#FórumIDIS: O papel das empresas na Equidade Racial

IDIS reúne comunidade filantrópica e aprofunda debate sobre o ‘Capital e a Humanidade’ na edição especial do 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

“A desigualdade tem cor e gênero e ela dificulta o desenvolvimento”, afirmou o professor Hélio Santos, presidente do Conselho do Pacto de Promoção da Equidade Racial e Presidente do Conselho da Oxfam Brasil, em sua fala de abertura na mesa ‘O papel das empresas na Equidade Racial’, na edição especial do 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Hélio contextualizou a questão para a audiência, resgatando a história do negro no Brasil e destacando que não podemos mais desperdiçar talentos de jovens moradores de periferias. Apresentou também o Pacto de Promoção da Equidade Racial, iniciativa lançada em 2021 da qual o IDIS fez parte da realização – “O Pacto é extremamente original e uma iniciativa inédita, que materializa de forma muito clara o papel das empresas”.

Hélio Santos,  presidente do Conselho do Pacto de Promoção da Equidade Racial e Presidente do Conselho da Oxfam Brasil | Foto: André Porto

Confira a gravação do painel na íntegra em nosso YouTube:

 

Integrou também o painel Edvaldo Vieira, CEO da Amil, trazendo a perspectiva empresarial. Bastante engajado com a causa, destacou que não se trata de uma luta entre brancos e negros, e sim de racistas contra anti-racistas. De acordo com seu ponto de vista, é preciso haver ações intencionais nas empresas para desenvolver a diversidade e a inclusão – espontaneamente nada mudará. Trouxe ao público exemplos bastante concretos de como a questão tem sido trabalhada na Amil, que começa com o tema integrando o planejamento estratégico da empresa. O debate também é essencial, e ações como letramento de lideranças, treinamentos de viés do inconsciente foram realizadas e foram criados grupos de diálogo interno. Do ponto de vista de processos, houve revisão na seleção, definição de novos indicadores e definição de metas de desempenho de gestores atrelada à diversidade de suas equipes.

Edvaldo Vieira, CEO da Amil | Foto: André Porto

Sob moderação de Flavia Regina de Souza, sócia de Mattos Filho Advogados, os dois destacaram o papel essencial do envolvimento das empresas para acelerarmos mudanças na equidade racial, e elas devem olhar não só para dentro, mas também agir para fora, por meio de investimento social. Se não o fizerem espontaneamente, serão cobradas por isso. Consumidores exigem um protagonismo cada vez maior das marcas que consomem, as punindo ou recompensando. Investidores também estão atentos, sendo esta questão central no ‘S’ da agenda ESG.

Palestrantes da mesa “O papel das empresas na equidade racial” no 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais | Foto: André Porto

Seguindo os protocolos de segurança para prevenção da COVID-19, a edição especial 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais aconteceu em formato presencial. Ao longo de uma manhã, os convidados voltaram a se encontrar depois de um longo período de contato exclusivamente online, e conversar sobre os desafios que se apresentam e como enfrentá-los a partir da perspectiva da filantropia estratégica. “Com a população cada vez mais vacinada, ousamos reunir nossa comunidade. Para a segurança de todos, optamos por um local aberto e público limitado a 50 pessoas. A sociedade e o meio ambiente exigem ação e saímos com as energias renovadas e com esperança para seguirmos em frente”, comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS. O tema transversal de todas as sessões foi ‘Capital e a Humanidade’.

Para saber mais sobre cada uma das sessões, leia as matérias sobre cada uma delas. A gravação de todas também está disponível no perfil IDIS_Noticias no YouTube.

O evento aconteceu em 17 de novembro de 2021, no Jockey Club de São Paulo. Ele é uma realização do IDIS, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, e esta edição teve apoio prata do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, e apoio bronze da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Sicoob, Mattos Filho Advogados e Movimento Bem Maior. Esta foi uma edição especial, que aprofundou as conversas iniciadas no evento online realizado em junho do mesmo ano (saiba mais aqui).

#FórumIDIS: O capital e a equidade de gênero

IDIS reúne comunidade filantrópica e aprofunda debate sobre o ‘Capital e a Humanidade’ na edição especial do 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

A crise global ocasionada pela pandemia de COVID-19 acentuou as desigualdades de gênero, evidenciando as dificuldades presentes no cotidiano da vida das mulheres. Para falar sobre essa temática na mesa “O capital e equidade de gênero” no 10º Edição do Fórum de Filantropos e Investidores Sociais, convidamos Amalia Fischer, CEO do Elas + Doar para Transformar, Sônia Hess, Vice-Presidente do grupo Mulheres do Brasil e fundadora do Fundo Dona de Mim, com moderação de Marcia Woods, assessora da Fundação José Luiz Egydio Setúbal. Todas destacaram a necessidade e força da colaboração entre os setores no combate à desigualdade no país.

Sônia Hess integrou a mesa e partindo de sua larga experiência à frente de ações voltadas para equidade de gênero destaca que o trabalho em rede, isto é, a ação coletiva e integrada é essencial na luta pelos direitos das mulheres. O Grupo Mulheres do Brasil é um exemplo desta ação, a iniciativa surgiu em 2013 com 40 mulheres com objetivo de engajar a sociedade na conquista de melhorias para o país. Hoje o grupo conta com quase 100 mil integrantes dentro e fora do país atuando em parceria com diferentes esferas do poder para fomentar a adoção de políticas afirmativas e eliminar as desigualdades de gênero, raça e condição social. “Ainda bem que tem um Fórum falando sobre o capital e a humanidade”, exclama Sônia sobre a importância de debater esse tema transversal entre marcadores sociais e o capital.

Palestrantes na sessão “O capital e equidade de gênero” no 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais | Foto: André Porto

Há uma demanda para que todos se engajem em mentes, coração e políticas públicas na luta por um país mais justo e igualitário, ressalta Amalia Fischer, CEO do Elas + Doar para Transformar. Amalia idealizou um fundo de investimento social voltado exclusivamente para a promoção do protagonismo das mulheres. Ela acredita que investir nas mulheres é um dos caminhos mais rápidos para o desenvolvimento de um país. “A proximidade entre a sociedade civil e as empresas é sempre um ganha-ganha”, aponta reforçando que a promoção da equidade de gênero é fortalecida a partir do momento em que os setores se integram.

Amalia Fischer | Foto: André Porto

Segundo ela, “não podemos enquadrar as OSCs na lógica empresarial, pois são diferentes, mas podemos aprender uns com os outros”. Além disso, reforça que todas as causas sociais devem estar conectadas e o debate de gênero não pode ser desvinculado do debate de raça, uma vez que caminham juntas para a transformação da sociedade.

Marcia Woods, assessora da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, moderou a sessão | Foto: André Porto

Seguindo os protocolos de segurança para prevenção da COVID-19, a edição especial 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais aconteceu em formato presencial. Ao longo de uma manhã, os convidados voltaram a se encontrar depois de um longo período de contato exclusivamente online, e conversar sobre os desafios que se apresentam e como enfrentá-los a partir da perspectiva da filantropia estratégica. “Com a população cada vez mais vacinada, ousamos reunir nossa comunidade. Para a segurança de todos, optamos por um local aberto e público limitado a 50 pessoas. A sociedade e o meio ambiente exigem ação e saímos com as energias renovadas e com esperança para seguirmos em frente” comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS. O tema transversal de todas as sessões foi “Capital e a Humanidade”.

Para saber mais sobre cada uma das sessões, leia as matérias sobre cada uma delas. A gravação de todas também está disponível no perfil IDIS_Noticias no YouTube.

O evento aconteceu em 17 de novembro de 2021, no Jockey Club de São Paulo. Ele é uma realização do IDIS, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, e esta edição teve apoio prata do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, e apoio bronze da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Sicoob, Mattos Filho Advogados e Movimento Bem Maior. Esta foi uma edição especial, que aprofundou as conversas iniciadas no evento online realizado em junho do mesmo ano (saiba mais aqui).

 

#FórumIDIS: Contexto Brasil: desenvolvimento e filantropia

Conheça os destaques da edição especial do 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

A filantropia deve atender às demandas da sociedade e por isso, conhecer bem o contexto, saber ler os cenários político e econômico e identificar os atores envolvidos, em especial suas prioridades e limitações, é tão importante para uma ação verdadeiramente transformadora.

Apresentar esta leitura da atualidade foi a missão dada ao economista e ex-Ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, e a Marcia Groszmann, líder de Investimentos para Instituições Financeiras Brasileiras no BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, que participaram do painel de abertura da edição especial do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2021, que teve como tema transversal ‘Capital e a Humanidade’ (leia a notícia completa aqui).

Maílson da Nóbrega no 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais | Foto: André Porto

O Estado deve equilibrar seu papel no desenvolvimento econômico e social, especialmente em momentos como esse em que ele tem que amparar os segmentos menos favorecidos da sociedade e assegurar o melhor ambiente possível de geração de emprego e renda, dotando o país das condições para aumentar seu potencial de crescimento há sinais animadores de que estamos mudando.

Confira a sessão na íntegra em nosso YouTube:

 

Recursos advindos de privatizações e concessões deveriam ser destinados a iniciativas de impacto social e à criação de Fundos Patrimoniais, geridos pela sociedade civil com amarras que permitem vigilância e favorecem a transparência, contribuindo para a sustentabilidade de causas. Em sua visão, essa é uma agenda importante para ser trabalhada junto ao Poder Executivo e ao Congresso, que acredita, não tem isso como prioridade e tampouco recursos, mas sugere que o assunto seja cada vez mais debatido –  “Hábitos se mudam pelo convencimento, pelo exemplo, pela informação confiável, e este deve ser um trabalho sistemático”.

Marcia Groszmann, líder de Investimentos para Instituições Financeiras Brasileiras no BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento | Foto: André Porto

Além da leitura como especialista, falou também a partir de sua experiência como voluntário no GRAAC – Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, que, segundo ele, é um exemplo do poder transformador das organizações da sociedade civil. Destacou também a importância do avanço da Cultura de Doação no Brasil, citando dados da Pesquisa Doação Brasil, que mostrou que em 2020, 66% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação. Lembrou que no GRAAC, pelo menos um terço dos recursos vem de doações individuais inferiores a R$ 30/mês. E se as pequenas doações fazem diferença, é preciso também estimular os detentores de grandes fortunas. Para isso, Maílson lembrou a importância de aprimoramos a legislação sobre heranças.

Audiência  no 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais | Foto: André Porto

Em relação ao mercado, Maílson e Marcia concordam que empresas podem fazer mais pela sociedade. Maílson lembrou como este setor vem sistematicamente contribuindo para avanços na educação, saúde, e até política, citando iniciativas de formação de jovens lideranças. Marcia enfatizou a agenda ESG como um dos guias para que isso aconteça, e como o tema tem amadurecido no Brasil. Citou em apenas um ano, os fundos de investimento social passaram de 40 para cerca de 100, e que cada vez mais tem sido estabelecidas regras claras para eles – “Os investidores querem ter certeza dos impactos causados por seu dinheiro. Essa sopa de letrinhas veio para ficar”. Sobre a possível resistência para sua consolidação, Maílson destacou que não há volta, lembrando que estamos na era dos stakeholders e que empresas que mirarem apenas o lucro, sem se atentarem a todos seus impactos, não sobreviverão.

Para saber mais sobre cada uma das sessões, leia as matérias sobre cada uma delas. A gravação de todas também está disponível no perfil IDIS_Noticias no YouTube.

O 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais aconteceu em 17 de novembro de 2021, no Jockey Club de São Paulo. Esta é uma realização do IDIS, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, e esta edição teve apoio prata do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, e apoio bronze da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Sicoob, Mattos Filho Advogados e Movimento Bem Maior. Esta foi uma edição especial, que aprofundou as conversas iniciadas no evento online realizado em junho do mesmo ano (saiba mais aqui).

IDIS reúne comunidade filantrópica e aprofunda debate sobre o ‘Capital e a Humanidade’

Conheça os destaques da edição especial do 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

Com céu azul e clima de celebração, aconteceu a edição presencial do 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Ao longo de uma manhã, os convidados voltaram a se encontrar depois de um longo período de contato exclusivamente online, e conversar sobre os desafios que se apresentam e como enfrentá-los a partir da perspectiva da filantropia estratégica. “Com a população cada vez mais vacinada, ousamos reunir nossa comunidade. Para a segurança de todos, optamos por um local aberto e público limitado a 50 pessoas*. A sociedade e o meio ambiente exigem ação e saímos com as energias renovadas e com esperança para seguirmos em frente”, comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS.

*A comprovação da vacinação contra COVID-19 era exigida para entrada no evento e o uso de máscaras durante as sessões era obrigatório para a plateia.

Paula Fabiani, CEO do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social na abertura da edição especial do 10º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais – Foto: André  Porto

Tema transversal de todas as sessões, “Capital e a Humanidade” é um assunto que tem ocupado o centro dos debates em diversos setores e continentes. Manifestações ao redor do mundo exigem mudanças no modelo atual, que produz inequidades e destrói os recursos naturais. Surgem movimentos como Imperative 21, campanha que pretende redefinir o capitalismo para maximizar o bem-estar compartilhado em um planeta saudável. O Fórum Econômico de Davos apontou a necessidade de um compromisso novo do capital, e a pandemia de Covid-19 explicitou o poder da colaboração entre os diversos setores e a filantropia.

 

Contexto Brasil: desenvolvimento e filantropia

Maílson da Nóbrega (Foto: André Porto)

O evento abriu com a sessão Contexto Brasil: desenvolvimento e filantropia, com a participação do economista e ex-Ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega e a moderação de Marcia Groszmann, líder de Investimentos para Instituições Financeiras Brasileiras no BID Invest. A importância crescente do investimento social corporativo, o fortalecimento da cultura de doação no Brasil e a necessidade de mudanças na legislação para a destinação de recursos de privatizações e conceções para Fundos Patrimoniais foram os destaques da fala de Maílson. Além da leitura como especialista, falou também a partir de sua experiência como voluntário no GRAAC – Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, que, segundo ele, é um exemplo do poder transformador das organizações da sociedade civil. Márcia destacou também a importância da mensuração de impacto, demanda cada vez maior dos investidores.

A programação seguiu com três mesas temáticas, que abordaram assuntos bastante contemporâneos, sempre pautados por pesquisas e dados. Confira a matéria completa aqui.

 

 O capital e equidade de gênero

 

Palestrantes da mesa ‘O capital e equidade de gênero’ – Foto: André Porto

Na sessão ‘O capital e equidade de gênero, Sônia Hess, vice-presidente do grupo Mulheres do Brasil e fundadora e idealizadora do Fundo Dona de Mim, e Amalia Fischer, CEO do ELAS + Doar para Transformar, compartilharam seus pontos de vista como articuladoras da sociedade civil e destacaram como tem acontecido o engajamento de empresas. A moderação foi de Marcia Kalvon Woods, assessora da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.

Confira o resumo da mesa e a gravação na íntegra aqui.

 

O papel das empresas na Equidade Racial

 

Hélio Santos, presidente do Conselho do Pacto de Promoção da Equidade Racial – Foto: André Porto

Para debater ‘O papel das empresas na Equidade Racial, sob moderação de Flavia Regina de Souza, sócia de Mattos Filho Advogados, foram convidados o professor Hélio Santos, presidente do Conselho do Pacto de Promoção da Equidade Racial e Presidente do Conselho da Oxfam Brasil, que contextualizou bem a questão e destacou o papel inovador do Pacto, e Edvaldo Vieira, CEO da Amil, que trouxe sua experiência como empresário e o caminho que tem trilhado para a construção de um ambiente mais diverso e inclusivo.

Confira o resumo da mesa e o vídeo na íntegra aqui.

 

Redes pelo clima: novos modelos de desenvolvimento para o Brasil e a Amazônia

Palestrantes da mesa Redes pelo clima: novos modelos de desenvolvimento para o Brasil e a Amazônia Foto: André Porto

O encerramento foi marcado pelo painel ‘Redes pelo clima: novos modelos de desenvolvimento para o Brasil e a Amazônia, que trouxe os destaques da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26, realizada na semana anterior. Renata Piazzon, gerente do programa de mudanças climáticas do Instituto Arapyaú, e Marcello Brito, presidente do Conselho Diretor da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio, deixaram claro que a solução de problemas complexos como a questão da Amazônia passa pela articulação de atores de toda sociedade – empresas, governos, academia, sociedade civil devem atuar juntos.

Confira o resumo e a sessão na íntegra aqui.

confira as discussões

Para saber mais sobre cada uma das sessões, leia as matérias sobre cada uma delas. A gravação de todas também está disponível no perfil IDIS_Noticias no YouTube.

Ao final do evento, dois pontos ficaram bastante evidentes. O primeiro é que a agenda ESG (do inglês, Ambiental, Social e Governança) não é apenas uma moda. Ela veio para ficar e aos poucos, traduzimos para o Brasil não só a sigla, mas também seus significados a partir da realidade e desafios locais. O outro, é a importância crescente do papel da sociedade civil neste momento turbulento do país, e tem se fortalecido e agregado atores. As conquistas podem não acontecer na velocidade que almejamos, mas são contínuas e perceptíveis em todos temas discutidos.

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais aconteceu em 17 de novembro de 2021, no Jockey Club de São Paulo. Esta é uma realização do IDIS, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, e esta edição teve apoio prata do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, e apoio bronze da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Sicoob, Mattos Filho Advogados e Movimento Bem Maior. Esta foi uma edição especial, que aprofundou as conversas iniciadas no evento online realizado em junho do mesmo ano (saiba mais aqui).

Vaga para Consultor(a) em Monitoramento e Avaliação de Impacto Socioambiental no IDIS

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para profissionais com experiência na área de Monitoramento e Avaliação.

A pessoa será responsável pela implementação de estudos de monitoramento e avaliação de impacto socioambiental de projetos e programas.

Para cadastrar-se para essa oportunidade, acesse nossa página da 99 Jobs até 2 de dezembro.

Responsabilidades da Oportunidade

 

• Condução de entrevistas individuais e grupos focais.
• Condução de workshops participativos.
• Elaboração da Teoria de Mudança e Marco Lógico.
• Definição de indicadores de monitoramento e avaliação processos, resultados e impacto.
• Planejamento e execuções de coletas quantitativas de dados.
• Pesquisa em dados secundários.
• Análise estatística de dados.
• Análise das informações e elaboração de conclusões e recomendações.
• Elaboração de relatórios e apresentações.
• Zelar pela ética e valores institucionais do IDIS.

 

Instrução e Experiência

Formação superior completa e, preferencialmente, experiência mínima de 3 anos em Avaliação e Monitoramento de projetos e programas socioambientais.


Conhecimentos específicos

• Conhecimento teórico e experiência prévia em Monitoramento e Avaliação de Impacto de projetos e programas socioambientais.
• Experiência em condução de pesquisas qualitativas e quantitativas.
• Experiência em análise estatística de dados.
• Habilidade para sistematizar informações.
• Excel e Power Point avançado.
• Habilidades comportamentais para manter bom relacionamento com equipe e clientes, bem como com outros parceiros estratégicos do IDIS.


Competências

Iniciativa, planejamento, organização, capacidade para solucionar problemas, capacidade analítica, foco em resultados, bom relacionamento interpessoal.

 

Contratação

Contratação PJ
Início em Janeiro de 2022
Remuneração mensal – A combinar
Tipo de trabalho – Híbrido (remoto e presencial)
Combinação de presencial e remoto, com disponibilidade para viajar quando a pandemia permitir.

Localização

São Paulo – SP (próximo à estação Pinheiros do metrô e trem)

inscrições

Essa oportunidade está disponível em nossa página da 99 Jobs, inscreva-se até 02 de de dezembro.

BUSCAMOS A DIVERSIDADE

No IDIS, prezamos pela igualdade nas oportunidades de emprego. Nossas decisões sobre as contratações de funcionários são feitas independentemente de idade, raça, credo, cor, religião, sexo, nacionalidade, orientação sexual, identidade ou expressão de gênero, informações genéticas, estado civil ou qualquer outra base protegida pela lei.

CARTA ABERTA À RECEITA FEDERAL

A Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, grupo multissetorial composto por organizações da sociedade civil e outras instituições abaixo-assinadas, vem manifestar publicamente discordância com o parecer da Receita Federal, expressada na Solução de Consulta nº 178, de 29.9.2021.

Os Fundos Patrimoniais permitem que entidades estabeleçam uma base financeira sólida, capaz de sustentar ou complementar suas atividades com os recursos gerados a partir do rendimento do patrimônio. Entidades cujo objeto social é o interesse público e que possuem Fundos Patrimoniais se tornam menos dependentes de novas doações e patrocínios, alcançam maior estabilidade financeira e asseguram sua viabilidade operacional. Assim, em cenários de limitação de gastos públicos, os Fundos Patrimoniais são uma fonte alternativa e viável de recursos.

Um dos esforços da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos é esclarecer junto à Receita Federal do Brasil pontos de dúvida sobre a legislação tributária aplicável aos Fundos Patrimoniais constituídos com base na Lei 13.800/19, dado que ela não abordou questões tributárias.

O posicionamento da Receita Federal, expressada na Solução de Consulta nº 178, de 29.9.2021, representa um desestímulo à criação de Fundos Patrimoniais ligados à educação, saúde e assistência social. O ponto principal se refere à tributação dos rendimentos da Organização Gestora de Fundos Patrimoniais (OGFP) ligados a essas áreas, ao entender que elas não teriam direito à imunidade de impostos. Outro ponto relevante foi o posicionamento de que a OGFP não pode adquirir participação em sociedade de natureza empresária, pois desnaturaria sua finalidade não econômica, estendendo a ela a posição da Solução de Consulta nº 121.

Estes posicionamentos vão na contramão do que há no exterior em termos de tributação e gestão dos fundos patrimoniais (endowments) e, em especial o parecer da Solução de Consulta nº 178, contraria a Constituição Federal do Brasil e diversas decisões de nossas cortes, administrativas e judiciais, sobre temas similares.

Deste modo, solicitamos que essa posição seja revista, de ofício, pela Receita Federal, para o que nos colocamos à disposição para apresentar esclarecimentos e dados relativos à relevante atuação dos fundos patrimoniais no Brasil, assim como sua tributação e modalidades de investimentos em outros países, que tem interpretação diferente desta apresentada pela Receita Federal.

Por fim, nos colocamos à disposição para qualquer contribuição que se faça necessária.

São Paulo, 26 de outubro de 2021

COALIZÃO PELOS FUNDOS FILANTRÓPICOS (www.idis.org.br/coalizao)

 

Quem somos nós

A Coalizão pelos Fundos Filantrópicos é grupo multisetorial composto por mais de 80 membros, entre organizações, empresas e pessoas que apoiam a regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no país.

Lançada em junho de 2018, e liderada pelo IDIS, Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, essas organizações brasileiras integram a Coalizão, que é aberta para qualquer pessoa ou instituição que apoie a causa dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos.

 

Organizações integrantes da Coalizão pela Fundos Filantrópicos

 

Coordenação

IDIS Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

 

Apoio Jurídico

PLKC Advogados

 

Apoio Institucional

APF Associação Paulista de Fundações

CEBRAF Confederação Brasileira de Fundações

GIFE Grupo de Institutos, Fundações e Empresas

Humanitas 360

Levisky Negócios e Cultura

Participantes

ABCR

Acaia Pantanal

ACTC Casa do Coração Arredondar

ASEC – Associação pela Saúde Emocional de Crianças

Associação Amigos do Museu Nacional – SAMN

Associação dos Antigos Alunos da PUC-Rio – AaA PUC-Rio Associação Samaritano

Baluarte Cultura

Banco da Providência

CEAP

Cesnik Quintino e Salinas Advogados

CIEDS

Demarest Advogados

Fehosp

Fundação Arymax

Fundação Darcy Vargas

Fundação Educar DPaschoal

Fundação Gerações

Fundação José Luiz Egydio Setubal

Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira

Fundação OSESP

Fundação Stickel Fundo Agbara

Fundo Catarina

Fundo Patrimonial Amigos da Univali FUSP

GRAACC

Grupo Tellus

ICE – Inovação em Cidadania Empresarial

Insper

Instituto Akatu

Instituto Apontar

Instituto Arlindo Ruggeri (Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo)

Instituto Ayrton Senna

Instituto Clima e Sociedade

Instituto Cyrela

Instituto de Tecnologia Social

Instituto Doar

Instituto Ethos

Instituto Jatobás

Instituto Norte Amazônia de Apoio ao Terceiro Setor – INATS

Instituto Phi

Instituto Reciclar

Instituto Ronald McDonald

Instituto Sol

Instituto SOS Pantanal

Instituto Sou da Paz

Intermuseus

ISE Business School

Koury Lopes Advogados

Laboratório de Inovação Financeira

Liga Solidária

Lins de Vasconcelos Advogados Associados

Machado Meyer Advogados

Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. Quiroga Advogados

Movimento Bem Maior

Parceiros Voluntários

Pinheiro Neto Advogados

PLKC Advogados

Rede de Filantropia para a Justiça Social

Rubens Naves Santos Jr Advogados

Sistema B

SITAWI Finanças do Bem

Szazi, Bechara, Storto, Rosa e Figueirêdo Lopes Advogados

Todos pela Educação

Tozzini Freire Advogados

Visão Mundial

Wright Capital Wealth Management

Consórcio para criação de fundo patrimonial para museus públicos nacionais é anunciado no Museu Imperial

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) dão mais um passo para a criação de um fundo patrimonial filantrópico, também conhecido como endowment, para apoiar a sustentabilidade dos museus públicos nacionais. As duas entidades acabam de celebrar contrato de prestação de serviços com o Consórcio formado pelo IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), PLKC Advogados e Levisky Legado para o apoio à estruturação do Fundo Patrimonial do IBRAM.

Fachada do Museu Imperial – Petrópolis, RJ. Foto André Telles

O Consórcio irá aplicar todo seu conhecimento técnico e experiência em fundos patrimoniais e investimento social privado para elaborar os instrumentos jurídicos, diretrizes de operacionalização, estratégias de captação e de utilização de recursos do Fundo Patrimonial do IBRAM. Além disso, para a criação da Organização Gestora de Fundo Patrimonial do IBRAM, será realizada consulta aberta visando o engajamento e ampla participação da sociedade civil.

Participantes da cerimônia para anúncio do Consórcio, no Museu Imperial. Foto André Telles

Realizado no Museu Imperial, em Petrópolis, Rio de Janeiro, o evento para anúncio do projeto reuniu representantes do BNDES, IBRAM, de todos os envolvidos no consórcio além do diretor do Museu Imperial, que destacaram a importância da iniciativa e os resultados esperados.

O setor conta com mais de 3800 museus com realidades muito diferentes: alguns são museus de excelência e outros ainda têm muito espaço para se desenvolverem. De acordo com Eneida Braga Rocha, diretora do Departamento de Difusão, Fomento e Economia dos Museus do IBRAM, a questão da sustentabilidade dos museus alinhada à sua função social sempre foi uma preocupação do Instituto. Destaca também que os recursos públicos são a grande fonte de receita para museus no Brasil no mundo, e não deixarão de existir, mas outras ferramentas são fundamentais para o setor. Neste sentido, os Fundos Patrimoniais forma destacados como mecanismo que desempenha importante papel, trazendo recursos perenes.

Lidiane Delesderrier Gonçalves, Superintendente do BNDES, destaca que a estruturação de um fundo patrimonial filantrópico para o setor museal será um marco importante para a sustentabilidade financeira de longo prazo dos museus nacionais. “A parceria do BNDES com o IBRAM neste projeto é consequência da reconhecida atuação do banco no desenvolvimento do setor museal e sua participação ativa na aprovação do novo marco regulatório de fundos patrimoniais, com a aprovação da Lei 13.800 em 2019”.

“O Fundo Patrimonial Filantrópico é um mecanismo de preservação do patrimônio e garante recursos para causas de interesse público no longo prazo. Vamos aportar todo o nosso conhecimento em investimento social privado e promover o engajamento da sociedade civil para doar recursos e participar da governança desse fundo que será tão importante para a cultura brasileira”, explica a CEO do IDIS, Paula Fabiani. “Este projeto é muito potente para criar uma agenda de longo prazo para os museus pois endereça questões de sustentabilidade, governança e inovação”, completa.

Paula Fabiani, CEO do IDIS, uma das organizações que integra o consórcio da criação de fundo patrimonial para museu público nacionais. Foto André Telles

Segundo Priscila Pasqualin, sócia do PLKC Advogados, “o projeto do Fundo Patrimonial do IBRAM, da maneira como está sendo construído, tem o potencial de alavancar e deslanchar uma parceria virtuosa entre doadores, o IBRAM e nosso patrimônio histórico e museal, permitindo que nossos museus sejam abraçados por toda a nossa sociedade, de forma inovadora e segura”.

Para o presidente do IBRAM, Pedro Mastrobuono, a constituição de um Fundo Patrimonial trará uma maior previsibilidade e segurança para a gestão dos museus, ao garantir sua sustentabilidade econômica. “As expertises reunidas neste projeto viabilizam a qualificação de um diálogo a ser feito com a sociedade sobre a captação de recursos, a partir de doações de pessoas físicas e jurídicas, para a composição de um fundo permanente que garanta o planejamento dos museus a longo prazo”, segundo ele.

A iniciativa do BNDES de apoiar a estruturação de fundos patrimoniais em benefício de instituições públicas e é um legado que será oferecido à sociedade brasileira, proporcionando um significativo avanço para a sustentabilidade de longo prazo dessas instituições.

E como destacou Eneida durante o evento: VIDA LONGA AOS MUSEUS BRASILEIROS!

Equipe do IBRAM, BNDES, IDIS, PLKC Advogados e Levisky Legado. Foto André Telles

O que é Fundo Patrimonial Filantrópico?

O Fundo Patrimonial Filantrópico é um conjunto de ativos, financeiros ou não, constituído e administrado com a finalidade de gerar rendimentos que são destinados, a longo prazo, ao financiamento de instituições públicas e privadas que trabalham em prol de causas como educação, cultura, saúde, meio ambiente, direitos humanos, entre outras. No caso de instituições públicas, a constituição de fundos patrimoniais filantrópicos é regida pela Lei 13.800/19, que regula a arrecadação, gestão e destinação dos recursos dos fundos patrimoniais, provenientes em sua maioria de doações de pessoas físicas ou jurídicas.

 

Sobre o BNDES

Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.

 

Sobre o IBRAM

Vinculado à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro de Museus é responsável pela condução da Política Nacional de Museus (PNM) e pela administração direta de 30 museus federais. Cabe ao Ibram promover ações e projetos que contribuam para a organização, gestão e desenvolvimento dos mais de 3.800 museus existentes no Brasil.

 

Sobre o IDIS

Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país. Trabalhamos para aumentar o impacto do investimento social privado, construindo parcerias e projetos de impacto, oferecendo consultoria e produzindo e compartilhando conhecimento.

 

Sobre o PLCK Advogados

PLKC Advogados foi constituído em 1982 e atua como escritório multidisciplinar com destaque nas áreas Tributária, Societária, Imobiliária, Civil, Contratual, Filantropia e Investimento Social e de Impacto, Família e Sucessões.Apesar de inicialmente seus clientes serem basicamente empresas, no final dos anos 90 o PLKC passou a prestar também serviços para os respectivos titulares e também a pessoas físicas de grande patrimônio. Assim, desde 2000 o PLKC presta serviço de Planejamento Patrimonial e Sucessório.  A área de Filantropia e Investimento Social e de Impacto presta também serviço de advocacy colaborando na elaboração de normas em favor da melhoria legislativa no país.

 

Sobre a Levisky Legado

A Levisky Legado é um escritório especializado em Mobilização de Recursos para Causas Humanitárias, Terceiro Setor e Cultura – sempre com vistas para a formação de Legados. De um lado, oferece consultoria de Sustentabilidade Financeira para instituições, incluindo diagnóstico sobre Posicionamento, Governança e Visão de Longo Prazo, além da estruturação de Equipes e Conselhos. Em outra esfera, atua junto a projetos de alta relevância intermediando a Captação de Recursos com grandes doadores, dentre Filantropos e Marcas.

 

Mais sobre fundos patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, clique aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

 

IDIS busca Coordenador(a) de Comunicação

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para profissionais com experiência em comunicação. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, atuamos junto a empresas, famílias, institutos, fundações e organizações da sociedade civil. Desenvolvemos projetos de impacto, geramos conhecimento ao setor e oferecemos consultoria ao investidor social e às organizações que executam projetos e programas sociais para que tomem decisões estratégicas e ampliem o impacto de suas iniciativas.

A pessoa que buscamos atuará como coordenador(a) de comunicação, e se envolverá com atividades institucionais e de conhecimento, com foco especial na produção de conteúdo relacionado a investimento social privado e cultura de doação.

 

Para cadastrar-se para essa oportunidade, acesse nossa página da 99 Jobs até 14 de novembro.

Requisitos

Formação superior completa e experiência mínima de 4 anos na área de comunicação, preferencialmente com conhecimentos específicos sobre Investimento Social Privado e temas relacionados ao Terceiro Setor.

_Domínio de conceitos e práticas de comunicação institucional e de canais de comunicação

_Habilidades em planejamento e implementação de processos com atenção para cronogramas, capacidade de decisão, argumentação, criatividade, relacionamento e cooperação

_Elaboração de apresentações com boa apresentação visual, storytelling, clareza e objetividade na transmissão de conteúdos e conclusões

_Conhecimento em WordPress, Google Analytics, Google Ads (não é necessário executar) e técnicas de SEO

_Domínio do pacote Office (Word, PowerPoint, Excel)

_Conhecimentos avançados de inglês na linguagem oral e escrita

_Conhecimentos avançados sobre conceitos de Investimento Social Privado, Sustentabilidade, Responsabilidade Social Empresarial e Investimento de Impacto

COMPETÊNCIAS:

Iniciativa, desenvoltura, planejamento, organização, gosto pelo estudo, capacidade analítica e bom relacionamento interpessoal.

 

Responsabilidades

_Apoiar na elaboração do planejamento de comunicação anual e executar as ações de comunicação, conforme cronograma determinado

_Desenvolver conteúdos de conhecimento, como artigos, notas técnicas e publicações, envolvendo especialistas do IDIS e externos, quando necessário

_Organizar de eventos de pequeno, médio e grande porte e as as ações de comunicação a eles relacionadas

_Apoiar ações de relacionamento com a imprensa e com o fornecedor de assessoria de imprensa

_Apoiar a gestão de parcerias com outras organizações

_Planejar e conduzir reuniões, workshops e entrevistas individuais presenciais e virtuais

_Contribuir para o fortalecimento do posicionamento institucional perante diferentes stakeholders, bem como dos programas e projetos desenvolvidos pelo IDIS

_Interagir com as áreas programáticas buscando apoiá-las na geração e disseminação de conteúdos e garantindo o alinhamento institucional

_Elaborar relatórios e apresentações em português e inglês

_Acompanhar indicadores de desempenho

_Zelar pelo cumprimento do cronograma do projeto e pela qualidade dos produtos entregues

_Promover a cultura organizacional do IDIS e os valores da organização

 

Contratação

Contratação PJ
Remuneração mensal – A combinar
Tipo de trabalho – Hibrido (remoto e presencial)
Combinação de presencial, quando a pandemia permitir e remoto. Localização: São Paulo – SP (próximo à estação Pinheiros do metrô e trem)

Inscrições

Essa oportunidade está disponível em nossa página da 99 Jobs, inscreva-se até 14 de novembro.

Buscamos a diversidade

No IDIS, prezamos pela igualdade nas oportunidades de emprego. Nossas decisões sobre as contratações de funcionários são feitas independentemente de idade, raça, credo, cor, religião, sexo, nacionalidade, orientação sexual, identidade ou expressão de gênero, informações genéticas, estado civil ou qualquer outra base protegida pela lei.

SUDESTE: Terra de doadores conscientes e de não doadores convictos

Quando o assunto é doações, os moradores da região Sudeste são muito conscientes de suas atitudes. Mais da metade afirma entender o papel das ONGs na sociedade, 51%, quando a média nacional está em 48%. Talvez por isso, os doadores do Sudeste são os que mais doam para organizações sociais formalizadas (47%), enquanto muitas das contribuições de outras regiões, em 2020, foram canalizadas para coletivos que se mobilizam para ajudar ou para campanhas de ajuda a vítimas de calamidades ou pandemia. Considerando todo o País, só 41% das doações se destinaram a organizações sociais.

Os dados são da segunda edição da Pesquisa Doação Brasil, única no país dedicada a traçar o perfil do doador individual brasileiro. A iniciativa é coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e realizada pela Ipsos Brasil Pesquisas de Mercado.

Os doadores da região Sudeste foram os que mais modificaram para maior os valores previstos para doação em 2020: 22% deles disseram que teriam doado menos, caso não houvesse ocorrido a pandemia. No resto do Brasil, só 19% tiveram a mesma postura. Provavelmente, o aumento dos valores doados se deu porque a população do Sudeste nutre uma sensibilidade um pouco maior em relação à causa da saúde. Mesmo considerando que o combate à fome e à pobreza é a mais mobilizadora das causas, uma parcela maior da população da região Sudeste cita a saúde como uma causa que a sensibiliza: 11%, contra 10% da média nacional.

A região Sudeste é a que menos concebe a doação como uma forma de retribuir à sociedade pelo que dela recebemos (53%, contra 56% da média nacional), porém, é a que mais acredita que doar faz bem ao doador (82%, versus 80% da média nacional).

Por outro lado, os não doadores da região Sudeste são os que mais relutam em admitir a ideia de se tornarem doadores. Mais da metade deles, 55%, diz que não há nada que os faça passar a doar. Na média brasileira, essa proporção é de 51%.  Os não doadores do Sudeste também são os que mais alegam não ter dinheiro para doar, não confiar nas organizações que pedem doações e não acreditar que doações possam resolver algo.

Sobre os achados, Paula Fabiani, CEO do IDIS, comenta: “Apesar da queda das doações em 2020, a Cultura de Doação se fortaleceu nos últimos cinco anos. A sociedade está mais consciente da importância da doação e tem uma visão muito mais positiva das organizações da sociedade civil e seu trabalho.”

Em 2020, estima-se que as doações individuais para ONGs somaram R$ 10,3 bilhões. Os resultados completos da Pesquisa Doação Brasil estão disponíveis para consulta no site www.pesquisadoacaobrasil.org.br . Os usuários podem também criar seus próprios gráficos, a partir do cruzamento de diferentes variáveis, como região, gênero ou renda.

REALIZADORES E APOIADORES

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos e com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Tide Setúbal, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto Mol, Instituto Unibanco, Itaú Social, Mercado Pago e Santander.

NORTE: Terra de doadores constantes e satisfeitos

Quando o assunto é doações, a região Norte é a que conta com os doadores mais constantes. 41% dos doadores dessa região têm o hábito de doar 12 vezes por ano, ou seja, uma vez por mês, o maior percentual registrado em todo o País, cuja média nacional é de 35%.

Os dados são da segunda edição da Pesquisa Doação Brasil, única no país dedicada a traçar o perfil do doador individual brasileiro. A iniciativa é coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e realizada pela Ipsos Brasil Pesquisas de Mercado.

E as organizações/iniciativas apoiados pela população do Norte podem se sentir seguras porque 89% dos doadores se dizem satisfeitos com as doações que fazem e 82% declaram que pretendem continuar contribuindo para a mesma instituição. Em ambos os quesitos, o Norte registra a maior pontuação, sendo a média nacional 81% e 72% respectivamente.

Em se tratando de causas, os nortistas se encontram dentro da média nacional, tendo preferência pelo combate à pobreza e à fome, seguida por crianças, saúde e idosos. Mas se destacam sendo os que mais indicam o combate à fome e à pobreza, entre todas as regiões, assim como são mais sensíveis à causa da defesa dos animais e combate aos maus tratos.

Os hábitos de doação dos nortistas refletem a boa opinião que têm sobre as ONGs e seu trabalho. Mais da metade da população, 59%, concorda totalmente que “as ONGs são necessárias para ajudar no combate aos problemas sociais e ambientais”, e 40% concorda totalmente com a afirmação de que “a maior parte das ONGs faz um trabalho competente”. Também nestes casos, a Região Norte registra o mais alto grau de concordância entre todas as regiões.

As doações e a confiança, porém, vêm acompanhadas de uma alta expectativa. Os moradores da região Norte são os que mais acreditam que as ONGs devem resolver os problemas sociais e ambientais do País. 40% dizem que as ONGs têm muita responsabilidade na solução desses problemas, enquanto na média da população brasileira somente 34% pensam assim.

Sobre os achados, Paula Fabiani, CEO do IDIS, comenta: “Apesar da queda das doações, a Cultura de Doação se fortaleceu nos últimos cinco anos. A sociedade está mais consciente da importância da doação e tem uma visão muito mais positiva das organizações da sociedade civil e seu trabalho.”

Em 2020, estima-se que as doações individuais para ONGs somaram R$ 10,3 bilhões. Os resultados completos da Pesquisa Doação Brasil estão disponíveis para consulta no site www.pesquisadoacaobrasil.org.br . Os usuários podem também criar seus próprios gráficos, a partir do cruzamento de diferentes variáveis, como região, gênero ou renda.

REALIZADORES E APOIADORES

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos e com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Tide Setúbal, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto Mol, Instituto Unibanco, Itaú Social, Mercado Pago e Santander.

NORDESTE: Terra de doadores

Quando o assunto é doações, a região Nordeste se destaca no Brasil. Enquanto no País, em média, 37% da população doou para alguma organização/iniciativa socioambiental em 2020, no Nordeste, a participação foi de 40%. O percentual, entretanto, já foi maior. Em 2015, metade dos nordestinos costumava doar, mas a longa crise social e econômica teve impacto muito grande sobre este hábito solidário.

Os dados são da segunda edição da Pesquisa Doação Brasil, única no país dedicada a traçar o perfil do doador individual brasileiro. Esta é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos Brasil Pesquisas de Mercado.

A prática da doação entre os habitantes do Nordeste é o reflexo da avaliação positiva que fazem das ONGs e de seu trabalho. 52% dos nordestinos concorda totalmente que “a ação das ONGs leva benefícios a quem realmente precisa” e 41% concorda totalmente com a afirmação de que a “maior parte das ONGs faz um trabalho competente”, enquanto no País como um todo, essas proporções são 43% e 36% respectivamente. O Nordeste também é o campeão em confiança nas ONGs: 27% acham que a maior parte das ONGs é confiável, enquanto a média nacional é de 21%.

Em se tratando de causas, a opinião dos nordestinos coincide com a média brasileira, sendo o combate à fome e à pobreza, a preferida, apontada por 32% dos nordestinos, seguida por crianças, saúde, idosos e defesa dos animais. Os números revelam também que o apoio da população do Nordeste ao combate à fome e à pobreza é maior do que a média do País, assim como a sensibilidade à causa dos idosos.

Infelizmente, esse entusiasmo dos nordestinos não se refletiu em volumes maiores de doações. As contribuições realizadas pelos habitantes do Nordeste têm, de um modo geral, valores mais baixos, sendo que 21% delas não ultrapassam o teto de R$ 100 por ano. Ainda assim, 80% dos doadores declararam que pretendem doar o mesmo valor ou mais em 2021. Sobre os achados, Paula Fabiani, CEO do IDIS, comenta: “Apesar da queda das doações, a

Cultura de Doação se fortaleceu nos últimos cinco anos. A sociedade está mais consciente da importância da doação e tem uma visão muito mais positiva das organizações da sociedade civil e seu trabalho.”

Em 2020, estima-se que as doações individuais para ONGs somaram R$ 10,3 bilhões. Os resultados completos da Pesquisa Doação Brasil estão disponíveis para consulta no site www.pesquisadoacaobrasil.org.br . Os usuários podem também criar seus próprios gráficos, a partir do cruzamento de diferentes variáveis, como região, gênero ou renda.

REALIZADORES E APOIADORES

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos e com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Tide Setúbal, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto Mol, Instituto Unibanco, Itaú Social, Mercado Pago e Santander.

 

CENTRO-OESTE: Terra de doadores a serem conquistados

Quando o assunto é doações, a região Centro-Oeste ainda é um grande espaço a ser conquistado. Com a menor proporção de doadores do País – apenas 27% da população doa enquanto a média nacional é de 37% – os habitantes do Centro-Oeste deixam bem clara opinião negativa sobre doações. 17% concordam totalmente com a frase “só doa quem tem peso na consciência” quando a média de concordância do brasileiro é de 12%. E também são os que menos acreditam que doar faz bem a quem doa.

Os dados são da segunda edição da Pesquisa Doação Brasil, única no país dedicada a traçar o perfil do doador individual brasileiro. A iniciativa é coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e realizada pela Ipsos Brasil Pesquisas de Mercado.

A origem da postura dos moradores da região Centro-Oeste pode estar no fato de não entenderem claramente o papel das ONGs na sociedade, conforme é admitido por 37% deles. E a falta de entendimento leva à desconfiança, já que a população do Centro-Oeste é a que menos concorda que “as ONGs deixam claro o que fazem com os recursos que aplicam” – só 20%. E é a que menos percebe que “a ação das ONGs leva benefícios a quem realmente precisa”, só 37%. Na média brasileira os percentuais de concordância são 24% e 43% respectivamente”.

A visão negativa das ONGs acaba fazendo com que o doador do Centro-Oeste tenha preferência por doar esmolas aos pedintes em vez de apoiar instituições. Na média, 38% deles doou esmola em 2020, enquanto na média do País, o percentual é de apenas 14%. A população do Centro-Oeste também é aquela que menos atribui responsabilidade às ONGs pela solução dos problemas socioambientais do Brasil. Só um terço (33%) acha que as ONGs têm muita responsabilidade pela solução dos problemas.

Apesar de tudo, os habitantes do Centro-Oeste são os que mais se sensibilizam com a causa do combate à fome e à pobreza. Essa causa, que é também a campeã na preferência dos brasileiros, possui mais adeptos no Centro-Oeste, onde quase a metade, 49%, se declarou mobilizada por ela, quando no País todo, a média é de 43%. Essa sensibilidade poderia ser a porta de entrada para uma aproximação maior das ONGs à sociedade do Centro-Oeste e estímulo ao fortalecimento da Cultura de Doação na região.

Sobre os achados, Paula Fabiani, CEO do IDIS, comenta: “Apesar da grave crise social e econômica enfrentada pelo País, temos que certeza que 2020 foi um ano importante para a Cultura de Doação e as lições aprendidas ao longo desse período estão ajudando a construir uma população mais solidária e sensível aos problemas sociais.”

Em 2020, estima-se que as doações individuais para ONGs somaram R$ 10,3 bilhões. Os resultados completos da Pesquisa Doação Brasil estão disponíveis para consulta no site www.pesquisadoacaobrasil.org.br . Os usuários podem também criar seus próprios gráficos, a partir do cruzamento de diferentes variáveis, como região, gênero ou renda.

 

REALIZADORES E APOIADORES

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos e com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Tide Setúbal, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto Mol, Instituto Unibanco, Itaú Social, Mercado Pago e Santander.

Cruzamento de dados: Pesquisa Doação Brasil 2020

Com novas funcionalidades, o site da Pesquisa Doação Brasil 2020 agora possibilita o cruzamento de informações sobre o comportamento do doador brasileiro com dados demográficos. Além disso, também é possível baixar dados.

Escolhendo as variáveis desejadas, você cruza informações para obter gráficos com resultados personalizados. Para realizar esses cruzamentos, acesse o site, clique na sessão Filtros (em roxo ao final da página inicial) e crie seus próprios gráficos a partir dos cruzamentos de dados.

Veja o vídeo sobre como fazer esses cruzamentos:

 

Com base nesses novos gráficos, foi possível identificar o perfil de cada doador dependendo da região. Confira:

 

Assista ao lançamento da Pesquisa Doação Brasil:

REALIZADORES E APOIADORES

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos e com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Tide Setúbal, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto Mol, Instituto Unibanco, Itaú Social, Mercado Pago e Santander.

SUL: Terra de doadores constantes, mas precavidos

Quando o assunto é doações, o sulista é generoso. A mediana do valor doado pelos habitantes do Sul é a mais alta do País, R$ 300 por ano, enquanto a mediana nacional é de R$ 200 anuais. Além disso, o sulista é fiel e constante: 82% dos doadores pretendem continuar apoiando a mesma instituição e 76% certamente indicariam essa organização para outros doadores. Essas proporções são as mais altas entre todas as regiões do Brasil.

Os dados são da segunda edição da Pesquisa Doação Brasil, única no país dedicada a traçar o perfil do doador individual brasileiro. A iniciativa é coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e realizada pela Ipsos Brasil Pesquisas de Mercado.

Outra característica marcante dos sulistas é a sensibilidade às causas em defesa das crianças e adolescentes. Mesmo considerando que o combate à fome e à pobreza é a mais mobilizadora das causas, chama a atenção como uma parcela muito maior da população da região Sul cita as crianças e adolescente como uma causa que a sensibiliza: 27%, contra 19% da média nacional.

Os moradores da região Sul são muito conscientes da relevância de sua contribuição. 63% deles entendem claramente que “as ONGs dependem da colaboração de pessoas e empresas para obter recursos e funcionar” e 74% têm certeza de que “o fato de doar faz a diferença”. No Brasil como um todo, essa consciência é de 67%.

Porém, não é muito fácil conquistar a confiança dos habitantes do Sul, que são os doadores mais precavidos do país. Quase um terço dos doadores (32%) só faz doações quando alguém conhecido pede. E 37% se já teve uma experiência pessoal com a causa. Essas proporções são as mais altas entre as cinco regiões brasileiras, e também do que as médias nacionais, que estão em 22% e 31% respectivamente.

E os sulistas não gostam de ser incomodados com pedidos de doação. 36% deles concordam que “em geral, as instituições que solicitam doações insistem demais”, uma proporção mais alta do que a média do Brasil, que fica em 29%. Essa é uma dica para que as organizações da sociedade civil repensem a frequência de abordagem aos potenciais doadores, que preferem uma indicação pessoal a um pedido genérico.

Sobre os achados, Paula Fabiani, CEO do IDIS, comenta: “Apesar da queda das doações, a Cultura de Doação se fortaleceu nos últimos cinco anos. A sociedade está mais consciente da importância da doação e tem uma visão muito mais positiva das organizações da sociedade civil e seu trabalho.”

Em 2020, estima-se que as doações individuais para ONGs somaram R$ 10,3 bilhões. Os resultados completos da Pesquisa Doação Brasil estão disponíveis para consulta no site www.pesquisadoacaobrasil.org.br . Os usuários podem também criar seus próprios gráficos, a partir do cruzamento de diferentes variáveis, como região, gênero ou renda.

Confira o lançamento da Pesquisa Doação Brasil:

METODOLOGIA

A Pesquisa Doação Brasil 2020 foi realizada em duas etapas.

Etapa 1: Qualitativa

Realizada entre 18 e 21 de janeiro de 2021, com 8 grupos focais com 8 participantes cada. Todos moradores da região metropolitana de São Paulo.

Os grupos focais foram conduzidos online por conta da pandemia do Covid-19 e o necessário isolamento social.

Perfil dos participantes

  • Homens e mulheres
  • Classe: ABC
  • Idade: 25 a 60 anos
  • Doadores
  • Não doadores

 

Etapa 2: Quantitativa

Período de realização: 16 de março a 22 maio de 2021

Entrevistas realizadas via Entrevista Telefônica Assistida por Computador (CATI), onde o entrevistador segue o questionário através de um programa, minimizando desvios na aplicação. A margem de erro é de ±2 pontos percentuais.

Total da amostra: 2.103 entrevistados.

Recorte: população maior de 18 anos com renda familiar superior a 1 salário mínimo.

A amostra foi composta de acordo com a distribuição real da população brasileira segundo o PNAD 2019, ou seja, as cotas de idade, sexo e região têm a mesma proporção encontrada na população brasileira.

 

 

REALIZADORES E APOIADORES

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos e com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Tide Setúbal, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto Mol, Instituto Unibanco, Itaú Social, Mercado Pago e Santander.

Iniciativa Social Corporativa é tema de evento promovido pela Latimpacto junto ao IDIS

Em mais um Café Virtual promovido pela Latimpacto em parceria com o IDIS, a temática central foi sobre o tema de investimento social corporativo. Com a presença de especialistas no tema, o debate propôs explicar o alinhamento estratégico empresarial a partir de diferentes experiências e perspectivas, ressaltando a importância da destinação de recursos na transformação social a longo prazo.

Abrindo a discussão, Juan Ferreira, diretor de programas da Latimpacto, introduz o que é e quais organizações fazem parte da Latimpacto, assim como seus propósitos e objetivos. Ele ressalta a relevância da geração de uma rede de organizações que possam compartilhar a visão de competência e colaboração especialmente em impacto social e ambiental.

Para trazer a experiência prática do planejamento estratégico de uma Iniciativa Social Corporativa, participaram do evento Giuliana Ortega, diretora de sustentabilidade da RD – Raia Drograsil, João Machado, presidente do conselho administrativo da Fundação Ageas e Lina Maria Montoya, gerente de impacto e inovação social da Fundação Grupo Bancolombia

Inicialmente, João Machado apresenta criação e atuação da Fundação Ageas, uma organização que faz parte de uma  iniciativa pública do governo português criada em 2014, que tem dois objetivos, o de aumentar o empreendedorismo social no país como forma respostas para os problemas sociais e o segundo objetivo visa contribuir para o fomento do mercado para o investimento social e de impacto. Com a missão de contribuir para a criação de comunidades mais resilientes e inclusivas, a atuação da fundação se dá em três diferentes focos: saúde, envelhecimento e exclusão social. Explicando o plano de Filantropia Estratégica criado em 2021 na fundação, João enfatizou as prioridades para a Venture Philanthropy (teoria da mudança), que entre os focos de alinhamento estão voltadas para: ações para a redução de doenças crônicas (prevenção e gestão), democratização do acesso aos serviços de saúde, a redução da solidão extrema e do isolamento e a empregabilidade de pessoas com incapacidade física/mental. Segundo o representante, “a Venture Philanthropy pode ser um caminho viável para melhorar o impacto”, reforça.

Giuliana Ortega, responsável pela agenda de sustentabilidade e de investimento social da RD, trouxe os objetivos e a ação social da empresa. O objetivo da RD é cuidar da saúde e do bem estar das pessoas em todos os momentos da vida e a empresa tem perspectivas de expansão dessa atuação por meio de diferentes abordagens. A estratégia de negócios da empresa inspirou a estratégia de sustentabilidade construída com base na ambição de ser o grupo que mais contribui para uma sociedade mais saudável no Brasil até 2030. Pessoas mais saudáveis, negócios mais saudáveis e um planeta mais saudável são os três pilares que estruturam essa estratégia. O Investimento Social a RD possui três grandes metas de longo prazo, dentre elas, impactar positivamente a vida de 3 milhões de pessoas em vulnerabilidade social por meio dos projetos de saúde integral, desenvolver a força de trabalho com ações voluntárias e investir 1% do lucro líquido em projetos de saúde integral. Segundo Giuliana, “as estratégias de negócios e as estratégias de sustentabilidade se retroalimentam e o Investimento Social está totalmente integrado nesta agenda”.

“É totalmente possível o alinhamento temático e ele traz sinergias e ganhos, tanto para os negócios, quanto para o investimento social e para sustentabilidade, mas é muito importante entendermos que o foco do investimento social é sempre o público, o bem comum, a sociedade, a comunidade numa empresa”, completa.

Você pode conferir em detalhes os objetivos e metas para o desenvolvimento sustentável da empresa acessando caminharjuntos.com.br 

Por último, Lina destrincha o histórico e a estratégia de Investimento Social da Fundação Bancolombia. Com foco em promover o desenvolvimento econômico sustentável na ruralidade colombiana para garantir o bem estar de todos, a fundação nutre uma relação de longo prazo a ser desenvolvida em 3 frentes que alinham a fundação com os atores sociais a serem transformados. Visando oferecer o fortalecimento e estruturação estratégica de modelos de negócio, como a inversão estratégica, conexões, educação financeira entre outras competências.

Ao final do evento, Paula Fabiani, CEO do IDIS, ressalta a importância do Investimento Social Corporativo como um mecanismo de transformação dentro da agenda ESG.

“Nós acreditamos muito na força do Venture Philanthropy e acho que temos uma oportunidade muito importante com a agenda ESG que chega com muita força junto aos gestores de recursos e cobrando das empresas um posicionamento junto a esses três temas” ressalta.

Confira a live na íntegra:

 

A PARCERIA

Ao compreender o ecossistema brasileiro e os aspectos socioeconômicos e desafios do país, o IDIS se torna um embaixador ativo da Latimpacto, apoiando a promoção do investimento para impacto mais estratégico no país. A parceria inclui a realização de eventos, a produção de artigos e publicações, capacitações, além da participação no Conselho da Latimpacto. “O IDIS, desde a sua fundação, tem como missão mapear e promover as novas formas de se pensar e fazer investimento social privado no país, articulando parcerias estratégicas com atores importantes do setor. A parceria com a Latimpacto reflete essa trajetória e abrirá portas para maior interlocução e acesso a novos atores e práticas do ecossistema global de impacto”, comenta Renato Rebelo, diretor de projetos do IDIS.

 

IDIS e Coalizão pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos realizam evento online em outubro

Perspectivas e desafios dos Fundos Patrimoniais no Brasil (7)

Fundos Patrimoniais Filantrópicos são mecanismos que contribuem para a sustentabilidade de organizações e causas. Desde 2012 o IDIS vem defendendo sua regulamentação no Brasil. Apesar de muito populares em outros países, não havia legislação por aqui e por isso eram raros. Foi em junho de 2018, que a pauta se fortaleceu e ganhou muitos apoiadores, quando lideramos a criação da Coalizão pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos. Com o objetivo de fortalecer a agenda dos Fundos Patrimoniais no Brasil, a coalizão é composta por mais de 80 membros, entre organizações, empresas e pessoas, de diversas áreas. O grupo está mobilizado para apoiar e promover a articulação necessária para que o Brasil tenha uma legislação que regulamente a existência, governança e operação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos e também acelerar a adoção do mecanismo. Entre as principais conquistas está a sanção da Lei 13.800/19, que regulamenta os Fundos Patrimoniais Filantrópicos no Brasil, em janeiro de 2019, mas a ação de incidência continua para aprimoramento do ambiente legal.

‘Perspectivas e desafios dos Fundos Patrimoniais no Brasil’ é o tema do evento organizado pelo IDIS, com apoio da Coalizão. Entre os temas debatidos estão os aspectos tributários da Lei no 13.800/19 e Mercado de Capitais e os Fundos Patrimoniais. Os avanços da coalizão e casos práticos também serão apresentados.

O evento acontece no dia 28 de outubro, das 17h às 19h, em formato online e gratuito.

AGENDA

Agenda tributária dos Fundos Patrimoniais

_Flavia Regina de Souza, sócia do Mattos Filho Advogados
_Hermann Braga, coordenador do Senador Rodrigo Cunha
_Priscila Pasqualin, sócia do PLKC Advogados e conselheira do IDIS
_moderação: Paula Fabiani, CEO do IDIS

 Endowment e o Mercado de Capitais

_Clayton Calixto, especialista de produtos da Santander Asset Management
_Eduardo Loverro, Head da área Comercial da BNP Paribas Asset Management
_moderação: Diego Martins, sócio do Pragma Gestão Patrimônio

 

O IDIS vem apoiando diversas organizações por meio da consultoria especializada no tema. Advogados de diversos escritório vem se atualizando sobre o assunto. E os bancos e gestores de recursos também estão criando produtos adequados ao perfil de longuíssimo prazo e capital paciente dos fundos patrimoniais. Desde a regulamentação, vários fundos foram ou estão em processo de constituição. Alguns exemplos são o Lumina (Fundo Patrimonial da Unicamp) e o Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn.

Mais sobre fundos patrimoniais

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Pacto da Promoção de Equidade Racial é formalizado como associação sem fins lucrativos

Em Assembleia Geral realizada ontem (08 de Outubro) com mais de 90 participantes, foi oficialmente criada a Associação Pacto da Promoção de Equidade Racial, organização da sociedade civil responsável pela promoção do Pacto de Promoção da Equidade Racial e que fará a gestão e monitoramento de um novo Protocolo ESG Racial.

 

No evento, foram aprovados Estatuto Social e os quadros da governança da organização (Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva), com ampla representatividade dos diferentes setores da sociedade civil envolvidos com o Pacto. O Conselho Deliberativo terá maioria de integrantes negros e pelo menos metade de mulheres, e será presidido pelo Prof. Hélio Santos, também presidente do Conselho da Oxfam Brasil. O Diretor Executivo do Pacto será Gilberto Costa, Executivo do Banco JP Morgan.

Desde setembro de 2020 o IDIS vem contribuindo para a construção do Pacto, participando ativamente da elaboração do IEER – Índice ESG de Equidade Racial e da política de Investimento Social Privado que compõem o Protocolo ESG Racial, bem como da construção da Governança e da produção de cartilhas e documentos internos. O IDIS esteve presente à Assembleia Geral de ontem para confirmar sua afiliação como Associado Fundador da nova organização.

Para mais informações, consulte o site do Pacto: pactopelaequidaderacial.org.br

CAF promove evento global sobre desafios e tendências da filantropia

Simpósio Global de Filantropia | 9 de novembro

A filantropia é um tema global. Ao redor do mundo, a sociedade civil é peça-chave para a solução de desafios socioambientais e em cada país, há pessoas dedicadas a pensar e encontrar os melhores meios para potencializar o impacto dos investimentos. Ao promover o primeiro Simpósio Global de Filantropia, a Charities Aid Foudation (CAF) convida todos a aprendermos uns com os outros e encontrar inspirações em experiências globais.

Focado em doadores, o encontro abordará tendências internacionais e percepções locais, ao longo de 19 horas e com a participação de representantes de 10 países – África do Sul, Austrália, Brasil, Bulgária, Canadá, Estados Unidos, Índia, Inglaterra, Rússia e Turquia. Entre os temas, filantropia de impacto, empoderamento negro, confiança e mecanismos de doação internacional. O evento acontece no dia 9 de novembro. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui: bit.ly/simposiocaf

O IDIS, representante da CAF no Brasil, promoverá dois painéis virtuais.

9/nov – 14h às 15h

Empresas Grantmakers: impacto social por meio do apoio a OSCs

_Daniela Grelin, diretora do Instituto Avon

_Paulo Eduardo Batista, diretor executivo do Instituto Mosaic

_moderação: Andrea Hanai, gerente de projetos do IDIS

 

 

 

SimposioGloalFilantropia

9/nov – 15h às 16h

Transformando Territórios: investimento para o desenvolvimento local

_Eliana Sousa, fundadora e diretora da Redes da Maré

_Erika Sanchez, diretora executiva do Instituto ACP

_moderação: Felipe Groba, gerente de projetos do IDIS

 

As sessões serão realizadas em português com opção de tradução simultânea para o inglês. Com isso, o evento reunirá uma audiência local e global. Todas serão gravadas e ficarão disponíveis aos participantes na plataforma do evento. Confira a agenda completa aqui:

 

Além das sessões em português, Raquel Altemani, gerente de projetos do IDIS, também participará da mesa Gestão de de dados de impacto para investidores sociais, no 9 de novembro às 7h. Esta mesa será em somente inglês.

A Charities Aid Foundation (CAF) é uma organização britânica dedicada à filantropia e com mais de 90 anos de experiência. A CAF apoia doadores – indivíduos, grandes doadores e empresas – a obter o maior impacto possível a partir de sua doação. Sua rede global consolidando-se como a maior estrutura de apoio ao investidor social privado, no mundo. Além da sede no Reino Unido, a CAF também atua na África do Sul, Austrália (Good2Give), Brasil (IDIS), Bulgária (BCause), Canadá, Estados Unidos, Índia, Rússia e Turquia (Tusev).

Beatriz Johannpeter reúne investidores sociais para apresentar Transformando Territórios

Para estimular a filantropia comunitária no Brasil, arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das demandas de territórios específicos, Beatriz Johannpeter reuniu, na Sociedade Hípica Paulista, um pequeno grupo de 12 filantropos e lideranças do ESG no Brasil. O programa é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e da Mott Foundation, destinada para fomentar a criação e o fortalecimento de institutos e fundações comunitárias no País em alinhamento com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e a agenda ESG (Environmental, Social & Governance).

TransformandoTerritorios_BeatrizJohannpeter

Modelo consolidado no exterior, que movimenta mais de US$ 5 bilhões ao ano, a filantropia comunitária possui amplo potencial de investimento de empresas nacionais e de filantropos brasileiros, segundo Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Ricardo Levisky, da Levisky Legado, responsáveis pela organização do encontro, que contou com rígido protocolo de segurança COVID 19. Hermes Sousa, líder do grupo de iniciativa de São Miguel Paulista, participante do Transformando Territórios, compartilhou sua experiência.

Institutos e Fundações comunitárias são associações que atuam em prol de um território geográfico delimitado, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região. Além disto, Institutos e Fundações Comunitárias fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Beatriz é voluntaria, mentora, consultora de famílias empresárias na Cambridge Family Enterprise Group-Brasil e diretora do Instituto Helda Gerdau. Em 2021, tornou-se embaixadora do Programa Transformando Territórios, contribuindo para disseminar o conceito e engajar filantropos e investidores sociais nesta causa. Em agosto, o também embaixador Dr. José Luiz Egydio Setubal havia realizado um encontro similar em sua residência.

 

TransformandoTerritorios_cafédamanhã

Para saber mais sobre a iniciativa, acesse: transformandoterritorios.org.br

Brasil marca presença no Global Philanthropy Forum

Com o tema “Sistemas vitais, Comunidades saudáveis: encontrando o novo normal”, o Global Philanthropy Forum (GPF) reunirá filantropos, investidores sociais e executivos de organizações da sociedade civil entre os dias 19 e 21 outubro em evento virtual. O papel da filantropia em face das mudanças trazidas pela pandemia permeará toda a programação, trazendo aprendizados de ações ao longo deste período e boas práticas que podem ser replicadas ao redor do mundo.

O IDIS estará presente e também indicou outros representantes do Brasil para contribuir às conversas desta edição do GPF. A nossa CEO, Paula Fabiani, compartilhará a experiência do Fundo Emergencial para a Saúde – Coronavírus Brasil. Em outra mesa, Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon, falará sobre a experiência do Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas. Além disso,  Rodrigo Pipponzi, filantropo e fundador da Editora Mol, participará de um grupo de trabalho sobre a nova geração de filantropos.

Confira a agenda:

19 de outubro – 14h30 (horário no Brasil)

Filantropia – Quando a crise atinge: Fundos de Emergência e Repostas rápidas

_Bernadette Moffat, diretora exectiva da ELMA Philanthropies

_Maya Winkelstein, CEO da Open Road Alliance

_Patricia McIlreavy, Presidente e fundadora do Center for Disaster Philanthropy

_Paula Fabiani, CEO do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

 

Em meio a apelos à filantropia para enfrentar as crises da COVID-19 e a injustiça racial, mais filantropos consideraram a criação de fundos de emergência ou a alteração dos procedimentos de doações para movimentar o dinheiro mais rapidamente. Essas mudanças, incluindo concessões menos restritas e fundos de emergência alocados, se tornarão padrão? E em face de crises em que os financiadores devem ser ágeis em suas doações, como podemos garantir que o financiamento seja baseado em equidade e justiça para apoiar a todos?

 

19 de outubro – 14h30 (horário no Brasil)

A garantia da saúde das mulheres e o combate à violência de gênero

_Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon

_Joia Creer-Perry, fundadora e diretora da National Birth Equity Collaborative

_Esta Soler, presidente e fundadora Futures Without Violence

_Majandra Rodriguez-Acha, Frida Young Feminist Fund

_Purity Kagwiria, diretor da With and For Girls Fund and Collective, Purposeful

 

Da proteção e defesa dos direitos reprodutivos das mulheres ao fim da violência contra as mulheres – este grupo de trabalho abordará a importância dos direitos das mulheres no contexto da saúde global. Como podemos mobilizar a influência e a participação das mulheres por meio de ativismo político, legal e cívico para abordar o avanço das mulheres e proteger a autonomia corporal? Ouça as pessoas que trabalham para acabar com a violência contra mulheres e crianças em todo o mundo – como financiadores, ativistas, formuladores de políticas e líderes de saúde pública.

 

21 de outubro – 14h30 (horário no Brasil)

Aprendendo com a próxima geração de filantropos

_Danielle Oristian York, 21/64

_Rodrigo Pipponzi, Fundador da Editora Mol

 

Uma transferência de riqueza sem precedentes está criando toda uma nova geração de doadores que herdarão cerca de US $ 59 trilhões de dólares até 2061. Eles também devem alocar quase metade dessa quantia para causas beneficentes. À medida que os jovens com acesso à riqueza começam a ter mais poder de decisão sobre os recursos, eles podem revolucionar as doações e efetuar mudanças sociais de maneiras extraordinárias. Aproveite esta oportunidade para aprender diretamente com os doadores da próxima geração sobre o que orienta suas doações.

 

Confira a agenda completa e como se inscrever clicando aqui.

 

 

O GPF é um projeto do World Affairs Council, criado para construir uma comunidade de doadores e investidores sociais comprometidos com causas internacionais. Por meio de uma conferência anual, um seminário de verão, eventos especiais e teleconferências, o GPF conecta doadores a causas, a estratégias eficazes, a potenciais parceiros de cofinanciamento e a emblemáticos agentes de mudança de todo o mundo.

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social é parceiro do Global Philanthropy Forum. Anualmente, também o GPF apoia a realização do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, promovido pelo IDIS desde 2012.

Veja aqui o vídeo comemorativo de 10 anos da edição brasileira:

 

 

 

 

Muito prazer, IDIS!

Equipe_IDIS

Toda organização é feita de pessoas. Não há resultados ou realizações sem elas e por isso celebrar quem faz parte e faz tudo acontecer é tão importante! Hoje, a equipe do IDIS é formada por 23 profissionais, atuando em diferentes frentes, mas com a mesma missão: inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto.

Para valorizar quem está aqui e mostrar um pouquinho da visão única de cada um, neste ano realizamos uma campanha em nossas mídias sociais. Aqui, reunimos todas as postagens e convidamos todos a conhecerem nosso time!

Para saber mais sobre cada um, visite a página ‘Equipe e Conselhos’.

A nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Fazemos tudo isso guiados pelos nossos valores: Excelência, Aprendizado, Colaboração, Respeito, Transparência e Sustentabilidade.

Valorizamos a atuação em parceria e a cocriação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista. Em 22 anos de história, mais de 120 colaboradores passaram pelo IDIS.

Caso queira trabalhar conosco, cadastre seu currículo nossa página no site da 99 Jobs. Acompanhe também nossas mídias sociais e receba nossa newsletter: https://linktr.ee/idisocial

 

‘Como escolher uma causa’ é tema de live no Valor Econômico

O Valor Econômico em colaboração com o Valor Social, área de responsabilidade social da Globo, promoveu uma semana especial de lives que teve como temática principal ‘Cultura de Doação’. O evento propôs ampliar os debates sobre a importância e o tamanho do investimento social privado no Brasil, apresentar os melhores caminhos para doar, mostrar o que é feito no âmbito dos negócios e como estimular a cultura de doação.

Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Joana Mortari, diretora da Associação Acorde, protagonizaram a mesa “Como Escolher Sua Causa”, importante assunto quando se trata da construção de uma cultura de doação. A mesa foi mediada por Celia Rosemblum, Editora de Projetos Especiais do Valor.

Com o objetivo de mobilizar os brasileiros para a doação, o IDIS criou o ‘Descubra sua Causa’, um teste de 9 perguntas que ajuda a encontrar uma causa com a qual a pessoa melhor se identifica e depois mostra organizações com as quais pode contribuir, doando dinheiro ou tempo, por meio de trabalho voluntário.  A Pesquisa Doação Brasil, que tenta entender as barreiras para a cultura de doação no país, em sua edição de 2015 mostrou que 84% dos brasileiros não concordavam com a ideia de que o doador deve falar que faz doações e que, além disso, explica Paula, não havia uma clareza de qual causa mobilizava a ação. Isso mostrou a necessidade de se falar mais sobre o assunto, sobre diferentes causas e do endereçamento das doações. Foi nesse contexto que o teste surgiu e hoje traz opções de como e para onde contribuir de acordo com a causa identificada, direcionando os passos para aquele que deseja agir.

Veja a live na completa:

Estadão destaca fundos patrimoniais de universidades brasileiras

Comum em universidades americanas, os endowments, também conhecidos como fundos patrimoniais, têm se tornado estratégicos para a sustentabilidade financeira de instituições de ensino brasileiras nos últimos anos.  A reportagem do  Estadão aponta as iniciativas que tem surgido e como o IDIS tem auxiliado no fortalecimento dos fundos filantrópicos no Brasil.

Nas redes sociais, com Pix e contribuições mensais, a contribuição para o crescimento dos endowments nas universidades é facilitada. A criação de fundos patrimoniais das instituições tem o apoio de projetos de impacto social e impulsionar a pesquisa brasileira. A ação consiste em aumentar a quantia somada de doações visando um maior rendimento e com isso, mais projetos apoiados.

A ideia é que o fundo funcione de forma perene, ou seja, quanto maior o bolo de doações, maior os rendimentos e mais projetos são apoiados. O foco está não só em ex-alunos como também pequenos doadores que possam contribuir com pequenas quantias e tornar o ato mais popular.

Paula Fabiani, CEO do IDIS, lembra que a participação do pequeno doador na construção de fundos patrimoniais é estratégica e contribui para a popularização da ação, uma vez que pode gerar futuros doadores e empreendedores. Paula comenta: “A popularização é importante porque traz legitimidade para a organização”.

O IDIS atua no advocacy com fundos patrimoniais desde 2012 e em outubro de 2020 atuou junto a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na criação do Lumina, o fundo patrimonial que tem como objetivo de contribuir com o financiamento de projetos e iniciativas da Universidade nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e inovação. A iniciativa foi orientada pelo IDIS ao longo do todo processo de criação. Leia o case e saiba mais sobre a ação.

Confira a matéria na íntegra, acesse: bit.ly/idisnamidia15

 

Mais sobre fundos patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, clique aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Documentário “Por um Brasil Melhor” aborda cultura da doação

Para quem se interessa por cultura de doação, esta é uma dica de ouro! No vídeo documentário “Por um Brasil Melhor” há história, conceitos e práticas narradas por diversos atores e ativistas do setor filantrópico. A iniciativa é da Escola Aberta do Terceiro Setor/FJPN, com apoio do Starling Collective

Sobre a iniciativa, Debora Verdan, coordenadora da Escola Aberta do Terceiro Setor, comenta “Sendo o conhecimento também um recurso estratégico de desenvolvimento e transformação social, a produção do documentário visa impulsionar mudanças necessárias em processos e atitudes dos indivíduos e organizações, ampliando assim, por meio da educação, a generosidade, a empatia e a cultura de doação.”

Entre os especialistas e representantes de organizações da sociedade civil que compartilharam seus saberes e experiências sobre o campo, destacamos a participação do IDIS. Contribuíram o fundador Marcos Kisil, comentando o fortalecimento do ecossistema filantrópico no Brasil no final da década de 90, e a atual CEO, Paula Fabiani, que destacou a produção de conhecimento e estudos sobre a cultura doação no Brasil. Também foi entrevistado Ted Hart, CEO da CAF America, organização que como o IDIS integra a rede da Charities Aid Foundation, buscando definir o que é doar e a importância desse ato para individuo, empresas e para toda a sociedade.

Assista ao documentário por meio da plataforma da Escola Aberta do Terceiro Setor, clicando aqui

IDIS participa de edição 100ª da Alliance Magazine

Em comemoração aos 25 anos de aniversário da Alliance Magazine, a revista inglesa lança a 100ª edição com relatos de filantropos, executivos de organizações sociais e personalidades do campo. O IDIS contribuiu com dois depoimentos. Parabenizamos a Alliance pelos 25 anos sendo a principal revista de filantropia e investimento social em todo o mundo e é uma honra fazer parte desta trajetória.

Em uma sessão dedicada à reflexão de especialistas com experiência de 25 anos trabalhando no setor, a CEO do IDIS, Paula Fabiani, escreve um relato sobre o que gostaria de ter aprendido antes sobre o setor filantrópico. “Eu gostaria de ter sabido que a filantropia teria um grande papel na promoção da democracia. Eu gostaria de ter tido conhecimento da relevância de se trabalhar pela equidade racial, primeira infância e ciência. E também gostaria de ter previsto as dificuldades do avanço da agenda contra o aquecimento global”, comenta.

Já em outra parte da publicação, Alexandre Gonçalves Jr, analista de comunicação do IDIS, participa do capítulo dedicado a profissionais do setor filantrópico nascidos no mesmo em que a publicação foi lançada, 1996, intitulado “PHILLENIALS”, alusão aos termos millennials e philanthropy, em inglês. Com um olhar para os próximos 25 anos, ele destaca as mudanças estruturais para a transformação social. “A filantropia pode apoiar estas mudanças. Pode dar voz às pessoas, empoderar comunidades locais a manter atividades e promover um espaço seguro para a sociedade civil lutar contra desigualdades”, acredita.

Para acessar e conferir a publicação completa, acesse: alliancemagazine.org

Inscreva-se para o evento gratuito de lançamento da publicação, clicado aqui.

Na esteira da celebração histórica, além da tradicional edição imprensa e digital da revista, a Alliance também promoveu ao longo do ano debates internacionais sobre a filantropia ao redor do mundo. O encontro sobre as perspectivas para a América Latina foi realizado em parceria com o IDIS. Confira o vídeo:

 

 

IDIS promove curso Avaliação de Impacto SROI: conceitos e práticas

Há um interesse crescente sobre avaliação de impacto. Empresas e filantropos desejam saber se os investimentos feitos estão gerando transformações e organizações sociais querem entender como podem gerar ainda mais benefícios socioambientais. Por isso, em outubro, o IDIS oferecerá o curso Avaliação de Impacto SROI: conceitos e práticas. Interessados já pode fazer sua inscrição.

Com 12 horas de duração, divididas em 4 encontros semanais, o curso abordará conceitos gerais de avaliação, concentrando-se nos elementos que compõe o protocolo SROI (Social Return on Investment ou Retorno Social do Investimento). Entre os tópicos, Teoria da Mudança, Pesquisa Qualitativa e Quantitativa, Monetização, Mapa de Impacto, Relatórios, Devolutivas e Comunicação.

O curso será online e realizado por meio de plataforma de EAD. Os encontros serão ao vivo, com gravação disponibilizada posteriormente aos alunos do curso. O valor para participação será de R$ 1.900, com vagas limitadas a 30 participantes.

As aulas serão ministradas por profissionais do IDIS, entre eles a CEO Paula Fabiani, e as gerentes e especialistas em avaliação Laís Faleiros e Raquel Altemani, todas capacitadas pela organização inglesa Social Value. Casos práticos de projetos realizados pelo IDIS para organizações como Amigos do Bem, CEAP, Gerando Falcões, Fundação Sicredi, Santa Marcelina Cultura (Programa Guri), Petrobrás, Sesc, entre outros serão usados para ilustrar as aulas.

O ‘SROI – Social Return on Investment’, ou Retorno Social sobre Investimento, é um protocolo de avaliação que propõe uma análise comparativa entre o valor dos recursos investidos em um projeto ou programa e o valor social gerado para a sociedade com essa iniciativa. Trata-se de uma ferramenta poderosa de mensuração, que além de trazer a monetização do impacto social, integra dados qualitativos e quantitativos capturando a percepção dos beneficiários.

Faça sua inscrição no curso: https://bit.ly/cursosroi

Em agosto, realizamos um evento para explicar do que se trata a abordagem, com a participação de representantes da Gerando Falcões e da Fundação Sicredi. Assista aqui:

 

Nesta sessão, selecionamos artigos, publicações e vídeos sobre avaliação de impacto e SROI. Confira!

#Conhecimento: Avaliação de Impacto e SROI

 

 

Redes para Inclusão Produtiva iniciam implementação de projetos

O programa Redes para Inclusão Produtiva iniciou a última das cinco etapas de fortalecimento de organizações sociais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, fomentando o empreendedorismo e a geração de renda. ainda em caráter piloto, a iniciativa do IDIS com o Sebrae-SP, contempla quatro macrorregiões do Estado de São Paulo: Bauru, Vale do Ribeira, Pontal do Paranapanema e Alta Paulista.

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Após mapear e selecionar as organizações em 2020, as organizações passaram por um processo de compartilhamento de desafios e conhecimento entre si em encontros presenciais, realizados dentro dos protocolos exigidos pela pandemia. O objetivo foi de encontrar pontos de convergência e estimular a colaboração. Apesar de trabalharem com públicos diversos, como catadores, artesãos, agricultores, jovens, egressos do sistema prisional, entre outros, havia interesses compartilhados todos e foram planejadas soluções coletivas, ativando conhecimentos já existentes dentro da rede. Foram mapeados e envolvidos também parceiros externos, que ofereceram  capacitações e recursos.

Nesta etapa final do projeto, estão sendo realizadas capacitações junto às organizações das quatro macrorregiões abordando temáticas transversais observadas em todas as redes, e também desafios particulares de cada uma. Recentemente, a consultora em voluntariado Silvia Naccache esteve presente no Vale do Ribeira para falar com as organizações. Também estão programadas oficinas sobre comunicação em mídias digitais e captação de recursos, com foco em crowdfunding.

“A pandemia agravou a desigualdade no país e a inclusão produtiva será uma agenda prioritária no próximo ano. Esta experiência piloto já tem gerado grandes aprendizados e acreditamos que o modelo fortalecerá diretamente inúmeras organizações e tem o potencial de ganhar uma grande escala.”, comenta Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS, que pretende expandir o programa a partir dos aprendizados desta experiência.

Empresas e organizações podem se envolver desenvolvendo um programa próprio e implementando uma rede de até 25 organizações em um território de interesse. É possível também tornar-se parceiro do programa do Sebrae-SP, contribuindo para o fortalecimento das redes já estabelecidas ou para a ampliação a outras macrorregiões, ou apoiar por meio de ações como parcerias não financeiras, acesso a mercado e emprego ou programas de voluntariado.

Apresentaca_SilviaNaccache

Programa Redes para Inclusão Produtiva

O Programa Redes para Inclusão Produtiva tem como objetivo fortalecer organizações da sociedade civil que desenvolvem projetos que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, fomentando o empreendedorismo e a geração de renda. Por meio da formação de redes de compartilhamento e desenvolvimento de boas práticas e inovações relacionadas à inclusão produtiva, ampliamos o acesso a conhecimento, recursos e parceiros. Cada uma das redes é apoiada por 10 meses. Esta é uma iniciativa do IDIS com o Sebrae-SP.

 

Leia também: #Fórum2021 – Inclusão produtiva: caminho para a redução da pobreza e da desigualdade

 

 

Engajamento Coletivo retoma atividades à distância

O projeto de Engajamento Coletivo foi concebido com o propósito de desenvolver jovens e educadores em competências e habilidades para se envolverem em mudanças positivas na vida social e política em prol de melhorias no território de forma solidária, corresponsável e cidadã, contribuindo para o avanço da cultura de doação no país.

Workshop de cocriação na Escola Estadual Marina Cintra. São Paulo, SP, outubro de 2019.

Implementado em 2019 em duas escolas da cidade de São Paulo, ainda em caráter piloto, precisou ser interrompido quando a pandemia impossibilitou atividades presenciais. Remodelado, retoma agora as atividades com 36 professores de forma virtual e com novos parceiros.

A partir de agora, o IDIS, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação da Cidade de São Paulo e a consultoria Eu Ensino, promoverá formação à distância para auxiliar docentes de escolas municipais da cidade de São Paulo a enfrentar os desafios impostos pela pandemia na educação. As escolas participantes são Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Fernando de Azevedo e Escola Municipal de Ensino Fundamental Arquiteto Luis Saia.

Considerando o ensino híbrido, professores terão acesso à conteúdos abordando ferramentas digitais e habilidades socioemocionais. Os docentes que estão participando das capacitações já avaliaram o curso como uma ótima forma de aprender sobre estes temas ao conhecer novas ferramentas e novas práticas para se trabalhar. O projeto também contemplará o desenvolvimento de um projeto junto aos alunos seguindo as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Instituto Comunitário de Valinhos avança no diagnóstico da região com apoio do IDIS

Com objetivo de estruturar um plano estratégico de ações para o território de Valinhos, cidade da região metropolitana de Campinas, SP, a FEAV – Fórum de Entidades Assistencialistas de Valinhos promoveu um workshop com a participação de lideranças e das 11 entidades de sua rede. A programação acontece dentro do âmbito do Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

A FEAV é uma das 14 organizações participantes do programa e tem avançando rapidamente nas atividades para a formalização de um Instituto Comunitário. No evento, a organização o apresentou o diagnóstico detalhado do mapeamento de demandas e potencialidades do território e das instituições locais, feito com apoio do IDIS, incorporando as sugestões do público. Whilla Castelhano, coordenadora do IDIS no Transformando Territórios, participou também apresentando conceitos e objetivos do Programa.

Workshop FEAV e IDIS - Transformando Territórios

Whilla Castelhano durante Workshop com a FEAV

Entre os próximos passos previstos estão a definição do planejamento estratégico de curto prazo, a partir da priorização de ações, e a definição de um modelo de negócios para que as necessidades sejam endereçadas.

“É preciso conhecer o território de abrangência e verificar os serviços e as demandas apontadas. Agora precisamos avançar, com o envolvimento de todos para que esse projeto se transforme em processo”, destacou Eliane Macari, presidente da FEAV.

Para saber mais sobre o Transformando Territórios e sobre o conceito de Institutos e Fundações Comunitárias, acesse: https://www.idis.org.br/projetos-de-impacto/fundacoes-e-institutos-comunitarios/

Workshop FEAV e IDIS - Transformando Territórios

*As medidas de segurança para a Covid-19 (distanciamento e o uso de máscaras) foram respeitados durante o evento.

 

Veja também: Você já ouviu falar em Institutos e Fundações Comunitárias?

Latimpacto oferece master class sobre Venture Philanthropy para equipe IDIS

O termo ainda é pouco conhecido no Brasil e tampouco há uma tradução adequada a ele. A Venture Philanthropy versa sobre mecanismos alternativos de financiamento de iniciativas que transformem a sociedade, alinhando retorno financeiro a desenvolvimento social e ambiental. A Latimpacto, comunidade que tem buscado fortalecer o conceito na América Latina, a posiciona entre a filantropia tradicional, considerada uma doação sem exigências de retorno, e o investimento de impacto, que já tem resultados comprovados.

Ao compreender o ecossistema brasileiro e os aspectos socioeconômicos e desafios do país, o IDIS se tornou, em maio de 2021, embaixador ativo da Latimpacto, apoiando a promoção do investimento para impacto mais estratégico no Brasil. A parceria inclui a realização de eventos, a produção de artigos e publicações, capacitações, além da participação no Conselho da Latimpacto. Buscando sedimentar o conceito junto a toda equipe do IDIS, em agosto, foi realizada uma Master Class e ao longo de duas horas a Latimpacto compartilhou os principais conceitos relacionado a Venture Philanthropy e por meio de cases, ajudou a esclarecer como acontece na prática.

Em linhas gerais, o modelo que visa gerar mudanças sistêmicas, é estratégico na forma como utiliza os recursos financeiros e humanos e adota processos e práticas do setor financeiro para provocar essas mudanças. Baseia-se na aposta em soluções inovadoras que rapidamente possam ser escaladas e replicadas por outro tipo de investidor, como instituições do setor financeiro, fundos de investimento de impacto ou investidores tradicionais que visam retorno financeiro, como mostra o diagrama a seguir:

 

A oportunidade gerou conversas sobre sinergias entre a atuação do IDIS e da Latimpacto e reflexões sobre como pode ser estimulado o conceito no Brasil. “O treinamento foi bastante rico. Trata-se de um novo modelo, que exige uma mudança de mentalidade de nossos filantropos, mais dispostos a risco e comprometidos com impacto. O primeiro passo, é torna-lo mais conhecido e hoje nos sentimos um pouco mais preparados”, comenta Luisa Lima, gerente de comunicação do IDIS e também responsável pela coordenação da produção de conhecimento. No site da Latimpacto há diversos conteúdos disponíveis para quem deseja se aprofundar mais.

A ação integra o programa de treinamentos internos do IDIS. A agenda envolve aulas ministradas por especialistas da própria equipe do IDIS e também por convidados, entre eles conselheiros, parceiros e profissionais que contribuam para o entendimento de temas que fogem ao nosso domínio. Em 2021, já foram realizados treinamento sobre assuntos como Fundos Patrimoniais, Diversidade Geracional, Equidade Racial, Facilitação de Grupos Focais, entre outros, somando mais de 400 horas de capacitação para a equipe.

 

Leia também: IDIS e Latimpacto trazem para o Brasil discussão sobre inovação social e investimento para impacto

Lester Salamon, Paladino da Sociedade Civil

Artigo escrito pelo fundador do IDIS, Marcos Kisil,
baseado em comunicado da Universidade John Hopkins
e acrescido de suas vivências diretas
com o professor Lester Salamon.

 

Com grande tristeza, escrevemos para compartilhar a notícia de que o Professor Lester M. Salamon faleceu na sexta-feira, 20 de agosto de 2021. Nossa perda coletiva repercutirá no campo da sociedade civil onde se tornou o mais importante pesquisador e arauto da relevância de suas organizações sem fins lucrativos para os Estados Unidos e para todas as sociedades do mundo civilizado. O Dr. Salamon foi o pioneiro no estudo empírico do setor sem fins lucrativos globalmente em parceria com uma ampla rede de colegas nos quais tive o privilégio de ser incluído.

 

Conhecia Lester por seu estudo seminal Comparative Nonprofit Sector Project, que conduziu desde o Johns Hopkins Institute for Policy Studies, e que publicou em 1993 o primeiro estudo realmente acadêmico produzido no Brasil sobre o setor sem fins lucrativos, conduzido por Leilah Landim, do ISER com o título “Defining the Nonprofit Sector: Brazil.”

 

Os esforços do Dr. Salamon foram possíveis em grande parte por sua capacidade de conceber projetos de escopo global e de galvanizar e gerenciar centenas de parcerias, alavancando uma enorme rede de acadêmicos, pesquisadores, profissionais, bem como funcionários de governos e das Nações Unidas. Foi em seu trabalho com uma equipe de pesquisadores, inicialmente no The Urban Institute, onde concebeu e gerenciou o Projeto do Setor Sem Fins Lucrativos do instituto, e mais tarde na Johns Hopkins University, onde fundou o Institute for Policy Studies e o Center for Civil Studies. Foi sob esses auspícios que ele e seus colegas desenvolveram a definição estrutural-operacional seminal do setor sem fins lucrativos. Esta definição continua sendo fundamental para a nossa compreensão coletiva do núcleo organizacional do setor e formou a base para todos os principais projetos de pesquisa internacionais do Centro.

 

Palestra_LesterSalamon

Palestra sobre Fundos Patrimoniais com Lester Salamon em evento realizado pelo IDIS

Assim, já familiarizado com as contribuições do Lester, tive então a oportunidade de conhece-lo pessoalmente quando atuava na Fundação Kellogg como Diretor para a América Latina e Caribe. Nosso primeiro encontro se deu como participantes da Conferência anual do Council on Foundations dos Estados Unidos. Sua personalidade perscrutadora em buscar informação e conhecimento já era pontuada pelo genuíno interesse nas organizações da sociedade civil. E assim nos aproximamos, já que era um tema prioritário para fortalecer as sociedades latino americanas que progressivamente se libertavam dos regimes militares na nossa região, e que adotaram uma política nefasta de perseguir as organizações da sociedade civil e seus líderes. Assim, naquele momento eu estava explorando estratégias para fortalecer o reaparecimento da sociedade civil na região, suas organizações e líderes, utilizando o termo terceiro setor, na época bastante disseminado.

 

Esse encontro propiciou um contato mais estreito com suas pesquisas e me levou a ter coparticipação em alguns estudos que se referiam a América Latina. E assim fui influenciado em várias decisões que tomei para apoiar um setor relativamente incipiente.

 

Nas inúmeras conversas que tivemos fiquei sabendo que Lester entrou nesse campo das organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, um tanto por acaso, no final dos anos 1970, quando, sendo um professor de ciências políticas, aceitou convite para se tornar funcionário do governo americano. Como Diretor Associado do Escritório de Gestão e Orçamento dos Estados Unidos, sob o presidente Carter, Lester se deu conta da ausência de informações sistemáticas disponíveis sobre os fluxos de financiamento do governo para organizações sem fins lucrativos e que prestavam serviços de interesse público – o que era então muito pouco conhecido seja dentro do governo, seja para a sociedade americana. Assim, partiu em busca de dados econômicos básicos sobre o escopo, estrutura, financiamento e papel do setor nos Estados Unidos. Posteriormente se deu conta que esses dados e informações também eram ausentes em muitos outros países.

 

Participei ativamente do projeto “Philanthropication through Privatization – PtP” sob a liderança do Lester, sendo pesquisador e membro do seu Comitê Estratégico. Esse esforço resultou no livro “Filantropização via Privatização”, traduzido ao português pelo IDIS, e que tive a honra de fazer a apresentação.

 

Esse projeto explorou as potencialidades para criação ou reforço de fundos patrimoniais de organizações da sociedade civil a partir dos processos de privatização, amparado pelo simples entendimento de que as empresas estatais não pertenciam só a governos, mas também pertenciam a sociedade. Neste sentido a pergunta central respondida pela pesquisa é: um bem público pode ser objeto de uma transação de privatização sem a participação da sociedade? A resposta da pesquisa é simples: os ativos envolvidos em operações de privatização não são, em última análise, ‘do governo’, mas ‘do povo’, construídos por meio do suor, trabalho árduo e recursos dos cidadãos de um país ou pertencentes ao povo como um direito inato em virtude de sua presença no território que coletivamente ocupam.

 

O professor Salamon e a equipe de pesquisadores, identificou um número significativo de casos que demonstravam que os recursos auferidos na privatização poderiam, e deveriam, ser utilizados para fortalecimento da sociedade civil. E que em um sem número de casos se privatizou sem levar em conta esse interesse social. No caso do Brasil ficou claro que foram perdidas oportunidades nas privatizações da Vale, Eletropaulo, Companhia Siderúrgica Nacional. E ainda mais relevante, poderia ser um elemento estratégico importante se passasse a ser um requisito nas novas concessões, tais como portos, aeroportos, rodovias e outros. Em síntese, as ideias e casos contidos nessa publicação passaram a ser conhecidos, analisados e propagados na sociedade brasileira, entre as autoridades do executivo, legislativo e judiciário, bem como junto às empresas de capital que buscam aproveitar as oportunidades de privatizações. Em sua última viagem ao Brasil que tive chance de acompanhá-lo, estivemos com o então Ministro da Justiça, Sérgio Moro, para explorar a constituição de um fundo patrimonial para o combate à corrupção, com os recursos da recuperação financeiras obtidos pela Lava Jato das inúmeras empresas e pessoas envolvidas em transações ilícitas.

 

A importância e transcendência das pesquisas de Lester são encontradas nos 40 anos que se dedicou à geração e institucionalização de dados econômicos básicos sobre organizações sem fins lucrativos, de economia social e da sociedade civil, bem como o trabalho voluntário nos sistemas administrativos existentes. Foi assim que influenciou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a introduzir e produzir dados sobre as organizações da sociedade civil (OSCs) no Brasil. Influenciando a tomada de decisão dos técnicos do IBGE, tornou possível alavancar a compreensão e a credibilidade dessas organizações como coparticipantes do desenvolvimento de políticas públicas e econômicas de interesse social.

 

O resultado das inúmeras parcerias que forjou impactou quase todos os segmentos do setor. Autor de mais de vinte livros, seu “America’s Nonprofit Sector: A Primer,” Third Edition, (Foundation Center, 2012) é o texto padrão usado em cursos de nível universitário sobre o setor sem fins lucrativos nos Estados Unidos. Outro livro impactante foi “Parceiros no Serviço Público: Governo e Setor Sem Fins Lucrativos no Estado de Bem-Estar Moderno” (Johns Hopkins University Press, 1995) que ganhou o Prêmio ARNOVA de 1996 como Distingue Book em Pesquisa de Ação Voluntária e Sem Fins Lucrativos. Em 2012 foi reconhecido com o Prêmio de Contribuição Duradoura Aaron Wildavsky da American Political Science Association.

 

Internacionalmente, as informações geradas pelo Projeto Comparativo do Setor Sem Fins Lucrativos – um estudo do escopo, estrutura, financiamento e papel desse setor em mais de 40 países em seis continentes – produziram algumas das primeiras informações comparativas internacionalmente sobre o setor sem fins lucrativos em vários países. Muitos novos programas de pesquisa foram formados globalmente com base nisso. Desse esforço também resultou o livro “Sociedade Civil Global: Dimensões do Setor Sem Fins Lucrativos” (1999), que ganhou o Prêmio Virginia Hodgkinson de melhor publicação no campo das organizações sem fins lucrativos em 2001.

 

O Dr. Salamon viveu para ver a definição operacional e estrutural adotada pela Comissão de Estatística das Nações Unidas e pela Organização Internacional do Trabalho (para o trabalho voluntário) que passou a ser adotada pelas instituições geradoras de dados e relatórios de governos nacionais em todo o mundo. No seu livro “Explicando o Desenvolvimento da Sociedade Civil: Uma Abordagem de Origens Sociais” (Johns Hopkins University Press, 2017), ele foi capaz de usar os dados resultantes de seu esforço para adoção de um critério global para a importante questão analítica que resulta do cruzamento de variações nacionais relativas ao tamanho e contornos do setor da sociedade civil.

 

O Dr. Salamon tinha a esperança duradoura de que estudiosos e pesquisadores reconheceriam o valor desses dados e a necessidade permanente de atualização para servir ao setor para o qual ele trabalhou tão diligente e inabalavelmente. Em seus últimos anos na Johns Hopkins, ele se concentrou em manter o terceiro setor nas agendas de trabalho da Divisão de Estatística das Nações Unidas e expandiu seu foco para atuar com parceiros com o intuito de identificar novas formas emergentes de filantropia que ora eram subvalorizadas, ora inexploradas e inexplicadas. Nesse sentido, ele publicou “Novas Fronteiras da Filantropia: Um Guia para as Novas Ferramentas e Atores Remodelando a Filantropia Global e Investimento Social” (Oxford University Press, 2014).

 

O Prof. Salamon ocupava posições de destaque no cenário acadêmico internacional também como Professor Pesquisador Sênior na Escola de Estudos Internacionais Avançados Johns Hopkins (SAIS), Centro de Bolonha e atuou como Diretor Científico fundador do Laboratório Internacional para Estudos do Setor Sem Fins Lucrativos na Escola Superior de Economia da National Research University, Moscou.

 

Dr. Salamon recebeu seu B.A. graduação em Economia e Estudos Políticos pela Princeton University e seu Ph.D. em Governo pela Harvard University. Ele foi presidente emérito e membro do conselho da Community Foundation de Chesapeake, um ex-membro do conselho da International Society for Third Sector Research e atuou no conselho editorial de várias revistas.

 

Lester trabalhou ativamente até falecer. Sua dedicação, energia e paixão serão difíceis de igualar.

 

Em nome dos inúmeros colegas que granjeou no Brasil em suas memoráveis visitas, muitas provocadas por convites feitos pelo IDIS, estendemos nossas mais profundas condolências à sua esposa Lynda, aos filhos e netos.

 

Lester foi uma presença viva e saudosa que muito contribuiu para orientar o crescimento e desenvolvimento do IDIS ao longo dos anos.

 

Perdi um amigo e companheiro de jornada. Que Deus o receba em sua Paz.

Pesquisa Doação Brasil na mídia

Confira os destaques da Pesquisa Doação Brasil 2020 nos veículos de imprensa:

 

RadioBandNews_PesquisaDoa

 

Confira o site e a publicação completa da Pesquisa Doação Brasil clicando aqui.

Podcast ‘Aqui se Faz, Aqui se Doa’ aborda Pesquisa Doação Brasil em edição especial

A Pesquisa Doação Brasil foi o tema central do episódio do podcast “Aqui se Faz, Aqui se Doa”, realizado pelo Instituto Mol e Movimento Bem Maior. Para comentar os dados do maior estudo sobre o doador individual do país, Paula Fabiani, CEO do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, foi convidada.

A Pesquisa Doação Brasil foi coordenada pelo IDIS e realizada pela Ipsos.

Confira o episódio completo em que Paula Fabiani conta um pouco dos bastidores da Pesquisa Doação Brasil 2020 e também revela os dados sobre o doador brasileiro que permitem comparação com dados da 1ª edição de 2015, além de um capítulo especial sobre o impacto da pandemia nas doações.

Ouça o podcast:

Jornal Nacional destaca Pesquisa Doação Brasil 2020

Em reportagem abordando a crise econômica agravada pela pandemia, o Jornal Nacional da TV Globo destacou os dados da Pesquisa Doação 2020 em comparação com os de 2015.

Apesar da crise ter afetado s doações, durante a entrevista, Paula Fabiani, CEO do IDIS, destacou a vontade do 80% dos brasileiros querem manter ou aumentar a doação.

JornalNacional_Paula

Além disso, também foi pontuado o aumento do engajamento solidário das classes mais altas de 51%, em 2015, para 58% em 2020, indicando o fortalecimento da cultura de doação.

Confira a reportagem completa clicando aqui.

 

Confira os resultados da Pesquisa Doação Brasil 2020

Promovida pelo IDIS, a Pesquisa Doação Brasil 2020 é o mais amplo estudo sobre a prática da doação individual no País. Os resultados da segunda edição, realizada pelo instituto de pesquisas Ipsos, revelam o impacto da longa crise econômica e da pandemia sobre a doação dos brasileiros. Ao comparar os dados de 2015 com os de 2020, vemos que a doação encolheu no Brasil, em todas as suas formas, desde a doação em dinheiro, até a doação de bens e de tempo (trabalho voluntário).

 

Baixe a publicação completa: bit.ly/doacaobr2020

Visite o site pesquisa: https://pesquisadoacaobrasil.org.br

 

Enquanto em 2015, 77% da população havia feito algum tipo de doação, em 2020, o percentual ficou em 66%. Quando se trata de doação em dinheiro, a proporção caiu de 52% para 41%. E no caso de doações para organizações/iniciativas socioambientais, a redução foi de 46% para 37%.

Sobre os achados da Pesquisa, Paula Fabiani, CEO do IDIS, comenta: “Apesar da queda das doações, a Cultura de Doação se fortaleceu nos últimos cinco anos. A sociedade está mais consciente da importância da doação e tem uma visão muito mais positiva das organizações da sociedade civil e seu trabalho. As classes mais privilegiadas demonstraram maior grau de solidariedade e responderam à crise de 2020 doando mais.

Cerca de 650 pessoas acompanharam o evento de lançamento pelo Zoom e ao vivo pelo YouTube do IDIS. Desde então, a pesquisa tem sido destaque na imprensa nacional.

Assista ao evento de lançamento na íntegra:

 

Pesquisa Doação Brasil 2020

 

INFLUÊNCIA DA RENDA

Ao analisar a composição dos dados, fica claro que as alterações se deram por conta da prolongada crise econômica dos últimos anos, agravada pela pandemia e pelo cenário de incerteza para o futuro. Observamos que a doação de dinheiro para organizações/iniciativas socioambientais encolheu muito entre as classes menos favorecidas (de 32% para 25% entre 2015 e 2020, na faixa com renda familiar até 2 salários mínimos) e cresceu significativamente entre as classes com mais alta renda (de 51% para 58%, nas classes com renda familiar entre 6 e 8 salários mínimos, e de 55% para 59% entre as classes com renda familiar acima de 8 salários mínimos). Essas classes doaram mais em 2020 do que haviam feito em 2015.

 

VALOR DA DOAÇÃO

Em 2020, menos brasileiros doaram a organizações da sociedade civil e o valor doado caiu. Em 2015, a mediana* do valor anual doado por pessoa era de R$ 240 e em 2020, caiu para R$ 200.

Essa redução teve forte impacto sobre o montante total das doações. Em 2015, o valor total doado pelos indivíduos foi de R$ 13,7 bilhões, o que correspondia a 0,23% do PIB. Em 2020, somou R$ 10,3 bilhões, equivalentes a 0,14% do PIB desse ano.

(*) A mediana é preferida para estimar o valor total doado porque ela considera os valores mais praticados pela sociedade e despreza os valores extremos, ou seja, as doações muito altas ou muito baixas, que deturpam a média.

 

CAUSAS MAIS SENSIBILIZADORAS

O efeito da pandemia mudou as prioridades dos brasileiros, quando se trata de causas. Enquanto em 2015 Saúde e Crianças ocupavam os primeiros lugares na preferência dos brasileiros, em 2020, o Combate à Fome e à Pobreza foi citado por 43% da população como sendo a causa mais sensibilizadora, seguida por Crianças, Saúde e Idosos.

Duas outras causas também ganharam muitos adeptos nos últimos cinco anos – o Combate ao Abandono e Maus-tratos de Animais, e os Moradores de Rua. Ambas haviam pontuado muito pouco em 2015, mas aparecem no ranking de 2020, em quinto e sexto lugar, respectivamente.

 

PERCEPÇÃO SOBRE A DOAÇÃO

Apesar do encolhimento na prática, a população brasileira vê de forma cada vez mais positiva a doação. Mais de 80% da sociedade acredita que o ato de doar faz diferença, e entre os não doadores, essa concordância atinge 75%.

O conceito de que a doação faz bem para o doador cresceu significativamente, de 81% para 91% da população, atingindo uma maioria quase absoluta.

Outro aspecto positivo é que a ideia de que o doador não deve falar que faz doações está perdendo força. Em 2015, ela contava com a concordância de 84% da população e, em 2020, o percentual caiu para 69%. Este é um ponto especialmente importante porque o falar sobre a doação estimula sua prática, traz inspiração, esclarece temores e desperta o interesse de outras pessoas.

 

PERCEPÇÃO SOBRE AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL

A opinião dos brasileiros sobre as organizações da sociedade civil, mais conhecidas como ONGs, evoluiu muito nos últimos cinco anos.

A noção de que as ONGs são necessárias no combate aos problemas socioambientais recebe a adesão de 74% da população, enquanto em 2015, essa concordância estava em 57%.

A afirmação ‘Percebo que a ação das ONGs leva benefícios a quem realmente precisa’ conta com a concordância de 67% da população, e em 2015, esse índice era de 47%.

O reconhecimento de que as ONGs fazem um trabalho competente é indicado por 60% da população, e em 2015, só 44% pensavam desse modo.

O maior destaque, porém, fica com o crescimento da confiança nas ONGs. 45% da população concorda que as ONGs deixam claro o que fazem com os recursos que aplicam. Em 2015, apenas 28% se mostravam de acordo com a afirmação.

OUTROS DESTAQUES

A longa crise econômica que o País atravessa afetou muito as doações;

Parte da população mais pobre, que doava em 2015, deixou de doar e passou a precisar de doações;

Em compensação, as classes de maior renda doaram mais em 2020 do que em 2015;

A doação é vista de forma muito positiva pela população como um todo, e aumentou a percepção de que as pessoas devem falar que fazem doação;

A imagem das ONGs melhorou muito junto à sociedade brasileira.

 

Baixe a publicação completa: bit.ly/doacaobr2020

Visite o site pesquisa: https://pesquisadoacaobrasil.org.br

 

Escute também o podcast “Aqui se Faz, Aqui se Doa” sobre a pesquisa:

REALIZADORES E APOIADORES

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, realizada pela Ipsos e com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Tide Setúbal, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto Mol, Instituto Unibanco, Itaú Social, Mercado Pago e Santander.

Evento do BTG Pactual aborda filantropia e cultura de doação

O BTG Pactual promoveu na quinta-feira (12/08) o Give Back Day, evento que apresentou e reconheceu as seis ONGs participantes do BTG Soma, programa de aceleração de Organizações Não Governamentais e Organizações da Sociedade Civil com o objetivo de fomentar um ecossistema mais sustentável, independente e com melhor performance, contribuindo para uma transformação social. O programa contou com mais de 100 horas de workshop voltadas para o desenvolvimento das organizações.

Para celebrar a conclusão do projeto, foram convidadas para o Give Back Day grandes nomes do setor para falar sobre cultura de doação e filantropia. Entre eles, Paula Fabiani, Luiza Helena Trajano, Alcione Albanesi, Patrícia Lobaccaro, Sonia Hess e mais convidados.

Para falar sobre Estruturas de doação, Juliana de Paula, diretora de responsabilidade social do BTG Pactual convidou Paula Fabiani, CEO do IDIS e Patricia Lobaccaro, fundadora e CEO da Mobilize Global.

Juliana de Paula e Paula Fabiani no Give Back Day

Give Back Day – na foto: Juliana de Paula e Paula Fabiani

Dando início a conversa, Juliana de Paula lembra que o país subiu 14 posições no World Giving Index, o ranking realizado pela Charities Aid Foundation que mede o índice de solidariedade global. Atualmente o Brasil ocupa a 54º posição. Partindo desse dado, Juliana lembra o papel das empresas no desenvolvimento e aceleração da responsabilidade social e questiona de que modo esse movimento pode ser feito.

Para responder à pergunta, Paula citou o Monitor das Doações COVID-19 da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), que revelou mais de 700 mil doadores somando cerca de 6 bilhões de reais doados em resposta a pandemia de Covid-19, o que revela que há potenciais recursos, no entanto, a questão gira em torno de “como manter” esse movimento de contribuição das empresas.

“Temos no Brasil uma situação onde muitos institutos e fundações empresariais operavam projetos, mas percebemos que essa tendência começa a mudar. E que começamos a ter mais investidores sociais corporativos com a prática da doção de grantmaking. Apoiando as organizações que existem, que estão no território e que conhecem as necessidades do território podendo endereçar melhor os problemas sociais”, explica a CEO do IDIS.

Paula lembra que, na pandemia, quem primeiro reagiu foram as organizações da sociedade civil, que protagonizaram as ações com rapidez e agilidade e nesse sentido, as empresas podem funcionar como uma ponte importante através da doação, não apenas financeiramente, mas também firmando parceria, fornecendo colaboradores entre outras ações que podem transformar a empresa num importante agente da transformação social.

Paula Fabiani, CEO do IDIS

Give Back Day – na foto: Paula Fabiani, CEO do IDIS

Patricia Lobaccaro trouxe a visão que os Estados Unidos possuem sobre a filantropia de “give back” ou, em português, dar de volta. “Em termos de filantropia individual, filantropia é algo muito pessoal, não existe certo nem errado, existe aquilo que funciona para você”, comenta.

Confira o evento na íntegra:

Paula Fabiani faz parte do Comitê Social do BTG SOMA e participou na aceleração das organizações selecionadas nesse programa. Além disso, a equipe do IDIS atuou fornecendo apoio técnico às organizações com mentorias e capacitações sobre fundos patrimoniais, avaliação de impacto e captação de recursos.

Todos os presentes no evento foram testados e negativados para a Covid-19.

IDIS abre vaga para Assistente Executiva(o)

Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, o IDIS atua junto a empresas, famílias, institutos, fundações e organizações da sociedade civil. Desenvolvemos projetos de impacto, geramos conhecimento ao setor e oferecemos consultoria ao investidor social e às organizações que executam projetos e programas sociais para que tomem decisões estratégicas e ampliem o impacto de suas iniciativas.

Estamos em busca de um Assistente Executivo para auxiliar e dar suporte para a CEO do IDIS, Paula Fabiani. A pessoas será responsável por apoiar a CEO do IDIS em atividades diárias, além de elaborar relatórios e realizar contatos internos e externos. Esta vaga é destinada a pessoas com perfil responsável e organizado, que tenham o desejo de trabalhar em uma Organização da Sociedade Civil e contribuir para o desenvolvimento socioambiental no Brasil.

 

Principais atribuições e Habilidades

– Implementar as providências para cumprimento dos compromissos da CEO (reuniões, viagens, apresentações, imprensa, definição de prioridades, etc.);

– Realizar contatos internos (equipe) e institucionais (nacionais e internacionais);

– Preparar materiais (e-mails, documentos em Word, PPT, Excel);

– Revisar e realizar traduções inglês / português;

– Realizar pesquisas sobre assuntos diversos;

– Elaborar relatórios;

– Fazer reservas de passagens e hotéis para viagens (nacional e internacional); e

– Organização de arquivos.

 

Requisitos do Cargo

Graduação esperada – Secretariado Bilíngue, Administração ou área correlata;

– Tempo de experiência na função –  +2 anos

– Experiência em trabalho equivalente no Terceiro Setor (desejável);

 

Conhecimentos específicos 

– Inglês fluente (obrigatório);

– Domínio do Pacote Office;

 

Competências

Disciplina, organização, resiliência, maturidade, responsividade, agilidade, iniciativa, capacidade de antecipar e resolver problemas e trabalhar colaborativamente.

 

Local de Trabalho

No momento estamos em trabalho remoto híbrido, mas nosso escritório fica próximo à estação Pinheiros do Metrô na cidade de São Paulo.

 

Remuneração mensal

Salário de R$ 3.000,00 + VA + VT

 

Processo seletivo

Todas as etapas do processo seletivo serão online.

Inscreva-se aqui. O prazo para inscrições termina em 27 de agosto.

 

Buscamos a diversidade

No IDIS, prezamos pela igualdade nas oportunidades de emprego. Nossas decisões sobre as contratações de funcionários são feitas independentemente de idade, raça, credo, cor, religião, sexo, nacionalidade, orientação sexual, identidade ou expressão de gênero, informações genéticas, estado civil ou qualquer outra base protegida pela lei.

SROI: como avaliar e monetizar impactos socioambientais

Em evento, IDIS, Gerando Falcões e Fundação Sicredi apresentam o protocolo SROI e como é aplicado na prática

 

Há um interesse crescente sobre avaliação de impacto. Empresas e filantropos desejam saber se os investimentos feitos estão gerando transformações e organizações sociais querem entender como podem gerar ainda mais benefícios socioambientais.

O ‘SROI – Social Return on Investment’, ou Retorno Social sobre Investimento, é um protocolo de avaliação que propõe uma análise comparativa entre o valor dos recursos investidos em um projeto ou programa e o valor social gerado para a sociedade com essa iniciativa. Trata-se de uma ferramenta poderosa de mensuração, que além de trazer a monetização do impacto social, integra dados qualitativos e quantitativos capturando a percepção dos beneficiários.

No dia 25 de agosto, das 17h às 18h30, para falar sobre o assunto, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social promove um evento sobre os conceitos da avaliação de impacto e as especificidades do SROI.

Também estarão presentes Júlia Machado, CFO da Gerando Falcões, e Suellen Lins Batista, do time de Responsabilidade Social da Fundação Sicredi. Ambas organizações realizaram avaliações de impacto na abordagem SROI com consultoria do IDIS e compartilharão a experiência e os benefícios desse tipo de avaliação para organizações sociais.

 

Especialistas IDIS

Laís Faleiros

É Gerente de Projetos do IDIS. Anteriormente atuava como pesquisadora independente nas áreas de monitoramento e avaliação (M&A) e gestão de projetos socioambientais. Foi pesquisadora e gerente da área administrativo- financeira na Plan Avaliação. É mestra em Gestão de Organizações e Sistemas Públicos pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e bacharela em Administração Pública pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Raquel Altemani

É Gerente de Projetos do IDIS. Além de autuar na área de projeto, já atuou no Administrativo e Financeiro do IDIS. Na Nielsen Brasil, esteve por três anos, trabalhando com gestão de projetos, otimização de processos e gestão da performance por meio de desenvolvimento e análise de indicadores e modelos de governança. Antes disso, atuou na área de Processos e Qualidade em instituições financeiras, incluindo o Banco ibi, Banco Votorantim e Banco CBSS, desenvolvendo mapeamento e otimização de processos, gestão de indicadores, gestão de risco e projetos de implementação de novos produtos. É formada em Administração pela FEA-USP desde 2003 e possui pós graduação em Gestão Estratégica da Sustentabilidade, pela FIA – Fundação Instituto de Administração, concluída em 2019.

Convidadas

Julia Machado

É CFO da Gerando Falcões, ONG que viabiliza projetos de impacto social em periferias e favelas do Brasil. É responsável pelas áreas Administrativo Financeira, Inovação e Planejamento Estratégico, e pelo desafio de gerir, junto ao time, a matriz de crescimento da Rede Gerando Falcões. Julia optou por cruzar a ponte do centro e agregar sua experiência executiva em grandes multinacionais a um time inovador que trabalha junto para entregar a missão de transformar a pobreza das favelas em peça de museu. Formada em Administração pela PUC-RJ e University of Maryland, e com MBA no IE Business School em Madri. Antes de ingressar na Gerando Falcões, trabalhava na Raízen, onde ocupou por 5 anos posições de liderança em áreas estratégicas.

Suellen Lins Batista

É Pedagoga, com especialização em neuropsicopedagogia, e faz parte do time de Responsabilidade Social na Fundação Sicredi, com os programas de educação para crianças e adolescentes.

O IDIS oferece apoio técnico a famílias, empresas e organizações sociais que desejam iniciar ou aprimorar seu investimento social. Por meio de consultoria, realiza monitoramento e avaliação de programas, projetos, organizações e negócios sociais. Conheça cases de avaliação de impacto da Petrobras, Doutores da Alegria, Fundação Sicredi, e mais.

Queremos saber como a pandemia impactou a sua organização social

A Charities Aid Foundation (CAF) America está promovendo uma Pesquisa entre Instituições Brasileiras para mapear o impacto da covid-19 no terceiro setor no país. Após a resposta da sociedade civil, o relatório possibilitará análises de como as organizações da sociedade civil reagiram às nova ondas do coronavírus.

Os resultados contribuirão para melhorar a filantropia contra desastres nos próximos meses e anos.

Acesse o questionário clicando aqui. Participe e contribua!

O questionário estará disponível para resposta até o dia 24 de agosto.

IDIS apresenta resultados da principal pesquisa sobre doação no Brasil

Considerado o mais importante estudo sobre doações feitas por indivíduos no País, a Pesquisa Doação Brasil 2020, coordenada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, foi realizada no início deste ano, refletindo as ações e o comportamento dos doadores ao longo de 2020. O lançamento acontecerá em uma transmissão ao vivo, no dia 23 de agosto, das 11h às 13h. Ative um alerta em: https://bit.ly/livedoacaobrasil2020


Quantos brasileiros doaram? Qual o volume total doado? Quais as principais causas contempladas? Quais as motivações dos doadores?

Essas são apenas algumas das respostas fornecidas pela Pesquisa Doação Brasil, que traz um capítulo especial dedicado à influência da pandemia sobre doadores.

Além de analisar as características dos doadores e das doações, a Pesquisa Doação Brasil também contempla os não doadores, buscando identificar as razões desse comportamento e as possibilidades de mudança.

Esta é a segunda edição da Pesquisa Doação Brasil. A anterior foi realizada cinco anos atrás e revelou que 46% da população brasileira doava para organizações/projetos sociais. Ela estimou, pela primeira vez, o volume total doado pelos indivíduos, que totalizou R$ 13,7 bilhões, correspondendo a 0,23% do PIB de 2015. “É por meio de dados que podemos agir e criar iniciativas e programas para influenciar positivamente o fortalecimento da Cultura de Doação no Brasil”, comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS, que a partir dos achados da primeira edição lançou a plataforma ‘Descubra Sua Causa’, um teste rápido e divertido para as pessoas encontrarem ONGs que defendem as causas nas quais elas acreditam.

A Pesquisa Doação Brasil 2020 foi conduzida pela Ipsos, empresa de estudos de mercado, e realizada em duas etapas, uma qualitativa e uma quantitativa.

A etapa qualitativa, composta por oito grupos focais, reuniu doadores e não doadores, das classes ABC com idades entre 25 e 60 anos. O objetivo desta etapa foi explorar em profundidade os aspectos mais subjetivos do pensamento e comportamento de doadores e não doadores. Seus achados contribuíram para a elaboração do questionário aplicado na fase posterior.

A etapa quantitativa entrevistou 2.103 pessoas, compondo uma amostra representativa da população urbana, a partir de 18 anos de idade, com renda familiar acima de 1 salário mínimo.

 

Lançamento da Pesquisa Doação Brasil 2020

23 de agosto de 2021

11h às 13h

Apresentação dos resultados seguida de debate com a presença de Paula Fabiani, CEO do IDIS, das consultoras Andréa Wolffenbüttel e Renata Bourroul, e representante da Ipsos.

As inscrições para o evento do Zoom esgotaram e agora você pode acompanhar a transmissão ao vivo pelo YouTube. Ative a notificação e não perca: bit.ly/livedoacaobrasil2020 

A iniciativa é uma realização do IDIS com o apoio de BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, Fundação Itaú Social, Fundação José Luiz Egydio Setubal, Fundação Tide Setubal, Instituto ACP, Instituto Galo da Manhã, Instituto Unibanco e Santander.

 

IDIS busca Analista Administrativo e Financeiro Jr.

Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, o IDIS atua junto a empresas, famílias, institutos, fundações e organizações da sociedade civil. Desenvolvemos projetos de impacto, geramos conhecimento ao setor e oferecemos consultoria ao investidor social e às organizações que executam projetos e programas sociais para que tomem decisões estratégicas e ampliem o impacto de suas iniciativas.

Para nos apoiar na área administrativa e financeira, buscamos um (a) analista com perfil comprometido e curioso, que tenha o desejo de trabalhar em uma Organização da Sociedade Civil e contribuir para o desenvolvimento socioambiental no Brasil.

Principais Atribuições e Responsabilidades

Conhecer e seguir as políticas e os processos administrativos e financeiros propondo e participando de mudanças e melhorias;

Atualizar/alimentar o Sistema Financeiro RM Totvs;

Monitorar os controles administrativos e financeiros do IDIS;

Auxiliar no relacionamento com a assessoria contábil e prestadores de serviços externos (consultores, fornecedores);

Auxiliar nos processos de compras de mercadorias e serviços;

Apoiar a formalização de contratos junto a clientes, fornecedores, funcionários e parceiros do IDIS;

Acompanhar o processo anual de auditoria independente auxiliando na sua preparação e coleta de documentos;

Auxiliar na análise da documentação de validação de organizações sociais parceiras; e

Apoiar na elaboração de documentos, apresentações, relatórios.

Requisitos do Cargo

Graduação em Ciências Contábeis, Administração ou áreas correlatas;

Experiência de 1 ano na área financeira/contábil.

 

Conhecimentos específicos:

Conhecimento avançado do pacote Office (Excel, Word e PowerPoint);

Desejável nível intermediário/avançado de inglês;

Desejável conhecimento de ERP Financeiro. 

 

Competências:

Facilidade para trabalhar em equipe;

Organização.

 

Local de trabalho:

Trabalho remoto e presencial

Após quarentena: São Paulo/SP – próximo à estação Pinheiros.

 

Remuneração mensal:

Salário de R$ 3.000 (três mil reais) + VA + VT

 

Processo seletivo

Inscrições serão feitas somente via o formulário (http://bit.ly/idisvaga8_) e anexar o CV no campo indicado ao final até o dia 10 de agosto.

 

Buscamos a diversidade

No IDIS, prezamos pela igualdade nas oportunidades de emprego. Nossas decisões sobre as contratações de funcionários são feitas independentemente de idade, raça, credo, cor, religião, sexo, nacionalidade, orientação sexual, identidade ou expressão de gênero, informações genéticas, estado civil ou qualquer outra base protegida pela lei.

#Fórum2021 – Inclusão produtiva: caminho para a redução da pobreza e da desigualdade

A pandemia expôs as grandes desigualdades entre países e dentro deles. O Banco Mundial estima que seus efeitos levem 49 milhões de pessoas à pobreza. No Brasil, regredimos em vários indicadores sociais. Atingimos 14,7% de desemprego ao mesmo tempo em que a renda média per capita despencou para o patamar mais baixo da série histórica. Igualmente preocupante é a volta do país, depois de muitos anos, ao mapa da fome.

O enfrentamento à crise passa pela geração de emprego e renda, com investimento na inclusão produtiva, seja por meio da atuação direta, seja pelo fortalecimento das organizações que atuam com este foco. Para este painel, convidamos especialistas comprometidos com esta pauta, com ações complementares – Andreia Rabetim, gerente de Articulações Intersetoriais e Voluntariado da Vale, Vivianne Naigeborin, diretora superintendente da Fundação Arymax, Gabriella Bighetti, diretora executiva da United Way Brasil, e Wilson Poit, diretor-superintendente do Sebrae SP. A moderação foi de Renato Rebelo, diretor de projetos do IDIS, e a pergunta norteadora, feita por Poliana Simas, Senior Wealth Planner no Bradesco Private Bank, foi como construir pontes entre o capital filantrópico e a inclusão produtiva com foco em sustentabilidade.

Vivianne Naigeborin abriu a sessão traçando um panorama e trazendo o conceito de inclusão produtiva, que definiu como a inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica no mundo do trabalho, em áreas rurais ou urbanas, por meio do empreendedorismo ou da empregabilidade. Destacou que apesar do agravamento na pandemia, há no Brasil uma exclusão histórica de muitos grupos, como mulheres, negros e jovens, e que nunca houve, de fato, uma agenda de prioridades para o desenvolvimento sustentável, tampouco uma política clara de inclusão de populações marginalizadas. O crescimento do número de trabalhadores por conta própria e do número de empreendedores por necessidade, somado às transformações pelas quais o mundo está passando, como o advento das novas tecnologias que vão mudar radicalmente os postos de trabalho daqui pra frente, a crise ambiental que pode mudar a disponibilidade de trabalhos no mundo que dependem de recursos naturais, as mudanças na relação entre cidade e campo a partir da intensificação da urbanização, o envelhecimento da população e mudanças no padrão de consumo, compõe um cenário complexo, desafiador, mas ao mesmo tempo, repleto de oportunidades. Entre as janelas que se abrem para a inclusão produtiva, Naigeborin destacou os novos mercados, como a economia verde, a economia digital, a economia circular, o mundo da tecnologia, o mercado de saúde e de cuidados e o mercado de alimentação saudável.

Dois aspectos mostraram-se centrais nas falas trazidas pelos palestrantes. O primeiro, diz respeito à colaboração, com o entendimento de que programas eficazes de inclusão produtiva são apenas possíveis com o envolvimento de organizações de diferentes setores e de que os beneficiários devem participar das tomadas e decisões. Gabriella Bighetti chamou atenção à importância do trabalho em rede, de que todos devem se enxergar como parte de um ecossistema e ressaltou: “Precisamos de sistemas articulados, e não de bons projetos individualizados”. O segundo aspecto está relacionado à perspectiva de tempo. Foi consenso que a causa exige investimento de longo prazo e que os resultados não são imediatos, e que portanto deve haver um grande comprometimento dos envolvidos. Ainda de acordo com Bighetti, “Identificar e superar as barreiras para a mudança sistêmica exige tempo e é preciso que o capital filantrópico entenda isso – os resultados tardarão a surgir e é preciso que este capital estimule as ações de longo prazo, que visem escala e sustentabilidade – no mínimo 3 a 5 anos de investimento.”

Sobre o papel do capital filantrópico, ficou evidente que a agenda é extensa e há múltiplas possibilidades de engajamento, seja produzindo conhecimento, criando pontes, ou atuando diretamente junto aos beneficiários. Naigeborin destacou a liberdade que a filantropia tem de experimentar e conectar diferentes atores, criando soluções que podem depois ganhar escala, além de adequar as práticas ao olhar do mercado de trabalho e às necessidades que ele impõe. Sobre isso, reforça: “A inclusão produtiva não deve ser um fim em si mesma, mas um meio para um projeto compartilhado de desenvolvimento sustentável e social para o país”.

Bighetti chamou atenção à tendência de investimento coletivo. Conforme sua experiência na articulação do GOYN, uma aliança com mais de 120 organizações para promover a inclusão produtiva de jovens na cidade de São Paulo, ao trazer muitos investidores para um mesmo projeto é possível multiplicar os recursos, potencializar impacto, tornar o projeto mais sustentável e ampliar as possibilidades de aprendizagem pelas trocas de experiências que acontecem.

Conheça agora as experiências da Vale e do Sebrae SP, apresentadas por Andreia Rabetim e Wilson Poit.


Inclusão Produtiva na Prática



Fundação Vale – Sobre Trilhos

A Vale é uma das maiores mineradoras do mundo, com uma produção mundial bastante expressiva em minério de ferro, cobre e níquel. Em 2020, a companhia assumiu o compromisso de se tornar carbono neutra até 2050 e a partir de então iniciou a revisão de processos e operações, passando por tecnologia ambiental e social, com destaque ao cuidado com as pessoas. Segundo Andreia Rabetim, gerente de Articulações Intersetoriais e Voluntariado da Vale, é neste contexto que nasce o projeto de inclusão social com foco no fortalecimento do empreendedorismo de mulheres no Maranhão.

 

A Vale tem uma operação logística bastante estruturada para levar o minério do Pará ao Maranhão e tem a concessão da estrada de ferro Carajás, onde opera um trem de passageiros que transporta cerca de 1.300 pessoas por dia, atravessando 27 municípios com características de rarefação econômica severa e IDHs muitos baixos, e cuja parcela da população dependia do comércio informal de venda de refeições feito pela janela nas paradas do trem. Em 2004, iniciou um processo de modernização nos trens, que passariam a ter suas janelas vedadas, fator que impactaria diretamente a vida de muitas famílias. Foi assim que nasceu o Rede Mulheres do Maranhão, projeto de inclusão produtiva idealizado pela Fundação Vale. Focado em mulheres, elas passaram a vender seus produtos dentro dos trens. Entre os pontos chave para o fomento à sustentabilidade dos 15 empreendimentos apoiados, Andreia destacou a compreensão de que é necessário tempo para o amadurecimento dos empreendimentos, o papel da Vale como agente conector deste processo, abrindo novas portas e ampliando horizontes, como aconteceu com um empreendimento com foco em babaçu, que foi capaz de obter uma certificação e hoje já exporta para os Estados Unidos e para a União Europeia, e o reconhecimento das potencialidades dos territórios e do protagonismo das mulheres, que com o suporte necessário são capazes de encontrar soluções para os desafios que se apresentam.

 

“A transformação social é um processo essencialmente colaborativo. Atuamos em parceria para somar expertises e potencializar resultados em benefício de todos, como é o caso da iniciativa Rede Mulheres do Maranhão, realizada pela Fundação Vale e que tem a Wheaton Precious Metals, uma das maiores empresas de streaming do mundo, como parceira. A Wheaton é parceira da Fundação Vale em projetos no Pará e no Maranhão desde 2015 e abraça a Rede Mulheres do Maranhão desde 2017. Para se ter ideia, os executivos da Wheaton têm uma agenda de visitas na região e fazem questão de acompanhar de perto o desenvolvimento das empreendedoras, gerando vínculo, respeito e aprendizados para ambos – salvo em contexto de pandemia. A equipe da Fundação Vale acompanha permanentemente o projeto, em parceria com o Instituto de Socioeconomia Solidária (ISES), parceiro na execução da iniciativa. Esse trabalho mútuo, a escuta aberta e o diálogo transparente com todos os agentes envolvidos são aspectos fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade da iniciativa”, conclui Andreia.

 

Sebrae SP – Redes para Inclusão Produtiva

O programa Redes para Inclusão Produtiva, realizado pelo Sebrae SP em parceria com o IDIS, teve início em 2020 e está sendo implementado em quatro macrorregiões – Vale do Ribeira, Alta Paulista, Bauru e Pontal do Paranapanema. O primeiro passo é identificar as oportunidades e vocações locais, em seguida, o IDIS apoia o Sebrae na seleção das organizações e formação de redes para compartilhamento e desenvolvimento de boas práticas e inovações relacionadas à inclusão produtiva, por meio da disseminação e acesso a conhecimento, recursos e parceiros. O objetivo final é fortalecer OSCs que desenvolvem projetos de inclusão produtiva e atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, para fomento do empreendedorismo e geração de renda.

Também atua junto a cooperativas sociais e de catadores e tem iniciativas que estimulam o ciclo de consumo e relações mais locais. Entre as capacitações que oferece, estão a gestão financeira, técnicas de vendas, comunicação, entre outros. Sobre a atuação do Sebrae, Poit comenta “Nosso maior aprendizado ao lidar com inclusão produtiva é que nada irá funcionar se os atores envolvidos não sentarem para conversar, buscando soluções para quem está na base da pirâmide. A inclusão produtiva, para ser de fato eficiente, necessita de estabilidade, ser duradoura e ter visão de longo prazo.

Explicou ainda que a atuação do Sebrae SP junto a grupos vulneráveis é incontornável, faz parte da missão da organização e está integrada em diferentes agendas, considerando o empreendedorismo uma ferramenta poderosa para transformar e atingir a inclusão produtiva, em especial em um momento em que o desemprego chega a níveis de desemprego tão altos.

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, realizado pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, oferece um espaço exclusivo para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em 2021, teve como tema ‘O Capital e a Humanidade’ e foi realizado em 22 e 23 de junho com o apoio prata da Fundação José Luiz Egydio Setúbal e apoio bronze de BNP Paribas Asset Management Brasil, Bradesco Private Bank, BTG Pactual, Mattos Filho, Movimento Bem Maior, Santander e Vale.

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#FórumIDIS | Descolonizando a Filantropia: equilibrando forças e somando saberes

A filantropia olhada a partir da perspectiva global reflete a desigualdade econômica entre países. Quem tem mais, apoia quem tem menos, e por anos o apoio financeiro veio acompanhado de imposição técnica. O movimento #ShiftThePower é um, entre muitos, que destaca os saberes locais para alavancar mudanças locais. Neste painel, convidamos Francis Kiwanga, diretor executivo da Foundation for Civil Society (Tanzânia), Neil Heslop OBE, CEO da Charities Aid Foundation (Inglaterra) e Pablo Gabriel Obregón, Presidente da Fundação Mario Santo Domingo e presidente do Conselho da Latimpacto (Colômbia) para debater o tema a partir de diferentes lugares de fala e apresentarem novos modelos para colaboração. A moderação foi feita por Naila Farouky, CEO do Fórum Árabe de Fundações (Egito).

Confira a mesa na íntegra:

“Conhecimento local devem alavancar mudanças locais”, acredita Francis Kiwanga. Ele analisou o percurso dos recursos filantrópicos internacionais, destinados em sua maioria a ações para o desenvolvimento no continente africano. De acordo com ele, recursos internacionais são inicialmente destinados a multinacionais, que fazem a gestão do recurso. Uma parte é usado para a própria gestão, outra, para questões que envolvem o continente, depois vai para as regiões, e quando chega efetivamente aos beneficiários, já é uma parcela muito pequena. Destacou também que as exigências técnicas muitas vezes são tantas que dificultam o impacto e geram um paradoxo – ao tentar se alinhar às exigências dos financiadores, algumas organizações acabam perdendo sua identidade e, ao fazer isso, são excluídas das comunidades que tentam salvar. Para que haja maior equilíbrio, defende que as vozes locais sejam ouvidas e que o planejamento seja participativo, incluindo também os beneficiários.

Outro ponto de vista foi trazido por Pablo Obregón, que defendeu que antes de pensar em equilíbrio norte-sul, os países devem voltar-se para dentro e buscar recursos junto a empresários locais e governos. “Os tempos estão mudando e há interesse em investir no desenvolvimento das comunidades locais.”. Chamou atenção às possibilidades de colaboração entre a sociedade civil e poder público, e às políticas públicas implementadas a partir desta relação. Como presidente do conselho da rede Latimpacto, comentou sobre as motivações dos investidores, que sempre perseguem o maior retorno com o menor risco, e trouxe exemplos de mecanismos de diversificação para terem ganhos ao mesmo tempo que geram impacto social e ambiental positivos. É isso o que chama de investimento para impacto. Neste sentido, tem atuado para fortalecer o ecossistema e a integração Sul-Sul e chama atenção à necessidade de investimento em capital humano.

Neil Heslop OBE, representante da Charities Aid Foundation, organização britânica dedicada à filantropia, destacou o contexto macroeconômico no qual operamos. De acordo com ele, entre 2010 e 2030 presenciaremos a mudança de uma economia de mercado para uma sociedade de mercado, alavancada por três grandes crises: a de crédito, a da Covid e a do clima. Ele coloca que valores humanos ressurgiram, iluminados pelas desigualdades fundamentais, e isso impacta empresas, comunidades e estados, que começam a reavaliar suas prioridades, alterando o fluxo do dinheiro. De acordo com Heslop, “esta é uma oportunidade para mudanças significativas em relação a um futuro justo e sustentável para todos, no mundo inteiro, com uma efetiva mudança de poder.” Também chamou atenção à importante agenda EDI – equidade, diversidade e inclusão, afirmando que as organizações filantrópicas no norte global têm o dever moral de fortalecer a representação em suas estruturas de tomada de decisão e tornar seus processos transparentes e claros o mais rápido possível. Explica que ao quebrar as estruturas de dentro para fora, aceleramos a mudança nos mecanismos de poder.

Descolonizando a Filantropia

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, realizado pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, oferece um espaço exclusivo para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em 2021, teve como tema ‘O Capital e a Humanidade’ e foi realizado em 22 e 23 de junho com o apoio prata da Fundação José Luiz Egydio Setúbal e apoio bronze de BNP Paribas Asset Management Brasil, Bradesco Private Bank, BTG Pactual, Mattos Filho, Movimento Bem Maior, Santander e Vale.

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Solidariedade é tema de caderno especial da Folha

Na segunda-feira (19) o jornal Folha de S. Paulo publicou um caderno especial sobre Solidariedade. A temática abordada perpassa os temas da filantropia, da desigualdade, os efeitos da pandemia e a cultura de doação entre os brasileiros. A série com três artigos traz informações, dados e a opinião filantropos e membros do terceiro setor.

 

Folha Solidariedade

Brasileiro é solidário, mas ainda falta cultura de doação

No Ranking de Solidariedade, o Brasil ficou em 54º em uma colocação com 114 países. Este dado World Giving Index, ranking produzido pela Charities Aid Foundation (CAF), divulgado em 15 de junho, mostra uma melhora na posição do país na classificação, que subiu 20 posições desde o último ranking em 2019. No entanto, acredita-se que esta colocação se deu junto a onda de solidariedade ocasionada pela pandemia de Covid-19, revelando que a solidariedade entre os brasileiros é movida por situações emergenciais.

Nesta perspectiva, o primeiro artigo que compõe o caderno especial da Folha faz a seguinte provocação, a de que o “brasileiro é solidário, mas ainda falta a cultura de doação”.

Convidada para falar sobre o tema, Paula Fabiani, CEO do IDIS, acredita que esta situação se dá devido aos entraves culturais e burocráticos do país.

Segundo ela, “há aquilo de as pessoas não gostarem de falar que doam, e também falta um ambiente promotor de doação. Não há políticas públicas nesse sentido, e muitos não percebem a filantropia como uma forma de participação social”, afirma.

Para embasar seu argumento, Paula revela dados da 1ª edição Pesquisa Doação Brasil 2015. Segundo a pesquisa, dentre os doadores, a maior parte diz ajudar o combate à fome e à pobreza (aumento de 29% para 43%). A seguir, fica a ajuda a projetos ligados a crianças, cuja cifra recuou de 36% para 19%. Isso pode ser um reflexo da situação econômica do país, avalia. A segunda edição dessa pesquisa, referente a 2020, deve ser lançada ainda este ano pelo IDIS.

Para Roberta Faria do Instituto Mol, os brasileiros não enxergam o apoio ás ONGs como um ato de cidadania, o que reforça a ideia de que a cultura de doação entre os brasileiros está centrada na caridade, principalmente movida por princípios religiosos.

O que você precisa saber antes de fazer uma doação

Diante do cenário ocasionado pela crise pandêmica, o número de doações no país subiu. Mesmo diante deste aumento, ainda é necessário unir esforços para uma sociedade mais solidária. Nesse sentido, o questionamento “como saber se uma instituição é idônea ou não? ” norteia um outro artigo. Nesta publicação, a Folha reúne dicas e recomendações para se seguir na hora de fazer uma doação.

Primeiramente, é essencial verificar a existência da Instituição. As redes sociais, o site da fundação e o Mapa das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) são ferramentas importantes neste primeiro passo a ser tomado. “Se aquela instituição existe, ela está no mapa das OSCs, porque ele pega a base de dados do CNPJ”, diz a advogada Priscila Pasqualin, sócia responsável pela área de filantropia e investimento social do PLKC Advogados e conselheira fiscal do IDIS.

Em seguida, recomenda-se pedir à associação documentos que comprovem a aprovação por uma lei de incentivo, como ocorre em projetos voltados para a cultura, educação, saúde, entre outros.

Ademais, a observação de parceiros é um ponto relevante a ser levado em conta. Foi através de parcerias com empresas que a Gerando Falcões desenvolveu o modelo de gestão e transformou-se em uma rede de instituições. A avaliação de impacto realizada pelo IDIS para a Gerando Falcões é tida como exemplo nesta recomendação. Segundo o estudo, a cada R$ 1 investido nestes projetos, há retorno de R$ 3,50 em benefícios sociais. Hoje, o processo é ensinado na formação dos líderes sociais que integram o conjunto pelo qual a entidade, que nasceu em Poá (SP), expandiu sua atuação para 700 favelas em todo o país.

 

Não importa a razão, todas as formas de doação são importantes

Por fim, para falar de solidariedade, Elie Horn, Fundador do Movimento Bem Maior, trata da importância de se fazer o bem, algo que segundo ele, é a essência da solidariedade. Fazendo menção ao World Giving Index de 2019, em que o Brasil foi classificado em 74º em um ranking de 126 países, Elie chama atenção para a necessidade dos brasileiros de serem mais solidários, ainda que mediante a falta de incentivos no país. A importância está em praticar a solidariedade e divulgar seus efeitos, independentemente de quem seja, se pessoa física, empresa, sociedade civil ou governo.

“Em um país com o nível de desigualdade social que temos, é muito importante doar dinheiro. Mas tem gente que doa trabalho, doa tempo. E isso também vale muito, pois as necessidades no Brasil são imensas e diversas, e todo mundo tem alguma coisa que pode compartilhar, mesmo que seja conhecimento, força física ou amor” ressalta.

Este conteúdo reúne conhecimento, por meio da troca de saberes e traz diferentes olhares acerca da solidariedade de modo a reforçar a cultura de doação no país.

Confira na íntegra o material acessando o site da Folha.

Empresas e causas é tema do podcast ‘Aqui se Faz, Aqui se Doa’

O engajamento das empresas em causas é o assunto central do episódio especial com participação do IDIS no podcast ‘Aqui se Faz, Aqui se Doa’, realizado pelo Instituto Mol e Movimento Bem Maior. Para falar sobre o assunto, Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Roberta Faria, diretora do Instituto Mol, entrevistaram Marc Twil, jornalista e LinkedIn Top Voice.

Marc Twill podcadt

Para Marc, o envolvimento de marcas com causas “pode contribuir desde que seja legítimo”. Segundo ele, há menos tolerância contra iniciativas falsas e maior transparência e engajamento das empresa vem a partir de um despertar de consciência de funcionários.

Ainda que as marcas estejam engajadas em determinadas causas, Roberta Faria, diretora do Instituto Mol, questiona se a participação em causas “polêmicas”, como o trabalho infantil e de mudanças climáticas virão da pressão de consumidores e da população. Respondendo a pergunta, Marc Twil lembra do movimento “Black Lives Matter” nos EUA após a morte de George Floyd por um policial americano e a repercussão que o caso teve em outras causas. “Uma causa abre a porteira para outras várias causas”, acredita.

Ouça o episódio em sua plataforma preferida ou abaixo:

Ouça também o pocast da Luiza Trajano e Eduardo Gianetti.

Atuação filantrópica territorial é destaque no Valor

A filantropia comunitária em territórios é um movimento que vem ganhando espaço no país e é destaque no jornal Valor Econômico. Estas iniciativas que visam ampliar a participação individual e fomentar estratégias de longo prazo para a mudança social em territórios estão sendo aprimoradas nos últimos anos. O trabalho coordenado entre ONGs, fundações, associações de ação social, empresas e universidades se mostra muito mais eficiente na transformação social e vem demostrando grande potencial de impacto.

Para Paula Fabiani, CEO do IDIS, os esforços que envolvem o conceito mais amplo de filantropia comunitária, representam uma tendência que veio para ficar. Segundo Paula, “a sociedade entendeu que precisa de soluções integradas e locais”. “Este olhar mais sistêmico e com atuações transversais estimula o surgimento das fundações comunitárias”, ressalta.

A atuação das associações leva em conta as realidades de áreas delimitadas, levantando informações socioeconômicas, promovendo saúde, inclusão produtiva e empreendedorismo. Paula cita como exemplos desse modelo de atuação do ICom – Instituto Comunitário da Grande Florianópolis; o Instituto Comunitário Baixada Maranhense e a Tabôa, associação comunitária criada no sul da Bahia pelo fundador da Natura Guilherme Leal. Todas estas organizações fazem parte do projeto Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil.

Confira o artigo na íntegra.

 

Ricardo Amorim faz live sobre importância das doações no Brasil

Para falar do cenário filantrópico brasileiro e desmitificar alguns conceitos sobre o ato de doar, Ricardo Amorim, economista e influencer, promoveu uma live via Instagram junto a organizações do Movimento por Uma Cultura de Doação.

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Participaram da conversa Leonardo Letelier (Fundador e CEO da SITAWI Finanças do Bem), Patrícia Lobaccaro (CEO da Mobilize Global) e Joana Mortari (Diretora da Associação Acorde e Co-Criadora do Comitê Coordenador do Movimento por uma Cultura de Doação).

Joana Mortari destacou dados da Pesquisa Doação Brasil, realizada pelo IDIS em 2015, que mostra que 87% dos doadores não acham que se deve falar sobre doação. Ricardo Amorim perguntou às três pessoas convidadas sobre as expectativas da segunda edição da pesquisa Doação Brasil que será lançada esse ano.

Também foram citados dados da pesquisa World Giving Index 2021, da Charities Aid Foundation, que faz um ranking da solidariedade ao redor do mundo. Atualmente o Brasil está na 54º posição em relação a 114 países. Patrícia Lobaccaro também trouxe a novidade desta pesquisa deste ano em que quatro países africanos estão no topo.

Ao longo da conversa, também foram abordados o valor das doações no Brasil, a confiança em organizações da sociedade civil, a motivação das doações e também os planos de incentivar a cultura de doação do Brasil.

Ao final, foram indicadas organizações para quem não sabe por onde começar a doar.

Confira na íntegra:

Pesquisa revela que crianças e jovens demandam educação de qualidade para todos

A valorização e o fortalecimento de uma cultura de doação no Brasil ocupam o centro dos propósitos do IDIS e aqui compartilhamos esta interessante iniciativa do Dia de Doar Kids, realizada pela empresa de comunicação Umbigo do Mundo.

Em sua segunda edição, a pesquisa ‘3 coisas que eu quero mudar no mundo’  ouviu 500 crianças e jovens, em todo Brasil, para entender o que pensam sobre os desafios e as oportunidades da sociedade e do planeta.

O maior destaque neste ano foi ‘melhorar a educação e o direito de estudar’, à frente em todos os rankings: no geral, por respostas e por região. Em uma análise geral, o relatório destaca que há uma preocupação explícita das novas gerações com os direitos individuais e coletivos que precisam ser garantidos e preservados. Além disso, demostra que a pandemia trouxe novos desafios que estimulam a empatia, tolerância e o amor ao próximo.

Em um comparativo com o levantamento de 2020, em 2021 o desejo por melhoria da saúde (7,3%) e acabar com a desigualdade socioeconômica (6,9%) continuam liderando as 5 primeiras posições do ranking, reforçando que a percepção de uma consciência coletiva premente na geração estudada. Outros valores como, empatia/amor, o respeito aos animais e ao meio ambiente também tiveram um advento nos indicadores. No entanto, o destaque da edição de 2021 foi a demanda por “melhorar a educação e o direito de estudar” (12,4%), estando a frente em todos os rankings.

Ranking Dia de Doar Kids

Todos os respondentes tiveram que ser devidamente autorizadas por seus responsáveis, responderam ao questionário online com análise quantitativa e qualitativa dos resultados. A maioria dos pesquisados estavam localizados na região Sudeste (83,5%), eram de escola pública (64%) e tinham entre 4 a 18 anos.

Os resultados servirão para articular soluções em materiais para escolas e professores, iniciativas para crianças e jovens, além de estudos para a sociedade.

Conheça aqui a pesquisa completa.

Brasil tem novo projeto nacional para promover a equidade racial

Associação de Promoção da Equidade Racial, com amplo apoio da sociedade civil, lança um novo programa inédito no Brasil para reduzir a desigualdade racial nas empresas

 

Foi lançado hoje o Pacto de Promoção da Equidade Racial para propor e implementar um novo Protocolo ESG Racial no Brasil, trazendo a questão racial para o centro do debate econômico brasileiro e atraindo a atenção de grandes empresas nacionais e multinacionais, assim como de importantes agentes da sociedade civil para o tema. O Pacto irá promover a adoção do novo Protocolo por empresas e investidores institucionais com o objetivo de incentivar a adoção de ações afirmativas e a realização de investimento sociais voltados à melhoria da qualidade da educação pública e a formação de profissionais negros.

O Pacto de Promoção da Equidade Racial, que será gerido pela Associação de Promoção da Equidade Racial, uma entidade privada e sem fins lucrativos, foi desenvolvido durante um ano por um grupo de mais de 140 pessoas, incluindo representantes da comunidade negra, especialistas financeiros e em ESG, acadêmicos, professores, advogados, econometristas, pesquisadores, empresários, profissionais do terceiro setor e líderes de ONGs e entidades.

O Protocolo ESG Racial é uma iniciativa inédita no mundo e de alto potencial de impacto no curto, médio e longo prazos. Propõe que as empresas trabalhem seus ambientes internos e, simultaneamente, contribuam para a transformação da realidade externa. Ou seja, que invistam na promoção da equidade racial entre seus próprios colaboradores e atuem positivamente nas comunidades nas quais estão inseridas.

O fator de mudança está no movimento das empresas de incorporarem a questão racial a parâmetros sociais, ambientais e de governança. Os critérios ESG (sigla de Environmental, Social and Governance) que já orientam investidores institucionais quanto a questões ambientais, sociais e de governança e, agora, podem também ser a base da mudança estrutural do Brasil no que tange à equidade de negros no mercado de trabalho em cargos de gestão e de liderança. Investidores e a sociedade estão exigindo das empresas um novo posicionamento com relação essa questão racial, e o projeto proporciona a essas empresas um roteiro claro do que fazer diante dessa nova demanda no Brasil.

“Após séculos de escravidão e falta de oportunidades sociais e econômicas para a população negra, a sociedade civil e as empresas brasileiras podem (e devem) atacar as consequências negativas desse problema histórico”, diz Gilberto Costa, importante profissional do mercado financeiro e que atuará como Diretor Executivo da Associação.

 

O projeto considera a relação direta entre sustentabilidade e rentabilidade, destacando que há, sim, uma demanda crescente do setor privado e, em especial, dos investidores institucionais, pela adoção de tais parâmetros. Nessa linha, pesquisas nos EUA indicam que a diversidade pode ter um expressivo efeito sobre a economia. De acordo com o estudo The allocation of talent and U.S. economic growth, 2019, produzido pela Econometrica, a inclusão de negros e mulheres nas ocupações de alta qualificação explicaria cerca de 20% a 40% do crescimento do PIB americano per capita no período compreendido entre 1960 e 2010. Além de gerar resultados financeiros de impacto, com a crescente exigência pública por posturas socialmente responsáveis nas empresas, o investimento em diversidade melhora a reputação corporativa e o relacionamento com clientes e com todos os stakeholders (públicos de interesse).

Ao promover a adoção do Protocolo por investidores institucionais, o Pacto de Promoção da Equidade Racial impulsionará a adesão voluntária de empresas interessadas em atender às demandas sociais por maior equidade racial, consciência social e transparência. Nesse sentido, contará também com regras de governança que prezam pela representatividade dos distintos stakeholders envolvidos com o tema racial e com a agenda ESG, além de contemplar no Protocolo mecanismos próprios de mensuração do equilíbrio racial (o Índice ESG de Equidade Racial – IEER), de aferição de resultados e certificação por organizações independentes.

“O que fizemos foi adaptar o Protocolo ESG para a realidade racial brasileira, que é muito diferente daquela encontrada nos países desenvolvidos.  No Brasil, com 56% da população negra, as empresas estão muito atrás na promoção da diversidade racial, principalmente quanto às suas posições de liderança. Nesse sentido, para atender à pauta ESG, não basta apenas às empresas brasileiras adotarem ações afirmativas. Há que se investir no enfrentamento do racismo institucional e, ao mesmo tempo, investir na formação de crianças e jovens negros potencializando o investimento do Estado nas redes públicas”, diz Jair Ribeiro, um dos idealizadores da iniciativa e presidente da Associação Parceiros da Educação. “Acreditamos que com maior participação da sociedade civil podemos, sim, mudar a realidade do país e promover maior equidade racial e social”, complementa.

“O momento é especialmente propício devido ao advento e a maior relevância de métricas ESG adotadas por investidores em todo o mundo, e aos recentes movimentos no mundo e no Brasil em prol da inclusão racial e contrários a episódios de violência pautados na exclusão racial”, diz o Professor Hélio Santos, Presidente do Conselho da OXFAM Brasil e que foi indicado para a presidência do Conselho da Associação. Segundo ele, o Protocolo ESG Racial será uma grande oportunidade para que as empresas desenvolvam um posicionamento e uma narrativa consistentes com essa nova cobrança da sociedade, bem como apoiem a busca por maior justiça social. “Como resultado, as empresas irão alavancar sua sustentabilidade econômica e social, além de fortemente contribuir para a mudança da realidade brasileira em apenas uma geração”, diz.

O processo de adesão é totalmente voluntário e gratuito. Os interessados assinarão um Termo de Parceria com a Associação de Promoção da Equidade Racial, manifestando interesse em adotar o novo Protocolo ESG para questões raciais no Brasil com base nas premissas do Pacto de Promoção da Equidade, e calcularão o seu respectivo Índice ESG de Equidade Racial (IEER), com o apoio de uma empresa certificadora. Esse Índice, construído por especialistas, serve para medir o desequilíbrio racial dentro das organizações em termos de renda destinada a profissionais negros, quando comparado ao percentual de negros na população economicamente ativa na região em que a empresa atua.  O Índice pode ser melhorado com a adoção de ações afirmativas e o compromisso de realizar investimentos em equidade racial dentro dos parâmetros do programa.    

Para simplificar a comunicação do tema com o grande público e investidores, foi adotado um rating, seguindo modelo amplamente reconhecido por empresas e gestoras de ativos financeiros, indo de A++ a H.

O Índice ESG de Equidade Racial (IEER) será medido em três níveis: N1, N2 e N3 – valendo o Nível 3 como referência para a respectiva empresa:

IEER_N1 – reflete a condição  atual da empresa, atribuindo maior peso à participação de negros em cargos de liderança

IEER_N2 – considera a adoção de ações afirmativas, que contemplem o recrutamento, permanência e promoção de profissionais negros, assegurando uma mudança cultural sistêmica nas empresas e

– IEER_N3 – considera o compromisso com investimentos sociais voltados à formação integral de indivíduos negros, dando preferência programas de melhoria da qualidade da educação pública e a organizações com lideranças negras já atuantes.

“Em sua concepção, o programa adotou como referência o Índice ESG de Equidade Racial (IEER). Este índice representa uma forma de medir o desequilíbrio entre brancos e negros no mercado de trabalho formal. Com o IEER, será possível avaliar, monitorar e comparar as empresas ao longo do tempo e, isto por si só, tenderá criar um incentivo, endógeno, para que elas se tornem mais comprometidas com a promoção da equidade racial”, afirma Michael França, pesquisador do Insper, membro do Grupo de Construção do Pacto e um dos criadores do índice.

“Em um mercado corporativo e financeiro que pouco tem debatido questões ambientais e de direitos humanos, é sintomático que a agenda ESG que aqui aporta tenha predominantemente uma pauta internacional e não local, focando quase que exclusivamente na questão climática e igualdade de gênero e deixando questões brasileiras de lado, como a desigualdade social e a inequidade racial. Neste sentido, a adoção do IEER não só joga um holofote ao problema expondo o tamanho do abismo racial, como também constrói soluções estimulando ações afirmativas e investimento social na temática racial no intuito de resolver em definitivo um problema histórico fundamental até então pouco combatido no mundo corporativo”, diz Fábio Alperowitch, Presidente da FAMA Investimentos e membro do Grupo de Construção do Pacto.

A alocação dos investimentos sociais em equidade racial reflete o objetivo de formar mão de obra negra qualificada ao longo de uma geração, dando preferência por intervenções que apoiem a formação integral de mão de obra negra e sua inserção no mercado de trabalho.  O Protocolo define os ranges quanto à alocação dos investimentos sociais em equidade racial por área, cabendo à gestão das empresas definir onde e como alocá-los.  Esses investimentos serão, por definição, realizados para fora da organização, respeitando as premissas sugeridas no Pacto, que estimulam projetos e programas de promoção da equidade racial através da educação, cidadania e empreendedorismo negro, o que, certamente, resultará em retorno positivo para a sociedade a curto, médio e longo prazos.

 

E exatamente por reconhecer essa ampla capacidade do Pacto de Promoção da Equidade Racial de impulsionar mudanças realmente significativas na sociedade, o Pacto Global da ONU, a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo com mais de 16 mil membros em 160 países, não apenas endossa o programa como também recomendará o protocolo de ações às empresas associadas. “O Pacto de Promoção da Equidade Racial é um poderoso instrumento para promover mudanças sociais fundamentais para o Brasil. Entendemos que estamos diante de uma excelente oportunidade para Brasil definitivamente adotar novos caminhos e estabelecer o equilíbrio racial como uma premissa básica”, diz Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU.

 

O IDIS colaborou com o planejamento e sistematização do Programa, por meio de consultoria técnica, com participação ativa para a definição de políticas para o investimento social em equidade racial e desenvolvimento do IEER, índice que norteia o Pacto.

Saiba mais em:pactopelaequidaderacial.org.br

Contexto

A desigualdade social é um dos grandes desafios da sociedade brasileira e está profundamente relacionada à questão racial, que é a problemática central desta questão. Segundo dados do IBGE, entre os 10% mais pobres da população brasileira, 78,5% são negros (pretos e pardos) e 20,8% são brancos. Já entre os 10% mais ricos, a situação se inverte: 72,9% são brancos e 24,8% são negros. A ausência de políticas afirmativas de inclusão do negro na economia, o racismo estrutural e a baixa qualidade da educação pública são apontados como fatores causais desses altos índices de desigualdade e da instabilidade social do país.

A questão da diversidade de gênero tem sido trabalhada pelas empresas ao longo dos últimos anos, com algum sucesso, porém, e principalmente no Brasil com 56% da população negra, estamos muito atrás na promoção da diversidade racial nos quadros de funcionários das empresas de capital nacional ou subsidiárias de multinacionais. Apesar de algumas empresas implantarem programas de ações afirmativas e existirem milhões de profissionais negros qualificados ainda não absorvidos pelo mercado de trabalho, grandes empresas ainda alegam dificuldade na contratação de funcionários e executivos negros para atingir um percentual equivalente à população economicamente ativa da região em que atuam.

Um dos grandes obstáculos que se apresenta para a formação de profissionais negros é a baixa qualidade da educação pública, que figura entre as piores do mundo segundo dados da OCDE. Nesse sentido, para atender à pauta ESG, não basta apenas às empresas brasileiras adotarem ações afirmativas.  No Brasil, ao contrário de outros países do hemisfério norte, há que se investir na formação de profissionais negros tecnicamente mais preparados para que as empresas possam manter, em todos os níveis hierárquicos do seu quadro de colaboradores, um retrato da população na região em que atuam.

Segundo o Pacto, a dificuldade é ainda maior nos níveis de alta gerência das empresas, com um percentual muito baixo de negros nessas funções. “Entendemos que cabe à sociedade como um todo, e não apenas do Estado, a responsabilidade de endereçar a questão da desigualdade social racial, bem como a formação de mão de obra negra. A sociedade e o momento histórico no qual vivemos exigem que indivíduos, organizações e empresas assumam uma postura protagonista de antirracismo”, diz Selma Moreira, diretora geral do Fundo Baobá e membro do Grupo de Construção do Pacto.

 

GRUPO DE CONSTRUÇÃO DO PACTO

Pessoas físicas que colaboraram diretamente na construção e revisão do Pacto:

Gilberto Costa – JP Morgan (Coordenador)
Jair Ribeiro – Parceiros da Educação (Coordenador)

 

Adriana Barbosa – PretaHub

Carlo Pereira – Pacto Global

Carolina Costa – Mauá Investimentos

Cida Bento – CEERT

Daniel Teixeira – CEERT

Eduardo Alves – PWC

Elizabeth Scheibmayr – Uzoma Diversidade, Educação e Cultura

Fabio Alperowitch – FAMA Investimentos

Fabio Coelho – Google

Felipe Insunza Groba – IDIS

Guibson Trindade (PMO)

Gustavo Wernek – Gerdau

 

Hélio Santos – Oxfam Brasil

Igor Lima – Instituto Sonho Grande

Lina Pimentel – Matos Filho Advogados

Lucas Cavalcanti – Econometrista – Índice ESG de Equidade Racial

Michael França – Econometrista – Índice ESG de Equidade Racial

Paula Jancso Fabiani – IDIS

Rachel Maia – RM Consulting

Rafael Tavares – Econometrista – Índice ESG de Equidade Racial

Ricardo Henriques – Instituto Unibanco

Selma Moreira – Fundo Baobá

Theo van der Loo – NatuScience

Thiago Amparo – Advogado

Wilson Risolia – Fundação Roberto Marinho

 

 

 

 

GRUPO DE APOIADORES E FUNDADORES DO PACTO

Pessoas físicas e jurídicas que serão convidadas para serem membros fundadores

Adriana Barbosa (PretaHub e Feira Preta) – Integrante Grupo de Trabalho; Alan Duarte (ONG Abraço Campeão); Alfredo Pinto (Bain); Ana Diniz (Inst. Península); Ana Karla (ANEPE); André Coutinho (KPMG); Andrea Alvares (Natura); Angélica Souza (PWC); Anna Helena Altenfelder (Cempec); Bete Scheibmayr (Uzoma); Caio Magri (Instituto Ethos); Carlo Pereira (Pacto Global); Carlo Pereira (Pacto Global) – Integrante Grupo de Trabalho; Carlos Ambrosio (Ambima & Avenue); Carlos Donzelli (Magalu); Carlos Magalhães (BRK); Carlos Takahashi (BlackRock); Carlos Terepins; Carolina Costa (Mauá Investimentos) – Integrante Grupo de Trabalho; Célia Parnes (Secretaria do Desenvolvimento Social – SP); Celso Athayde (Favela Holding); Celso Loducca; Celso Prudente (Universidade Federal do Mato Grosso); Christian Olgmeister (Suzano); Cláudia Costin (FGV); Claudia Sender (Gerdau, Telefonica); Daniel Funis (Farfetch); Danielle Almeida (Diasporica); David Velez (Nubank); Edson França (UNEGRO); Edu Lyra (Gerando Falcões); Eduarda Penido Dalla Vechia (Fundação Flupp); Eduardo Alves (PWC); Eduardo Guardia (BTG Asset); Eduardo Mufarej (RenovaBR); Edvaldo Vieira (Amil); Eliane Leite (Paula Sousa); Elizabeth Mac Nicol (B3); Erica Butow (Ensina Brasil); Eugenio Mattar (Localiza); Everton Rodrigues (CFA Society); Fabio Aidar (Colégio Santa Cruz); Fabio Alperowitch (Fama Investimentos) – Integrante Grupo de Trabalho; Fabio Coelho (Google); Felipe Gonzalez (Fund Lemann); Fernanda Camargo (Wright Capital Wealth Mgt); Florian Bartunek (Constellation); Frei David (Educafro); Gilberto Costa (JPM) – Integrante Grupo de Trabalho; Gilvan Bueno Costa (Financier Educação); Giovani Rocha (UPenn); Giovanni Harvey (Fundo Baobá); Glaucimar Peticov (Bradesco); Guibson Trindade (Parceiros da Educação); Guilherme Leal (Natura); Guinle Johannpeter (Gerdau); Gustavo Werneck (Gerdau); Helio Santos (Instituto Brasileiro de Diversidade); Igor Lima (ex- Inst. Sonho Grande) – Integrante Grupo de Trabalho; Isabella Marinho (Instituto Humanize); Ivanir dos Santos (CEAP-RJ); Izabela Murici (Falconi); Jackeline Busnello (Bradesco); Jair Ribeiro (Parceiros da Educação) – Integrante Grupo de Trabalho; James Gulbradsen (NCH Capital); Jan Karsten (Julius Baer); Jandaraci Araujo (Sec. Desenv. Econ. SP); Jéssica Rios (Vox Capital); João Miranda (Votorantim); Joice Toyota (Vetor); José Carlos Doherty (AMBIMA); José Junior (Afro Reggae); José Papa (Trace); José Roberto Marinho (Globo); José Vicente (Zumbi dos Palmares); Juliano Seabra (Banco Mundial); Kellen Julio (Rede Globo); Laio Santos (XP Clear); Laura Mattar (Mattos Filho); Leonardo Dutra (EY); Leonardo Letelier (Sitawi); Liliane Rocha (Kairós); Lina Pimentel e Flavia Oliveira (Mattos Filho) – Integrante Grupo de Trabalho; Luana Génot (IDBR); Luana Ozemela (Dima Consult); Luciana Ribeiro (EB – Capital); Luciene Magalhães (KPMG); Luis Sthulberger (Verde); Luisa Brasuna (Ernest Young); Luiz Fernando Figueiredo (Mauá); Luiz Maia (Brookfield); Luiz Pretti (Amcham); Luiza Hirata (Santander Asset e AMBIMA); Mandalyn Gulbrandsen (BrazilFoundation); Manuela Marquez (RDP); Marcelo Bacci (Suzano); Marcelo Billi (AMBIMA); Marcelo Lyrio; Marcelo Medeiros (Alpargatas); Marcelo Serafim (PRI); Marcelo Tragtenberg (INCT); Marcio Correia (JGP); Marco de Castro (PWC); Marco Fujihara (Fundo Baobá); Marcos Magalhães (ICE); Maria Gal; Marina Mansur (McKinsey); Mário Theodoro (UNB); Marta Pinheiro (XP Investimentos); Masao Ukon (BCG); Matt Klingerman (Escale); Maurício Columbari (PWC); Maurício Pestana (Revista Raça); Mirian Leitão; Neca Setubal (Fundação Tide Setubal); Oded Grajew (Global Compact); Osvaldo Cervi (Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros); Patricia Ellen (Secretaria do Desenvolvimento Econômico); Patrícia Lobaccaro (Mobilize Global NY); Paula Belizia (Google); Paula Fabiani (IDIS); Paulo Batista (Alicerce); Paulo Kakinoff (Gol); Paulo Veras; Pedro Rudge (Leblon Asset); Piero Minardi (Warburg Pincus ABVCAP); Preto Zezé (CUFA); Priscila Cruz (Todos pela Educação); Priscila França (Instituto Equânime); Prof Ivanir dos Santos (UFRJ); Prof. Silvio Luiz de Almeida (FGV, Duke, Inst. Luiz Gama); Rachel Maia (RM Consulting); Rachel Maia (RM Consulting); Rafael Machiaverni (Parceiros da Educação); Raquel Teixeira (SEDUC- SP); Regina Esteves (Comunitas); Renato Ejnisman (Bradesco); Renato Feder (Secretaria Estadual da Educação do Paraná); Renato Meirelles (Inst. Locomotiva); José Marcos da Silva (Deloitte); Renato Souza (PWC); Ricardo Henriques (Inst. Unibanco) – Integrante Grupo de Trabalho; Ricardo Madeira (USP); Roberto Chade (Dotz – Inst. Superação); Rodrigo Dib (Proa); Rogério Mascarenhas (McKiney); Rogerio Monaco (Todos pela Educação); Rossieli Soares (Secretaria Estadual da Educação de São Paulo); Salatiel Barbosa (Banco Regional de Brasília); Selma Moreira (Fundo Baobá) – Integrante Grupo de Trabalho; Silvio Dulinski (WEF); Sonia Quintella (Artesol / Artiz); Tatiana Figueiras (Instituto Ayrton Senna); Tereza Vernaglia (BRK); Thalita Cunha (Blend); Theo van der Loo (NatuScience) – Integrante Grupo de Trabalho; Thiago Amparo (FGV); Thiago Spercel (Machado Meyer); Thiago Thobias (Advogado); Tom Mendes (ID BR); Vanessa Dockhorn (Psicologia Dockhorn); Viviane Senna (Instituto Ayrton Senna); Vivianne Naigeborin (Arymax); Walter Schalka (Suzano); Wania Sant’Anna (IBASE); Willian Reis (Afro Reggae); Wilson Risolia (Fundação Roberto Marinho) – Integrante Grupo de Trabalho.

 

Consultores Técnicos e Jurídicos – O projeto possui importantes consultores técnicos e jurídicos, especializados em diversidade, ESG, inclusão e equidade racial como, por exemplo Fabio Garcia; Lorraine Silva; Lucas Cavalcanti; Michael França; Michelle Ratton; Odara Andrade; Sérgio Firpo; Thiago Aparo; IDIS – Instituto para Desenvolvimento do Desenvolvimento Social; Diversidade Corporativa; Uzoma Diversidade, Educação e Cultura. A consultoria jurídica societária é feita pelo escritório Matos Filho Advogados; a consultoria de Resolução ESG é feita pelo Machado e Meyer Advogados.