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Fundo Emergencial para a Saúde – Coronavírus Brasil

Realizado pelo IDIS, Movimento Bem Maior e BSocial, o Fundo Emergencial para a Saúde foi uma das primeiras iniciativas lançadas motivadas pela pandemia, alcançou números expressivos: captou R$ 40,4 milhões em sete meses de operação e teve 61 beneficiários, sendo 59 hospitais filantrópicos, um instituto de pesquisa e uma organização social, contribuindo para o fortalecimento do sistema público de saúde. Entre os mais de 11 mil doadores, empresas de diferentes portes e áreas de atuação, além de famílias engajadas com ações filantrópicas e a sociedade civil em geral. Os recursos arrecadados foram revertidos em equipamentos hospitalares para UTI e materiais como respiradores, testes para diagnósticos da Covid-19, máscaras, luvas, entre outros.

“Essa onda de solidariedade trouxe, definitivamente, o fortalecimento da cultura de colaboração no país e do trabalho em rede. Pois, o desafio de enfrentar uma pandemia mundial fez o cenário nacional da filantropia emergir com uma velocidade sequer imaginada”, afirma a diretora-executiva do Movimento Bem Maior, Carola Matarazzo.

Esta ação é mais um exemplo de como a colaboração entre a sociedade civil, empresas e poder público foi importante para enfrentar os efeitos da pandemia e os desafios emergenciais diante deste cenário. A forma como a pandemia se espalhou, mostrou a importância de estender os recursos para estados em situação mais vulnerável, como Pernambuco, Amazonas, Acre, Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais entre outros. Em Manaus, onde a mortalidade foi elevada, quase R$1 milhão de reais foram encaminhados a dois hospitais da cidade. Santas Casas de várias partes do país também receberam recursos para enfrentar a pandemia.

A criação de fundos emergenciais foi grande durante a pandemia, e em 2021, um projeto de lei foi aprovado no Senado e agora tramita na Câmara para sua regulamentação. Considerando que serão mais comuns a partir de agora, as instituidoras optaram por fazer um relatório de prestação de contas diferente, compartilhando além de números, os aprendizados da experiência e dicas para a criação de outros fundos emergenciais. A publicação detalha desde como se deve fazer a escolha dos parceiros instituidores do fundo, a definição da estrutura jurídica, de gestão e governança, passando pelas campanhas de comunicação e mobilização de redes, pelas estratégias de captação de recursos até sua destinação.

“Participar do Fundo Emergencial foi uma oportunidade de agir no momento de necessidade do nosso país frente à pandemia. Oferecer um caminho para fazer as doações chegarem aos hospitais filantrópicos, levando recursos a linha de frente de combate ao COVID. Transparência, união, força e solidariedade foram valores que nos guiaram.”, enfatizou Maria Eugênia Duva Gullo, BSocial, cofundadora da Bsocial.

 

Resultados do Fundo Emergencial para a Saúde

  • R$ 40,4 milhões em recursos mobilizados
  • 61 instituições de 25 estados foram beneficiadas
  • 3,7 milhões de EPIs distribuídos
  • 362 mil testes para COVID-19 realizados
  • 3.621 equipamentos hospitalares adquiridos
  • Mais de 11 mil doadores, entre empresas de diferentes portes e áreas de atuação, além de famílias engajadas com ações filantrópicas e a sociedade civil em geral

Assista ao vídeo:

 

Confira o relatório do Fundo Emergencial para a Saúde e como criar um Fundo Emergencial:

Santander

Capacitação para a Estruturação de Fundos Patrimoniais Filantrópicos

Em 2021, IDIS e a área de Sustainable Solutions do Santander Private Banking uniram-se em uma iniciativa de fomento à estruturação de fundos patrimoniais (ou endowments) no Brasil. A pouca informação sobre o tema, a necessidade de ampliar o conhecimento de organizações e os ainda parcos exemplos de endowments criados nos parâmetros da Lei 13.800/19, que regulamentou esse tipo de modelo, motivaram a iniciativa: um programa de capacitação em fundos patrimoniais para organizações com interesse em criar estruturas próprias.

O conceito e suas aplicações práticas foram apresentadas em um evento online e gratuito, do qual participaram mais de 200 convidados. Os interessados em se aprofundar e receber a capacitação puderam então fazer suas inscrições.

Dentre escolas de ensino superior, fundações de apoio e outras instituições públicas ou privadas, sem fins lucrativos e de cunho social, como hospitais filantrópicos, associações privadas de assistência social, de proteção ao meio ambiente e de promoção ao desenvolvimento, foram selecionadas 21 organizações para participar do programa, que incluiu material customizado em encontros virtuais coletivos, três sessões de mentoria individual para cada uma das instituições com a equipe do IDIS, além de grupos de discussão para compartilhamento de experiências.

 

RESULTADOS

Além aumento na conscientização sobre o conceito de fundos patrimoniais entre as todas as entidades participantes, houve também desdobramentos bastante práticos:

  • 1 organização gestora de fundo patrimonial foi formalmente instituída dentro da Lei 13.800/19 (Fundação Gestora do Fundo Patrimonial da USP)
  • 1 fundo patrimonial estatuariamente constituído dentro da instituição de assistência social
  • 1 organização gestora de fundo patrimonial de educação em constituição
  • 1 fundo patrimonial para educação e tecnologia em constituição
  • 1 planejamento para criação de fundo patrimonial aprovado pelas instâncias decisórias da instituição de educação apoiada
  • 6 planos de estruturação do fundo patrimonial robustos e prontos a serem apresentados às instâncias decisórias das instituições de saúde, educação, meio ambiente apoiadas

 

Esta iniciativa reforça o comprometimento do IDIS com o fortalecimento dos Fundos Patrimoniais no Brasil. Além da produção de conhecimento, estamos à frente da Coalizão pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos, ação de advocacy para o avanço da regulamentação. Saiba mais em: idis.org.br/coalizao

Sobre o Santander

Em atividade no mercado local desde 1982, o Santander é o terceiro maior banco privado do Sistema Financeiro Nacional. A instituição atua com foco no banco comercial, que representa a maior parte de suas receitas, e está presente em dez mercados principais, na Europa e nas Américas. Atualmente, é o principal conglomerado financeiro na América Latina, onde tem posições de destaque no Brasil, México, Argentina e Chile. O propósito do Santander é “contribuir para que as pessoas e os negócios prosperem”. É um dos maiores bancos da zona do euro com mais de 21 milhões de clientes ativos.

A área de Sustainable Solutions, dentro do Santander Private Banking Brasil, é responsável por três grandes temas:

Fundos patrimoniais: Em parceria com os times de Universidades e Governos & Instituições, apoiam instituições de ensino, hospitais e demais organizações sociais no desenvolvimento de seus fundos patrimoniais filantrópicos de acordo com os termos da Lei 13.800/19 ou como uma boa prática;

Filantropia Familiar: Desenvolvimento do tema dentro dos núcleos familiares, gerando conhecimento, proporcionando conexões e auxiliando famílias interessadas em deixar um legado filantrópico para o Brasil e para as próximas gerações;

Abordagem ESG para todo o segmento Private, ampliando a oferta de produtos que integram fatores ambientais, sociais e de governança corporativa.

 

Gerando Falcões

Fundada em 2011 por Edu Lyra, Lemaestro, Mayara Lyra e Amanda Boliarini, a Gerando Falcões  é um ecossistema de desenvolvimento social que atua em rede para acelerar o poder de impacto de líderes de favelas de todo país que possuem um sonho em comum: colocar a pobreza das favelas no museu. Com foco em iniciativas transformadoras, capazes de gerar resultados de longo prazo,  entrega serviços de educação, desenvolvimento econômico e cidadania em territórios de favela e executa programas de transformação sistêmica de favelas, como o Favela 3D.

Entre 2020 e 2021, o IDIS foi responsável pela Avaliação de Impacto das Oficinas de Esporte e Cultura com crianças e adolescentes e do Programa de Qualificação Profissional com jovens e adultos, realizado em São Paulo. A metodologia escolhida foi a SROI (Social Return on Investment), que além de orientar a gestão para a tomada de decisões, traz insumos para a comunicação do impacto junto à sociedade e financiadores.

SAIBA MAIS SOBRE AVALIAÇÃO DE IMPACTO

Foi demonstrado que a cada R$ 1,00 investido nas iniciativas avaliadas, R$3,50 são gerados na forma de benefício para a sociedade, um resultado positivo e relevante, confirmado por testes de robustez e análises de sensibilidade. Foi também identificado que o investimento da Gerando Falcões “paga-se socialmente” (payback) já no 2º ano após o investimento.

Edu Lyra Gerando Falcoes

Ao longo do estudo – que envolve não só análise quantitativa, mas também a realização de entrevistas e grupos focais – observou-se a importância para os resultados do “jeito Gerando Falcões” de atuar, com foco no desenvolvimento de uma atitude positiva e empoderadora junto a seus atendidos.

Características da Gerando Falcões como gestão, agilidade e engajamento da equipe mostraram-se importantes para alcançar os resultados desta avaliação e para mitigar os efeitos da pandemia de Covid-19. Ou seja, os resultados refletem não só a quantidade de atividades oferecidas, mas também a qualidade e adequação aos seus públicos e territórios.

O processo avaliativo ofereceu ainda orientações e sugestões de caminhos possíveis para que a organização possa aumentar cada vez mais o seu impacto e explorar os seus potenciais, seja por meio das atividades desempenhadas pela Gerando Falcões em suas unidades seja pela possibilidade de exportar a metodologia para as organizações aceleradas pela Gerando Falcões por todo o Brasil.

MAIS SOBRE AVALIAÇÃO DE IMPACTO

Com ampla experiência e tendo a produção de conhecimento como um de nossos pilares de atuação, temos inúmeros materiais disponíveis a quem deseja se aprofundar

Avaliação de Impacto SROI

Acesse aqui.

Para saber mais sobre nossos serviços e falar com a equipe de consultoria, escreva para comunicacao@idis.org.br.

 

Fundação Sicredi

A Fundação de Desenvolvimento Educacional e Cultural do Sistema de Crédito Cooperativo (Fundação Sicredi) é uma Organização da Sociedade Civil, responsável pelo desenvolvimento de iniciativas sociais e culturais vinculadas aos valores do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi).

O Programa A União Faz a Vida é a principal ação de educação da instituição, desenvolvida desde 1995. Por meio dele, crianças e adolescentes passam por um processo de aprendizagem de atitudes e valores de cooperação e cidadania, a partir de metodologia educacional própria, baseada no desenvolvimento de projetos.

Em 2020, apoiamos a Fundação Sicredi fazendo uma Avaliação de Impacto do Programa A União Faz a Vida, aplicando a metodologia SROI (Social Return on Investment). Para sua realização, foi estabelecido como escopo do estudo a mensuração dos impactos percebidos por alunos e professores do Ensino Fundamental I de quatro centrais onde a iniciativa acontecia há pelo menos 1 ano.
O estudo comprovou que o Programa A União Faz a Vida atinge seu propósito de transformar crianças e jovens em protagonistas de seu processo de aprendizagem e sua atuação cidadã, para que promovam impactos positivos em suas comunidades. Esses impactos excedem em 4,07 vezes o investimento realizado pela Fundação, ou seja, para cada R$ 1,00 investido no Programa, são gerados R$ 4,07 em benefícios sociais.

Conheça o vídeo que conta esta história:

 

Avaliação de Impacto e Captação de Recursos

Os resultados revelados com a Avaliação de Impacto, além de permitirem a potencialização dos impactos do projeto, também funcionam como um poderoso meio para Captação de Recursos. Uma mensuração objetiva a respeito da transformação social oriunda de um Programa ou índices de retorno sobre o investimento são maneiras de fazer um doador se sentir mais confiante de que seu recurso está sendo bem utilizado e de que a organização tem uma boa gestão sobre a iniciativa.

 

Saiba mais no artigo ‘Avaliar o Impacto Social é também uma estratégia de Comunicação e Captação de Recursos’.

Leia o relatório completo clicando aqui.

Instituto Fefig

Ao longo de 2019 e 2020, o IDIS apoiou o Instituto Fefig oferecendo workshops de reflexão sobre os conceitos de diretrizes estratégicas de investimento e sobre monitoramento e avaliação de projetos e programas sociais. Por meio da realização de três estudos de caso com projetos já apoiados pelo Instituto, exercitamos na prática o processo de planejar estratégias de monitoramento por meio da definição de indicadores e modelos de relatórios de prestação de contas para acompanhar a aplicação dos recursos investidos. Em seguida, elaboramos um documento orientativo com boas práticas sobre validação de organizações e processos de monitoramento e avaliação de iniciativas de impacto social, para dar suporte à elaboração de políticas de seleção e acompanhamento das organizações que recebem financiamento do Instituto Fefig.

Conduzimos também o processo de  recrutamento, seleção e treinamento de um profissional que foi contratado pelo Instituto Fefig para assumir as atividades de avaliação dos projetos apoiados pela organização e para garantir que todos os conceitos discutidos e exercitados ao longo do projeto fossem colocados em prática na gestão do Instituto Fefig.

Em 2022, com processos e projetos já mais estabelecidos, o IDIS foi contratado novamente, desta vez com o objetivo de contribuir para o desenho de um plano de captação de recursos, seguido de um plano de comunicação, capazes de ampliar a visibilidade e o reconhecimento público do Instituto e atrair novos financiadores.

“O IDIS nos apoiou em dois momentos muito relevantes. O primeiro, na formação do Instituto Fefig nos mostrando os melhores métodos e profissionalismo. Mais recentemente, esteve conosco no passo talvez mais importante e sensível de nossa entidade, contribuindo para atrairmos parceiros de maneira que pudéssemos escalar nossas iniciativas, ajudando ainda mais crianças e jovens brasileiros a terem uma oportunidade de verdade em nosso país”, comenta Luiz Fernando Figueiredo, presidente do Instituto Fefig.

Fundado em 2018, o Instituto Fefig é uma organização da sociedade civil, cuja missão é promover a qualidade de vida e o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, gerando impacto e transformação social permanente. O Instituto atua por meio do processo de grantmaking, possibilitando, assim, o fortalecimento das organizações que já trabalham com causas alinhadas com a missão da organização.

 

Instituto Mamirauá

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, fundado em abril de 1999, é uma Organização Social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, cuja atuação se dá por meio da realização de programas de pesquisa, manejo de recursos naturais e desenvolvimento comunitário, principalmente na região do médio Solimões, estado do Amazonas, tendo como base a cidade de Tefé.

Os objetivos do Instituto Mamirauá incluem a aplicação da ação de ciência, tecnologia e inovação na adoção de estratégias e políticas públicas de conservação e uso sustentável da biodiversidade da Amazônia. Também abrangem a construção e a consolidação de modelos para o desenvolvimento econômico e social de pequenas comunidades ribeirinhas por meio do desenvolvimento de tecnologias socialmente e ambientalmente adequadas.

O Instituto Mamirauá contou com apoio técnico do IDIS para diagnosticar e avaliar a viabilidade de constituição de Fundo Patrimonial Filantrópico. Para esse diagnóstico, foram realizadas entrevistas com lideranças da organização, análise dos documentos e do histórico de atuação do Instituto, além da condução de pesquisa de benchmarking com organizações de referência no Brasil e no mundo.

A partir dos resultados da etapa diagnóstica, o IDIS realizou um workshop junto à equipe do Instituto para avaliar as oportunidades e riscos institucionais e financeiros envolvidos na estruturação do Fundo Patrimonial. Nesse momento, foram analisadas as alternativas para a constituição do fundo patrimonial tendo em vista as exigências e vantagens da Lei 13.800/2019, bem como levantadas as alternativas de fontes de recursos para a sua composição e as diretrizes para futura governança.

ASA – Associação Santo Agostinho

Em 2020, o IDIS apoiou ASA – Associação Santo Agostinho em seu processo de reflexão estratégica com foco na reformulação de sua governança, aprimoramento nos processos de gestão e estruturação de seu fundo patrimonial. A consultoria contemplou (1) o diagnóstico da organização nos temas de gestão, governança e fundo patrimonial, além de realização de pesquisa benchmarking;  (2) condução de grupos de trabalho com membros da governança da ASA para a reflexão estratégica sobre os temas abordados no diagnóstico (3) a implementação das mudanças sugeridas no projeto de reflexão por meio da revisão do Estatuto Social e criação de regimentos internos.

O processo de escuta e reflexão contou com a participação de 14 membros do Conselho de Administração e Fiscal da ASA, além de sua equipe interna, totalizando 8 meses de trabalho e culminando na aprovação das diretrizes e documentos de governança em reuniões do Conselho de Administração e da Assembleia Geral.

“Para nós uma parceria como esta, que muito nos enriqueceu, deve sim ser compartilhada. Além dos ganhos, apoiamos a transparência e o profissionalismo nesta fase de transformações que a ASA abraçou com coragem e determinação.”, comenta Teli Cardoso, presidente do conselho administrativo da ASA.

A ASA – Associação Santo Agostinho é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação na cidade de São Paulo, que desde 1942 oferece atendimento a crianças, adolescentes e idosos em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal com respeito e dignidade a estes públicos.

Para desenvolver suas atividades, a ASA conta com convênios com a Prefeitura de São Paulo, projetos desenvolvidos em parceria com empresas, a comercialização de produtos diversos em seu brechó e a captação de doações junto a pessoas físicas e jurídicas.

Anglo American

Desafio

O Brasil é um país repleto de desafios complexos e interconectados que abrangem diferentes setores da sociedade. Neste cenário, organizações empresariais podem desempenhar um papel importante na mitigação dessas problemáticas. 

No entanto, para que essa atuação seja o mais estratégica possível, surge uma dúvida: como definir um escopo de atuação certeiro, que possa gerar impactos efetivos na sociedade, compreendendo as necessidades locais, sem perder de vista a sinergia com a atuação global do investimento social privado da empresa?

Foi com esse desafio que a Anglo American procurou o IDIS. A empresa tinha o objetivo de compreender os principais desafios enfrentados pelo país e, a partir desse conhecimento, identificar as melhores oportunidades para direcionar seus investimentos sociais de forma estratégica. 

Solução

Sendo o parceiro local da Anglo American, o IDIS propôs à organização uma jornada de compreensão do contexto brasileiro de desenvolvimento social, por meio de uma pesquisa das capacidades dos principais atores para a promoção desse desenvolvimento. A pesquisa consistiu na investigação de diversos aspectos, desde as necessidades e lacunas existentes no país, até estratégias, políticas, intervenções e programas adotados para aprimorar essas problemáticas no contexto brasileiro.

A primeira etapa foi dedicada a uma pesquisa minuciosa em revisões, estudos e na literatura existente sobre ‘capacity building/capability development’ no Brasil. Era fundamental compreender o cenário brasileiro, identificar tendências e oportunidades que pudessem orientar os próximos passos da empresa. 

A etapa revelou que muitos dos desafios de desenvolvimento do país decorrem de lacunas na capacidade de gestão dos governos municipais, principalmente em sua dimensão fiscal. Municípios maiores, com o apoio de iniciativas do governo federal ou organizações da sociedade civil, têm tentado melhorar suas capacidades de arrecadação de impostos, mas os municípios menores não têm a mesma margem para mudança.

Em seguida, na segunda etapa, foi feita uma pesquisa benchmarking. Nesse momento, foram analisadas cuidadosamente práticas de programas de “capacity building/capability development” desenvolvidos por empresas comparáveis à Anglo American no Brasil. O objetivo foi coletar referências valiosas que pudessem servir como guia estratégico para a atuação da empresa.

Com toda essa bagagem de conhecimento e referências em mãos, era hora de olhar para dentro da organização. Na terceira etapa, foi realizada uma análise de iniciativas já realizadas pela própria empresa no Brasil. Esse estudo representou uma oportunidade de aprendizado, permitindo identificar o que deu certo, os desafios enfrentados e como aprimorar ainda mais suas práticas de investimento social privado voltadas ao fomento das capacidades de atores locais para a promoção do desenvolvimento.

Na quarta etapa, foram buscados ativamente stakeholders e empresas pares da Anglo American. Por meio de entrevistas cuidadosamente conduzidas, suas perspectivas foram escutadas, permitindo a identificação de riscos, lacunas e desafios do investimento social privado voltado ao desenvolvimento de capacidades nos setores público e da sociedade civil. Essa abordagem permitiu obter um panorama mais abrangente e informado sobre as expectativas e preocupações dos envolvidos, contribuindo para o aprimoramento das estratégias e ações da empresa.

Resultados

Após percorrer todas essas etapas de pesquisa, entrevistas e análise, o IDIS preparou um relatório completo com tudo o que foi levantado. Os mapeamentos e insights obtidos ao longo do processo foram cuidadosamente documentados e apresentados neste relatório. A empresa pôde, por fim, visualizar com ainda mais clareza os desafios, bem como as oportunidades para sua atuação no país, o que permitiu a construção de um planejamento estratégico global com um olhar atento para as particularidades locais

Sobre a organização

A Anglo American é uma empresa líder global em mineração com um portfólio que abrange diamantes, platina, cobre, minério de ferro e carvão siderúrgico – com nutrientes agrícolas em desenvolvimento. A empresa tem operações na África, Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e América do Sul. O objetivo da Anglo American é “Repensar a mineração para melhorar a vida das pessoas”. A estratégia de sustentabilidade da empresa é impulsionada pelo seu Plano de Mineração Sustentável (SMP), que é construído em torno de três Pilares de Sustentabilidade Global projetados para apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Cada pilar tem três Stretch Goals. O SMP também inclui o Desenvolvimento Regional Colaborativo (CRD), um modelo de parceria inovador concebido para catalisar o desenvolvimento económico independente, escalável e sustentável nas regiões em torno das suas operações, com o objetivo de melhorar vidas através da criação de comunidades verdadeiramente prósperas, que perduram e prosperam muito além da vida útil da mina.

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Fundação André e Lúcia Maggi – FALM

A Fundação André e Lúcia Maggi (FALM) foca suas ações sociais na transformação de pessoas e comunidades para o desenvolvimento sustentável. O IDIS apoiou tecnicamente a Fundação capacitando a sua equipe. Na área de implantação de projetos o IDIS realizou o diagnóstico local dos municípios de interesse para a implantação de seus projetos, o relacionamento com a comunidade e a avaliação e monitoramento de seus projetos.

Avaliação de impacto

E em 2015 e 2016, o IDIS realizou a Avaliação SROI da Casa Maggica, iniciativa da Fundação André e Lúcia Maggi na cidade de Rondonópolis-MT. A Casa tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes de 7 a 16 anos por meio de atividades de contra turno escolar. O trabalho realizado pelo IDIS apresentou os resultados da Casa Maggica por meio da Avaliação do Retorno Social. A taxa de retorno social do investimento do Projeto Casa Maggica é
R$ 3,22, ou seja, para cada R$ 1 investido.

 

O processo contribuiu para a identificação de potenciais pontos de aprimoramento e focos prioritários, e para apoiar o planejamento estratégico e o processo de tomada de decisões da Fundação quanto aos desdobramentos, continuidade e expansão da Casa Maggica. Para a verificação das mudanças que ocorreram nos principais stakeholders do projeto e o levantamento de proxies financeiras para valoração dos impactos, a equipe do IDIS foi a campo em dois momentos e realizou grupos focais com crianças e adolescentes atendidos pela Casa Maggica, familiares e entrevistas com educadores do projeto e professores das escolas parceiras. Conheça aqui o relatório completo.

GOVERNANÇA

Em fevereiro de 2021, a Fundação André e Lucia Maggi propôs um workshop aos membros de seus Conselhos Curador e Fiscal sobre melhores práticas de governança de fundações empresariais. Realizado pelo IDIS, o intuito da capacitação era ampliar e atualizar o conhecimento dos membros, esclarecendo papéis e atribuições dos órgãos de governança .

Em formato online, devido à pandemia da COVID-19, o workshop contou com ampla participação dos conselheiros, que comemoraram os avanços já implementados na governança da FALM e discutiram pontos de melhoria na adoção de melhores práticas. Ao longo das conversas foi evidenciado que a evolução da governança é sempre um contínuo processo.

“É nítido e notório o processo evolutivo que temos percebido desde 2015 quando implantamos formações internas para o tema. Em 2021, com a atuação mais direta e suporte do IDIS, percebemos que o sentimento de pertencimento, de querer contribuir realmente para a organização se faz presente em todos os conselheiros da FALM. Isso nos enche de entusiasmo, pois estamos colhendo frutos para a perenidade da organização”, comenta Aletéa Rufino, Gerente de Investimento Social da FALM.

Depois desse primeiro workshop, a fundação verificou a necessidade de que fosse realizado um projeto de mentoria em governança para auxiliá-los na implementação das melhorias necessárias para a evolução da governança da FALM, bem como questões que surgiram no decorrer da execução do projeto.

Após participar de duas reuniões com o conselho fiscal da instituição e outras duas com o conselho curador, o IDIS pôde identificar quais os próximos passos de melhoria a curto e médio prazo.

SOBRE A Fundação André e Lucia Maggi

A Fundação André e Lucia Maggi é a instituição sem finalidade econômica responsável pela gestão do Investimento Social Privado (ISP) da AMAGGI, nos municípios onde a empresa está presente. A organização tem a missão de “contribuir para o desenvolvimento local e humano”, e a visão é de “transformar pessoas e comunidades para o desenvolvimento sustentável”. Seus programas e projetos buscam contribuir para o desenvolvimento local e territorial, engajamento das lideranças, capacitação de instituições sociais.

MAR – Museu de Arte do Rio

Em 2019 o IDIS apoiou tecnicamente o desenvolvimento da estrutura institucional do Fundo Patrimonial Filantrópico do Museu de Arte do Rio, criado com a missão de “ser fonte sustentável de recursos para promover o desenvolvimento de uma programação de excelência e garantir um acervo de qualidade para o MAR.”

O projeto de estruturação do Fundo já foi protocolado na secretaria de Cultura pelo Instituto Odeon, organização social que faz a gestão do MAR desde a sua inauguração, e está em validação pela prefeitura do Rio.

Inaugurado em março de 2013, o Museu de Arte do Rio – MAR é um marco no processo de revitalização da Praça Mauá, no centro histórico do Rio de Janeiro. Suas exposições unem dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longa e curta duração, de âmbito nacional e internacional. O museu surge também com a missão de inscrever a arte no ensino público, por meio de sua Escola do Olhar.

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

Realizado desde 2012, o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais oferece um espaço exclusivo para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. Todos os anos, o evento reúnes participantes entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais.

Para mapear e discutir o papel da filantropia para o desenvolvimento do Brasil, já recebemos lideranças como Jorge Gerdau Johannpeter, Lester M. Salamon, Swanee Hunt, Ana Paula Padrão, José Guimarães Monforte, Jane Wales, Gilberto Carvalho, Rob Garris, Viviane Senna, Peter Eigen, Guilherme Leal, Ana Lúcia Villela, Carlos Alberto Sardenberg, Carlos Wizard, entre outros.

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais é uma iniciativa conjunta do IDIS Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e do Global Philanthropy Forum (GPF).

Saiba mais aqui: www.idis.org.br/forum

FEHOSP

O projeto teve como objetivo fortalecer as Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo em sua capacidade de mobilização comunitária, para planejar e implantar programas e projetos por meio da captação de recursos. De janeiro a outubro de 2015, o IDIS realizou 660 horas de oficinas de capacitação em 11 municípios, nas quais 427 representantes de 104 hospitais receberam treinamento no tema de captação de recursos. As oficinas tiveram como conteúdo: diagnóstico situacional, elaboração e implantação do plano de mobilização de recursos. Os consultores do IDIS fizeram ainda 300 visitas de coaching para orientar individualmente todos os hospitais participantes na elaboração dos seus projetos de captação. Entre os resultados da iniciativa estão o fortalecimento da capacidade institucional, de gestão e de captação de recursos de cada instituição participante. Em quase 75% das organizações participantes houve aumento do volume de recursos captados após a participação no projeto.

Doutores da Alegria

O Doutores da Alegria é uma organização que utiliza a arte do palhaço como ferramenta de transformação e inclusão social. Um de seus programas de destaque é o Programa de Formação de Palhaço para Jovens (PFPJ). A Avaliação do Retorno Social do Investimento (SROI) para o PFPJ foi pioneira em analisar o impacto social em um projeto cultural no Brasil. O IDIS reconhece e parabeniza o pioneirismo do Doutores da Alegria e vê o estudo como uma oportunidade de disseminar esse tipo de avaliação em outras iniciativas culturais no País.

Desde 2004, o PFPJ oferece formação artística na arte do palhaço para jovens de 17 a 23 anos em situação de vulnerabilidade e risco social, contribuindo para o desenvolvimento do seu pensamento crítico, criatividade, sensibilidade e autonomia artística. Desde sua criação, o programa já formou sete turmas, totalizando 171 jovens formados. Em 2013, o PFPJ foi certificado como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil. Além dos conhecimentos técnicos, os jovens participantes do programa exercitam seu olhar crítico para o contexto sociocultural e tornam-se cidadãos com potencial de transformar o mundo por meio da arte.

De acordo com a avaliação de impacto realizada pelo IDIS, o PFPJ traz benefícios sociais positivos (a análise constatou que a cada R$ 1 investido no programa, R$ 2,61 são gerados em benefícios sociais) e relevantes para seus participantes em todos os eixos de mudança pretendidos, confirmando a contribuição do Programa à sociedade, trazendo benefícios sociais significativos aos jovens participantes.

CEAP

O Centro Educacional Assistencial Profissionalizante – CEAP é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que atua no modelo de escola profissionalizante gratuita, oferecendo cursos técnicos e profissionalizantes no contraturno, para jovens em situação de vulnerabilidade social entre 10 e 18 anos, que estejam matriculados no ensino regular. A organização está localizada no bairro de Pedreira, na Zona Sul da cidade de São Paulo.

Além da formação técnica-profissional, o CEAP investe na formação humana dos jovens. Sua metodologia valoriza o atendimento pessoal e personalizado aos alunos e a participação ativa da família no processo educativo.

Para avaliar e monetizar o impacto de seus cursos profissionalizantes, o CEAP contou com o IDIS para compreender o retorno social dos recursos investidos e analisar a efetividade do investimento.

O apoio técnico desenvolvido pelo IDIS avaliou o Retorno Social do Investimento realizado pelo CEAP nos cursos técnicos e constatou que a iniciativa traz benefícios sociais relevantes para seus participantes, reafirmando a contribuição do CEAP para a sociedade na formação de cidadãos éticos, capazes de melhorar suas vidas por meio do trabalho e da forma de se relacionar com as pessoas.

Conheça aqui o relatório final do projeto.

Associação Viva e Deixe Viver

A Associação Viva e Deixe Viver se dedica há mais de 20 anos em formar voluntários para contar histórias em hospitais. Em 2018, tinha como desafio planejar a sucessão de seu fundador, Valdir Cimino, e também diversificar suas fontes de recursos, reduzindo a dependência de leis de incentivo à Cultura.

O IDIS contribuiu para a reformulação da governança e atualização do estatuto social da organização, visando refletir as melhores práticas e possibilitar um processo harmonioso e paulatino de implantação do plano de sucessão. Também revisou a missão e visão junto com as lideranças da associação, ampliando os horizontes da captação de recursos junto a empresas. O projeto foi implementado em 5 fases, que incluiu diagnóstico; revisão da governança; reflexão estratégica; revisão do portfólio de projetos e programas; e a elaboração do plano de mobilização de recursos, utilizando análise SWOT e análise cruzada para definição de estratégias prioritárias.

Instituto Mosaic

Desafio

O Instituto Mosaic, ferramenta de investimento social privado da Mosaic Fertilizantes, tem como missão promover o desenvolvimento mútuo e sustentável das comunidades onde atua.

Entre os programas promovidos por suas plataformas de atuação social, um dos destaques é o Edital da Água, um projeto anual que seleciona e realiza apoios financeiros para iniciativas de  organizações da sociedade civil e instituições de ensino superior voltadas para a disseminação de tecnologias sociais para a gestão eficiente da água e promoção de boas práticas de gestão dos recursos hídricos, garantia do acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, bem como a proteção e restauração de ecossistemas relacionados à água e recuperação de nascentes.

Outra frente de atuação do Instituto Mosaic, por meio do Programa de Voluntariado, é o Desafio D&I (Diversidade e Inclusão), iniciado em 2023. Trata-se de uma gincana de voluntariado corporativo que mobiliza os Comitês de Voluntariado de cada unidade Mosaic Fertilizantes no cumprimento de etapas que visam a construção e implementação de projetos de defesa ou promoção de direitos, assistência social e psicológica, apoio educacional e capacitação, em parceria com organizações da sociedade civil, em benefício dos grupos que compõem as redes dede inclusão da Mosaic: Gerações, Mulheres, Raças,Pessoas com Deficiência (PCD) e grupos LGBTQIA+.

Os objetivos dessa gincana são contribuir para uma cultura de inclusão, através da promoção de trocas que propiciem uma melhor compreensão das demandas de grupos minorizados.

Para garantir o sucesso dessas iniciativas, o Instituto Mosaic tem contado com o apoio do IDIS.

Solução e resultados obtidos

O IDIS atua como parceiro técnico em ambos os projetos, gerenciando os processos desde o planejamento até a execução, cuidando a formalização das doações, assinatura de termos de parceria, gestão da repasse dos recursos e monitoramento dos projetos

No caso do Edital da Água, desde 2019, mais de 16 mil pessoas, de 29 municípios em nove Estados brasileiros, foram beneficiadas pelos 66 projetos contemplados pelo edital.

Na sexta edição, em 2024, além das prioridades anteriores, ainda trouxe uma novidade: garantia de acesso à água e saneamento para crianças na primeira infância (de 0 a 6 anos). Ao final do processo seletivo, que contou com a participação de especialistas do setor e lideranças da empresa, foram escolhidos 15 projetos para serem executados, mediante um investimento de mais de R$ 500 mil do Instituto Mosaic.

Já o Desafio D&I, em sua segunda edição, por sua vez, envolveu 17 equipes e organizações parceiras, contou com a participação de 188 voluntários e beneficiou mais de 1605 pessoas.

Reflexão estratégica e benchmarking

Além da parceria para ambas as iniciativas, o Instituto Mosaic também já contou com o apoio técnico do IDIS em outros dois projetos de consultoria, desenvolvidos com a finalidade de aprimorar o investimento social da empresa e aumentar seu impacto.

O primeiro envolveu uma reflexão estratégica sobre o alinhamento entre os programas do Instituto, os compromissos ESG da Mosaic Fertilizantes e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), resultando na identificação de novas oportunidades para ampliar a contribuição do Instituto para a agenda de sustentabilidade da empresa. O segundo projeto visou aprofundar o conhecimento do Instituto sobre institutos e fundações empresariais do agronegócio nacional, envolvendo o mapeamento e benchmarking de organizações do setor para orientar decisões futuras.

ODS

      

Sobre a organização

Fundado em 2008 e reestruturado em 2019, o Instituto Mosaic tem como objetivo promover o desenvolvimento mútuo e sustentável nas comunidades do seu entorno. Com isso, buscam combater a desigualdade social e a criação de uma rede que promova o bem-estar, a educação de qualidade, a formação de pessoas e o fortalecimento de valores essenciais, como ética, colaboração e responsabilidade. Assim, acreditam que é possível nutrir uma sociedade brasileira mais digna e justa.

Petrobras

Desafio

O Brasil enfrenta desafios significativos no cenário socioambiental. De acordo com o Relatório Luz, até julho de 2021, o país não havia demonstrado progresso satisfatório em nenhuma das 169 metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, estabelecida em 2015. Dado seu potencial de gerar transformação positiva, é muito relevante que o setor empresarial se comprometa a melhorar seu impacto nas comunidades e no meio ambiente, além de comunicar suas iniciativas socioambientais. Isso contribuirá para um Brasil mais sustentável e equitativo.

Nesse contexto, a Petrobras realiza o Programa Petrobras Socioambiental, que apoia iniciativas que geram valor para a empresa e para a sociedade, por meio de projetos socioambientais com potencial transformador, em parceria com o terceiro setor e ampliando o diálogo com as comunidades dos territórios onde a Petrobras atua.

Para reforçar seu compromisso com a transparência e prestação de contas aos seus públicos de interesse a empresa estabeleceu uma parceria com o IDIS para realizar avaliações de impacto dos projetos apoiados pelo Programa. Essas avaliações têm o propósito de relatar os resultados dos investimentos socioambientais da empresa aos stakeholders, identificar elementos que possam aprimorar os impactos socioambientais positivos gerados pelos projetos e gerir de forma mais eficaz a carteira de investimentos de natureza voluntária da Petrobras, alinhado com a estratégia da companhia, e ao mesmo tempo gerando aprendizado para as instituições.

Além disso, em 2023, buscando aprimorar ainda mais sua visão sobre os resultados das iniciativas, a Petrobras também contou com o apoio do IDIS para elaboração de diagnostico e sugestão de melhorias para os indicadores o de resultado e de impacto das atividades de responsabilidade social, de forma a aumentar sua aderência aos objetivos estratégicos da companhia.

Solução

Considerando as particularidades da carteira de projetos do programa, a disponibilidade de informações e a viabilidade das abordagens propostas, o IDIS adotou dois tipos de avaliação: o protocolo SROI (Social Return on Investment – Retorno Social do Investimento) e a ACB (Análise Custo-Benefício) – uma metodologia derivada do SROI, mais adequada aos projetos com enfoque ambiental.

Ambas as abordagens envolvem a quantificação dos impactos gerados por cada projeto e o cálculo do retorno financeiro tanto para a sociedade quanto para o meio ambiente.

Já para a revisão e construção dos indicadores de responsabilidade social, o IDIS realizou um diagnóstico dos indicadores e impacto existentes, sugerindo alternativas que foram avaliadas pela Petrobras.

Resultados

Durante esse processo, foram identificados impactos ambientais positivos notáveis, incluindo a estocagem e sequestro de milhares de toneladas de CO² da atmosfera, resultantes de ações como reflorestamento, aumento da biodiversidade com conservação de espécies ameaçadas de extinção, inclusão produtiva e maior conscientização ambiental entre públicos diversos.

Além disso, observamos impactos sociais significativos, como a melhoria no desenvolvimento socioemocional, habilidades motoras e cognitivas que impactaram no rendimento escolar, a ampliação do repertório cultural, e perspectivas de futuro mais promissoras para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade em diversas regiões do país. Adicionalmente, há evidências claras de que as ações de qualificação profissional aumentaram a empregabilidade com aumento de renda de jovens e adultos, sobretudo mulheres, com consequente redução das desigualdades.

O processo de avaliação não apenas permitiu melhorar o diálogo entre o financiador, as equipes executoras e os beneficiários, mas também forneceu elementos cruciais para uma reflexão estratégica mais aprofundada sobre os impactos socioambientais gerados pelos projetos apoiados pelo Programa.

Entre 2025 e 2027 estão previstas outras 45 avaliações, além de oficinas temáticas de capacitação e de análise crítica sobre o processo de avaliação de impacto para a equipe do Programa Petrobras Socioambiental.

ODS

Sobre o Programa Petrobras Socioambiental

O Programa Petrobras Socioambiental tem por objetivo fomentar o desenvolvimento de parcerias, o fortalecimento de vínculos e a geração de benefícios mútuos, oportunizando o respeito aos direitos sociais, ambientais, territoriais e culturais das comunidades e populações locais e gerando resultados positivos em temas socioambientais relevantes para o negócio da companhia e para a sociedade. O Programa hoje opera através de quatro linhas de atuação: educação, desenvolvimento econômico sustentável, oceano e florestas.

Fundação José Luiz Setúbal

A Viagem Fantástica é uma ação social voluntária e solidária realizada pela equipe da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, incluindo também membros das equipes do Hospital Infantil Sabará e do Instituto Pensi.

A primeira Viagem Fantástica foi realizada em agosto de 2017, quando os voluntários contribuíram para a revitalização de duas praças públicas no Jardim Lapenna, em São Miguel Paulista. O sucesso foi tamanho que foi realizada uma nova Viagem Fantástica em 2018, com muito mais voluntários inscritos. Dessa vez, os trabalhos foram realizados em Santana de Parnaíba, e consistiram na adaptação de doze residências para a mobilidade de pessoas portadoras de deficiência.

Em 2019, o IDIS apoiou a Fundação José Luiz Egydio Setúbal na elaboração de um estudo de avaliação e mensuração do impacto social gerado pela Viagem Fantástica. O projeto foi composto por três fases. Na primeira delas, foi elaborada a Teoria de Mudança do projeto, que tem como objetivo “Despertar a consciência sobre o potencial transformador das ações coletivas e o entusiasmo das pessoas em provocar mudanças positivas em si mesmas, nas relações e no mundo”.

Na segunda fase, o foco foi a condução de uma pesquisa qualitativa, com a realização de grupos focais tanto com os voluntários das ações, quanto com as comunidades que foram foco das intervenções. Já na terceira fase, aplicou-se um questionário quantitativo com o objetivo de mensurar as variáveis que trazem evidências sobre o impacto social do projeto.

Por meio do estudo de avaliação de impacto social, o IDIS comprovou que os participantes da Viagem Fantástica percebem e expandem seu potencial individual e coletivo de gerar impactos positivos na sociedade. Além disso, aumentam sua consciência social e reforçam seu compromisso com o bem-estar de todos. As ações nas comunidades contribuíram para a criação de espaços mais seguros e que proporcionam lazer e sociabilização, ao mesmo tempo que sensibilizam os moradores para unirem-se ao grupo de voluntários das próximas edições. Como consequência de todos esses impactos positivos, o Programa reforça os valores institucionais da Fundação José Luiz Egydio Setúbal entre seus colaboradores, que reconhecem o interesse genuíno da Fundação de contribuir para a sociedade.

Sesc

O Sesc – Serviço Social do Comércio é uma entidade de serviços sociais autônomos de natureza privada, fundada em 1946, cujo objetivo é proporcionar o bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do setor do comércio e suas famílias.

A estrutura organizacional do Sesc compreende o Departamento Nacional (DN), situado no Rio de Janeiro, e 27 Departamentos Regionais – um em cada estado e no Distrito Federal. Cabe ao Departamento Nacional elaborar as diretrizes gerais da entidade, coordenar e monitorar os projetos que são desenvolvidos nas unidades regionais do Sesc.

O Departamento Nacional do Sesc solicitou o apoio técnico do IDIS para explorar o protocolo de avaliação de impacto SROI – Retorno Social do Investimento como uma potencial ferramenta a ser implementada na organização para gerar evidências sobre a efetividade de seus programas. A proposta de trabalho acordada foi a execução de estudos de avaliação de impacto por meio do SROI para cinco diferentes projetos do Sesc Poconé – uma das unidades que compõem o complexo do Sesc Pantanal. Os estudos avaliativos apontaram os impactos sociais percebidos pelos participantes dos projetos, bem como oportunidade de ampliar e otimizar as transformações positivas na comunidade.

Além da execução das pesquisas de mensuração de impacto, o IDIS também conduziu um processo de treinamento na aplicação do protocolo SROI para um grupo de 25 colaboradores entre gestores e analistas de diversas áreas do Departamento Nacional do SESC, com o objetivo de disseminar os conceitos e práticas avaliativas na organização.

CTG Brasil – China Three Gorges Corporation

Criada em 2013, a CTG Brasil é uma empresa da China Three Gorges Corporation, uma das líderes globais em energia limpa. Com investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, o portfólio da CTG Brasil hoje tem uma capacidade total instalada de 8,28 GW. Segunda maior geradora privada de energia do país, a CTG Brasil conta com a dedicação de seus talentos locais e está comprometida em contribuir com a matriz energética brasileira, pautada pela responsabilidade social e respeito ao meio ambiente.

Visando fortalecer seu Investimento Social Privado, em 2019 a CTG Brasil contratou o apoio do IDIS para a definição das diretrizes estratégicas de sua atuação, fundamental para o aprimoramento do investimento feito na comunidade e na eficiência da seleção de projetos, monitoramento dos resultados e avaliação do impacto.

Nesse processo, foram levados em consideração os objetivos estratégicos da empresa e as percepções e expectativas de seus principais stakeholders. A construção das diretrizes, a partir de processos participativos, teve como base o alinhamento com o negócio e a contribuição do Investimento Social Privado Corporativo para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ODSs da ONU).

O entorno das unidades da CTG Brasil foi definido como foco primário de atuação, que passa a ter como propósito: “Promover o desenvolvimento local nas comunidades em que estamos presentes, fomentando a geração de renda por meio do emprego e do empreendedorismo.”

Unicamp – Universidade Estadual de Campinas

A Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, autarquia criada pelo Governo de São Paulo em 1962, dedica-se ao ensino e à pesquisa. Possui três campi, 24 unidades e vasto complexo de saúde, contando com aproximadamente 34 mil alunos.

Em 2019, com o intuito de constituir fonte de recursos de longo prazo para financiar suas iniciativas em ensino, pesquisa, extensão, inovação, empreendedorismo, cultura e assistência, contou com o apoio técnico do IDIS para estruturar seu de fundo patrimonial filantrópico.

O projeto compreendeu a definição de diretrizes estratégicas e a elaboração de políticas de gestão e de operação para o fundo patrimonial, bem como a criação de plano de estruturação para a organização gestora, nos termos da Lei 13.800/19.

 

(Foto: Arthur Castro)

Consulado Geral dos EUA em São Paulo

A atuação das organizações da sociedade civil é fundamental no Brasil. Apesar da grande competência e conhecimento das causas e localidades nas quais atuam, o segmento tem desafios relacionados à estrutura e gestão, que interferem em sua capacidade de gerar impactos de longo prazo e no acesso a recursos. Foi a partir dessa necessidade que a Charities Aid Foundation (CAF), o IDIS e o Consulado Geral dos EUA em São Paulo se reuniram para criar o Programa de Fortalecimento de Organizações da Sociedade Civil. Por meio de capacitação presencial e uma série de capacitações on-line, o programa, implementado em junho de 2018, teve como objetivo desenvolver três competências em organizações sem fins lucrativos de pequeno a médio porte com atuação na região metropolitana de São Paulo: (1) Planejamento estratégico; (2) Captação de recursos (tanto no Brasil quanto nos EUA para o Brasil); e (3) Formação e participação em parcerias intersetoriais.

Um ano após a conclusão do programa, dezoito dos vinte participantes se disponibilizaram a responder a uma pesquisa para identificar como as organizações evoluíram em relação aos itens abordados ao longo do curso. Entre os entrevistados, quando questionados sobre planejamento estratégico, 72% indicaram que o tema se tornou mais relevante em suas organizações. O mesmo percentual indicou que no último ano houve uma revisão no portfólio de programas e projetos realizados por meio de metodologias formais de análise. Em relação a parcerias, apenas uma organização disse não ter feito contatos no último ano. A percepção sobre captação de recursos foi também positiva – 13 organizações disseram que o volume de recursos de terceiros aumentou no último ano, proveniente, principalmente, de investidores locais. O acesso a recursos estrangeiros mostrou-se o maior desafio, com 56% dos respondentes indicando não ter feito nenhum contato com investidores de fora do Brasil.

Hospital A.C. Camargo

O A.C. Camargo Cancer Center, instituição privada sem fins lucrativos, atua no combate ao câncer desde 1953. Presta assistência integrada de alta complexidade, humanizada e segura em todas as etapas do tratamento. Líder em conhecimento científico sobre oncologia, é um centro de referência internacional em ensino, pesquisa e tratamento multidisciplinar.

Em 2018, contou com o apoio técnico do IDIS para a definição de diretrizes gerais para a constituição de fundo financeiro destinado exclusivamente ao fomento de suas atividades de ensino e pesquisa, cujo objetivo é a redução de sua dependência dos recursos provenientes das atividades de assistência realizadas pelo A.C. Camargo Cancer Center.

No ano seguinte, o A.C. Camargo Cancer Center renovou a parceria com o IDIS, que apoiou o fortalecimento do modelo de governança, da gestão financeira e das diretrizes de investimento, de modo a garantir a perenidade do Fundo Exclusivo de Fomento ao Ensino e à Pesquisa.

The Freedom Fund

O IDIS, em parceria com o Freedom Fund, desenvolveu um estudo da viabilidade da implantação de uma intervenção seguindo o modelo ‘hotspot’, visando o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Esse estudo incluiu uma vasta pesquisa bibliográfica sobre o tema, desk research de dados secundários e entrevistas com especialistas. Em uma segunda fase, foram visitadas três regiões no Brasil que apresentam elevada incidência de exploração sexual de crianças e adolescentes, buscando o mapeamento de organizações locais que possuem atuação focada nessa temática ou outros esforços voltados a combater esse tipo de violência.

O projeto trouxe conhecimentos e dados relevantes para o entendimento do cenário brasileiro da exploração sexual de crianças e adolescentes, as ações de combate já em andamento de iniciativa das organizações da sociedade civil e do poder público, produzindo recomendações e oportunidades para a implantação da intervenção, valorizando o papel dos atores sociais envolvidos e do poder público local, potencializando a possibilidade de sucesso na implantação do modelo ‘hotspot’.

Programa Primeira Infância Ribeirinha

A partir de uma experiência piloto inovadora realizada no Estado do Amazonas, em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), e tendo como foco crianças até três anos residindo à beira dos rios da floresta tropical, o IDIS desenvolveu uma política pública para ser implementada pelo Governo do Estado. O projeto, denominado Programa Infância Ribeirinha, contou com apoio da Fundação Bernard van Leer, e incluiu articulações com as administrações da cidade de Manaus e do Estado do Amazonas.

 

Conheça aqui as publicações sobre esse projeto:

 

Santa Marcelina Cultura: Programa Guri

Ao longo de 2018, o IDIS realizou um estudo de avaliação de impacto social do Programa Guri Capital e Grande São Paulo, uma iniciativa de educação musical e inclusão social que, nesta região, é gerida pela Santa Marcelina Cultura. O estudo seguiu a metodologia SROI (Retorno Social sobre o Investimento), e apresentou resultados muito positivos: para cada R$ 1 que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa investe no Programa Guri Capital e Grande São Paulo, são gerados R$ 6,53 em benefícios para a sociedade.

No período em que foi realizado o projeto, cerca de 26 mil jovens de 6 a 18 anos participam do Programa, cujas unidades se concentram em regiões periféricas e de alta vulnerabilidade social da Grande São Paulo. Durante a avaliação, o IDIS teve a oportunidade de conversar com alunos, ex-alunos, familiares e professores do GURI, e mensurar indicadores concretos sobre o impacto social percebido por eles. Os comentários foram unânimes: o GURI é mais do que um programa de formação musical – é uma ferramenta para a criação de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Confira o relatório de avaliação de impacto usando a abordagem SROI em:

RelatorioSROI_programaguri

Kinross

A Kinross reformulou sua Política de Investimento Social, o que resultou em um programa com iniciativas e diretrizes visando o desenvolvimento do município de Paracatu nos próximos 20 anos. Dentre os eixos do programa, o IDIS apoiou a elaboração do modelo de atuação do novo ciclo de geração de trabalho e renda. Com o objetivo de orientar a construção desse novo modelo, foram realizados mapeamento e análise das melhores práticas no fomento ao empreendedorismo social.

O modelo de atuação considerou as distintas dimensões e diferentes públicos aos quais a atuação da Kinross poderá ser direcionada, com detalhamento de ações voltadas aos seus públicos, definição de objetivos, atividades e resultados esperados de cada uma dessas ações, proposta de cronograma de implantação, assim como indicadores de resultados para monitoramento e avaliação dos avanços alcançados.

Itaú Cultural

O projeto de reflexão estratégica do Itaú Cultural envolveu aspectos de diretrizes estratégicas, estrutura de governança, foco de atuação, modelo de financiamento e indicadores de monitoramento e avaliação de resultados.

Todo o processo de reflexão foi realizado de forma participativa e envolveu representantes do Banco Itaú, das famílias acionistas, do Itaú Cultural e referências do setor cultural do Brasil.

Com a participação ativa de todos esses públicos, o projeto chegou a conclusões e recomendações sobre a gestão estratégica do Itaú Cultural, reforçando a grande importância, reconhecimento e credibilidade da organização no cumprimento de sua missão de inspirar e ser inspirado pela sensibilidade e pela criatividade das pessoas para gerar experiências transformadoras no mundo da arte e da cultura brasileiras.

(Foto por Mike Peel)

Instituto Morena Rosa

Em 2015, o IDIS desenvolveu modelo de edital para a seleção de projetos sociais bem como modelos de relatório técnico e financeiro para as organizações selecionadas prestarem contas de seus respectivos projetos. O Instituto Morena Rosa de Sustentabilidade, Cultura e Desenvolvimento Humano (IMR) busca efetivar parcerias com organizações sociais, visando ao investimento em programas capazes de promover transformações nas suas comunidades com iniciativas focadas no desenvolvimento social e pessoal de crianças e adolescentes. O Edital de Investimento Social beneficia projetos de adequação de espaço físico e/ou aquisição de equipamentos para o atendimento de programas direcionados a crianças e adolescentes com foco em educação, cultura ou esporte.

Instituto Cyrela Commercial Properties

O Instituto Cyrela Commercial Properties (ICCP) é uma organização social sem fins lucrativos, criada e mantida pela Cyrela Commercial Properties para a gestão das ações de responsabilidade social da companhia. O projeto Envolver lançou duas edições em 2018 com o objetivo premiar projetos transformadores de organizações da sociedade civil comprometidas em promover melhorias na qualidade de vida das pessoas em situação de vulnerabilidade social. Em ambas as edições foram divulgados editais em parceria com empreendimentos que fazem parte dos ativos do CCP, sendo um deles o Shopping Cerrado que buscou organizações da sociedade civil com atuação na cidade de Goiânia, e o Shopping D, que convocou organizações que atuam em seu entorno, na cidade de São Paulo.

A edição em parceria com o Shopping Cerrado premiou a Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Deficiência, de funcionários do Banco do Brasil e da comunidade (APABB) Núcleo Regional de Goiás, em projeto de fortalecimento na capacitação e aumento de chances de inclusão social de pessoas com deficiência, através de cursos de formação profissional para inserção no mundo do trabalho. A Associação Gaia+ foi selecionada para desenvolver ações em escolas públicas para disseminar uma cultura de paz, com relações mais saudáveis e construtivas nas escolas públicas – para isso, promove encontros com professores e alunos para abordar, de forma prática, temas relacionados à atitude, comportamento, relação com o outro e controle das emoções.

O edital ligado ao Shopping D teve como finalista o Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (CAMI), que trabalha na promoção, garantia e defesa dos direitos humanos fundamentais, atuando para que os imigrantes tenham conhecimento de seus direitos e deveres e oferecendo formação gratuita. O projeto tem foco no atendimento e orientação para a regularização da documentação de imigrantes e no atendimento jurídico para apoio ao cumprimento de seus direitos constitucionais, de forma que possam ser melhor integrados em suas comunidades e na sociedade brasileira.

Instituto Cyrela

Realizado anualmente desde 2015, o projeto tem o objetivo auxiliar organizações da sociedade civil, que desenvolvem trabalho de relevância e impacto nas comunidades onde há atuação do Grupo Cyrela, a construir ou reformar seus espaços físicos. Até a edição de 2018, o IDIS foi responsável pela elaboração do regulamento do concurso, pelo recebimento das inscrições, pela organização da banca examinadora de seleção dos finalistas e, ainda, pelo monitoramento da execução dos projetos e uso dos recursos recebidos pelas organizações vencedoras.

Em 2019, o Instituto Cyrela adotou um novo modelo para a Banca Final, no qual as próprias organizações finalistas apresentam seus projetos e defendem suas propostas. As atividades de monitoramento foram absorvidas pela equipe do Instituto, de forma que a contribuição do IDIS passou a restringir-se à triagem, validação, seleção e indicação dos finalistas.

Instituto Conceição Moura

Inspirado nos projetos sociais desenvolvidos por Dona Conceição Moura ao longo de sua vida, o Instituto Conceição Moura foi fundado em 2014 com o intuito de perenizar as ações em prol do desenvolvimento social da comunidade do município de Belo Jardim. Por meio do desenvolvimento de parcerias públicas e privadas, o Instituto oferece ao município uma ampla gama de iniciativas com o objetivo de desenvolver as habilidades para a vida em crianças e jovens, contribuindo para que se tornem agentes de transformação de suas próprias realidades.

Em 2017, o Instituto Conceição Moura solicitou apoio do IDIS para avaliar o impacto social gerado pelo Programa iCANamy, que busca estimular adolescentes e jovens a criarem maior consciência sobre sua capacidade de mudar a realidade de suas vidas e de sua comunidade agindo com uma atitude proativa.

A Avaliação do Retorno Social do Investimento (SROI) apresentou um resultado positivo de impacto do valor investido em cada uma das frentes de atuação do Programa. Como parte do resultado desse projeto, foram identificados aspectos relevantes para reflexão do Instituto frente às atividades avaliadas, com o intuito de potencializar o impacto positivo e aumentar e o retorno social do Programa.

Em 2019, o IDIS apoiou o Instituto Conceição Moura em seu processo de reflexão estratégica, realizado junto aos membros da gestão e do conselho da organização. O projeto buscou explorar os objetivos do Instituto para os próximos anos, avaliar a aderência do portfólio de projetos e programas atuais aos objetivos estratégicos, refletir sobre o relacionamento entre o Instituto e seus stakeholders e refletir sobre o foco e o modelo de atuação da organização.

Após a consolidação das diretrizes estratégicas, o IDIS contribuiu para a construção coletiva, junto à equipe do Instituto Conceição Moura, do planejamento da implementação das principais decisões tomadas. Foram discutidos aspectos como frentes de ação, atividades e cronogramas.

Advocacy Fundos Patrimoniais

O IDIS lidera uma iniciativa de advocacy, trabalhando em rede para promover o desenvolvimento dos fundos patrimoniais (endowments) no Brasil. A Coalizão pelos Fundos Filantrópicos é grupo multisetorial composto por 100 membros, entre organizações, empresas e pessoas que apoiam a regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no país. Foi lançada em junho de 2018

Conheça aqui esta história:

Visão geral

Até recentemente, não havia legislação que apoiasse a criação de Fundos Patrimoniais Filantrópicos (Endowments) no Brasil. Consequentemente, poucos estímulos existiam e havia apenas um pequeno número de fundos dessa natureza para apoiar Organizações da Sociedade Civil (OSCs). A existência de uma lei para os Fundos Patrimoniais se mostrava relevante para o desenvolvimento deste mecanismo no país. Para isso, em parceria com outras organizações, o IDIS liderou um movimento de advocacy com uma forte produção de conhecimento local, reunindo instituições e profissionais em torno desta causa. Oito anos após o início deste processo, em janeiro de 2019, uma lei foi finalmente promulgada.

Dada a importância dos Fundos Patrimoniais para o crescimento da filantropia em muitos países, esta conquista deve proporcionar um grande impulso à cultura de doação do Brasil.

Contexto

Apesar de Fundos Patrimoniais serem um mecanismo bem conhecido e usualmente aplicado em países da Europa ou América do Norte, eles estão apenas começando a serem implantados em outros lugares.

Alguns dos maiores Endowments do mundo podem ser encontrados nos Estados Unidos e no Reino Unido. Exemplos dos mais relevantes são a ‘Fundação Bill e Melinda Gates’, com um patrimônio avaliado em mais de US $ 50 bilhões, o fundo patrimonial da Universidade de Harvard, avaliado em mais de US$ 37 bilhões e o fundo da Wellcome Trust, avaliado em mais de US$ 30 bilhões.

Nas economias emergentes, essa também emerge como uma tendência com exemplos como a ‘Fundação Mohammed Bin Rashid Al Maktoum’, nos Emirados Árabes Unidos, com US $ 10 bilhões, e na Índia, a ‘Fundação Azim Premji’, que soma US$ 21 bilhões.

No Brasil, até 2019, não havia legislação que regulamentasse esse tipo de mecanismo, ainda que houvesse alguns poucos fundos estabelecidos, como da Fundação Bradesco e da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, ambas ligadas a uma instituição financeira quando fundadas. Até então, não havia um ambiente legal favorável à criação de Fundos Patrimoniais Filantrópicos, tornando a alternativa pouco atraente a investidores.

Realizações

Para mudar este cenário, o IDIS, representante da Charities Aid Foundation (CAF) no Brasil, assumiu o tema como prioritário em sua agenda e buscou criar uma rede de apoio para o desenvolvimento de uma lei nacional de Fundos Patrimoniais. Os pilares inovadores deste movimento incluem uma estratégia dupla de educação e de advocacy. Neste sentido, o IDIS adotou as ações-chave listadas:

1. Lançamento do livro “Fundos Patrimoniais – Criação e Gestão no Brasil”, em 2012, com o apoio da Fundação Vale e da Fundação Ford.

Foi o primeiro livro a abordar esse assunto no Brasil e continua sendo uma referência para organizações, filantropos, acadêmicos, gestores de fundos e reguladores.

2. Criação de grupo de estudos e realização de encontros, que resultaram na elaboração de uma proposta de lei para Fundos Patrimoniais Filantrópicos, com base nas melhores práticas internacionais.

Entre 2012 e 2013, o IDIS criou o Grupo de Estudos de Endowments com o GIFE, a Endowments do Brasil e o JP Morgan. O grupo contou com 90 membros, entre advogados, executivos do Terceiro Setor, promotores públicos, acadêmicos, entre outros.

3. Desenvolvimento de publicações sobre Fundos Filantrópicos.

Em 2016, em parceria com a Levisky Negócios & Cultura e PLKC Advogados, com patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Petrobras e da Caixa Econômica Federal, o IDIS lançou uma série de guias sobre o tema – 1. ‘Conceitos e benefícios dos Endowments como mecanismo de financiamento à cultura’2 – ‘Orientações e informações ao poder público: aspectos de regulação e tributação’3 – ‘Orientações práticas para implementação de Endowments em instituições culturais’. Também foi traduzido um livro importante sobre filantropia e doações – ‘Filantropização via Privatização’ (PtP) – de autoria do professor Lester M. Salamon, da Universidade John Hopkins, além da produção de diversos artigos sobre o tema.

4. Criação de estratégia de advocacy com parceiros da sociedade civil e do setor privado ligados à filantropia.

O grupo definiu princípios fundamentais para uma boa legislação que beneficiaria as OSCs, a filantropia e os investidores sociais. Estes incluíram:

> Ampla abrangência, contemplando diversas causas sociais e organizações sem fins lucrativos que podem constituir Fundos Patrimoniais Filantrópicos

> Existência de incentivos fiscais

> Regras de governança e transparência baseadas nas melhores práticas internacionais

5. Reuniões com representantes do Congresso e autoridades governamentais em vários departamentos, incluindo a Secretaria Geral da Presidência, representantes da Câmara dos Deputados, Senado Federal, BID, BNDES, Ministério da Educação, Cultura e Economia.

Ao longo de seis anos, o IDIS sediou eventos e promoveu diálogos que resultaram em 11 projetos de Lei no Congresso Nacional que buscavam regulamentar os Fundos Patrimoniais no Brasil.

6. Criação e coordenação da Coalizão de Fundos Filantrópicos, fortalecendo as etapas finais do movimento pela regulamentação dos endowments.

Lideradas pelo IDIS e com assessoria jurídica do PLKC Advogados, organizações relevantes se uniram como apoiadoras do movimento: Associação Paulista de Fundações (APF), Cebraf, GIFE, Humanitas 360 e Levisky. Com a adesão de mais de 60 organizações, a Coalizão foi lançada no Congresso Nacional em 2018.

Desafios

O caminho que levou à aprovação da legislação foi longo e imprevisível e o IDIS precisava estar preparado e, ao mesmo tempo, ser flexível. Em 2018, por exemplo, uma infeliz catástrofe – o incêndio que destruiu mais de 90% dos arquivos do Museu Nacional do Brasil –, foi um catalisador para a ação do governo. Michel Temer, presidente na época, assinou uma Medida Provisória para garantir que museus, universidades, outras instituições públicas e organizações sem fins lucrativos possam se beneficiar da criação de Fundos Patrimoniais, melhorando sua sustentabilidade no longo prazo. O IDIS, em nome da Coalizão, divulgou uma nota pública declarando apoio à medida e destacando a importância da inclusão de todas as causas e organizações sociais na abrangência da Lei.

O sucesso de uma ação de advocacy depende, em grande parte de agilidade organizacional. Identificar representantes-chave do governo que poderiam impulsionar a iniciativa é muito importante, mas a capacidade de responder rapidamente a oportunidades que surgem no processo com alternativas concretas, é crucial. Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS esteve sempre diretamente envolvida e foi realizado um investimento dedicado ao tema nos últimos 3 anos para contribuiu com o sucesso da estratégia.

O que foi alcançado

No início de 2019, oito anos depois do início da atuação do IDIS, o governo brasileiro aprovou a Medida Provisória, transformando-a na Lei 13.800, a “Lei dos Fundos Patrimoniais”.

> A regulamentação impulsionará a criação de Fundos Patrimoniais, em especial as OSCs culturais, como museus e orquestras, que se beneficiarão de incentivos fiscais.

> Liderada pelo IDIS, a coalizão se mostrou uma forte estratégia com a adesão de cada vez mais apoiadores da sociedade civil. O tema tornou-se um compromisso fundamental da sociedade civil, a coalizão hoje conta com mais de 70 parceiros e apoiadores para a causa representantes de todos os setores.

> A Lei estabelece as bases para um impacto de longo prazo. Se as maiores fortunas do Brasil doassem 1% de seus ativos para fundos patrimoniais, teríamos US $ 1,2 bilhão destinado a causas.

Aprendizados

> As organizações devem estar atentas a eventos externos que podem gerar oportunidades de apoio político – neste caso, a tragédia do incêndio em um museu;

> Conquistar a aprovação de uma nova lei leva tempo. Uma ação de advocacy bem-sucedida depende de agilidade e perseverança, assim como de disponibilidade ao longo do processo para responder a eventos e oportunidades à medida que surgem;

> Construir uma base sólida de conhecimento, com referências internacionais, é importante;

> Criar uma ampla coalizão foi o aspecto crítico inovador que levou ao sucesso.

 

*Estudo de caso originalmente publicado no WINGS – Worldwide Initiatives for Grantmaker Support: Impact Case Studies: Promoting an enabling environment for philanthropy and civil society.

Fundação Lucia e Pelerson Penido – FLUPP

O IDIS apoiou a Fundação Lúcia e Pelerson Penido – FLUPP realizando a estruturação da Fundação, seu planejamento estratégico e o desenho da sua ação de desenvolvimento comunitário: desenho do Programa Valorizando uma Infância Melhor e do Projeto Fortalecimento da Gestão Pública da Educação. A atuação do IDIS incluiu a capacitação da equipe de trabalho da FLUPP.

O IDIS também implantou e executou o projeto Valorizando uma Infância Melhor e também realizou a avaliação e monitoramento dos seus resultados.

A FLUPP foi criada com o objetivo de colaborar na construção de uma sociedade mais justa e sustentável. O foco da atuação é o Vale do Paraíba, em São Paulo, e o tema, a educação. A Fundação investe em programas que visam a formação de profissionais da educação, construção de políticas públicas para a educação, melhoria da infraestrutura educacional, gestão da educação municipal e fortalecimento de lideranças locais.

E em 2015, o IDIS fez a avaliação de Impacto SROI do Programa Valorizando uma Infância Melhor (VIM). O objetivo foi entender o impacto da iniciativa nas crianças, suas famílias e educadores; mostrar o valor gerado em retorno ao investimento realizado e auxiliar no planejamento e nas decisões futuras. O VIM, realizado pela FLUPP, apoia o desenvolvimento da educação para a primeira infância nos municípios de Aparecida, Lagoinha, Roseira e Potim, localizados na região do Vale do Paraíba no estado de São Paulo. A avaliação concentrou-se em Roseira. A equipe aplicou a metodologia SROI (Social Return on Investment) para identificar o efeito do programa nos beneficiários (todos os que sofreram alguma mudança), identificar indicadores mensuráveis das mudanças, coletar informações por meio de grupos focais e pesquisas, atribuir um valor financeiro aos resultados do programa e calcular o valor total dos benefícios trazidos pelo VIM a Roseira. A avaliação SROI identificou um impacto positivo, pois para cada R$ 1 investido pelo Programa VIM, R$ 4,08 foram criados em valor social. O VIM mais do que quadruplicou o montante investido demonstrando a eficiência e a relevância do programa.

Em 2016 o IDIS apoiou tecnicamente a organização na execução do projeto Fortalecimento da Gestão Municipal de Educação realizado nas cidades paulistas de Lagoinha, Natividade da Serra e Redenção da Serra, São Paulo. O projeto teve como objetivo fortalecer e fomentar melhorias na gestão pública municipal de Educação, com especial atenção à Educação Básica nos três municípios envolvidos. Foram realizados quatro encontros com as equipes técnicas das secretarias municipais de Educação para reflexão e análise dos Planos Municipais de Educação (PME 2015/2025) e priorização de metas. Ao final das oficinas, cada cidade participante elaborou um infográfico com as principais metas dos seus PMEs para servir de marco e quadro para monitoramento. Os infográficos foram impressos em banners e em setembro os municípios iniciaram a divulgação das metas com a finalidade de reforçar o compromisso com a Educação.

Em 2022, o IDIS também realizou um Estudo avaliativo com o objetivo de compreender e mensurar os impactos sociais gerados pelo ‘Projeto Melhores Cabeças’, criado em 2014 e que tem como objetivo atrair talentos para a carreira docente na região do Vale do Paraíba.

Instituto Avon

Desafio

Há diversas questões de grande relevância que impactam diretamente a vida das mulheres no Brasil. Uma pesquisa do DataSenado revela que 3 em cada 10 brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. Paralelamente, uma projeção do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que serão registrados 704 mil novos casos de câncer no Brasil anualmente no triênio 2023-2025. Embora abordem áreas distintas, ambas as problemáticas afetam milhares de mulheres no país a cada ano.

Para enfrentar esses desafios, o Instituto Avon atua há mais de 20 anos com a missão de mobilizar a sociedade no combate ao câncer de mama, expandindo posteriormente suas atividades para o enfrentamento da violência contra mulheres e meninas no Brasil.

Parceiro do Instituto Avon desde sua criação, o IDIS apoia a gestão programática e das doações realizadas pelo instituto para projetos e organizações da sociedade civil que atuam nas causas do Câncer de Mama e do Enfrentamento à Violência contra Mulheres e Meninas, apoiando a organização em diferentes demandas.

Solução

Durante cada ciclo de trabalho em parceria, novas soluções são concebidas colaborativamente, abrangendo desde a elaboração da teoria da mudança e do planejamento estratégico da organização até o fortalecimento do relacionamento com parceiros, a captação de recursos e a definição de indicadores de desempenho.

Um exemplo concreto ocorreu durante o ciclo de 2020-2021, marcado pela pandemia da Covid-19, que exacerbou os casos de violência contra mulheres e meninas. Diante desse cenário, o Instituto Avon, em colaboração com a Accor, estabeleceu o Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas. Nesse contexto, nossa equipe participou ativamente na definição das diretrizes estratégicas, da governança e das metas do fundo.

No ciclo seguinte, 2022-2023, o Fundo, originalmente emergencial, passou por um processo de transição para se tornar permanente. Mais uma vez, o time do IDIS desempenhou um papel fundamental na redefinição das diretrizes estratégicas, bem como no estabelecimento de linhas de atuação, características e critérios para as doações e o processo de seleção dos beneficiários. Além disso, foram propostas ações para consolidar a imagem do Fundo como uma referência no ecossistema social e na temática que a organização vem trabalhando ao longo dos anos.

Resultados

Desde sua fundação, o IDIS tem se dedicado a fornecer análises que apoiam a tomada de decisão relacionada a projetos e ações de combate ao câncer de mama. 

Já em termos mais práticos, desde a criação do Fundo pelo Fim das Violências contra Meninas e Mulheres, entre 2021 e 2023, foram realizados mais de 1800 atendimentos médicos a vítimas e mais de 1400 atendimentos socioassistenciais.

Além disso, a organização continua avançando. Uma nova estratégia de captação de recursos foi desenvolvida para que um número ainda maior de pessoas seja impactado positivamente pelo Instituto.

“Trabalhar lado a lado com o IDIS é ter acesso a um reservatório ímpar de competências, contatos e visão estratégica, que nos habilita a estar na fronteira da inovação social”, conta Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon

 

Daniela Grelin no Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2023

ODS

      

Sobre a organização 

O Instituto Avon é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua na defesa de direitos fundamentais das mulheres, promovendo iniciativas em atenção ao câncer de mama e enfrentamento às violências contra as meninas e mulheres. Por meio de ações próprias e parcerias com instituições da sociedade civil, setor privado e poder público, o Instituto Avon se concentra na produção de conhecimento e no desenvolvimento de projetos que mobilizem todos os setores da sociedade para o avanço das causas. Desde a sua fundação, em 2003, o braço social da Avon no Brasil já investiu R$ 193 milhões em mais de 400 projetos, beneficiando mais de 5,3 milhões de pessoas e engajando mais de 130 empresas em suas iniciativas.  

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