IDIS lança a Campanha ‘Descubra sua Causa’

Nesta terça-feira (11) foi lançada a Campanha Descubra sua Causa, uma iniciativa gestada há muito tempo pelo IDIS e muitos parceiros, para promover a Cultura de Doação no Brasil.

A Pesquisa Doação Brasil mostrou que um dos motivos que dificulta o aumento das doações no Brasil é o fato das pessoas não terem noção de causa e não perceberem o poder transformador da doação. Para ajuda-las a se familiarizar com o conceito de causa, foi criada a campanha e um teste para que cada um possa descobrir sua causa, uma forma lúdica de abordar o assunto.

O #Descubrasuacausa conta com cinco personagens para orientar os internautas nos caminhos das diversas causas. E também tem cinco cenários, que combinados com os personagens traçam os diferentes perfis das pessoas.

 

Os nossos amigos, Nelson, Flora, Yama, Catarina e Beto foram destaque na Revista Galileu, da Editora Globo, mostrando seu grande potencial em ser um agente de mudança importante na Cultura de Doação no Brasil.

Queremos que o teste se popularize e seja tema de rodas de conversa para que se fale mais sobre doação e as pessoas se acostumem a contar para as outras as doações que fazem. Já que a Pesquisa também identificou que o brasileiro não fala que doa, pois acha que é algo que não deve ser propagado.

Quer descobrir sua causa e começar a ajudar aqueles que lutam por ela todos os dias? Faça o teste no site: www.descubrasuacausa.net.br

 

Coalizão lança Nota Pública de apoio à regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos

 

NOTA PÚBLICA DE APOIO À REGULAMENTAÇÃO DOS FUNDOS PATRIMONIAIS FILANTRÓPICOS

 

Nós, os integrantes da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, grupo multissetorial composto por mais de 40 membros, entre organizações, empresas e pessoas, viemos a público manifestar nosso apoio à edição da Medida Provisória de regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no Brasil, causa pela qual vários de nossos integrantes lutam desde 2012.

Lamentamos que a aceleração do processo de regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos tenha sido provocada por uma tragédia de dimensões incalculáveis para a Cultura e a História do Brasil, como o incêndio que destruiu grande parte do acervo do Museu Nacional. Nos serve de consolo, entretanto, saber que essa mesma tragédia pode trazer algum fruto positivo para o País, e queremos colaborar para que a legislação que regulará os Fundos Patrimoniais Filantrópicos seja a melhor possível, alcançando seu máximo potencial de contribuição para a sociedade.

Para isso, queremos alertar para um ponto que precisa ser incluído na legislação, para que ela tenha os efeitos desejados.

Os Fundos Patrimoniais Filantrópicos são instrumentos que contribuem para a sustentabilidade financeira de organizações sem fins lucrativos que trabalham por causas de interesse público, como educação, saúde, assistência, cultura, meio ambiente e esportes, entre outras.

Não há razão para restringir o tipo de organização que pode ser titular de Fundos Filantrópicos, nem a causa à qual eles se destinam. Organizações privadas sem fins lucrativos (fundações e/ou associações) devem ser incluídas entre as que podem contar com esse mecanismo. Os Fundos Patrimoniais Filantrópicos devem ter como objetivo causas de interesse público, podendo ser vinculados ou não, a instituições públicas ou privadas predeterminadas como universidades, museus e Santas Casas de Misericórdia. Essa é a boa prática adotada no exterior.

Recomendamos também a edição de uma Medida Provisória clara, objetiva e que contemple unicamente o tema dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos, de modo a facilitar a criação desses instrumentos tão importantes para a sustentabilidade financeira das organizações sem fins lucrativos.

Com a publicação da Medida Provisória, convocamos os deputados e senadores a, ainda nessa legislatura, refletirem conscientemente sobre a importância da sua transformação em lei, garantindo maior capacidade das instituições se financiarem com o apoio daqueles que acreditam em suas causas, e buscando, assim, evitar tragédias como a do Museu Nacional.

Por fim, nos colocamos à disposição para qualquer contribuição que se faça necessária para concretização de uma legislação clara, abrangente e eficaz para os Fundos Patrimoniais Filantrópicos.

 

São Paulo, 5 de setembro de 2018

COALIZÃO PELOS FUNDOS FILANTRÓPICOS (www.idis.org.br/coalizao)

Quem somos nós

A Coalizão pelos Fundos Filantrópicos é grupo multisetorial composto por 40 membros, entre organizações, empresas e pessoas que apoiam a regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no país.

Lançada em junho de 2018, e liderada pelo IDIS, Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, essas organizações brasileiras integram a Coalizão, que é aberta para qualquer pessoa ou entidade que apoie a causa dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos.

 

Organizações integrantes da Coalizão pela Fundos Filantrópicos

Coordenação

IDIS Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

 

Apoio Jurídico

PLKC Advogados

 

Apoio Institucional

APF Associação Paulista de Fundações

Cebraf Confederação Brasileira de Fundações

GIFE Grupo de Institutos, Fundações e Empresas

Humanitas 360

Levisky Negócios e Cultura

 

Participantes

ABCR Associação Brasileira de Captadores de Recursos

ACTC Casa do Coração

Arredondar

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CEAP Centro Educacional Assistencial Profissionalizante

CIEDS

Demarest Advogados

Fehosp Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Est. SP

Fundação Darcy Vargas

Fundação Educar DPaschoal

Fundação José Luiz Egydio Setúbal

Fundação Stickel

Instituto Acaia

Instituto Akatu

Instituto Arara Azul

Instituto Ayrton Senna

Instituto Cyrela

Instituto Doar

Instituto Homem Pantaneiro

Instituto Jatobás

Instituto Phi

Instituto Reciclar

Instituto Sabin

Instituto Sol

Instituto SOS Pantanal

ISE Business School

LAB Laboratório de Inovação Financeira

Liga Solidária

Lins de Vasconcelos Advogados Associados

Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. Quiroga Advogados

Onçafari

Rede de Filantropia para a Justiça Social

Santa Marcelina Organização Social de Cultura

Sistema B

Todos pela Educação

Visão Mundial

Wright Capital

 

 

 

 

 

 

Se Liga! é destaque na Folha de S.Paulo

A coluna Empreendedor Social, da Folha de S. Paulo, destacou a mobilização realizada pelo IDIS ‘Se Liga! Vem aí a Campanha por uma Cultura de Doação’. Trata-se de uma chamada para que as ONGs preparem seus sites e seus cadastros para o lançamento da Campanha.

A reportagem trouxe detalhes sobre como a Mobilização Se Liga! funciona, dando destaque ao mapa das Organizações da Sociedade Civil do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Mostrou como ele é importante nessa campanha e precisa ser atualizado pelas organizações cadastradas que queiram ser localizadas por novos doadores.

A coluna destacou ainda: ‘’A ideia é mostrar o poder transformador da doação ao convidar o público a refletir que tipo de transformação ele gostaria de realizar no mundo”, ponderando sobre a importância não só dessa mobilização inicial, mas também da Campanha por uma Cultura de Doação que será lançada pelo IDIS em novembro.

Para ler a reportagem completa, acesse o link: https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/2018/08/antes-de-lancar-campanha-instituto-mobiliza-ongs-para-atualizacao-de-mapa.shtml

IDIS lança campanha “Se liga ONG”

Dia 27 de novembro, o Brasil e o mundo celebram o Dia de Doar. Um dia para sensibilizar cada vez mais a sociedade sobre a importância da doação de recursos para organizações e projetos sociais, culturais, ambientais e esportivos.

Este ano, o IDIS vai lançar uma campanha para contribuir com a cultura de doação no Brasil.
A campanha, concebida junto com parceiros, será veiculada em diversos meios de comunicação: jornais, revistas, sites e cinemas; com uma estratégia intensa de mobilização.
Todo mundo tem uma causa. Qual é a sua? Com essa convocação, a campanha irá atrair pessoas para descobrirem qual é a causa delas a partir de um quizz online.

São três passos, apenas:
1. Descubra qual é a sua causa
2. Doe para uma organização social que defende a sua causa – pelo Mapa das OSCs do IPEA (https://mapaosc.ipea.gov.br/)
3. Conte para todo mundo e inspire as pessoas a fazerem o mesmo!

Mas para ser um sucesso e para que as pessoas consigam efetivamente contribuir, as ONGs precisam estar prontas para receber! Por isso, se liga ONG!

Estamos nos preparando e convidamos todas as organizações a se prepararem também!
1. Entre no Mapa das OSCs faça ou atualize o seu cadastro!
2. Cheque se o seu site tem as seguintes informações:
a/ A causa da sua organização
b/ Uma explicação clara do que a sua organização faz pela causa
c/ Os resultados alcançados até agora
d/ Uma chamada / convite para doação

Esteja pronto em novembro para nos ajudar na campanha e receber mais apoio para o seu trabalho!

Fundo Areguá: Encontro de doadores com os primeiros beneficiários celebra o acesso ao ensino de qualidade

Foi um encontro especial… em um happy hour no último dia 23 de Abril, os primeiros bolsistas e intercambistas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (FCMSC) financiados pelo Fundo Areguá tiveram a oportunidade de encontrar aqueles que contribuíram para o Fundo. Agora estudantes de medicina, que um dia temeram  ter o sonho da carreira destruído por falta de recursos, comemoraram ao lado de grandes doadores e de jovens cotistas o  resultado alcançado desde o lançamento, em 2016: R$ 1,8 milhão.

A cifra foi atingida com grandes aportes, é claro, mas também com pequenas contribuições de quem ainda está no começo da vida. Saiu dali, daquele encontro informal entre futuros médicos, a ideia de cotizar R$ 1 mil, o que significa R$ 13,00 de cada um, mensalmente, durante um ano. A quantia,  que em um primeiro momento parece pouco, carrega valores incalculáveis: o compromisso com a causa, o fortalecimento da cultura de doação e o desejo de transformação social. “O engajamento dos estudantes vai garantir a sustentabilidade da Santa Casa”, diz o dr. José Luiz Egydio Setubal, idealizador e provedor do Fundo Areguá.

Estruturado com o apoio do IDIS,  o Fundo foi criado para atrair e reter talentos, concedendo bolsas de estudos para alunos que não têm condições de pagar por um dos mais reconhecidos cursos de medicina do País. “Este é um exemplo de como os fundos patrimoniais podem contribuir para a democratização do acesso à educação de qualidade”, ressalta Paula Fabiani, presidente do IDIS. A importância dos fundos patrimoniais para a sustentabilidade e independência das organizações sociais e a urgência pela regulamentação são defendidos pelo IDIS, que desenvolve um trabalho de advocacy junto ao Congresso Nacional. Para entender um pouco mais sobre Fundos Patrimoniais (Endowments, em inglês), você pode baixar o download gratuito dos Guias de Endowments Culturais,  clique aqui!

Grito de guerra – o Fundo Areguá recebeu esse nome em referência à saudação e grito de guerra dos alunos e ex-alunos da FCMSC. Para conhecer um pouco mais sobre a relevância da Santa Casa na formação de médicos e profissionais da saúde e entender a importância do Fundo Areguá para a retenção de talentos, apoio a pesquisas e melhoria na infraestrutura da Faculdade, basta clicar na imagem abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diálogos Transformadores: é preciso que a doação vire rotina na vida dos brasileiros.

Algumas das conclusões da primeira edição 2018 do ‘Diálogos Transformadores’ foram publicadas pela Folha de São Paulo, realizadora do evento ao lado da Ashoka. Em torno do tema ‘Como Estimular a Cultura de Doação no Brasil’, o debate multimídia, ocorrido no dia 27 de março, recebeu como convidados-protagonistas Sérgio Petrilli, fundador do Graac; Roberta Faria, diretora-executiva da Editora Mol; e Paula Fabiani, presidente do IDIS.

 A importância da transparência das instituições; a evolução, desafios e inovação na forma de captação de recursos; e os entraves e as maneiras de fomentar a cultura de doação estão na matéria publicada pela Folha de São Paulo no dia 12 de Abril.

Para ler a matéria completa acesse: https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/2018/04/doacao-deve-ser-rotina-dizem-debatedores-no-dialogos-transformadores.shtml

X CONGRESSO GIFE: IDIS participa de debate sobre tendências para o investimento social privado em âmbito nacional e global.

Diante de um futuro que traz como desafio para o Terceiro Setor a busca constante por novas formas de atuação e articulação, a necessidade de apropriação de ferramentas e tecnologias de última geração, além de estratégias que garantam um diálogo eficaz com um mundo já sobrecarregado de novos e velhos problemas socioambientais, o X Congresso GIFE, realizado em São Paulo nos dias 4, 5 e 6 de Abril,  colocou em debate as tendências para o investimento social privado em âmbito nacional e global.

Foram convidados para o painel ‘Tendências e Desafios para o Fortalecimento do Campo: por um Investimento Social mais Forte, Diverso e Efetivo’ a presidente do IDIS, Paula Fabiani; Benjamin Bellegy, diretor executivo do Wings; Regina Esteves, Superintendente da Comunitas; e Graciela Hopstein, coordenadora executiva da Rede de Fundos. Para mediar a conversa, Erika Saez, gerente de Programas do Gife.

O fortalecimento da cultura de doação e organizações da sociedade civil de base deram início à fala da presidente do IDIS sobre a importância do engajamento das famílias de alto poder aquisitivo e a necessidade de se tomar risco no Investimento Social Privado para garantir algumas agendas.  Paula Fabiani defendeu, ainda, que as grandes empresas sejam também doadoras e que incentivos estejam previstos para pessoas que fazem doações individuais.  Sobre os desafios que o Terceiro Setor tem pela frente, Paula Fabiani aponta a necessidade de abrir mão de nossas diferenças para unir esforços em torno de pautas comuns a todos: “O investidor social tem, às vezes, dificuldade em abrir mão de suas pautas e investir, de verdade, recursos em pautas comuns. O Brasil precisa disso mais do que nunca! É assim que vamos conseguir o impacto coletivo”.

Para Regina Esteves o momento é de grandes mudanças na relação público-privado: “A governança é compartilhada e a cocriação é base para o engajamento.” A representante da Comunitas ressaltou, ainda, que agora é a hora do Terceiro Setor abandonar o modelo tradicional que sempre adotou e, pensando em maior impacto, buscar um eixo para construir políticas de médio e longo prazo: “Visão de longo prazo significa a construção de políticas públicas onde o cidadão exerça um papel participativo, pois governos passam, mas a sociedade permanece.”.

Fortalecimento da Cultura de Doação e engajamento levaram às considerações de Benjamin Bellegy sobre o desenvolvimento da Filantropia como parte da Democracia e, também, sobre a urgência de se discutir mais esse tema no Brasil: “O processo filantrópico é uma causa…gera confiança na sociedade e, por isso, cada fundação, ou cada doador, precisa pensar de que maneira vai conseguir recursos para desenvolver seus projetos.”

Considerando o momento delicado em que se encontra não apenas o nosso país, mas o mundo, a representante da Rede Fundos lembrou que é fundamental mostrar que as organizações do Terceiro Setor são confiáveis: “Precisamos nos comunicar melhor e explicar a importância de doar. Somos todos atores dessa transformação.” Graciela Hopstein ainda chamou a atenção para a maneira como o tema é tratado: “Parece que filantropia é assistencialismo…Quando pensamos em Democracia, pensamos em acesso aos Direitos. Precisamos de mais recursos privados para fortalecer organizações públicas”

Brasil, Democracia e Desenvolvimento Sustentável:  O X Congresso Gife reuniu lideranças para analisar o momento que atravessamos e pensar o futuro do Terceiro Setor. Na plenária de abertura, a presidente dos conselhos  da Fundação Tide Setúbal e do Gife, Neca Setúbal, convocou a plateia: “Precisamos ter coragem de arriscar!”.

O economista e escritor Eduardo Gianetti da Fonseca abriu sua apresentação falando sobre o momento histórico que vive o País e os desafios aos quais os brasileiros são submetidos década após década,  desde a Redemocratização, passando pelos vários ciclos de planos econômicos para tentar estabilizar a moeda, até os dias de hoje, “Se temos 33% de carga tributária, mais 7% de déficit, 40% de tudo que o Brasil produz passa pelas mãos do setor público. Eu só me pergunto: CADÊ (esse dinheiro)??”. Gianetti lembrou que a “deformação patrimonialista” do Estado brasileiro está estabelecida desde a chegada dos portugueses e criticou o modelo de inversão que vivemos desde então: “O Estado continua a crer que a sociedade existe para servi-lo e não o contrário”.

Fundo Marielle – Durante o X Congresso Gife, a Fundação Ford, a Open Society Foundations, o Instituto Ibirapitanga e a Fundação Kellog lançaram uma iniciativa para promover a participação de mulheres negras no cenário político nacional. O Fundo Marielle (em homenagem à vereadora, socióloga, feminista e militante dos Direitos Humanos Marielle Franco, assassinada  no último dia 14 de março, no Rio de Janeiro) contará com a porte inicial de US$ 10 milhões ao Fundo Baobá.

 

 

 

 

 

Um diálogo para transformar a Cultura de Doação

Com o auditório da Pinacoteca do Estado de São Paulo lotado e sob a liderança dinâmica de Eliane Trindade, editora do caderno Empreendedor Social da Folha de São Paulo, aconteceu na última quarta-feira, dia 27 de março, a oitava edição da série Diálogos Transformadores, que abordou a Cultura de Doação.

O evento reuniu diversos protagonistas do campo da doação, desde um filantropo que faz grandes investimentos sociais até um doador individual, que contribui com uma pequena quantia mensal, passando por ONGs que captam recursos, negócios sociais que viabilizam a doação e organizações de fomento ao investimento social, como o IDIS e o Arredondar. Para assistir ao video na íntegra, clique em  TV FOLHA.

Durante mais de duas horas, esse grupo debateu com a plateia a importância do desenvolvimento de uma cultura de doação mais forte no Brasil, que seja um valor presente em toda a sociedade. O filantropo José Luiz Setúbal, cuja fundação foi um dos patrocinadores do encontro, incitou várias vezes os presentes a se envolverem com alguma causa que os sensibilize e a trabalhar por ela.

Outro patrocinador esteve presente apenas em vídeo. O fundador da Cyrela, Elie Horn, que apoiou essa edição do Diálogos por meio do Instituto Cyrela, reafirmou sua profunda convicção de que só o bem faz sentido: “Todos devem procurar fazer o bem porque é o único caminho que faz sentido e traz uma recompensa imediata”, afirma.

Paula Fabiani, presidente do IDIS, que também apoiou o evento, aproveitou a ocasião para falar sobre a relevância da regulamentação dos fundos patrimoniais/endowments, no Brasil, como meio de garantir a sustentabilidade das organizações sociais no longo prazo e também de dar mais segurança aos doadores.

Roberta Faria, diretora da Editora Mol, também patrocinadora, apresentou seu interessante caso de viabilização da doação por meio da venda de produtos sociais. O exemplo mostrado foi o de uma revista que é vendida em uma rede de drogarias e cuja receita é doada a diversas organizações sociais, entre elas o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRRAC). Sergio Petrilli, fundador do GRAAC contou um pouco da sua longa e árdua trajetória, toda construída com as doações que recebe. E um de seus grandes doadores, o Instituto Ronald McDonald, estava presente por meio do superintendente, Francisco Neves, que fez questão de externar seu otimismo e amor pela vida como uma das forças que o levam a trabalhar sempre mais para conseguir recursos para a causa da saúde infantil.

O Diálogos ainda contou com a participação de Nina Valentini diretora do Arredondar, que já conseguiu doar mais de R$ 2 milhões para organizações sociais  a partir de micro doações que os consumidores fazem ao aceitar arredondar o valor das compras. A última a subir ao palco foi Luciana Quintão, fundadora do Banco de Alimentos, ONG responsável pelo programa Prato Cheio, que recebe  alimentos que seriam rejeitados pelo comércio e os leva até instituições sociais.

A energia, a empatia e a confiança no futuro das pessoas que compareceram ao Diálogos Transformadores – Cultura de Doação criaram um ambiente de integração entre o palco e a plateia. O público permaneceu até o final, mandando perguntas, aplaudindo e se dispondo a contribuir para escrever um novo capítulo na história da doação no Brasil.

 

 

“O sentimento de satisfação de quem doa é real”

Em declaração à Folha de S. Paulo,  artista que espalhou grafites de estímulo à doação reforça pesquisa do IDIS sobre os motivos do brasileiro para doar.

Foto: Folha de São Paulo

Capturar a atenção das pessoas em meio ao caos das ruas paulistanas é um desafio alcançado por poucos. O artista visual Pedro Frazão conseguiu! Através da simples frase “Quem doa vive mais”, grafitada em 40 espaços públicos da capital paulista, ele,  doador há cinco anos  e, agora, na fila de espera para se tornar um receptor, expôs sentimentos  e urgências  que o acompanham desde menino.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Pedro Frazão chamou a atenção para a importância de estimular a cultura de doação e a necessidade de incluir o tema na agenda política do País. E, principalmente, as declarações do artista visual materializam os números da pesquisa Country Giving Brazil, produzida pela Charities Aid Foundation e divulgada pelo IDIS em 2017. O estudo demonstra que o brasileiro é generoso, gosta de doar e faz isso para se sentir bem!

Para ler a reportagem da Folha de S. Paulo acesse Folha de S. Paulo – Empreendedor Social

E você pode conhecer todos os números da pesquisa Country Giving Brazil fazendo o dowload gratuito clique Aqui!

Diálogos Transformadores: Folha de São Paulo, IDIS e Editora Mol vão debater “Como Estimular a Cultura de Doação no Brasil”

“Diálogos Transformadores” é um evento multimídia, que mistura debate e entrevista. Criado por um dos mais influentes jornais do País, a Folha de São Paulo, propõe-se a  apontar caminhos para assuntos emergentes da agenda sustentável. Em sua primeira edição deste ano, a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani, estará no palco para debater o tema “Como Estimular a Cultura de Doação no Brasil”. Ao lado dela, Roberta Faria, diretora-executiva da Editora Mol, pioneira em modelo de negócio social que já transferiu R$ 22 milhões em doações para ONGs; e Sérgio Petrilli, fundador do Graac, o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, considerada a maior captadora de pessoa física no Brasil.

Durante duas horas, o trio vai interagir com José Luiz Setúbal, ex-provedor da Santa Casa de Misericórdia e presidente da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, organização focada em Saúde Infantil; Nina Valentini, cofundadora do Arredondar, responsável por viabilizar microdoações no varejo; e Francisco Neves, superintendente do Instituto Ronald McDonald.

Com o objetivo de estimular a cultura de doação, discutir estratégias que funcionam e aquelas que foram testadas e não obtiveram os resultados esperados, a sétima edição de “Diálogos Transformadores” vai contar com uma plateia de 150 convidados, entre especialistas, empreendedores sociais, representantes de ong´s e filantropos,  e será transmitido pela TV Folha. Além do debate, casos inspiradores de pequenos e grandes doadores e filantropos serão apresentados. E, também, exemplos de como o dinheiro de doações pode ser bem empregado e como o público  pode doar e se engajar em campanhas.

Marque na sua agenda!

Quando: 27 de março de 2018

Horário: das 16h às 18h

Onde: Teatro da Pinacoteca do Estado (http://pinacoteca.org.br/)

Conheça um pouco mais dos debatedores e entrevistados:

Paula Fabiani (IDIS) – Diretora-presidente do IDIS, especialista em Investimento Social Privado, Fundos Patrimoniais e Avaliação de Impacto, vai traçar um perfil da cultura de doação no Brasil e suas perspectivas, a partir de pesquisas do IDIS e de experiências de advocacy e projetos sociais.

Roberta Faria (Mol): Diretora-executiva da editora, vai explicar a tecnologia social ganha-ganha, desenvolvida ao longo dos últimos dez anos para estimular a cultura de doação no dia a dia das empresas e cidadãos e criar formas de contribuição recorrente por meio da venda de produtos sociais.

Sério Petrilli (GRAACC) – Fundador e superintendente médico do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, ONG considerada a maior captadora junto a pessoas físicas no Brasil. Vai falar do custo-benefício de ter sócios-mantenedores e explicar o que funciona e o que não funciona quando a questão é sensibilizar: mala direta com boleto, jantares e eventos, venda de produtos sociais, doação de imposto, telemarketing, sorteios.

Nina Valentini (Arredondar) – Vencedora do Prêmio Empreendedor Social de Futuro 2016, é cofundadora do Movimento Arredondar, que capta doações individuais em parceiros do grande varejo e distribui em uma rede de organizações sociais previamente selecionadas. As microdoações ocorrem no arredondamento do troco, em um sistema integrado à contabilidade do lojista.

José Luiz Setúbal (Fundação José Luiz Egydio Setúbal) – Médico, filantropo e criador e presidente da Fundação que promove a saúde infantil por meio de assistência (Sabará Hospital Infantil) e também realiza atividades de Ensino, desenvolve pesquisa e projetos sociais na área de saúde da criança e do adolescente por meio do Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil), com o objetivo de estimular a sociedade a cuidar das crianças do Brasil.

Francisco Neves (Instituto Ronald McDonald´s) –  fundador da primeira Casa Ronald no Brasil e superintendente do Instituto, ele e a mulher, Sônia, perderam um filho para a leucemia no começo dos anos 1990. Para se curar do luto, viraram voluntários do Inca e, mais tarde, foram atrás do McDonald’s para fazer uma Casa Ronald no Brasil (hoje já existem seis).  Grande arrecadador de doações, o instituto ligado à rede McDonald’s  é considerado um modelo de captação e resultados e já destinou, em 18 anos, mais de R$ 330 milhões para a causa.

 

 

Dia de Doar 2017: Resultados comprovam a importância de ações de mobilização para fortalecer a Cultura de Doação

A plataforma Captamos divulgou os resultados da campanha Dia de Doar 2017. Em números, foram mais de 16 milhões de pessoas impactadas somente nas mídias sociais – isso representa 7 milhões a mais do que em 2016. Em doações, foram R$ 678 mil.

O Dia de Doar é organizado pelo Movimento por uma Cultura de Doação e mobiliza mais de 35 países na arrecadação de fundos e recursos para causas sociais.  A campanha cresce significativamente ano a ano e, cada vez mais,  milhares de entidades se preparam para receber essas doações.

O IDIS parabeniza todos aqueles que fizeram parte da campanha: quem doou, quem recebeu e quem promoveu! Acreditamos no impacto de ações de indivíduos e organizações para o fortalecimento da Cultura de Doação. E que o Dia de Doar 2018, marcado para 27 de Novembro, seja um sucesso ainda maior!

O Dia de Doar em Números pode ser acessado (em português e inglês) em … https://drive.google.com/open?id=0B283AkJE9kOkeVpJbEN3N09LcmZEMmZCVW92UE4wcXdWZFhz

 

 

Perspectiva 2018: Em ano de Eleições e Copa do Mundo, IDIS foca em Cultura de Doação, Advocacy e Diálogos Transformadores

Clique aqui: “2018! Ano de mudanças para o País e, quem sabe, na direção de um Brasil mais justo!” Paula Fabiani, pres. do IDIS

Após dois anos de uma dura recessão, começamos 2018 com perspectiva de recuperação, ainda que lenta. Enquanto a inflação foi reduzida, a taxa de juros segue elevada. Abrimos o ano com a notícia de rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil pela agência internacional de risco Standard&Poor´s, que também tirou o selo de bom pagador de algumas empresas, estados e municípios, mas contamos com o aquecimento do mercado de trabalho formal…. Tudo isso somado à expectativa de uma disputa eleitoral já considerada uma das mais polarizadas do período da História da República.

O caminho a ser percorrido promete muito… Já iniciamos alguns desafios e queremos dividir com vocês, que acreditam na importância da filantropia para o crescimento do Brasil, alguns pontos da nossa agenda:

Advocacy: Fundos Patrimoniais  –  Após ser aprovado pelo Senado Federal, o Projeto de Lei 16/2015 vai, agora, tramitar na Câmara dos Deputados. Para a Lei passar na Casa Legislativa, será necessário trabalhar junto a parlamentares, lideranças empresariais, gestores, financiadores e doadores. “O cenário de eleições presidenciais pede celeridade de tramitação, o que é muito bom!  Não obstante, isso possivelmente exigirá do IDIS e seus parceiros enormes esforços para  acertar alguns pontos nas proposições legislativas no primeiro semestre de 2018”, explica a diretora de Projetos do IDIS, Raquel Coimbra. O PL 16/2015 originalmente estabelecia que apenas universidades públicas poderiam ter Fundos Patrimoniais, mas os senadores aprovaram o projeto permitindo a aplicação da Lei a instituições públicas culturais e a associações e fundações. Também ficou definido um incentivo fiscal para pessoas físicas e jurídicas sem ampliar a renúncia fiscal, além da determinação de que os fundos patrimoniais sejam criados em fundações privadas.

Pesquisa sobre o Potencial de Doação da Classe Média – No início deste ano, o IDIS, representante da CAF (Charities Aid Foundation) no Brasil, vai lançar o relatório Perspectivas para a Filantropia Global: o Potencial Transformador da Doação da Classe Média, com um capítulo especial sobre a situação no Brasil. A publicação foi elaborada pela CAF e traz dados sobre o potencial de uma crescente classe média se engajar em doações e fomentar o desenvolvimento de uma sociedade civil local, responsável e dotada de recursos.

 Diálogos Transformadores – O evento multimídia criado pela Folha de S. Paulo discute e aponta caminhos para assuntos emergentes da agenda sustentável. Especialistas, empreendedores sociais, representantes de ong´s e filantropos participam do evento transmitido ao vivo, pela Internet. Neste ano, a parceria é com o IDIS e o primeiro Diálogos Transformadores será em março, para debater o tema “Cultura de Doação”.

Campanha Cultura de Doação – Finalizada a etapa de planejamento, onde foram definidos o conceito criativo e o plano de ação, o IDIS vai dar continuidade à Campanha Cultura de Doação. O objetivo é fechar parcerias e lançar a campanha em todo o território nacional. Com o título “Campanha por uma Cultura de Doação – todo mundo tem uma causa, qual é a sua?” o IDIS quer ampliar um movimento para fortalecer e estabelecer um novo patamar para a participação cidadã e a cultura de doação no Brasil. “Somos considerado um povo solidário e com potencial  significativo para doar. Com o lançamento da campanha, queremos envolver instituições, cidadãos e organizações em um forte movimento”, defende a diretora de Relações Institucionais, Andrea Wolffenbuttel .

Folha de S. Paulo repercute dados que mostram as diferenças entre pobres e ricos quando o assunto é doação!

Matéria da Folha de São Paulo aprofunda a análise dos dados da pesquisa Country Giving Report Brasil, divulgada pelo IDIS, e ganha versão em inglês para a editoria de Business do jornal.  A repercussão nacional revela a importância desse tipo de levantamento para entender quem é, o que pensa e como age o doador brasileiro. A versão direcionada ao leitor de língua inglesa demonstra o interesse do público externo no desenvolvimento da cultura de doação no País e no comportamento dos brasileiros diante das demandas sociais.

A matéria, em português, pode ser lida em: https://goo.gl/j3GvCt

Para a versão em inglês, basta clicar em http://www1.folha.uol.com.br/internacional/en/business/2017/12/1946562-the-poor-in-brazil-donate-twice-more-than-the-rich.shtml

 

 

Plataforma tecnológica aplicada em empresas australianas encoraja funcionário a doar no local de trabalho

Atendendo a um convite da presidente do IDIS, Paula Fabiani, a diretora executiva da Good2Give, Lisa Grinham, apresentou os resultados e falou sobre os desafios para implantar a plataforma tecnológica que vem encorajando empresas e funcionários a doarem para organizações sociais e contribuindo com o fortalecimento da cultura de doação na Austrália e na Nova Zelândia: a  Good2Give.

Desde a sua criação, em 2001, a plataforma Good2Give (que recebeu o mesmo nome da organização social sem fins lucrativos fundada em 2000, na Austrália) já destinou US$ 175 milhões para mais de 5 mil organizações sociais. E o objetivo é alcançar US$ 300 milhões até 2020.  Após esses anos, ficou claro para os envolvidos que soluções tecnológicas eficazes podem garantir a empresas e organizações sociais maior agilidade ao colocar em prática suas estratégias, além de permitir melhores resultados. Ao utilizar modelos como o Good2Give´s Workplace Giving Platform, que possibilita doações no local de trabalho, por exemplo, conselhos e equipes de gerenciamento das empresas conseguem perceber o impacto do investimento nas comunidades onde operam e onde vivem os seus funcionários.

Durante a apresentação na sede do IDIS, em São Paulo, Lisa Grinham ainda ressaltou o quanto esse tipo de solução tecnológica torna mais fácil o ato de doar e receber, e fortalece a confiança das empresas e dos doadores individuais nas organizações sociais.

Para entender melhor essa plataforma de doação, acesse o site Good2Give: https://good2give.ngo/

Country Giving Report 2017: o brasileiro doa para se sentir bem!

A sequência de escândalos políticos e financeiros nos últimos anos só fortaleceu a já consolidada descrença dos brasileiros nas instituições. O real impacto disso na cultura de doação do País ainda está por ser avaliado. Mas uma pesquisa realizada pela Charities Aid Foundation, instituição sediada no Reino Unido e representada no Brasil pelo IDIS, revela um cidadão generoso, que gosta de doar. Além da satisfação pessoal (51%), o brasileiro também leva em conta a causa (41%) e a crença de que todos devem ajudar a resolver problemas sociais (40%).

Para revelar o comportamento do doador individual, os pesquisadores ouviram 1.313 pessoas em todo o território nacional – todos maiores de 18 anos e com acesso à Internet. O IDIS trouxe a pesquisa Country Giving Report 2017 para o País com a certeza de que o conhecimento e a reflexão sobre o comportamento do doador são armas poderosas para fazer da doação um tema mais presente nas pautas públicas e privadas do Brasil. A importância de pesquisas que nos ajudam a entender as motivações de um doador fica clara no espaço que esse tipo de estudo recebe nas mídias. Você pode acompanhar algumas das repercussões no programa Estúdio i, da Globonews, e no Jornal da Cultura Primeira Edição.  Basta clicar, aos 20’29” em http://tvcultura.com.br/videos/63333_jornal-da-cultura-1a-edicao-14-11-2017.html . E ainda em  http://g1.globo.com/globo-news/estudio-i/videos/v/pesquisa-mostra-que-68-dos-brasileiros-fizeram-caridade-no-ultimo-ano/6285787/

Assim como a pesquisa Doação Brasil, divulgada pelo Idis em 2016 e que pela primeira vez traçou o perfil do doador no País, os números do Giving Report 2017 Brazil surpreenderam.  A revelação de que mais de dois terços da população (68%) fez algum tipo de doação no último ano causa estranheza porque a doação filantrópica é um tema raro nas conversas dos brasileiros: “Doação não é um tema, não ouvimos comentários sobre isso no nosso dia a dia. Então, ficamos com a impressão de que os brasileiros não doam”, explica Paula Fabiani, diretora presidente do Idis.

As causas – O apoio a organizações religiosas mostrou-se a mais popular das causas:  quase metade (49%) das pessoas contribuíram para ela (o dízimo foi considerado doação pelos pesquisadores). Em seguida vem o apoio a crianças (42%) e a ajuda aos pobres (20%).

Os mais ricos representam a maior população relativa de doadores (86% – com renda familiar anual acima de R$ 50 mil), além de dedicarem os maiores valores para causas (média de R$ 300 por doação – entre aqueles com renda anual acima de R$ 100 mil).

Mas as famílias mais pobres doam uma fatia maior de sua renda. Entre a população com renda familiar anual até R$ 10 mil, 71% também doou alguma quantia no período pesquisado. O valor médio foi de R$ 100. O que representa 1,2% da sua receita, enquanto a fatia com renda anual acima de R$ 100 mil doa 0,4%.


Barreiras para novas doações – O brasileiro gostaria de doar mais e 59% disse que o faria se tivesse mais dinheiro.  Mas as barreiras não são apenas econômicas. As pessoas ainda não têm claro o papel das ONG´s. A falta de transparência das organizações, assim como a incerteza sobre como o dinheiro é gasto, gera insegurança. Além da desconfiança, Paula Fabiani atenta para a urgência do terceiro setor em trabalhar pontos determinantes para eliminar barreiras, tais como colocar a doação como mecanismo de participação social; e esclarecer que o papel das ONGs não é paliativo ou emergencial, mas de participação cidadã. As principais conclusões geradas pela análise sobre doações individuais no Brasil podem ser verificadas no site do Idis  https://www.idis.org.br/wp-content/uploads/2017/11/country-giving-report-2017-brasil.pdf

Perfil de doadores (e não-doadores) mostra que ainda há espaço para doar

A pesquisa Doação Brasil, que revela o que pensa e como se comporta o doador brasileiro (e o não-doador também), foi tema do programa Conexão Futura, do Canal Futura, que discutiu os desafios do Brasil para consolidar uma Cultura de Doação. Você pode acompanhar a entrevista com a diretora de Comunicação do Idis, Andrea Wolffenbuttel, e Beatriz Pantaleão, diretora da Fundação Gol de Letra.

https://www.youtube.com/watch?v=DrNg-LO4o9w

Em 2017 o #diadedoar será em 28 de novembro!

Com 35 países participantes, o Dia de Doar é a principal campanha no mundo de promoção da Cultura de Doação. Organizada pelo Movimento por uma Cultura de Doação, uma coalização de organizações e indivíduos do qual o IDIS faz parte, a mobilização incentiva a doação para organizações da sociedade civil.

No Brasil, o seu impacto é ainda maior, pois chama a atenção de milhões de brasileiros para a importância de fortalecer o trabalho das ONGs. Aqui, precisamos promover muito a doação e a responsabilidade que cada um tem em financiar as causas que defende e acredita em prol de um país melhor para todos.

Resultados do World Giving Index 2017, índice de solidariedade medido pela Charities Aid Foudantion (CAF) e divulgado pelo IDIS, mostram que cerca de 65% dos brasileiros gostariam de se engajar mais em causas sociais e serem mais participativos no cotidiano da transformação positiva que nossa sociedade anseia.

Realizado no Brasil desde 2013, o Dia de Doar foi criado no Estados Unidos com o nome #GivingTuesday – um contraponto ao #BlackFriday. Os participantes, indivíduos, empresas, governos podem cadastrar suas ações de doação e as ONGs podem registrar suas iniciativas de captação no site www.diadedoar.org.br.

World Giving Index 2017: voluntariado no Brasil bate recorde

Um em cada cinco brasileiros fez algum tipo de trabalho voluntário de acordo com o World Giving Index 2017, estudo feito pela Charities Aid Foundation (CAF), instituição com sede no Reino Unido e que no Brasil é representada pelo IDIS. O WGI, conhecido como ranking global de solidariedade, registra o número de pessoas que doaram dinheiro para uma organização da sociedade civil, ajudaram um estranho no mês anterior ao levantamento ou fizeram trabalho voluntário. Este ano, foram entrevistadas 146 mil pessoas em 139 países. O estudo foi divulgado no dia 5 de setembro em um evento no Centro Ruth Cardoso, em São Paulo, que reuniu representantes de organizações sociais e especialistas no tema da Cultura de Doação.

No levantamento anterior, 18% dos entrevistados diziam ter feito algum tipo de trabalho voluntário, percentual que chegou agora aos 20%, marca recorde para o Brasil desde que o levantamento começou a ser feito em 2009.
Mais da metade, 54% das pessoas ouvidas, disseram ter ajudado um estranho, número que se manteve estável em relação ao ano passado. O único comportamento que mostrou piora em 2017 foi o número de pessoas que doaram dinheiro. Depois de bater 30% em 2016, o índice agora caiu para 21%.

No geral, a pontuação do Brasil no World Giving Index caiu de 34% para 32%, o que levou o país a perder 7 lugares no ranking, ficando em 75º lugar. A pontuação do país caiu ligeiramente esse ano, mas ainda se mantém maior que em anos anteriores. É a segunda melhor colocação desde que o WGI foi criado.

“Apesar da queda do indicador geral, o voluntariado atingiu seu maior índice e nosso desafio é transformar essa tendência em uma pratica rotineira, independente de grandes eventos como foram os jogos olímpicos, reforça a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani.

Mundo
O WGI 2017 mostrou uma mudança no quadro mundial da generosidade. Enquanto a maioria dos grandes países do top 20, como as nações da Europa, Ásia e os Estados Unidos caíram no ranking, vários países da África subiram na tabela. A África foi o único continente que registrou crescimento nos 3 comportamentos de solidariedade.

Vinte por cento dos top 20 deste ano foram ocupados pelos países africanos (Quênia, Serra Leoa, Libéria, Zâmbia) e oito nações (Gana, Zâmbia, Serra Leoa, Libéria, Quênia, Zimbábue, África do Sul, Tunísia) viram sua pontuação aumentar mais de 5 pontos percentuais, ou seja, a África foi o continente que teve melhor desempenho.

Campeões
No geral, Myanmar foi o país mais generoso do mundo pelo quarto ano consecutivo, mas registrou queda na pontuação geral de 70% para 65%. A Indonésia foi o segundo, seguida pelo Quênia, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Alguns destaques
Este ano, o índice global teve uma piora em relação ao de 2016: doar dinheiro e ajudar um estranho recuaram 1,8 pontos percentuais, enquanto voluntariado caiu 0,8 pontos percentuais. O relatório sugere um declínio geral nos índices de solidariedade, especialmente entre as nações desenvolvidas. Apenas seis dos países do G20 aparecem no top 20.

O Quênia foi um dos destaques do WGI 2017 ao passar do 12º para o posto de terceira nação mais generosa.
Serra Leoa foi o país que teve a maior pontuação no quesito ajudar um estranho: 81% dos entrevistados relataram ter tido esse comportamento no mês anterior à pesquisa. O Camboja ficou na outra ponta, com apenas 18% de pessoas relatando ajudar um estranho.
O estudo na íntegra pode ser baixado em www.idis.org.br/world-giving-index-2017

IDIS fala sobre confiança na abertura do Festival ABCR 2017

A noite de abertura do Festival ABCR 2017 reuniu especialistas para uma importante reflexão: a queda crescente no nível de confiança dos indivíduos em relação às instituições. A presidente do IDIS, Paula Fabiani, participou da Plenária Magna abordando essa crise de representatividade e liderança que atinge, inclusive, o Terceiro Setor. Para aprofundar a reflexão foram apresentados alguns resultados da etapa qualitativa da Pesquisa Doação Brasil relativos ao tema da percepção e relacionamento com o governo.

De acordo com o estudo, realizado pelo IDIS e parceiros, o governo é percebido como o principal agente responsável pela justiça social no país. Porém há uma visão generalizada de inadequação da ação governamental ao bem-estar social ou mais diretamente no apoio à população necessitada. Ao governo se associa corrupção e falta de eficiência, afetando diretamente setores como saúde, educação e geração de empregos.

Além da presidente do IDIS, a Plenária Repensando vínculos em um mundo desconfiado, teve falas de representantes de outras importantes organizações: Lucas Pretti, da Change.org; Rodolfo Araújo, da Edelman Significa; e Tulio Malaspina do Instituto Update; tudo com moderação de Ader Assis, da Ader&Lang. Os especialistas mostraram resultados do Trust Barometer 2017 (pesquisa que mede o nível de confiança dos indivíduos nas instituições), abordaram o empoderamento do indivíduo e o poder de influenciar políticas públicas através das novas plataformas tecnológicas, e a crise de representatividade política no Brasil e na América Latina.

O Festival ABCR é um evento totalmente dedicado a discutir a captação de recursos para organizações da sociedade civil. Foram três dias de evento, entre 17 e 19 de maio, com mais de 100 horas de conteúdo total, e 550 participantes de todo o país. O público é formado por profissionais da área de captação e mobilização de recursos de organizações da sociedade civil, gestores de associações e fundações, além de acadêmicos, estudantes e pesquisadores do tema.
O IDIS esteve presente ainda com uma palestra sobre como os doadores individuais enxergam as organizações da sociedade civil. A diretora de comunicação, Andréa Wolffenbüttel, mostrou dados da etapa quantitativa da Pesquisa Doação Brasil para uma plateia de cerca de 50 pessoas.

Mais um passo rumo à Campanha por uma Cultura de Doação

Aconteceu neste 16 de maio, na sede da agência Edelman Significa em São Paulo, mais uma reunião de planejamento da Campanha por uma Cultura de Doação. Estiveram presentes representantes de diversas organizações que estão construindo esse programa junto conosco, como Abrinq, Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), Greenpeace, GIFE, Instituto Ayrton Senna, Instituto C&A, entre outras. No encontro, foi apresentada e discutida uma proposta de conceito criativo para campanha. O próximo passo é a elaboração do Plano de Ação da Campanha.

A construção da Campanha por um Cultura de Doação já começou!

Em fevereiro teve início a construção da Campanha por uma Cultura de Doação: foi realizada a primeira reunião com as organizações que formam o grupo de apoio para discutir e planejar a Campanha. O encontro foi sede da Edelman Significa, em São Paulo, agência selecionada para fazer o planejamento da Campanha. Estiveram presentes representantes de diversas organizações, entre elas, Fundação Abrinq, Captamos, Acorde, Greenpeace, Instituto Ayrton Senna, Setor 2 e ½ e Base Colaborativa.

“Sabemos que só conseguiremos conceber um planejamento de qualidade se ouvirmos todas as vozes que serão somadas aos insumos e insights fornecidos pela Pesquisa Doação Brasil, divulgada no ano passado pelo IDIS”, afirmou Andrea Wolffenbüttel, diretora de Comunicação e Relações Institucionais do IDIS. A Pesquisa Doação Brasil foi o primeiro estudo no país sobre o perfil do doador e do não-doador brasileiro. Além de conhecer o pensamento e comportamento da população com relação às doações, a pesquisa identificou fatores que podem facilitar a disseminação da cultura de doar e revelou também as possíveis barreiras.

Os objetivos da reunião na Edelman Significa foram refletir e discutir o conceito da campanha, esclarecer como será essa etapa inicial de planejamento e pensar coletivamente como poderia ser a execução das ações que serão propostas pela campanha. Assim como ocorreu com a Pesquisa Doação Brasil, a Campanha por uma Cultura de Doação será uma construção coletiva liderada pelo IDIS.

Durante a conversa foram debatidos temas tais como objetivo da campanha, público alvo, principais mensagens, metas e quais pontos atacar. A principal conclusão, que conseguiu obter o apoio unânime dos presentes, é que não se trata apenas de uma campanha para aumentar o volume de doações, senão algo mais ambicioso, que pretende mudar a cultura e a forma como o brasileiro entende e pratica a doação.

Por se propor a provocar uma mudança de comportamento, a Campanha terá de cobrir um extenso caminho, durante o qual, outras metas secundárias serão atingidas, tais como a compreensão das pessoas sobre o papel do terceiro setor e o aumento da confiança da sociedade nas organizações sociais.

Quarta edição do Dia de Doar mobilizou ONGs, empresas e indivíduos em todo país

DDD_REDESSOCIAIS7-002No dia 29 de novembro o Brasil se mobilizou para fortalecer a atuação de organizações sociais e incentivar a participação da sociedade na construção de um país com mais equidade. Neste dia foi realizada a quarta edição do Dia de Doar, um movimento mundial que incentiva a solidariedade e a promoção da cultura de doação. Organizações sociais que atuam em diversas áreas receberam doações.

“O Dia de Doar é mais uma oportunidade para estimular doações, e quem sabe fazer o Brasil subir mais no ranking mundial de solidariedade, medido pelo World Giving Index”, afirma Paula Fabiani, diretora presidente do IDIS. Segundo o Word Giving Index (Índice Mundial da Solidariedade) deste ano, os brasileiros subiram 37 posições no ranking da doação, saindo da 105º para a 68º.

Apesar da melhora, ainda existe muito espaço para evoluir, como apontou a Pesquisa Doação Brasil – estudo liderado pelo IDIS em parceria com diversas organizações sociais. “A pesquisa apontou que, em 2015, 46% dos brasileiros fizeram doações em dinheiro para ONGs, totalizando R$ 13,7 bilhões. O número parece alto, mas representa somente 0,23% do PIB, enquanto em outros países, as doações passam de 1% do PIB.”, completa Paula.

O Dia de Doar é é divulgado pelo Movimento por uma Cultura de Doação, uma coalizão de organizações e indivíduos que promovem a cultura de doação no país, do qual o IDIS faz parte. O Dia de Doar contou com 1 mil parceiros em 2016, entre ONGs, empresas e indivíduos. A campanha é parte de um movimento que surgiu em 2012 nos EUA, com o nome Giving Tuesday, em contraponto ao consumo excessivo do Black Friday. No Brasil, a primeira edição da campanha foi realizada em 2013, e desde 2014 o país faz parte oficialmente da edição global do Giving Tuesday.

Saiba mais: www.diadedoar.org.br

IDIS lança segunda parte da Pesquisa Doação Brasil

2016-08-18 10.15.01No dia 18 de agosto, o IDIS divulgou novos dados da Pesquisa Doação Brasil em uma Roda de Conversa realizada no Centro Ruth Cardoso, em São Paulo. O foco foi o relacionamento dos brasileiros com as organizações não governamentais (ONGs). Entre os dados revelados estão que 71% da população entende que as ONGs dependem de doações para obter recursos e funcionar e 44% concorda que essas instituições fazem um trabalho competente. Porém, apenas 26% dos entrevistados acham que a maioria das ONGs é confiável.

A pesquisa mostrou ainda que 64% dos doadores contribui apenas para uma instituição, sendo que 39% dos doadores já visitou pessoalmente a organização para a qual doa. A fidelidade se destaca neste item, já que 70% dos doadores disse que costuma doar sempre para a mesma ONG, ano após ano. Em 2015, as doações individuais dos brasileiros totalizaram R$ 13,7 bilhões – valor que corresponde a 0,23% do PIB do Brasil.

Quase dois terços dos entrevistados (61%) afirmam que as ONGs insistem demais ao pedir doações e 64% acreditam que ao se fazer uma doação, corre-se o risco de ser procurado por outras organizações. O levantamento serve de orientação para o trabalho dessas instituições, já que as pessoas deixaram bem claro rejeitar abordagens em domicílio e locais públicos.

“A pesquisa mostra que os brasileiros entendem a importância e valorizam o trabalho das ONGs, mas elas, como muitas outras instituições, acabaram se contaminando pela onda de escândalos e desconfiança que atinge o Brasil”, avalia Paula Fabiani, presidente do IDIS.

Estiveram presentes na Roda de Conversa cerca de 70 pessoas, representantes de organizações sociais que atuam nas mais diversas áreas. A pesquisa mapeou os hábitos de doação dos indivíduos e foi realizada sob encomenda pelo Instituto Gallup, que conversou com mais de dois mil entrevistados em todo país, com 18 anos ou mais, residentes em áreas urbanas e com renda familiar mensal a partir de um salário mínimo.

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS, em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Uma sequência de encontros de trabalho foi realizada envolvendo representantes de organizações da sociedade civil, universidades, mídia, fundações e redes e associações de classe ligadas aos temas de cultura de doação e captação de recursos.

A íntegra da Pesquisa Doação Brasil está disponível no site do IDIS, no endereço www.idis.org.br/pesquisadoacaobrasil.

Muito além de gráficos e tabelas: como a psicanálise enxerga a Pesquisa Doação Brasil

psicoQuantos doam? Quanto doam? Para quem doam? Essas foram as perguntas norteadoras e motivadoras da Pesquisa Doação Brasil, que geraram, como resposta, diversos números e percentuais sobre o comportamento do doador e não doador brasileiro. Mas nem tudo o que a Pesquisa identificou pode ser expresso por gráficos e tabelas. Com a intenção de aprofundar a análise, o IDIS convidou um grupo de psicanalistas da Sociedade Brasileira de Psicanálise/Seção São Paulo para se debruçar sobre os resultados da Pesquisa.

Em julho, um grupo de seis psicanalistas reuniu-se com a diretora de Comunicação e Relações Institucionais do IDIS, Andrea Wolffenbuttel. Durante um sábado inteiro os especialistas relacionaram o tema da doação com conceitos como desenvolvimento emocional, prazer, auto percepção, compensação, identificação, culpa, onipotência, narcisismo e desamparo, entre outros. “São insumos preciosos já que temos a intenção de fazer uma campanha por uma cultura de doação e precisamos compreender os mecanismos psicológicos que levam as pessoas a doar”, afirma Andrea.

Um dos resultados interessantes da Pesquisa foi que mesmo os brasileiros de baixa renda têm o hábito de doar. A dra. Regina Elisabeth Lordello Coimbra, que coordenou o grupo, afirmou não se surpreender com a informação. “A decisão de doar quase sempre depende mais da pessoa sentir que tem algo de bom dentro de si, que pode compartilhar, do que do fato objetivo de ter muito dinheiro ou não”, explica.

As reflexões e discussões foram registradas e serão transformadas em um texto a ser publicado junto com a íntegra dos resultados da Pesquisa. O lançamento deste material está previsto para outubro de 2016. “Para construir a Pesquisa, o IDIS precisou da ajuda de organizações, especialistas, pesquisadores, jornalistas, filantropos e doadores. É natural que, para entender os resultados, também sejam necessários os saberes de muitas áreas de conhecimento”, conclui a diretora de Comunicação e Relações Institucionais do IDIS.

Resultados foram divulgados em evento em São Paulo

idis-doacoes-117A pesquisa Doação Brasil foi extremamente bem recebida por todos que acompanharam a divulgação durante evento realizado no dia 15 de junho, na Oxigênio Aceleradora, em São Paulo. Começamos a manhã ao lado de tantos amigos e parceiros e ainda mais com a boa notícia de que o brasileiro é solidário. Tudo isso nos deixou muito felizes, mas sabemos que ainda há um longo caminho pela frente para construirmos uma verdadeira e sólida cultura de doação no Brasil.

O evento reuniu muitos apoiadores da Pesquisa, tanto aqueles que contribuíram financeiramente, quanto os que colaboraram doando tempo e conhecimento.

A representante de uma das apoiadoras, Joana Castello Branco, do Instituto C&A, disse que, ao traçar o perfil do doador no Brasil, o IDIS abre espaço para um importante diálogo sobre como podemos fomentar a cultura de doação, fortalecendo assim as organizações da sociedade civil. “Os dados gerados pela pesquisa são importantes e revelam que temos muito trabalho e muitas oportunidades pela frente”, ressaltou Joana.

Marcelo Furtado, diretor executivo do Instituto Arapyaú relembrou o processo de criação coletiva que norteou a Pesquisa e expressou o desejo de que os resultados sirvam de instrumento para o desenvolvimento de novas iniciativas que venham fortalecer o terceiro setor.

Para a head de SMB e ONGs da PayPal Brasil, Gabriela Szprinc, o apoio à pesquisa Doação Brasil reforça o objetivo da empresa em estimular o aumento do conhecimento sobre este setor tão relevante para o país e a sociedade e contribuir, assim, com seu desenvolvimento.

O diretor de negócios do Instituto Ayrton Senna, Thiago Fernandes, afirmou que a pesquisa feita pelo IDIS é pioneira e muito importante para que as ONGs possam começar a entender o perfil e as motivações do doador brasileiro. Além disso, segundo ele, as informações também vão permitir que as ONGs trabalhem melhor a comunicação com seus stakeholders, mostrando não só o resultado do seu trabalho e a importância dele para a sociedade brasileira, mas também reforçando a cultura do giving back. “Parabéns IDIS pela iniciativa e pioneirismo”, disse.

E nós não só agradecemos mas também damos os parabéns a todos que, junto conosco, buscam uma sociedade mais justa e acreditam no potencial do povo brasileiro.

Confira as fotos do evento de lançamento: https://www.facebook.com/IDISNews/photos/?tab=album&album_id=1760376834197494

Pesquisa é tema de reportagem do Jornal Nacional

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Aproveitando a onda de frio no país, o Jornal Nacional, da Rede Globo, fez uma reportagem sobre a mobilização da sociedade para ajudar os mais pobres e apresentou os resultados da Pesquisa Doação Brasil. A reportagem foi ao ar no dia 18 de junho. O telejornal da Rede Globo é um espaço importante para falar de um tema que precisa do apoio ainda maior dos brasileiros. Confira!

http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/pre-inverno-congelante-multiplica-doacoes-de-roupas-de-frio/5104597/

 

Surpresas e mistérios da Pesquisa Doação Brasil

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Indiscutivelmente, a maior surpresa proporcionada pela Pesquisa Doação Brasil foi a constatação de que temos uma cultura de doação. O fato de que 77% da população praticou algum tipo de doação ao longo de 2015 mostra que o hábito de doar faz parte da vida do brasileiro. Sabemos que em termos de número de praticantes e valores arrecadados estamos bem aquém dos países com cultura de doação mais arraigada – o que indica que ainda temos um caminho a percorrer -, mas a notícia, por si só, merece comemoração.

A pergunta que se segue é por que não temos essa percepção no cotidiano. A própria pesquisa traz alguns indícios e o principal deles é que mais de 80% da população acha que o doador não deve falar que faz doações. Ou seja, doar é um ato íntimo que não deve ser comentado ou divulgado. Essa postura, provavelmente imbuída de valores nobres como humildade e discrição, contribui para dificultar a identificação do doador. Mas seguramente esta não é a única explicação e precisaremos analisar a questão com mais profundidade e sob as lentes de diversas áreas de conhecimento.

Outro dado curioso diz respeito às causas que mais sensibilizam os brasileiros. Enquanto os grandes investidores sociais privados concentram pesadamente suas doações na área da Educação, os brasileiros apontam a Saúde como a área social mais preocupante e sensibilizadora. Essa percepção foi corroborada por doadores e não doadores, em mais de uma pergunta. A desigualdade de percepção sobre qual o maior problema social presente talvez seja fruto da diferença de opinião daqueles que lidam diariamente com os serviços públicos e daqueles que não têm contato com essa realidade e tomam suas decisões com base em pensamento estratégico e cálculo do maior retorno social do investimento.

Além dessa diferença de perspectiva, também existe o fato de que alguns levantamentos recentes mostraram que muitos pais estão satisfeitos com a qualidade da Educação que os filhos recebem na rede pública. Apesar dessa postura ser quase chocante para aqueles que comparam nossa Educação com a de outros países mais desenvolvidos, esses pais apenas estão reagindo a uma pequena melhora do serviço se comparado com o que eles mesmos receberam quando estudaram na rede pública.

A influência da religião sobre o ato de doar não chega a ser surpresa, uma vez que quase todas as religiões pregam alguma forma de caridade, mas o fato de que quase um terço das doações para organizações sociais vão para entidades/ações que têm algum tipo de vínculo com igrejas (não incluindo aqui o pagamento de dízimos) mostra como as igrejas ainda são muito fortes no Brasil, quando se trata de ações sociais.

Essa é uma tradição herdada de decisões tomadas no século XIX, na época da vinda da Família Real. Foi nesse período que o Imperador João VI determinou que os serviços de Saúde e Educação seriam prestados pela Igreja Católica e, para apoiá-la, criou a Santa Casa, entidade hospitalar que existe até hoje, agora reestruturada em termos de governança, mas que mantém seu nome e é o único hospital em muitas cidades deste imenso país.

Enfim, a análise dos resultados da Pesquisa Doação Brasil está apenas começando e será feita por grupos multidisciplinares que aportarão, cada um, seu diferente instrumental. O relatório final da Pesquisa será lançando no V Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, que vai acontecer no dia 6 de outubro.

IDIS divulga resultados da Pesquisa Doação Brasil

idis-doacoes-76Ao longo do ano passado, 77% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação, sendo que 62% doaram bens, 52% doaram dinheiro e 34% doaram seu tempo para algum trabalho voluntário. Se considerarmos apenas os que doaram dinheiro para organizações sociais, são 46%. No ano de 2015, as doações individuais dos brasileiros totalizaram R$ 13,7 bilhões, valor que corresponde a 0,23% do PIB do Brasil.

Esses resultados integram o mais completo estudo já feito no país sobre o perfil do doador brasileiro. A ideia é que a Pesquisa Doação Brasil se repita com uma frequência entre três e cinco anos para que seja possível acompanhar a evolução da cultura de doação no país. O levantamento, encomendado ao Instituto Gallup, entrevistou 2.230 pessoas em todo país, com 18 anos ou mais, residentes em áreas urbanas e com renda familiar mensal a partir de um salário mínimo.

“A Pesquisa Doação Brasil revela um retrato jamais visto, que servirá de base para uma grande campanha pela cultura de doação no país”, relata Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS – Instituto pelo Desenvolvimento do Investimento Social, que liderou a realização da pesquisa.

Levando em conta as regiões do Brasil, em números absolutos, o Sudeste aparece em primeiro lugar, concentrando 43,5% dos doadores. O Nordeste vem na sequência com 31%. Depois aparecem o Sul, com 13%, Norte com 6,5% e Centro Oeste com 6%. Mais de um terço dos doadores, 36%, fizeram uma doação por mês ao longo do ano passado. Essas doações ficam na faixa de R$20 a R$40 mensais, ou seja, de R$240 a R$480 por ano.

As mulheres doam para organizações com mais frequência que os homens, 49% contra 42%. De acordo com o estudo, o perfil do típico doador brasileiro é mulher com instrução superior, praticante de alguma religião, moradora das regiões Nordeste ou Sudeste, com renda individual e familiar acima de 4 salários mínimos. Três grandes temas sensibilizam o doador em dinheiro: em primeiro lugar é a saúde, com 40% das respostas, crianças ocupam a segunda colocação, com 36%, seguidas por combate à fome e à pobreza, com 29%.

Oitenta por cento dos entrevistados disseram não se deixar levar pela emoção na hora de doar, sendo que apenas 20% admitiram praticar este ato por impulso. “Esse resultado é muito positivo para nós, afinal prova que o brasileiro tem grande consciência na hora de doar”, destaca Paula Fabiani. A principal razão para uma pessoa doar dinheiro é a solidariedade com os mais necessitados, indicando que existe uma forte ligação entre o ato de doar e a gratificação emocional.

A religião também exerce grande influência no hábito de doar dos brasileiros. Entre os que se declaram católicos na pesquisa, 51% praticam a doação em dinheiro. Entre os espiritas, esse porcentual chega a 58%. Entre os evangélicos entrevistados, 45% disseram fazer doação em dinheiro. Não são considerados aqui os pagamentos de dízimos ou mensalidades para associações.

A Pesquisa Doação Brasil mostra não existir uma relação direta entre o tamanho da cidade e a prática de doação em dinheiro, ou seja, mesmo fora das grandes cidades, o brasileiro também doa. Porém, existe uma forte relação entre idade e a prática da doação em dinheiro. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência deste tipo de doação. O mesmo acontece em relação ao grau de instrução. Pessoas com nível superior, praticam mais doação em dinheiro.

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS, em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Uma sequência de encontros de trabalho foi realizada envolvendo representantes de organizações da sociedade civil, universidades, mídia, fundações e redes e associações de classe ligadas aos temas de cultura de doação e captação de recursos.

O resultado final da pesquisa será difundido abertamente para todos os interessados, com intuito de fortalecer a cultura de doação no país e contribuir na capacitação da sociedade na captação de recursos.
* A íntegra da pesquisa Doação Brasil está disponível no site do IDIS, no endereço www.idis.org.br/pesquisadoacaobrasil

IDIS participa de discussões sobre cultura de doação e avaliação de impacto no Congresso GIFE

IMG_2968Em março, o IDIS foi convidado a relatar suas experiências em dois encontros temáticos realizados dentro da programação aberta do Congresso GIFE. A presidente do IDIS, Paula Fabiani, participou do encontro Retorno financeiro do Investimento social: metodologias para medir impacto para o negócio e para a sociedade ao lado do Instituto Votorantim, Fundação Bunge e da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). O objetivo da sessão foi apresentar metodologias de avaliação a partir de cases concretos de aplicação e influenciar um novo olhar sobre os impactos no desenvolvimento da sociedade e na tomada de decisão do negócio para suas prioridades de investimento social. Paula Fabiani apresentou o potencial do Retorno Social do Investimento (SROI), uma metodologia trazida para o Brasil pelo IDIS que faz uma avaliação completa dos impactos sociais do projeto sobre todos os envolvidos. “O SROI permite atribuir valores financeiros aos benefícios, de modo a poder comunicar os resultados de uma maneira mais facilmente compreensível para financiadores ligados ao setor privado. É uma ferramenta criteriosa e útil”, aponta Paula.

A diretora de Comunicação e Relações Institucionais do IDIS, Andrea Wolffenbüttel, apresentou os resultados preliminares da Pesquisa Doação Brasil no encontro Culturas de doação: práticas e aprendizados, moderada pelo WINGS e com a participação de outras organizações internacionais. O objetivo foi aprofundar o conhecimento sobre cultura de doação em diversos países dentro de um contexto de mudança de entendimento de Investimento Social Privado (ISP) e filantropia.  Esta sessão faz parte de uma discussão global para identificar tendências e documentar casos, em um esforço conjunto para avançar na compreensão sobre o ISP em suas diferentes formas. “Em parceria com outras organizações, o IDIS está realizando uma pesquisa nacional que vai mapear o comportamento do brasileiro em relação à doação. Os resultados servirão para nortear estratégias para promover a cultura de doação no Brasil”, informa Andrea.

O Congresso GIFE é um encontro sobre investimento social e reúne lideranças de investidores sociais do país, além de dirigentes de organizações da sociedade civil, acadêmicos, consultores e representantes de governos, proporcionando um espaço para aprendizado, relacionamento e troca de experiências. Neste ano, o Congresso foi realizado em São Paulo entre os dias 30 de março a 1º de abril tendo como tema central o sentido público do investimento social privado.

Entre os diversos projetos para 2016, o IDIS irá realizar ações com foco na cultura de doação e na avaliação de projetos sociais

10492333_1711380795763765_6379095451445460814_nApesar das preocupações com o ano de 2016, o IDIS já tem vários projetos em andamento e outros que serão implantados nos próximos meses. “O ano de 2016 será muito difícil para todos os setores e o setor sem fins lucrativos sofre ainda mais. Apesar deste cenário estamos com diversas frentes em andamento que certamente renderão bons frutos para o setor social”, afirma a diretora presidente do Instituto, Paula Fabiani. Ela conta quais serão as principais novidades em 2016. Confira!

Cultura de Doação

Em abril, será lançada uma pesquisa que vai traçar o perfil do doador e do não-doador brasileiro. Com base nesse estudo, intitulado Pesquisa Doação Brasil, vamos fazer uma campanha para uma cultura de doação. A etapa de “campo” ou quantitativa da pesquisa teve início agora em março. Um time de cerca de 20 profissionais do Instituto Gallup – responsável pelo levantamento de dados – irá entrevistar mil doadores e mil não doares de todo o Brasil e traçar um perfil do comportamento e das motivações de cada um. Ainda com foco no estímulo a uma cultura de doação pretendemos desenvolver também em 2016 uma plataforma de doação via desconto na folha de pagamento.

A pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS, em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Uma sequência de encontros de trabalho foi realizada envolvendo representantes de organizações da sociedade civil, universidades, mídia, fundações e redes e associações de classe ligadas aos temas de cultura de doação e captação de recursos. O resultado final da pesquisa será difundido abertamente para todos os interessados, com intuito de fortalecer a cultura de doação no país e contribuir na capacitação da sociedade na captação de recursos.

Encontro anual

No segundo semestre vamos realizar a quinta edição do Fórum de Filantropos e Investidores Sociais. O tema para este ano de 2016 é o Novo capitalismo: sonho ou realidade. O Fórum é uma iniciativa conjunta do IDIS e do Global Philanthropy Forum (GPF). O objetivo é oferecer um espaço exclusivo para a comunidade filantrópica reunir-se, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica na promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira.

Avaliação de projetos sociais

Vamos lançar em breve um manual e iniciar um curso sobre uma metodologia que trouxemos para o Brasil. Internacionalmente reconhecido, o método Social Return On Investment (SROI) determina o retorno social de uma intervenção/organização social através da comparação entre o valor dos recursos nela investidos e o valor do impacto social gerado. O curso será o primeiro no Brasil dessa metodologia.

Assista o vídeo com a diretora presidente do IDIS, Paula Fabiani:

https://www.facebook.com/IDISNews/videos/1713945398840638/

 

Cofundador da Nike doará US$ 400 milhões para pesquisas sobre problemas mundiais

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Co-fundador e presidente da Nike, Philip H. Knight, afirmou que irá doar US$ 400 milhões para a Universidade de Stanford recrutar estudantes de pós-graduação em todo o mundo para resolverem os problemas mais intratáveis ​​da sociedade, incluindo a pobreza e as alterações climáticas.

A doação para o novo Programa Knight-Hennessy de Bolsas de Pesquisa, que tem como modelo as bolsas de pesquisa Rhodes, se equipara a uma das maiores doações pessoais já recebidas por uma universidade: os US$ 400 milhões que o magnata de hedge funds, John Paulson, deu a Harvard em 2015 para realizar melhorias na escola de engenharia. O projeto de Stanford tem por objetivo melhorar o mundo. “Isso é usar a educação para beneficiar a humanidade e eu acho que realmente poderia ser transformadora “, afirmou Knight em entrevista ao New York Times.

O ambicioso objetivo do programa foi concebido pelo reitor de Stanford, John Hennessy – um engenheiro de computação e empreendedor tecnológico que pretende deixar o cargo na metade de 2016. Durante os 16 anos em que esteve à frente da Universidade, Hennessy alimentou a relação simbiótica entre Stanford e o Vale do Silício e elevou a dotação de capital da universidade em US$ 9 bilhões a mais dos US$ 22 bilhões do período.

O programa, anunciado dia 24 de fevereiro na Universidade de Stanford, já arrecadou US$ 750 milhões, tornando-se um dos programas de bolsa de estudos mais bem capitalizados do mundo. Esse tipo de megadoação para universidades de elite tem seus críticos, que argumentam que ego e prestígio importam mais do que a excelência acadêmica. Independente das motivações, a tradição, criada nos Estados Unidos, que leva os alunos bem sucedidos a ‘devolver’ o que receberam na faculdade por meio de doações a fundos patrimoniais e a projetos específicos, como é o caso do Programa Knight-Hennessy,  tem garantido não só a sobrevivência, como a excelência das instituições de ensino e uma produção de conhecimento inigualável no mundo.

 (Texto baseado em reportagem de Alessandra Stanley, do New York Times)

Como se comportam doadores do Brasil e do mundo

Por Paula Fabiani

O tema das doações vem ganhando destaque no Brasil no último ano. A corajosa decisão de Elie Horn, dono da Cyrela, de se juntar ao movimento Giving Pledge e se comprometer a doar 60% (isso mesmo, 60%!) de sua fortuna em vida é realmente uma notícia positiva e um maravilhoso exemplo para indivíduos detentores de grandes fortunas no país. Entramos para o radar do mundo nesta questão como mostra o destaque dado ao Brasil no webinar ‘Analisando as tendências globais de doação’, realizado antes do Carnaval pela WINGS (Worldwide Initiative for Grantmaking Support), uma associação global de organizações que apoiam a filantropia no mundo.

Susan Pinkney, coordenadora de Pesquisas da CAF (Charities Aid Foundation), da Grã-Bretanha, destacou que, no mundo todo, há um crescimento do volume de doações para organizações sociais e das iniciativas individuais de ajuda a estranhos, enquanto o número de pessoas que realizam trabalho voluntário vem caindo. O aspecto cultural que mais chama a atenção é a forte presença dos países de língua inglesa entre os mais generosos do mundo. No ranking do World Giving Index (Índice Global de Solidariedade) aparecem cinco países de língua inglesa entre os seis primeiros colocados. Susan também mostrou que, nem sempre, uma economia rica implica em generosidade. Apenas cinco países do G20 (grupo que reúne os vinte países mais ricos do mundo) constam entre os 20 mais generosos, sendo Mianmar (a antiga Birmânia), país com PIB per capita de US$ 824 (14% do PIB per capita brasileiro) o primeiro colocado! Este país chegou ao topo por influência da religião budista, adotada pela grande maioria da população, que prega a doação como uma das obrigações dos fiéis. Mais de 90% da população realiza doações.

Maria Chertok, diretora da CAF Rússia, relatou que, em seu país não existe a tradição de doação para organizações sociais. Apesar do povo russo ser considerado generoso, o percentual de pessoas que contribuem para organizações sociais é muito baixo, cerca de 9%, contra uma média mundial de 31,5%. Ela explica que o grande obstáculo é a falta de confiança nas instituições e, por isso, os russos preferem doar diretamente para os necessitados, em vez fazê-lo para organizações sociais. Mesmo assim, o volume de doação vem crescendo, ainda que lentamente, e Maria acredita que, na medida em que a população tenha mais acesso a informações sobre os resultados dos projetos e trabalhos das ONGs, esse quadro pode mudar.

Mas e o Brasil? Infelizmente, as informações sobre nosso país não são positivas. O Brasil vem caindo sistematicamente no ranking de países mais solidários e isso, talvez, possa ser atribuído à crise política iniciada há cerca de três anos, fazendo com que os brasileiros temam pelo futuro e passem a pensar mais em si próprios. O único ponto em que o Brasil vem registrando crescimento é na ajuda a estranhos, o que demonstra que, apesar de doar menos recursos financeiros, os brasileiros continuam sensíveis quando percebem alguém em necessidade.

Neste cenário, o que é possível fazer? Em primeiro lugar, tentar entender melhor a nossa realidade. O IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), em parceria com organizações da sociedade civil, está conduzindo uma pesquisa, em escala nacional, para mapear o comportamento do brasileiro em relação à doação. Os resultados desse levantamento vão servir de base para que todos os interessados possam traçar estratégias para promover a cultura de doação no Brasil!

Paula Fabiani é diretora-presidente do IDIS (Instituto pelo Desenvolvimento do Investimento Social) – www.idis.org.br

Artigo publicado na Folha de S. Paulo em fevereiro de 2016

Artigo publicado na Folha de S. Paulo aborda a cultura de doação

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“Como se comportam doadores do Brasil e do mundo”, foi o tema de um artigo escrito pela diretora presidente do IDIS, Paula Fabiani, e publicado na coluna Empreendedor Social do jornal Folha de S. Paulo. A partir de um webinar realizado pelo WINGS (Worldwide Initiatives for Grantmaker Support), Paula fala da experiência de vários países e da realidade brasileira.

Vale a leitura pelo link:
http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/colunas/2016/02/1740055-como-se-comportam-doadores-do-brasil-e-do-mundo.shtml

França obriga supermercados a doarem alimentos que seriam descartados

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A França tornou-se o primeiro país do mundo a proibir supermercados de jogarem fora ou destruir alimentos não vendidos, forçando-os a doá-los para instituições de caridade e bancos de alimentos. A determinação vem de uma lei aprovada por unanimada pelo Senado francês que prevê o destino a ser dado pelos supermercados a alimentos que se aproximam do final do prazo de validade. A lei atende a uma campanha popular na França realizada por ativistas contra a pobreza e o desperdício de alimentos. “Esta batalha está apenas começando. Agora temos de combater o desperdício de alimentos em restaurantes, padarias, cantinas escolares e cantinas de empresas” disse Arash Derambarsh, idealizador da campanha ao jornal britânico The Guardian. Ativistas esperam agora convencer a União Europeia a adotar legislação semelhante nos Estados-Membros.

Para cumprir a lei os supermercados deverão assinar um “contrato de doação”, que vai detalhar como os alimentos serão doados para as instituições de caridade. Quem não respeitar as novas regras poderá ser multado em até 75 mil euros ou penalizado com sentença de prisão. A lei vale para supermercados que possuem mais de 400 metros quadrados de área. A lei também prevê que essas instituições terão que armazenar a comida recebida em condições adequadas e distribuí-la de forma digna. Elas já começaram a convocar mais voluntários e ajudantes para auxiliar na triagem e distribuição de produtos aos necessitados.

Até agora os bancos de alimentos franceses receberam 100 mil toneladas de bens doados, dos quais 35 mil toneladas vieram de supermercados. “Um aumento de 15% em alimentos provenientes de supermercados significa mais de 10 milhões de refeições a serem entregues a cada ano”, afirmou Jacques Bailet, da organização Banques Alimentaires.

Ainda de acordo com dados publicados pelo jornal britânico a cada ano, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados em todo o mundo. Um relatório publicado em 2015 mostrou que famílias do Reino Unido jogaram fora 7 milhões de toneladas de alimentos em 2012, o suficiente para encher nove vezes o estádio de Wembley, em Londres.

Etapa qualitativa da Pesquisa Doação Brasil aponta tendências

Os brasileiros demonstram menos sensibilidade às causas ambientais. Esta é uma das tendências que indicam os resultados preliminares de uma pesquisa que pretende traçar o perfil do doador brasileiro. Em sua primeira etapa, com dez grupos focais de três cidades distintas, os participantes demonstraram maior simpatia pelas causas envolvendo crianças, idosos, educação, saúde e geração de emprego. Temas como dependência química, proteção aos animas e apoio ao esporte foram recebidos de formas bem diversas. Enquanto alguns participantes rejeitaram fortemente, outros, em sua maioria os que já tiveram algum contato com esse tipo de problema, demonstraram grande apoio. A surpresa maior foi o baixo entusiasmo pelas causas ambientais, exceto pelo grupo mais jovem, os demais não listaram a defesa do meio ambiente como uma de suas causas favoritas. Mas todas essas tendências ainda serão checadas e confirmadas na etapa qualitativa da pesquisa.

 

 

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS, em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Uma sequência de encontros de trabalho foi realizada envolvendo representantes de organizações da sociedade civil, universidades, mídia, fundações e redes e associações de classe ligadas aos temas de cultura de doação e captação de recursos.

O resultado final da pesquisa será difundido abertamente para todos os interessados, com intuito de fortalecer a cultura de doação no país e contribuir na capacitação da sociedade na captação de recursos.

 

Paula Fabiani e Heródoto Barbeiro conversam sobre Filantropia

A criação de uma cultura de doação no Brasil vai ganhando espaço na pauta. Um esforço que tem no IDIS um braço importante. A presidente do Instituto, Paula Fabiani, esteve, no final do ano passado na Record News. Num bate papo com o apresentador Heródoto Barbeiro, esse foi um dos temas. Além disso, as doações, os impostos que impactam o setor, o futuro da filantropia, as leis de incentivo e os cases de sucesso foram tema da conversa.

Clique aqui para assistir à entrevista.

 

Heródoto e Paula Fabiani

 

 

Filantropia em tempos de crise

Logo Fórum 2015O IDIS realizou, em novembro deste ano o IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, cujo tema transversal foi “Filantropia em tempos de crise”. Um tema atual tratado com um olhar diferente. Tivemos um dia inteiro de discussões sobre como investidores sociais podem usar seus recursos e experiências bem sucedidas para ajudar o Brasil a sair fortalecido do difícil momento que está atravessando.  O sucesso do Fórum e a presença de tantos parceiros e pessoas interessadas em fazer o bem só reforça o nosso desejo de trabalhar, cada vez mais, pelo resgate de valores no país.

Veja aqui a opinião de alguns palestrantes.

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A exceção que virou regra

Logo Fórum 2015A diretora -presidente do IDIS, Paula Fabiani, chamou empresários e filantropos para se unirem contra a crise e por um país mais correto e justo. Paula, no seu discurso de boas-vindas ao IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, lembrou que o momento pelo qual passamos requer atenção não apenas pelas questões econômicas, mas pela exposição global de práticas das quais não temos motivos para nos orgulhar. A corrupção endêmica praticamente, é o oposto do que ser quer para o país.

“Hoje a exceção virou regra”, lembrou a presidente, que alertou que os filantropos não podem assistir quietos os agravamentos sociais e as rupturas de valores que estamos presenciando, e que é preciso, mais do que nunca, a união de forças.

 

Assista à mensagem de Paula Fabiani

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Como e o que pensam os jovens filantropos

Logo Fórum 2015O que as novas gerações estão trazendo em termos de transformação para a filantropia brasileira? O que pensam esses jovens que estão hoje à frente de instituições sejam mais antigas ou que surgiram mais recentemente, mas que têm um forte viés familiar? Como mudar e trazer novas ideias e enfrentar os desafios para seguir adiante e ao mesmo tempo resgatar valores importantes que se perderam diante da atual crise que vivemos?

Esses temas foram debatidos no painel “O olhar da próxima geração de filantropos”, durante o IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais . O mediador foi o Secretário Geral do GIFE, André Degenszajn, que recebeu Inês Mindlin Lafer, diretora do Instituto Betty e Jacob Lafer, Eduarda Penido Della Vecchia, diretora da Fundação Lúcia e Pelerson Penido e Raphael Klein, fundador do Instituto Samuel Klein.

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Grandes filantropos, grandes palestras

Logo Fórum 2015O tema proposto pelo IDIS neste IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, ‘Filantropia em Tempos de Crise’, suscitou muitas discussões sobre o futuro das instituições filantrópicas, sobre o papel das novas gerações de filantropos e o poder de mobilização da sociedade para ajudar mudar o cenário do Brasil em um momento de crise como o atual. Como bem disse a diretora do Global Philanthropy Forum, Suzy Antounian, “…nas crises surgem oportunidades para mudanças estratégicas”.  Aqui estão algumas das questões levantadas durante o encontro para a nossa reflexão e que mostram os desafios que temos pela frente não apenas para superar as adversidades, mas também para buscarmos a consolidação de uma cultura de doação no país.

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Daniel Feffer, vice-presidente da Suzano Holding: “Empresas que estão começando agora dificilmente se preocupam com responsabilidade social. Elas precisam se sustentar primeiro”, diz Feffer.

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Afonso Carrillo, filantropo guatemalteco e fundador do do Movimento MelmportaGuate, se mostrou encantado com o Brasil. “É um grande povo, um país maravilhoso …não podemos esperar por novas crises. É hora de agir, mas sei que não é fácil. Temos que resgatar valores e princípios”.

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Elie Horn, presidente do Instituto Cyrela, falou sobre como promover a filantropia: “Conscientizando os ricos. Sem dinheiro não se faz nada”.

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Guilherme Leal, co-presidente do Conselho da Natura, disse que um dos problemas que enfrentamos, é que o Brasil não estimula você a ser filantropo: “A filantropia é essencial, mas é absolutamente insuficiente”, diz. “O que faz um jovem mudar o rumo da vida? É querer ser milionário. Isso é muito pouco!”.

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1º de dezembro é o Dia de Doar

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O primeiro dia do mês de dezembro deste ano será o Dia de Doar. Um dia especialmente dedicado para que as pessoas prestem atenção a todas as possibilidades existentes para se fazer uma doação a alguém ou a alguma organização necessitada. Pode ser doação em dinheiro, pode ser doação de tempo, de atenção, de carinho. O importante é doar algo para transformar a vida do outro e para transformar o entorno em um lugar mais acolhedor para todos.

O site www.diadedoar.org.br tem sugestões de ações para indivíduos, empresas, governo e organizações não governamentais. O IDIS produziu material de divulgação do Dia de Doar e doou boa parte para a Associação Brasileira de Captadores de Recursos, que visitou várias cidades brasileiros convidando todos a aderir à data.

Não deixe o Dia de Doar passar em branco! Ainda dá tempo!

 

 

Brasil perde 15 posições no ranking mundial de solidariedade

O estudo anual World Giving Index, da Charities Aid Foundation (CAF), mostra que cada vez menos brasileiros doam dinheiro ou tempo de voluntariado para ajudar boas causas, apesar da quantidade de brasileiros que ajudam pessoas desconhecidas ter registrado um discreto crescimento em 2014, subindo de 40% em 2013 para 41% no ano passado, o que representa um acréscimo de cerca de 2,5 milhões de pessoas.

O World Giving Index, divulgado no Brasil pelo IDIS, é um estudo anual sobre o comportamento global de solidariedade baseado em pesquisas realizadas em 145 países, analisando três indicadores de doação: a porcentagem de pessoas que fizeram doações em dinheiro, dedicaram tempo de voluntariado e ajudaram um desconhecido no último mês anterior à pesquisa. O Brasil caiu 15 posições no índice, saindo da 90ª para a 105ª posição.

Gráfico WGI 2015 Brasil

Para a presidente do IDIS, Paula Fabiani, ainda há um longo caminho a percorrer até que a doação no Brasil alcance níveis de países similares ao nosso. “Em virtude da situação econômica, é provável que as pessoas sintam que têm menos tempo e dinheiro para doar”, diz Paula.

Em 2014, uma em cada cinco pessoas (20%) afirmou ter doado dinheiro no Brasil. Isso é menos do que os 22% de 2013 e é a porcentagem mais baixa registrada nos últimos seis anos. Os brasileiros com 50 anos ou mais continuam sendo os mais propensos a doar, apesar do segmento ter registrado queda no ano passado. Já entre os mais jovens, que são o grupo menos propenso a doar, o percentual de doadores está aumentando.

Clique aqui para acessar a íntegra do relatório World Giving Index 2014-15.

Campanha de crowdfunding para Pesquisa Doação Brasil termina com sucesso

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NOSSO MUITO OBRIGADO A TODOS OS QUE PAGARAM PARA VER!

Depois de 60 dias no ar, a campanha de crowdfunding ‘Você paga para ver?’ terminou com sucesso e atingiu a meta de arrecadar 50 mil reais. Criada para complementar os recursos necessários para a realização de uma pesquisa sobre doação no Brasil, a campanha, veiculada na plataforma Juntos.com.vc, mostrou que o tema ainda não sensibiliza muito o público, e foi necessário o apoio de grandes doadores para alcançar o valor estipulado, o que contraria um pouco o espírito do crowdfunding.

Mesmo assim, estamos muito contentes. Foram 84 doadores, majoritariamente pessoas físicas, que atenderam ao convite de contribuir com para a pesquisa. O crowfunding contou com o apoio o Instituto Arapyaú, que se comprometeu a dobrar o volume de doações, ou seja, ao final, foram captados 100 mil reais.

Com o sucesso desta etapa, foi possível contratar o Instituto Gallup para começar os trabalhos da pesquisa, cuja etapa qualitativa estará concluída ainda em 2015.

O IDIS agradece a todas aquelas pessoas que confiaram no projeto da Pesquisa Doação Brasil e doaram recursos para que a ele se torne realidade e seja o primeiro passo para o desenvolvimento de uma grande campanha pela cultura de doação no Brasil!

 

 

Vamos fazer uma pesquisa juntos?

 

Cover_Juntos2Desde o dia 8 de setembro está no ar uma campanha de crowdfunding (financiamento coletivo), lançada pelo IDIS, para captar recursos para a realização de uma pesquisa para identificar o perfil do doador brasileiro.

Até hoje, não se sabe quanto os brasileiros doam, para quais causas ou por quais motivos. Sem essas informações básicas, é difícil trabalhar por uma cultura de doação.

A pesquisa também vai tentar descobrir por que as pessoas não doam e o que poderia fazê-las mudar de ideia.

Tudo isso vai nos ajudar a entender como criar um Brasil mais solidário e uma sociedade mais proativa na solução de seus próprios problemas.

Mas para que possamos fazer a pesquisa e descobrir como é o doador brasileiro, precisamos de recursos. Já conseguimos o apoio do Instituto Arapyaú, que está fazendo um matching fund e, para cada real captado na plataforma de crowdfunding, ele vai doar outro real.

Junto conosco, tem muita gente que está construindo esta pesquisa, cada um com um jeito de colaborar: o Instituto C&A, o Movimento por uma Cultura de Doação, a Associação Brasileira dos Captadores de Recursos e o Gife, entre outros.

Você vem com a gente? Você paga para ver a ‘cara’ do doador brasileiro?

Você paga para ver?

Cover_Juntos2Na primeira semana de setembro, o IDIS, com apoio do Movimento por uma Cultura de Doação e do Instituto Arapyaú, lançará uma campanha de crowdfunding com o objetivo de arrecadar fundos para fazer a primeira pesquisa sobre doações realizadas por pessoas físicas no Brasil.

A campanha de crowdfunding é uma espécie de “vaquinha” digital e será realizada através da plataforma juntos.com.vc, que é voltada para projetos sociais.

Esta é a quarta e última etapa de captação para esta pesquisa e a meta é arrecadar R$100 mil para completar os recursos necessários, já que o levantamento vai abranger todo o território nacional. Pretendemos identificar quem são os doadores brasileiros, por que doam e as causas que os sensibilizam. Também vamos conversar com os que não doam, descobrir seus motivos e identificar o que os faria mudar de atitude.

Por isso estamos perguntando aos internautas “Você paga para ver?” as informações que a pesquisa vai revelar.

“Precisamos dessas respostas, entender quem é esse grupo e como pensa, para, com esse mapa completo, criarmos grande campanha pela Cultura de Doação no Brasil, como já existe em outros países”, explica a presidente do IDIS, Paula Fabiani.

A pesquisa, liderada pelo IDIS, é uma iniciativa realizada em parceria com um grupo de especialistas e atores relevantes para o campo da cultura de doação no Brasil. Esse grupo de especialistas e financiadores vem exercendo uma função essencial no fortalecimento da proposta da pesquisa. Seu papel continuará sendo fundamental mesmo após a conclusão da pesquisa, em etapas de validação, bem como na etapa de difusão e aplicação dos resultados.

Especificamente a campanha de crowdfunding conta com o importante apoio do Instituto Arapyaú, que vai fazer a matching donation, ou seja, para cada real doado para a Pesquisa Doação Brasil, o Instituto, vai doar mais um real, até chegar à meta estabelecida.

Os detalhes, valores de doações e suas recompensas, o vídeo da campanha, além de todas as informações serão divulgadas na página da campanha, na plataforma juntos.com.vc.  

 

Paula Fabiani fala sobre cultura de doação na Bandnews FM

Paula 1 _2014A coluna A Política Nossa de Cada De Cada Dia, da rádio BandNews FM, aborda histórias de pessoas e grupos que contribuem para uma sociedade melhor e que vai muito além de exercer o direito do voto.

Na edição do último dia 24 de agosto, a entrevistada da coluna foi Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS, que comenta sobre o papel fundamental do setor privado na diminuição das desigualdades.

Apesar dos brasileiros serem considerados solidários, a posição do país ainda está aquém em relação ao hábito de doação para causas sociais, por isso, Paula Fabiani enfatiza a como  é de fundamental importância estabelecer uma cultura de doação no Brasil.

Você pode ouvir a entrevista completa aqui. Confira!

Empresa de energia solar transforma ação em social em incentivo a produtividade

Funcionária da Solar City explica energia solar para estudantes

Funcionária da Solar City explica energia solar para alunos de escola na África

A empresa de energia norte-americana, Solar City, cujo presidente é o empresário Elon Musk, encontrou uma forma inovadora para dar mais energia aos seus funcionários ao levar eletricidade para escolas em países em desenvolvimento.

A SolarCity criou a Fundação GivePower que instala um sistema de iluminação por energia solar em uma escola a cada megawatt de energia que a empresa implanta para seus clientes. Em 2014, a GivePower instalou sistemas de iluminação em 511 escolas na África e na América Central.

E há um bônus para alguns funcionários de melhor desempenho da SolarCity: eles ganham viagens de cinco dias de serviços para instalar o equipamento. A concorrência é dura, pois a SolarCity tem mais de 13 mil funcionários em 80 centros em todo os Estados Unidos e apenas de 10 a 15 são selecionados para cada viagem. Há cerca de quatro viagens por ano.

“Os funcionários realmente se reúnem em torno do significado e do impacto”, diz Hayes Barnard, presidente da fundação.
A Fundação GivePower colabora com outros grupos de ajuda internacional, incluindo o BuildOn, que podem fornecer serviços de tradução e ajudar no gerenciamento da logística.

Ideia do funcionário

Barnard, que entrou na SolarCity há dois anos, diz que sua experiência pessoal ajudando a construir uma escola em um país em desenvolvimento para o BuildOn, o inspirou a sugerir que a Sola City colocasse seu conhecimento de energia solar em prol da causa de iluminação escolar. Eletricidade permite que as crianças estudem mais e que adultos tenham aulas à noite. Isso pode transformar a escola em um centro comunitário.

A SolarCity iniciou seu trabalho social em casos de catástrofe, usando doações da Fundação Musk para construir sistemas de energia solar em áreas devastadas pelo furacão Katrina, no derramamento de petróleo da BP, no desastre nuclear de Fukushima e no furacão Sandy.
De acordo com o Relatório de Impacto do Milênio 2014, os jovens estão interessados em trabalhar para empresas que fornecem oportunidades para que eles que querem ser voluntários.

Lyndon Rive, chefe-executivo da SolarCity, diz que as viagens internacionais têm sido um sucesso com os funcionários, que muitas vezes lhe enviam bilhetes de agradecimento pela experiência, e tem aumentado a retenção de talentos.

Texto extraído de notícia do The Chronicle of Philanthropy: https://philanthropy.com/article/Solar-Companys-Charitable/232453
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Do papel para a realidade: Santas Casas do interior já estão colhendo frutos dos projetos de captação de recursos

O Programa de Captação de Recursos Fehosp /IDIS entra na reta final com vários projetos em desenvolvimento e um balanço parcial, positivo. As mais de 100 Santas Casas envolvidas no programa, representam 33mil leitos, 51% do total de leitos existentes nesses municípios. O programa termina no fim de setembro.

Depois de várias oficinas e rodadas de coaching com os consultores do IDIS, cada hospital concebeu um plano de captação de recursos para melhorar as condições financeiras do estabelecimento. Alguns criaram uma nova área específica para cuidar dos novos projetos e da captação. Outros, realocaram pessoal, mas todos estão colocando a mão na massa.

Um desses exemplos é a Santa Casa de Lindóia. Sob a batuta da irmã Alaídes, que começou a orquestrar o plano de revitalização, o primeiro projeto começa a sair do papel:  a construção de um novo Centro de Imagens, estimado em cerca de R$1 milhão. A aquisição de um mamógrafo é o ponto de partida. Para isso, será feita a rifa de uma moto com a expectativa de arrecadar até R$75 mil. A entidade, que só contava com a colaboração dos estabelecimentos comerciais que destinavam percentual da Nota Fiscal Paulista, agora está captando recursos junto à comunidade. Já obteve a doações de camisetas para vender durante a campanha do “Outubro Rosa”, conseguiu a doação de duas cabeças de gado que irão à leilão nos próximos meses e espera ainda outras, querendo chegar a 40.

Os exemplos podem parecer simples, mas para hospitais beneficentes que estavam sem meta e sem saber como captar de forma eficiente é um avanço significativo.

No Vale do Paraíba, a Santa Casa de Misericórdia de Jacareí está se profissionalizando. Antes, não fazia captação de recursos. Com as orientações dos consultores, elaborou e implantou projeto de reestruturação das alas masculina e feminina com pintura de parede e compra de equipamentos. Além disso, obteve 100% de adesão no projeto Adote Um Leito na ala de Pediatria que passara de 12 para 21 leitos.

A Santa Casa de Misericórdia de Adamantina engorda a captação de recursos com o apoio da comunidade vendendo pizza e participando de feira de exposição. São ações que rendem benefícios para pacientes e acompanhantes, como a compra de bebedouro e cadeiras e ainda uma máquina de confecção de crachá para identificar os funcionários.

Na região da Grande São Paulo, a Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes também adota uma estratégia relevante de captação de recursos e resolveu contratar um profissional especializado. Com isso, está intensificando a visita às empresas da região buscando parcerias.

Há outras dezenas de exemplos menores ou maiores, mas cada um deles é extremamente significativo para as instituições, que buscam, de maneira mais profissional e assertiva, novas formas de seguirem em frente, sem depender completamente do poder público, mas cada vez envolvendo e sensibilizando as suas comunidades.

 

De centavo em centavo

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Ari Weinfeld e Nina Valentini, do Movimento Arredondar. Foto: Renata Terepins

Arredondar para cima o valor de uma compra e doar os centavos para uma organização da sociedade civil. Quando falamos em centavos pode parecer pouco, mas quando pensamos em quase 6 milhões de faturas de compras emitidas diariamente apenas pelos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, esse número se torna extremamente significativo.

Essa é a ideia do Movimento Arredondar. O projeto, que começou em escala em abril do ano passado, já conta com mais de 230 lojas ativadas e marcas como Alpargatas, Luigi Bertolli, Cori e Emme, entre outras.

Atualmente, o Arredondar tem dois modelos de apoio para instituições. O primeiro é voltado para organizações que trabalham pelos Objetivos do Milênio da ONU. São 15 organizações do portfólio que foram selecionadas via edital, em São Paulo e no Rio de Janeiro, e outras 15 que estão na lista de espera.

O segundo e mais novo modelo funciona de forma inversa. A organização social é que traz uma rede varejista de certo porte disposta a arredondar. A equipe faz o processo de validação da organização, verificando documentos e realizando uma visita técnica, para garantir sua idoneidade. A partir daí, a rede varejista poderá arredondar para a organização que a indicou, sendo que, do valor arrecadado (menos as taxas), metade vai para a organização credenciada e o restante para outras organizações do portfólio, para garantir que o dinheiro chegue às mais diversas causas.

“Criamos um mecanismo transparente, fácil e sem custo que pode ser usado por toda rede varejista interessada ou empresas de sistema para o varejo”, avalia Ari Weinfeld, fundador e presidente do Arredondar.

Desde abril de 2014 até agora, foram mais de R$ 125 mil destinados às organizações sociais por meio de mais de 686 mil microdoações. É importante dizer que, além da questão financeira, a iniciativa também busca criar uma cultura de doação no país.

“Acredito muito no potencial do Arredondar de mudar a cultura de doação no Brasil. Estamos crescendo muito, tivemos mais de 600 mil microdoações em um ano.  Com a participação de todos poderemos arredondar por todo o Brasil e ajudar milhares de pessoas”, completa Ari.

Se você gostou da ideia, pode acompanhar os dados sobre a quantidade de doações e valor total arrecadado em tempo real no site: arredondar.org.br.

Duzentas camisetas e uma maca

Itapeva

O projeto de capacitação em captação de recursos para as Santas Casas do estado de São Paulo, desenvolvido pelo IDIS, está rendendo frutos para a Santa Casa de Itapeva. Mais de 200 pessoas compraram camisetas e participaram de uma passeata contra o câncer, realizada no mês passado, para ajudar o hospital.

Aristeu de Almeida Camargo Filho, superintendente da Santa Casa, avaliou que a participação da entidade no projeto de captação de recursos é muito interessante: “estamos aprendendo a captar recursos e a nos aproximar da comunidade”, afirmou. Com a venda das camisetas, o hospital comprou uma maca. Uma comissão da Santa Casa também visitará o comércio da cidade. Ele explica que uma maca pode parecer pouco à primeira vista, mas representa muito para um hospital em uma região pobre do Estado e que atende a 15 municípios do entorno.

A Santa Casa de Itapeva pretende continuar a captação por meio de uma urna que será colocada nos estabelecimentos comerciais da cidade para receber as doações da Nota Fiscal Paulista.