IDIS e Insper promovem curso sobre avaliação de impacto social

mensuracao-postO IDIS e o Insper Metricis lançam o curso “Mensuração de Impacto Social” com a proposta de permitir que o aluno compreenda os processos que compõem a avaliação de impacto social e entre em contato com métodos inovadores. Um dos desafios comuns em organizações sem fins lucrativos e negócios sociais é a mensuração de resultados, ou seja, como transformar em números ações que visam mudanças sociais.

O curso é direcionado aos profissionais que atuam em instituições do terceiro setor, investidores sociais, empreendedores sociais e fundos de investimento de impacto. A carga horária é de 16 horas e as aulas serão nos dias 20 e 21 de outubro, das 9 às 18 horas, no Insper em São Paulo. Será dada ênfase na metodologia de avaliação com base em Adicionalidade e a SROI (Social Return on Investment), abordando os princípios a serem seguidos para a realização de avaliação de projetos ou negócios sociais, implementados por fundações, institutos, organizações da sociedade civil, empresas, negócios sociais ou fundos de investimento de impacto.

Entres os professores do curso estão Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS; Ricardo Paes de Barros, diretor da cátedra do Instituto Ayrton Senna (IAS) no Insper; Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper; e Sérgio Lazzarini, coordenador do Insper Metricis.

Serviço: Mensuração de Impacto Social
Duração do curso: dias 20 e 21/10
Horário: das 9 às 18 horas
Local: Insper (Rua Quatá, 300, Vila Olímpia, São Paulo/SP)
Outras informações: Núcleo de Orientação ao Candidato, telefone (11)4504-2400 ou pelo e-mail candidato@insper.edu.br
Inscrições pelo site: http://www.insper.edu.br/educacao-executiva/cursos-de-curta-duracao/mensuracao-de-impacto-social-integral/#aba1

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais vai discutir “A Iniciativa Individual e a Nova Economia”

LO_SaveDate_4O economista e escritor Eduardo Giannetti, o mega-empresário Elie Horn, fundador e sócio da Cyrela, e os campões Raí e Ana Moser, têm um encontro marcado no próximo dia 6 de outubro, no próximo Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Todos eles vão discutir como a filantropia e a chamada Nova Economia podem trabalhar juntas na construção de um modelo econômico mais inclusivo e sustentável, no qual os benefícios da riqueza sejam distribuídos de forma mais equilibrada.

“A Iniciativa Individual e a Nova Economia” é o tema do evento deste ano, que reúne a comunidade filantrópica para troca de experiências e fortalecimento da filantropia estratégica na promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira.

Além dos palestrantes já mencionados, o Fórum ainda vai contar com Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social, Jane Wales, CEO do Global Philanthropy Forum, Ted Hart, CEO da Charities Aid Foundation/EUA e Henry Timms, fundador do Giving Tuesday.

A programação completa do Fórum pode ser consultada em www.idis.org.br/forum. A participação no evento é exclusiva para convidados, mas, posteriormente, todos os vídeos das palestras são disponibilizados na internet.

Projeto desenvolvido pelo IDIS prevê a implantação de tecnologias sociais em comunidades do Amazonas

IMG_8734O Amazonas é o maior estado do Brasil, conhecido pela sua natureza exuberante e biodiversidade. O estado tem a maior população indígena do país e inúmeras comunidades tradicionais de pescadores artesanais e seringueiros vivendo em locais distantes de centros urbanos, onde o acesso a serviços essenciais é naturalmente complexo. Tendo em vista essa realidade, o IDIS está trabalhando em um projeto piloto de implantação de tecnologias sociais que atendam às necessidades de um desenvolvimento sustentável em comunidades rurais e ribeirinhas. A iniciativa é uma parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

A primeira etapa foi a realização de um diagnóstico situacional no município de Borba-AM com a participação da comunidade e do poder público local. Por meio de pesquisas e análise de dados primários e secundários foi possível entender o contexto em que vivem os habitantes de Borba e também mapear as iniciativas já desenvolvidas na região. A partir das demandas mais prementes foram pré-seleciondadas 16 tecnologias do Banco de Tecnologias Sociais da FBB. O município de Borba foi escolhido para servir de referência ao diagnóstico pois a UEA realiza na cidade um projeto piloto que envolve estudantes universitários, o Programa de Apoio à Primeira Infância (PAPI).

O trabalho de campo foi realizado em fevereiro deste ano com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde. Foram aplicados 181 questionários em 17 comunidades – seis rurais, seis ribeirinhas e cinco urbanas. A equipe multidisciplinar de trabalho de campo foi constituída pela UEA, profissionais do IDIS e da área da Saúde da Criança da Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas. “Para facilitar a seleção das tecnologias sociais, as prioridades locais foram separadas em quatro categorias: água, saneamento básico, segurança alimentar e saúde infantil”, explica Sofia Rebehy, analista de projetos de investimento social do IDIS e que integrou a equipe de campo.

Os resultados do diagnóstico foram compartilhados com o município com o intuito de orientá-lo na definição das Tecnologias Sociais e respectivas comunidades para a implantação. Esta seleção foi feita pelo poder público local em reunião coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde e levou em consideração não somente os dados levantados pelo diagnóstico, mas também as peculiaridades de cada comunidade. As tecnologias foram apresentadas ainda para as comunidades envolvidas para confirmar sua aceitação e interesse.

Desde a finalização do diagnóstico, em junho, o IDIS tem trabalhado no desenho da continuidade do projeto, que prevê a capacitação de equipe da UEA pelos idealizadores das Tecnologias Sociais selecionadas e a implantação piloto em três comunidades de Borba. A UEA será o agente responsável pela replicação das tecnologias em comunidades de outros dois municípios – Nova Olinda do Norte e Itacoatiara – em consonância com suas principais carências e a partir do envolvimento comunitário.

O IDIS atua desde 2011 na promoção do desenvolvimento da Primeira Infância no Amazonas. Em parceria com a Secretaria de Saúde do Amazonas, Fundação Bernard van Leer e Fundação Amazônia Sustentável realizou o Programa Infância Ribeirinha (PIR). Voltado para a melhoria das condições de vida de gestantes e crianças de 0 a 6 anos em comunidades ribeirinhas amazonenses, o PIR inspirou a criação de uma política pública especialmente voltada para a primeira infância. O Programa Primeira Infância Amazonense (PIA) foi sancionado pelo Governo do Estado do Amazonas em março deste ano e está em processo de implantação.

Fundo Areguá, endowment estruturado com apoio do IDIS, visa reter talentos na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

IMG_3805Cursar uma faculdade de medicina é o sonho de muitos jovens, mas por questões econômicas e sociais muitos abandonam este ideal – mesmo certos de sua vocação e talento. Com o intuito de ajudar essas pessoas a realizar esse sonho e atrair talentos para a carreira nasceu o Fundo Areguá – um fundo patrimonial que vai dar bolsas de estudos para alunos da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa (FCMSC) de São Paulo. Idealizado pelo dr. José Luiz Setúbal, ex-aluno da FCMSC e atual provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o Fundo Areguá foi estruturado com o apoio do IDIS.

O lançamento do Fundo reuniu professores e ex-alunos da FCMSC em três encontros de apresentação realizados em agosto no Salão Nobre da Santa Casa. O intuito é iniciar o quanto antes a captação dos recursos necessários para que ele comece a funcionar. O nome do Fundo – Areguá – faz referência à saudação e grito de guerra que une alunos e ex-alunos da FCMSC. Além das bolsas de estudo, os recursos captados serão destinados ainda para apoiar pesquisas e promover melhorias na infraestrutura da faculdade. Há três formas possíveis de participação: doação pontual, doação recorrente e ainda pode-se optar em fazer parte da Associação Fundo Areguá. O Fundo é uma entidade independente da estrutura da faculdade.

Fundos Patrimoniais (endowments, em inglês) são estruturas criadas para dar sustentabilidade financeira a causas e organizações sem fins lucrativos. Para isso, a administração de seus recursos, que são provenientes de doações, tem por princípio a conservação no longo prazo do valor doado. O trabalho desenvolvido pelo IDIS teve o objetivo de estruturar o Fundo Areguá, definindo especificamente seu veículo, missão, composição, governança e spending rate (regra de resgate). O IDIS é referência na criação desses fundos e faz um trabalho de advocacy trabalhando em rede para promover o desenvolvimento dos fundos patrimoniais no Brasil.

Assista ao vídeo e conheça essa história: https://vimeo.com/178203353

IDIS lança segunda parte da Pesquisa Doação Brasil

2016-08-18 10.15.01No dia 18 de agosto, o IDIS divulgou novos dados da Pesquisa Doação Brasil em uma Roda de Conversa realizada no Centro Ruth Cardoso, em São Paulo. O foco foi o relacionamento dos brasileiros com as organizações não governamentais (ONGs). Entre os dados revelados estão que 71% da população entende que as ONGs dependem de doações para obter recursos e funcionar e 44% concorda que essas instituições fazem um trabalho competente. Porém, apenas 26% dos entrevistados acham que a maioria das ONGs é confiável.

A pesquisa mostrou ainda que 64% dos doadores contribui apenas para uma instituição, sendo que 39% dos doadores já visitou pessoalmente a organização para a qual doa. A fidelidade se destaca neste item, já que 70% dos doadores disse que costuma doar sempre para a mesma ONG, ano após ano. Em 2015, as doações individuais dos brasileiros totalizaram R$ 13,7 bilhões – valor que corresponde a 0,23% do PIB do Brasil.

Quase dois terços dos entrevistados (61%) afirmam que as ONGs insistem demais ao pedir doações e 64% acreditam que ao se fazer uma doação, corre-se o risco de ser procurado por outras organizações. O levantamento serve de orientação para o trabalho dessas instituições, já que as pessoas deixaram bem claro rejeitar abordagens em domicílio e locais públicos.

“A pesquisa mostra que os brasileiros entendem a importância e valorizam o trabalho das ONGs, mas elas, como muitas outras instituições, acabaram se contaminando pela onda de escândalos e desconfiança que atinge o Brasil”, avalia Paula Fabiani, presidente do IDIS.

Estiveram presentes na Roda de Conversa cerca de 70 pessoas, representantes de organizações sociais que atuam nas mais diversas áreas. A pesquisa mapeou os hábitos de doação dos indivíduos e foi realizada sob encomenda pelo Instituto Gallup, que conversou com mais de dois mil entrevistados em todo país, com 18 anos ou mais, residentes em áreas urbanas e com renda familiar mensal a partir de um salário mínimo.

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS, em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Uma sequência de encontros de trabalho foi realizada envolvendo representantes de organizações da sociedade civil, universidades, mídia, fundações e redes e associações de classe ligadas aos temas de cultura de doação e captação de recursos.

A íntegra da Pesquisa Doação Brasil está disponível no site do IDIS, no endereço www.idis.org.br/pesquisadoacaobrasil.

IDIS realiza capacitações com organizações de municípios mineiros

Dom joaquim 1Em julho consultores do IDIS reuniram-se com organizações não governamentais dos municípios mineiros de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim e Serro. A atividade é parte do projeto Fortalecimento da Sociedade Civil dos Municípios da Região da Mina executado pelo IDIS no âmbito do Germinar – programa social desenvolvido pela Anglo American nas cidades de influência direta e indireta do Sistema Minas-Rio. O empreendimento inclui uma mina de minério de ferro e unidade de beneficiamento em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas; mineroduto com 529 km de extensão e que atravessa 33 municípios mineiros e fluminenses; e o terminal de minério de ferro do Porto de Açu, no qual a Anglo American é parceira da Prumo Logística com 50% de participação, localizado em São João da Barra (RJ).

Foram realizadas oficinas de um dia e meio em cada uma das cidades com o objetivo de desenvolver a capacidade das ONGs de elaborar um plano de mobilização de recursos alinhado à sua estratégia de ação. A atividade é dividida em duas etapas: na parte teórica são apresentados os elementos que devem fazer parte de um plano de mobilização de recursos (Abordagem e Conversão, Programa de Doação, Cultivo e Relacionamento, Comunicação, Cronograma de Atividades, Back-Office e Infraestrutura, Orçamento e Metas e Indicadores). “E na parte prática fazemos juntos um exercício passo-a-passo de desenvolvimento do plano de mobilização”, explica Raquel Coimbra, diretora de Projetos do IDIS. Essas oficinas são a finalização do ciclo de capacitações do programa Germinar.

Em 2015 o IDIS também apoiou a Anglo American na fase inicial do programa Germinar realizando o diagnóstico local utilizando a metodologia ‘Desenvolvimento Comunitário baseado nos Talentos e Recursos Locais – ABCD (Asset-Based Community Development)’. Na ocasião os consultores do IDIS mapearam 84 organizações atuantes nessas localidades, que participaram de uma capacitação composta de três ciclos: elaboração de projetos sociais, gestão desses projetos e captação de recursos via leis de incentivo fiscal.

‘A Iniciativa Individual e a Nova Economia’ será o tema do V Fórum de Filantropos

Negóci14os sociais, bens compartilhados, empresas B, investimentos de impacto… Essas e outras novas expressões e conceitos chegaram ao mercado propondo uma atividade econômica mais inclusiva e sustentável. Como acontece sempre com as novidades, não se sabe se todo o conjunto veio para ficar, mas é indiscutível que as iniciativas buscam humanizar o modelo econômico atual e encontrar um caminho para que os benefícios da riqueza e do patrimônio sejam distribuídos de forma mais equilibrada. É com essas constatações e essas perguntas que o IDIS está organizando o V Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, que vai acontecer no dia 6 de outubro, em São Paulo.

O evento será o palco para discutir de que forma a nova economia encontra a filantropia e como as duas podem se unir para aumentar o impacto das ações de ambas. “Ao mesmo tempo, é importante nos perguntar qual o papel da filantropia, do filantropo e da iniciativa individual dentro desse contexto”, explica diretora de Comunicação e Relações Institucionais do IDIS, Andrea Wolffenbuttel. Até o momento, já estão confirmados os seguintes palestrantes: Américo Mattar (Fundação Telefônica), Eduardo Gianetti (Insper), Elie Horn (Cyrela), Linda Murasawa (Santander), Mozart Neves Ramos (Instituto Ayrton Senna) e Ted Hart (Charities Aid Foundation America).

Em sua quinta edição, o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais tem como objetivo oferecer um espaço exclusivo para a comunidade filantrópica reunir-se, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. Nas edições anteriores, o evento reuniu cerca de 650 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Para mapear e discutir o papel da filantropia para o desenvolvimento do Brasil, o Fórum já contou com a presença de nomes como Jorge Gerdau Johannpeter, Lester M. Salamon, Swanee Hunt, Ana Paula Padrão, José Guimarães Monforte, Jane Wales, Gilberto Carvalho, Rob Garris, Viviane Senna, Peter Eigen, Guilherme Leal, Ana Lúcia Vilela, Carlos Alberto Sardenberg, entre outros. O Fórum é uma iniciativa conjunta do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e do Global Philanthropy Forum (GPF).

Líderes cívicos da RAPS conhecem o Programa Eleitoral da Rede

raps debateNo início de julho foi realizado, em São Paulo, o Encontro de Formação dos Empreendedores Cívicos da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS) 2016. A diretora presidente do IDIS, Paula Fabiani, faz parte dessa rede de lideranças comprometidas e alinhadas com a ética e com os valores e princípios da sustentabilidade.

O objetivo do encontro, além de ampliar o conhecimento a respeito da sustentabilidade e do papel destes Empreendedores Cívicos no contexto político atual, foi promover a integração da rede e propiciar uma discussão de ideias e troca de experiências. Entre as atividades realizadas no primeiro dia de formação, os Empreendedores dividiram-se em grupos temáticos, de acordo com suas atuações sociais, para debater sobre sustentabilidade, educação e controle social, aproveitando a polêmica do projeto de lei conhecido como Escola sem Partido.

No segundo dia de encontro, o Líder RAPS Zysman Neiman e professor de ciências ambientais da UNIFESP apresentou o painel Conceituação de Sustentabilidade e o caminho para a implantação de Cidades Sustentáveis. A formação foi concluída com o debate Democracia e Governança Política de transição rumo a uma sociedade sustentável. Além das discussões, foi apresentado também o Programa Eleitoral da RAPS, que faz parte da estratégia de formação de lideranças políticas. “A RAPS é um espaço de muita troca de saberes e experiências. Nesta última reunião, um dos pontos de destaque e reflexão foi identificar como podemos contribuir para o país, neste ambiente político conturbado”, conta diretora presidente do IDIS, Paula Fabiani.

Sobre a RAPS
Constituída em maio de 2012, a RAPS se propõe a fortalecer e aperfeiçoar a democracia e as instituições republicanas mediante o apoio à formação de lideranças políticas que colaborem com a transformação do Brasil em um país mais justo, próspero, solidário, democrático e sustentável. Para ingressar no projeto e ser um Empreendedor Cívico RAPS é preciso ter uma sólida ação política já constituída na esfera da sociedade civil. Além disso, é necessário participar de um processo de seleção que ocorre todos os anos entre novembro e janeiro. A formação realizada em julho faz parte de uma séria de atividades oferecidas aos Empreendedores Cívicos RAPS.

Sobre o Programa Eleitoral RAPS
A iniciativa é direcionada exclusivamente aos membros da entidade. Podem participar integrantes de todas as turmas dos projetos – Líderes RAPS, Empreendedores Cívicos e Jovens RAPS – que desejem contribuir ativamente nas eleições municipais de 2016. O programa faz parte da estratégia de formação de lideranças políticas e tem como um de seus principais objetivos qualificar e potencializar as campanhas eleitorais dos Líderes RAPS pré-candidatos às eleições deste ano. Além disso tem o intuito de propiciar oportunidade de aprendizado aos membros interessados, fortalecendo relações ao ampliar a troca de conhecimento, com base na missão, nos princípios e nos valores da organização.
Mais informações sobre o projeto em www.raps.org.br

 

Folha de São Paulo conta a história do projeto de recuperação financeira das Santas Casas

Em julho o projeto de mobilização de recursos para as Santas Casas de São Paulo foi tema de matéria publicada pela editoria Empreendedor Social da Folha de S. Paulo. Para construir o texto a jornalista Patricia Pamplona entrevistou o consultor estratégico do IDIS, Marcos Kisil, o novo provedor da Santa Casa de São Paulo, José Luís Setúbal, e o diretor administrativo do hospital Nossa Senhora da Piedade de Lençóis Paulistas, Ricardo Conti Barbeiro.

http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/2016/07/1763703-santas-casas-de-sao-paulo-mantem-portas-abertas-com-ajuda-de-doacoes.shtml

Resultados foram divulgados em evento em São Paulo

idis-doacoes-117A pesquisa Doação Brasil foi extremamente bem recebida por todos que acompanharam a divulgação durante evento realizado no dia 15 de junho, na Oxigênio Aceleradora, em São Paulo. Começamos a manhã ao lado de tantos amigos e parceiros e ainda mais com a boa notícia de que o brasileiro é solidário. Tudo isso nos deixou muito felizes, mas sabemos que ainda há um longo caminho pela frente para construirmos uma verdadeira e sólida cultura de doação no Brasil.

O evento reuniu muitos apoiadores da Pesquisa, tanto aqueles que contribuíram financeiramente, quanto os que colaboraram doando tempo e conhecimento.

A representante de uma das apoiadoras, Joana Castello Branco, do Instituto C&A, disse que, ao traçar o perfil do doador no Brasil, o IDIS abre espaço para um importante diálogo sobre como podemos fomentar a cultura de doação, fortalecendo assim as organizações da sociedade civil. “Os dados gerados pela pesquisa são importantes e revelam que temos muito trabalho e muitas oportunidades pela frente”, ressaltou Joana.

Marcelo Furtado, diretor executivo do Instituto Arapyaú relembrou o processo de criação coletiva que norteou a Pesquisa e expressou o desejo de que os resultados sirvam de instrumento para o desenvolvimento de novas iniciativas que venham fortalecer o terceiro setor.

Para a head de SMB e ONGs da PayPal Brasil, Gabriela Szprinc, o apoio à pesquisa Doação Brasil reforça o objetivo da empresa em estimular o aumento do conhecimento sobre este setor tão relevante para o país e a sociedade e contribuir, assim, com seu desenvolvimento.

O diretor de negócios do Instituto Ayrton Senna, Thiago Fernandes, afirmou que a pesquisa feita pelo IDIS é pioneira e muito importante para que as ONGs possam começar a entender o perfil e as motivações do doador brasileiro. Além disso, segundo ele, as informações também vão permitir que as ONGs trabalhem melhor a comunicação com seus stakeholders, mostrando não só o resultado do seu trabalho e a importância dele para a sociedade brasileira, mas também reforçando a cultura do giving back. “Parabéns IDIS pela iniciativa e pioneirismo”, disse.

E nós não só agradecemos mas também damos os parabéns a todos que, junto conosco, buscam uma sociedade mais justa e acreditam no potencial do povo brasileiro.

Confira as fotos do evento de lançamento: https://www.facebook.com/IDISNews/photos/?tab=album&album_id=1760376834197494

Pesquisa é tema de reportagem do Jornal Nacional

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Aproveitando a onda de frio no país, o Jornal Nacional, da Rede Globo, fez uma reportagem sobre a mobilização da sociedade para ajudar os mais pobres e apresentou os resultados da Pesquisa Doação Brasil. A reportagem foi ao ar no dia 18 de junho. O telejornal da Rede Globo é um espaço importante para falar de um tema que precisa do apoio ainda maior dos brasileiros. Confira!

http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/pre-inverno-congelante-multiplica-doacoes-de-roupas-de-frio/5104597/

 

Surpresas e mistérios da Pesquisa Doação Brasil

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Indiscutivelmente, a maior surpresa proporcionada pela Pesquisa Doação Brasil foi a constatação de que temos uma cultura de doação. O fato de que 77% da população praticou algum tipo de doação ao longo de 2015 mostra que o hábito de doar faz parte da vida do brasileiro. Sabemos que em termos de número de praticantes e valores arrecadados estamos bem aquém dos países com cultura de doação mais arraigada – o que indica que ainda temos um caminho a percorrer -, mas a notícia, por si só, merece comemoração.

A pergunta que se segue é por que não temos essa percepção no cotidiano. A própria pesquisa traz alguns indícios e o principal deles é que mais de 80% da população acha que o doador não deve falar que faz doações. Ou seja, doar é um ato íntimo que não deve ser comentado ou divulgado. Essa postura, provavelmente imbuída de valores nobres como humildade e discrição, contribui para dificultar a identificação do doador. Mas seguramente esta não é a única explicação e precisaremos analisar a questão com mais profundidade e sob as lentes de diversas áreas de conhecimento.

Outro dado curioso diz respeito às causas que mais sensibilizam os brasileiros. Enquanto os grandes investidores sociais privados concentram pesadamente suas doações na área da Educação, os brasileiros apontam a Saúde como a área social mais preocupante e sensibilizadora. Essa percepção foi corroborada por doadores e não doadores, em mais de uma pergunta. A desigualdade de percepção sobre qual o maior problema social presente talvez seja fruto da diferença de opinião daqueles que lidam diariamente com os serviços públicos e daqueles que não têm contato com essa realidade e tomam suas decisões com base em pensamento estratégico e cálculo do maior retorno social do investimento.

Além dessa diferença de perspectiva, também existe o fato de que alguns levantamentos recentes mostraram que muitos pais estão satisfeitos com a qualidade da Educação que os filhos recebem na rede pública. Apesar dessa postura ser quase chocante para aqueles que comparam nossa Educação com a de outros países mais desenvolvidos, esses pais apenas estão reagindo a uma pequena melhora do serviço se comparado com o que eles mesmos receberam quando estudaram na rede pública.

A influência da religião sobre o ato de doar não chega a ser surpresa, uma vez que quase todas as religiões pregam alguma forma de caridade, mas o fato de que quase um terço das doações para organizações sociais vão para entidades/ações que têm algum tipo de vínculo com igrejas (não incluindo aqui o pagamento de dízimos) mostra como as igrejas ainda são muito fortes no Brasil, quando se trata de ações sociais.

Essa é uma tradição herdada de decisões tomadas no século XIX, na época da vinda da Família Real. Foi nesse período que o Imperador João VI determinou que os serviços de Saúde e Educação seriam prestados pela Igreja Católica e, para apoiá-la, criou a Santa Casa, entidade hospitalar que existe até hoje, agora reestruturada em termos de governança, mas que mantém seu nome e é o único hospital em muitas cidades deste imenso país.

Enfim, a análise dos resultados da Pesquisa Doação Brasil está apenas começando e será feita por grupos multidisciplinares que aportarão, cada um, seu diferente instrumental. O relatório final da Pesquisa será lançando no V Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, que vai acontecer no dia 6 de outubro.

IDIS divulga resultados da Pesquisa Doação Brasil

idis-doacoes-76Ao longo do ano passado, 77% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação, sendo que 62% doaram bens, 52% doaram dinheiro e 34% doaram seu tempo para algum trabalho voluntário. Se considerarmos apenas os que doaram dinheiro para organizações sociais, são 46%. No ano de 2015, as doações individuais dos brasileiros totalizaram R$ 13,7 bilhões, valor que corresponde a 0,23% do PIB do Brasil.

Esses resultados integram o mais completo estudo já feito no país sobre o perfil do doador brasileiro. A ideia é que a Pesquisa Doação Brasil se repita com uma frequência entre três e cinco anos para que seja possível acompanhar a evolução da cultura de doação no país. O levantamento, encomendado ao Instituto Gallup, entrevistou 2.230 pessoas em todo país, com 18 anos ou mais, residentes em áreas urbanas e com renda familiar mensal a partir de um salário mínimo.

“A Pesquisa Doação Brasil revela um retrato jamais visto, que servirá de base para uma grande campanha pela cultura de doação no país”, relata Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS – Instituto pelo Desenvolvimento do Investimento Social, que liderou a realização da pesquisa.

Levando em conta as regiões do Brasil, em números absolutos, o Sudeste aparece em primeiro lugar, concentrando 43,5% dos doadores. O Nordeste vem na sequência com 31%. Depois aparecem o Sul, com 13%, Norte com 6,5% e Centro Oeste com 6%. Mais de um terço dos doadores, 36%, fizeram uma doação por mês ao longo do ano passado. Essas doações ficam na faixa de R$20 a R$40 mensais, ou seja, de R$240 a R$480 por ano.

As mulheres doam para organizações com mais frequência que os homens, 49% contra 42%. De acordo com o estudo, o perfil do típico doador brasileiro é mulher com instrução superior, praticante de alguma religião, moradora das regiões Nordeste ou Sudeste, com renda individual e familiar acima de 4 salários mínimos. Três grandes temas sensibilizam o doador em dinheiro: em primeiro lugar é a saúde, com 40% das respostas, crianças ocupam a segunda colocação, com 36%, seguidas por combate à fome e à pobreza, com 29%.

Oitenta por cento dos entrevistados disseram não se deixar levar pela emoção na hora de doar, sendo que apenas 20% admitiram praticar este ato por impulso. “Esse resultado é muito positivo para nós, afinal prova que o brasileiro tem grande consciência na hora de doar”, destaca Paula Fabiani. A principal razão para uma pessoa doar dinheiro é a solidariedade com os mais necessitados, indicando que existe uma forte ligação entre o ato de doar e a gratificação emocional.

A religião também exerce grande influência no hábito de doar dos brasileiros. Entre os que se declaram católicos na pesquisa, 51% praticam a doação em dinheiro. Entre os espiritas, esse porcentual chega a 58%. Entre os evangélicos entrevistados, 45% disseram fazer doação em dinheiro. Não são considerados aqui os pagamentos de dízimos ou mensalidades para associações.

A Pesquisa Doação Brasil mostra não existir uma relação direta entre o tamanho da cidade e a prática de doação em dinheiro, ou seja, mesmo fora das grandes cidades, o brasileiro também doa. Porém, existe uma forte relação entre idade e a prática da doação em dinheiro. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência deste tipo de doação. O mesmo acontece em relação ao grau de instrução. Pessoas com nível superior, praticam mais doação em dinheiro.

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS, em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Uma sequência de encontros de trabalho foi realizada envolvendo representantes de organizações da sociedade civil, universidades, mídia, fundações e redes e associações de classe ligadas aos temas de cultura de doação e captação de recursos.

O resultado final da pesquisa será difundido abertamente para todos os interessados, com intuito de fortalecer a cultura de doação no país e contribuir na capacitação da sociedade na captação de recursos.
* A íntegra da pesquisa Doação Brasil está disponível no site do IDIS, no endereço www.idis.org.br/pesquisadoacaobrasil

Café com Direitos Humanos

IMG_20160608_091921443_HDRO IDIS e a Human Rights Watch Brasil (HRW) realizaram, no início de junho, em São Paulo um café da manhã para discutir direitos humanos e filantropia. O evento contou com a presença do CEO Global da HRW, Kenneth Roth, que visitou o Brasil pela primeira vez desde a abertura do escritório em São Paulo há três anos.

O encontro teve como objetivo sensibilizar os investidores sociais para causas relacionadas aos direitos humanos. “Procuro desmistificar a noção de que quando falamos de direitos humanos estamos nos referindo aos direitos dos criminosos. Defesa dos direitos humanos significa garantir acesso à justiça e a um julgamento justo, mas também garantir acesso à educação, à saúde, aos serviços básicos para todos os que necessitam. Todos os que lutam por essas causas, estão defendendo os direitos humanos.”, destacou Roth, que é considerado uma das principais vozes mundiais em prol de que a Europa adote uma política mais humana diante da crise migratória atual.

A diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani, fez a abertura do evento, que contou com a presença de cerca de 15 investidores sociais. “Queremos sensibilizar o olhar dos filantropos para o tema dos direitos humanos e este encontro é uma oportunidade de conversar com uma das pessoas que mais entendem da questão no mundo, em um momento em que o Brasil se encontra em uma situação vulnerável, com casos graves de violações presentes no noticiário cotidiano.” afirmou Paula Fabiani.

A diretora da HRW Brasil, Maria Laura Canineu, também esteve no café da manhã e falou sobre as perspectivas para o trabalho da organização no Brasil diante de um cenário complexo e desafiador no que se refere aos valores e princípios que a organização defende, sobre sua metodologia de atuação e mudança, antecipando que a proteção aos direitos das mulheres e promoção dos direitos relacionados ao envelhecimento são áreas a serem estudadas pela HRW.

IDIS inicia parceria com o Observatório do Terceiro Setor

Terceiro setor logo vetor jpg_2Começou, no dia 12 de maio, a parceria entre o IDIS e o Observatório do Terceiro Setor. A partir deste mês, o consultor estratégico e fundador do IDIS, Marcos Kisil, é um dos colunistas do portal do Observatório e comentarista do programa de rádio. Todas as quintas-feiras ele participa do programa de rádio, ao vivo, que vai ao ar às 14 horas, comentando um dos temas da pauta do dia. Além disso, escreve mensalmente um artigo que é publicado no portal observatorio3setor.com.br. “Uma parceria que,
pelo seu talento e experiência, qualifica o terceiro setor”,  afirma o diretor do Observatório do Terceiro Setor, Joel Scala.

O primeiro artigo publicado abordou a situação das instituições filantrópicas, usando como exemplo as Santas Casas de Misericórdia. Essas organizações já representam 74% dos leitos oferecidos pelo SUS e mesmo assim enfrentam grandes dificuldades para manterem as portas abertas – por falta de repasses públicos e de engajamento das comunidades beneficiadas por elas. O artigo A oportunidade de reconstruir o relacionamento perdido trata dessas dificuldades e possíveis formas de fortalecer essas instituições. O texto pode ser lido no link http://observatorio3setor.com.br/colunistas/a-oportunidade-de-reconstruir-o-relacionamento-perdido/.

Desde o início da parceria o IDIS esteve presente em quatro programas de rádio que abordaram os seguintes temas:
Captação e tributação no 3º Setor: http://observatorio3setor.com.br/media-center/radio/captacao-e-tributacao-no-3o-setor/
Políticas públicas para crianças: http://observatorio3setor.com.br/media-center/radio/politicas-publicas-para-criancas/
Direitos da mulher: http://observatorio3setor.com.br/…/radio/direitos-da-mulher/
Marco Civil da Internet: http://observatorio3setor.com.br/media-center/radio/marco-civil-da-internet/

O Observatório do Terceiro Setor é um grupo de comunicação que visa promover a construção de uma sociedade mais justa, solidária e sustentável, por meio de seus canais: um programa na Rádio Trianon AM 740; um programa de televisão, exibido na TV Aberta São Paulo, nos canais 9 da NET, 8 da Vivo Fibra e 186 da Vivo; o portal e as mídias sociais, Facebook e Instagram. O objetivo é divulgar e promover o trabalho realizado por organizações não governamentais, associações e fundações que compõem o Terceiro Setor.

Ganhador do prêmio ‘Captador do Ano’ reconhece contribuição do IDIS

WalterUma das atividades previstas para o Festival ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos) é a premiação do Prêmio ABCR, que reconhece a excelência e a inovação de organizações e captadores. Na categoria Captador do Ano, o vencedor foi Walter Fernandes dos Santos Júnior, Gestor do Setor de Captação do Hospital de Base de S. J. Rio Preto – FUNFARME. Em seu discurso de agradecimento, Walter mencionou o IDIS por ter contribuído para o seu sucesso por meio do projeto de capacitação para captação de recursos para Santas Casas e hospitais beneficentes. Confira depoimento enviado por Walter Fernandes dos Santos Júnior ao IDIS:

“Realmente o curso promovido pelo IDIS fez toda diferença na realização do trabalho aqui no Hospital de Base de S. J. Rio Preto – FUNFARME. A experiência de todo pessoal, em destaque para o Dr. Marcos e o Marcelo, contribuíram muito com o trabalho. Quando fui convidado pelo hospital, em janeiro de 2015 para incrementar a área comercial, pude perceber que havia uma grande oportunidade de desenvolvimento, através da área de captação de recursos, até então não desenvolvida pelo hospital. Havia apenas uma pequena ação através do Pronon. Em busca de mais informações, pude conversar com o Eduardo, responsável à época, pela captação de recursos na PUC do Paraná em Curitiba.
Orientado, participei do Festival da ABCR em 2015 e a partir daí “o céu se abriu”. Na busca por mais detalhes, tudo que podia ler de artigos, ler livros, conversar com pessoas da área etc. eu fiz. O hospital não dispunha de recursos para implantar a área, foi então que pedi autorização para ir em busca deste recurso. Como conhecia D. Beny Verdi Hadad, “dona” da Rodobens, me dirigi até ela e mostrei o projeto, que explicava em poucas palavras, nossa intenção e o alcance e importância desta área no hospital. O quanto de pessoas poderia beneficiar. Fomos convidados a ir até São Paulo para explicar o projeto a seu irmão, Waldemar Verdi Jr., que é quem fica à frente dos negócios. Em 30 minutos de reunião, ela prontamente se dispôs a ser o “patrono” desta ação.
A partir daí começamos a estruturar melhor todas as ações que pretendemos implantar: leilões, telemarketing, NF paulista, incentivo fiscal, eventos institucionais etc. E claro, a captação direta junto às empresas que têm seu foco comercial no hospital, principalmente laboratórios. Utilizando da minha grande experiência comercial, esta é a área que mais estamos focando. O expertise dos orientadores do IDIS fez toda a diferença, pois orientava, além da estruturação da captação, principalmente em pequenos detalhes que podem ser a chave de fechamento, quando da solicitação de recursos à grande empresas. A linha tênue entre o sim e o não.
Espero que possamos estreitar mais nossa parceria e mais uma vez agradeço a oportunidade em dar este testemunho. Fica aqui minha admiração por vocês.” (Walter Fernandes, Gestor do Setor de Captação do Hospital de Base – S. J. Rio Preto/SP FUNFARME)

IDIS ministra Master Class em evento anual sobre captação de recursos

IMG_3234Em maio, O IDIS esteve presente no 8º o Festival ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos), evento dedicado a discutir a captação de recursos para organizações da sociedade civil. Foram três dias de evento, com mais de 100 horas de conteúdo total e participantes de todo o país. O IDIS participou em dois momentos, primeiramente na Master Class focada em captação de recursos para a área da Saúde e depois falando sobre o perfil do doador brasileiro.

No dia 4 de maio, o consultor estratégico, Marcos Kisil, e a gerente de negócios do IDIS, Andrea Hanai, ministraram a Master Class ‘Captação de Recursos para a Saúde’. Com cinco horas de duração o, a aula abordou o panorama da saúde e investimentos sociais na saúde no Brasil, o diagnóstico situacional, a elaboração do Plano de Captação de Recursos e os elementos críticos para a implantação do plano. A equipe do IDIS concebeu a aula a partir experiência de um grande projeto de Captação de Recursos, realizado em parceria com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp). Além da parte teórica, foram apresentados três cases: Santa Casa de Lençóis Paulistas, Fundação Zerbini e Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC).

E no dia 5 de maio, a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani, realizou a palestra ‘Entendendo o Doador Brasileiro – Resultados da 1ª Pesquisa Doação Brasil’. Na ocasião foram apresentados os resultados preliminares de uma pesquisa nacional que vai traçar o perfil do doador brasileiro, o contexto nacional, os resultados de diferentes pesquisas sobre diferentes doadores e um ranking do nível de solidariedade no mundo. Em parceria com outras organizações, o IDIS está realizando uma pesquisa nacional que vai mapear o comportamento do brasileiro em relação à doação. Os resultados servirão para nortear estratégias para promover a cultura de doação no Brasil.

Evento marca lançamento da Política Estadual da Primeira Infância no Amazonas

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O Governo do Estado do Amazonas e o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social lançaram, no dia 6 de maio, a Política Estadual da Primeira Infância na Assembleia Legislativa do Amazonas. Em março, o governador José Melo de Oliveira sancionou a Lei que instituiu o Programa Primeira Infância Amazonense.

A política estadual, aprovada pela Assembleia Legislativa do Amazonas, teve como inspiração o projeto Primeira Infância Ribeirinha (PIR), realizado pelo IDIS e seus parceiros: Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas e Fundação Amazônia Sustentável (FAS), com o apoio financeiro da Fundação Bernard van Leer. “O Programa Primeira Infância Amazonense surgiu de um projeto piloto inovador, realizado no Estado, com foco nas crianças que residem à beira dos rios da floresta tropical. Para nós esse é um exemplo perfeito que mostra como o terceiro setor pode ajudar a construir políticas públicas para o país”, destaca a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani.

O PIR tinha como objetivo promover a capacitação dos agentes comunitários de saúde em cinco municípios para que, durante as visitas domiciliares, orientassem as famílias sobre como cuidar das gestantes e das crianças pequenas. O projeto, então, passou por uma avaliação na qual ficaram bem claros os resultados obtidos. Diante disso, foi proposto ao Governo criar uma política pública para expandir esse atendimento a todos os municípios do Amazonas. O IDIS e seus parceiros redigiram uma proposta de lei. “A instituição da política de atenção integral à primeira infância é um projeto ousado, no qual nós iremos trabalhar para dar atenção integrada às crianças na faixa etária de 0 a 6 anos e vamos colher os frutos desse trabalho no futuro, pois as crianças crescerão com mais qualidade de vida e serão adultos mais saudáveis com certeza”, enfatiza o secretário de estado de saúde do Amazonas, Pedro Elias de Souza.

O Programa Primeira Infância Amazonense tem como objetivo garantir o desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da criança. Será coordenado em conjunto pelas Secretarias Estaduais de Saúde (Susam), Educação (Seduc), e de Assistência Social (Seas), e contará com o apoio da Universidade Estadual do Amazonas para sua implementação. Os municípios que quiserem aderir ao programa deverão assinar um Termo de Cooperação e se comprometer com a gestão municipal do programa. A parceria também inclui a sociedade civil, setor privado e outras redes e organizações.

 

Equipe do IDIS recebe formação sobre o Marco Regulatório do Terceiro Setor

IMG_20160420_092152590_HDREm abril a equipe do IDIS assistiu a uma aula sobre as recentes alterações na legislação do Terceiro Setor conhecida como o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (OSC). A aula foi ministrada pela advogada Priscila Pasqualin Afonso de Souza na sede da PLKC Advogados.

Aprovada em dezembro de 2015, a Lei 13.204/2015 trouxe importantes alterações ao texto da Lei 13.019/2014 – que trata das parcerias entre Poder Público e OSCs – e também altera outras leis, com relevantes impactos para as organizações. Com sua nova redação, a Lei 13.019/2015 entrou em vigor em 23 de janeiro de 2016 nos âmbitos da União, Estados e Distrito Federal. Para os Municípios, porém, foi estabelecido o início de sua vigência para 1° de janeiro de 2017.

A aula destacou algumas das principais mudanças trazidas pela nova legislação. Uma delas foi a ampliação do conceito de OSC para efeito da lei, que passa a se aplicar também às parcerias firmadas pelas cooperativas solidárias e pelas organizações religiosas que se dediquem a atividades de cunho social.

De acordo com a advogada, a nova legislação traz novas diretrizes, mas também desafios. Entre desafios estão a priorização do controle de resultado por parte das OSCs e a sensibilização, a capacitação, o aprofundamento e o aperfeiçoamento do trabalho de gestores públicos na implementação de atividades e projetos de interesse público e relevância social com OSC.

Priscila Pasqualin Afonso de Souza é especialista em Direito para o Terceiro Setor, há mais de 15 anos presta assessoria jurídica tributária, societária, contratual e regulatória a organizações sem fins lucrativos. É membro do Conselho Fiscal do IDIS desde 2015.

Populações em movimento: tema do Global Philanthropy Forum e desafio para toda a humanidade

Por Paula Fabiani

O mundo nunca teve tantos movimentos migratórios como nos dias de hoje. Sessenta milhões de pessoas estão longe de suas casas, vinte milhões estão fora de seus países e, só no ano passado, 1,5 milhão de imigrantes desembarcaram nas areias ou cruzaram as fronteiras da Europa, de acordo com dados da ONU.

Toda essa população precisa de casa, comida, educação e trabalho. Perderam tudo o que tinham e o que lhes resta é a esperança de um futuro melhor. O drama dessas famílias e o desafio dos países que as acolhem foram o tema do Global Philanthropy Forum deste ano, que terminou na quarta-feira, dia 6 de abril, em San Francisco, na Califórnia, EUA.

O evento reuniu os mais diversos olhares, desde o ministro da Educação do Líbano, que falou sobre as dificuldades de seu país, ao receber mais de 400 mil crianças sírias que precisam ir para a escola, até o depoimento de um ex-refugiado da guerra civil do Burundi, que chegou a viver como sem-teto no Central Park, em Nova York, e hoje em dia coordena uma organização sem fins lucrativos que presta serviços médicos às populações mais vulneráveis de sua pátria.

Durante os três dias do Fórum, painéis discutiram temas como urbanização e infraestrutura, recolocação profissional, e mesmo como evitar que as condições precárias de vida acabem contribuindo para o aliciamento de jovens por organizações terroristas. Uma tônica comum aos vários palestrantes é a preocupação com estes imigrantes. Se eles representam o principal foco de insatisfação e rebeldia, também podem ser o elemento de integração, se tiverem suas opiniões ouvidas e seus apelos considerados.

O presidente da Open Society, a organização fundada pelo megainvestidor George Soros, que defende o estabelecimento de democracias vibrantes e tolerantes ao redor do mundo, propôs a criação de uma aliança global para apoiar processos migratórios. O tamanho do desafio requer uma ação mundial e que envolva todos as esferas da sociedade.

Atualmente, um refugiado fica, em média, 17 anos fora de seu país. Existem muitos que fogem crianças e só conseguem voltar já casados e com filhos. A dificuldade de melhorar as condições de vida dessas pessoas é imensa, e remete um pouco às condições que os imigrantes bolivianos enfrentam no Brasil, trabalhando em condições sub-humanas, vivendo em cortiços, sem acesso a serviços básicos.

A boa notícia é que muitas iniciativas inovadoras que estão surgindo para um melhor acolhimento da massa de refugiados poderão ser adaptadas e levadas para o Brasil, entre elas as que criam escolas utilizando a mão de obra dos próprios imigrantes, preservando suas culturas originais e ajudando-os a adaptar-se ao seu novo universo.

O tema seguramente fará parte da 5ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, a versão brasileira do Global Philanthropy Forum, que ocorrerá em outubro no Brasil, quando nossos filantropos e investidores sociais discutirão sua contribuição para construir novos caminhos para o capitalismo, nos quais a ética e a responsabilidade cidadã façam parte das relações das empresas com o governo e com a sociedade.

Após os três dias de debate no Global Philanthropy Forum, todos concordaram que esse é um dos maiores desafios que a filantropia já enfrentou. Nunca tantas pessoas, em um espaço de tempo tão curto, passaram a precisar de ajuda humanitária. Portanto, a solução terá contar com a força de todos os setores. A comunidade filantrópica fez um apelo para que os governos sejam mais abertos e para que a iniciativa privada também contribua para a solução de um problema que não é de um povo ou de um país, mas do mundo todo.

Paula Fabiani é diretora-presidente do IDIS 

Artigo publicado na Folha de S. Paulo em abril de 2016

Populações em movimento: tema do Global Philanthropy Forum e desafio para toda a humanidade

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A coluna Empreendedor Social, da Folha de S. Paulo, publicou um artigo da diretora presidente do IDIS, Paula Fabiani, fazendo um balanço do Global Philanthopy Forum 2016.

Confira: http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/colunas/2016/04/1758095-populacoes-em-movimento-tema-do-global-philanthropy-forum-e-desafio-para-toda-a-humanidade.shtml

IDIS participa de discussões sobre cultura de doação e avaliação de impacto no Congresso GIFE

IMG_2968Em março, o IDIS foi convidado a relatar suas experiências em dois encontros temáticos realizados dentro da programação aberta do Congresso GIFE. A presidente do IDIS, Paula Fabiani, participou do encontro Retorno financeiro do Investimento social: metodologias para medir impacto para o negócio e para a sociedade ao lado do Instituto Votorantim, Fundação Bunge e da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). O objetivo da sessão foi apresentar metodologias de avaliação a partir de cases concretos de aplicação e influenciar um novo olhar sobre os impactos no desenvolvimento da sociedade e na tomada de decisão do negócio para suas prioridades de investimento social. Paula Fabiani apresentou o potencial do Retorno Social do Investimento (SROI), uma metodologia trazida para o Brasil pelo IDIS que faz uma avaliação completa dos impactos sociais do projeto sobre todos os envolvidos. “O SROI permite atribuir valores financeiros aos benefícios, de modo a poder comunicar os resultados de uma maneira mais facilmente compreensível para financiadores ligados ao setor privado. É uma ferramenta criteriosa e útil”, aponta Paula.

A diretora de Comunicação e Relações Institucionais do IDIS, Andrea Wolffenbüttel, apresentou os resultados preliminares da Pesquisa Doação Brasil no encontro Culturas de doação: práticas e aprendizados, moderada pelo WINGS e com a participação de outras organizações internacionais. O objetivo foi aprofundar o conhecimento sobre cultura de doação em diversos países dentro de um contexto de mudança de entendimento de Investimento Social Privado (ISP) e filantropia.  Esta sessão faz parte de uma discussão global para identificar tendências e documentar casos, em um esforço conjunto para avançar na compreensão sobre o ISP em suas diferentes formas. “Em parceria com outras organizações, o IDIS está realizando uma pesquisa nacional que vai mapear o comportamento do brasileiro em relação à doação. Os resultados servirão para nortear estratégias para promover a cultura de doação no Brasil”, informa Andrea.

O Congresso GIFE é um encontro sobre investimento social e reúne lideranças de investidores sociais do país, além de dirigentes de organizações da sociedade civil, acadêmicos, consultores e representantes de governos, proporcionando um espaço para aprendizado, relacionamento e troca de experiências. Neste ano, o Congresso foi realizado em São Paulo entre os dias 30 de março a 1º de abril tendo como tema central o sentido público do investimento social privado.

Projeto do IDIS de proteção integral à Primeira Infância inspira política pública no Amazonas

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Em março, o governador do Estado do Amazonas,  José Melo de Oliveira, sancionou a Lei que instituiu o Programa Primeira Infância Amazonense (PIA). A política estadual, aprovada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), teve como base o projeto Primeira Infância Ribeirinha (PIR).  Realizado pelo IDIS e seus parceiros (Secretaria de Saúde do Amazonas, Fundação Bernard van Leer e Fundação Amazônia Sustentável) desde 2012, o PIR é voltado para a melhoria das condições de vida de gestantes e crianças de 0 a 6 anos em comunidades ribeirinhas amazonenses.

No dia 17 de fevereiro, a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani, e o consultor estratégico, Marcos Kisil, estiveram em reunião com o governador do Amazonas e o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, para discutir a aprovação da Política.

O Programa Primeira Infância Amazonense (PIA) tem como objetivo garantir o desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da criança. Será coordenado em conjunto pelas Secretarias Estaduais de Saúde (Susam), Educação (Seduc), e de Assistência Social (Seas). Os municípios que quiserem aderir ao programa deverão assinar um Termo de Cooperação e se comprometer com a gestão municipal do programa. A parceria também inclui a sociedade civil, setor privado e outras redes e organizações.

Entre as metas do PIA estão: apoiar as estratégias para garantir a universalização da educação infantil; fomentar e estimular a oferta de ações e serviços para famílias com crianças de até 6 anos de idade em situação de vulnerabilidade social; apoiar políticas públicas que promovam ações integradas para a saúde da gestante e da  criança até os 6 anos de idade, em todos os níveis de atenção; e promover estratégias para redução dos índices de desnutrição.

De acordo com texto divulgado pela Aleam, o Amazonas é o segundo Estado brasileiro a aprovar uma política específica para o desenvolvimento integral da criança – da gestação aos 6 anos de idade.

Entre os diversos projetos para 2016, o IDIS irá realizar ações com foco na cultura de doação e na avaliação de projetos sociais

10492333_1711380795763765_6379095451445460814_nApesar das preocupações com o ano de 2016, o IDIS já tem vários projetos em andamento e outros que serão implantados nos próximos meses. “O ano de 2016 será muito difícil para todos os setores e o setor sem fins lucrativos sofre ainda mais. Apesar deste cenário estamos com diversas frentes em andamento que certamente renderão bons frutos para o setor social”, afirma a diretora presidente do Instituto, Paula Fabiani. Ela conta quais serão as principais novidades em 2016. Confira!

Cultura de Doação

Em abril, será lançada uma pesquisa que vai traçar o perfil do doador e do não-doador brasileiro. Com base nesse estudo, intitulado Pesquisa Doação Brasil, vamos fazer uma campanha para uma cultura de doação. A etapa de “campo” ou quantitativa da pesquisa teve início agora em março. Um time de cerca de 20 profissionais do Instituto Gallup – responsável pelo levantamento de dados – irá entrevistar mil doadores e mil não doares de todo o Brasil e traçar um perfil do comportamento e das motivações de cada um. Ainda com foco no estímulo a uma cultura de doação pretendemos desenvolver também em 2016 uma plataforma de doação via desconto na folha de pagamento.

A pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS, em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Uma sequência de encontros de trabalho foi realizada envolvendo representantes de organizações da sociedade civil, universidades, mídia, fundações e redes e associações de classe ligadas aos temas de cultura de doação e captação de recursos. O resultado final da pesquisa será difundido abertamente para todos os interessados, com intuito de fortalecer a cultura de doação no país e contribuir na capacitação da sociedade na captação de recursos.

Encontro anual

No segundo semestre vamos realizar a quinta edição do Fórum de Filantropos e Investidores Sociais. O tema para este ano de 2016 é o Novo capitalismo: sonho ou realidade. O Fórum é uma iniciativa conjunta do IDIS e do Global Philanthropy Forum (GPF). O objetivo é oferecer um espaço exclusivo para a comunidade filantrópica reunir-se, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica na promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira.

Avaliação de projetos sociais

Vamos lançar em breve um manual e iniciar um curso sobre uma metodologia que trouxemos para o Brasil. Internacionalmente reconhecido, o método Social Return On Investment (SROI) determina o retorno social de uma intervenção/organização social através da comparação entre o valor dos recursos nela investidos e o valor do impacto social gerado. O curso será o primeiro no Brasil dessa metodologia.

Assista o vídeo com a diretora presidente do IDIS, Paula Fabiani:

https://www.facebook.com/IDISNews/videos/1713945398840638/

 

Programa do IDIS de proteção à infância no Amazonas vai tornar-se política pública

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Iniciado há três anos pelo IDIS e pela Fundação Bernard Van Leer, o programa Primeira Infância do Amazonas (PIA) está cada vez mais próximo de se tornar política pública e alcançar todas as crianças do Estado. O Governador do Amazonas, José Melo de Oliveira, assinou no dia 24 de fevereiro, a Política Estadual para a Primeira Infância no Estado tendo como base o PIA. O projeto agora segue para a Assembleia e deve ser, em breve, aprovado.

No dia 17 de fevereiro, a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani, e o consultor estratégico, Marcos Kisil, estiveram em reunião com o governador do Amazonas e o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza (foto), para discutir a aprovação da Política. O Primeira Infância do Amazonas surgiu de um projeto piloto inovador realizado no Estado tendo como foco crianças até 3 anos residindo à beira dos rios da floresta tropical. Foi a partir dessa experiência, que o IDIS começou a mobilização por uma política pública estadual para a Primeira Infância.

Depois da etapa dedicada às comunidades ribeirinhas, o PIA agora começa a atuar em Borba, município localizado cerca de 200 km ao sul de Manaus. O objetivo, neste momento, é levar até a cidade as tecnologias sociais testadas pela Fundação Banco do Brasil para resolver os problemas mais graves da Primeira Infância. Sofia Rebehy, analista do IDIS, visitou Borba na segunda semana de fevereiro para elaborar um diagnóstico da realidade local e indicar quais os principais problemas a serem atacados. “Existem diversas questões que merecem atenção, mas a questão da falta de saneamento básico é crítica e está provocando seríssimos quadros de diarreia entre a crianças pequenas. E eu percebi que os pais não têm consciência da conexão entre os problemas de saúde e as fossas a céu aberto”, relatou. Esta fase do PIA conta com o apoio da Fundação Banco do Brasil, da Secretaria de Saúde do Amazonas (SUSAM), da Universidade do Estado do Amazonas e da Secretaria Municipal de Saúde de Borba.

 

Artigo publicado na Folha de S. Paulo aborda a cultura de doação

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“Como se comportam doadores do Brasil e do mundo”, foi o tema de um artigo escrito pela diretora presidente do IDIS, Paula Fabiani, e publicado na coluna Empreendedor Social do jornal Folha de S. Paulo. A partir de um webinar realizado pelo WINGS (Worldwide Initiatives for Grantmaker Support), Paula fala da experiência de vários países e da realidade brasileira.

Vale a leitura pelo link:
http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/colunas/2016/02/1740055-como-se-comportam-doadores-do-brasil-e-do-mundo.shtml

Aprendendo a cuidar bem do dinheiro

Antes de encerrar 2015, o IDIS teve o prazer de comemorar, junto com 31 jovens aprendizes do CEPAC, Associação para Proteção das Crianças e Adolescentes, de Barueri, a conclusão de um projeto de educação financeira, realizado em parceria com a Victoire Brasil Investimentos

Em 2013, a Victoire procurou o IDIS interessada em fazer algum tipo de Investimento Social Privado, mas sem ter um foco definido. Depois de muito trabalho e reflexão, ficou clara a vocação da investidora para compartilhar seu conhecimento sobre gestão de recursos e foi concebido o projeto de educação financeira para jovens que estão entrando na vida profissional, buscando gerar inclusão econômica e social através de práticas de uso consciente do dinheiro e hábitos financeiros saudáveis

No ano antepassado foi feito o projeto-piloto e, em 2015, a capacitação foi realizada diretamente por uma professora especializada, selecionada pelo IDIS, e com o apoio de funcionários da Victoire que foram mentores dos alunos, todos moradores do Parque Imperial, um bairro popular de Barueri, na região metropolitana de São Paulo.

Ao final do curso, que durou quatro semanas, as aulas da professora receberam nota 9,39 por parte dos alunos e todos eles afirmaram que os conteúdos aprendidos contribuirão para suas vidas profissionais. O item mais apreciado foram as dinâmicas desenvolvidas durante as aulas seguidas da Planilha de Orçamento Mensal, que é oferecida. Cem por cento dos pais dos alunos disseram que os filhos apresentaram uma melhora em relação à gestão de suas finanças a partir do início do curso. Já o modelo de mentoria online realizada de forma voluntária pelos funcionários da Victoire, atendeu às expectativas de dois terços do aluno, enquanto o um terço restante esperava mais dessa interação, o que mostra que o modelo ainda precisa ser aprimorado.

Se tudo correr de acordo com o desejo de André Caminada, gestor da Victoire, em 2016, o IDIS terá oportunidade de fazer os ajustes necessários, já que, ao final do projeto, Caminada enviou a seguinte mensagem: “Agradeço ao IDIS e à equipe envolvida, por todo o apoio e pela ajuda para ajustar o projeto ao orçamento que tínhamos. Espero nos vermos em 2016 na continuação desse projeto”.

Etapa qualitativa da Pesquisa Doação Brasil aponta tendências

Os brasileiros demonstram menos sensibilidade às causas ambientais. Esta é uma das tendências que indicam os resultados preliminares de uma pesquisa que pretende traçar o perfil do doador brasileiro. Em sua primeira etapa, com dez grupos focais de três cidades distintas, os participantes demonstraram maior simpatia pelas causas envolvendo crianças, idosos, educação, saúde e geração de emprego. Temas como dependência química, proteção aos animas e apoio ao esporte foram recebidos de formas bem diversas. Enquanto alguns participantes rejeitaram fortemente, outros, em sua maioria os que já tiveram algum contato com esse tipo de problema, demonstraram grande apoio. A surpresa maior foi o baixo entusiasmo pelas causas ambientais, exceto pelo grupo mais jovem, os demais não listaram a defesa do meio ambiente como uma de suas causas favoritas. Mas todas essas tendências ainda serão checadas e confirmadas na etapa qualitativa da pesquisa.

 

 

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS, em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Uma sequência de encontros de trabalho foi realizada envolvendo representantes de organizações da sociedade civil, universidades, mídia, fundações e redes e associações de classe ligadas aos temas de cultura de doação e captação de recursos.

O resultado final da pesquisa será difundido abertamente para todos os interessados, com intuito de fortalecer a cultura de doação no país e contribuir na capacitação da sociedade na captação de recursos.

 

Marcos Kisil propõe fundação comunitária para futuro de Mariana

A tragédia que assolou o município mineiro de Mariana, em Minas Gerais, com o rompimento da barragem de Fundão, da empresa Samarco, causando um tsunami de lama e devastando tudo o que encontrou pela frente, gerou uma série de discussões sobre as causas e uma onda de solidariedade que mobilizou o país. Diante deste cenário e avaliando a situação com um olhar no futuro, o fundador do IDIS e consultor estratégico, Marcos Kisil, escreveu um artigo que propõe um novo modelo de gestão para os recursos que serão destinados à reconstrução de Mariana e das cidades que praticamente desapareceram. O texto foi publicado no portal do Estadão. Marcos Kisil fala sobre a criação de uma Fundação Comunitária, um tema ainda inédito nos debates atuais.

Confira a íntegra do texto clicando aqui.

Tragédia Mariana - Antonio Cruz - Agência Brasil

Antonio Cruz/Agência Brasil

 

 

 

 

 

Paula Fabiani e Heródoto Barbeiro conversam sobre Filantropia

A criação de uma cultura de doação no Brasil vai ganhando espaço na pauta. Um esforço que tem no IDIS um braço importante. A presidente do Instituto, Paula Fabiani, esteve, no final do ano passado na Record News. Num bate papo com o apresentador Heródoto Barbeiro, esse foi um dos temas. Além disso, as doações, os impostos que impactam o setor, o futuro da filantropia, as leis de incentivo e os cases de sucesso foram tema da conversa.

Clique aqui para assistir à entrevista.

 

Heródoto e Paula Fabiani

 

 

Filantropia em tempos de crise

Logo Fórum 2015O IDIS realizou, em novembro deste ano o IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, cujo tema transversal foi “Filantropia em tempos de crise”. Um tema atual tratado com um olhar diferente. Tivemos um dia inteiro de discussões sobre como investidores sociais podem usar seus recursos e experiências bem sucedidas para ajudar o Brasil a sair fortalecido do difícil momento que está atravessando.  O sucesso do Fórum e a presença de tantos parceiros e pessoas interessadas em fazer o bem só reforça o nosso desejo de trabalhar, cada vez mais, pelo resgate de valores no país.

Veja aqui a opinião de alguns palestrantes.

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A exceção que virou regra

Logo Fórum 2015A diretora -presidente do IDIS, Paula Fabiani, chamou empresários e filantropos para se unirem contra a crise e por um país mais correto e justo. Paula, no seu discurso de boas-vindas ao IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, lembrou que o momento pelo qual passamos requer atenção não apenas pelas questões econômicas, mas pela exposição global de práticas das quais não temos motivos para nos orgulhar. A corrupção endêmica praticamente, é o oposto do que ser quer para o país.

“Hoje a exceção virou regra”, lembrou a presidente, que alertou que os filantropos não podem assistir quietos os agravamentos sociais e as rupturas de valores que estamos presenciando, e que é preciso, mais do que nunca, a união de forças.

 

Assista à mensagem de Paula Fabiani

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Como e o que pensam os jovens filantropos

Logo Fórum 2015O que as novas gerações estão trazendo em termos de transformação para a filantropia brasileira? O que pensam esses jovens que estão hoje à frente de instituições sejam mais antigas ou que surgiram mais recentemente, mas que têm um forte viés familiar? Como mudar e trazer novas ideias e enfrentar os desafios para seguir adiante e ao mesmo tempo resgatar valores importantes que se perderam diante da atual crise que vivemos?

Esses temas foram debatidos no painel “O olhar da próxima geração de filantropos”, durante o IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais . O mediador foi o Secretário Geral do GIFE, André Degenszajn, que recebeu Inês Mindlin Lafer, diretora do Instituto Betty e Jacob Lafer, Eduarda Penido Della Vecchia, diretora da Fundação Lúcia e Pelerson Penido e Raphael Klein, fundador do Instituto Samuel Klein.

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Grandes filantropos, grandes palestras

Logo Fórum 2015O tema proposto pelo IDIS neste IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, ‘Filantropia em Tempos de Crise’, suscitou muitas discussões sobre o futuro das instituições filantrópicas, sobre o papel das novas gerações de filantropos e o poder de mobilização da sociedade para ajudar mudar o cenário do Brasil em um momento de crise como o atual. Como bem disse a diretora do Global Philanthropy Forum, Suzy Antounian, “…nas crises surgem oportunidades para mudanças estratégicas”.  Aqui estão algumas das questões levantadas durante o encontro para a nossa reflexão e que mostram os desafios que temos pela frente não apenas para superar as adversidades, mas também para buscarmos a consolidação de uma cultura de doação no país.

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Daniel Feffer, vice-presidente da Suzano Holding: “Empresas que estão começando agora dificilmente se preocupam com responsabilidade social. Elas precisam se sustentar primeiro”, diz Feffer.

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Afonso Carrillo, filantropo guatemalteco e fundador do do Movimento MelmportaGuate, se mostrou encantado com o Brasil. “É um grande povo, um país maravilhoso …não podemos esperar por novas crises. É hora de agir, mas sei que não é fácil. Temos que resgatar valores e princípios”.

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Elie Horn, presidente do Instituto Cyrela, falou sobre como promover a filantropia: “Conscientizando os ricos. Sem dinheiro não se faz nada”.

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Guilherme Leal, co-presidente do Conselho da Natura, disse que um dos problemas que enfrentamos, é que o Brasil não estimula você a ser filantropo: “A filantropia é essencial, mas é absolutamente insuficiente”, diz. “O que faz um jovem mudar o rumo da vida? É querer ser milionário. Isso é muito pouco!”.

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1º de dezembro é o Dia de Doar

Cartaz Dia de Doar

 

O primeiro dia do mês de dezembro deste ano será o Dia de Doar. Um dia especialmente dedicado para que as pessoas prestem atenção a todas as possibilidades existentes para se fazer uma doação a alguém ou a alguma organização necessitada. Pode ser doação em dinheiro, pode ser doação de tempo, de atenção, de carinho. O importante é doar algo para transformar a vida do outro e para transformar o entorno em um lugar mais acolhedor para todos.

O site www.diadedoar.org.br tem sugestões de ações para indivíduos, empresas, governo e organizações não governamentais. O IDIS produziu material de divulgação do Dia de Doar e doou boa parte para a Associação Brasileira de Captadores de Recursos, que visitou várias cidades brasileiros convidando todos a aderir à data.

Não deixe o Dia de Doar passar em branco! Ainda dá tempo!

 

 

Brasil perde 15 posições no ranking mundial de solidariedade

O estudo anual World Giving Index, da Charities Aid Foundation (CAF), mostra que cada vez menos brasileiros doam dinheiro ou tempo de voluntariado para ajudar boas causas, apesar da quantidade de brasileiros que ajudam pessoas desconhecidas ter registrado um discreto crescimento em 2014, subindo de 40% em 2013 para 41% no ano passado, o que representa um acréscimo de cerca de 2,5 milhões de pessoas.

O World Giving Index, divulgado no Brasil pelo IDIS, é um estudo anual sobre o comportamento global de solidariedade baseado em pesquisas realizadas em 145 países, analisando três indicadores de doação: a porcentagem de pessoas que fizeram doações em dinheiro, dedicaram tempo de voluntariado e ajudaram um desconhecido no último mês anterior à pesquisa. O Brasil caiu 15 posições no índice, saindo da 90ª para a 105ª posição.

Gráfico WGI 2015 Brasil

Para a presidente do IDIS, Paula Fabiani, ainda há um longo caminho a percorrer até que a doação no Brasil alcance níveis de países similares ao nosso. “Em virtude da situação econômica, é provável que as pessoas sintam que têm menos tempo e dinheiro para doar”, diz Paula.

Em 2014, uma em cada cinco pessoas (20%) afirmou ter doado dinheiro no Brasil. Isso é menos do que os 22% de 2013 e é a porcentagem mais baixa registrada nos últimos seis anos. Os brasileiros com 50 anos ou mais continuam sendo os mais propensos a doar, apesar do segmento ter registrado queda no ano passado. Já entre os mais jovens, que são o grupo menos propenso a doar, o percentual de doadores está aumentando.

Clique aqui para acessar a íntegra do relatório World Giving Index 2014-15.

Campanha de crowdfunding para Pesquisa Doação Brasil termina com sucesso

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NOSSO MUITO OBRIGADO A TODOS OS QUE PAGARAM PARA VER!

Depois de 60 dias no ar, a campanha de crowdfunding ‘Você paga para ver?’ terminou com sucesso e atingiu a meta de arrecadar 50 mil reais. Criada para complementar os recursos necessários para a realização de uma pesquisa sobre doação no Brasil, a campanha, veiculada na plataforma Juntos.com.vc, mostrou que o tema ainda não sensibiliza muito o público, e foi necessário o apoio de grandes doadores para alcançar o valor estipulado, o que contraria um pouco o espírito do crowdfunding.

Mesmo assim, estamos muito contentes. Foram 84 doadores, majoritariamente pessoas físicas, que atenderam ao convite de contribuir com para a pesquisa. O crowfunding contou com o apoio o Instituto Arapyaú, que se comprometeu a dobrar o volume de doações, ou seja, ao final, foram captados 100 mil reais.

Com o sucesso desta etapa, foi possível contratar o Instituto Gallup para começar os trabalhos da pesquisa, cuja etapa qualitativa estará concluída ainda em 2015.

O IDIS agradece a todas aquelas pessoas que confiaram no projeto da Pesquisa Doação Brasil e doaram recursos para que a ele se torne realidade e seja o primeiro passo para o desenvolvimento de uma grande campanha pela cultura de doação no Brasil!

 

 

Missão cumprida em 2015 para o projeto das Santas Casas

Vídeo Santas CasasO presidente da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado do São Paulo), Edson Rogatti, avaliou que a parceria com o IDIS foi positiva e que todas as Santas Casas devem mostrar os resultados do Projeto de Captação de Recursos. Ele fez esta declação em discurso no evento de encerramento do projeto no Hotel Royal Palm, em Campinas, no dia 16 de novembro. Rogatti ponderou que “o projeto trouxe mais um mecanismo para manter os hospitais com as portas abertas”.

A presidente do IDIS Paula Fabiani agradeceu à Fehosp e à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo pelo desenvolvimento do projeto e lembrou que “as áreas de captação de recursos devem sempre repensar, buscar o processo de troca e achar caminhos para o desenvolvimento junto com a comunidade”.

O fundador e consultor estratégico do IDIS Marcos Kisil comentou que a equipe do Instituto percorreu mais de 10 mil quilômetros para atender todas as Santas Casas que participaram do projeto. “O trabalho de logística foi enorme, mas esse é um projeto de capacitação que veio pra ficar. É para a vida de cada hospital”.

De janeiro a outubro, foram realizadas oficinas em 11 municípios onde as Santas Casas respondem mais da metade dos 65 mil leitos existentes. Os consultores do IDIS fizeram 300 visitas para orientar todos os hospitais na elaboração do projeto. A meta total de captação de recurso de todas as instituições envolvidas é de R$ 92.920.600.

Clique aqui e assista aqui ao vídeo que conta um pouco dessa história.

 

Vamos fazer uma pesquisa juntos?

 

Cover_Juntos2Desde o dia 8 de setembro está no ar uma campanha de crowdfunding (financiamento coletivo), lançada pelo IDIS, para captar recursos para a realização de uma pesquisa para identificar o perfil do doador brasileiro.

Até hoje, não se sabe quanto os brasileiros doam, para quais causas ou por quais motivos. Sem essas informações básicas, é difícil trabalhar por uma cultura de doação.

A pesquisa também vai tentar descobrir por que as pessoas não doam e o que poderia fazê-las mudar de ideia.

Tudo isso vai nos ajudar a entender como criar um Brasil mais solidário e uma sociedade mais proativa na solução de seus próprios problemas.

Mas para que possamos fazer a pesquisa e descobrir como é o doador brasileiro, precisamos de recursos. Já conseguimos o apoio do Instituto Arapyaú, que está fazendo um matching fund e, para cada real captado na plataforma de crowdfunding, ele vai doar outro real.

Junto conosco, tem muita gente que está construindo esta pesquisa, cada um com um jeito de colaborar: o Instituto C&A, o Movimento por uma Cultura de Doação, a Associação Brasileira dos Captadores de Recursos e o Gife, entre outros.

Você vem com a gente? Você paga para ver a ‘cara’ do doador brasileiro?

Como garantir a sustentabilidade financeira de organizações filantrópicas e educacionais

Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, a advogada Maria Lúcia de Almeida Prado e Silva fala sobre a importância do Brasil ter uma regulamentação para os fundos patrimoniais vinculados e menciona o IDIS como um dos principais defensores desta causa.

 

FUNDOS PATRIMONIAIS VINCULADOS

Por Maria Lúcia de Almeida Prado e Silva

Artigo publicado originalmente no jornal Valor Econômico em 18 de setembro de 2015

Dois projetos de lei, um de autoria da deputada Bruna Furlan, tendo como relator o deputado Paulo Teixeira, que tramita na Câmara (PL nº 4643/2012), e outro de autoria da senadora Ana Amélia, tendo como relatora a senadora Simone Tebet (PLS nº 16/2015), em trâmite no Senado, buscam regulamentar a criação e o funcionamento de Fundos Patrimoniais Vinculados (FPVs) e concedem benefícios fiscais para as pessoas físicas e jurídicas que tenham interesse em fazer doações aos referidos fundos.

As estruturas de fundos patrimoniais, denominados “endowments” nos EUA e no Reino Unido, existem há séculos e movimentam bilhões de dólares em prol do social. França, Rússia, Índia, República Tcheca, México e China reconhecem os fundos patrimoniais em suas legislações como estruturas para o desenvolvimento social e ambiental do país.

No Brasil, ainda, necessitamos de mecanismos que promovam a sustentabilidade financeira das entidades filantrópicas e educacionais no longo prazo. Os FPVs poderiam ser o veículo para tanto.

Necessitamos de mecanismos que promovam a sustentabilidade de entidades filantrópicas e educacionais

Em outras palavras, os FPVs seriam constituídos para apoiar as atividades de interesse público exercidas por fundações e associações, incluindo instituições de ensino superior, públicas ou privadas. Receberiam e administrariam os recursos provenientes de doações feitas por pessoas físicas e jurídicas, as quais obteriam, em contrapartida, incentivos fiscais, e de outras fontes, dentro de determinadas regras.

Considera-se prever expressamente no Código Civil a figura dos Fundos Patrimoniais Vinculados, como pessoa jurídica de direito privado, com regras específicas de constituição, administração, gestão de recursos, práticas de transparência e dissolução e liquidação.

Para os FPVs que detiverem receita bruta anual ou ativo total superior a determinados valores prevê-se a obrigatoriedade de instituição de conselho de administração e de um comitê de investimentos a ser composto por três membros, que tenham notório conhecimento e experiência no mercado financeiro e de capitais para apoiar a sua gestão. Em adição, para FPVs com patrimônio superior a certo valor prevê-se a obrigatoriedade de auditoria externa independente.

O substitutivo apresentado pelo deputado Paulo Teixeira à Comissão de Finanças e Tributação (CFT), prevê que o FPV destinará à entidade vinculada os rendimentos auferidos pelo seu patrimônio, descontada a inflação do período e, em casos excepcionais, prevê que o fundo poderá destinar à entidade vinculada até 5% do patrimônio do início de cada exercício, mediante parecer favorável de todos os membros de seu órgão máximo de administração.

Da mesma forma, estabelece que o percentual de uso de recursos provenientes de doações recebidas durante o exercício será admitido até o percentual de 20% condicionada à deliberação favorável de todos os membros do conselho de administração.

Veda-se ao fundo patrimonial vinculado a prestação de garantias em benefício da entidade vinculada ou de seus credores, dirigentes e empregados.

Destaca-se que, de acordo com o citado projeto, em caso de dissolução ou extinção de entidade vinculada por um FPV, este passará a apoiar outra entidade com objetivos similares e, na hipótese de extinção do fundo o seu patrimônio líquido será destinado à entidade vinculada ou a outro FPV com objetivos similares, ambas as decisões, por deliberação unânime do seu órgão de administração máximo (do conselho de administração ou diretoria). Estabelece-se ainda que as doações a FPV não poderão ser revogadas por ingratidão do donatário, ou por inexecução de encargo.

Com relação aos incentivos fiscais, prevê o referido substitutivo, a partir da promulgação da lei que vier a ser aprovada, e durante cinco anos, a possibilidade de dedução do imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual para as doações feitas no ano calendário anterior, realizadas por pessoas físicas e jurídicas para: (associações ou fundações, constituídas no Brasil e devidamente inscritas e com regularidade de prestações de contas de suas atividades junto ao Cadastro Nacional de Entidades Sociais do Ministério da Justiça; fundos patrimoniais a elas vinculados, constituídos no Brasil e devidamente inscritos no Cadastro Nacional de Entidades Sociais do Ministério da Justiça; FPV à universidade ou instituição de ensino superior, sejam elas públicas, privadas ou confessionais, constituídos no Brasil e devidamente inscritos no Cadastro Nacional de Entidades Sociais do Ministério da Justiça (6% do imposto devido pela pessoa física e 2% do lucro operacional da pessoa jurídica).

Espera-se que a regulamentação dos fundos patrimoniais, projeto elaborado pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, incentive uma cultura de filantropia sustentável no país, com segurança jurídica e transparência, promovendo o desenvolvimento social.

Maria Lúcia de Almeida Prado e Silva é sócia e responsável pela área societária do escritório Demarest Advogados

 

Um Norte para a Primeira Infância

CabeçalhoProver os cuidados necessários para o desenvolvimento saudável de uma criança pequena é sempre complexo, mas quando falamos de regiões menos favorecidas, com baixa densidade populacional e com obstáculos naturais quase intransponíveis, trata-se de um grande desafio. Essa é a realidade da região Norte do Brasil, com territórios imensos, cobertos por florestas e rios, e uma população que está quase sempre longe dos serviços básicos.

Para discutir os esforços pela primeira infância no Estado do Amazonas e região Norte e enfatizar as políticas públicas federais e estaduais e as estratégias e desafios locais, é que o IDIS, a Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (Susam) e a Universidade do Estado de Amazonas (UEA) organizaram o Seminário Um Norte para a Primeira Infância, que acontecerá no dia 22 de outubro, na UEA, em Manaus,

O evento abordará como porque investir na primeira infância; programas e políticas de primeira infância; e tentará traçar um mapa da primeira infância. O seminário contará com representantes do poder público, da sociedade civil e de organismos internacionais comprometidos com a primeira infância como Ricardo Paes de Barros, pesquisador e professo do Insper, Paulo Bonilha, coordenador da Área da Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde; Marcos Kisil, fundador e conselheiro do IDIS; e Vital Didonet, assessor da Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar (OMEP); entre outros.

Na ocasião também ocorrerá o lançamento do livro ‘Primeira Infância: Panorama, Análise e prática’, que conta o processo de criação da Política Pública para Primeira Infância Amazonense.

Para aqueles que não puderem comparecer, mas queiram assistir, o seminário será transmitido ao vivo, a partir das 9h de Manaus (10h de Brasília)  pelo link: webconf2.rnp.br/uea.

Você paga para ver?

Cover_Juntos2Na primeira semana de setembro, o IDIS, com apoio do Movimento por uma Cultura de Doação e do Instituto Arapyaú, lançará uma campanha de crowdfunding com o objetivo de arrecadar fundos para fazer a primeira pesquisa sobre doações realizadas por pessoas físicas no Brasil.

A campanha de crowdfunding é uma espécie de “vaquinha” digital e será realizada através da plataforma juntos.com.vc, que é voltada para projetos sociais.

Esta é a quarta e última etapa de captação para esta pesquisa e a meta é arrecadar R$100 mil para completar os recursos necessários, já que o levantamento vai abranger todo o território nacional. Pretendemos identificar quem são os doadores brasileiros, por que doam e as causas que os sensibilizam. Também vamos conversar com os que não doam, descobrir seus motivos e identificar o que os faria mudar de atitude.

Por isso estamos perguntando aos internautas “Você paga para ver?” as informações que a pesquisa vai revelar.

“Precisamos dessas respostas, entender quem é esse grupo e como pensa, para, com esse mapa completo, criarmos grande campanha pela Cultura de Doação no Brasil, como já existe em outros países”, explica a presidente do IDIS, Paula Fabiani.

A pesquisa, liderada pelo IDIS, é uma iniciativa realizada em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Esse grupo de especialistas e financiadores vem exercendo uma função essencial no fortalecimento da proposta da pesquisa. Seu papel continuará sendo fundamental mesmo após a conclusão da pesquisa, em etapas de validação, bem como na etapa de difusão e aplicação dos resultados.

Especificamente a campanha de crowdfunding conta com o importante apoio do Instituto Arapyaú, que vai fazer a matching donation, ou seja, para cada real doado para a Pesquisa Doação Brasil, o Instituto, vai doar mais um real, até chegar à meta estabelecida.

Os detalhes, valores de doações e suas recompensas, o vídeo da campanha, além de todas as informações serão divulgadas na página da campanha, na plataforma juntos.com.vc.  

 

Paula Fabiani fala sobre cultura de doação na Bandnews FM

Paula 1 _2014A coluna A Política Nossa de Cada De Cada Dia, da rádio BandNews FM, aborda histórias de pessoas e grupos que contribuem para uma sociedade melhor e que vai muito além de exercer o direito do voto.

Na edição do último dia 24 de agosto, a entrevistada da coluna foi Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS, que comenta sobre o papel fundamental do setor privado na diminuição das desigualdades.

Apesar dos brasileiros serem considerados solidários, a posição do país ainda está aquém em relação ao hábito de doação para causas sociais, por isso, Paula Fabiani enfatiza a como  é de fundamental importância estabelecer uma cultura de doação no Brasil.

Você pode ouvir a entrevista completa aqui. Confira!

Do papel para a realidade: Santas Casas do interior já estão colhendo frutos dos projetos de captação de recursos

O Programa de Captação de Recursos Fehosp /IDIS entra na reta final com vários projetos em desenvolvimento e um balanço parcial, positivo. As mais de 100 Santas Casas envolvidas no programa, representam 33mil leitos, 51% do total de leitos existentes nesses municípios. O programa termina no fim de setembro.

Depois de várias oficinas e rodadas de coaching com os consultores do IDIS, cada hospital concebeu um plano de captação de recursos para melhorar as condições financeiras do estabelecimento. Alguns criaram uma nova área específica para cuidar dos novos projetos e da captação. Outros, realocaram pessoal, mas todos estão colocando a mão na massa.

Um desses exemplos é a Santa Casa de Lindóia. Sob a batuta da irmã Alaídes, que começou a orquestrar o plano de revitalização, o primeiro projeto começa a sair do papel:  a construção de um novo Centro de Imagens, estimado em cerca de R$1 milhão. A aquisição de um mamógrafo é o ponto de partida. Para isso, será feita a rifa de uma moto com a expectativa de arrecadar até R$75 mil. A entidade, que só contava com a colaboração dos estabelecimentos comerciais que destinavam percentual da Nota Fiscal Paulista, agora está captando recursos junto à comunidade. Já obteve a doações de camisetas para vender durante a campanha do “Outubro Rosa”, conseguiu a doação de duas cabeças de gado que irão à leilão nos próximos meses e espera ainda outras, querendo chegar a 40.

Os exemplos podem parecer simples, mas para hospitais beneficentes que estavam sem meta e sem saber como captar de forma eficiente é um avanço significativo.

No Vale do Paraíba, a Santa Casa de Misericórdia de Jacareí está se profissionalizando. Antes, não fazia captação de recursos. Com as orientações dos consultores, elaborou e implantou projeto de reestruturação das alas masculina e feminina com pintura de parede e compra de equipamentos. Além disso, obteve 100% de adesão no projeto Adote Um Leito na ala de Pediatria que passara de 12 para 21 leitos.

A Santa Casa de Misericórdia de Adamantina engorda a captação de recursos com o apoio da comunidade vendendo pizza e participando de feira de exposição. São ações que rendem benefícios para pacientes e acompanhantes, como a compra de bebedouro e cadeiras e ainda uma máquina de confecção de crachá para identificar os funcionários.

Na região da Grande São Paulo, a Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes também adota uma estratégia relevante de captação de recursos e resolveu contratar um profissional especializado. Com isso, está intensificando a visita às empresas da região buscando parcerias.

Há outras dezenas de exemplos menores ou maiores, mas cada um deles é extremamente significativo para as instituições, que buscam, de maneira mais profissional e assertiva, novas formas de seguirem em frente, sem depender completamente do poder público, mas cada vez envolvendo e sensibilizando as suas comunidades.

 

Filantropia e relação governamental: IDIS destaca atuação das organizações da sociedade civil no Brasil para representantes de diversos países em evento na Alemanha

O fundador do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social participou em Berlim, na Alemanha, de um workshop que discutiu perspectivas sobre a filantropia árabe e global. Marcos Kisil foi um dos debatedores na sessão que abordou o papel da filantropia na sociedade e sua relação com governos.

No caso brasileiro, Kisil lembrou que desde a Constituição de 1988, todos os capítulos sociais se iniciam com o refrão “Direito do Cidadão, Dever do Estado”. Esta afirmação constitucional faz com que governos interpretem que a ação social é seu monopólio. Porém, com a incapacidade dos governos em atender as demandas sociais, e devido ao crescimento acelerado e importante da sociedade civil, progressivamente a cidadania passou articular esforços para uma maior participação. Assim, um vibrante setor passou a existir. Tal mudança, porém, não foi acompanhada pelos governos, especialmente a partir de 2003. Nenhuma lei importante foi aprovada para facilitar o desenvolvimento do Investimento Social Privado.

As iniciativas exitosas de mudanças nas ações sociais não permeiam o processo de criação e implantação de políticas públicas. Ocorre o reverso: o governo busca o apoio de recursos privados para apoiar essas políticas.

A outra questão levantada por Kisil é também relevante: o uso de recursos públicos por organizações da sociedade civil sem o devido processo de seleção e controle, gerando casos de uso indevido de recursos devido à corrupção e desmandos administrativos. Mais recentemente, foi aprovada uma nova lei, que busca sanar esses vícios para que o uso de recursos públicos se torne mais transparente e democrático na seleção das organizações. Ainda é necessário tempo para saber se provocará as mudanças esperadas.

Estiveram no evento “Perspectives on Arab & Global Philanthropy” representantes de regiões árabes, além de participantes da África, China, América Latina, Rússia, Turquia, Estados Unidos e países europeus.

Projeto brasileiro voltado para Primeira Infância traz retorno de R$ 4,08 para cada real investido em impacto social

Quatro vezes o valor investido: esse foi o retorno apontado pela primeira avaliação de projeto social feita por meio do instrumento Social Return on Investment (SROI) no Brasil. O projeto avaliado foi o “Valorizando uma Infância Melhor” (VIM), desenvolvido pela Fundação Lúcia e Pelerson Penido (FLUPP) em municípios do Vale do Paraíba, no interior do estado de São Paulo.

O SROI, uma metodologia trazida para o Brasil pelo IDIS, faz uma avaliação completa dos impactos sociais do projeto sobre todos os envolvidos, além do grupo-alvo principal, e, após compreender e medir todos esses impactos, aplica uma proxy. Esta permite atribuir valores financeiros aos benefícios, de modo a poder comunicar os resultados de uma maneira mais facilmente compreensível para financiadores ligados ao setor privado.

A Charities Aid Foundation (CAF), da Inglaterra, publicou um estudo de caso sobre a primeira aplicação do SROI no Brasil. Clique na imagem abaixo para fazer download do documento.

Fórum de Investidores Sociais vai discutir o papel da filantropia em tempos de crise

O tema do IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais já está definido e a escolha responde à necessidade clara de discutir qual o papel da Filantropia em um momento no qual o país atravessa uma profunda crise de valores.

Como resgatar a confiança nas instituições? Como estabelecer parcerias? Como atuar em conjunto com o poder público? Essas e outras questões estão presentes no cotidiano de filantropos que atuam no sentido de criar uma sociedade mais justa e acolhedora e, ao mesmo tempo, veem o enfraquecimento de conceitos éticos e morais que deveriam servir de arrimo para essa construção.

Pensar em conjunto, trocar ideias, ouvir a experiência de quem já atuou ou ainda atua em cenários semelhantes, conhecer estratégias que ajudem a reconstruir o arcabouço de valores… Essas são algumas das propostas para o próximo Fórum, que está marcado para o dia 12 de novembro.

O IDIS está trabalhando na organização do evento buscando trazer exemplos instigantes e inspiradores – vindos do Brasil e de fora –, antecipar novas tendências, mostrar a relação entre diferentes gerações de investidores sociais e, como sempre, criar um espaço de diálogo e interação entre os participantes.

IDIS desenvolve projeto para que Santas Casas conquistem sustentabilidade

Desde o começo do ano o IDIS vem trabalhando num projeto para capacitar representantes de 117 Santas Casas do Estado de São Paulo para captação de recursos e doações. O projeto é feito em parceria com Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes de São Paulo (Fehosp) e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. No total, são 117 Santas Casas ou Hospitais Filantrópicos participantes em todo estado, organizados em 11 grupos, para tornar mais fácil entender a realidade de cada instituição.

A programação das capacitações inclui a realização de 3 oficinas, de 20 horas cada, ministradas por professores convidados e pela equipe do IDIS. Três temas centrais são abordados nos treinamentos: como fazer um diagnóstico da situação de cada hospital e identificar as possíveis pessoas e organizações que podem ser mobilizadas; decidir quais sais as necessidades prioritárias e traçar um plano estratégico para sensibilização da comunidade; e, por fim, como implementar o plano, prevendo os pontos críticos que podem comprometer o sucesso. Entre cada uma das oficinas, cada unidade recebe a visita de equipes do IDIS para um trabalho de coaching que verifica, in loco, como os participantes estão lidando com as ‘lições de casa’ que receberam. A ideia é que cada oficina sirva para retomar e consolidar o conteúdo a partir do que os profissionais encontram na prática.

A primeira rodada de treinamentos começou em janeiro e segue até o fim de março, envolvendo quatro grupos de santas-casas, que se reuniram em quatro municípios: Ourinhos, Votuporanga, São Carlos e Limeira. O segundo grupo receberá capacitação entre os meses de abril e junho, em outros quatro municípios: Araçatuba, Franca, Mogi Guaçu e São José dos Campos. E de julho a setembro, o terceiro grupo, reunindo as cidades de Catanduva, Marília e Marcelina.

Ainda como parte do projeto, será estabelecida uma rede virtual para uso dos hospitais participantes, e para sua interação com a Fehosp. Por meio de uma plataforma, os participantes terão acesso a um espaço virtual para compartilhamento de experiências, documentos de interesse, grupos específicos, realizar fóruns virtuais, postar fotos e vídeos, estabelecer uma sala de bate-papo.

AS SANTAS CASAS HOJE

As Santas Casas e Hospitais Beneficentes são responsáveis por 1/3 do sistema de saúde do País. No Estado de São Paulo, respondem por 33 mil dos 65 mil leitos existentes. Além disso, 70% das unidades estão localizadas em municípios com até 30 mil habitantes, onde, em grande parte, representa a única alternativa de atendimento hospitalar público.

Faz alguns anos que os repasses recebidos do sistema público de Saúde não cobrem as despesas e, diante desta realidade, está cada vez mais difícil para as Santas Casas cumprirem o papel social. Algumas fecharam as portas e muitas estão diminuindo o número de atendimentos para o SUS como forma de atenuar o déficit operacional. A ideia da parceria do IDIS com a Fehosp é criar mecanismos de sustentabilidade para esses hospitais.

Estima-se que as doações no Brasil somam aproximadamente 20 bilhões de reais por ano. A área que mais recebe esse tipo de recurso é a da Educação, e a Saúde aparece em nono lugar, segundo levantamento do GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas. Por isso, existe uma oportunidade real de que o setor da Saúde possa ser redescoberto como área de interesse para uma crescente filantropia no Brasil.

Uma das principais fontes de financiamento desses hospitais no passado, e que caracterizaram as Santas Casas como verdadeiros hospitais comunitários, foi o apoio da sociedade local para a sua construção, instalação e operação. “Antes de serem integradas ao SUS, as Santas Casas eram sustentadas pelas comunidades locais, que cobravam sua boa gestão”, diz Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS.

A realidade atual é que o apoio comunitário foi diminuindo na medida em que o SUS avançou como principal fonte compradora de serviços. Se a saúde passou a ser um dever constitucional e universal do governo, já não haveria necessidade da participação da comunidade local em seu financiamento. Porém, a conta não fecha.

Em Evento Sobre Primeira Infância, Diretora Executiva do IDIS se Torna Líder Global

Participando do World Forum on Early Care and Education (Fórum Mundial sobre Atenção à Primeira Infância), em Porto Rico, a Diretora Executiva do IDIS, Paula Fabiani, foi agraciada com o certificado de Global Leader for Young Children, como resultado das ações do IDIS no Programa Primeira Infância Ribeirinha, na Amazônia.

Uma iniciativa da World Forum Foundation, o World Forum on Early Care and Education foi realizado na cidade San Juan, em Porto Rico, entre os dias 6 e 9 de maio, e contou com a presença de representantes do mundo todo, incluindo o Brasil. Políticas públicas de primeira infância, o investimento social de empresas e sustentabilidade das ações foram alguns dos temas tratados no Fórum.

Segundo Paula Fabiani, Diretora Executiva do IDIS, “foi um evento realmente global, com 843 pessoas de 81 países trocando experiências sobre o desenvolvimento da primeira infância. O Brasil, com uma delegação de 8 Global Leaders, se apresenta como país avançado na legislação para a infância e tendo desafios comuns: implementação de políticas públicas e integração dos dados sobre a criança.”

Sobre o certificado recebido pela Diretora Executiva do IDIS, o programa Líderes Globais para a Primeira Infância é uma iniciativa de incidência política (advocacy) da World Forum Foundation que inspira e empodera novas lideranças. Professionais de primeira infância engajados em todo mundo se reúnem para ser treinados, compartilhar experiências, e colaborar. Globalmente e localmente eles se tornam corajosos, defensores inovadores que se levantam para provocar mudança duradoura com crianças e famílias.

Depois de quatro dias de debates e muita troca dentre os participantes, o World Forum on Early Care and Education foi encerrado com uma reflexão sobre como é possível mudar o mundo a partir das diferenças, deixando inspirados os líderes que vão transformar a realidade mundial.