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Instituto Sicoob

Desafio

Imagine uma realidade em que quase metade dos brasileiros não tem controle sobre o próprio dinheiro. Uma pesquisa da SPC Brasil  revela que 48% dos brasileiros não controlam seus orçamentos financeiros. Outro dado da Serasa revela que 25% da população negativada está na faixa etária entre 18 e 25 anos. 

A situação levanta uma questão: como é possível desenvolver uma geração apta a tomar decisões financeiras conscientes e sustentáveis? Para além disso, uma vez implementada, como é possível avaliar e aprimorar um projeto que busque solucionar esse problema?

Diante do desafio da falta de conhecimento do brasileiro sobre o tema, especialmente entre a população mais jovem, o Instituto Sicoob propôs ensinar finanças para crianças por meio da educação básica. 

Assim nasceu o Programa Financinhas nas Escolas, uma iniciativa direcionada a crianças entre 6 e 10 anos do Ensino Fundamental. O programa tem como objetivo realizar atividades teóricas e práticas que contribuam para educar financeiramente desde a infância, fornecendo conhecimentos não apenas sobre finanças, mas também sobre como isso pode ser realizado de forma interdisciplinar, visando a sustentabilidade e a participação da comunidade.

Depois de uma aplicação inicial do Programa em 2021, o Instituto Sicoob se juntou ao IDIS para elaborar um Plano de Avaliação de médio prazo, com o objetivo inicial de avaliar os resultados da iniciativa piloto na vida dos beneficiários e identificar pontos de melhoria.

Solução

Inicialmente, o IDIS apoiou o Instituto Sicoob na realização de uma avaliação de processo. Diferente de outros métodos de avaliação como o SROI, o modelo concentra sua análise na qualidade da implementação do piloto do projeto, permitindo a identificação dos pontos fortes e oportunidades de melhoria logo no início da iniciativa. 

Essa avaliação diz respeito à primeira fase de um plano mais amplo de Monitoramento e Avaliação. O plano abrange um primeiro ano de validação e aperfeiçoamento do programa (etapa concluída), seguido por um ano de consolidação e outro dedicado à expansão e aprimoramento. Durante a fase 1, o foco estava em coletar contribuições que pudessem colaborar para que o Programa Financinhas se aperfeiçoasse em suas próximas etapas.

Para isso, o primeiro passo foi a realização de entrevistas junto aos atores-chave envolvidos na gestão e execução do Programa. Isso possibilitou compreender o histórico, os objetivos, os pontos fortes, os riscos, as fragilidades e as lições aprendidas para a continuidade do programa a partir do projeto piloto. 

Em seguida, um Workshop foi realizado para apresentar a Teoria da Mudança gerada. O termo se refere a um instrumento de gestão que indica de que forma as atividades previstas em dado programa buscam alcançar produtos e resultados (consequências a pequeno e médio prazo). O conceito também aponta o objetivo estratégico, de longo prazo, visado pela organização. Assim, a Teoria da Mudança delimitou que o objetivo a longo prazo visado pelo programa seria “formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, bem como das consequências resultantes de suas decisões financeiras, por meio de uma educação integrada com os valores do cooperativismo”.

Posteriormente, foram realizados grupos focais, uma ferramenta de  coleta de informações e compreensão do fenômeno estudado por meio de conversas realizadas em grupo, na presença de um pesquisador moderador. Os grupos focais foram realizados junto a professores e outros profissionais da educação (coordenadores, diretores, entre outros) também envolvidos com o Programa Financinhas.  

Por fim, foi realizada uma pesquisa quantitativa com um universo maior de professores envolvidos com o programa. Essa etapa de pesquisa tinha como objetivo confirmar as impressões identificadas na etapa de grupos focais. 

Resultados

A primeira fase do plano de Monitoramento e Avaliação do Financinhas gerou diversas conclusões e recomendações para a continuidade do projeto. Os resultados da iniciativa piloto foram positivos, trazendo impactos significativos para alunos, famílias e professores. 

Os alunos mostraram grande interesse na continuação do programa, relatando que já colheram frutos do aumento do conhecimento financeiro. Eles passaram a se envolver mais no planejamento familiar, adotando hábitos de consumo consciente. 

Os professores também se beneficiaram, adquirindo conhecimento que influenciaram positivamente não apenas suas vidas financeiras pessoais, mas também sua habilidade de ensinar esses conceitos aos alunos.

O IDIS também deixou recomendações para a continuidade do Programa. Foi sugerida uma maior conexão com a rede pública de ensino, ampliando o alcance do programa, além da proposta de realização de um levantamento de informações detalhadas sobre os alunos impactados, permitindo uma compreensão mais abrangente do programa.

Outra sugestão foi a promoção de encontros online que serviriam como espaços para os professores compartilharem práticas e experiências, enriquecendo a colaboração entre os envolvidos no projeto.

Programa Cooperativa Mirim

Anteriormente, o IDIS já havia apoiado o Instituto Sicoob com a realização de avaliação de impacto do Programa Iniciativa Mirim. Após feito o estudo através da metodologia do SROI (Retorno sobre Investimento Social), descobriu-se que a cada R$1 real investido na iniciativa nos estados do Paraná e Pará – locais onde foram realizados os estudos – é criado R$ 1,68 em valor social, demonstrando, assim, a grande contribuição do Programa na vida dos cooperados mirins e professores orientadores nos estados do Paraná e Pará.

“A formação de avaliação de impacto, oferecida pelo IDIS, foi importante para o aprimoramento de competências dos profissionais que atuam diretamente no planejamento e execução dos programas do Instituto Sicoob. O curso contribuiu para ampliar o conhecimento dos participantes que, certamente, saíram motivados a aplicarem os aprendizados na sua rotina de trabalho”, comenta Gleice Morais, Supervisora de Cidadania e Sustentabilidade.

ODS

 

Sobre a organização

Fundado em 2004, o Instituto Sicoob é uma instituição privada de utilidade pública e sem fins lucrativos cujo objetivo é difundir a cultura cooperativista e contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades. Como agência de investimento social estratégico do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil — Sicoob, atua no território nacional por meio de ações conjuntas e integradas com as cooperativas e na formação de voluntários para promover o desenvolvimento local.

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Catalyst 2030 – Desafio Fundo Catalisador

Desafio               

Como levar mais água potável e segura para mais pessoas? Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil, quase 35 milhões de pessoas no Brasil vivem sem água tratada. Diante dessa ameaça a comunidades inteiras, o movimento internacional ‘Catalyst 2030’ propôs a primeira edição do edital Desafio Fundo Catalisador 2030.

Sendo uma das premissas da rede a aceleração do atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU por meio de parcerias, para inscrever-se a iniciativa necessariamente deveria ser um projeto colaborativo, ou seja, que envolvesse mais de uma organização, que propusesse soluções escaláveis para melhorar o acesso à água potável e segura para todos, endereçando o ODS 6. O projeto vencedor receberia apoio financeiro do movimento para colocar a ideia em prática.

O Desafio foi apoiado pela Ambev Ama, PLKC Advogados e Simbi.

Solução

Apoiamos o Catalyst 2030 na estruturação, divulgação e seleção dos projetos inscritos no edital.

O primeiro passo foi definir as características do edital, criar o conjunto de documentos necessários e traçar estratégias eficazes para a divulgação do edital e o processo de seleção. Cada detalhe contribuiu para garantir a transparência e a qualidade do edital, além de atingir as organizações corretas, que pudessem propor projetos de acordo com o que estava sendo buscado.

Com o edital pronto, chegou o momento de receber as inscrições. O IDIS acompanhou de perto esse processo, realizou a triagem inicial das inscrições e seguiu reforçando o convite às organizações identificadas como potenciais participantes.

Após uma cuidadosa análise das propostas recebidas, chegou o momento de selecionar os projetos vencedores. A banca examinadora, formada pelos especialistas no tema da água Renata Ruggiero do Instituto Iguá e Guilherme Castagna da Fluxus Design Ecológico, teve a importante missão de avaliar as propostas finalistas a partir de critérios pré-definidos, buscando identificar aquelas com maior potencial de impacto.

Resultados

Com foco bastante específico, o edital recebeu 24 inscrições, envolvendo no total 89 instituições, entre OSCs, empresas, universidades e pessoas físicas de todas as regiões do Brasil. Entre eles, cinco projetos colaborativos tinham como público-alvo povos indígenas, enquanto outros dois eram voltados para comunidades quilombolas.

A proposta selecionada foi “Acesso à água potável para os Mundurukus”, apresentado conjuntamente pelas organizações Associação das Mulheres Munduruku Wakoborun, Projeto Saúde e Alegria, Water is Life, DSEI Rio Tapajós e Associação Indígena Pariri.

Seu objetivo é distribuir filtros para o povo indígena Munduruku, no estado do Pará, a fim de tornar a água de rios, igarapés, cacimbas e pluviais própria para consumo dessa população.

O orçamento previsto para a execução do projeto é de R$200 mil, e a conclusão está prevista para o final de 2023.

Sobre a organização

O Catalyst 2030 é uma rede global, composta por mais de 100 empreendedores sociais no Brasil, que estão trabalhando juntos para acelerar o atingimento dos ODS.

O Fundo Catalisador 2030 é uma iniciativa do Catalyst 2030 Brasil que tem como objetivo identificar iniciativas e soluções existentes e fomentar a colaboração entre organizações sociais no país para atingir os ODS.

ODS

ODS 6 - Água Potável e Saneamento, base para a realização do Desafio Fundo Catalisador 2030

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Iniciativa criada pelo Catalyst 2030 é destaque pela Folha de São Paulo
Case – Instituto Chamex
Case – Instituto Mosaic
Case – Instituto Avon

PepsiCo

Empresas são organismos poderosos que podem, e devem, usar seus recursos para melhorar a sociedade. Consciente de seu potencial como agente transformador, a PepsiCo buscou o IDIS para apoiá-los em projetos de desenvolvimento e amadurecimento de suas ações de Investimento Social Privado (ISP), processo que compreende a destinação voluntária e estratégica de recursos privados para o benefício público.

O primeiro projeto consistiu em um Estudo para Investimento Social atrelado a um dos produtos PepsiCo. O IDIS fez um mapeamento de 53 organizações atuantes nas causas prioritárias da empresa – Nutrição, combate à fome, desenvolvimento familiar, combate à pobreza e crianças de forma geral – no Nordeste, e que poderiam ser apoiadas pela empresa.

Após o mapeamento, foi realizada uma análise reflexiva sobre os potenciais desafios, oportunidades e sinergia da marca com cada uma das causas prioritárias. Este processo contou com entrevistas com membros da PepsiCo, especialistas em segurança alimentar e colaboradores de diferentes times do IDIS.

O estudo de alinhamento de causas é muito importante para a maximização do impacto do investimento social privado, já que compreende os caminhos do ISP nos quais a empresa pode ser mais útil.

Estudo de Causa: Fome no Brasil

O segundo projeto feito em parceria entre IDIS e Pepsico focou em aprofundar o conhecimento da Pepsico na causa da insegurança alimentar. O Estudo de Causa elaborado pelo IDIS compreendeu alguns padrões: no Brasil a fome tem local, gênero, cor e escolaridade. De forma geral, a Insegurança Alimentar está mais presente em lares de agricultores familiares; comandados por mulheres; pessoas pretas e pardas; e por indivíduos que estudaram até a 4° série.

A PepsiCo Brasil também passou a se aprofundar em projetos internacionais desenvolvidos pela própria empresa e que poderiam ser replicados no Brasil, como por exemplo, o She Feeds the World, que busca melhorar a segurança alimentar e nutricional de famílias rurais pobres.

“A PepsiCo, junto com a Fundação PepsiCo, busca apoiar a transformação social de forma perene, especialmente com foco nas populações em situação de vulnerabilidade social. A questão do combate à insegurança alimentar é um tema prioritário para a companhia e com a ajuda do IDIS buscamos oportunidades para direcionar nossos recursos para ações de impacto positivo”, afirmou Livia Favaro, gerente de Cidadania Corporativa da PepsiCo Brasil.

 

Sobre a PepsiCo

Os produtos da PepsiCo são apreciados mais de um bilhão de vezes por dia em mais de 200 países e territórios em todo o mundo. Em 2022, a companhia teve mais de US$ 86 bilhões em receita líquida, impulsionada por um portfólio com uma ampla variedade de alimentos e bebidas para diversas ocasiões de consumo, incluindo marcas icônicas que geram mais de US$ 1 bilhão cada em vendas anuais estimadas no varejo. Há 70 anos no Brasil, a PepsiCo é dona de marcas como PEPSI®️, GATORADE®️, QUAKER®️, LAY’S®️, DORITOS®️, RUFFLES®️, CHEETOS®️, KERO COCO®️, H2OH!®️, TODDY®️ entre outras.

Guiada pela visão de ser a líder global em alimentos e bebidas convenientes ao vencer por meio da estratégia PepsiCo Positive (pep+), a companhia promove uma transformação de ponta a ponta, onde a preocupação com as pessoas e o planeta é fundamental para criar valor e crescer operando e inspirando mudanças positivas. Para mais informações, visite www.pepsico.com.br e siga no Twitter, Instagram, Facebook e LinkedIn.

Lundin Foundation

Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável a partir do investimento em pessoas, a Lundin Foundation é o suporte de sustentabilidade e comunidade da mineração canadense Lundin Group of Companies, com sede em Vancouver, Canadá; no Brasil, tem operação em Goiás. Desde 2019, a operação de mineração local tem promovido o Programa de Desenvolvimento Rural, que contribui para a produção, produtividade e geração de renda para as comunidades agrícolas. Com o objetivo de compreender os impactos gerados pelo programa, contou com o IDIS. O relatório final incluiu recomendações para a evolução do projeto.

 

Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. No Brasil, atua diretamente em 9 estados e em mais de 200 municípios, muitos em regiões de grande vulnerabilidade social. Além disso, a empresa trabalha para ser competitiva e protagonista no quesito de sustentabilidade e na transformação de sua cadeia de valor e da sociedade.

A empresa financia e executa projetos socioambientais estratégicos em diversas regiões onde atua, incluindo populações urbanas, rurais e tradicionais de forma colaborativa com as comunidades, especialmente em áreas de conservação ambiental e geração de renda, ambas com forte alinhamento ao negócio e propósito da empresa.

Buscando expandir essa atuação e engajar novos parceiros, a Suzano chegou ao IDIS com a demanda de realizar uma análise estratégica quanto ao modelo de operação de seus investimentos socioambientais por meio de diagnóstico e pesquisa de melhores práticas (benchmarking).

O levantamento sobre a atuação e operação socioambiental de empresas de referência no Brasil e da literatura em investimento social corporativo revelou boas práticas de governança e gestão de investimentos socioambientais. Em conjunto com a pesquisa, foram levantados também elementos regulatórios e internos da empresa, de modo a construir cenários alternativos para tomada de decisão pela Suzano tendo em vista os seus compromissos para 2030, como a meta de retirar 200 mil pessoas da linha da pobreza e implementar 500 mil hectares em corredores ecológicos.

 

Plan International

Com atuação em mais de 70 países, a Plan International promove os direitos das crianças e a igualdade para meninas. No Brasil desde 1997, tem como prática o monitoramento e avaliação de impacto de seus projetos, programas e ações de incidência e de mobilização social. Com uma equipe interna focada exclusivamente em pesquisa e controle de indicadores, contou com o apoio do IDIS para uma formação sobre o protocolo SROI, que permite a monetização dos impactos gerados por uma intervenção.

“Mostrar o impacto dos projetos de forma precisa e confiável é uma prática que favorece o reconhecimento dos nossos projetos não somente por nossos doadores, como também pelos demais parceiros e comunidades com quem e onde as iniciativas são implementadas”, comenta Cynthia Betti, diretora executiva da organização.

 

Associação Nova Escola

Com mais de 30 anos de atuação, a Associação Nova Escola tem como missão fortalecer professores para transformar a Educação pública brasileira e possibilitar que os alunos desenvolvam o máximo do seu potencial. É referência entre educadores do Brasil, oferecendo cursos formativos, geração e difusão de conhecimento para informação e aplicação prática dentro da sala de aula. Entre seus projetos está a ‘Plataforma Nova Escola’, acessada por cerca de 3,1 milhões de pessoas por mês e que foi objeto de um processo de avaliação de impacto pelo IDIS. A partir de pesquisas qualitativas e quantitativas, foram identificadas fortalezas e pontos de melhoria para o projeto.

 

Fundação Volkswagen

Interessada em fortalecer a cultura avaliativa dentro da organização, a Fundação Grupo Volkswagen buscou o IDIS para estabelecer estratégias e métodos na intenção de aprimorar o acompanhamento das iniciativas de seu portfólio de projetos e programas sociais. 

A fundação corporativa atua desde 1979 investindo em ações de impacto social com foco em duas causas prioritárias: mobilidade urbana e comunidades sustentáveis, e mobilidade social e inclusão de pessoas com deficiência. Além disso, apoiam tecnicamente algumas das atividades de investimento social de empresas do Grupo Volkswagen no Brasil.

Para diagnosticar as práticas avaliativas que já vinham sendo aplicadas, o IDIS fez uma análise extensa dos documentos da Fundação e das iniciativas apoiadas. Os materiais foram insumo para reflexões junto à equipe da organização para definir oficinas sobre o conceito de investimento social privado e ferramentas de monitoramento e avaliação (M&A) para os colaboradores da Fundação. Após as oficinas, foram propostas Teorias de Mudança e indicadores para os projetos apoiados pela organização. Como última etapa, foi realizado um grupo focal para refletir sobre planos futuros de M&A. O projeto de 2022 em parceria com o IDIS desdobrou-se em um segundo projeto, iniciado em 2023, envolvendo oficinas de M&A para os parceiros da Fundação diretamente.

“A parceria com o IDIS está consolidando a cultura de monitoramento e avaliação na Fundação Grupo Volkswagen para que seja possível qualificar nossos resultados e ampliar o impacto na vida de nossos beneficiários. Isso corrobora nosso propósito de mover pessoas pelo conhecimento”. Vitor Hugo Neia, Superintendente da Fundação Grupo Volkswagen.

 

Instituto Arapyaú

O Instituto Arapyaú é uma instituição privada e sem fins lucrativos, dedicada ao fortalecimento de redes para a promoção da sustentabilidade na Amazônia Legal e no sul da Bahia. Criado em 2008 pelo empresário Guilherme Leal – acionista da Natura&co e investidor de impacto socioambiental – o Instituto Arapyaú mobiliza sociedade civil, filantropia, academia, setor público e privado no desenvolvimento de soluções sistêmicas e escaláveis para desafios como mudanças climáticas e perda da biodiversidade.

Em 2022, o Instituto contratou o IDIS para realizar uma pesquisa que identificasse as melhores práticas de governança, sucessão e sustentabilidade financeira entre institutos e fundações familiares, com o objetivo de obter uma compreensão mais aprofundada sobre tais temas, de grande relevância para o fortalecimento de organizações da sociedade civil.

A pesquisa abordou aspectos como preservação e continuidade do legado filantrópico de famílias e indivíduos, participação de fundadores nas decisões e direcionamento estratégico de organizações familiares, riscos e oportunidades dos processos sucessórios no terceiro setor, busca pela diversidade e pluralidade nos órgãos de liderança, entre outros.

Dentre os diversos achados da pesquisa, os fundos patrimoniais filantrópicos (endowments) se mostraram instrumentos importantes para reduzir a dependência dos recursos de fundadores ou mantenedores nas organizações familiares e diversificar as fontes de renda dessas instituições, contribuindo para sua sustentabilidade financeira.

Outro destaque da pesquisa foi uma importante tendência no âmbito da filantropia familiar internacional: a criação de organizações com horizonte de tempo limitado, constituídas com data certa para encerramento e o propósito de aportar um expressivo volume de recursos para causas sociais de grande urgência, como as mudanças climáticas. Ainda pouco disseminada no Brasil, essas organizações buscam alto impacto e transformação social no curto e médio prazo, valorizando parceria e colaboração.

“A governança de institutos e fundações é um tema central que deve ser discutido com tempo de qualidade e embasamento. O IDIS tem papel importante ao apoiar o setor com conteúdos relevantes e experiência. O trabalho do IDIS ajudou a embasar as discussões do Arapyaú ao trazer exemplos práticos e visão isenta ao processo”, comenta Thais Ferraz, diretora institucional do Instituto Arapyaú.

Amigos do Bem

Impactos sociais da atuação de Amigos do Bem no sertão nordestino chegam a R$ 2,1 bilhões.

De acordo com análise realizada pelo IDIS, o Retorno Social sobre Investimento (SROI) da instituição é de que R$1 doado ao projeto se transforma em R$ 6,45 na ponta.

A Instituição Social Amigos do Bem atua há 29 anos para combater a miséria e o abandono no sertão nordestino, o semiárido mais populoso do mundo. A organização atende regularmente 150 mil pessoas de 300 povoados com projetos de educação para mais de 10 mil crianças e jovens, trabalho e renda para 1.500 homens e mulheres, além de acesso à água, moradia e saúde.

Em 2020 a organização procurou pelo IDIS para apoia-los a dimensionar o tamanho do impacto que a atuação de Amigos do Bem possui em números. O resultado obtido demonstra que o Retorno Social sobre Investimento (SROI) da instituição é de 6,45, ou seja, cada R$ 1 doado ao projeto se transforma em R$ 6,45 na ponta, a quem é atendido no sertão nordestino.

Ainda de acordo com o estudo do IDIS, os investimentos realizados por Amigos do Bem entre 2012 e 2021 geraram e gerarão impactos sociais na ordem de R$ 2,1 bilhões. O impacto maior, segundo o estudo, pode ser observado nas frentes de trabalho e renda (38,4%) e educação (35,7%), reforçando o Modelo de Desenvolvimento Social Sustentável criado pela instituição.

Retorno Social positivo e elevado

Segundo a análise, o retorno social do investimento nos Amigos do Bem é positivo e elevado, levando a transformações concretas aos seus beneficiários e voluntários. Além disso, o fortalecimento de habilidades socioemocionais contribuem para a disseminação dos impactos ao longo dos anos, como o crescimento do trabalho voluntário no Sertão; as iniciativas em água e moradia, bem como em saúde e distribuição de cestas básicas proporcionam uma vida digna aos moradores do semiárido, potencializando os impactos em educação, trabalho e mudança de mentalidade; e, por fim, que há um grande potencial para replicação do modelo de atendimento em outras localidades do sertão nordestino, aproveitando toda a expertise desenvolvida pelos Amigos do Bem, sua governança, equipe e voluntários.

“Temos visto um aumento no interesse de organizações sociais e investidores em fazer a avaliação de impacto de seus projetos, afinal essa é uma ferramenta poderosa para identificar os benefícios sociais de investimento, além de apresentar caminhos para o aprimoramento das ações. Os resultados positivos dos Amigos do Bem apontam o nível de amadurecimento da organização e demonstram seu potencial de expansão para outras áreas”, destaca Felipe Insunza Groba, gerente de projetos no IDIS

 A análise confirmou conquistas da instituição social mesmo com o cenário adverso da pandemia: a quantidade de pessoas regularmente atendidas por Amigos do Bem dobrou de 75 mil para 150 mil; 450 mil cestas básicas foram distribuídas; 4 hospitais locais foram estruturados; foram criadas praças digitais para inclusão social e digital, além da instalação de um “Container do Bem”, com o objetivo de promover o empreendedorismo. Na educação, uma grande vitória: após uma força-tarefa realizada por Amigos do Bem, a escola de Inajá, em Pernambuco, atingiu nota 8,0 no IDEB do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, ficando acima da média de escolas particulares do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Há quase três décadas atuamos no sertão nordestino, que enfrenta uma miséria secular. Ainda hoje, milhões de pessoas vivem em casas de barro, sem água, alimentos ou qualquer recurso. Com a ajuda de colaboradores e de 10.600 voluntários, estamos transformando efetivamente a vida de milhares de pessoas, levando recursos básicos para a vida e construindo um futuro diferente com educação e trabalho. Juntos estamos deixando um legado de transformação para milhares de famílias que vivem em uma das regiões mais carentes do país”, comenta Alcione Albanesi, presidente e fundadora de Amigos do Bem.

Além das conquistas, a instituição social reforçou as iniciativas de ESG e anunciou investimentos na preservação do meio ambiente, como o uso de energia solar no sertão, reflorestamento, polinização das plantações e reuso da matéria-prima da castanha.

O case foi destaque em reportagens do Valor Econômico, Jornal da Band e Exame. Confira!

Números dos Amigos do Bem:

1 – 150 mil pessoas atendidas todos os meses;
2 – 300 povoados atendidos no sertão de Alagoas, Pernambuco e Ceará;
3 – 10 mil crianças e jovens nos 4 Centros de Transformação;
4 – 1,8 milhão de refeições servidas por ano para as crianças dos Centros de Transformação;
5 – 1,5 mil empregos gerados no sertão (Plantações, Fábrica de Beneficiamento de Castanha de Caju, Oficinas de Costura e Artesanato, Fábrica de Doces e Mel e Educadores e postos administrativos);
6 – 10.600 voluntários que dedicam mais de 372 mil horas do Bem por ano;
7 – 35 mil m2 de edificações construídas (centros de atendimento, entre outros);
8 – 123 cisternas para levar água à população;
9 – 60 poços artesianos perfurados;
10 – 543 casas construídas;
11 – Mais de 187 mil atendimentos médicos e odontológicos no último ano;
12 – Mais de 500 bolsas de estudo para faculdade;
13 – 1,2 bilhão de litros de água distribuídos por ano;
14 – 30% das receitas de Amigos do Bem são da área de geração de renda.

Avaliação de Impacto e Captação de Recursos

Os resultados revelados com a Avaliação de Impacto, além de permitirem a potencialização dos impactos do projeto, também funcionam como um poderoso meio para Captação de Recursos. Uma mensuração objetiva a respeito da transformação social oriunda de um Programa ou índices de retorno sobre o investimento são maneiras de fazer um doador se sentir mais confiante de que seu recurso está sendo bem utilizado e de que a organização tem uma boa gestão sobre a iniciativa.

Saiba mais no artigo ‘Avaliar o Impacto Social é também uma estratégia de Comunicação e Captação de Recursos’.

Sobre os Amigos do Bem

Desde 1993, os Amigos do Bem trabalham para transformar vidas no sertão nordestino, a região mais carente do Brasil. Todos os meses, mais de 150 mil pessoas, que vivem em 300 povoados em situação de extrema pobreza, são atendidas com projetos de educação, trabalho e renda, água, moradia e saúde. Fundado por Alcione Albanesi, Amigos do Bem é hoje considerado um dos maiores projetos sociais do país, tendo criado um Modelo de Desenvolvimento Social Sustentável e diversas iniciativas de impacto social com a atuação de quase 11 mil voluntários ativos.

Engajamento Coletivo

O projeto de Engajamento Coletivo, realizado pelo IDIS em parceria com a Eu Ensino/Curiós, promoveu conteúdos e atividades junto a professores e alunos de duas escolas públicas da cidade de São Paulo. Participaram 43 educadores, que receberam formação específica para promover o engajamento coletivo e a cidadania junto aos alunos.

Inicialmente, ele foi concebido com o propósito de desenvolver jovens e educadores em competências e habilidades para se envolverem em mudanças positivas na vida social e política em prol de melhorias no território de forma solidária, corresponsável e cidadã, contribuindo para o avanço da cultura de doação no país.

Implementado em 2019 em duas escolas estaduais de São Paulo, ainda em caráter piloto, precisou ser interrompido quando a pandemia impossibilitou atividades presenciais a partir de março de 2020. Remodelado, retomou as atividades com 43 professores de forma virtual e com novos parceiros após esse tempo de hiato.

O objetivo do projeto, então, passou a ser preparar os educadores (professores e coordenadores pedagógicos) para pautas ligadas ao engajamento coletivo, com base na competência 10 – Responsabilidade e Cidadania, da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Diálogos do Poder Público com Investidores Sociais

No Brasil, muitas vezes percebemos distanciamento e falta de articulação entre instâncias governamentais e organizações da sociedade civil, em especial os investidores sociais privados. Para contribuir com a transformação dessa realidade, o IDIS criou o programa ‘Diálogos do Poder Público com Investidores Sociais’, ciente de que fortalecer a confiança e trabalhar em cooperação são importantes aspectos para o desenvolvimento do país.

A iniciativa prevê 4 etapas: workshop de cocriação entre representantes do poder público, que apresentam seus desafios, investidores sociais, representantes de organizações da sociedade civil, acadêmicos e especialistas; diagnóstico profundo, a partir das ideias geradas no encontro inicial; desenvolvimento de plano de ação que permita colocar em prática a solução prevista; e sistematização.

primeira edição do ‘Diálogos’ foi iniciada em junho de 2019 e envolveu a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.  O foco definido do projeto foi a cobertura vacinal. Infelizmente a pandemia levou a um adiamento da implementação.

Este programa pode ser replicado em outras áreas e em outros municípios e estados.

Redes para Inclusão Produtiva

O programa Redes para Inclusão Produtiva, fruto da parceria entre o Sebrae SP e o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, já alcançou diretamente 88 organizações em quatro macrorregiões do Estado de São Paulo: Bauru, Vale do Ribeira, Pontal do Paranapanema e Alta Paulista. O objetivo do programa é o fortalecimento de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que desenvolvem projetos de inclusão produtiva para públicos em situação de vulnerabilidade econômica e social.

O projeto, iniciado em 2020 e desenvolvido ao longo de um ano e meio de trabalho, contou com a participação de organizações sociais de 44 municípios. Tais organizações sociais, embora diferentes em relação à forma de atuação e ao público beneficiado (catadores, artesãos, pequenos agricultores, jovens, egressos do sistema prisional, entre outros), compartilham o mesmo objetivo: o atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social, e o fomento ao empreendedorismo como alternativa para a geração de renda.

As organizações participaram de encontros presenciais de troca de experiências e conhecimentos, definindo desafios comuns e priorizando soluções práticas para esses desafios. Os participantes tiveram acesso a cursos, workshops e sessões presenciais e virtuais de apoio e aprendizado em diversas temáticas, como: elaboração de projetos; gestão de equipes; associativismo e cooperativismo; comunicação e divulgação; e captação de recursos. Além de propiciar a troca de experiências e conhecimentos, o programa também teve como premissa contribuir para o empoderamento das organizações sociais participantes e para o fortalecimento de sua atuação em rede. Com isso, os resultados começaram a surgir.

Uma das organizações beneficiadas pelo programa é a Associação Pró Menor de Primavera (APROMEP), do município de Rosana, na região do Pontal do Paranapanema. A partir das informações acessadas na rede, a associação redigiu proposta de inclusão produtiva para qualificar 100 jovens e adultos de até 24 anos por meio de parcerias, como com o Sebrae-SP, a fim de inseri-los no mercado de trabalho nas áreas administrativa e de hotelaria e turismo, atendendo às necessidades do município. A proposta foi encaminhada ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e aprovada.

Já o Instituto Feliz Cidade, de Pariquera-Açu, na região do Vale do Ribeira, que se dedica ao atendimento e à doação de alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social, obteve junto ao Sebrae-SP a oportunidade de participar de cursos para a reestruturação e capacitação de sua equipe, além da elaboração de projeto de capacitação profissional e inserção de seus beneficiários no mercado de trabalho.

“Trabalhar com públicos em situação de vulnerabilidade é, atualmente, um foco estratégico do Sebrae-SP em prol de uma sociedade mais igualitária em termos de recursos e oportunidades, pois não há crescimento econômico sem que ele seja inclusivo”, diz Wilson Poit, diretor-superintendente do Sebrae-SP. Nesse contexto, as organizações sociais assumem um papel de protagonismo, já que estão, diariamente, trabalhando em prol da inclusão dessas pessoas.

Contexto

O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e a pandemia acentuou ainda mais esse cenário. O Banco Mundial estima que seus efeitos levem até 49 milhões de pessoas à pobreza. Dados recentes do IBGE demonstram que o país possui mais de 13,5 milhões de desempregados e uma pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional apontou que o Brasil tem pelo menos 19 milhões de pessoas passando fome.

Outra informação alarmante é proveniente do levantamento publicado pela Oxfam em janeiro de 2022. A publicação apresenta uma estimativa de que, entre abril de 2020 e abril de 2021, 377 brasileiros perderam o emprego por hora, e que mais de 600 mil empresas faliram. Antes que o país comece a se recuperar e a reestruturar sua economia, a tendência é de agravamento da crise.

Assim, a união de forças entre o Sebrae-SP e o IDIS na execução do programa surge como uma reação a esse contexto de desemprego e de falta de oportunidades de geração de renda. “Esta experiência gerou resultados e aprendizados muito importantes. As organizações participantes abraçaram a metodologia de rede e se mobilizaram entre si para manter aprendizado e trocas perenes a partir do programa. Com as consequências negativas da pandemia na economia e na renda dos brasileiros, contribuir para esta causa é urgente e tem impacto direto na vida de milhares de pessoas”, comenta Renato Rebelo, diretor de projetos do IDIS.

Vale

Estações Conhecimento Serra e Arari
As estações Conhecimento Serra, no estado do Espírito Santo, e Arari, no estado do Maranhão, são mantidas pela Fundação Vale desde 2011. Oferecem no contraturno escolar atividades de esporte educacional, letramento numérico e digital, cultura, entre outras, além de serviços de saúde, atuando de forma integral para contribuir com o desenvolvimento das crianças e adolescentes dos municípios em que estão presentes.

Na avaliação realizada pelo IDIS, os resultados revelaram que as atividades e experiências vivenciadas pelos beneficiários contribuíram positivamente para o desenvolvimento educacional, pessoal, fortalecimento das relações interpessoais e coletivas e ampliação dos cuidados com a saúde. Por também oferecerem atividades para os familiares dos alunos e comunidade do entorno, as Estações Conhecimento impactaram na maior participação dos pais e responsáveis na vida das crianças e adolescentes e, também nas perspectivas de ingresso ao mercado de trabalho, ao oferecerem oficinas profissionalizantes.

 

Incentivo Produtivo de Milho Juazeiro
Desenvolvido no Pará, com o apoio da mineradora Vale, o projeto Incentivo Produtivo de Milho Juazeiro integra produtores rurais participantes da APRANE – Associação dos Pequenos Produtores do Acampamento Nova Esperança. Por meio da aquisição de insumos produtivos, contratação de assistência técnica e maquinário, os produtores rurais tiveram incremento de renda, que é a principal meta do projeto. Com a maior capacidade gerencial e técnica, a qualidade do produto oferecido fez com que a comunidade fosse reconhecida em outras localidades, contribuindo para que se sentissem mais orgulhosos da profissão exercida.

Além de reunir evidências sobre os impactos sociais gerados, os estudos também apontaram oportunidades de melhoria e recomendações para que os projetos ampliem o poder de transformação.

 

Ciranda da Educação Vila Conceição
Apoiado pela Vale, em uma parceria com a ACIB – Associação Comunitária Itaqui-Bacanga e a União dos Moradores da Vila Conceição, no estado do Maranhão, o Projeto Ciranda da Educação Vila Conceição promove o desenvolvimento educacional e o fortalecimento das ações comunitárias gerando autonomia e tornando a comunidade um agente de mudanças no território. O foco no desenvolvimento comunitário e o fortalecimento o de uma rede local de apoio a crianças, adolescentes e suas famílias. Além do atendimento direito aos meninos e meninas, pais e ou responsáveis dos alunos, promove reuniões de acompanhamento e alinhamento, oficinas com participação de órgãos públicos, de forma a facilitar o acesso aos serviços essenciais de assistência e saúde e atividades externas culturais.

Foi constatado, após estudo realizado pelo IDIS, que o projeto impacta positivamente o desenvolvimento educacional, sociabilidade, senso de coletividade e fortalecimento dos vínculos parentais entre crianças, adolescentes e as mães dos participantes. O relatório também mostrou o impacto nas educadoras sociais do Projeto, com destaque para o desenvolvimento pedagógico. Por meio da condução do estudo, foi constatado que o projeto atinge o objetivo de promover o desenvolvimento educacional e o fortalecimento das ações comunitárias, gerando autonomia e tornando a comunidade um agente de mudanças no território.

 

Demarest

Com mais de 70 anos no mercado e uma equipe de 600 profissionais, o Demarest é um dos escritórios de advocacia mais respeitados do Brasil e da América Latina. Tem tradição em ações de responsabilidade social, oferecimento de serviços pro bono junto a organizações da sociedade civil e, mais recentemente, tem atividades cada vez mais estruturadas voltadas à diversidade & inclusão.  Esporadicamente, promovia ações de mobilização do público interno em campanhas de doação de livros ou alimentos, ou voluntariado pontual, e tinha o desejo de dar um passo à diante.

Ao longo de um ano, contou com o IDIS para o mapeamento das causas de seus profissionais e oferecimento de oportunidades para atuação conectadas ao seu perfil. Foi feita uma customização da plataforma Descubra sua Causa. A partir de um teste, cada um tinha como resultado a identificação da causa que o representa. A partir daí, quem tivesse afinidade com meio ambiente, por exemplo, receberia recomendações pré-selecionas de organizações que defendiam a causa ambiental e para as quais poderiam fazer doações ou realizar trabalhos voluntários.

Unesp

Mantida pelo Governo de São Paulo, a Unesp (Universidade Estadual Paulista) é uma das três universidades públicas de ensino gratuito do Estado, ao lado da USP (Universidade de São Paulo) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Grande parte dos recursos do orçamento de R$ 2,9 bilhões (base 2019) é proveniente de repasses da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. As despesas correntes da Universidade consomem quase que a totalidade dos recursos recebidos, deixando pouco espaço para o desenvolvimento de novos projetos e investimentos.

Visando a diversificação das fontes de recursos para assegurar o cumprimento de sua missão institucional, em setembro de 2019, foi aprovada pelo Conselho Universitário da Unesp a Resolução Nº 61/19, que “autoriza a Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’ a criar Fundo Patrimonial nos moldes da Lei Federal nº 13.800/2019.” No final daquele mesmo ano, o IDIS foi contratado para apoiar a Unesp na estruturação de um fundo patrimonial filantrópico.

O trabalho do IDIS, realizado em parceria com o escritório PLKC Advogados, envolveu a definição das diretrizes institucionais do fundo patrimonial, incluindo a governança da organização gestora de fundo patrimonial, a elaboração de minutas sugeridas para os principais instrumentos societários e contratuais dessa organização e a construção de proposta para o conjunto de políticas e manuais operacionais necessários ao início de suas atividades.

Dando início à formalização do endowment da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a associação gestora do fundo patrimonial foi estabelecida em assembleia virtual. A Associação Prospera Unesp — Fundo Patrimonial será responsável pela gestão do endowment da instituição de ensino e atuará como instituição de caráter autônomo e sem fins lucrativos, com a finalidade de constituir fonte de recursos para, no futuro, utilizar seus rendimentos exclusivamente em benefício da universidade.

Os recursos do fundo patrimonial poderão ser utilizados em projetos da universidade de caráter científico, cultural, de inovação tecnológica, empreendedorismo e desenvolvimento social, entre outras finalidades.

A assembleia contou com a presença do reitor da universidade, Pasqual Barretti, e dos demais integrantes do grupo de trabalho que tem conduzido o projeto desde 2019. Desde então o IDIS tem apoiado a Unesp na estruturação do fundo patrimonial da instituição de ensino de acordo com a Lei 13.800/2019 e também no engajamento de atores na governança. “Tenho grande expectativa quanto ao sucesso desta associação que, tenho certeza, vai contribuir para a grandeza da nossa universidade”, acredita Barretti.

Seguindo recomendações do IDIS sobre governança, será eleito um comitê técnico, composto por 5 membros; um conselho fiscal de 3 membros; e um comitê de investimentos de 3 ou 5 membros para realizar a gestão dos recursos. “O Fundo Patrimonial Prospera nasce com a participação ativa da Unesp e de representantes da sociedade civil (egressos, empresas e pessoas físicas parceiras). Essa diversidade na composição da governança da organização gestora do fundo patrimonial é crucial para a perenidade do fundo, em cujo futuro vislumbramos muito sucesso e conquistas”, destaca Andrea Hanai, gerente de projetos do IDIS que acompanhou o projeto desde o início.

A Unesp junta-se às instituições brasileiras de ensino que adotaram fundos patrimoniais como modelo de sustentabilidade, entre elas PUC-Rio, USP e Unicamp. Fora do Brasil, este mecanismo é bastante popular, sendo adotado por universidades como Harvard, Yale, Oxford e Cambridge.

ICE – Instituto de Cidadania Empresarial

O ICE – Instituto de Cidadania Empresarial –, em convênio com o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, contratou o IDIS, por meio de edital, para realizar a avaliação do seu projeto de Promoção do Ecossistema de Investimento e Negócios de Impacto Socioambiental no Brasil. O estudo foi conduzido em duas etapas, de modo que sua análise parcial aconteceu entre abril e outubro de 2019, e a análise final ocorreu entre junho e setembro de 2020.

O objetivo geral do projeto avaliado é “promover a criação e o crescimento sustentável de negócios de impacto social capazes de desenvolver e escalar inovações focadas em resolver problemas sociais e ambientais, por meio da aceleração do desenvolvimento do ecossistema emergente de Investimento e Negócios de Impacto no Brasil”.

Para atingir este objetivo, o projeto possui 4 componentes de ação: (i) Programa Academia; (ii) Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto; (iii) Programa de Aceleração e Incubação de Impacto; (iv) Chamada de capital semente ICE-BID.

O processo de avaliação em duas etapas e mostrou que a as intervenções geridas pelo ICE contribuíram para avanços fundamentais na visibilidade e prioridade do tema em diversas esferas e segmentos do País, na sistematização e disseminação de conhecimento sobre o setor e no fortalecimento da liderança, autonomia e capacidade técnica dos diversos atores envolvidos. Além da expansão numérica de atores
nos programas, entre a fase intermediária e final da avaliação, foram percebidos esforços para a ampliação do debate e do interesse de capacitar tecnicamente as equipes envolvidas. Foram realizadas novas atividades e discussões para lidar com desafios passados e, naturalmente, novas percepções e demandas foram apresentadas com o intuito de desenvolver cada vez mais a atuação e ações dos programas.

O relatório completo está disponível no site do IDIS. 

Em 2022, o IDIS apoiou o ICE na execução do ciclo anual de monitoramento da ‘Rede Academia’, iniciativa que visa o engajamento de professores e Instituições de Ensino Superior nas temáticas de Finanças Sociais e Negócios de Impacto. Durante o processo, foram identificadas oportunidades de melhoria e automatização das atividades de monitoramento, levando a um potencial desenvolvimento de uma plataforma online de registro de informações de acompanhamento do programa.

 

FASA – Fundação Antônio dos Santos Abranches

A Fundação Antônio dos Santos Abranches – FASA – é uma instituição sem fins lucrativos, com sede em Recife, que tem como objetivo o desenvolvimento da educação, assistência social e cultura por meio de trabalhos e incentivos no campo tecnológico-educacional, das pesquisas científicas e técnicas. A Fundação está vinculada à Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), atuando como organização de apoio à universidade no que concerne as suas ações e projetos.

Em 2020, a organização contou com o apoio técnico do IDIS para a realização de um estudo de benchmarking com foco no mapeamento de estratégias de atuação e de investimento social privado por organizações de referência no Brasil e no mundo. O projeto teve como propósito inspirar novas possibilidades de atuação para a FASA, além de apresentar metodologias e boas práticas para a seleção e monitoramento de projetos.

Ao longo do estudo, foram analisas 16 instituições nacionais e internacionais, entre fundações de apoio a universidades públicas, filantrópicas e privadas, organizações da sociedade civil ligadas a projetos universitários, além de institutos empresariais e familiares com atuação nos campos da cultura e educação.

Musicarium

O Musicarium nasceu como um projeto do Instituto Core, localizado em Joinville (SC). Dedicado à formação profissional de musicistas de excelência, o Musicarium tem como objetivo “desenvolver talentos a partir dos 4 anos de idade, formando profissionais de alta performance para integrar três orquestras: Infantojuvenil (2019), Jovem (2025) e Filarmônica Profissional (2030)”.

Para acelerar o processo de desenvolvimento pedagógico e artístico dos alunos, a maior parte deles estudantes da rede pública, o Musicarium concebeu um ambicioso plano para a construção de uma Academia de Música e um Concert Hall, dentro dos melhores padrões internacionais de arquitetura e acústica. Esse plano envolve também a viabilização da auto sustentabilidade financeira das estruturas, a partir de recursos provenientes de um fundo patrimonial filantrópico. Assim, em 2019 contratou o IDIS para apoiar na estruturação desse fundo.

Durante a etapa de definição das diretrizes do fundo patrimonial, foi consenso entre as lideranças do Instituto Core que o projeto deveria adotar identidade própria para possibilitar a concretização dos ambiciosos planos. Dessa forma, deliberaram pela criação de uma nova organização sem fins lucrativos, o Musicarium Academia Filarmônica Brasileira.

A necessidade de consolidação institucional dessa nova organização postergou o processo de estruturação do fundo patrimonial do Musicarium e o IDIS também foi envolvido nesta consolidação com a elaboração do Manual de Governança, Código de Ética e Conduta e Política de Conflito de Interesses e Política de Aceitação de Doações
do Musicarium, documentos cruciais para o fortalecimento das bases institucionais da nova organização.

Em breve seremos uma das primeiras instituições na área artística/cultural a implantar o endowment. Creio ser um caminho extraordinário para a sustentabilidade financeira, sobretudo a longo prazo para as instituições culturais. Ao mesmo tempo, tenho falado a diversos segmentos da sociedade, sobre a importância da regulamentação da Lei 13.800.
Sergio Ogawa
Diretor presidente do Musicarium

Gerdau

A Gerdau é uma multinacional brasileira com mais de 120 anos de existência e que está passando por um processo de transformação cultural em diversos setores. Um deles diz respeito à sua estratégia de sustentabilidade empresarial e ESG, nos quais os Comitês do Instituto Gerdau têm um papel fundamental na implementação local das ações de investimento social privado, voluntariado corporativo e relacionamento com a comunidade.

Pensando em contribuir com esse processo de transformação dos Comitês, a Gerdau contratou o IDIS para a missão de conceber e realizar um Workshop sob medida para os membros desses Comitês, garantindo um alinhamento de boas práticas e de conhecimentos teóricos em suas áreas de atuação. E, com a capacitação, trazer elementos e insights para uma alocação ainda mais eficiente dos recursos e esforços da empresa em sua busca por maior impacto social local.

O Workshop foi realizado de forma presencial com um dia inteiro de duração para um grupo de 23 pessoas dos Comitês na sede do INTELI, faculdade de tecnologia recentemente criada na cidade de São Paulo e que tem a Gerdau como uma de suas principais apoiadoras.

Com a atividade, os membros dos Comitês do Instituto Gerdau foram capacitados para compreender os principais conceitos de sustentabilidade, ESG, Responsabilidade Social Corporativa, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Investimento Social Privado, voluntariado e relacionamento com a comunidade. Isso tudo, além de perceberem como a estratégia de sustentabilidade da Gerdau se conecta com os Comitês do Instituto Gerdau.

“O conteúdo, as dinâmicas e trocas foram muito importantes pois muitas vezes não conseguimos ter um tempo só para conhecer mais esse processo de Responsabilidade Social Corporativa. Mas, depois desse treinamento, tive vários insights de que minha missão na Gerdau é essa”, relatou uma colaboradora da Gerdau participante do Workshop.

Parceiros da Educação

Fundada em 2004, a Parceiros da Educação é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) sem fins lucrativos, que tem como visão elevar a qualidade da Educação Pública Paulista para o nível das melhores redes de tamanho comparável na América Latina até 2031.

Sua missão é promover maior envolvimento da sociedade civil na melhoria da educação pública brasileira por meio de parcerias com escolas e secretarias estadual e municipais, com o objetivo de proporcionar uma formação integral de qualidade aos estudantes, valorizar os educadores da rede pública e contribuir para as políticas públicas educacionais

Para alcançar seu objetivo, a organização trabalha em duas frentes: parcerias com escolas, redes municipais e diretorias de ensino, de um lado, e contribuição com políticas públicas prioritárias, de outro. Os principais pilares de atuação são o pedagógico e o de gestão, tendo atuação também nos pilares de engajamento comunitário e infraestrutura, principalmente dos espaços pedagógicos.

Para isso, o IDIS utilizou a metodologia do SROI (Social Return on Investment ou, Retorno Social do Investimento, em português), que envolve a monetização dos impactos para cálculo do retorno para a sociedade. A avaliação realizada para o Programa de Parcerias da Parceiros da Educação demonstrou que a cada R$ 1,00 investido no Programa de Parcerias com Escolas Públicas Estaduais mais as Redes
Municipais de Educação, R$3,80 são gerados na forma de benefício para a sociedade.

 

O estudo estimou que o valor social gerado pelo Programa de Parcerias com Escolas Públicas Estaduais e Redes Municipais de Educação, dentro do período de 2015 a 2019, foi de cerca de R$189 milhões, sendo 78% deste valor correspondente às transformações de maior aprendizagem vivenciada por estudantes, 14% às mudanças percebidas por professores e 8% aos impactos em gestores escolares

Os resultados justificam e dão impulso à recente estratégia da organização de dar “mais um salto de escalabilidade” com seu apoio às Diretorias de Ensino (que agregam até 106 escolas cada), dado que o programa de Redes Municipais retorna R$ 7,17 a cada real investido.

Além do SROI final, o projeto ofereceu orientações bem como sugestões de caminhos possíveis para que a organização possa aumentar cada vez mais o seu impacto e explorar os seus potenciais.

“O processo de obtenção do SROI nos permitiu entender em detalhes como a Parceiros provoca as mudanças nas escolas e redes municipais, sob o ponto de vista dos próprios educadores e dos resultados de aprendizagem dos alunos, nosso principal objetivo.

Quantificar o impacto dos programas validou a metodologia utilizada e deu insumos para decisões futuras, como a de expandir o programa para redes municipais, que apresentaram o impressionante retorno de R$ 7,17 para cada real investido, e diretorias de ensino, em que esperamos ter resultados muito parecidos dada a similaridade de atuação.”, comenta Rafael Machiaverni, Diretor Geral da Associação Parceiros da Educação.

Instituto Chamex

O Instituto Chamex, criado em 2007 e mantido pela Sylvamo do Brasil – conhecido como Instituto AIPI até 2021 –, já investiu mais de R$14 milhões no desenvolvimento das comunidades das quais faz parte e tem o propósito de encorajar, por meio da educação, o uso da criatividade como fonte de soluções transformadoras para o mundo e para a sociedade. Em 2021 estabeleceram uma parceria com o IDIS para o lançamento de um edital focado em apoiar projetos que estimulam a educação com cidadania.

Atuando em rede e em articulação com diversos atores, o Instituto Chamex busca ir além de modelos tradicionais, atuando na prática, por meio de 4 frentes: (i) Apoiar a solução de desafios do sistema educacional; (ii) Defender a infância como período de estímulo da criatividade; (iii) Possibilitar um novo futuro para jovens na economia criativa; e (iv) Ter na criatividade e na inovação a forma de ensinar, aprender, empreender e educar.

Com isso em mente, no início de 2021 o “Edital Educação com Cidadania” selecionou cinco instituições para receberem R$30 mil, cada uma, e colocarem em prática iniciativas transformadoras. O objetivo era que elas realizassem projetos para estimular o exercício da cidadania por meio da educação, e promover um papel mais transformador, proativo e responsável por parte de atores sociais.  

Para tirar a ideia do papel, o IDIS entrou em ação guiado pelas diretrizes do Instituto Chamex e planejou todas as etapas do Edital, envolvendo a seleção das 5 iniciativas, e cuidando do processo do início ao fim. O trabalho compreendeu a criação do regulamento e formulários de inscrição, a validação dos candidatos e análise dos projetos, o apoio à banca examinadora para seleção dos vencedores e o monitoramento da execução dos projetos.

Todos os projetos foram realizados no decorrer de 2021 e entregaram resultados ótimos. Foram mais de 42.000 pessoas beneficiadas diretamente, além de um aumento de cerca de 24% da participação ativa de cidadãos e de organizações da sociedade civil no local de implementação do projeto.

RD – RaiaDrogasil

A RD – Gente Saúde e Bem-estar, empresa líder no mercado brasileiro de drogarias, foi criada em novembro de 2011 a partir da fusão entre Raia S.A. e Drogasil S.A. A principal diretriz de seu investimento social privado é o apoio a projetos relacionados à promoção da saúde e da qualidade de vida nas regiões onde atua, promovendo um impacto positivo nas comunidades. Com esse foco, a empresa buscou o IDIS para apoiá-la em iniciativas de gestão da doação em iniciativas de combate à pandemia do coronavírus.

Fundo Emergencial para a Saúde recebe apoio do Movimento Todo Cuidado Conta

Em meio à crise sanitária instaurada no País, a RD, que está intimamente ligada à Saúde, criou o Movimento Todo Cuidado Conta. A iniciativa da empresa realizou uma doação no valor de R$ 25 milhões para o Fundo Emergencial para a Saúde (FES) – Coronavírus Brasil, iniciativa do IDIS, Movimento Bem Maior e BSocial para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Iniciado em maio de 2020, o IDIS realizou o apoio técnico à gestão da doação feita pela RD ao FES, que beneficiou hospitais filantrópicos em diversos estados brasileiros.

 

O IDIS buscou atender duas grandes demandas da empresa, a primeira voltada para a garantia de segurança do processo de doação. Já a segunda buscou garantir que a doação não fosse um apoio pontual aos hospitais beneficiados, mas que fosse capaz de deixar um legado para a sociedade atendida por eles.  O resultado deste trabalho foi o apoio a 52 hospitais que atendem ao SUS, por meio de 51 organizações da sociedade civil, em 23 Estados do país + Distrito Federal cuja área de abrangência atinge quase 72 milhões de pessoas.

 

Movimento Unidos pela Vacina

Ainda com esforços voltados para o suporte ao SUS diante da crise ocasionada pela pandemia de Covid-19, a RD uniu-se ao Movimento Unidos Pela Vacina, uma iniciativa do Grupo Mulheres do Brasil, presidida pela empresária Luiza Helena Trajano. O movimento reuniu centenas de empresas e entidades do terceiro setor para contribuir com a viabilização e aceleração do acesso da população à vacina contra a Covid-19. Com atuação em rede, contou com representantes em cada unidade federativa e conectou empresas madrinhas a municípios interessados em receber doações de insumos necessários para a o processo de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde.

O IDIS apoiou a RD na gestão da doação de materiais e equipamentos de valor equivalente a R$ 5 milhões para Secretarias Municipais de Saúde para acelerar a vacinação contra a Covid-19, apoiando a implementação da estratégia de contribuição com movimento por meio da análise e priorização das doações solicitadas, na articulação junto aos municípios, na formalização dos Termos de Doação e no acompanhamento das entregas das doações.

Pan American School

Buscando promover o legado e a perenidade de sua operação após um intenso crescimento na última década, a Pan American School de Porto Alegre (RS), uma escola internacional bilingue, buscou o IDIS para realizar a estruturação de um fundo patrimonial filantrópico. A instituição atua desde 1966, possui acreditações internacionais  e tem atualmente 470 estudantes.

Durante o apoio técnico do IDIS entre 2021 e 2022, foram definidas as diretrizes estratégicas para a estruturação de um fundo patrimonial. A equipe do IDIS acompanhou a Pan American em reuniões para a construção e validação das documentações necessárias para a constituição e governança do endowment, que contará com 2 sub-fundos: um dedicado à execução de projetos e outro dedicado a investimentos de longo prazo e perenidade.

Em março de 2022, em Assembleia Geral com centenas de pais de alunos (Associados da Pan American School) presentes, foram aprovadas as mudanças estatutárias que permitiram a criação do Fundo Patrimonial, além da criação de Regimento Interno do Fundo e a instauração de um órgão de governança responsável por sua captação e gestão, o Comitê de Investimentos e Captação. Além disso, a Assembleia Geral da Pan American School de Porto Alegre aprovou o aporte inicial de até R$ 15 milhões, advindos do balanço da própria organização, que almeja aumentar esse montante com a captação de doações junto a empresas e famílias.

Instituto Solea

O empresário Reinaldo Rique e sua família (Rio de Janeiro) foram apoiados pelo IDIS na criação de um veículo filantrópico familiar. O processo foi composto por três etapas:

  • construção de planejamento estratégico e plano de ação
  • recrutamento e treinamento de equipe técnica
  • elaboração de Estatuto Social

 

No planejamento estratégico, foram definidos os focos de atuação do futuro Instituto – causa, público e geografia – e elaborada a pré-estratégia de grantmaking (doação), com critérios para a seleção e validação de projetos. Com o objetivo de trazer referências, o IDIS acompanhou o filantropo e dois conselheiros do Instituto em visitas técnicas a organizações sociais em São Paulo.

O projeto deu origem ao Instituto Solea, organização não-governamental formalizada no início de 2022 e tem como foco atuar para o fortalecimento da educação e para a redução das desigualdades sociais a nível nacional.

“Contamos com o valioso suporte do IDIS em nossos primeiros passos. O zelo e a expertise do time técnico da instituição durante o processo de criação do Instituto Solea nos deu a segurança necessária para tirar o projeto do papel”, afirma Luiz André Soares, diretor-executivo da organização.

FAZ

Depois de 2 anos de operação, oferecendo a crianças e jovens em condição de vulnerabilidade social atividades no contra turno escolar na região do Real Parque, em São Paulo, a Associação FAZ Alessandro Zarzur (FAZ) sentiu a necessidade de dar um salto em sua estrutura de captação de recursos.

De origem familiar, a FAZ foi fundada após um acidente que tirou precocemente a vida do jovem Alessandro. A resposta à dor veio em forma de ação e a criação de oportunidades de transformação social. Os primeiros recursos vieram do círculo próximo de relacionamentos. Conforme a organização foi se estruturando, vieram aportes de empresas que enxergaram o valor da organização para o público participante.

Equipe do IDIS junto de Hanan Zarzur, presidente da FAZ, na sede da organização

Em 2020, a organização atendia aproximadamente 130 crianças e jovens, mas tinha a ambição de passar a 200. Para isso, era preciso profissionalizar e expandir a mobilização de recursos, até então ainda muito focada na fundadora.

O IDIS apoiou a FAZ desenvolvendo um plano detalhado de captação de recursos, com vista a ampliar a rede de doadores individuais recorrentes e pontuais para além do ciclo familiar e de amizade, e mapear demais públicos e estratégias de captação potenciais ao contexto da organização. O projeto contemplou também a entrega de um plano de comunicação, detalhado por público, pontos de contato e indicadores de desempenho, além de suporte remoto para a implementação das recomendações

Fé e Alegria

Com olhares para o futuro, a Fundação Fé e Alegria do Brasil contratou o IDIS em 2020 para facilitar o processo de planejamento estratégico para 2021-2025 e assim  contribuir para uma atuação mais qualificada e sistemática, a partir da definição do foco de suas ações em consonância com a missão, considerando as características locais das unidades no Brasil, assim como as diretrizes da Federação Internacional de Fé e Alegria.

Ao longo do processo, foi realizado um diagnóstico da atuação histórica e atual da organização por meio da análise de documentos, entrevistas com atores-chave, além de aplicação de questionários, com o intuito de obter um retrato do legado de conquistas e aprendizados, e também oportunidades para atuações futuras da Fundação.

A partir deste recorte, foi apresentado um plano de ação baseado em quatro eixos estratégicos – Pessoas, Processos e Qualidade, Comunicação, e Recursos e Parcerias – alinhado com o propósito e com os focos de atuação e públicos priorizados: crianças, adolescentes, jovens e suas famílias.

“O processo de Planejamento Estratégico conduzido pelo IDIS auxiliou a Fundação Fé e Alegria do Brasil a estabelecer seu foco de atuação e a construir seu propósito, por meio do engajamento das equipes participantes. A atuação multidisciplinar das áreas de Fé e Alegria, por sua vez, foi um dos destaques para organização dos planos de ação, indicadores e metas. Este trabalho conjunto contribuiu para valorizar a missão da Fundação a serviço das causas da Educação Popular e da Promoção Social, visando à qualificação e à ampliação dos serviços ofertados”, comenta Lisângela Antonini, coordenadora de educação de Fé e Alegria.

Integrante da Companhia de Jesus, a Fundação Fé e Alegria está presente no Brasil desde 1981, com o compromisso de levar Promoção Social e Educação Popular a crianças, adolescentes, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social. Está presente em 14 estados, onde beneficia mais de 8 mil assistidos, e acredita que, por meio da educação popular, é possível construir uma sociedade democrática, justa e solidária.

Após ter realizado um planejamento estratégico junto ao IDIS em 2021, a organização também recebeu um plano de mobilização de recursos e plano de comunicação para mobilização de recursos em 2022. A equipe IDIS prestou suporte em um evento de captação da organização, na construção da política de risco e de restrição a doações e contrapartidas, além da revisão de materiais institucionais focados em potenciais doadores.

Instituto Ânima

Criado em 2016, o Instituto Ânima é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que tem como missão atuar na transformação da educação em um contexto de mudanças futuras significativas. Ligado à Ânima Educação, uma das maiores organizações educacionais privadas de ensino superior no país, o instituto tem sua atuação de impacto social com foco em três frentes: formação docente, projetos sociais e pesquisa e extensão tecnológica.

Em janeiro de 2021 o Instituto Ânima solicitou ao IDIS uma consultoria para a construção de um mapeamento de indicadores financeiros de empresas que atuam com Investimento Social Privado corporativo. A demanda surgiu da necessidade de compreender e comparar fontes de receita e linhas de execução orçamentárias dos principais institutos e fundações empresariais do Brasil de tal modo compreender padrões, boas práticas e referências.

Informações de difícil acesso e nem sempre públicas, foram compiladas e parametrizadas, gerando uma fotografia de como operam essas organizações que realizam investimento social corporativo e propiciando uma linha de base que apoiará as decisões estratégicas do Instituto.

 

Laboratório de Educação

O Laboratório de Educação (LabEdu) é uma Organização da Sociedade Civil voltada para sensibilização de adultos sobre o seu importante papel no processo de aprendizagem das crianças. Fundada em 2012 pelas educadoras Beatriz Cardoso e Andrea Guida Bisognin, a organização oferece meios para promover interações significativas dentro e fora da escola a partir da tradução, integração e materialização do conhecimento científico, tornando-o aplicável em situações cotidianas. Reconhecida pela qualidade de seus estudos e pesquisas com amplo subsídio científico, os conteúdos produzidos pelo LabEdu são disponibilizados digitalmente por meio de plataformas online, via aplicativo e presencialmente via formações, e desenvolvimento e implementação de programas locais a partir de parcerias com financiadores.

No ano de 2021, com o objetivo de apoiar a estruturação da área de mobilização de recursos da organização, o IDIS atuou no processo de criação de um plano de mobilização de recursos para o LabEdu. Entre os focos da consultoria estava a ampliação dos recursos captados para o desenvolvimento institucional da organização, a diversificação das fontes de captação de recursos e a descentralização das atividades de captação das fundadoras do LabEdu, por meio da criação de uma área voltada para a captação de recursos dentro da organização. A consultoria teve a duração de 5 meses e orientou também a organização na contratação de um profissional para a nova área.

O processo foi dividido em duas etapas, contemplado o diagnóstico e a de criação de um plano de mobilização de recursos. Os resultados obtidos envolveram:

  • Definição de metas de captação institucional por diferentes frentes
  • Priorização de frentes de captação adequadas ao momento da organização
  • Mapeamento de potenciais doadores
  • Sugestão de approach e pitch de captação de recursos
  • Desenho do mapa de empatia para Major Donors
  • Definição de perfil de captador de recursos a ser contratado
  • Definição das primeiras entregas do captador de recursos a ser contratado e quick wins

 

Sobre o projeto, Andrea Guida Bisognin, diretora executiva do Laboratório de Educação, comenta: “A análise detalhada dos processos internos de gestão e captação de recursos praticados pelo Laboratório de Educação somada aos subsídios fornecidos ao longo dessa consultoria deram os elementos necessários para iniciarmos a implementação de uma área focada na ampliação e diversificação de parcerias e apoiadores institucionais.”

HSi Invesimentos

Entre agosto de 2020 e março de 2021, o IDIS realizou um projeto de consultoria para orientar e construir um Planejamento Estratégico de Filantropia Familiar para o empresário e filantropo Helio Seibel, ligado a empresas como Duratex, Leo Madeiras e Leroy Merlin. O projeto teve como objetivo principal compreender o seu histórico de investimento social, bem como seus valores, crenças pessoais, preferência de causas, dentre outros aspectos para o delineamento de uma estratégia para sua ação filantrópica por meio da HSi Investimentos.

Com uma longa e expressiva trajetória de Investimento Social Privado (ISP), Helio buscava estruturar suas contribuições para diferentes organizações e projetos à luz de uma nova diretriz estratégica, alinhada a sua visão de mundo e de impacto social para o Brasil.

O processo foi dividido em etapas, sendo a primeira a realização de um diagnóstico e a segunda a condução de workshops para reflexão estratégica sobre a Filantropia Familiar.

Como resultado houve a construção de um Mapa Estratégico de ISP que identificou:

      • Causas e sub-causas prioritárias;
      • Região de atuação;
      • Público-alvo e;
      • Perfil de risco.

Além disso, foram apresentados modelos de atuação e definidos critérios para seleção e acompanhamento das doações e orçamento anual, bem como a sugestão de alocação do mesmo.

Segundo Alex Seibel, “o trabalho do IDIS foi muito importante para ajudar a estruturar a filantropia da HS, e trazer mais profissionalismo, mais organização, e maior clareza sobre as causas que apoiaremos”.

Fundo Emergencial para a Saúde – Coronavírus Brasil

Realizado pelo IDIS, Movimento Bem Maior e BSocial, o Fundo Emergencial para a Saúde foi uma das primeiras iniciativas lançadas motivadas pela pandemia, alcançou números expressivos: captou R$ 40,4 milhões em sete meses de operação e teve 61 beneficiários, sendo 59 hospitais filantrópicos, um instituto de pesquisa e uma organização social, contribuindo para o fortalecimento do sistema público de saúde. Entre os mais de 11 mil doadores, empresas de diferentes portes e áreas de atuação, além de famílias engajadas com ações filantrópicas e a sociedade civil em geral. Os recursos arrecadados foram revertidos em equipamentos hospitalares para UTI e materiais como respiradores, testes para diagnósticos da Covid-19, máscaras, luvas, entre outros.

“Essa onda de solidariedade trouxe, definitivamente, o fortalecimento da cultura de colaboração no país e do trabalho em rede. Pois, o desafio de enfrentar uma pandemia mundial fez o cenário nacional da filantropia emergir com uma velocidade sequer imaginada”, afirma a diretora-executiva do Movimento Bem Maior, Carola Matarazzo.

Esta ação é mais um exemplo de como a colaboração entre a sociedade civil, empresas e poder público foi importante para enfrentar os efeitos da pandemia e os desafios emergenciais diante deste cenário. A forma como a pandemia se espalhou, mostrou a importância de estender os recursos para estados em situação mais vulnerável, como Pernambuco, Amazonas, Acre, Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais entre outros. Em Manaus, onde a mortalidade foi elevada, quase R$1 milhão de reais foram encaminhados a dois hospitais da cidade. Santas Casas de várias partes do país também receberam recursos para enfrentar a pandemia.

A criação de fundos emergenciais foi grande durante a pandemia, e em 2021, um projeto de lei foi aprovado no Senado e agora tramita na Câmara para sua regulamentação. Considerando que serão mais comuns a partir de agora, as instituidoras optaram por fazer um relatório de prestação de contas diferente, compartilhando além de números, os aprendizados da experiência e dicas para a criação de outros fundos emergenciais. A publicação detalha desde como se deve fazer a escolha dos parceiros instituidores do fundo, a definição da estrutura jurídica, de gestão e governança, passando pelas campanhas de comunicação e mobilização de redes, pelas estratégias de captação de recursos até sua destinação.

“Participar do Fundo Emergencial foi uma oportunidade de agir no momento de necessidade do nosso país frente à pandemia. Oferecer um caminho para fazer as doações chegarem aos hospitais filantrópicos, levando recursos a linha de frente de combate ao COVID. Transparência, união, força e solidariedade foram valores que nos guiaram.”, enfatizou Maria Eugênia Duva Gullo, BSocial, cofundadora da Bsocial.

 

Resultados do Fundo Emergencial para a Saúde

  • R$ 40,4 milhões em recursos mobilizados
  • 61 instituições de 25 estados foram beneficiadas
  • 3,7 milhões de EPIs distribuídos
  • 362 mil testes para COVID-19 realizados
  • 3.621 equipamentos hospitalares adquiridos
  • Mais de 11 mil doadores, entre empresas de diferentes portes e áreas de atuação, além de famílias engajadas com ações filantrópicas e a sociedade civil em geral

Assista ao vídeo:

 

Confira o relatório do Fundo Emergencial para a Saúde e como criar um Fundo Emergencial:

Santander

Capacitação para a Estruturação de Fundos Patrimoniais Filantrópicos

Em 2021, IDIS e a área de Sustainable Solutions do Santander Private Banking uniram-se em uma iniciativa de fomento à estruturação de fundos patrimoniais (ou endowments) no Brasil. A pouca informação sobre o tema, a necessidade de ampliar o conhecimento de organizações e os ainda parcos exemplos de endowments criados nos parâmetros da Lei 13.800/19, que regulamentou esse tipo de modelo, motivaram a iniciativa: um programa de capacitação em fundos patrimoniais para organizações com interesse em criar estruturas próprias.

O conceito e suas aplicações práticas foram apresentadas em um evento online e gratuito, do qual participaram mais de 200 convidados. Os interessados em se aprofundar e receber a capacitação puderam então fazer suas inscrições.

Dentre escolas de ensino superior, fundações de apoio e outras instituições públicas ou privadas, sem fins lucrativos e de cunho social, como hospitais filantrópicos, associações privadas de assistência social, de proteção ao meio ambiente e de promoção ao desenvolvimento, foram selecionadas 21 organizações para participar do programa, que incluiu material customizado em encontros virtuais coletivos, três sessões de mentoria individual para cada uma das instituições com a equipe do IDIS, além de grupos de discussão para compartilhamento de experiências.

 

RESULTADOS

Além aumento na conscientização sobre o conceito de fundos patrimoniais entre as todas as entidades participantes, houve também desdobramentos bastante práticos:

  • 1 organização gestora de fundo patrimonial foi formalmente instituída dentro da Lei 13.800/19 (Fundação Gestora do Fundo Patrimonial da USP)
  • 1 fundo patrimonial estatuariamente constituído dentro da instituição de assistência social
  • 1 organização gestora de fundo patrimonial de educação em constituição
  • 1 fundo patrimonial para educação e tecnologia em constituição
  • 1 planejamento para criação de fundo patrimonial aprovado pelas instâncias decisórias da instituição de educação apoiada
  • 6 planos de estruturação do fundo patrimonial robustos e prontos a serem apresentados às instâncias decisórias das instituições de saúde, educação, meio ambiente apoiadas

 

Esta iniciativa reforça o comprometimento do IDIS com o fortalecimento dos Fundos Patrimoniais no Brasil. Além da produção de conhecimento, estamos à frente da Coalizão pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos, ação de advocacy para o avanço da regulamentação. Saiba mais em: idis.org.br/coalizao

Sobre o Santander

Em atividade no mercado local desde 1982, o Santander é o terceiro maior banco privado do Sistema Financeiro Nacional. A instituição atua com foco no banco comercial, que representa a maior parte de suas receitas, e está presente em dez mercados principais, na Europa e nas Américas. Atualmente, é o principal conglomerado financeiro na América Latina, onde tem posições de destaque no Brasil, México, Argentina e Chile. O propósito do Santander é “contribuir para que as pessoas e os negócios prosperem”. É um dos maiores bancos da zona do euro com mais de 21 milhões de clientes ativos.

A área de Sustainable Solutions, dentro do Santander Private Banking Brasil, é responsável por três grandes temas:

Fundos patrimoniais: Em parceria com os times de Universidades e Governos & Instituições, apoiam instituições de ensino, hospitais e demais organizações sociais no desenvolvimento de seus fundos patrimoniais filantrópicos de acordo com os termos da Lei 13.800/19 ou como uma boa prática;

Filantropia Familiar: Desenvolvimento do tema dentro dos núcleos familiares, gerando conhecimento, proporcionando conexões e auxiliando famílias interessadas em deixar um legado filantrópico para o Brasil e para as próximas gerações;

Abordagem ESG para todo o segmento Private, ampliando a oferta de produtos que integram fatores ambientais, sociais e de governança corporativa.

 

Gerando Falcões

Fundada em 2011 por Edu Lyra, Lemaestro, Mayara Lyra e Amanda Boliarini, a Gerando Falcões  é um ecossistema de desenvolvimento social que atua em rede para acelerar o poder de impacto de líderes de favelas de todo país que possuem um sonho em comum: colocar a pobreza das favelas no museu. Com foco em iniciativas transformadoras, capazes de gerar resultados de longo prazo,  entrega serviços de educação, desenvolvimento econômico e cidadania em territórios de favela e executa programas de transformação sistêmica de favelas, como o Favela 3D.

Entre 2020 e 2021, o IDIS foi responsável pela Avaliação de Impacto das Oficinas de Esporte e Cultura com crianças e adolescentes e do Programa de Qualificação Profissional com jovens e adultos, realizado em São Paulo. A metodologia escolhida foi a SROI (Social Return on Investment), que além de orientar a gestão para a tomada de decisões, traz insumos para a comunicação do impacto junto à sociedade e financiadores.

SAIBA MAIS SOBRE AVALIAÇÃO DE IMPACTO

Foi demonstrado que a cada R$ 1,00 investido nas iniciativas avaliadas, R$3,50 são gerados na forma de benefício para a sociedade, um resultado positivo e relevante, confirmado por testes de robustez e análises de sensibilidade. Foi também identificado que o investimento da Gerando Falcões “paga-se socialmente” (payback) já no 2º ano após o investimento.

Edu Lyra Gerando Falcoes

Ao longo do estudo – que envolve não só análise quantitativa, mas também a realização de entrevistas e grupos focais – observou-se a importância para os resultados do “jeito Gerando Falcões” de atuar, com foco no desenvolvimento de uma atitude positiva e empoderadora junto a seus atendidos.

Características da Gerando Falcões como gestão, agilidade e engajamento da equipe mostraram-se importantes para alcançar os resultados desta avaliação e para mitigar os efeitos da pandemia de Covid-19. Ou seja, os resultados refletem não só a quantidade de atividades oferecidas, mas também a qualidade e adequação aos seus públicos e territórios.

O processo avaliativo ofereceu ainda orientações e sugestões de caminhos possíveis para que a organização possa aumentar cada vez mais o seu impacto e explorar os seus potenciais, seja por meio das atividades desempenhadas pela Gerando Falcões em suas unidades seja pela possibilidade de exportar a metodologia para as organizações aceleradas pela Gerando Falcões por todo o Brasil.

MAIS SOBRE AVALIAÇÃO DE IMPACTO

Com ampla experiência e tendo a produção de conhecimento como um de nossos pilares de atuação, temos inúmeros materiais disponíveis a quem deseja se aprofundar

Avaliação de Impacto SROI

Acesse aqui.

Para saber mais sobre nossos serviços e falar com a equipe de consultoria, escreva para comunicacao@idis.org.br.

 

Fundação Sicredi

A Fundação de Desenvolvimento Educacional e Cultural do Sistema de Crédito Cooperativo (Fundação Sicredi) é uma Organização da Sociedade Civil, responsável pelo desenvolvimento de iniciativas sociais e culturais vinculadas aos valores do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi).

O Programa A União Faz a Vida é a principal ação de educação da instituição, desenvolvida desde 1995. Por meio dele, crianças e adolescentes passam por um processo de aprendizagem de atitudes e valores de cooperação e cidadania, a partir de metodologia educacional própria, baseada no desenvolvimento de projetos.

Em 2020, apoiamos a Fundação Sicredi fazendo uma Avaliação de Impacto do Programa A União Faz a Vida, aplicando a metodologia SROI (Social Return on Investment). Para sua realização, foi estabelecido como escopo do estudo a mensuração dos impactos percebidos por alunos e professores do Ensino Fundamental I de quatro centrais onde a iniciativa acontecia há pelo menos 1 ano.
O estudo comprovou que o Programa A União Faz a Vida atinge seu propósito de transformar crianças e jovens em protagonistas de seu processo de aprendizagem e sua atuação cidadã, para que promovam impactos positivos em suas comunidades. Esses impactos excedem em 4,07 vezes o investimento realizado pela Fundação, ou seja, para cada R$ 1,00 investido no Programa, são gerados R$ 4,07 em benefícios sociais.

Conheça o vídeo que conta esta história:

 

Avaliação de Impacto e Captação de Recursos

Os resultados revelados com a Avaliação de Impacto, além de permitirem a potencialização dos impactos do projeto, também funcionam como um poderoso meio para Captação de Recursos. Uma mensuração objetiva a respeito da transformação social oriunda de um Programa ou índices de retorno sobre o investimento são maneiras de fazer um doador se sentir mais confiante de que seu recurso está sendo bem utilizado e de que a organização tem uma boa gestão sobre a iniciativa.

 

Saiba mais no artigo ‘Avaliar o Impacto Social é também uma estratégia de Comunicação e Captação de Recursos’.

Leia o relatório completo clicando aqui.

Instituto Fefig

Ao longo de 2019 e 2020, o IDIS apoiou o Instituto Fefig oferecendo workshops de reflexão sobre os conceitos de diretrizes estratégicas de investimento e sobre monitoramento e avaliação de projetos e programas sociais. Por meio da realização de três estudos de caso com projetos já apoiados pelo Instituto, exercitamos na prática o processo de planejar estratégias de monitoramento por meio da definição de indicadores e modelos de relatórios de prestação de contas para acompanhar a aplicação dos recursos investidos. Em seguida, elaboramos um documento orientativo com boas práticas sobre validação de organizações e processos de monitoramento e avaliação de iniciativas de impacto social, para dar suporte à elaboração de políticas de seleção e acompanhamento das organizações que recebem financiamento do Instituto Fefig.

Conduzimos também o processo de  recrutamento, seleção e treinamento de um profissional que foi contratado pelo Instituto Fefig para assumir as atividades de avaliação dos projetos apoiados pela organização e para garantir que todos os conceitos discutidos e exercitados ao longo do projeto fossem colocados em prática na gestão do Instituto Fefig.

Em 2022, com processos e projetos já mais estabelecidos, o IDIS foi contratado novamente, desta vez com o objetivo de contribuir para o desenho de um plano de captação de recursos, seguido de um plano de comunicação, capazes de ampliar a visibilidade e o reconhecimento público do Instituto e atrair novos financiadores.

“O IDIS nos apoiou em dois momentos muito relevantes. O primeiro, na formação do Instituto Fefig nos mostrando os melhores métodos e profissionalismo. Mais recentemente, esteve conosco no passo talvez mais importante e sensível de nossa entidade, contribuindo para atrairmos parceiros de maneira que pudéssemos escalar nossas iniciativas, ajudando ainda mais crianças e jovens brasileiros a terem uma oportunidade de verdade em nosso país”, comenta Luiz Fernando Figueiredo, presidente do Instituto Fefig.

Fundado em 2018, o Instituto Fefig é uma organização da sociedade civil, cuja missão é promover a qualidade de vida e o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, gerando impacto e transformação social permanente. O Instituto atua por meio do processo de grantmaking, possibilitando, assim, o fortalecimento das organizações que já trabalham com causas alinhadas com a missão da organização.

 

Instituto Mamirauá

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, fundado em abril de 1999, é uma Organização Social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, cuja atuação se dá por meio da realização de programas de pesquisa, manejo de recursos naturais e desenvolvimento comunitário, principalmente na região do médio Solimões, estado do Amazonas, tendo como base a cidade de Tefé.

Os objetivos do Instituto Mamirauá incluem a aplicação da ação de ciência, tecnologia e inovação na adoção de estratégias e políticas públicas de conservação e uso sustentável da biodiversidade da Amazônia. Também abrangem a construção e a consolidação de modelos para o desenvolvimento econômico e social de pequenas comunidades ribeirinhas por meio do desenvolvimento de tecnologias socialmente e ambientalmente adequadas.

O Instituto Mamirauá contou com apoio técnico do IDIS para diagnosticar e avaliar a viabilidade de constituição de Fundo Patrimonial Filantrópico. Para esse diagnóstico, foram realizadas entrevistas com lideranças da organização, análise dos documentos e do histórico de atuação do Instituto, além da condução de pesquisa de benchmarking com organizações de referência no Brasil e no mundo.

A partir dos resultados da etapa diagnóstica, o IDIS realizou um workshop junto à equipe do Instituto para avaliar as oportunidades e riscos institucionais e financeiros envolvidos na estruturação do Fundo Patrimonial. Nesse momento, foram analisadas as alternativas para a constituição do fundo patrimonial tendo em vista as exigências e vantagens da Lei 13.800/2019, bem como levantadas as alternativas de fontes de recursos para a sua composição e as diretrizes para futura governança.

ASA – Associação Santo Agostinho

Em 2020, o IDIS apoiou ASA – Associação Santo Agostinho em seu processo de reflexão estratégica com foco na reformulação de sua governança, aprimoramento nos processos de gestão e estruturação de seu fundo patrimonial. A consultoria contemplou (1) o diagnóstico da organização nos temas de gestão, governança e fundo patrimonial, além de realização de pesquisa benchmarking;  (2) condução de grupos de trabalho com membros da governança da ASA para a reflexão estratégica sobre os temas abordados no diagnóstico (3) a implementação das mudanças sugeridas no projeto de reflexão por meio da revisão do Estatuto Social e criação de regimentos internos.

O processo de escuta e reflexão contou com a participação de 14 membros do Conselho de Administração e Fiscal da ASA, além de sua equipe interna, totalizando 8 meses de trabalho e culminando na aprovação das diretrizes e documentos de governança em reuniões do Conselho de Administração e da Assembleia Geral.

“Para nós uma parceria como esta, que muito nos enriqueceu, deve sim ser compartilhada. Além dos ganhos, apoiamos a transparência e o profissionalismo nesta fase de transformações que a ASA abraçou com coragem e determinação.”, comenta Teli Cardoso, presidente do conselho administrativo da ASA.

A ASA – Associação Santo Agostinho é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação na cidade de São Paulo, que desde 1942 oferece atendimento a crianças, adolescentes e idosos em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal com respeito e dignidade a estes públicos.

Para desenvolver suas atividades, a ASA conta com convênios com a Prefeitura de São Paulo, projetos desenvolvidos em parceria com empresas, a comercialização de produtos diversos em seu brechó e a captação de doações junto a pessoas físicas e jurídicas.

Anglo American

Desafio

O Brasil é um país repleto de desafios complexos e interconectados que abrangem diferentes setores da sociedade. Neste cenário, organizações empresariais podem desempenhar um papel importante na mitigação dessas problemáticas. 

No entanto, para que essa atuação seja o mais estratégica possível, surge uma dúvida: como definir um escopo de atuação certeiro, que possa gerar impactos efetivos na sociedade, compreendendo as necessidades locais, sem perder de vista a sinergia com a atuação global do investimento social privado da empresa?

Foi com esse desafio que a Anglo American procurou o IDIS. A empresa tinha o objetivo de compreender os principais desafios enfrentados pelo país e, a partir desse conhecimento, identificar as melhores oportunidades para direcionar seus investimentos sociais de forma estratégica. 

Solução

Sendo o parceiro local da Anglo American, o IDIS propôs à organização uma jornada de compreensão do contexto brasileiro de desenvolvimento social, por meio de uma pesquisa das capacidades dos principais atores para a promoção desse desenvolvimento. A pesquisa consistiu na investigação de diversos aspectos, desde as necessidades e lacunas existentes no país, até estratégias, políticas, intervenções e programas adotados para aprimorar essas problemáticas no contexto brasileiro.

A primeira etapa foi dedicada a uma pesquisa minuciosa em revisões, estudos e na literatura existente sobre ‘capacity building/capability development’ no Brasil. Era fundamental compreender o cenário brasileiro, identificar tendências e oportunidades que pudessem orientar os próximos passos da empresa. 

A etapa revelou que muitos dos desafios de desenvolvimento do país decorrem de lacunas na capacidade de gestão dos governos municipais, principalmente em sua dimensão fiscal. Municípios maiores, com o apoio de iniciativas do governo federal ou organizações da sociedade civil, têm tentado melhorar suas capacidades de arrecadação de impostos, mas os municípios menores não têm a mesma margem para mudança.

Em seguida, na segunda etapa, foi feita uma pesquisa benchmarking. Nesse momento, foram analisadas cuidadosamente práticas de programas de “capacity building/capability development” desenvolvidos por empresas comparáveis à Anglo American no Brasil. O objetivo foi coletar referências valiosas que pudessem servir como guia estratégico para a atuação da empresa.

Com toda essa bagagem de conhecimento e referências em mãos, era hora de olhar para dentro da organização. Na terceira etapa, foi realizada uma análise de iniciativas já realizadas pela própria empresa no Brasil. Esse estudo representou uma oportunidade de aprendizado, permitindo identificar o que deu certo, os desafios enfrentados e como aprimorar ainda mais suas práticas de investimento social privado voltadas ao fomento das capacidades de atores locais para a promoção do desenvolvimento.

Na quarta etapa, foram buscados ativamente stakeholders e empresas pares da Anglo American. Por meio de entrevistas cuidadosamente conduzidas, suas perspectivas foram escutadas, permitindo a identificação de riscos, lacunas e desafios do investimento social privado voltado ao desenvolvimento de capacidades nos setores público e da sociedade civil. Essa abordagem permitiu obter um panorama mais abrangente e informado sobre as expectativas e preocupações dos envolvidos, contribuindo para o aprimoramento das estratégias e ações da empresa.

Resultados

Após percorrer todas essas etapas de pesquisa, entrevistas e análise, o IDIS preparou um relatório completo com tudo o que foi levantado. Os mapeamentos e insights obtidos ao longo do processo foram cuidadosamente documentados e apresentados neste relatório. A empresa pôde, por fim, visualizar com ainda mais clareza os desafios, bem como as oportunidades para sua atuação no país, o que permitiu a construção de um planejamento estratégico global com um olhar atento para as particularidades locais

Sobre a organização

A Anglo American é uma empresa líder global em mineração com um portfólio que abrange diamantes, platina, cobre, minério de ferro e carvão siderúrgico – com nutrientes agrícolas em desenvolvimento. A empresa tem operações na África, Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e América do Sul. O objetivo da Anglo American é “Repensar a mineração para melhorar a vida das pessoas”. A estratégia de sustentabilidade da empresa é impulsionada pelo seu Plano de Mineração Sustentável (SMP), que é construído em torno de três Pilares de Sustentabilidade Global projetados para apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Cada pilar tem três Stretch Goals. O SMP também inclui o Desenvolvimento Regional Colaborativo (CRD), um modelo de parceria inovador concebido para catalisar o desenvolvimento económico independente, escalável e sustentável nas regiões em torno das suas operações, com o objetivo de melhorar vidas através da criação de comunidades verdadeiramente prósperas, que perduram e prosperam muito além da vida útil da mina.

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Fundação André e Lúcia Maggi – FALM

A Fundação André e Lúcia Maggi (FALM) foca suas ações sociais na transformação de pessoas e comunidades para o desenvolvimento sustentável. O IDIS apoiou tecnicamente a Fundação capacitando a sua equipe. Na área de implantação de projetos o IDIS realizou o diagnóstico local dos municípios de interesse para a implantação de seus projetos, o relacionamento com a comunidade e a avaliação e monitoramento de seus projetos.

Avaliação de impacto

E em 2015 e 2016, o IDIS realizou a Avaliação SROI da Casa Maggica, iniciativa da Fundação André e Lúcia Maggi na cidade de Rondonópolis-MT. A Casa tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes de 7 a 16 anos por meio de atividades de contra turno escolar. O trabalho realizado pelo IDIS apresentou os resultados da Casa Maggica por meio da Avaliação do Retorno Social. A taxa de retorno social do investimento do Projeto Casa Maggica é
R$ 3,22, ou seja, para cada R$ 1 investido.

 

O processo contribuiu para a identificação de potenciais pontos de aprimoramento e focos prioritários, e para apoiar o planejamento estratégico e o processo de tomada de decisões da Fundação quanto aos desdobramentos, continuidade e expansão da Casa Maggica. Para a verificação das mudanças que ocorreram nos principais stakeholders do projeto e o levantamento de proxies financeiras para valoração dos impactos, a equipe do IDIS foi a campo em dois momentos e realizou grupos focais com crianças e adolescentes atendidos pela Casa Maggica, familiares e entrevistas com educadores do projeto e professores das escolas parceiras. Conheça aqui o relatório completo.

GOVERNANÇA

Em fevereiro de 2021, a Fundação André e Lucia Maggi propôs um workshop aos membros de seus Conselhos Curador e Fiscal sobre melhores práticas de governança de fundações empresariais. Realizado pelo IDIS, o intuito da capacitação era ampliar e atualizar o conhecimento dos membros, esclarecendo papéis e atribuições dos órgãos de governança .

Em formato online, devido à pandemia da COVID-19, o workshop contou com ampla participação dos conselheiros, que comemoraram os avanços já implementados na governança da FALM e discutiram pontos de melhoria na adoção de melhores práticas. Ao longo das conversas foi evidenciado que a evolução da governança é sempre um contínuo processo.

“É nítido e notório o processo evolutivo que temos percebido desde 2015 quando implantamos formações internas para o tema. Em 2021, com a atuação mais direta e suporte do IDIS, percebemos que o sentimento de pertencimento, de querer contribuir realmente para a organização se faz presente em todos os conselheiros da FALM. Isso nos enche de entusiasmo, pois estamos colhendo frutos para a perenidade da organização”, comenta Aletéa Rufino, Gerente de Investimento Social da FALM.

Depois desse primeiro workshop, a fundação verificou a necessidade de que fosse realizado um projeto de mentoria em governança para auxiliá-los na implementação das melhorias necessárias para a evolução da governança da FALM, bem como questões que surgiram no decorrer da execução do projeto.

Após participar de duas reuniões com o conselho fiscal da instituição e outras duas com o conselho curador, o IDIS pôde identificar quais os próximos passos de melhoria a curto e médio prazo.

SOBRE A Fundação André e Lucia Maggi

A Fundação André e Lucia Maggi é a instituição sem finalidade econômica responsável pela gestão do Investimento Social Privado (ISP) da AMAGGI, nos municípios onde a empresa está presente. A organização tem a missão de “contribuir para o desenvolvimento local e humano”, e a visão é de “transformar pessoas e comunidades para o desenvolvimento sustentável”. Seus programas e projetos buscam contribuir para o desenvolvimento local e territorial, engajamento das lideranças, capacitação de instituições sociais.

MAR – Museu de Arte do Rio

Em 2019 o IDIS apoiou tecnicamente o desenvolvimento da estrutura institucional do Fundo Patrimonial Filantrópico do Museu de Arte do Rio, criado com a missão de “ser fonte sustentável de recursos para promover o desenvolvimento de uma programação de excelência e garantir um acervo de qualidade para o MAR.”

O projeto de estruturação do Fundo já foi protocolado na secretaria de Cultura pelo Instituto Odeon, organização social que faz a gestão do MAR desde a sua inauguração, e está em validação pela prefeitura do Rio.

Inaugurado em março de 2013, o Museu de Arte do Rio – MAR é um marco no processo de revitalização da Praça Mauá, no centro histórico do Rio de Janeiro. Suas exposições unem dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longa e curta duração, de âmbito nacional e internacional. O museu surge também com a missão de inscrever a arte no ensino público, por meio de sua Escola do Olhar.

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

Realizado desde 2012, o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais oferece um espaço exclusivo para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. Todos os anos, o evento reúnes participantes entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais.

Para mapear e discutir o papel da filantropia para o desenvolvimento do Brasil, já recebemos lideranças como Jorge Gerdau Johannpeter, Lester M. Salamon, Swanee Hunt, Ana Paula Padrão, José Guimarães Monforte, Jane Wales, Gilberto Carvalho, Rob Garris, Viviane Senna, Peter Eigen, Guilherme Leal, Ana Lúcia Villela, Carlos Alberto Sardenberg, Carlos Wizard, entre outros.

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais é uma iniciativa conjunta do IDIS Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e do Global Philanthropy Forum (GPF).

Saiba mais aqui: www.idis.org.br/forum

FEHOSP

O projeto teve como objetivo fortalecer as Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo em sua capacidade de mobilização comunitária, para planejar e implantar programas e projetos por meio da captação de recursos. De janeiro a outubro de 2015, o IDIS realizou 660 horas de oficinas de capacitação em 11 municípios, nas quais 427 representantes de 104 hospitais receberam treinamento no tema de captação de recursos. As oficinas tiveram como conteúdo: diagnóstico situacional, elaboração e implantação do plano de mobilização de recursos. Os consultores do IDIS fizeram ainda 300 visitas de coaching para orientar individualmente todos os hospitais participantes na elaboração dos seus projetos de captação. Entre os resultados da iniciativa estão o fortalecimento da capacidade institucional, de gestão e de captação de recursos de cada instituição participante. Em quase 75% das organizações participantes houve aumento do volume de recursos captados após a participação no projeto.

Doutores da Alegria

O Doutores da Alegria é uma organização que utiliza a arte do palhaço como ferramenta de transformação e inclusão social. Um de seus programas de destaque é o Programa de Formação de Palhaço para Jovens (PFPJ). A Avaliação do Retorno Social do Investimento (SROI) para o PFPJ foi pioneira em analisar o impacto social em um projeto cultural no Brasil. O IDIS reconhece e parabeniza o pioneirismo do Doutores da Alegria e vê o estudo como uma oportunidade de disseminar esse tipo de avaliação em outras iniciativas culturais no País.

Desde 2004, o PFPJ oferece formação artística na arte do palhaço para jovens de 17 a 23 anos em situação de vulnerabilidade e risco social, contribuindo para o desenvolvimento do seu pensamento crítico, criatividade, sensibilidade e autonomia artística. Desde sua criação, o programa já formou sete turmas, totalizando 171 jovens formados. Em 2013, o PFPJ foi certificado como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil. Além dos conhecimentos técnicos, os jovens participantes do programa exercitam seu olhar crítico para o contexto sociocultural e tornam-se cidadãos com potencial de transformar o mundo por meio da arte.

De acordo com a avaliação de impacto realizada pelo IDIS, o PFPJ traz benefícios sociais positivos (a análise constatou que a cada R$ 1 investido no programa, R$ 2,61 são gerados em benefícios sociais) e relevantes para seus participantes em todos os eixos de mudança pretendidos, confirmando a contribuição do Programa à sociedade, trazendo benefícios sociais significativos aos jovens participantes.

CEAP

O Centro Educacional Assistencial Profissionalizante – CEAP é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que atua no modelo de escola profissionalizante gratuita, oferecendo cursos técnicos e profissionalizantes no contraturno, para jovens em situação de vulnerabilidade social entre 10 e 18 anos, que estejam matriculados no ensino regular. A organização está localizada no bairro de Pedreira, na Zona Sul da cidade de São Paulo.

Além da formação técnica-profissional, o CEAP investe na formação humana dos jovens. Sua metodologia valoriza o atendimento pessoal e personalizado aos alunos e a participação ativa da família no processo educativo.

Para avaliar e monetizar o impacto de seus cursos profissionalizantes, o CEAP contou com o IDIS para compreender o retorno social dos recursos investidos e analisar a efetividade do investimento.

O apoio técnico desenvolvido pelo IDIS avaliou o Retorno Social do Investimento realizado pelo CEAP nos cursos técnicos e constatou que a iniciativa traz benefícios sociais relevantes para seus participantes, reafirmando a contribuição do CEAP para a sociedade na formação de cidadãos éticos, capazes de melhorar suas vidas por meio do trabalho e da forma de se relacionar com as pessoas.

Conheça aqui o relatório final do projeto.

Associação Viva e Deixe Viver

A Associação Viva e Deixe Viver se dedica há mais de 20 anos em formar voluntários para contar histórias em hospitais. Em 2018, tinha como desafio planejar a sucessão de seu fundador, Valdir Cimino, e também diversificar suas fontes de recursos, reduzindo a dependência de leis de incentivo à Cultura.

O IDIS contribuiu para a reformulação da governança e atualização do estatuto social da organização, visando refletir as melhores práticas e possibilitar um processo harmonioso e paulatino de implantação do plano de sucessão. Também revisou a missão e visão junto com as lideranças da associação, ampliando os horizontes da captação de recursos junto a empresas. O projeto foi implementado em 5 fases, que incluiu diagnóstico; revisão da governança; reflexão estratégica; revisão do portfólio de projetos e programas; e a elaboração do plano de mobilização de recursos, utilizando análise SWOT e análise cruzada para definição de estratégias prioritárias.

Instituto Mosaic

O Instituto Mosaic é a ferramenta de investimento social privado da Mosaic Fertilizantes e trabalha em prol do desenvolvimento mútuo e sustentável das comunidades em que a empresa opera.

Em 2022, lançou a quarta edição do Edital da Água, iniciativa que busca valorizar e promover boas práticas de gestão de recursos hídricos em 35 municípios brasileiros, contribuindo para disponibilidade da água e saneamento para todas e todos, Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (OSD) 6 da Agenda 2030 da ONU.

Anualmente, o Edital da Água seleciona e financia projetos  idealizados por instituições de ensino superior ou organizações da sociedade civil (OSCs), para recuperar nascentes e áreas de mananciais, instalar sistemas de captação e reuso da água e tratamento de efluentes, difundir tecnologias sociais de gestão eficiente da água, além de alavancar pesquisas que promovam o uso racional desse importante recurso natural.

Desde 2019, mais de 5.900 pessoas, de 29 municípios em nove Estados brasileiros, participaram de atividades de capacitação, educação ambiental e atividades de engajamento e sensibilização sobre uso sustentável da água ao longo das edições. As quatro últimas edições também garantiram a recuperação de pelo menos 42 nascentes; a instalação de mais de 110 sistemas de captação de água e/ou tratamento de esgoto; e mais de 10.800 árvores plantadas.

Em 2020, a Associação Amigos da Terra Sorriso (MT) contribuiu para a recuperação de 11 nascentes na Bacia Hidrográfica do Rio Lira, atuando na conservação do solo de uma área de 3.250.000 m², capacitando técnicos locais e instalando mais de 300 drenos para acelerar a recarga do lençol freático e aumentar a vazão do rio.

Nessa quarta edição, em linha com os compromissos de diversidade e inclusão da Mosaic Fertilizantes, passaram a ser priorizados projetos que, além de promover o manejo sustentável da água, garantissem protagonismo e empoderamento a grupos social ou economicamente vulnerabilizados, dentre eles, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas negras, indígenas ou não brancas e comunidades tradicionais.

Ao final do processo seletivo, que contou com a participação de especialistas do setor e lideranças da empresa, foram escolhidos 15 projetos para serem executados, mediante um investimento de mais de R$ 600 mil do Instituto Mosaic.

O IDIS é o parceiro técnico na realização do Edital da Água desde sua criação, em 2019, sendo responsável pela gestão do processo de doação como um todo, do planejamento até a formalização da doação, assinatura de termos de parceria, repasses dos recursos doados e monitoramento dos projetos vencedores.

Além dessa já tradicional parceria para o Edital da Água, em 2022, o Instituto Mosaic também contou com o apoio técnico do IDIS em outros dois projetos de consultoria, desenvolvidos com a finalidade de aprimorar as iniciativas de investimento social da empresa e aumentar seu impacto.

O primeiro projeto consistiu em uma reflexão estratégica acerca do alinhamento entre os programas do Instituto Mosaic, os compromissos ESG da Mosaic Fertilizantes e os ODS. Como resultado, foram identificadas novas oportunidades para ampliar a contribuição do Instituto Mosaic para a agenda de sustentabilidade da empresa e promover maior integração entre os programas desenvolvidos em suas quatro plataformas – Água, Educação, Desenvolvimento Local e Alimentação.

O segundo projeto buscou aprofundar o conhecimento do Instituto Mosaic sobre institutos e fundações empresariais do agronegócio nacional. O trabalho compreendeu o mapeamento de organizações do setor em atividade no país e uma pesquisa benchmarking, com foco em estratégias de comunicação, envolvendo 4 organizações selecionadas, de modo a orientar o Instituto Mosaic na tomada de decisões para futuros projetos.

Confira aqui mais resultados do Edital da Água.

Petrobras

Desde 2019, a Petrobras tem investido na avaliação dos projetos apoiados pelo Programa Petrobras Socioambiental (PPS). As avaliações têm o objetivo de reportar para os stakeholders da companhia os resultados do investimento social da empresa, identificar elementos que permitam maximizar os impactos sociais e ambientais positivos dos projetos e alinhar ainda mais a carteira de investimento social do PPS com o posicionamento estratégico da companhia.

Para atender à demanda, o IDIS considerou diferentes metodologias de avaliação de impacto socioambiental. Levando em conta as características da carteira de projetos do programa, a disponibilidade de informações e a viabilidade dos diferentes métodos apresentados, optou-se pela realização de dois tipos de avaliação: o protocolo SROI (Social Return on Investment – Retorno Social do Investimento) e a ACB (Análise Custo-Benefício), com a incorporação de alguns elementos do protocolo SROI e mais adequada a projetos de natureza ambiental. Ambas abordagens envolvem a monetização dos impactos gerados por cada projeto e o cálculo do retorno para a sociedade e para o meio ambiente.

Em três anos, com apoio do IDIS, a empresa já tem 27 projetos de seu portfólio avaliados ou em processo de avaliação. Destes, dez foram realizados em 2022. Entre os impactos ambientais positivos mapeados neste processo estão milhares de toneladas de CO² estocadas e sequestradas da atmosfera, fruto de ações de reflorestamento, de conservação de espécies ameaçadas de extinção de inclusão produtiva e de uma maior conscientização ambiental entre públicos diversos. O aumento da autoestima, a melhora do rendimento escolar, o aumento do repertório cultural e maiores perspectivas de futuro para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade de diversas regiões do país são alguns dos impactos sociais identificados. O processo de avaliação contribuiu para melhorar o diálogo entre financiador, equipes executoras e beneficiários, além de trazer elementos para a reflexão estratégica sobre os impactos socioambientais gerados pelos projetos apoiados pelo PPS.

“Trabalhar com o IDIS foi uma ótima experiência e um grande aprendizado. As pessoas do IDIS são de alto nível profissional e demonstram essa característica a todo momento. Isso, entretanto, não significa que sejam pessoas arrogantes ou que se considerem sempre as donas da verdade. Ao contrário: o trabalho é desenvolvido em parceria e as informações fluem com facilidade durante todo o projeto. Particularmente, senti-me sempre muito à vontade para questionar e trocar informações com toda a equipe. O trabalho final ficou como desejávamos e a apresentação foi também muito esclarecedora. Parabenizo toda a equipe e desejo-lhes sucesso permanente” , comenta Roberto Emery, da Petrobras.

 

Fundação José Luiz Egydio Setúbal

A Viagem Fantástica é uma ação social voluntária e solidária realizada pela equipe da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, incluindo também membros das equipes do Hospital Infantil Sabará e do Instituto Pensi.

A primeira Viagem Fantástica foi realizada em agosto de 2017, quando os voluntários contribuíram para a revitalização de duas praças públicas no Jardim Lapenna, em São Miguel Paulista. O sucesso foi tamanho que foi realizada uma nova Viagem Fantástica em 2018, com muito mais voluntários inscritos. Dessa vez, os trabalhos foram realizados em Santana de Parnaíba, e consistiram na adaptação de doze residências para a mobilidade de pessoas portadoras de deficiência.

Em 2019, o IDIS apoiou a Fundação José Luiz Egydio Setúbal na elaboração de um estudo de avaliação e mensuração do impacto social gerado pela Viagem Fantástica. O projeto foi composto por três fases. Na primeira delas, foi elaborada a Teoria de Mudança do projeto, que tem como objetivo “Despertar a consciência sobre o potencial transformador das ações coletivas e o entusiasmo das pessoas em provocar mudanças positivas em si mesmas, nas relações e no mundo”.

Na segunda fase, o foco foi a condução de uma pesquisa qualitativa, com a realização de grupos focais tanto com os voluntários das ações, quanto com as comunidades que foram foco das intervenções. Já na terceira fase, aplicou-se um questionário quantitativo com o objetivo de mensurar as variáveis que trazem evidências sobre o impacto social do projeto.

Por meio do estudo de avaliação de impacto social, o IDIS comprovou que os participantes da Viagem Fantástica percebem e expandem seu potencial individual e coletivo de gerar impactos positivos na sociedade. Além disso, aumentam sua consciência social e reforçam seu compromisso com o bem-estar de todos. As ações nas comunidades contribuíram para a criação de espaços mais seguros e que proporcionam lazer e sociabilização, ao mesmo tempo que sensibilizam os moradores para unirem-se ao grupo de voluntários das próximas edições. Como consequência de todos esses impactos positivos, o Programa reforça os valores institucionais da Fundação José Luiz Egydio Setúbal entre seus colaboradores, que reconhecem o interesse genuíno da Fundação de contribuir para a sociedade.

Sesc

O Sesc – Serviço Social do Comércio é uma entidade de serviços sociais autônomos de natureza privada, fundada em 1946, cujo objetivo é proporcionar o bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do setor do comércio e suas famílias.

A estrutura organizacional do Sesc compreende o Departamento Nacional (DN), situado no Rio de Janeiro, e 27 Departamentos Regionais – um em cada estado e no Distrito Federal. Cabe ao Departamento Nacional elaborar as diretrizes gerais da entidade, coordenar e monitorar os projetos que são desenvolvidos nas unidades regionais do Sesc.

O Departamento Nacional do Sesc solicitou o apoio técnico do IDIS para explorar o protocolo de avaliação de impacto SROI – Retorno Social do Investimento como uma potencial ferramenta a ser implementada na organização para gerar evidências sobre a efetividade de seus programas. A proposta de trabalho acordada foi a execução de estudos de avaliação de impacto por meio do SROI para cinco diferentes projetos do Sesc Poconé – uma das unidades que compõem o complexo do Sesc Pantanal. Os estudos avaliativos apontaram os impactos sociais percebidos pelos participantes dos projetos, bem como oportunidade de ampliar e otimizar as transformações positivas na comunidade.

Além da execução das pesquisas de mensuração de impacto, o IDIS também conduziu um processo de treinamento na aplicação do protocolo SROI para um grupo de 25 colaboradores entre gestores e analistas de diversas áreas do Departamento Nacional do SESC, com o objetivo de disseminar os conceitos e práticas avaliativas na organização.

CTG Brasil – China Three Gorges Corporation

Criada em 2013, a CTG Brasil é uma empresa da China Three Gorges Corporation, uma das líderes globais em energia limpa. Com investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, o portfólio da CTG Brasil hoje tem uma capacidade total instalada de 8,28 GW. Segunda maior geradora privada de energia do país, a CTG Brasil conta com a dedicação de seus talentos locais e está comprometida em contribuir com a matriz energética brasileira, pautada pela responsabilidade social e respeito ao meio ambiente.

Visando fortalecer seu Investimento Social Privado, em 2019 a CTG Brasil contratou o apoio do IDIS para a definição das diretrizes estratégicas de sua atuação, fundamental para o aprimoramento do investimento feito na comunidade e na eficiência da seleção de projetos, monitoramento dos resultados e avaliação do impacto.

Nesse processo, foram levados em consideração os objetivos estratégicos da empresa e as percepções e expectativas de seus principais stakeholders. A construção das diretrizes, a partir de processos participativos, teve como base o alinhamento com o negócio e a contribuição do Investimento Social Privado Corporativo para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ODSs da ONU).

O entorno das unidades da CTG Brasil foi definido como foco primário de atuação, que passa a ter como propósito: “Promover o desenvolvimento local nas comunidades em que estamos presentes, fomentando a geração de renda por meio do emprego e do empreendedorismo.”