promove as ações da ONU com a sociedade civil –, também ressaltou a importância de mudar a mentalidade do setor social privado em relação ao lucro: “Antes, o terceiro setor tinha vergonha de falar em dinheiro, e o que a Humanitare quer é ajudar projetos a se bancarem empresarialmente”.
Soluções sociais que passam pelo mercado estão sendo discutidas até no Fórum de Davos, tradicionalmente associado apenas a discussões econômicas. O diretor global de cidadania corporativa da consultoria KPMG, Michael Hastings, citou inclusive um documento produzido no último encontro na cidade suíça. “Nas Metas do Milênio, da ONU, não havia empresas, mas agora elas são centrais para a discussão de desenvolvimento econômico, social e ambiental”, declarou Hastings.
Não poderiam faltar na mesa, portanto, exemplos de projetos sociais lucrativos. O cônsul honorário do Brasil na Áustria, Lothar Wolff, citou o caso de uma empresa austríaca que produz biogás com lixo orgânico e que está fazendo um projeto-piloto em dez churrascarias de Curitiba. O projeto tem não só apelo ambiental como impacto na alimentação, pois, como explicou Wolff, o “biogás costuma ser produzido com plantações que tomam áreas de cultura de alimentos”.
Outro exemplo foi o marketing relacionado à causa. A presidente do Banco de Alimentos, Luciana Quintão, falou do projeto de sua organização com a Tramontina – parte do dinheiro obtido com a venda de produtos exclusivos é destinada à entidade social. “É uma cultura nova no Brasil. É preciso procurar empresas, convencer de que é bom, quebrar uma série de barreiras”, defendeu.
Os cookies ajudam você a navegar com eficiência e executar certas funções no site.
Os cookies identificados como “necessário” serão armazenados automaticamente em seu navegador, não sendo possível optar pela sua não utilização, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.
Os demais cookies somente serão armazenados em seu navegador mediante seu prévio consentimento.
Abaixo, você encontrará informações detalhadas sobre os cookies, as suas categorias e poderá optar por ativar ou desativar esses cookies. Importante, a não ativação deles pode afetar sua experiência de navegação.
Em nosso site utilizamos os seguintes cookies
Necessário
Os cookies necessários ajudam a tornar o site utilizável, habilitando funções básicas, como navegação pelas páginas e acesso às áreas seguras do site. O site não funciona corretamente sem esses cookies.
Cookie: Consent
Duração: 2 anos
Descrição: utilizado para verificar se o visitante aceitou a categoria de marketing no banner de cookies.
Cookie: Phpsessid
Duração: Sessão
Descrição: preserva o estado da sessão do usuário em todas as solicitações da página.
Cookie: test_cookie
Duração: 1 dia
Descrição: não classificado.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.
Cookies Adicionais
// Estatísticos
Os cookies estatísticos ajudam os proprietários a identificar quantos visitantes interagem com seus sites, coletando e relatando informações de forma anônima.
Cookie: _ga
Duração: 2 anos
Descrição: registra um ID único que é usado para gerar dados estatísticos sobre como o visitante utiliza o site.
Cookie: _ga#
Duração: 2 anos
Descrição: usado pelo Google Analytics para coletar dados sobre o número de vezes que um usuário visitou o site, bem como datas da primeira e mais recente visita.
Cookie: _gat
Duração: 1 dia
Descrição: usado pelo Google Analytics para acelerar a taxa de solicitação.
Cookie: _gid
Duração: 1 dia
Descrição: registra um ID único que é utilizado para gerar dados estatísticos sobre a forma como o visitante utiliza o website.
// Marketing
Os cookies de marketing são usados para monitorar os visitantes em diferentes sites. A intenção é exibir anúncios que sejam relevantes e atraentes aos usuários e, portanto, mais vantajosos aos publicadores e anunciantes terceiros.
Cookie: _gcl_au
Duração: 3 meses
Descrição: recomendado pelo Google Ad Sense para experimentar a eficiência de publicidade em sites da Web usando seus serviços
Cookie: ads/ga-audiences
Duração: sessão
Descrição: usado pelo Google Ad Words para reconquistar visitantes que provavelmente se converterão em clientes com base no comportamento online do visitante em vários sites.
Cookie: LAST_RESULT_ENTRY_KEY
Duração: sessão
Descrição: usado para rastrear a interação do usuário com o conteúdo incorporado.
Cookie: LogsDatabaseV2:V#||LogsRequestsStore
Duração: permanente
Descrição: não classificado.
Cookie: nextld
Duração: sessão
Descrição: usado para rastrear a interação do usuário com o conteúdo incorporado.
Cookie: pagead/1p-user-list/#
Duração: sessão
Descrição: rastreia se o usuário demonstrou interesse em produtos ou eventos específicos em vários sites e detecta como o usuário navega entre os sites. Isso é usado para medir os esforços de publicidade e facilita o pagamento de apostas de taxas de referência entre sites.
Cookie: remote_sid
Duração: sessão
Descrição: necessário para a implementação e funcionalidade do conteúdo de vídeo do YouTube no site.
Cookie: requests
Duração: sessão
Descrição: usado para rastrear a interação do usuário com o conteúdo incorporado.
Cookie: ServiceWorkerLogsDatabase#SWHealthLog
Duração: permanente
Descrição: necessário para a implementação e funcionalidade do conteúdo de vídeo do YouTube no site.
Cookie: TESTCOOKIESENABLED
Duração: 1 dia
Descrição: usado para rastrear a interação do usuário com o conteúdo incorporado.
Cookie: VISITOR_INFO1_LIVE
Duração: 180 dias
Descrição: não classificado
Cookie: VISITOR_PRIVACY_METADATA
Duração: 180 dias
Descrição: não classificado
Cookie: YSC
Duração: permanente
Descrição: não classificado
Cookie: yt.innertube::nextld
Duração: permanente
Descrição: registra um ID único para manter estatísticas de quais vídeos do You Tube o usuário viu.
Cookie: YtldbMeta#databases
Duração: permanente
Descrição: usado para rastrear a interação do usuário com o conteúdo incorporado.
Cookie: yt-remote-cast-available
Duração: sessão
Descrição: armazena as referências da camada de vídeo do usuário usando vídeo do YouTube incorporado.
Cookie: yt-remote-cast-installed
Duração: sessão
Descrição: armazena as referências da camada de vídeo do usuário usando vídeo do YouTube incorporado.
Cookie: yt-remote-cast-devices
Duração: sessão
Descrição: armazena as referências da camada de vídeo do usuário usando vídeo do YouTube incorporado.
Cookie: yt-remote-cast-id
Duração: sessão
Descrição: armazena as referências da camada de vídeo do usuário usando vídeo do YouTube incorporado.
Cookie: yt-remote-cast-period
Duração: sessão
Descrição: armazena as referências da camada de vídeo do usuário usando vídeo do YouTube incorporado.
Cookie: yt-remote-cast-name
Duração: sessão
Descrição: armazena as referências da camada de vídeo do usuário usando vídeo do YouTube incorporado.
// Não classificados
Cookies não classificados são cookies que estamos no processo de classificar, junto com os provedores de cookies individuais.
Cookie: dinTrafficSource
Duração: 3 meses
Descrição: não classificado
Habilite os cookies estritamente necessários primeiro para que possamos salvar suas preferências!