×

Relatório de atividades 2021: números e resultados

Com muita alegria e orgulho, convidamos todos e todas que acompanham o IDIS  a conhecerem nosso Relatório de Atividades 2021, com histórias escritas a muitas mãos e onde acreditamos irão se reconhecer!

Foi um ano emocionante, que começou com a vacinação contra a Covid-19 no Brasil, trazendo esperança em contraponto às incertezas e dores que enfrentamos em 2020. Aqui no IDIS, isso nos contagiou e continuamos nos adaptando às novas possibilidades e respondendo aos desafios criados por essa nova realidade. Vimos um grande movimento da sociedade, de investidores sociais, de organizações e isso resultou em um crescimento de 25% em nossa receita, nos possibilitando contribuir, cada vez mais, a nossa missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto.

Acesse e baixe o Relatório de Atividades IDIS 2021. 

 

Conheça os destaques.

nossos NÚMEROS

 

 

IDIS EM AÇÃO

 

Na consultoria, foram mais de 52 projetos executados com focos diversos como planejamento estratégico, estruturação de fundos patrimoniais, gestão da doação e avaliação de impacto. E tivemos um índice de recomendação de nossos clientes de NPS (Net Promoter Score) de 87.

Já na área de conhecimento, continuamos com nossa vocação de refletir sobre tendências, ler cenários e sistematizar conceitos e metodologias. Foram 36 produtos lançados, incluindo publicações, artigos e notas técnicas lançadas e eventos. Neste ano, lançamos a segunda edição da Pesquisa Doação Brasil e realizamos duas edições do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, uma online e outra presencial ao final do ano, quando a pandemia permitiu um encontro reduzido e ao ar livre. Ao todo, impactamos diretamente mais de 109 mil pessoas!

 

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, realizado em 17 de novembro de 2021. (Foto: André Porto)

 

Os projetos de impacto, que o IDIS implementa e lidera, continuaram avançando e retomando atividades presenciais. O Transformando Territórios, em parceria com a Charles Mott Foundation, que fomenta a criação e consolidação de institutos e fundações comunitárias, arrecadou mais de R$ 1 milhão para realizar doações em formato de  para as 14 organizações participantes. E o Pacto de Promoção da Equidade Racial foi lançado, uma contribuição importante para a agenda ESG de Equidade Racial e que guiará empresas e investidores interessados e comprometidos com a causa racial. Para citar apenas mais um exemplo, por meio do programa Redes para Inclusão Produtiva, em parceria com o Sebrae-SP,  pudemos contribuir ao fortalecimento de organizações sociais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, fomentando o empreendedorismo e a geração de renda em quatro macrorregiões do Estado de São Paulo.

 

Redes_InclusaProdutiva_Sebrae2

Redes para Inclusão Produtiva, em parceria com o Sebrae-SP

 

Os temas investimento social privado e cultura de doação tiveram grande visibilidade na mídia, cada vez mais sensibilizada e consciente sobre a importância de entrarem em suas pautas. Nosso porta-vozes e conteúdos foram mencionados em mais de 280 matérias, em veículos como Bandnews, Estado de São Paulo, Exame, Folha de S.Paulo, TV Cultura, TV Globo, Valor Econômico, e mais.

 

RECONHECIMENTOS

O Fundo Emergencial para a Saúde foi o grande vencedor do Troféu Escolha do Leitor, do Prêmio Empreendedor Social, da Folha de S.Paulo, com 30% do total de votos entre os 30 finalistas. O projeto concorreu na categoria Mitigação da Covid-19, com 159.709 votos. Foi um reconhecimento pelo projeto desenvolvido em parceria com o Movimento Bem Maior e BSocial que captou R$ 40,4 milhões em sete meses de operação e teve 61 beneficiários, sendo 59 hospitais filantrópicos, um instituto de pesquisa e uma organização social, contribuindo para o fortalecimento do sistema público de saúde.

 

PRESENÇA GLOBAL E PARCERIAS

Colaboração e atuação em rede nos permitiram atingir os resultados que apresentamos hoje. Estamos conectados com pessoas e organizações em todo o mundo. Compartilhamos nossas experiências, aprendemos com os outros e desenvolvemos projetos conjuntos.

Conheça nossos parceiros institucionais.

quem faz parte dessa história

Toda organização é feita de pessoas. Não há resultados ou realizações sem elas e por isso celebrar quem faz parte e faz tudo acontecer é tão importante! Encerramos o ano com uma equipe de 24 pessoas, atuando em diferentes frentes, mas com a mesma missão: inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto. Ao final deste ano, também atualizamos nossos valores institucionais que nos definem enquanto equipe.

Conheça todos os detalhes das atividades do IDIS ao longo de 2021 em nosso Relatório de Atividades.

Nós – Equipe IDIS 2021

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um convite urgente para mudar as práticas de financiamento

 

O Catalyst 2030, rede global que atua em rede para tornar o mundo melhor e mais justo para todos, lançou uma carta aberta destinada a doadores e financiadores de organizações não-governamentais com um apelo para mudanças em suas práticas, tornando-as mais eficazes e melhorando o impacto social sustentável. 

A ação tem como objetivo reunir 1.000 assinaturas em todo o mundo, chamando atenção a esta importante questão. Até 25 de maio, mais de 500 organizações de 60 países já haviam assinado a petição.

Nós do IDIS, assinamos a carta e convidamos você, membro de uma organização não-governamental, a se juntar a nós neste chamamento. Esta é uma oportunidade para acelerar a mudança social, tornando as práticas de financiamento mais eficazes para o setor. 

“Para ter alguma esperança de tornar o mundo um lugar melhor, trabalhando para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, devemos enfrentar de forma mais eficaz as causas dos problemas por meio de mudanças transformadoras nos sistemas. Um número crescente de financiadores e organizações percebeu que agora é a hora de avançar no progresso global e encontrar novas maneiras de apoiar a mudança, mudando as práticas e normas atuais de financiamento no setor social”. Catalyst 2030.  #ShiftingFundingPractices

 

Conheça o site da iniciativa.

 

CONHEÇA A CARTA ABERTA E ASSINE VOCÊ TAMBÉM

Um Convite Urgente para Mudar as Práticas de Financiamento

Estamos agora numa fase da nossa viagem civilizacional onde o nosso mundo enfrenta um conjunto de desafios globais em cascata e interrelacionados que ameaçam o futuro das pessoas e do planeta.  Desde a pobreza endêmica, a desigualdade racial e de gênero, a extinção de espécies, e o desmatamento, até o fascismo crescente, e a crise climática, a combinação destes desafios concorrentes e sobrepostos sinaliza a necessidade urgente de transformar fundamentalmente os sistemas entrincheirados subjacentes a estes grandes problemas. Para termos alguma esperança de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e inverter a trajetória destrutiva que as pessoas e o planeta enfrentam, temos de abordar com mais eficácia as causas profundas de problemas complexos, em vez de tratar os sintomas.  Isto é possível se transformarmos políticas, práticas, costumes, mentalidades, dinâmicas de poder e fluxos de recursos para alcançar um impacto duradouro ao nível local, nacional, e global.  Este é o trabalho conhecido como mudança de sistemas.  É uma perspectiva abrangente à mudança social que procura abordar as características complexas, em grande escala e profundas, das questões sociais.   Um aspecto chave da mudança de sistemas é a colaboração sustentada.  A verdadeira mudança de sistemas ocorre quando múltiplos atores entre setores, disciplinas e grupos sociais – incluindo financiadores e líderes de movimento – trabalham em conjunto para objetivos comuns ao longo de prazos prolongados.Embora encorajemos os financiadores a explorar diferentes oportunidades de financiamento de projetos que possam conduzir ao bem social, incluindo os que oferecem algum retorno financeiro aos investidores, a realização de mudanças eficazes nos sistemas, em particular os muitos aspectos que necessitam de financiamento de doações, exigirá uma poderosa mudança em relação às abordagens filantrópicas tradicionais onde:

1 – os financiadores tendem a confiar nos conhecimentos empresariais e acadêmicos para compreender o impacto social em vez de centrarem a liderança e a experiência vivida daqueles que estão mais próximos das questões que procuramos abordar;
2 –
a maior parte do financiamento é direcionado para aliviar os sintomas de sistemas falidos e não para o trabalho a longo prazo de compreensão, abordagem e mobilização da mudança para abordar as causas profundas;
3 –
o financiamento específico do projeto é concedido em loteamentos de curto prazo, o que também envolve frequentemente papelada excessiva, dinâmica de poder transacional, e uma dependência excessiva em métricas com curto espaço de tempo para avaliar o sucesso; e
4 –
processos e critérios de candidatura podem levar a uma concorrência inútil entre organizações em vez de incentivar os tipos de colaborações necessárias para mudar os sistemas.Um número crescente de financiadores e organizações estão descobrindo que existe uma oportunidade em tempo real para avançar no progresso global e modelar novas formas de apoiar a mudança através da transformação das atuais práticas de financiamento do setor social.  Estas mudanças necessárias abrangem múltiplos tipos de financiadores, incluindo financiamento de filantropia privada, governos, e organismos multilaterais.  Os seguintes princípios descrevem o que nós, um grande grupo de organizações da sociedade civil e inovadores para a mudança de sistema, bem como muitos líderes do pensamento filantrópico, acreditamos ser as práticas mais críticas e eficazes que os financiadores precisar adotar à medida em que lidamos com os problemas complexos que o nosso mundo enfrenta atualmente.  Convidamo-los a considerar a adoção das práticas transformadoras de financiamento abaixo indicadas.  Dado o poderoso papel dos financiadores e doadores em influenciar o trabalho e o âmbito das organizações que trabalham com questões sistêmicas, estas mudanças permitirão e capacitarão melhor o sector social e fomentarão colaborações multisetoriais que trabalham para os tipos de mudanças de sistemas que são urgentemente necessárias.  

PRINCÍPIOS

1 – Dê Financiamento Plurianual e Irrestrito: Abordar as causas profundas dos problemas sistêmicos interligados requer uma adaptação e aprendizagem contínuas a longo prazo. Contar com organizações que tem fundos operacionais gerais durante vários anos (pelo menos três a cinco anos, e de preferência mais tempo) permitem-lhes a flexibilidade necessária para adotarem a abordagem iterativa e a longo prazo para enfrentar grandes problemas sistêmicos, complexos e de longo prazo.  Este tipo de investimento flexível liberta as organizações para se adaptarem às mudanças nas condições e permite que as organizações sem fins lucrativos se concentrem no seu trabalho de missão crítica em vez de se concentrarem na origem das doações do próximo ano.  Se um financiador só pode oferecer doações restritas a projetos, torná-las plurianuais e garantir que cobrem os custos reais diretos (incluindo salários do pessoal) e indiretos da entrega do impacto (tais como alugueis de escritórios e equipamento).  Considerar providenciar mais do que o suficiente para que estes custos permitam que as organizações sem fins lucrativos aumentem um excedente e reservas.

2 – Investir na Capacitação.  Boas ideias não são suficientes.  Ajude os seus parceiros de programa a construir a capacidade organizacional central e a responder ao que eles dizem que mais precisam.  As organizações sem fins lucrativos precisam construir um conjunto diversificado de capacidades, seja na sua organização ou através dos seus parceiros, para trazer força coletiva e sustentabilidade ao seu trabalho ao longo do tempo.  Os financiadores que impõem restrições aos custos gerais limitam a capacidade das organizações para alcançar um impacto social ótimo.

3 – Redes de Fundos: As redes são ferramentas nas nossas caixas de equipamentos de mudança social que apoiam as partes interessadas a tomar medidas de colaboração e a desenvolver iniciativas estratégicas que incluem múltiplos atores que fazem parte da solução.  As redes são também uma excelente fonte de capacitação para os participantes, incentivando a colaboração, experimentando novas abordagens, e permitindo que as correções de curso aconteçam de forma mais rápida e eficiente.  Investir em infraestrutura e capacidade de coordenação das organizações para colaborar, construir redes, e trabalhar em conjunto de forma mais eficiente e eficaz.

4 – Criar Relações Transformativas ao invés de Transacionais: Precisamos evoluir a partir das relações de poder corrosivo que têm caracterizado muitas interações entre financiadores e beneficiários até hoje. Para alcançar a mudança transformacional, precisamos praticar um modelo de parceria em que todos nós trazemos ativos e doações para a mudança em questão. O dinheiro é um desses ativos, tal como o conhecimento da comunidade, o poder das pessoas, as relações, os conhecimentos, o poder econômico e o poder político. O trabalho eficaz de mudança dos sistemas depende de todos estes trunfos.  Requer também sensibilidade partilhada para ouvir, aprender, humildade, e colaboração. Os financiadores podem abdicar de parte do seu poder para construir o nosso poder coletivo para o impacto.

5 – Construir e Partilhar Poder: Os líderes sem fins lucrativos e de movimento não têm estado tradicionalmente presentes em salas onde governos e empresas tomam grandes decisões estruturais. Isto é especialmente verdade para organizações lideradas por pessoas negras, indígenas e de outras etnias, bem como para as lideradas por mulheres, jovens e pessoas com deficiência.  Os financiadores podem ajudar a reequilibrar estas injustiças. Podem consegui-lo através da partilha do poder com e da construção de poder para o setor social, dando mais recursos diretamente a nível local à organizações com liderança local e propriedade local, e fazendo investimentos mais robustos em organizações conduzidas por líderes de cor próximos.  É necessário conceber estruturas e espaços mais inclusivos para a tomada de decisões. Estes espaços devem encorajar o apoio geral ao funcionamento e ao desenvolvimento de capacidades para ajudar os líderes a ganhar políticas e práticas que façam avançar os ODS na sua arena de influência.  É também importante que os financiadores estejam abertos ao financiamento de novos empresários sociais e jovens empresários em início de carreira.

6 – Sejam transparentes e reativos: Traga humildade à sua concessão e reconheça os desequilíbrios de poder nas suas relações com os parceiros do programa. Comunique a sua viagem de equidade com os seus beneficiários. Seja absolutamente claro quanto às suas prioridades e expectativas.  Seja rápido a dizer não, se não for um bom ajuste, e responda em tempo hábil. A urgência dos nossos desafios não exige menos de todos nós.

7 – Simplificar e agilizar a papelada: As organizações sem fins lucrativos passam muito tempo redigindo propostas de doações, relatórios para satisfazer os requisitos dos financiadores, ao mesmo tempo que realizam o difícil trabalho de alteração dos sistemas e cumprem as condições regulamentares. Os financiadores podem ajudar a devolver tempo, simplificando os processos de candidatura, coordenando com outros doadores a due diligence e relatórios, e alinhando os relatórios com uma mentalidade de mudança de sistemas.  A elaboração de relatórios sobre o trabalho de mudança de sistemas é muitas vezes mais complexa e matizada do que a listagem de resultados a curto prazo ligados a projetos individuais. Como métodos adicionais de avaliação do impacto, os financiadores podem estar mais abertos a histórias como exemplos de progresso. Podem perguntar aos beneficiários quais as mudanças no sistema veem ao longo do tempo, e podem falar com os beneficiários sobre o que está funcionando nos seus esforços e o que não está.

8 – Oferecer apoio para além do cheque: Os financiadores têm mais para oferecer do que apenas dinheiro. Seja um conector.  Faça ligações úteis para os parceiros beneficiários a outros possíveis financiadores e organizações de pares, seja curioso e atento às suas necessidades, e crie oportunidades para os mostra-los e mostrar seu trabalho em canais a que tenha acesso.  Apoie redes que construam ligações fortes e forneçam plataformas de colaboração em vez de competição.

9 – Colaborar com outros financiadores: Tal como as organizações sem fins lucrativos precisam tecer redes para alcançar escala, os financiadores precisam construir ecossistemas de investidores no trabalho de mudança de sistemas. Partilhar conhecimentos, conexões e expertise com outros doadores; aumentar a eficiência através de ações coordenadas; abrir portas para os seus beneficiários e caminhar juntos como parceiros.  Ligue-se aos financiadores que estão investindo em áreas semelhantes e responsabilizem-se uns aos outros por pensarem amplamente sobre o seu ecossistema de financiamento e por terem a intenção de incluir líderes e organizações que, histórica e sistemicamente, têm tido dificuldades em acessar os fundos dos doadores.

10 – Adote uma Mentalidade Sistêmica em suas Doações: Os financiadores devem abraçar uma mudança de mentalidade dos sistemas com os seus beneficiários para abordar o(s) problema(s) prioritário(s) escolhido(s).  O objetivo geral é mudar significativamente as condições que mantêm o problema no lugar.  Isto implica identificar, compreender, e abordar as causas profundas do(s) problema(s) que está(ão) a abordando.  Esta mentalidade estende-se também a pensar de forma diferente sobre a avaliação e compreensão do impacto num horizonte a mais longo prazo.  Muitos financiadores podem apontar para alguns destes princípios onde estão liderando ou fazendo progressos.  No entanto, um progresso parcial, embora valha a pena, não será suficiente se quisermos responder à urgência das complexas necessidades às quais nos deparamos.  Apelamos aos líderes do setor filantrópico e aos diferentes tipos de financiadores para que se comprometam a adotar todos estes princípios de forma significativa dentro das suas organizações, de modo que o nosso compromisso partilhado e a nossa capacidade de alcançar uma mudança social duradoura seja acelerada.Especificamente, pedimos aos financiadores que se comprometam com os seguintes passos concretos e práticos para mostrar o seu apoio a estes princípios:

1 – Tomemos o Diagnóstico do Financiador/Doador sobre a mudança dos sistemas de financiamento, encontrado aqui https://bit.ly/3qLJTt1. Esta é uma ferramenta abrangente concebida para apoiar e informar a trajetória de mudança para mais filantropia baseada em mudanças de sistemas.  Desenvolva ações concretas que tomarão como base as recomendações da ferramenta, trabalhe para melhorar a sua pontuação durante o próximo ano ou dois, e comprometa-se a retomar o Diagnóstico de Financiador/Doador para avaliar o seu progresso.

2. Faça mudanças para os elementos-chave da mudança dos sistemas de financiamento, tais como o aumento do financiamento concedido a grupos que utilizam abordagens de mudança de sistemas, o aumento do percentual das suas doações que fornecem apoio central sem restrições, e o aumento do percentual das suas doações que são compromissos de financiamento plurianuais.

3. Revisite e racionalize os seus processos de concessão de doações.  Identifique pelo menos uma forma de incorporar mais perspectivas ou informações de líderes próximos para ajudar a moldar as suas decisões de doações.

4. Responsabilize-se por estes princípios, convidando regularmente os seus beneficiários a darem o seu feedback, quer seja através de uma pesquisa anônima aos beneficiários que desenvolve, um Relatório de Percepção do Beneficiário, uma pesquisa aos funcionários, ou outros mecanismos de feedback que crie para convidar a participação.   *Muitos dos princípios desta carta são derivados de três fontes: Embracing Complexity, um relatório colaborativo da Catalyst 2030, Ashoka e McKinsey & Company que refletiu as perspectivas de muitos empresários sociais em todo o mundo; The Trust Based Philanthropy Project; e os princípios da Filantropia Baseada na Equidade Racial.Estamos ansiosos para trabalhar com você em nossa jornada compartilhada para criar soluções duradouras para muitos dos maiores problemas que as pessoas e o planeta enfrentam hoje.

 

Você concorda com esses princípios? Assine já. 

 

O IDIS é membro fundador do Catalyst 2030 Brasil.

Pesquisa global detalha as tendências em práticas de doações digitais e modelos inovadores em oito países

Primeiros relatórios analisam a atividade filantrópica no Brasil e no Reino Unido e identificam demanda de doadores por transparência e crescimento em doações digitais

Iniciativa da Lilly Family School of Philanthropy, da Universidade de Indiana (EUA), a série Digital for Good: estudo global sobre modelos emergentes de doação é lançada com capítulo brasileiro, desenvolvido em parceria com o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, e inglês, realizado com a Charities Aid Foundation (CAF). A série narrará descobertas e insights sobre tendências em modelos de doação para organizações da sociedade civil (OSCs), como crowdfunding, doações online, doações viabilizadas pelo uso do celular, doações no local de trabalho, voluntariado online e iniciativas de impacto social.

 

O material complementa outros estudos sobre o ecossistema filantrópico promovidos pela Escola – o Global Philanthropy Environment Index e o Global Philanthropy Tracker. Ao longo de cinco meses, serão lançados novos capítulos, contemplando perfis de outros seis países – África do Sul, China, Coreia do Sul, Índia, Quênia e Singapura. Em cada um, organizações ou especialistas locais foram responsáveis pela condução da pesquisa para identificar tendências específicas, moldar a coleta de dados e interpretar os resultados, sempre com o suporte e supervisão dos pesquisadores da Lilly Family School of Philanthropy. A série foi financiada com o apoio da Fundação Bill & Melinda Gates.

 

“Expandir a pesquisa sobre filantropia global, introduzindo esses estudos, nos permite entender melhor as tendências em constante evolução da filantropia e examiná-las em países com cenários filantrópicos variados”, diz Una Osili, Ph.D., reitora associada de Pesquisa e Programas Internacionais da Lilly Family School of Philanthropy. “Ao identificar e entender os modelos emergentes de doação, contribuímos para que lideranças de organizações da sociedade civil fortaleçam sua estrutura de captação e possam ampliar seu impacto positivo.”

 

Os dois primeiros perfis de países examinam o envolvimento filantrópico no Brasil e no Reino Unido antes e durante a pandemia de Covid-19. Ambos os países relatam uma expansão de canais para doações, cujas soluções passara a contar cada vez mais com tecnologia. Os perfis de ambos os países se concentram em modelos emergentes e em expansão de doação: doações online e crowdfunding no Reino Unido e, no Brasil, modelos relacionados a microdoações, como o arredondamento do valor das compras em redes varejistas e a venda de produtos sociais, que envolve a produção de conteúdo editorial inspirador e gerador de receita destinada a organizações sem fins lucrativos, além de uma plataforma de doação.

 

Brasil – principais destaques:

As iniciativas selecionadas para participar do relatório representam diferentes modelos de doação que amadureceram ao longo dos anos. As histórias do Arredondar, BSocial e Editora MOL se destacam e podem ser inspiradoras para outras pessoas e organizações. A escolha não se deu porque são as únicas a aplicarem o modelo, mas porque contribuem para a compreensão da diversidade dos mecanismos de doação no Brasil.

 

Modelos inovadores contribuem para o fortalecimento da Cultura de Doação.

Os estudos de caso sugerem que novas abordagens de doação estão se consolidando no Brasil. Isso inclui plataformas de doação, doar por meio de arredondamento do valor das compras em redes varejistas e por meio da compra de produtos sociais – todas elas, práticas que incentivam doações menores e mais frequentes que acomodam contribuições em orçamentos domésticos de todos os tamanhos. Entre 2013 e 2020, as doações para OSCs viabilizadas pelo Arredondar aumentaram exponencialmente – de apenas R$ 1.091 em 2013 para mais de R$ 1,6 milhão em 2020. A Editora MOL também teve crescimento nas doações feitas por meio de seus produtos editoriais: quase um sexto de todas as doações recebidas desde 2008 foram feitas em 2021. E só em 2020, o uso da plataforma de doações BSocial disparou de 600 doadores registrados para cerca de 15.000, resultando em um aumento em quatro vezes nas contribuições a organizações sociais.

“As três iniciativas compartilhadas neste relatório destacam modelos inovadores de doação no Brasil nos últimos anos. Curiosamente, esses modelos não são nativos digitais, mas a tecnologia contribuirá para seu crescimento e expansão, e esperamos que inspirem mais ideias para promover a filantropia”, comenta Luisa Lima, gerente de comunicação do IDIS.

As iniciativas mais bem-sucedidas priorizam a transparência e a responsabilidade na doação.

No Brasil, como em muitos países, as OSCs enfrentam desconfiança ou ceticismo dos doadores sobre o uso do dinheiro e o impacto de sua doação. Modelos que enfatizam a transparência e a responsabilidade podem trazer mais segurança e engajar mais doadores.

“Transparência e responsabilidade são cruciais para o desenvolvimento da filantropia no Brasil”, acrescentou Lima. “Embora os brasileiros sejam empáticos e solidários, há uma atitude subjacente de desconfiança em relação às instituições que recebem doações. A transparência é fundamental para mudar essas atitudes e construir uma confiança renovada dentro do ambiente filantrópico.”

 

Reino Unido – principais destaques:

As doações online aumentaram, especialmente durante a pandemia de Covid-19.

Pesquisa online com três mil indivíduos mostrou que a proporção de ingleses que doaram em dinheiro diminuiu significativamente durante o primeiro período de lockdown no Reino Unido, entre março e abril de 2020, e permaneceu em níveis muito mais baixos do que o habitual mesmo após o cancelamento de muitas restrições. Simultaneamente, as doações online mostraram um aumento significativo durante a pandemia. Em média, os doadores entrevistados entre maio e julho de 2021 relataram que 60% de suas doações nos últimos 12 meses foram feitas online. As doações por meio de aplicativos provaram ser a maneira mais comum de doar online, com mais da metade dos entrevistados que doaram online nos últimos 12 meses observando que fizeram doações por meio de aplicativos como JustGiving ou Virgin Money Giving.

 

Uma em cada quatro pessoas doou via crowdfunding nos últimos 12 meses.

O motivo mais comum para apoiar um pedido de captação de recursos via crowdfunding foi contribuir para a organizações da sociedade civil (30%). Os resultados sugerem que 23% das pessoas doaram para iniciativas estabelecidas por um amigo ou membro da família ou criadas por um amigo de um amigo ou conhecido, enquanto 17% contribuíram para um esforço de crowdfunding estabelecido por alguém que não conhece. Notavelmente, enquanto uma parcela substancial (33%) dos doadores que doaram por meio de crowdfunding ou mídias sociais disseram que responderam a pedidos postados por um amigo, membro da família ou conhecido, muito poucos doadores (4%) indicaram serem motivados a doar por um ‘influenciador digital’.

 

Pedidos online e offline geralmente se reforçam, criando formas híbridas do novo normal em doações para OSCs.

Os pesquisadores descobriram que 63% das pessoas que usaram as mídias sociais para solicitar doações também fizeram pedidos pessoalmente. “Para o Reino Unido, o futuro da captação de recursos parece digital, mas com um forte elemento humano”, disse Alison Taylor, CEO da Charity Services da CAF, que conduziu a pesquisa no Reino Unido. “Embora as doações possam ser realizadas online, os pedidos de apoio geralmente são feitos por um amigo ou membro da família pessoalmente ou pelas mídias sociais.” Esse fenômeno destaca a importância contínua da conexão interpessoal ao engajar possíveis doadores.

“Os resultados dos dois primeiros perfis de países sugerem uma evolução nas práticas de doação e destacam uma expansão significativa das práticas de doação digital e peer-to-peer”, disse Amir Pasic, Ph.D. da Lilly Family School of Philanthropy. “Embora essas descobertas sejam as primeiras de uma série, o crescimento documentado nas doações digitais e as mudanças nas expectativas dos doadores reforçam as evidências de que as práticas digitais podem ajudar a democratizar a prática da filantropia. A inovação digital torna a filantropia acessível e promove maior transparência e conexão das doações com o impacto produzido por elas.

 

Sobre a Lilly Family School of Philanthropy

A Lilly Family School of Philanthropy da Universidade de Indiana se dedica a melhorar a filantropia para melhorar o mundo, treinando e capacitando estudantes e profissionais para serem inovadores e líderes que criam mudanças positivas e duradouras. A escola oferece uma abordagem abrangente à filantropia por meio de seus programas acadêmicos, de pesquisa e internacionais, e por meio da The Fund Raising School, Lake Institute on Faith & Giving, Mays Family Institute on Diverse Philanthropy e Women’s Philanthropy Institute. Saiba mais em www.philanthropy.iupui.edu

Sobre o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país. Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a cocriação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista. Saiba mais em www.idis.org.br

Como entender os dados sobre doações de indivíduos no Brasil

Produzir e divulgar dados sobre as organizações da sociedade civil é uma recomendação que aparece em três das cinco diretrizes para a promoção da cultura de doação. É normal que seja assim. Quanto mais sabemos sobre um tema, mais entendemos e mais conseguimos atuar sobre ele.

Mas muitas vezes, o que dificulta não é a falta de dados, senão a existência de diversas pesquisas, com resultados aparentemente conflitantes, a respeito de um mesmo assunto.

Isso acontece com as diferentes pesquisas sobre doação de indivíduos no Brasil. Para quem trabalha no tema, é fácil entender as características de cada levantamento, mas para quem está de fora, acaba parecendo confuso.

Vou contar a origem dessas pesquisas e como cada uma pode ser interpretada.

World Giving Index (WGI)

É uma pesquisa global anual, realizada pela britânica Charities Aid Foundation (CAF), representada no Brasil pelo IDIS, cujo intuito é criar um ranking de países classificados de acordo com o grau de solidariedade de cada população.

Para calcular o grau de solidariedade, são feitas três perguntas simples, que podem ser aplicadas em todos os países, independentemente das diferenças culturais.

1)     Você doou dinheiro para alguma organização social no último mês?

2)    Você ajudou algum desconhecido no último mês?

3)   Você fez trabalho voluntário para alguma organização social no último mês?

O que caracteriza essa pesquisa? Foco em organizações sociais (não levam em consideração igrejas, partidos políticos, etc). Foco no último mês, porque dá mais precisão, já que a resposta está fresca na memória.

Só que essas duas características restringem o volume de respostas positivas. Portanto, a tendência do WGI é dar um resultado baixo. Mas o interessante dessa pesquisa não é ver o percentual, é comparar a posição de um país com o outro.

Então, minha recomendação é que você use o WGI sempre que precisar comparar o Brasil com outras nações.

Pesquisa Doação Brasil

Esta pesquisa, realizada a cada cinco anos pelo IDIS, tem um objetivo completamente diferente: quer traçar um retrato amplo e profundo do doador e do não doador brasileiro. Ela tem a vantagem de ser feita por uma instituição brasileira, ou seja, os organizadores conhecem nossa realidade.

PESQUISA DOAÇÃO BRASIL 2020

A Pesquisa Doação Brasil também se restringe a mensurar as doações e o trabalho voluntário para organizações sociais. Mas em vez de cobrir o último mês, ela cobre o ano anterior inteiro.

Esta é a pesquisa mais rica e confiável que existe sobre doação de indivíduos no Brasil, mas tem o problema de só ser realizada a cada cinco anos. Até o momento, existem apenas duas edições, a de 2015 e a de 2020, que, em breve vai ficar defasada.

Mesmo assim, se você quer mergulhar no mundo da doação de indivíduos no Brasil, escolha a Pesquisa Doação Brasil.

Brasil Giving Report

Quando o IDIS fez a primeira Pesquisa Doação Brasil, em 2015, a Charities Aid Foundation (CAF) achou o material tão rico e interessante, que decidiu produzir um estudo parecido para os escritórios de sua rede (África do Sul, Austrália, Brasil, Índia e Rússia).

Para viabilizar anualmente esse estudo, a CAF precisou fazer um número reduzido de perguntas e, mais uma vez, padronizá-las para diferentes realidades.

Considerando as ações realizadas nos últimos doze meses, o Giving Report optou por ampliar a abrangência das atividades mapeadas, incluindo doações e voluntariado para instituições religiosas e ativismo político.

Essas alterações tiveram o efeito de aumentar o volume de respostas positivas, portanto, a tendência do Brasil Country Report é apresentar resultados melhores.

A grande vantagem do Brasil Giving Report é que ele se repete todos os anos, então, se você quer acompanhar a evolução do comportamento doador no Brasil, esta é a pesquisa.  

Recomendação final

Espero ter conseguido ajudar um pouco aqueles que procuram entender melhor os dados sobre doação individual no Brasil e, antes de terminar, deixo uma última recomendação: não compare os resultados de uma pesquisa com os de outra porque elas utilizam metodologias diferentes e chegam a números diferentes. Procure sempre comparar os resultados de diferentes edições de uma mesma pesquisa. Assim você terá a garantia de chegar a resultados seguros!

Boa sorte!

 

Por Andréa Wolffenbüttel, Consultora Associada ao IDIS e membro do Comitê Coordenador do MCD, em artigo publicado originalmente no LinkedIn Movimento por uma Cultura de Doação

Vaga de Coordenador(a) de Projetos – Gestão de Doações

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para profissionais com experiência na área de gestão de doações.

A pessoa será coresponsável pela execução das atividades da área de gestão de doações e validação nacional e internacional de OSCs do IDIS, realizando atividades relacionadas ao planejamento e implantação de projetos e parcerias que estejam alinhados a missão do IDIS

Para cadastrar-se para essa oportunidade, acesse nossa página da 99 Jobs até 14 de maio de 2022.

 

RESPONSABILIDADES

    • Apoiar na gestão estratégica e operacional/financeira de Fundos Filantrópicos;
    • Condução de reuniões com clientes
    • Realizar pesquisas de conteúdo e analisar dados para apoiar projetos de consultoria;
    • Montar apresentações em PPT;
    • Envolver-se na formulação e gestão de Editais, desde o planejamento, seleção, formalização, monitoramento e entrega de resultados para os clientes;
    • Apoiar no controle, monitoramento e avaliação de prestação de contas financeiras e técnicas ligadas às doações e editais;
    • Apoiar a formalização de minutas contratuais;
    • Apoiar a validação e contato com organizações sociais;
    • Realizar avaliações técnicas de OSCs para clientes estrangeiros
    • Elaboração de Mapa Estratégico por meio de metodologias como Teoria de Mudança, Canvas, Futures Thinking, Teoria U, Marco Lógico, Design Thinking, etc.
    • Definição de indicadores de monitoramento e avaliação de processos, resultados e impacto de organizações e projetos.
    • Facilitação e apoio a grupos de trabalho e comitês temáticos.
    • Elaboração de Plano de Ação com base em metodologias como Smart Goals, Ciclo PDCA, 5W2H, etc.
    • . Planejamento, elaboração e condução de apresentações e capacitações presenciais e virtuais em temas relacionados a Investimento Social Privado, Responsabilidade Social Corporativa, Governança, entre outros, em Português e Inglês.
    • Análise de informações e elaboração de conclusões e recomendações.
    • Elaboração de relatórios e apresentações em Português e Inglês.
    • Auxílio na coordenação da equipe dedicada ao projeto.
    • Zelar pelo cumprimento do cronograma e orçamento previstos para os projetos.
    • Manter os dados atualizados e organizados no sistema de CRM e software de gestão de projetos.
    • Zelar pela ética e valores institucionais do IDIS
    • Outras atividades relacionadas.

     

 

INSTRUÇÃO E EXPERIÊNCIA

 
Formação superior completa e experiência mínima de 3 anos em relacionamento e captação de recursos com foco em Investimento Social Privado.

REQUISITOS DO CARGO:

Instrução e Experiência:  Formação superior completa e experiência mínima de 3 anos na coordenação de processos de Investimento Social Privado.

Inglês fluente (para validação de OSCs para clientes estrangeiros, reuniões com clientes estrangeiros, elaboração de relatórios e realização de apresentações).


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS:

 

  • Conhecimentos avançados sobre estratégias, políticas e práticas de Investimento Social Privado, Sustentabilidade, Responsabilidade Social Empresarial e Investimento de Impacto.
  • Sistematização e análise de informações qualitativas e quantitativas.
  • Elaboração e análise de planilhas Excel, incluindo manuseio de bases de dados, elaboração de tabelas dinâmicas e gráficos.
  • Elaboração de apresentações com boa apresentação visual, storytelling, clareza e objetividade na transmissão de conteúdos e conclusões.
  • Conhecimentos avançados de inglês na linguagem oral e escrita.
  • Diferencial: formação em Gestão de Projetos/Programas Sociais

 

COMPETÊNCIAS:

 

  • Alto grau de organização e flexibilidade para gestão de projetos complexos
  • Iniciativa, desenvoltura, planejamento, organização, gosto pelo estudo e pelo investimento social privado, capacidade para solucionar problemas, capacidade analítica, foco em resultados, bom relacionamento interpessoal.

 

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS:

  • Conhecimento teórico e experiência prévia na aplicação de metodologias de gestão de investimento social.
  • Conhecimento teórico e experiência prévia na aplicação de metodologias de gestão de projetos sociais
  • Habilidade para sistematizar informações.
  • Excel e Power Point intermediário/avançado.
  • Habilidades comportamentais para manter bom relacionamento com equipe e clientes, bem como com outros parceiros estratégicos do IDIS.
  • Habilidades para realizar coordenação de reuniões com clientes.

VAGA:

Tipo de contratação: PJ
Remuneração a combinar
Local de trabalho: combinação de presencial (escritório na região de Pinheiros – São Paulo, e remoto, com disponibilidade para viajar (sempre que a pandemia permitir).

 

BENEFÍCIOS

Contratação PJ
Início em Junho de 2022
Tipo de trabalho – Híbrido (remoto e presencial)
Combinação de presencial e remoto, com disponibilidade para viajar sempre que a pandemia permitir.

LOCALIZAÇÃO

Localização: São Paulo – SP (próximo à estação Pinheiros do metrô e trem)

 

INSCRIÇÕES

Essa oportunidade está disponível em nossa página da 99 Jobs, inscreva-se até 14 de maio.

 

IDIS – INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO INVESTIMENTO SOCIAL

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a cocriação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

 

 

O ‘S’ do ESG brasileiro não irá evoluir sem dialogar com a sociedade civil organizada

Por Renato Rebelo, diretor de Projetos do IDIS

Nota-se nesse assunto uma certa dificuldade de tornar materiais ações e medidas para que o ‘social’ se fortaleça na cultura de empresas e seja, enfim, perene na sociedade. Conheça uma possível solução

A B3 (Bolsa de Valores no Brasil) anunciou no ano passado que passaria a ter novas regras para o seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). As mudanças do ranking partiram principalmente de uma pressão por parte de investidores para que as empresas avaliadas passassem a estar cada vez mais atentas a ações “ESG” (em português, ações “ambientais, sociais e de governança”).

Outra novidade, foi que a B3 passou a publicar abertamente as notas das organizações participantes do índice. E assim aconteceu no final de janeiro deste ano, quando a bolsa divulgou a lista completa com notas gerais e por dimensões – capital humano; governança corporativa e alta gestão; modelo de negócio e inovação; capital social e meio ambiente – das 73 empresas avaliadas.

Entre as 10 primeiras colocadas, a dimensão com menor média de avaliação foi a de capital humano, que averigua questões como diversidade e direitos trabalhistas por exemplo; seguido pelo índice de capital social, responsável por tópicos como investimento social privado e relações com a comunidade. Ambos representando, não apenas, mas essencialmente o “S” dentro de “ESG”.

Nota-se nesse assunto uma certa dificuldade de tornar materiais ações e medidas para que o “S” se fortaleça na cultura de empresas e seja, enfim, perene na sociedade. Uma pesquisa da BNP Paribas (ESG Global 2021) revelou que 51% dos investidores consultados consideraram o “S” o mais difícil de analisar e incorporar às estratégias de investimento. Outra análise, feita pela Global Reporting Initiative (GRI) em parceria com o Deutsche Bank, mostra que apenas 14% das classificações “sociais” compiladas pela GRI são direcionadas a investidores. Em contraste, 97% das classificações ambientais e 80% das classificações de governança têm investidores como seu público principal.

O que as empresas brasileiras deveriam fazer, então, para evoluir na pauta social em suas práticas ESG?

A resposta não é simples, e tampouco é única. Entre os caminhos, há na agenda ESG uma grande oportunidade para repensar a maneira como as empresas dialogam, planejam e alocam o seu investimento social levando em conta sua capacidade de promover transformações sociais atreladas ao alinhamento com o negócio.

O que acontece é que nem sempre as empresas possuem em suas políticas os recursos necessários para lidar com pautas do “S”. E quando elas não suprem lacunas como essa – e o governo também não, é ali onde estão atuantes as organizações da sociedade civil (OSCs). Neste contexto, as empresas devem envolver mais as OSCs em suas iniciativas e, mais do que isso, aprender com elas. Devem colaborar para o desenvolvimento de projetos, manutenção das instituições e criar linhas de investimento direto, uma vez que as OSCs podem ter mais influência e capacidade de execução e transformação junto aos beneficiários do que as empresas.

Por exemplo, no Brasil vemos com nitidez que nos momentos mais difíceis os problemas se concentram nas populações mais vulneráveis, seja na precariedade do sistema ou na falta de trabalho e renda. Ao mesmo tempo, são também nesses atores onde encontramos as chaves para as soluções. Lição disso são as mobilizações gigantescas conduzidas por líderes comunitários em momentos emergenciais, como as realizadas pela CUFA (Central Única de Favelas) que garantem desde necessidades básicas como alimento até fomento ao empreendedorismo nas favelas em todo o país.

Esse é um ponto que não pode mais ser invisível. O Censo GIFE 2020 registrou, inclusive, um crescimento de 11 pontos percentuais na quantidade de investidores sociais focados no ‘fortalecimento da sociedade civil’ em relação ao levantamento de 2018. Ao invés de criar projetos novos e internos à empresa, por que não fortalecer e amadurecer cada vez mais organizações que já estão há anos trabalhando e pensando nessas mais variadas questões?

Este artigo foi publicado originalmente pelo Valor Econômico no dia 02/05.

IDIS promove Seminário ESG com foco para o debate da pauta Social

A agenda ESG está na pauta do dia, com um olhar atento da sociedade e cada vez mais empresas e investidores se mobilizando em torno dela. Os agentes do mercado, entretanto, expressam dificuldades em interpretar e compreender os relatórios e indicadores que dizem respeito ao pilar ‘Social’.

De acordo com um estudo realizado pelo BNP Paribas, por exemplo, 51% dos investidores consideraram o ‘S’ o mais difícil de analisar e incorporar às estratégias de investimento.

Pensando nisso, o IDIS – Instituto do Desenvolvimento do Investimento Social promove em 22 de junho, quarta-feira, das 9h às 12h15,  um seminário para debater e aprofundar o assunto. O evento tem como parceiros prata Gerdau e Santander e parceiros bronze Ambev, Bradesco Private Bank e Instituto Órizon.

Na agenda, 4 painéis:

  • ISP e ESG: alinhamento de objetivos de negócio com a agenda social
  • Parâmetros e Indicadores ‘S’: Materialidade, Mensuração e Integração
  • Protocolo ESG Brasileiro: Pacto de Promoção da Equidade Racial
  • Finanças híbridas e ESG

Clique aqui e acesse todas as informações sobre o evento

Brasil, um país cada vez mais voluntário

Por Luisa Gerbase de Lima, Gerente de Comunicação no IDIS

Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 traz cenário positivo
e aponta caminhos para evolução por meio da participação de empresas

A Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 traz excelentes notícias. Em apenas duas décadas, o número de pessoas que já praticou alguma atividade voluntária em algum momento de sua vida mais que triplicou, passando de 18% para 56% da população. O número de voluntários ativos também é notável – mais de um terço da população (34%). Em outras palavras, são 57 milhões de brasileiros e brasileiras que doaram, em 2021, seu tempo, talento e energia em prol de uma causa em que acreditam e fizeram a diferença na vida dos beneficiados pela ação. E por que fazem? A grande motivação foi a solidariedade, indicada por 74% dos voluntários.

Vibramos com os números, mas não podemos dizer que são surpreendentes – vão ao encontro de achados de outras pesquisas que mostram o fortalecimento da Cultura de Doação e do voluntariado. No World Giving Index 2021, estudo global da britânica Charities Aid Foundation (CAF), promovido pelo IDIS, o Brasil ficou em 54º lugar entre 114 nações. Este ranking de solidariedade contempla atitudes como doação de dinheiro, ajuda a estranhos e voluntariado e, em termos absolutos, subimos 14 posições em relação a 2018 e 20 posições em comparação à média dos 10 anos anteriores.

Outro levantamento, a Pesquisa Doação Brasil 2020, realizada pelo IDIS e com foco em doação individual de dinheiro a causas, mostra que, apesar da queda nos índices de doação, há uma tendência de amadurecimento da sociedade – mais de 80% dos entrevistados concordam que o ato de doar faz diferença e, entre os não doadores, essa concordância atinge 75%. O conceito de que a doação faz bem para o doador também cresceu significativamente entre 2015 e 2020, de 81% para 91% da população, atingindo uma maioria quase absoluta. Mais um aspecto positivo é que está perdendo força a ideia de que o doador não deve falar que faz doações. Em 2015, a afirmação contava com a concordância de 84% da população e, em 2020, o percentual caiu para 69%. Este é um ponto especialmente importante porque o falar sobre doações estimula sua prática, traz inspiração, esclarece temores e desperta o interesse em outras pessoas.

É neste contexto que o voluntariado se desenvolve no Brasil e nota-se que, apesar de a pandemia e o isolamento social terem abalado estruturas, exigindo rápidas readequações, fomos capazes de enfrentar estes desafios – 47% dos voluntários passaram a se dedicar mais, e 21% começaram a fazer atividades voluntárias online como apoio psicológico e ações ligadas à educação.

Tais avanços não são, de forma alguma, espontâneos. São fruto de trabalho e investimento de inúmeras organizações e indivíduos. Estudos e pesquisas geraram dados e reflexões; a prática nos permitiu aprender com as experiências exitosas e, também, com os erros; o aprimoramento do ambiente regulatório trouxe bases mais sólidas e a tecnologia nos permitiu ultrapassar barreiras e contribuiu para conectarmos pessoas e saberes.

A Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 traz um retrato de onde estamos, indica pontos de atenção e possíveis caminhos para seguirmos evoluindo. Manter o crescimento do número de voluntários é sempre desejável, mas o grande desafio é transformar essa tendência em uma prática rotineira – temos 34% de brasileiros voluntários atualmente, mas apenas cerca um terço deles fazem isso regularmente, com frequência definida. A resposta para essa transformação está em um outro número – apenas 15% dos voluntários dizem participar de programas empresariais, indicativo de potencial enorme que pode ser explorado.

Quando unimos o investimento social corporativo com os anseios individuais, encontramos um campo fértil para ações solidárias de empresas junto ao seu público interno e aí moram os programas de voluntariado corporativo. Os resultados possíveis dessa união são muitos, indo além do impacto social gerado e da criação de uma rotina de atuação. Melhoria do clima organizacional, aumento do sentimento de pertencimento, oportunidade de desenvolvimento de competências, fortalecimento de laços entre colaboradores, aprofundamento do relacionamento com a comunidade da empresa, contribuição à estratégia de impacto e investimento social privado corporativo, atração de talentos e contribuição à reputação da marca junto a outros stakeholders são alguns dos benefícios de ações solidárias envolvendo os colaboradores. Tais programas integram também a agenda ESG (sigla para Environmental, Social and Governance, no português, Ambiental, Social e Governança), cada vez mais considerada nas tomadas de decisão de investidores. Ao promover programas de voluntariado corporativo, todos ganham.

A generosidade no mundo aumentou, em especial nas economias com pessoas em situação de maior vulnerabilidade. Este movimento de cuidar do próximo e realizar doações, seja de tempo ou de recursos, precisa continuar para enfrentarmos os efeitos perversos da pandemia e acelerar a melhoria do bem-estar de quem mais precisa. Estamos indo na direção certa e vamos avançar.

A Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 foi elaborada e coordenada por Silvia Naccache, com apoio dos consultores Kelly Alves do Carmo e Felipe Pimenta de Souza. Sua viabilização teve o suporte de organizações que acreditam na importância do avanço do voluntariado no Brasil e participam dessa rede de apoiadores, Ambev, Bradesco, Fundação Itaú Social, Fundação Telefônica Vivo, Raízen, Sabesp, Sicoob e Suzano. IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – e Instituto Datafolha assinam a realização.

Acesse os resultados completos da pesquisa

O Brasil conta com 57 milhões de voluntários ativos, segundo Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021

Representados nos mais diversos segmentos, desde organizações educacionais a instituições que atuam em causas emergenciais humanitárias, eles coordenam campanhas de distribuição de alimentos, resgatam animais, contribuem para mobilizações ligadas à saúde, compartilham seus conhecimentos. Os voluntários doam seu tempo, energia e talento em prol de causas em que acreditam. São essenciais para que organizações da sociedade civil atinjam suas missões e, durante a pandemia, fizeram a diferença e impactaram positivamente a vida de milhares de pessoas.

Qual o perfil do voluntário no Brasil? Em quais atividades atuam? Como a pandemia realmente influenciou a atuação dessas pessoas? Quais as causas que mais recebem atenção do trabalho voluntário? São essas questões que a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 procurou responder. Em sua terceira edição, os achados apontam resultados positivos: 56% da população adulta diz fazer ou já ter feito alguma atividade voluntária na vida. Em 2011, esse número representava 25% da população e, em 2001, apenas 18%. Chama atenção também o número de voluntários ativos no momento da pesquisa – 34% dos entrevistados, o que representa cerca de 57 milhões de brasileiros comprometidos com atividades voluntárias.

Tanto a quantidade de pessoas envolvidas com o voluntariado aumentou, quanto as horas dedicadas à atividade. Se a quantidade média de dedicação por pessoa era de 5 horas mensais em 2011, a pesquisa de 2021 aponta a média de 18 horas mensais. Assim, cada voluntário brasileiro contribuiu, em média, por mês, o equivalente a 12 partidas de futebol inteiras. “Acompanho de perto a evolução do voluntariado no país nas últimas décadas, quando foi realizada uma pesquisa pioneira em 2001, Ano Internacional do Voluntário e, dez anos depois, na comemoração da Década do Voluntariado. A pesquisa 2021 confirma a valorização da atividade, com um salto para mais da metade da população brasileira já tendo praticado o serviço voluntário”, comenta Silvia Naccache, coordenadora do projeto em 2021 e que participou das edições anteriores.

Públicos da ação voluntária | Pesquisa Voluntariado

Destacou-se também o aumento da atenção dada a alguns públicos beneficiados pela atividade voluntária. Tiveram forte crescimento em 2021 famílias e comunidades, de 12% em 2011 para 35% em 2021, e pessoas em situação de rua, com um aumento de 20 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Além disso, a pesquisa mostra a valorização da causa animal, de 1% em 2011 para 9% em 2021, e de pessoas com deficiência, de 3% para 9%.

A pesquisa 2021 é um retrato da última década de atuação voluntária no Brasil, com destaque para avanços do voluntariado empresarial, os megaeventos realizados no país, como a Copa do Mundo, em 2014, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em 2016, e o impacto da pandemia”, avalia Felipe Pimenta, consultor da Pesquisa 2021. Em relação à pandemia, mesmo com o isolamento social, 47% dos voluntários passaram a praticar mais o voluntariado, tendo como atividade mais comum a distribuição de recursos (61%). No período, 21% passaram a fazer atividades voluntárias online, sendo as mais comuns as atividades de apoio psicológico e de educação.

Ao serem questionados sobre a satisfação com a atividade realizada, a nota média atribuída pelos voluntários foi de 9,1, de um total de 10. A motivação para a realização de uma atividade voluntária também ganhou contornos melhor definidos na última década. Solidariedade ainda é a palavra que melhor a descreve, passando de 67% para 74%. Nesta linha, a pesquisa também mostra que além de doar tempo, os voluntários têm o hábito de contribuir de outras formas:  95% também doam bens, como alimentos, roupas ou brinquedos, e 50% declaram também doar dinheiro para causas e organizações. Para Luisa Lima, Gerente de Comunicação do IDIS, “esses comportamentos refletem o fortalecimento da cultura de doação no Brasil. As pessoas estão cada vez mais cientes sobre as formas que têm à disposição para contribuir às causas em que acreditam”.  

Um ponto de atenção, porém, vem da porcentagem de voluntários que têm conhecimento sobre a Lei do Serviço Voluntário (Lei n° 9.608), que regulariza a atividade no país. 55% dizem não conhecer a Lei e 81% nunca assinaram nenhum Termo de Adesão ao Serviço Voluntário. “A formalização do vínculo é importante para as organizações e para os voluntários. O desconhecimento sobre a legislação do voluntariado no Brasil aponta o potencial de ação para organizações que fomentam a atividade” comenta Kelly do Carmo, consultora da pesquisa 2021.  

Outros achados da pesquisa

  • Não há diferença significativa em relação ao gênero dos voluntários: 51% feminino, 48% masculino e 1% declarou outras respostas. A pesquisa revelou que 40% dos voluntários se encaixam na faixa etária entre 30 e 49 anos; em relação à escolaridade, 50% detêm o ensino médio completo / superior incompleto; e a renda familiar mensal de 39% dos respondentes é de até 2 salários mínimos.
  • Em relação aos brasileiros que realizam alguma atividade voluntária atualmente (34% da população), 12% afirmam fazer as atividades com frequência definida; enquanto 22% realizam sem frequência definida.  
  • 15% dos voluntários realizam atividades ligadas a programas de voluntariado empresarial e dedicam, em média, 21,5 horas por mês.
  • 70% dos respondentes não conhecem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Organização das Nações Unidades (ONU), que compreendem os alicerces da Agenda 2030 para combater a pobreza, melhorar a educação, promover práticas ambientalmente sustentáveis, entre outras. O índice de conhecimento cresce conforme aumenta o grau de instrução e a renda familiar mensal do entrevistado.
  • 49% concordam que os grandes eventos realizados na última década, como a Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Visita do Papa etc., contribuíram para aumentar o engajamento dos brasileiros no trabalho voluntário. 

Sobre a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021

A pesquisa foi elaborada e coordenada por Silvia Naccache, com apoio dos consultores Kelly Alves do Carmo e Felipe Pimenta de Souza. Sua viabilização teve o suporte de organizações que acreditam na importância do avanço do voluntariado no Brasil e participam dessa rede de apoiadores, Ambev, Bradesco, Fundação Itaú Social, Fundação Telefônica Vivo, Raízen, Sabesp, Sicoob e Suzano. IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – e Instituto Datafolha assinam a realização. Os resultados completos estão disponíveis em www.pesquisavoluntariado.org.br.

Metodologia

A Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 foi conduzida pelo Instituto Datafolha e compreendeu etapas quantitativas e qualitativas como descrito a seguir. 

Pesquisas quantitativas: possuem o objetivo de identificar o perfil dos voluntários e dos não voluntários no Brasil:  

1. Entrevistas pessoais e individuais, com pessoas de 16 anos ou mais que fazem ou não atividades voluntárias, realizadas em pontos de fluxo populacional de abrangência nacional.  (2.086 pessoas, a margem de erro máxima para o total das amostras é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%). 

2. Entrevistas pessoais, individuais e específicas com voluntários – pessoas que fazem ou já fizeram alguma atividade voluntária, com 16 anos ou mais, realizadas em pontos de fluxo populacional, distribuídos em oito capitais brasileiras: Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. (1.556 voluntários, a margem de erro máxima para o total das amostras é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%). 

Pesquisas qualitativas: são exploratórias, possuem o objetivo de investigar em profundidade os aspectos comportamentais, opiniões, captar informações e obter uma análise profunda e detalhada sobre as percepções de voluntários, de especialistas e interessados no tema:

1. Entrevistas e conversas online em grupo (Grupos Focais), com pessoas que praticam trabalho voluntário no mínimo uma vez a cada 15 dias, desde antes da pandemia, de três capitais representativas de regiões distintas: Porto Alegre, Recife e São Paulo. 

2. Entrevistas online individuais em profundidade sobre voluntariado com oito formadores de opinião, diversificados por tipo de atuação e regiões do Brasil. 

OBS: Embora o planejamento da pesquisa tenha sido feito ao longo de 2021, em razão da pandemia e problemas decorrentes, as pesquisas quantitativas aconteceram entre o final de 2021 e o início de 2022.

 

Acesse o conteúdo da pesquisa na íntegra: 

Captcha obrigatório

Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas será permanente

O Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências Contra Mulheres e Meninas, iniciativa da Avon em conjunto com a Rede Accor de hotéis, com o apoio do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), deixará de ser emergencial para se tornar permanente. Criado em 2020 em meio ao aumento de casos devido ao isolamento social consequência da pandemia de Covid-19. Ao todo, já foram atendidas mais de 6.400 mulheres pelo serviço de apoio.

Para realizar esta migração, o IDIS promoveu um workshop junto do Instituto Avon, da Accor, da Natura, e do Bem Querer Mulher, que foi o primeiro passo para tornar o Fundo Emergencial de Investimento Social Privado para enfrentar Violências contra Meninas e Mulheres em um Fundo Permanente. Utilizando uma metodologia de mapeamento sistêmico de violências contra mulheres criado pela Rights 4 Change, com patrocínio do Ministério de Relações Exteriores da Holanda, foi realizado um levantamento dos pontos positivos e negativos da política de enfrentamento à violência contra mulheres e meninas no Brasil. Este foi o primeiro passo para auxiliar o Fundo a definir suas novas prioridades de atuação.

 

Equipe do IDIS, Instituto Avon, Accor e Bem Querer Mulher em workshop realizado em abril de 2022.

 

HISTÓRIA DO FUNDO

Em 2020, em meio à pandemia da Covid-19 houve o agravamento dos casos de violência contra mulheres e meninas, o que motivou o Instituto Avon, em parceria com a Accor, a instituir o Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas. O IDIS é gestor programático e se envolveu na definição de diretrizes estratégicas, governança e metas do fundo e no estabelecimento de suas linhas de atuação, características e critérios para as doações e processo de seleção dos beneficiários.

 

NÚMEROS DO FUNDO

Em 2021, o valor total investido foi de R$ 833.855,00 para realizar o abrigamento temporário de mulheres e seus filhos em sete casas de passagens distribuídas em seis estados brasileiros. Esse valor possibilitou a melhoria das acomodações e a criação de 430 vagas de acolhimento. Ao todo, 6.491 mulheres foram atendidas pelos serviços de apoio, enquanto 3.527 foram acolhidas.

Já o Programa Acolhe, plataforma de serviços integralmente financiada pelo Fundo para promover a parceria entre os setores público e privado para abrigamento e capacitação dessas mulheres, realizou o treinamento e a implementação do projeto com mais de 600 gestores e técnicos da rede de acolhimento, em mais de 100 municípios habilitados e ofereceu 960 diárias para mulheres em vulnerabilidade. Além de acolher e encaminhar as mulheres para atendimentos jurídico e apoio psicológico, o projeto também oferece ferramentas para que essas mulheres possam mudar seu futuro e de suas famílias com a capacitação profissional.

Outro pilar de atuação do Programa Acolhe é a segurança alimentar que tem por finalidade reduzir a vulnerabilidade socioeconômica extrema com a qual convivem. Nesta frente, 210 cartões de auxílio-alimentação foram distribuídos com investimento de R$126.000,00.

Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon, explica que a iniciativa do setor privado também tem foco no fortalecimento das políticas públicas. “Ao colaborarmos para a melhoria de casas de passagens, acolhimento, atendimento e capacitação, incentivamos e fortalecemos o engajamento do setor público para ampliar os serviços oferecidos para a proteção de mulheres e meninas que se encontram em situação de violência. Garantir a sua saúde e segurança é um dos principais pilares da atuação do Instituto Avon, por isso, em 2022 vamos continuar movimentando e engajando o setor privado para ampliar o acesso das mulheres que precisam de apoio e que estão ainda mais vulneráveis durante a pandemia”, afirma.

 

 

Sobre o Instituto Avon

O Instituto Avon é uma organização não-governamental que se dedica a salvar vidas por meio de ações e iniciativas em prol da detecção precoce do câncer de mama e do enfrentamento das violências contra as mulheres e meninas no Brasil. Desde 2003, tem como missão fortalecer a saúde, a proteção e o empoderamento da mulher. Para isso, conta com a parceria de instituições da sociedade civil, do setor privado e do poder público, atuando na produção de conhecimento, articulação e desenvolvimento de projetos e no apoio de iniciativas de impacto transformador e que busquem o engajamento de todos os setores da sociedade para o avanço das causas. Como braço de investimento social da Avon, empresa privada que investiu mais de R$ 170 milhões em ações sociais voltadas às mulheres no Brasil, o Instituto já apoiou a realização de mais de 350 projetos e ações, beneficiando mais de 6 milhões de mulheres em todo o País.

 

Sobre a Accor

A Accor é um Grupo líder global em hospitalidade, composto por mais de 5,200 propriedades e mais de 10,000 locais de comidas e bebidas 110 países. O grupo tem um dos ecossistemas de hospitalidade mais diversificados e totalmente integrados da indústria, abrangendo mais de 40 marcas de hotéis de luxo, premium, midscale e econômico, conceitos de estilo de vida exclusivos; locais de entretenimento e vida noturna; restaurantes e bares; residências privadas de marca; propriedades de acomodação compartilhada; serviços de concierge; espaços de co-working e muito mais. A Accor possui uma incomparável posição na categoria de lifestyle – uma das categorias de crescimento mais rápido na indústria – liderada pela Ennismore, uma empresa de hospitalidade criativa com um portfólio global de marcas empreendedoras e fundadas com propósito em seu coração.

A Accor também possui um portfólio extenso de marcas distintas e aproximadamente 260.000 membros de equipe em todo o mundo. Mais de 68 milhões de membros se beneficiam do abrangente programa de fidelidade da empresa ALL – Accor Live Limitless – um companheiro de estilo de vida diário que oferece acesso a uma ampla variedade de recompensas, serviços e experiências. Por meio das iniciativas Planeta 21 – Acting Here, Accor Solidarity, RiiSE e ALL Heartist Fund, o grupo está focado em impulsionar ações positivas por meio da ética nos negócios, turismo responsável, sustentabilidade ambiental, engajamento comunitário, diversidade e inclusão.

Fundada em 1967, a Accor SA está sediada na França e listada publicamente na Bolsa de Valores Euronext Paris Stock Exchange (código ISIN: FR0000120404) e no Mercado OTC (Ticker: ACCYY) nos Estados Unidos. Para obter mais informações, visite o site ou siga a Accor no TwitterFacebookLinkedIn e Instagram.

Filantropia no mundo cresceu moderada e desigualmente, mostra estudo

A nova edição do Global Philanthropy Environment Index, realizado pela Lilly Family School of Philanthropy, ligada à Universidade da Indiana (EUA), revela que a filantropia ao redor do mundo, entre 2018 e 2020, evoluiu de forma moderada e desigual. O índice contém dados e ferramentas que contribuem para a promoção da filantropia em nível global.

A partir de dados dos 91 países que participam do estudo, pode ser observado que um sistema regulatório eficiente, colaboração estatal, tradição filantrópica, e valores sociais são essenciais para nutrir a filantropia.

Por meio de entrevistas com mais de 100 especialistas ao redor do globo, entre eles, Paula Fabiani, CEO do IDIS, o estudo analisa a filantropia por meio de seis fatores:

  • Facilidade de operação da organização filantrópica
  • Incentivos fiscais
  • Doações internacionais (Cross-border giving)
  • Cenário político
  • Cenário econômico
  • Ambiente sociocultural

 

Baixe aqui o Global Philanthropy Environment Index 2022. 

 

Com base nos fatores, é possível comparar a evolução de cada um deles em relação à região e também ao fator global. A América Latina fica abaixo da média global em todos eles. (Confira aqui o relatório regional específico da América Latina)

Confira alguns destaques:

CRESCIMENTO DA FILANTROPIA

Cerca de 62% dos países participantes tiveram um crescimento nos setor filantrópico entre o período do estudo. Já o restante desses países, relataram uma diminuição do espaço para a filantropia devido à instabilidade política, campanhas contra direitos humanos e restrições de doações internacionais.

DOAÇÕES ENTRE PAÍSES

No que se trata de doações entre países, mais de um terço dos 91 países comentam ter um ambiente pouco favorável para este tipo de transação. Este foi um fatores que mais caiu em relação à última edição. Neste indicador, a América Latina possui a penúltima pontuação, somente atrás do Oriente Médio e Norte da África.

O FUTURO DA FILANTROPIA

Com olhares para o futuro, o estudo levou em consideração também os efeitos da Covid-19 e os especialistas ouvidos acreditam que a tecnologia e novas formas de doar vieram para ficar.

Um outro ponto é a formalização e institucionalização da filantropia ao redor do mundo. Devido ao cenário mundial, o fortalecimento da colaboração entre os diferentes setores e a conscientização sobre o trabalho de organizações da sociedade civil serão indispensáveis daqui em diante. “A filantropia é e permanecerá presente em todos os locais”, pontua o relatório, destacando a participação essencial da filantropia na resposta à emergências, como a da pandemia da Covid-19.

 

Baixe aqui o Global Philanthropy Environment Index 2022. 

IDIS visita organizações do programa Transformando Territórios

A equipe do IDIS realizou uma série de visitas às organizações participantes do programa Transformando Territórios, que existe para o fortalecimento de institutos e fundações comunitárias no Brasil.

O propósito dos encontros foi de conhecer mais profundamente as organizações e líderes participantes do Programa Transformando Territórios e apoia-los no desenvolvimento das suas atividades como fundações e institutos comunitários brasileiros.

 

Iniciando as visitas no Rio de Janeiro, Felipe Insunza Groba, gerente de projetos do IDIS, e Whilla Castelhano, coordenadora do projeto, visitaram a Associação Redes da Maré. Durante o encontro tiveram a oportunidade de visitar alguns dos equipamentos que compõe a ação da Redes no conjunto de favelas da Maré junto de Gisele Ribeiro, Presidente da organização.  E tiveram oportunidade de conhecer os planos  para o Fundo Comunitário da Maré que terá como foco de apoiar o desenvolvimento de outros líderes e iniciativas sociais na região.

Equipe do IDIS junto da equipe da Redes da Maré

 

Ainda na zona metropolitana do Rio de Janeiro, a Redes do Bem, braço de instituto comunitário da Agência do Bem, foi a outra organização que foi visitada. Esta entidade surgiu a partir de um processo de formação para organizações sociais oferecido pela Redes do Bem. Na mesma região da zona oeste do Rio de Janeiro, em Vargem Grande, Escola Música e Cidadania que forma centenas de jovens através da música clássica e cidadania. A Redes do Bem tem o papel de fomentar a capacitação, formação e financiamento de projetos sociais na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Nesta visita, tivemos a oportunidade de conhecer o impacto das ações de formação e capacitação que a Redes do Bem promove para o terceiro setor carioca ao visitar o Instituto Territórios que está promovendo ações educativas transformadoras na região de Sepetiba, na Zona Oeste da capital carioca.

A última parada no Rio de Janeiro foi a visita ao polo Escola Música e Cidadania em Vargem Grande, projeto social liderado pela Agência do Bem em diversas regiões da região metropolitana carioca.

Equipe IDIS visita organização apoiada pela Redes do Bem.

Equipe IDIS visita organização apoiada pela Redes do Bem.

 

Mudando de estado, no Espírito Santo, foi a vez da FUNDAES – Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo receber a equipe do IDIS para conhecer mais sobre o Fundo de Investimento Comunitário Capixaba, o FIC, que está sendo promovido pela FUNDAES com o objetivo de promover e financiar projetos sociais e OSCs que operem no estado do Espírito Santo.

Nesta visita também tivemos a oportunidade de visitar o Banco Bem, banco comunitário que atende as comunidades dos morros do bairro Itararé, em Vitória, e que foi criado pelo Ateliê de Ideias, associada da FUNDAES. Também foi possível conhecer outras 3 organizações sociais apoiadas pela FUNDAES na promoção e desenvolvimento social no Estado. A FUNDAES está desenvolvendo o FIC – Fundo de Investimento Comunitário Capixaba que visa promover e financiar projetos sociais e OSCs que operem no estado do Espírito Santo.

 

 

Conheça mais sobre o programa neste vídeo:

 

Sobre o Transformando Territórios

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

IDIS inicia retoma de atividades presenciais no escritório

Começamos abril realizando algo incrível, reunimos, na sede do IDIS em São Paulo, toda a equipe do IDIS para celebrar o Dia Internacional da Diversão do Trabalho. O evento é promovido anualmente pela Charities Aid Foundation, da qual o IDIS é representante no Brasil, para fornecer um momento de reflexão e desconcentração no trabalho.

Para participarmos desse movimento global junto da rede CAF International, Raquel Altemani, gerente de projetos do IDIS, preparou atividades para toda a equipe.

Esta foi a 1ª vez, desde de março de 2020, que toda a equipe do IDIS esteve no escritório, que passou por reformas durante a pandemia. Algumas pessoas ainda não se conheciam devido ao período de trabalho integralmente remoto.

Para celebrar o momento, assistimos a um concerto do Quarteto Aurora, que participou do Núcleo de Desenvolvimento de Carreira da EMESP – Escola de Musica do Estado de Sao Paulo – Tom Jobim. Além disso, Raquel facilitou uma atividade de autoconhecimento.

O encontro também marca a retomada de atividades presenciais, que tende a ser mais frequente devido ao baixo números de casos de Covid-19 na capital paulista. Durante o concerto e também atividades realizadas em espaços fechados foi recomendado o uso de máscara como forma de prevenção ao coronavírus.

Advocacy presencial pelos fundos patrimoniais é retomado em Brasília

Após mais de dois anos com viagens paralisadas devido à pandemia da Covid-19, o advocacy da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos retomou as atividades presenciais em Brasília no início de abril de 2022. Desde então, a temática de fundos patrimoniais evoluiu e as conversas e tratativas, antes somente virtuais, puderam ser resgatadas de forma presencial.

Veja alguns dos destaques da visita a Brasília:

Projeto de Lei 158/17 – incentivos fiscais para fundos patrimoniais

Com a votação pelo Projeto de Lei 158/17, que trata sobre incentivos fiscais para fundos patrimoniais, em tramitação no Senado Federal, a equipe do IDIS buscou mobilizar os legisladores para a importância da aprovação dessa matéria.

No momento, o PLC está na Comissão de Educação do Senado Federal, em que será discutido em audiência pública ainda sem data definida.

(Esquerda à direita) Guilherme Sylos, Paula Fabiani, Senador Marcelo Castro, Priscila Pasqualin, Felipe Sigollo e Luana Polónia.

Ao encontrar com diversos senadores participantes da Comissão de Educação, Paula Fabiani e Guilherme Sylos, ambos do IDIS, Priscila Pasqualin, do PLKC Advogados, e Luana Polónia, do Mattos Filho Advogados, entregaram um parecer jurídico sobre o tema, além de uma carta aberta em apoio ao PL assinada pela Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, que conta com mais de 80 participantes até o momento.

Conheça mais sobre o projeto e vote sim para apoiar a aprovação desse PL na consulta pública do Senado Federal.

 

Conversa com Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (mcti)

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações é um apoiador da temática de fundos patrimoniais, tendo colaborado para difundir esse tipo de sustentabilidade financeira para organizações. Para falar sobre as possibilidades de alavancarmos ainda mais essa pauta em projetos com a participação do MCTI, nos reunimos com Marcelo Meirelles (Secretário de Estruturas Financeira e de Projetos no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) e Carlos Alberto Fernandes (Diretor do Departamento de Estruturas para Viabilização Financeira e Projetos).

 

Lançamento do Panorama dos Fundos Patrimoniais no Brasil

Após São Paulo, a publicação que traz um levantamento inédito dos fundos patrimoniais brasileiros também foi lançada em Brasília no Auditório do Centro Cooperativo Sicoob. Baixe aqui a publicação.

Publicação “Panorama dos Fundos Patrimoniais”

 

Coalizão pelos Fundos Filantrópicos no Brasil

Este é um grupo multisetorial, liderado pelo IDIS, que busca um ambiente mais favorável para fundos patrimoniais no Brasil com a parceira Master do Itaú Asset Management e Santander; parceria plena de Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e Movimento Bem Maior. Em janeiro de 2019, o grupo conquistou a regulamentação do tema por meio da Lei 13.800/19, conhecida como Lei dos Fundos Patrimoniais, mas ainda segue ativa buscando o aprofundamento em questões mais específicas.

 

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Lançamento Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021: inscreva-se!

 

Assista à transmissão ao vivo do lançamento da Pesquisa Voluntariado no Brasil:

Serviço ou atividade voluntária é doar tempo e trabalho de maneira espontânea e sem remuneração para a comunidade, para projetos sociais, para programas assistenciais, para causas, para eventos e situações emergenciais. Pode ser individual, organizada por grupos ou por empresas.

De acordo com a Pesquisa Voluntariado no Brasil, em 2001, os voluntários representavam 18% da população adulta. Na celebração da Década do Voluntariado, em 2011, este número chegou a 25%.  Em sua terceira edição, a Pesquisa traz um retrato do tema, indica tendências e analisa as mudanças das duas últimas décadas.  Entre os achados, o engajamento em cada uma das cinco regiões, as causas favoritas, as motivações e o perfil do voluntário no Brasil em 2021. 

O lançamento desta edição acontece no dia 27 de abril, das 10h30 às 12h15, em formato online e aberto ao público em geral, mediante inscrição.

Para participar, faça aqui sua inscrição

A Pesquisa foi elaborada e coordenada por Silvia Naccache, com apoio dos consultores Kelly Alves do Carmo e Felipe Pimenta de Souza. Sua viabilização teve o suporte de organizações que acreditam na importância do avanço do voluntariado no Brasil, e participam dessa rede de apoiadores, Ambev, Bradesco, Fundação Itaú Social, Fundação Telefônica Vivo, Raízen, Sabesp, Sicoob e Suzano. IDIS e Datafolha assinam a realização.

Latimpacto promove sua primeira conferência internacional “Impact Minds: Standing together”

“Impact Minds: Standing Together” é a 1ª conferência promovida pela Latimpacto, que reunirá quem realizou projetos de transformação social na região da América Latina e em outros continentes. 

O evento será repleto de experiências que ajudarão você a se conectar com outros investidores sociais, formar parcerias e aprender novas práticas.

Acontecerá de 24 a 27 de abril, em Cartagena das Índias, Colômbia.

Paula Fabiani, CEO do IDIS, estará no evento contribuindo com sua experiência em avaliação de impacto de projetos socioambientais. 

“Colaboração é a chave para maximizar impacto social. É um prazer fazer parte dessa comunidade, compartilhar minha experiência liderando uma organização guarda-chuva para filantropia estratégica no Brasil, e aprender com os debates que vão ser abordados na conferência da Latimpacto.”

Saiba mais, inscreva-se e participe! Acesse: www.latimpacto.org/conferencia-anual

Em maio de 2021, o IDIS se tornou embaixador ativo da Latimpacto, apoiando a promoção do investimento para impacto mais estratégico no Brasil.

Veja mais colaborações do IDIS com a Latimpacto:

IDIS e Latimpacto trazem para o Brasil discussão sobre inovação social e investimento para impacto

Latimpacto oferece master class sobre Venture Philanthropy para equipe IDIS

Iniciativa Social Corporativa é tema de evento promovido pela Latimpacto junto ao IDIS

Festival ABCR 2022: Confira a participação do IDIS

O Festival ABCR 2022, a maior conferência de captação de recursos da América Latina, traz em sua décima quarta edição o tema “diálogos para a retomada”. 

O evento será realizado nos dias 27 e 28 de junho, em São Paulo e contará com mais de 50 palestras de 5 diferentes eixos temáticos: Gestão e Captação de Recursos, o papel do captador, inovação e redes de captação, comunicação e engajamento e, por fim, ferramentas e fontes de captação de recursos. 

As palestras “10 Respostas objetivas para dúvidas frequentes sobre fundos patrimoniais” e “Transformando Territórios: captando recursos junto à comunidade” serão conduzidas por especialistas membros da equipe IDIS. Confira:

Para responder dúvidas frequentes sobre fundos patrimoniais, Andrea Hanai, gerente de projetos do IDIS e Paula Gonçalo, analista de projetos do IDIS, conduzirão a sessão “10 Respostas objetivas para dúvidas frequentes sobre Fundos Patrimoniais”. Ambas possuem vasta experiência com projetos de fundos patrimoniais e recentemente, colaboraram com sua experiência e conhecimento para a publicação  Panorama dos Fundos Patrimoniais no Brasil

Para falar da captação de recursos para projetos comunitários, Whilla Castelhano, coordenadora de projetos do IDIS, irá participar da sessão “Transformando Territórios: Captando Recursos junto à comunidade”. Whilla lidera o programa Transformando Territórios, uma iniciativa do IDIS em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. 

Este é um evento pago e presencial. As inscrições podem ser feitas no site: festivalabcr.org.br/inscricoes/

Todos os protocolos de segurança serão respeitados durante o evento, com o distanciamento mínimo necessário e a obrigatoriedade de vacinação completa para os participantes.

Sobre a ABCR

A ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos, fundada em 1999, é uma associação civil sem fins lucrativos, que atua pela promoção da sustentabilidade do Terceiro Setor e pelo desenvolvimento da captação de recursos das organizações da sociedade civil. Atualmente nossa rede de associados é composta por mais de 400 membros em quase todos os Estados do país.

 

Edital da Água: 4ª edição recebe inscrições para desenvolvimento de projetos para gestão de recursos hídricos

O Instituto Mosaic selecionará 15 ações desenvolvidas por organizações da sociedade civil e instituições de ensino superior para receber investimentos de até R$ 45 mil

Em comemoração ao Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, o Instituto Mosaic, entidade social mantida pela Mosaic Fertilizantes, uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados, abre as inscrições para a quarta edição do Edital da Água, programa que seleciona e incentiva projetos que contribuam com boas práticas de gerenciamento de recursos hídricos e garantam maior disponibilidade de água de qualidade e saneamento para todos. O instituto beneficiará 15 projetos – com investimento de até R$ 45 mil cada – para desenvolvimento de suas atividades.

“Acreditamos que o incentivo a ideias que transformem a comunidade para aprimoramento da qualidade de vida das gerações futuras é primordial para o desenvolvimento humano. É uma grande satisfação poder promover e incentivar uma revolução positiva vinda de projetos de diferentes regiões do Brasil”, comenta Paulo Eduardo Batista, diretor de Performance Social da Mosaic Fertilizantes.

A oportunidade está aberta para propostas provenientes de 35 cidades (lista abaixo) e que sejam voltadas para desenvolvimento científico, pesquisa e teste de novas tecnologias para a boa gestão da água, bem como projetos que engajem e beneficiem diretamente comunidades, como iniciativas de recuperação de nascentes, instalação de sistemas de coleta de águas pluviais, implantação de sistemas tratamento e/ou reuso, limpeza e conservação de áreas preservação permanente, entre outros.

 

Serão priorizadas iniciativas de sucesso implementadas em edições anteriores e projetos que promovam a gestão sustentável da água em benefício de grupos minorizados ou vulnerabilizados, assim como os propostos por organizações lideradas por pessoas que pertençam a esses grupos, entre eles, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas negras, indígenas ou não brancas e comunidades tradicionais.

 

Com o intuito de atender aos demais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, essa edição do edital também irá selecionar iniciativas que trabalhem para: ODS 2 – acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; ODS 5 – alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; ODS 8 – promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos; ODS 13 – Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos; e ODS 14 – Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

 

“É gratificante para a CerVivo receber o carinho das pessoas e comunidades impactadas com os projetos realizados por meio do Edital da Água. Somos agradecidos pelas comunidades, escolas, empresas e pessoas que acreditaram em nós e aceitaram fazer parte do nosso trabalho. E firmamos o nosso compromisso em continuar fazendo a diferença em promover um mundo melhor”, afirma Lucimar Gonçalves, presidente da CerVivo.

 

O Edital da Água conta com o apoio técnico do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – IDIS, organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), fundada em 1999 com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto.

 

Inscrições Edital da Água 2022

Prazo: de 22 de março, Dia Mundial da Água, até as 18h de 24 de abril

Cidades: BAHIA (BA): Barreiras | Candeias; GOIÁS (GO): Anápolis | Catalão | Ouvidor | Rio Verde; MARANHÃO (MA): São Luís | Balsas; MATO GROSSO (MT): Rondonópolis | Sorriso; MATO GROSSO DO SUL (MS): Campo Grande; MINAS GERAIS (MG): Araxá | Alfenas | Conquista | Delta | Patos de Minas | Patrocínio | Sacramento | Tapira | Uberaba; PARANÁ (PR): Paranaguá; SANTA CATARINA (SC): São Francisco do Sul; SÃO PAULO (SP): Campinas | Cajati | Cubatão | Pariquera-açu | Registro | Jacupiranga | São Paulo; SERGIPE (SE): Barra dos Coqueiros | Capela | General Maynard | Japaratuba | Rosário do Catete; RIO GRANDE DO SUL (RS): Rio Grande

Processo: preencher o formulário de inscrição disponível em https://bit.ly/editalagua2022. 

a planilha de orçamento e cronograma do projeto, disponíveis em www.mosaicco.com.br; reunir os documentos obrigatórios e complementares; e enviar a documentação ao IDIS (editalagua2022@idis.org.br), efetivando a inscrição.

 

Sobre Mosaic Fertilizantes

Com a missão de ajudar o mundo a produzir os alimentos de que precisa, a Mosaic atua da mina ao campo. A empresa entrega cerca de 27,2 milhões de toneladas de fertilizantes ao ano para 40 países, sendo uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados. No Brasil, por meio da Mosaic Fertilizantes, opera na mineração, produção, importação, comercialização e distribuição de fertilizantes para aplicação em diversas culturas agrícolas, ingredientes para nutrição animal e produtos industriais. Presente em dez estados brasileiros e no Paraguai, a empresa promove ações que visam transformar a produtividade do campo, a realidade dos locais onde atua e a disponibilidade de alimentos no mundo. Para mais informações, visite www.mosaicco.com.br. Siga-nos no Facebook, Instagram e LinkedIn.

 

Instituto Mosaic: transformando a realidade dos territórios onde atuam

Fundado em 2008 e reestruturado em 2019, o Instituto Mosaic tem como objetivo promover o desenvolvimento mútuo e sustentável nas comunidades do nosso entorno. Com isso, buscamos o combate à desigualdade social e a criação de uma rede que promova o bem-estar, a educação de qualidade, a formação de pessoas e o fortalecimento de valores essenciais, como ética, colaboração e responsabilidade. Assim, é possível nutrir uma sociedade brasileira mais digna e justa.

 

Informações para a imprensa, favor contatar:

CDN | mosaic@cdn.com.br

 

 

 

 

 

 

 

BSB e RJ | Lançamento do ‘Panorama dos Fundos Patrimoniais no Brasil’

A aprovação da Lei que regulamentou os fundos patrimoniais no Brasil, em janeiro de 2019, provocou o interesse de filantropos, organizações da sociedade civil e até mesmo do governo. Em três anos, é possível perceber o efeito dessa mobilização e o amadu­recimento do campo.

Quantos novos fundos patrimoniais surgiram?

Qual o patrimônio deles?

Quais as causas mais beneficiadas?

Quais os principais desafios enfrentados pelos fundos patrimoniais no País?

Essas e muitas outras respostas estão no PANORAMA DOS FUNDOS PATRIMONIAIS NO BRASIL, publicação elaborada a partir de pesquisa junto aos principais protagonistas do setor e levantamento de informações diretamente com seus gestores.

Além de trazer uma fotografia clara e abrangente da força desse novo instrumento de sustentabilidade de causas e organizações e seu potencial para os setores sociais, ambientais e culturais, a publicação pretende ajudar aqueles que estão pensando em criar seus fundos patrimoniais e inspirar a criação de novos.

BRASÍLIA
6 de abril | 16h às 18h
Auditório do Centro Cooperativo Sicoob (SIG Quadra 6  Lote 2080 – Zona Industrial – Brasília – DF)
Inscreva-se gratuitamente: https://bit.ly/fundopatri_bsb

RIO DE JANEIRO
8 de abril | 9h às 11h
Museu do Amanhã (Praça Mauá, 1 – Centro, Rio de Janeiro – RJ)
Inscreva-se: https://bit.ly/fundopatri_rj

A publicação será distribuída gratuitamente.

 

 

Avaliação de Impacto: Saiba quais projetos acompanharemos em 2022

A  Avaliação de Impacto é, certamente, uma ferramenta de grande complexidade mas também muito importante e necessária para mensurar e avaliar a efetividade de projetos sociais.

Esta é uma tendência crescente entre organizações sociais, empresas e famílias que realizam projetos de impacto social, ela surge como grande aliada dos projetos sociais pois serve, não somente para validar a efetividade da ação, mas também como uma ferramenta de aprimoramento dos projetos. 

Sendo este um de nossos importantes pilares de atuação, já realizamos a avaliação de impacto para os mais diversos projetos sociais (confira na página de cases) e no ano de 2022 estaremos com as seguintes organizações:

ICE

O Instituto de Cidadania Empresarial – ICE é uma organização que tem como propósito reunir empresários e investidores em torno de inovações sociais para promover a inclusão social e a redução da pobreza no país. Em 2020, o IDIS apoiou a organização na avaliação do projeto Promoção do Ecossistema de Investimento e Negócios de Impacto Socioambiental no Brasil – veja o relatório. Neste ano, o IDIS oferecerá apoio técnico na revisão do modelo de Monitoramento e Avaliação do Programa Academia, projeto que visa o engajamento de professores e Instituições de Ensino Superior nas temáticas de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, abrangendo as áreas de pesquisa, docência e extensão e que está inserido no contexto do projeto desenvolvido em 2020.

Fundação Volkswagen

A Fundação Grupo Volkswagen, que há mais de 40 anos investe em ações de impacto social, com foco atual em mobilidade urbana e comunidades sustentáveis, e mobilidade social e inclusão, também é um de nossos clientes de Monitoramento e Avaliação. A organização entrou em contato com o IDIS interessada em desenvolver um projeto para fortalecimento da cultura avaliativa da organização e para estabelecer estratégias e métodos para aprimorar o acompanhamento das iniciativas atuais de seu portfólio de projetos e programas sociais.

Instituto Sicoob

O Instituto Sicoob tem o objetivo de difundir a cultura cooperativista e contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades. A organização desempenha programas e projetos dentro de três eixos: Cooperativismo e Empreendedorismo, Cidadania Financeira e Desenvolvimento Sustentável. Interessados em incluir a temática de Avaliação de Impacto Social no processo formativo de 2022 para as PDEs – Pessoas de Desenvolvimento Estratégico que atuam representando as iniciativas do Instituto Sicoob nas Cooperativas Centrais, a organização buscou o apoio técnico do IDIS para conduzir oficinas de aprendizagem sobre processos avaliativos de programas sociais.

 

O IDIS tem se posicionado como uma referência na área. No ano passado oferecemos o curso Avaliação de Impacto e SROI e também realizamos um evento aberto sobre como avaliar e monetizar impactos socioambientais, com a participação de clientes da Gerando Falcões e Fundação Sicredi que passaram por este processo. Confira:

 

Leia também: Avaliar o Impacto Social é também uma estratégia de Comunicação e Captação de Recursos

 

Avaliação de Impacto SROI

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre Avaliação de Impacto e SROI ou queira conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

#Conhecimento: Fundos Patrimoniais

Confira nossos conteúdos relacionados a Fundos Patrimoniais (ou endowments).

Acesse o site da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, uma coalizão formada por organizações e pessoas que apoiam a criação de Fundos Patrimoniais Filantrópicos no Brasil, organizada pelo IDIS com apoio jurídico da PLKC Advogados.

Monitor de fundos patrimoniais no brasil

Publicações

Artigos e notas técnicas

Artigo: O cenário macroeconômico em 2022 e as implicações para gestores de fundos patrimoniais

Artigo: Fundos Patrimoniais e o almoço grátis

Artigo: Não existe longo prazo sem Sustentabilidade

Artigo: Governança: elemento-chave para a gestão de Fundos Patrimoniais

Artigo: Uma nova fronteira para os endowments brasileiros

Artigo: Perspectivas para os Fundos Patrimoniais no Brasil

Nota técnica: Fundos Patrimoniais Filantrópicos

Artigo: Fortalecimento dos Fundos Patrimoniais | Valor Econômico

Artigo: Posicionamento da Receita Federal traz desestímulo para fundos patrimoniais

Artigo: Cultura em chamas: o que aprendemos três anos após o incêndio do Museu Nacional

Artigo: Fundos patrimoniais: desafios e benefícios da Lei 13.800/19

Cases

Advocacy Fundos Patrimoniais: Coalizão pelos Fundos Filantrópicos 

PODCASTS

Vídeos

 

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Legisladores, é hora de fomentar os fundos patrimoniais no Brasil!

Apesar de positiva e inovadora, a Lei dos Fundos Patrimoniais (nº 13.800/19) foi aprovada com vetos em relação a incentivos fiscais aos doadores de endowments (fundos patrimoniais) e não tratou dos aspectos tributários das organizações gestoras de fundos patrimoniais. O Projeto de Lei 158/2017, em tramitação na Comissão de Educação do Senado Federal, propõe mudar esse cenário.

A sua aprovação fomenta que fundos patrimoniais de instituições apoiadas, públicas ou privadas sem fins lucrativos, avancem na atração de recursos e na sustentabilidade financeira para realizar seus programas, projetos ou iniciativas em prol de causas de interesse público. O projeto propõe incentivos para todas as causas, ampliando o entendimento da atual legislação, que traz incentivos apenas para a área da cultura.

Harvard, Yale, Oxford e Cambridge, por exemplo, são apenas algumas universidades internacionais que possuem fundos patrimoniais já consolidados. Também conhecido como endowments, estas estruturas perpetuam grande quantidade de recursos para uma determinada causa, dado que somente os rendimentos são utilizados. Essa é uma estratégia de financiamento adotada por estas instituições para garantir recursos no longo prazo para pesquisa científica, bolsas de estudos, investimentos em inovação e outros.

No Brasil, Unicamp, Unesp e USP são algumas das instituições de ensino que também adotaram este modelo recentemente. O mesmo movimento é visto para beneficiar outros campos, como saúde ou direitos humanos, e também é uma alternativa para famílias de alta renda que desejam deixar um legado.

Como se sabe, os incentivos fiscais são importantes mecanismos para fomentar práticas e induzir comportamentos que possam gerar benefícios à coletividade, seja para a implementação de uma política pública, desenvolvimento de um setor ou de uma região. Estudos econômicos demonstram que a propensão a doar aumenta com os incentivos fiscais. Tendo em vista o contexto brasileiro envolvendo as doações às organizações da sociedade civil e a existência de uma cultura de doação ainda em desenvolvimento, deve-se priorizar a ampliação do uso de incentivos fiscais pelos doadores, como meio para o necessário financiamento de ações em prol da coletividade[1]. No PL 158/17, que está sendo avaliado pela Comissão de Educação do Senado Federal, prevê-se a ampliação do acesso a incentivos fiscais já presentes no ordenamento jurídico e subutilizados para fundos patrimoniais.

Estados Unidos, Inglaterra e Índia são países onde encontramos incentivos fiscais para doadores que contribuem com os endowments. Tal experiência internacional comprova que a existência de fundos patrimoniais aliado à concessão de incentivos fiscais aos doadores cria um ambiente fértil para o desenvolvimento destes fundos, além de estimular a cultura de doação dentro de um país. Não é à toa que no exterior existem endowments centenários e bilionários em sociedades que colhem frutos bem diferentes dos nossos, em especial nas áreas do ensino, da pesquisa e do desenvolvimento.

Esse estímulo é ainda mais necessário no contexto brasileiro. Segundo dados da Pesquisa Doação Brasil, houve redução no montante total das doações. Em 2015, o valor total doado por indivíduos foi de R$ 13,7 bilhões, o que correspondia a 0,23% do PIB. Esse percentual à época era três vezes maior no Reino Unido (0,73% do PIB) e sete vezes maior nos Estados Unidos (1,67% do PIB) segundo a pesquisa “Sustentabilidade econômica das Organizações da Sociedade Civil: Desafios do ambiente jurídico brasileiro atual”[2]. Em 2020, as doações feitas por brasileiros somaram R$ 10,3 bilhões, equivalentes a 0,14% do PIB brasileiro deste ano, aumentando ainda mais essa discrepância, evidenciando a necessidade de haver incentivos que estimulem a cultura de doação no Brasil.

Os fundos patrimoniais são regulados pela Lei nº 13.800/2019, que sofreu vetos nos dispositivos relacionados aos incentivos fiscais para os doadores. São instrumentos inovadores e promissores para atração de recursos privados de longo prazo, a serem destinados a inúmeras causas de interesse público, e para impactar positivamente a vida de milhares de pessoas. Após 4 anos tramitando no Senado, chegou a hora de aprovarmos o PL 158/17 e fomentar a cultura de doação do país.

 

Flavia Regina de Souza, sócia do Mattos Filho Advogados

Paula Fabiani, CEO do IDIS

Priscila Pasqualin, sócia do PLKC Advogados

[1] Amaro, Luciano da Silva. Direito Tributário brasileiro. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 43.

[2] PANNUZIO, Eduardo. Sustentabilidade Econômica das Organizações da Sociedade Civil: Desafios do ambiente jurídico brasileiro atual. São Paulo: GIFE: FGV Direito SP

Este artigo foi publicado originalmente por Migalhas 

IDIS lança estudo inédito com dados de mais de 50 endowments brasileiros, que totalizam R$ 78,8 bilhões em patrimônio

A aprovação da Lei que regulamentou os fundos patrimoniais, em janeiro de 2019, provocou o interesse de filantropos, organizações da sociedade civil e até mesmo do governo. Passados três anos, o PANORAMA DOS FUNDOS PATRIMONIAIS BRASILEIROS, publicação elaborada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social a partir de pesquisa junto aos principais protagonistas do setor e gestores de endowments, demonstra o efeito dessa mobilização e o amadurecimento do campo.

O PANORAMA apresenta dados de 52 fundos patrimoniais ativos e de 6 em processo de planejamento ou estruturação, espalhados por nove estados e dedicados a 19 causas diferentes. O patrimônio total alocado nos Fundos, atualmente, soma R$ 78,8 bilhões, e a faixa de valor na qual há maior concentração de endowments é entre R$ 100 e R$ 500 milhões.

Baixe agora a publicação. 

No levantamento, há dados sobre endowments tradicionais, como o Fundo Patrimonial da Fundação Bradesco, criado em 1956 e hoje o maior do País, e outros instituídos em 2021, como o Fundo Artigo 220, que beneficia a Revista Piauí. Um apanhado histórico e estudos de caso, como o da criação do Fundo Rogério Jonas Zylberstejn, o primeiro nos moldes da Lei 13.800, e do Endowment do Masp, dão ao leitor uma compreensão maior sobre o tema e sua diversidade.

“Há mais de uma década temos investido em uma ação de advocacy regular, que teve na aprovação da Lei sua principal conquista. Dentro do universo listado, até 2010 existiam 16 fundos patrimoniais, de lá para cá, surgiram os restantes 42.”, comenta Paula Fabiani, uma das maiores especialistas do tema no Brasil e CEO do IDIS. E completa: Com esta publicação, esperamos inspirar e trazer insumos para acelerar ainda mais o surgimento de endowments.”

Um fundo patrimonial, ou endowment, permite que pessoas, empresas e filantropos doem recursos com a segurança de que serão bem geridos e bem aplicados. São investimentos de longo prazo, dos quais a organização beneficiada utiliza apenas os rendimentos, garantindo-lhe recursos perenes. Dessa forma, conhecer mais sobre como este mecanismo vem se firmando interessa também ao mercado financeiro, que tem contato com o capital paciente dos fundos patrimoniais para investir em setores cujos retornos só aparecem com o tempo, como os de infraestrutura ou negócios de impacto, por exemplo. O PANORAMA revela a força desse instrumento de sustentabilidade de causas e organizações e seu potencial para os setores sociais, ambientais e culturais.

“Como jornalista, me sinto honrada pela oportunidade de fazer essa grande ‘reportagem’ sobre o que são, o que representam e o potencial dos fundos patrimoniais para o desenvolvimento do País”, declara Andréa Wolffenbüttel, consultora associada ao IDIS e coautora do Panorama dos Fundos Patrimoniais no Brasil.

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Movimento global “Healing Trees” promove plantio de árvores em homenagem às vítimas da Covid-19

No último sábado (12/03), houve o lançamento do movimento Healing Trees, no Brasil, grupos de voluntários fizeram plantio de árvores em São Paulo e no Rio de Janeiro.  Cem mudas de árvores nativas da Mata Atlântica passaram a integrar um memorial verde em homenagem às vítimas da Covid-19 no Brasil e no mundo.

Desde o início da pandemia em 2020, muitas pessoas perderam entes queridos e o mundo se viu em uma situação nunca antes esperada. O Brasil sozinho passou a representar 10% de todas as mortes pela doença no mundo.

A ideia da iniciativa do Healing Trees é ser um símbolo de esperança e vida para o mundo daqui em diante, uma forma também de respeitar e vivenciar o luto de tantas pessoas que foram perdidas. Até o momento, o movimento registra 487 mil árvores plantadas em todo o mundo.

No Brasil, a ação foi puxada pelo Catalyst 2030 Brasil e o Catalyst 2030, movimento também global para aceleração dos ODSs, atualmente liderado no país por Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Você encontra uma matéria detalhada da ação na Folha de São Paulo clicando aqui.

Lançamento do ‘Panorama dos Fundos Patrimoniais no Brasil’

A aprovação da Lei que regulamentou os fundos patrimoniais no Brasil, em janeiro de 2019, provocou o interesse de filantropos, organizações da sociedade civil e até mesmo do governo. Em três anos, é possível perceber o efeito dessa mobilização e o amadu­recimento do campo.

Quantos novos fundos patrimoniais surgiram?

Qual o patrimônio deles?

Quais as causas mais beneficiadas?

Quais os principais desafios enfrentados pelos fundos patrimoniais no País?

Essas e muitas outras respostas estão no PANORAMA DOS FUNDOS PATRIMONIAIS NO BRASIL, publicação elaborada a partir de pesquisa junto aos principais protagonistas do setor e levantamento de informações diretamente com seus gestores.

Além de trazer uma fotografia clara e abrangente da força desse novo instrumento de sustentabilidade de causas e organizações e seu potencial para os setores sociais, ambientais e culturais, a publicação pretende ajudar aqueles que estão pensando em criar seus fundos patrimoniais e inspirar a criação de novos.

A publicação será lançada no dia 23 de março, às 10h30 em uma sessão de autógrafos no CIVI-CO (R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 445 – Pinheiros, São Paulo – SP). A distribuição do livro será gratuita mediante inscrição:

 

 

Mais que doador, cidadão

Por Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Andréa Wolffenbüttel,  e consultora associada do IDIS

O exercício da democracia educa. Ainda que o processo seja lento e possa gerar erros graves, ele é inexorável. Após mais de trinta anos de regime democrático, os brasileiros já percebem que fazem parte dos problemas nacionais e, além disso, que são responsáveis também pela busca por soluções.

Os dados apresentados na Pesquisa Doação Brasil 2020, realizada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – não deixam dúvidas: 84% dos brasileiros acreditam que as pessoas comuns têm algum grau de responsabilidade pela solução dos problemas sociais e ambientais do país, enquanto há cinco anos, essa proporção era de 61%. O salto foi ainda maior quando se trata da responsabilidade das organizações da sociedade civil (OSCs). Em 2015, somente 27% dos brasileiros esperavam das OSCs soluções para os problemas socioambientais, em 2020, essa parcela cresceu para 86%.

Ver a si próprio e à sociedade civil organizada como capazes de transformar a realidade é uma das principais características definidoras de uma democracia. E apesar de todas as crises, ameaças e dificuldades, esse espírito está amadurecendo no coração do Brasil.

Outros resultados da pesquisa reforçam a conclusão. Setenta por cento da população diz entender o papel das organizações do Terceiro Setor na sociedade e 79% reconhece que elas dependem da colaboração de pessoas e empresas para funcionar. Como consequência, 83% acreditam que doar faz diferença. E o mais curioso é que 75% daqueles que não têm o hábito de doar também concordam. O que leva a crer que eles têm essa postura por outras razões, não por falta de fé no poder da doação para organizações sociais.

As motivações para doar apresentaram, também, um forte caráter de cidadania. Setenta e nove por cento doadores disseram que o fazem porque acreditam que todos devem participar da solução problemas dos sociais. Chama a atenção que, ao analisarmos o recorte por renda, constatamos que essa motivação é mais importante justamente para a faixa mais pobre dos doadores, aqueles que recebem até dois salários mínimos por mês. O mesmo padrão se repete quando a motivação é “porque sinto que posso fazer a diferença ao doar”.

Ao mesmo tempo, os números indicam que a capacidade de doação entre os mais vulneráveis caiu em quase um quarto entre 2015 e 2020. A longa crise econômica e social que o País atravessa transformou muitos doadores em dependentes de doação. Entretanto, durante esse período, as camadas de alta renda compreenderam que precisavam tomar alguma atitude e, no sentido inverso, passaram a doar mais do que faziam há cinco anos.

No último 30 de novembro celebramos o Dia de Doar, ou Giving Tuesday, como é chamado em vários países. É um movimento global para encorajar a generosidade e a solidariedade, e conectar pessoas com causas. E este movimento nunca teve tantos adeptos no setor privado e público no Brasil.

Estamos diante de um processo de tomada de consciência sobre o papel e o poder do cidadão na sociedade, que está acontecendo de forma abrangente, em todas as faixas de renda. Nos faz ter esperanças de que o fantasma do assistencialismo, esteja, por fim, sendo substituído pela força da compreensão de que todos, juntos, somos aptos a contribuir para a solução dos problemas.

Artigo também publicado pela Folha de São Paulo, acesse.  

Programa fortalece organizações sociais que atuam com inclusão produtiva

O programa Redes para Inclusão Produtiva, fruto da parceria entre o Sebrae SP e o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, já alcançou diretamente 88 organizações em quatro macrorregiões do Estado de São Paulo: Bauru, Vale do Ribeira, Pontal do Paranapanema e Alta Paulista. O objetivo do programa é o fortalecimento de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que desenvolvem projetos de inclusão produtiva para públicos em situação de vulnerabilidade econômica e social.

O projeto, iniciado em 2020 e desenvolvido ao longo de um ano e meio de trabalho, contou com a participação de organizações sociais de 44 municípios. Tais organizações sociais, embora diferentes em relação à forma de atuação e ao público beneficiado (catadores, artesãos, pequenos agricultores, jovens, egressos do sistema prisional, entre outros), compartilham o mesmo objetivo: o atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social, e o fomento ao empreendedorismo como alternativa para a geração de renda.

As organizações participaram de encontros presenciais de troca de experiências e conhecimentos, definindo desafios comuns e priorizando soluções práticas para esses desafios. Os participantes tiveram acesso a cursos, workshops e sessões presenciais e virtuais de apoio e aprendizado em diversas temáticas, como: elaboração de projetos; gestão de equipes; associativismo e cooperativismo; comunicação e divulgação; e captação de recursos.

Além de propiciar a troca de experiências e conhecimentos, o programa também teve como premissa contribuir para o empoderamento das organizações sociais participantes e para o fortalecimento de sua atuação em rede. Com isso, os resultados começaram a surgir.

Uma das organizações beneficiadas pelo programa é a Associação Pró Menor de Primavera (APROMEP), do município de Rosana, na região do Pontal do Paranapanema. A partir das informações acessadas na rede, a associação redigiu proposta de inclusão produtiva para qualificar 100 jovens e adultos de até 24 anos por meio de parcerias, como com o Sebrae-SP, a fim de inseri-los no mercado de trabalho nas áreas administrativa e de hotelaria e turismo, atendendo às necessidades do município. A proposta foi encaminhada ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e aprovada.

Já o Instituto Feliz Cidade, de Pariquera-Açu, na região do Vale do Ribeira, que se dedica ao atendimento e à doação de alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social, obteve junto ao Sebrae-SP a oportunidade de participar de cursos para a reestruturação e capacitação de sua equipe, além da elaboração de projeto de capacitação profissional e inserção de seus beneficiários no mercado de trabalho.

“Trabalhar com públicos em situação de vulnerabilidade é, atualmente, um foco estratégico do Sebrae-SP em prol de uma sociedade mais igualitária em termos de recursos e oportunidades, pois não há crescimento econômico sem que ele seja inclusivo”, diz Wilson Poit, diretor-superintendente do Sebrae-SP. Nesse contexto, as organizações sociais assumem um papel de protagonismo, já que estão, diariamente, trabalhando em prol da inclusão dessas pessoas.

O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e a pandemia acentuou ainda mais esse cenário. O Banco Mundial estima que seus efeitos levem até 49 milhões de pessoas à pobreza. Dados recentes do IBGE demonstram que o país possui mais de 13,5 milhões de desempregados e uma pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional apontou que o Brasil tem pelo menos 19 milhões de pessoas passando fome.

Outra informação alarmante é proveniente do levantamento publicado pela Oxfam em janeiro de 2022. A publicação apresenta uma estimativa de que, entre abril de 2020 e abril de 2021, 377 brasileiros perderam o emprego por hora, e que mais de 600 mil empresas faliram. Antes que o país comece a se recuperar e a reestruturar sua economia, a tendência é de agravamento da crise.

Assim, a união de forças entre o Sebrae-SP e o IDIS na execução do programa surge como uma reação a esse contexto de desemprego e de falta de oportunidades de geração de renda. “Esta experiência gerou resultados e aprendizados muito importantes. As organizações participantes abraçaram a metodologia de rede e se mobilizaram entre si para manter aprendizado e trocas perenes a partir do programa. Com as consequências negativas da pandemia na economia e na renda dos brasileiros, contribuir para esta causa é urgente e tem impacto direto na vida de milhares de pessoas”, comenta Renato Rebelo, diretor de projetos do IDIS.

Colaboração e comprometimento foram as temáticas de destaque no evento “O futuro da filantropia”, promovido pela revista Alliance

Ao longo de 2021, como parte das comemorações especiais do 25º aniversário da revista Alliance – publicação britânica especializada em filantropia – foram promovidos eventos regionais sobre “o futuro da filantropia”.

Durante a celebração, aconteceram painéis online com foco na África, Região Árabe, Ásia & Pacífico, Europa, América Latina e América do Norte. O encerramento das celebrações ocorreu em fevereiro de 2022, com uma conversa global com representantes de cada um dos seis eventos anteriores.

A convidada da América latina foi a CEO do IDIS, Paula Fabiani. Ao lado dela, Caroline McLaughlin da Asia Venture Philanthropy Network; Naila Farouky, CEO do Fórum de Fundações Árabes; Delphine Moralis, CEO do Philanthropy Europe Association; Dave Biemesderfer, Presidente e CEO do Fórum de Filantropia dos EUA; e Caesar Ngule, Diretor de Programas do Kenya Community Development Foundation.

 

E com tantos nomes importantes debatendo o assunto afinal, qual será, então, o futuro da filantropia?

Como era de se esperar, as prioridades e temáticas em cada região do mundo variam de acordo com o momento de cada povo. Entretanto, todos os representantes ressaltaram o poder e a necessidade de colaboração para que a filantropia e o impacto social positivo se fortaleçam. A crise iniciada por conta da pandemia da Covid-19 deixou bastante nítido o poder que a colaboração e comprometimento com causas possuem em momentos de crise. Além disso, mais pessoas passaram a olhar para as doações e ações filantrópicas de outra forma, valorizando o investimento social privado.

“Há uma tendência acelerada em direção à filantropia colaborativa na Ásia à medida que mais financiadores trabalham juntos para implantar fundos e resolver problemas sistêmicos”, destacou Caroline McLaughlin da Asia Venture Philanthropy Network. Dave Biemesderfer, também sobre essa temática, chamou atenção para outro ponto importante que é justamente verificar se todas as mudanças e comprometimentos assumidos durante a pandemia seguirão perenes daqui em diante nos países.

 

 

Questões tangenciais como saúde mental, educação e diversidade também foram destaque e, de acordo com os especialistas, tem ganhado atenção de filantropos ao redor do mundo. Naila Farouky ressaltou que tem se observado uma tendência de que os financiadores e filantropos sejam “mais intencionais em suas ações com o objetivo de criar um impacto mais efetivo”. Ponto também evidenciado por Paula Fabiani, que ainda pontuou que no Brasil tem acontecido um movimento de maior investimento em organizações da sociedade civil como forma mais efetiva de resolver problemas locais.

O evento completo pode ser acessado abaixo.

Além disso, caso você queira refletir ainda mais sobre o que a filantropia tem discutido para os próximos anos, acesse o artigo com as perspectivas da filantropia no Brasil publicado pelo IDIS, basta clicar aqui.

Carta Aberta reforça importância de ajustes na tributação de Organizações Gestoras de Fundos Patrimoniais

Ref: Substitutivo Projeto de Lei 158/17

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, Mattos Filho Advogados e PLKC Advogados, vem manifestar publicamente o apoio ao Projeto de Lei 158/2017, na forma do substitutivo elaborado pelo Senador Rodrigo Cunha, sem o qual, a regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no Brasil não alcançará seu potencial de contribuição para a sociedade. Com a aprovação da Lei 13.800/2019, oriunda da aprovação da Medida Provisória 851/2018, passou-se a ter uma regulamentação sobre a criação e funcionamento de Fundos Patrimoniais no Brasil. Este cenário bastante positivo reflete o reconhecimento, pelos legisladores, da relevância do tema para o país.

Fundos_Patrimoniais_fiscal

Os Fundos Patrimoniais permitem que entidades estabeleçam uma base financeira sólida, capaz de sustentar ou complementar suas atividades com os recursos gerados a partir do rendimento do patrimônio. Entidades cujo objeto social é o interesse público e que possuem Fundos Patrimoniais se tornam menos dependentes de novas doações e patrocínios, alcançam maior estabilidade financeira e asseguram sua viabilidade operacional. Assim, em cenários de limitação de gastos públicos, os Fundos Patrimoniais são uma fonte alternativa e viável de recursos.

 

Apesar de muito positiva e inovadora, a Lei 13.800/2019 foi aprovada com vetos aos artigos referentes aos incentivos fiscais à doação aos Fundos Patrimoniais. Além do incentivo fiscal à doação, para que o potencial dos Fundos Patrimoniais seja desenvolvido ao máximo no Brasil, é essencial que sua regulamentação tributária preveja às Organizações Gestoras de Fundo Patrimonial a não incidência dos impostos e contribuições sociais federais sobre os rendimentos de aplicação financeira, ganhos de capital e demais receitas. A proposta de substitutivo busca complementar a Lei 13.800/2019, utilizando-se das ideias do projeto original, e incluindo medidas que consideramos imprescindíveis à uma adequada regulamentação da tributação dos Fundos Patrimoniais. Com a finalidade de atingirmos maior adesão à Lei 13.800/19, solicitamos que o Projeto de Lei 158/17 seja aprovado conforme substitutivo enviado pelo Relator Senador Rodrigo Cunha. Por fim, nos colocamos à disposição para qualquer contribuição que se faça necessária no processo, inclusive na redação das modificações no texto da lei.

 

Atenciosamente,

IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social
Mattos Filho Advogados
PLKC Advogados

 

IDIS apresenta perspectivas e desafios da filantropia no Brasil em 2022

Um dos grandes nomes da filantropia da história, Andrew Carnegie disse, no século XIX, que era mais fácil fazer fortuna do que doar dinheiro de forma inteligente.

Passado mais de um século dessa declaração, os filantropos contemporâneos se deparam, atualmente com uma sociedade muito mais complexa, com problemas multifacetados e um desafio ainda maior para resolver para quem e como fazer suas doações.

Buscando, então, contribuir com a tomada de decisão dos filantropos, o IDIS preparou o artigo Perspectivas para a Filantropia Brasileira’. A seleção dos tópicos foi feita a partir da vasta experiência do IDIS no apoio a investidores sociais privados. Isso, além da vivência dos últimos dois anos, que trouxeram muitas mudanças nas demandas e expectativas no campo da filantropia.

Baixe agora as 8 tendências completas. 

O documento traz oito perspectivas relevantes e que devem ser considerados pelos filantropos na hora de planejar suas doações. “Cada perspectiva é uma janela para uma paisagem onde algo importante está acontecendo e o filantropo pode traçar um cenário a partir delas, agregando seus elementos próprios”, explica Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Além de apresentar cada tendência e explicar os motivos para ela ter sido escolhida, o artigo também cita exemplos nos quais se pode enxergar ela na prática.

Conheça abaixo as Perspectivas da Filantropia no Brasil:

PERSPECTIVA 1 – Mais grantmakers, menos projetos próprios

A filantropia ganha relevância em seu papel de financiadora das organizações da sociedade civil que buscam a solução para os problemas complexos.

PERSPECTIVA 2 – Emergência x longo prazo

A filantropia estratégica se vê no impasse entre as necessidades de curto prazo e o olhar para o futuro.

PERSPECTIVA 3 – Causas que se fortaleceram

Mesmo em meio à crise sanitária e econômica, a força de algumas causas não se abalou. Elas ganham novos formatos e se mostram mais importantes do que nunca.

PERSPECTIVA 4 – A comunidade como célula mater da filantropia

Nos momentos mais difíceis, os problemas se concentram nas comunidades, assim como as soluções.

PERSPECTIVA 5 – Atuação colaborativa e em parceria

Chegamos mais longe quando caminhamos juntos e, contrariando o ditado, chegamos mais rápido também.

PERSPECTIVA 6 – Empresas mais engajadas

Experiência da pandemia e pressão de investidores e consumidores levam empresas a aumentar as doações.

PERSPECTIVA 7 – Já não é só o capital filantrópico que gera impacto

A possibilidade de conciliar lucro com impacto positivo é cada vez mais atraente para novos e antigos investidores.

PERSPECTIVA 8 – O desembarque da Geração Z

Os Millenials já estão deixando sua marca na filantropia. E agora, o que esperar da Geração Z?

Fundo patrimonial da Unesp começa implementação

Desde 2019, o IDIS apoia a instituição na concepção do endowment 

Dando início à formalização do endowment da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a associação gestora do fundo patrimonial foi estabelecida em assembleia virtual. A Associação Prospera Unesp — Fundo Patrimonial será responsável pela gestão do endowment da instituição de ensino e atuará como instituição de caráter autônomo e sem fins lucrativos, com a finalidade de constituir fonte de recursos para, no futuro, utilizar seus rendimentos exclusivamente em benefício da universidade.

A partir de agora poderá também ser iniciada a divulgação e busca por doações para a constituição do fundo junto a alunos egressos e empresas que não tenham vínculo direto com a Unesp. Os recursos do fundo patrimonial poderão ser utilizados em projetos da universidade de caráter científico, cultural, de inovação tecnológica, empreendedorismo e desenvolvimento social, entre outras finalidades.

A assembleia contou com a presença do reitor da universidade, Pasqual Barretti, e dos demais integrantes do grupo de trabalho que tem conduzido o projeto desde 2019. Desde então o IDIS tem apoiado a Unesp na estruturação do fundo patrimonial da instituição de ensino de acordo com a Lei 13.800/2019 e também no engajamento de atores na governança. “Tenho grande expectativa quanto ao sucesso desta associação que, tenho certeza, vai contribuir para a grandeza da nossa universidade”, acredita Barretti.

Seguindo recomendações do IDIS sobre governança, será eleito um comitê técnico, composto por 5 membros; um conselho fiscal de 3 membros; e um comitê de investimentos de 3 ou 5 membros para realizar a gestão dos recursos. “O Fundo Patrimonial Prospera nasce com a participação ativa da Unesp e de representantes da sociedade civil (egressos, empresas e pessoas físicas parceiras). Essa diversidade na composição da governança da organização gestora do fundo patrimonial é crucial para a perenidade do fundo, em cujo futuro vislumbramos muito sucesso e conquistas”, destaca Andrea Hanai, gerente de projetos do IDIS que acompanhou o projeto desde o início.

 

Assim que criado, a Unesp junta-se a instituições brasileiras de ensino que adotaram fundos patrimoniais como um método de sustentabilidade financeira, entre elas USP e Unicamp. Fora do Brasil, este mecanismo é popular, sendo adotado por universidades como Harvard, Yale, Oxford e Cambridge.

O IDIS orgulha-se de ter apoiado mais um fundo patrimonial, sendo esta uma pauta cara à organização. Além oferecer consultoria a projetos desta natureza, lidera a Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, fazendo advocacy para um ambiente regulatório mais favorável.

 

O que são fundos patrimoniais?

Fundos patrimoniais filantrópicos são estruturas criadas para proporcionar sustentabilidade financeira a instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos e/ou para a execução de programas e projetos de interesse público.

De modo geral, as doações recebidas permanecem em um fundo, em aplicações financeiras, e apenas os rendimentos são resgatados para financiar ações em defesa de determinada causa ou custear todo ou parte do funcionamento de organizações socioambientais.

A criação de um fundo patrimonial permite que seus instituidores perpetuem uma causa ou uma instituição, deixando um importante legado para a sociedade.

O filantropo ou investidor social que doa para o fundo tem segurança de que os recursos atenderão perenemente a um propósito pré-estabelecido.

 

Mais sobre fundos patrimoniais

Quer saber mais? Acesse outros conteúdos nesta temática produzido pelo IDIS aqui.

Se quiser conhecer nossos serviços ou tornar-se um signatário da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, escreva para comunicacao@idis.org.br.

 

 

 

Paula Fabiani passa a integrar comitê social do BTG Soma, programa de aceleração de OSCs do BTG

O BTG Pactual é o maior Banco de Investimentos da América Latina e, há dois anos, lançou o BTG Soma – programa de aceleração social que oferece a Organizações da Sociedade Civil (OSCs). São mais de 80 horas de capacitação, mentorias e workshops. Após duas turmas, 16 organizações já foram aceleradas e a terceira edição já tem as instituições selecionadas para o programa.

Após cuidadosa análise, 10 instituições foram, assim, escolhidas com critérios como liderança, demanda de gestão, intenção e possibilidade de expansão e região de atuação.

São elas: ASCAI – Associação da Criança e do Adolescente de Itaobim; Instituto Cultural In-Cena; Instituto Afroamérica; Instituto Socioambiental; CEDAPS – Centro de Promoção da Saúde; Giral – Desenvolvimento Humano e Local; Cidadão pró-mundo; Associação Vida e Arte; Crepúsculo BH e Vivenda Da Criança.

Neste ano, do mesmo modo que as anteriores, a terceira edição que já está em andamento e tem foco em OSCs de 6 estados do país. Além disso, a iniciativa ainda pretende lançar uma quarta turma, focada em ações relacionadas ao Meio Ambiente. Outra novidade é o comitê social consultivo fixo que terá papel fundamental ao longo da aceleração. São 5 experts do terceiro setor, entre eles, Paula Fabiani, CEO do IDIS – Instituto para Desenvolvimento do Investimento Social. 

Juntam-se à Paula no comitê Ana Fontes, empreendedora social e fundadora da Rede Mulher Empreendedora; David Hertz chef e empreendedor social, cofundador da Gastromotiva; Rodrigo Pipponzi, cofundador da Editora Mol e Instituto Mol, e Will Landers, sócio do BTG Pactual e presidente do Conselho da Brazil Foundation.

Para conhecer mais sobre as instituições selecionadas clique aqui.

Brasil Giving Report 2021: um retrato dos doadores brasileiros durante a pandemia

Conhecer a cultura de doação de um país é essencial para o amadurecimento da sociedade civil e para o engajamento de atores na filantropia. Qual a importância que as pessoas dão a este tema? Quanto se engajam para o bem comum? Quais as barreiras que impedem a ação? E quais as tendências que nos ajudam a traçar possíveis futuros?

Essas são algumas das perguntas que constantemente tenta-se responder. No IDIS  – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, investimos na realização da Pesquisa Doação Brasil 2020, que mostrou como a longa crise econômica e social que o país atravessa atingiu a população entre 2015 e 2020, tirando muitos da posição de doadores para a dos que necessitam de doação, mas por outro lado, fortalecendo a cultura de doação neste período, com uma maior consciência sobre a importância da doação e uma visão mais positiva das organizações da sociedade civil e seu trabalho.

Baixe agora o Brasil Giving Report 2021

 

Agora apresentamos a quarta edição do Brasil Giving Report – pesquisa promovida pela britânica CAF – Charities Aid Foundation e pelo IDIS, que traça um panorama da doação no Brasil em 2020, porém, em comparação ao ano anterior. Esse é um olhar mais sutil sobre as mudanças ocorridas em um período de doze meses que vai desde um pouco antes da chegada ao país da pandemia de Covid-19 até novembro de 2020.

Para além da esperada queda na prática da doação para organizações da sociedade civil (de 53% para 49%), o Brasil Giving Report 2021 oferece alguns elementos novos, que contribuem ao melhor entendimento da realidade enfrentada pelos cidadãos brasileiros.

O impacto da pandemia na renda familiar foi significativo, com três em cada cinco (60%) respondentes experimentando uma diminuição em seus ganhos e a maioria (84%), preocupada com a segurança de sua própria renda familiar nos próximos seis meses.

O nível de incerteza aumentou e pode ter afetado a generosidade neste período. A pesquisa indica, também, que houve uma ligeira modificação na forma como a população enxerga o resultado do trabalho das organizações sociais. A percepção do impacto positivo, que aumentou entre 2018 e 2019, passando de 72 para 79%, caiu em 2020, atingindo 67 pontos em nível local. A mesma tendência foi evidenciada também em nível nacional e internacional.

Mas a cobrança não é exclusiva sobre o Terceiro Setor. A pandemia colocou em evidência o papel que as empresas desempenham na sociedade. Embora muitas pessoas (53%) concordem que a iniciativa privada apoiou as comunidades brasileiras durante a pandemia, uma proporção maior (73%) acredita que as empresas deveriam ter feito mais.

Em relação ao poder público, existe a percepção de que o governo não apoiou efetivamente a atuação das organizações da sociedade civil durante a crise sanitária. Quatro em cada cinco (80%) concordam que o governo deve colaborar com elas em sua resposta e 77% acreditam que o governo deve oferecer apoio financeiro às OSCs que estão em risco de colapso.

Diante de tanta insatisfação, foi perguntado o que faria com que as pessoas doassem para organizações sociais nos próximos 12 meses. A resposta mais comum foi ter mais dinheiro (49%). Esta tem sido a razão mais citada desde o início da pesquisa em 2017 (59%), mas menos pessoas a selecionam ano após ano. Depois de ter mais dinheiro, o público é motivado por saber com certeza como o dinheiro seria gasto (40%).

Outros fatores que encorajariam doações futuras são mais transparência por parte das organizações beneficiadas (32%) e ser capaz de encontrar uma instituição que trabalhe por uma causa sensibilizadora (26%), mostrando caminhos interessante para a comunicação das OSCs com a sociedade.

Ao que parece, os acontecimentos de 2020 aumentaram as expectativas da população em relação aos vários entes da sociedade e deixaram o doador mais exigente.

Clique aqui e acesse a pesquisa completa!

Dilema empresarial: como medir o impacto de projetos socioambientais?

Mais do que nunca, empresas não são apenas o negócio que entregam, mas o impacto que geram. A pandemia escancarou mazelas, acelerou mudanças e elevou a exigência de comprometimento das marcas a um novo patamar. Mas, para isso, não basta abraçar a agenda ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança) sem critério ou direção clara. Para garantir a eficácia das contribuições voluntárias que as empresas fazem sob a forma de projetos, é essencial medir com precisão os resultados das ações– e avaliar, com lupa, o retorno gerado.

Esse é um dos grandes desafios das empresas que investem em projetos socioambientais voluntários (também conhecido como investimento social privado): como mensurar a eficácia do investimento? Como garantir o maior índice de assertividade desses projetos, de forma a materializar os benefícios gerados e avaliar sua performance?

Não há dúvida que o desempenho dos projetos e os impactos associados são geralmente subjetivos e difíceis de mensurar. Mas, se no início do movimento de responsabilidade social e ambiental no Brasil, tudo era “mato”, com uma grande dose de improviso justificada pela “boa vontade” e “benevolência” das empresas, atualmente não há mais espaço para amadorismo ou “tentativa e erro”. Isso porque todo investimento precisa gerar valor, caso contrário, estaria destruindo valor e destruição de valor não é positivo para ninguém, nem para o acionista, nem para a sociedade.

 

Nova metodologia elimina subjetividade

A Petrobras é exemplo disso. Passamos a avaliar nossos investimentos voluntários do Programa Petrobras Socioambiental utilizando a metodologia SROI (Social Return on Investment) – e sua variante de Análise Custo-Benefício (ACB). Ela converte em valores monetários a transformação ambiental, social e econômica decorrente da implementação dos projetos.

Dessa forma, o retorno social do investimento passa a ser quantificado monetariamente conforme o impacto percebido pelas partes interessadas. Sendo assim, o SROI informa exatamente qual foi o resultado do projeto, quais os principais beneficiados e como esse benefício ocorreu.

Até o momento, avaliamos, por essa metodologia, onze projetos que integram o Programa Petrobras Socioambiental. Os estudos demonstraram que, para cada 1 real investido, são gerados em média R$ 4,70 em forma de benefícios para o meio ambiente e a sociedade, como renda, conservação de ecossistemas costeiros e marinhos, desenvolvimento profissional e recuperação de áreas de florestas, entre outros.

Ou seja: o valor que investimos em projetos socioambientais tem potencial de se multiplicar por quase cinco vezes quando são dimensionados seus resultados. Somando os onze projetos já avaliados, os cálculos mostram um retorno socioambiental de mais de R$ 220 milhões, considerando os valores investidos pela companhia. Um resultado expressivo que comprova, portanto, a eficácia dos investimentos.

Entre os resultados apurados, estão o reflorestamento de 100 hectares no bioma da Mata Atlântica (Projeto Guapiaçu); a garantia da segurança alimentar de 464 crianças e familiares (Centro de Esporte e Educação); a ampliação da consciência ambiental de 40.423 pessoas (Coral Vivo); a melhoria da performance escolar de 471 crianças e adolescentes (Unicirco) e o acesso assegurado ao processo de ensino-aprendizagem para 502 crianças e jovens (Maré Unida), entre diversos outros indicadores de impacto. O uso da metodologia permite identificar ainda oportunidades de melhorias no planejamento das ações, na condução e na avaliação dos resultados.

Muito além do simples valor monetário, o SROI mede resultados sociais, ambientais e econômicos dos projetos. Dessa forma, aponta se a empresa está na direção correta e serve de bússola para eventuais ajustes de rota, mostrando, por exemplo, quais esforços geram mais ou menos impacto, quais públicos o projeto melhor alcança e para quais o projeto ainda precisa se adaptar. Como se não bastasse, ainda dá suporte à tomada de decisões estratégicas, a partir de dados qualitativos, quantitativos e financeiros, sem margem para deduções ou subjetividades.

*O artigo é de Rafaela Guedes Monteiro, gerente executiva de Responsabilidade Social da Petrobras, originalmente publicado no LinkedIn

 

Avaliação de Impacto SROIQuer saber mais sobre esse tema? Confira nossas publicações, vídeos e eventos sobre o tema, clicando aqui.

 

 

Paula Fabiani comenta o aumento de pessoas em situação de rua no Jornal Hoje

Como consequência da pandemia, muitas famílias passaram a enfrentar maiores dificuldades financeiras e foram impossibilitadas até mesmo de arcar com despesas básicas, inclusive o aluguel. Esse tema foi um dos assuntos do Jornal Hoje, da TV Globo. Com isso, o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social cresceu e é bastante visível em cidades como São Paulo.

Paula Fabiani, CEO do IDIS, comenta a situação e aborda a dificuldade de organizações sociais que buscam oferecer algum tipo de apoio, mas que enfrentam dificuldades devido a diminuição no número de doações no país.

Segundo Paula, “essas pessoas precisaram se apoiar nos programas do governo que acabaram e agora o que resta são os programas das ONGs que estão tentando ajudar e que estão vendo uma crescente demanda de pessoas, porém não estão experimentando um crescente volume de doações. Então a gente vê as doações caindo e um número de pessoas que precisam desse apoio aumentando”. 

Clique aqui e confira a matéria na íntegra.

Veja também: Queda de doações é destaque no Jornal Nacional

ESG e o “S” brasileiro: quais os pontos que mais necessitam de atenção

A pauta ESG (sigla para Environmental, Social and Governance, no português, Ambiental, Social e Governança) ganha a cada ano mais espaço entre investidores e empresas. Mas o que vem sendo mensurado de fato? Com detalhes da pauta ainda em definição pelo mundo, estudos apontam uma falta de padrões consistentes, principalmente sociais. O “S” é, inclusive, apontado como o mais difícil de se analisar e incorporar a estratégias corporativas, isto de acordo com 51% dos investidores entrevistados pelo BNP Paribas – um dos maiores bancos da Europa.

No caso brasileiro, a pauta ESG vem sendo absorvida absorvida por investidores, reguladores e empresas, a partir do modelo dos Estados Unidos e países europeus. Entretanto, para que o movimento seja efetivo é necessário estabelecer uma visão do “S” que considere as especificidades e prioridades do nosso país. Nesta Nota Técnica, elaborada por Renato Rebelo, diretor de Projetos do IDIS, apresentamos dados e conceitos refletindo o que mais necessita de atenção quando pensamos em pautas sociais em ESG.

Para acessar a nota completa basta acessar abaixo ou clicar aqui.

Vem aí a pesquisa ‘Voluntariado no Brasil 2001+20’

Eles contam histórias, distribuem comida, resgatam animais, doam sangue, compartilham seus conhecimentos. Os voluntários doam seu tempo, energia e talento em prol de causas em que acreditam. São essenciais para que organizações da sociedade civil atinjam suas missões e durante a pandemia fizeram a diferença e impactaram positivamente a vida de milhares de pessoas.

De acordo com a Pesquisa Voluntariado no Brasil, em 2001, os voluntários representavam 18% da população adulta. Na celebração da Década do Voluntariado, em 2011, este número chegou a 25%.  ‘Voluntariado no Brasil 2001+20’ é a terceira edição deste levantamento. Com alcance nacional, apresentará um retrato do engajamento em cada uma das cinco regiões, as causas favoritas, as motivações e traçará o perfil do voluntário no Brasil em 2021, comparando sua evolução com os achados das edições anteriores. A pesquisa será conduzida pelo Instituto de pesquisa Datafolha e envolverá etapas quantitativas e qualitativas e destacará o que na última década mobilizou o voluntariado, contribuindo para a manutenção desta série histórica.

O projeto é coordenado pela Silvia Naccache, com os consultores Kelly Alves do Carmo e Felipe Pimenta de Souza. Tem o apoio do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, integrando seu pilar de Conhecimento, que tem na Cultura de Doação um de seus objetos de estudo. “Por meio de dados, contribuímos para que organizações e indivíduos tomem melhores decisões e oferecemos material para que a mídia possa abordar o assunto de forma cada vez mais qualificada”, comenta Luisa Lima, Gerente de Comunicação do IDIS.

O lançamento está previsto para o mês de abril. “A história do voluntariado no Brasil remonta à chegada dos primeiros portugueses e à instalação das Santas Casas de Misericórdia. O Brasil, em 2022, celebra o bicentenário da sua Independência. Vamos celebrar também a cidadania, a participação cívica, a solidariedade, a generosidade, a filantropia e o voluntariado.”, comenta Silvia Naccache.

A pesquisa é viabilizada por meio do suporte de organizações que acreditam na importância do avanço do voluntariado no Brasil, e participam dessa rede de apoiadores, até o momento, Ambev, Bradesco, Fundação Itaú Social, Fundação Telefônica Vivo, Raízen, Sabesp, Sicoob e Suzano.

IDIS ganha edital da Petrobras para avaliar impacto de 20 projetos

Após participar de concorrência ao Edital nº: 7003676852 da Petrobras, o IDIS foi a organização escolhida para apoiar a empresa na condução de estudos de Avaliação de Impacto dos projetos que compõem o portfólio do Programa Petrobras Socioambiental.

Entre 2022 e 2023, serão executados:

  • Cinco projetos avaliados por meio do Protocolo Avaliativo SROI (Social Return of Investment) – Retorno do Investimento Social.
  • Quinze projetos a serem avaliados sob a perspectiva de uma Análise Custo Benefício.
  • Quatro oficinas de capacitação em SROI e Teoria da Mudança.

 

Desde 2019, o IDIS vem realizando análises sobre os projetos socioambientais apoiados pela Petrobras utilizando diferentes metodologias de avaliação de impacto. Entre eles estão, Projeto Uça, Baleia Jubarte, projeto Mão na Massa e Florestas de Valor.

 

A prática de monitoramento e avaliação de impacto tem se intensificado nos últimos anos. Empresas e filantropos estão cada vez mais interessados em compreender as transformações geradas pelo seu investimento e como fazer a melhor alocação dos seus recursos para maximização do retorno do seu impacto. Do lado das organizações, a avaliação de impacto tem se mostrado como uma excelente ferramenta para melhoria das suas atividades, transparência, comunicação e captação de recursos.

 

Em 2021, o IDIS realizou 17 projetos nesta linha, para organizações como Vale, Fundação Sicredi, Gerando Falcões, Amigos do Bem e Parceiros da Educação e lançou dois relatórios compartilhando resultados específicos. A geração de conhecimento sobre monitoramento e avaliação de impacto também foi importante, com a realização de eventos, produção de conteúdos e capacitações.

 

Resultado da avaliação de impacto realizada pelo IDIS sobre o projeto Florestas de Valor, da Imaflora

Sobre a Petrobras

A Petrobras é uma sociedade anônima de capital aberto que atua de forma integrada e especializada na indústria de óleo, gás natural e energia.

A empresa apoia iniciativas em prol de causas que contribuam para o desenvolvimento da sociedade, instituições do terceiro setor, poder público, universidades e outros públicos. A Petrobras investe em projetos sociais, ambientais, culturais e esportivos selecionados em todas as regiões do país. As iniciativas contribuem para o desenvolvimento local, regional e nacional, gerando renda, promovendo a proteção ambiental, fortalecendo a cadeia produtiva da cultura e ampliando o acesso a práticas esportivas.

O objetivo do Programa Petrobras Socioambiental é contribuir para o desenvolvimento sustentável, com investimentos voluntários em práticas voltadas para um ambiente ecologicamente equilibrado e socialmente equitativo, gerando resultados para a sociedade e para a empresa. O Programa é uma das formas de concretizar a visão e os valores da companhia constantes em seu Plano Estratégico e no princípio e diretrizes de sua Política de Responsabilidade Social.

 

Avaliação de Impacto SROIQuer saber mais sobre esse tema? Confira nossas publicações, vídeos e eventos sobre o tema, clicando aqui.

 

 

 

O Futuro da Filantropia é tema de evento promovido pela Alliance Magazine

A Alliance Magazine, organização social britânica com foco em conteúdo relacionado a investimento social, reunirá especialistas do ramo de diferentes países para debater e refletir sobre o Futuro da Filantropia. O evento encerra uma série que promoveu seis painéis virtuais com representantes de organizações ligadas ao tema em diferentes regiões globais (África, Região Árabe, Ásia & Pacífico, Europa, América Latina e América do Norte) e marca o encerramento da comemoração do 25º aniversário da revista.

Reunindo vozes de cada um desses painéis em uma conversa global, o evento acontecerá no dia 10 de fevereiro de forma online e gratuita. Com um olhar para o futuro, propõe debater a evolução da filantropia após tempos de crise e a contribuição  das novas gerações.

Participaram do evento:

Paula Fabiani, CEO do IDIS, Caroline McLaughlin, Diretora de Parcerias da Asia Venture Philanthropy Network, Dave Biemesderfer, Presidente e CEO do United Philanthropy Forum, Delphine Moralis, CEO da Philanthropy Europe Association, Naila Farouky, CEO do Arab Foundations Forum e Stigmata Tenga, Diretora Executiva da Africa Philanthropy Network serão os palestrantes do evento, que terá mediação de Elika Roohi, da revista Alliance.

As inscrições podem ser feitas no link: bit.ly/futurodafilantropia

Data: 10 de fevereiro | Horário: 11h – 12h (UTC-03:00) Brasília

O Futuro da Filantropia na América Latina

O IDIS foi o parceiro da Alliance para a realização da edição latinoamericana do ciclo de debates.

Além de Paula Fabini, integraram a mesa Carolina Suarez, da Latimpacto (Colombia),
Inês Mindlin Lafer, representando o GIFE e o Instituto Betty e Jacob Lafer (Brasil) e Magdalena Aninat, do Centro de Filantropia e Investimentos Sociais da Universidade Adolfo Ibáñez (Chile).

Entre os temas debatidos, a importância do fortalecimento do ecossistema da filantropia na América Latina, a necessidade do fomento a um ambiente político mais favorável às organizações da sociedade civil e o avanço da colaboração na prática filantrópica, especialmente a partir do evento da pandemia de Covid-19. Houve consenso de que a filantropia vem amadurecendo no continente e que o futuro mostra-se positivo.

Confira o vídeo:

IDIS está entre as primeiras organizações do mundo certificadas pela CAF America

A credencial digital é uma iniciativa da representante norte americana da Charities Aid Foundation; o objetivo é validar OSCs do mundo para receberem investimentos estadunidenses

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social é o representante no Brasil, desde 2005, da Charities Aid Foundation (CAF), organização britânica dedicada à filantropia e com mais de 90 anos de experiência. A CAF apoia doadores – indivíduos, grandes doadores e empresas – a obter o maior impacto possível a partir de suas doações.

 

Em dezembro de 2021, o IDIS recebeu da CAF America, um dos escritórios parceiros da rede CAF International, um inédito selo digital, que reconhece sua idoneidade e trabalho exemplar realizado no Brasil. A certificação representa a investidores norte-americanos a segurança de que somos uma organização da sociedade civil sólida e avaliada em relação a risco de fraude, lavagem de dinheiro ou outras atividades ilícitas.

 

Com o objetivo de crescer o número de organizações validadas internacionalmente, a CAF America contará com o envolvimento de parceiros locais. Com vasta experiência neste tipo de validações de OSCs no Brasil, o IDIS, a partir de seu escritório em São Paulo, se envolverá neste processo como agente validador, atendendo também os clientes internacionais da CAF que atuam na região e oferecendo serviços globais aos investidores sociais privados brasileiros.

 

Para saber mais, clique aqui.

Livro “Carreiras de Impacto” revela caminhos e estratégias para a construção de carreiras no campo de impacto social

Obra conta com contribuições de Paula Fabiani, CEO do IDIS, que conta sobre como é, na prática, trabalhar no campo de impacto social

Carreiras de Impacto, obra lançada neste mês pela Editora AltaBooks, é um guia simples e direto para a construção de carreiras de destaque no vasto campo de impacto social, apoiando profissionais em início de carreira ou que desejem realizar a transição para carreiras com maior sentido e propósito, mas sem abrir mão de boa remuneração e condições de trabalho.

Para muito além do conhecimento geral sobre “ONGs”, o autor, Marcelo Sette-Mosaner abre a galáxia do campo de impacto social, mostrando que não é apenas possível, mas necessário que cada vez mais pessoas possam trabalhar em prol dos grandes desafios sociais e ambientais no governo, fundações, institutos, empresas sociais e até mesmo em empresas com fins de lucro. O autor mostra que existem alternativas para quem quer se desenvolver e ter uma carreira que una um trabalho que traga muita satisfação e felicidade, sendo remunerado de forma justa e ainda contribuindo para melhorar a sociedade e cuidar do meio-ambiente.

A obra conta com participação especial de Paula Fabini, CEO do IDIS, que falou sobre seu processo de transição do setor financeiro para o campo de impacto social, compartilhando desafios e aprendizados vivenciados em sua trajetória.  Paula comenta que o campo de impacto só tende a se beneficiar com a pluralidade de perfis, e que ganha com a chegada de novas lideranças vindas do setor privado, destacando vantagens de carreiras na área de impacto para a qualidade de vida, como uma melhor integração da vida pessoal e profissional, com respeito às diferentes necessidades de cada profissional.

Sobre o diferencial de salários, principalmente em relação ao mercado financeiro, Paula comenta “Os migrantes do setor privado para o social talvez não consigam receber salários nos mesmos níveis que aqueles de empresas convencionais. Contudo, mais importante do que o salário, é a sua evolução dentro de uma atividade e de uma organização”.

‘Carreiras de Impacto’, de autoria de Marcelo Sette-Mosaner, também apresenta entrevistas com lideranças do setor público, empresas B, start-ups sociais e ONGs, que compartem experiências valiosas adquiridas em suas trajetórias profissionais. O livro é construído no formato de guia prático, orientando o leitor a buscar em sua bagagem, as experiências, competências e aprendizados que podem impulsionar sua carreira no campo de impacto. O livro está disponível nas principais livrarias do país a partir deste mês de janeiro, ou diretamente junto a Editora.

IDIS tem projeto de advocacy contemplado por edital internacional da WINGS

Há décadas os Fundos Patrimoniais têm se mostrado um mecanismo de uso crescente e exitoso para a mobilização de recursos que apoiem causas de impacto social positivo em diversos países. Tais iniciativas contribuem, assim, para um setor filantropo muito mais forte e estruturado, alcançando, dessa forma, resultados e recursos cada vez mais relevantes. Recentemente, o IDIS foi selecionado para uma bolsa em um desses fundos como instituição representante no Brasil.

 

Em todo o mundo, países enfrentam dificuldades para atingir o potencial da filantropia. Entre as razões, questões tributárias, regulatórias, ameaças à liberdade de expressão e até a falta de articulação entre atores do ecossistema. Com o objetivo de abrir estes caminhos, a WINGS, organização que fomenta o desenvolvimento da filantropia ao redor do mundo, criou o projeto “Unlocking Philanthropy’s Potential: Enhancing the Enabling Environment, Effectiveness and Leveraging the Contributions of Philanthropy Actors’, em português ‘Desbloqueando o potencial da filantropia: aprimorando o ambiente propício, a eficácia e alavancando as contribuições dos atores filantrópicos’, com financiamento da União Europeia.

 

De acordo com a organização, ao alavancar recursos para esta causa, contribui não só para que a sociedade civil possa prosperar, mas também para o cumprimento dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente no Sul global.

 

O ‘WINGS Enabling Environment Fund for Philanthropy’ é quem integra esta iniciativa. Por meio do fundo, a organização selecionou projetos de onze organizações em diferentes países. A ação de advocacy pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos do IDIS foi uma das contempladas. Com o recurso, seguiremos na liderança da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, grupo multisetorial composto por mais de 70 signatários, entre organizações, empresas e indivíduos, e avançaremos na agenda de incidência.

 

O valor recebido contribuirá também para a produção de conhecimento, com destaque para a publicação ‘Panorama dos Fundos Patrimoniais no Brasil’, levantamento inédito sobre os endowments ativos no país.

 

No Brasil, também foi selecionada uma ação da ABCR – Associação Brasileira dos Captadores de Recursos para a promoção de um ambiente fiscal mais favorável às organizações da sociedade civil.

Conheça no site da WINGS os demais vencedores.

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

IDIS 2022: vamos juntos!

Com energias renovadas, muitos planos e disposição, entramos em 2022 prontos para inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto!

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Hoje, compartilho alguns dos principais projetos para o ano que inicia. E por acreditar no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista, convido todos para a atuação em parceria. Vamos juntos sonhar mais, criar mais, transformar mais!

Combater os efeitos da pandemia ainda é urgente. Em 2020, respondemos criando o Fundo Emergencial para a Saúde e fortalecendo o SUS, em 2021, o foco foi o programa Redes para a Inclusão Produtiva, em parceria com o Sebrae SP, e neste ano, reunimos parceiros para lançar o Fundo de Conectividade para escolas da rede pública de ensino, visando dar aos alunos uma estrutura mais adequada para o momento que vivemos. Também nos dedicaremos ao Transformando Territórios, programa de desenvolvimento de institutos e fundações comunitárias por meio do qual, com o apoio da Mott Foundation, investiremos R$ 1 milhão no fomento de iniciativas, e seguiremos na liderança da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, atuando para melhorar o ambiente regulatório para este importante mecanismo de sustentabilidade para causas e organizações.

Entre os projetos de Conhecimento, destaco o mapeamento de tendências da filantropia que lançaremos ainda no início deste ano, além da realização do 11º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, que pretendemos realizar em formato híbrido, com sessões presenciais e transmissão ao vivo. Teremos duas publicações sobre Fundos Patrimoniais no Brasil, que nos permitirão entender com mais exatidão o panorama no País, um estudo sobre modelos emergentes de doação, desenvolvido em parceria com a Lilly School of Philanthropy, e o apoio à realização da Pesquisa Voluntariado no Brasil 2001+20.

Por meio da consultoria, vamos manter a realização de projetos customizados para famílias, empresas e organizações da sociedade civil, os apoiando em sua trajetória de investimento social. O suporte para o planejamento estratégico deve se manter forte, e a tendência mostra que há crescente demanda por apoio técnico em áreas como criação de fundos patrimoniais, gestão da doação e avaliação de impacto.

A agenda ESG, por fim, deve seguir ganhando relevância. No ano passado, participamos ativamente da criação do Pacto de Promoção da Equidade Racial e nosso foco será no fortalecimento do pilar SOCIAL, contribuindo ao debate e à produção de conhecimento, por meio de artigos, notas técnicas e eventos, e oferecendo consultoria àqueles que pretendem evoluir nesta pauta.

Internamente, investiremos em processos e no desenvolvimento de nossa equipe, nosso maior ativo!

Os dozes meses parecem pouco, mas não estamos sós. É colaborando uns com os outros e criando pontes que chegaremos mais longe e mais rápido. Será um ano de grandes projetos, de muito impacto e de colaboração!

Um feliz 2022 para todos nós!

Paula Fabiani

Queda de doações é destaque no Jornal Nacional

A diminuição de mobilizações solidárias está deixando muitas famílias desamparadas neste período precário de crise econômica. A queda de doações de cestas básicas para comunidades carentes, em especial no primeiro mês do ano, evidencia o prejuízo que muitas famílias estão enfrentando e reforça a necessidade e importância das doações.

A Pesquisa Doação Brasil 2020 revelou uma queda no número de doações no país. Em 2015, o percentual da população que havia realizado algum tipo de doação foi de 77%, já em 2020, o percentual caiu para em 66%. O mesmo ocorreu para doações para organizações/iniciativas socioambientais, a redução foi de 46% para 37%. Diante desses dados não é difícil perceber a relevância de uma mobilização da sociedade, de empresas e grandes corporações, assim como a criação de políticas públicas que visem mudar essa realidade.

Convidada para comentar a situação, Paula Fabiani, CEO do IDIS, reflete:

“Acho que é necessário que a sociedade tenha mais campanhas de engajamento das empresas e o próprio governo tenha políticas públicas para promover e cobrar a participação das corporações e também das médias e pequenas”.

Assista aqui a notícia na íntegra.

 

Desafios da colaboração entre empreendedores sociais

Agenda comum, liderança e diálogo são pontos fundamentais para ONGs e negócios sociais ajudarem a atingir objetivos da ONU

 

Vivemos em uma sociedade desigual e que coloca em risco a sobrevivência dos seres que aqui habitam. Precisamos repensar o consumo e nossas relações humanas e organizacionais.

Este anseio pode ser endereçado se trabalharmos pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), movimento liderado pela ONU para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e garantir que as pessoas desfrutem de paz e de prosperidade.

Mas precisamos atuar já e juntos, para que esses objetivos sejam atingidos em 2030, e não em 2093, como se projeta se continuarmos a agir da mesma maneira.

Em um momento em que desafios foram acentuados pela pandemia, a polarização e crise de confiança nas instituições dificultam a união em torno de agendas prioritárias. Por isso, a colaboração se torna ainda mais vital.

Para promover a colaboração e catalisar condições para acelerar a implantação dos ODS, surge o movimento Catalyst 2030 no mundo, que conta com um capítulo brasileiro.

O movimento acredita que um caminho promissor é a colaboração entre empreendedores sociais, ou seja, líderes de ONGs e negócios de impacto.

Contudo, apesar do alinhamento de propósito para a geração de impactos socioambientais destes líderes, é preciso reconhecer alguns desafios que devem ser superados para que a colaboração potencialize os atributos de diferentes visões em projetos conjuntos.

ONGs e negócios de impacto podem apresentar ritmos, repertórios e competências diversas. Desta forma, as capacidades operacionais precisam ser compreendidas em suas especificidades, e as prioridades bem estruturadas. Diferenças metodológicas e processuais precisam ser equalizadas no processo colaborativo.

Neste tipo de arranjo, há que se observar ainda a governança da colaboração, evitando conflitos de interlocução, e as diferentes abordagens comunicacionais, cuidando para que o projeto tenha uma voz própria que represente, de forma colaborativa, o conjunto das iniciativas realizadoras.

E, por fim, o desafio do financiamento, comum a quaisquer empreendedores sociais, pode se tornar uma oportunidade de ampliação das possibilidades, uma vez que ONGs e negócios sociais podem acessar uma maior diversidade de fontes.

Somente unindo forças nesse momento de reconstrução do mundo e das organizações é que podemos encontrar uma saída para que consigamos atingir os ODS em colaboração.

A implementação dos ODS alinhados com a estratégia não somente nos fortalece para resolvermos os problemas socioambientais mais rapidamente no mundo, mas também intensifica a relação entre todos os setores através da comunicação de uma linguagem comum e global.

Também promove inovação no desenvolvimento de soluções socioambientais, favorece a atração de novos talentos comprometidos com a causa e de investimentos a longo prazo.

Na prática, estabelecer agendas de colaboração entre ONGs e negócios de impacto para promover impacto coordenado e sustentável depende de uma visão ampla sobre pontos de atenção que não podem ser deixados de lado.

AGENDA COMUM

É fundamental que haja clareza sobre as ODS que busca atingir, e a estratégia que será utilizada em torno disso se aproveitando das fortalezas de cada iniciativa envolvida. Muitas vezes, uma boa discussão sobre o plano de trabalho antecipa problemas em momentos futuros.

LIDERANÇA E COLABORAÇÃO

A governança da colaboração precisa estar alinhada e estruturada: a interlocução deve ser única e o fluxo interno de conhecimento deve escoar na direção correta, evitando uma descentralização que prejudique o resultado.

Os times devem ter claras as maneiras de interagir entre si, e o ritmo de trabalho deve respeitar as limitações e possibilidades de todos os envolvidos.

ESCUTA E DIÁLOGO

Nada mais importante em processos de colaboração do que a oportunidade de se aprender com experiências diversas. ONGs e negócios de impacto trazem repertórios complementares que, unidos, podem gerar soluções poderosas –e nesse contexto, a escuta e a troca se tornam ferramentas poderosas para o sucesso da colaboração.

 

Por Larissa Gurjão (SIB Impact), Paula Brandão (Baluarte Cultura), Paula Fabiani (IDIS) e Rodrigo Pipponzi (MOL)

Este artigo foi publicado originalmente pela Folha de São Paulo.

Estudo destaca as empresas líderes em investimento social corporativo no Brasil e no mundo em 2020

Pesquisa inédita realizada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social aponta as organizações que mais destinaram recursos a iniciativas sociais no ano passado

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social realizou, a pedido do Itaú Unibanco, um levantamento sobre o investimento social realizado por empresas do mundo todo durante o ano de 2020. O ranking revela quais são as 10 empresas brasileiras e as 10 internacionais que mais contribuíram para ações socioambientais, por meio de doações e patrocínios, durante o último ano, marcado pela crise sanitária.

No Brasil, a empresa mais bem colocada é o Itaú Unibanco, com valor total investido de R$ 1,8 bilhão. O banco também se destacou no ranking global, figurando em 8º lugar, atrás apenas de gigantes norte-americanas e uma grande organização chinesa. Ainda neste ranking internacional, o destaque foi a empresa Microsoft, com US$ 2,3 bilhões investidos. Confira os rankings a seguir:

 

Ranking Nacional de Doações Corporativas 2020

ORGANIZAÇÃO

VALOR DOADO (R$)

LUCRO LÍQUIDO (R$)

DOAÇÃO/LUCRO LÍQUIDO

# 1 Itaú R$ 1.816.190.000 R$ 15.064.000.000 12,1%
#2 Vale R$ 1.110.380.000 R$ 23.379.960.000 4,7%
#3 Bradesco R$ 947.540.000 R$ 19.458.000.000 4,9%
#4 Cogna Educação R$ 326.850.000 -R$ 5.805.798.000 n/a
#5 JBS R$ 316.100.000 R$ 4.598.300.000 6,9%
#6 Rede D’Or R$ 224.102.000 R$ 459.423.000 48,8%
#7 Banco do Brasil R$ 206.050.000 R$ 13.884.000.000 1,5%
#8 Claro R$ 153.570.000 R$ 3.475.863.000 4,4%
#9 Ambev R$ 150.008.280 R$ 12.104.300.000 1,2%
#10 Petrobras R$ 145.553.000 R$ 6.246.000.000 2,3%
TOTAL R$ 5.396.343.280

Fonte: IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

 

 

Ranking Internacional de Doações Corporativas 2020

ORGANIZAÇÃO

VALOR DOADO (USD)

LUCRO LÍQUIDO (USD)

DOAÇÃO/LUCRO LÍQUIDO

#1 Microsoft

 2.328.500.000

44.281.000.000

5,3%

#2 Salesforce

1.531.000.000

126.000.000

1.215%

#3 Walmart

1.443.000.000

15.201.000.000

9,5%

#4 Google

1.112.000.000

40.269.000.000

2,8%

#5 Wells Fargo

511.412.000

3.301.000.000

15,5%

#6 Cisco Systems

511.000.000

11.214.000.000

4,6%

#7 ByteDance

425.000.000

(45.000.000.000)

n/a

#8 Itaú

350.007.709

2.903.064.174

12,1%

#9 Tencent

330.061.350

23.176.645.161

1,4%

#10 Mastercard

257.168.000

6.411.000.000

4,0%

TOTAL

8.799.149.059

Fonte: IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

 

O critério para o posicionamento das empresas levou em conta o volume financeiro das doações e o percentual que esse valor representa no lucro líquido de cada corporação. Além das doações financeiras em dinheiro, o ranking considera doações de produtos e serviços, patrocínios realizados por meio de leis de incentivo (no caso nacional), doações reportadas em conjunto com outras empresas (desde que especifique o valor de cada uma), e a parcela referente aos aportes da empresa mantenedora via rendimentos dos fundos patrimoniais para os Institutos e Fundações Empresariais.
Além da avaliação quantitativa, o IDIS considerou no estudo o alinhamento estratégico das ações com o negócio da empresa e também se o montante disponibilizado para o combate à pandemia era apenas em caráter emergencial ou se havia histórico e previsão de manutenção dos aportes de recursos.

Todos os valores utilizados na pesquisa foram obtidos em fontes públicas de informação relacionadas à filantropia. São elas: Giving USA 2021, CANDID- Philantropy and Covid- 19 Measuring One Year of Giving, Foundation Maps- Philantropy’s response to coronavirus, Foundation Directory Online, Relação com Investidores (DRE, Reports Covid), Monitor de Ações ABCR, GIFE, Leis de Incentivo Fiscal e Relatórios Anuais Integrados, de Sustentabilidade, Responsabilidade Corporativa e ESG.

O RANKING DE DOAÇÕES CORPORATIVAS complementa os achados recentemente divulgados do Censo GIFE e Relatório BISC. Os estudos, que contemplam parte considerável das mais importantes empresas do País, estimam um volume de R$ 6,9 bilhões relativo ao investimento social privado em 2020. A considerar diferenças metodológicas e de amostra, o investimento total das 10 empresas que compõem o ranking nacional realizado pelo IDIS é de R$ 5,4 bilhões, mostrando uma concentração grande dos investimentos em poucas empresas.

“Dados são essenciais para orientar nossa ação. Fica claro que o investimento social corporativo ainda está muito concentrado e que é preciso engajar cada vez mais organizações. Esta é uma jornada que começa com o entendimento de que as empresas são parte da solução de nossos desafios socioambientais e segue até um comprometimento de longo prazo com a transformação. Outro ponto importante a se considerar será o comportamento dessas empresas nos próximos anos, o quanto o incremento visto em 2020 influenciará suas estratégicas e políticas de investimento social corporativo, assim como o efeito no setor em geral.”, comenta Renato Rebelo, diretor da unidade de Consultoria do IDIS.

Baixe a publicação completa aqui.

Panorama dos Fundos Patrimoniais no Brasil é tema de nova publicação do IDIS

Será que existem muitos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no Brasil? Qual será o patrimônio deles? Quantos estão dentro do modelo da lei 13.800 que os regulamenta? Em quais setores eles são mais comuns e quais causas apoiam?

 

Essas são algumas perguntas que pessoas que trabalham com investimento social privado e se preocupam com a sustentabilidade de causas e organizações se fazem de vez em quando, e não encontram respostas.

 

Para suprir essa lacuna de conhecimento sobre os Fundos Patrimoniais, o IDIS está preparando uma nova publicação: PANORAMA DOS FUNDOS PATRIMONIAIS NO BRASIL.

 

O ‘coração’ da publicação será uma lista com dados sobre os principais endowments brasileiros. Ao todo, foram mapeados cinquenta Fundos Patrimoniais em atividade, sendo que mais de trinta foram criados depois que o IDIS iniciou o advocacy. O patrimônio total alocado nos Fundos, atualmente, ultrapassa R$ 75 bilhões, e a faixa de valor na qual há maior concentração de endowments é entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões.

 

Além disso, o livro vai trazer uma breve história dos endowments no Brasil e no mundo, destaques para cases exemplares, e sessão especial para aqueles que estão em dúvida se devem ou não estruturar um Fundo Patrimonial.  O objetivo é criar um material de leitura rápida, porém carregado de dados importantes para quem lida ou quer lidar com o tema.

 

A publicação conta com o apoio de BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, Instituto Sabin, Luis Stuhlberger, Movimento Bem Maior, Pragma Gestão de Patrimônio, Sitawi Finanças do Bem, Teresa Bracher e WINGS Worldwide Initiatives for Grantmaker Support. O lançamento está previsto para março de 2022.

 

Promotores desta causa deste 2012, para fortalecer este mecanismo de sustentabilidade para causas e organizações, oferecemos consultoria e lideramos a Coalizão Pelos Fundos Filantrópicos. Entre as conquistas, a aprovação da Lei 13.800, em janeiro de 2019.

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

1 milhão de reais em matching para desenvolvimento de organizações comunitárias

Com 14 organizações participantes e 1 milhão de reais captados com a Charles Stewart Mott Foundation para matching de recursos locais, o Transformando Territórios está encerrando 2021 com grandes avanços e planos ainda maiores para 2022. O projeto, realizado pelo IDIS, teve início em 2020 com apoio da fundação americana e tem como objetivo fomentar e apoiar o desenvolvimento de fundações e institutos comunitários no Brasil.

Apesar das grandes dificuldades e mudanças causadas pela pandemia da COVID-19 ao longo dos últimos quase dois anos, o Transformando Territórios continuou as atividades junto a um grupo de 20 lideranças interessadas no desenvolvimento de uma organização comunitária em seus territórios, acreditando que este modelo operacional poderá trazer as mudanças e avanços necessários para a filantropia local.

Entre as ações deste ano, estão workshops, palestras, consultorias individuais e em grupo, fortalecendo e apoiando estes líderes para o desenvolvimento destas organizações. Ao todo, 12 encontros foram realizados ao longo do ano e mais de 200 pessoas foram impactadas.

Para fortalecer as organizações participantes do programa, serão disponibilizados o R$ 1 milhão da Mott Foundation. A doação será em formato de matching, ou seja, para cada 1 real captado por estas organizações a Mott Foundation doa 1 real para elas. Entre os doadores locais, estão o Instituto ACP, que selecionou três organizações para receberem aportes financeiros com atividades de desenvolvimento institucional, e pessoas físicas como José Luiz Setúbal, Teresa Bracher e Flavio Bitelman.

TransformandoTerritorios_BeatrizJohannpeterPara disseminar o conceito da filantropia comunitária e engajar doadores, o Transformando Territórios conta com cinco embaixadores: Beatriz Johannpeter, Helena Monteiro, José Luiz Egydio Setúbal, Lúcia Dellagnelo e Maria Alice (Neca) Setúbal. Ao longo do ano, com apoio do IDIS e da Levisky Legado, dois embaixadores e a filantropa Betty Feffer promoveram eventos para um número restrito de convidados, que puderam debater o tema, conhecer exemplos práticos e planejar estratégias de apoio.

Com planos para 2022, além da continuidade das consultorias, palestras e workshops, o IDIS planeja um seminário com as organizações participantes, apoiadores e embaixadores, além da produção de uma publicação sobre a trajetória deste Programa.

Para conhecer mais sobre as organizações, embaixadores e novidades, acesse o site do Programa Transformando Territórios.

IDIS atualiza valores institucionais 

Os valores são as diretrizes que guiam a equipe no caminho em direção à missão do IDIS. Eles representam a nossa identidade e como nos orientamos internamente na solução de problemas e tomada de decisão. Com a renovação da marca institucional do IDIS e com o crescimento da equipe IDIS nos últimos anos, voltamos os olhares para dentro, buscando identificar quais os valores que compartilhamos enquanto organização.

É a nossa cultura que nos une na missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Com este objetivo e em um intenso processo de conversas e reflexões juntos aos colaboradores, identificamos internamente aquilo que nos define enquanto organização, e de forma participativa com toda a equipe, alinhamos e colocamos em palavras nossa cultura e nossos valores:

Excelência

Nossos projetos e iniciativas são desenvolvidos com embasamento técnico. Estudo, pesquisa, leitura, estudos de caso, entrevistas com especialistas e análise de dados são insumos diários da nossa atuação. Somos inteiramente responsáveis pelas informações que transmitimos para nossos clientes, parceiros e para a sociedade em geral, e o rigor técnico com o qual elaboramos nossos conteúdos é o que constrói e mantém a credibilidade da organização.

Os desafios para a busca de um futuro mais justo e sustentável são inúmeros e enormes, mas nós sonhamos grande e enfrentamos a complexidade e os obstáculos de frente! Cada um dos projetos e iniciativas que realizamos nos ensina novos caminhos e nos traz ainda mais ferramentas a serem usadas para dar passos cada vez maiores em direção à nossa missão.

 

Aprendizado

A busca pelo conhecimento é uma caminhada que nunca chega ao fim. Somos curiosos! Há sempre um novo conceito para aprender, há sempre uma nova tendência que desponta no mundo, há sempre um novo autor, uma organização que propõe um modelo de atuação totalmente novo, uma nova pesquisa, um evento que nos abre novas portas e tantas outras oportunidades. Esse vasto mar aberto do conhecimento nos inspira, nos entusiasma e incentiva cada um de nós a buscar sempre mais.

A reflexão sobre estratégias e caminhos é fundamental para definirmos a direção a seguir, mas também somos implementadores! Botamos a “mão na massa” e tiramos os planos do papel para lidar com as árduas barreiras da realidade prática. Além disso, após cada execução realizada, analisamos cuidadosamente os aprendizados de cada etapa, para que possamos estar cada vez melhor preparados para os próximos desafios, já que sabemos que eles serão cada vez maiores.

 

Colaboração

Acreditamos que a pluralidade de opiniões, origens, histórias de vida e de repertório enriquecem o nosso trabalho e aumentam o nosso potencial de impacto. Por isso, agimos de forma colaborativa, celebramos a diversidade e acreditamos no poder das parcerias. Cada pessoa traz uma contribuição única e, juntos, podemos aprender uns com os outros, analisar com mais profundidade e ter melhores ideias e resultados.

 

Respeito

Vivemos na era das polarizações, e percebemos a dificuldade de encontrar bases de pensamento comum entre diferentes atores. Diante disso, torna-se ainda mais importante manter uma postura propositiva, que incentiva a abertura ao diálogo, o respeito e a escuta como estratégia para unir esforços, ao invés de acentuar os conflitos. Acreditamos que trabalhar para construir propostas e soluções é muito mais eficaz do que criticar e apontar erros. Mesmo em visões de mundo distintas, podem existir objetivos comuns e é aí que devemos explorar todo o potencial transformador das parcerias.

Transparência

Nenhum passo ou resultado deve ser celebrado se não estiver completamente pautado por atitudes éticas, que garantam o respeito, a transparência e a conformidade com leis, normas, princípios morais e o reconhecimento de que, acima de qualquer coisa, somos seres humanos buscando contribuir com o bem-estar de outros seres humanos.

Sustentabilidade

Sabemos que a nossa jornada e nossa missão exigem um esforço de longo-prazo. Portanto, garantir a perenidade da nossa atuação é fundamental para a continuidade da nossa operação. Precisamos realizar a melhor gestão possível dos nossos talentos, recursos financeiros e do nosso conhecimento, para que todos eles sejam aplicados em sua maior potência.

Prazer, somos o IDIS!

Equipe_IDIS

 

 

 

Retrospectiva 2021: um ano de mudanças e esperança

Em 2021, tivemos mudanças significativas no IDIS e também no mundo. Logo no início do ano, deu-se início à vacinação contra COVID-19 no Brasil, trazendo esperança em contraponto aos desafios e incertezas que enfrentamos em 2020. Aqui no IDIS, isso nos contagiou e continuamos nos adaptando às novas possibilidades e respondendo aos desafios criados por essa nova realidade. 

Entre as mudanças, estabelecemos, por definitivo, a nossa nova marca e lançamos um novo site institucional. Nossa tradicional newsletter mensal, o InVista Social, também ganhou nova cara e ampliamos a nossa presença nas mídias sociais. Renovamos nossos valores institucionais e também reinauguramos nosso escritório, reformado, acolhedor e mais adequado aos novos tempos! 

 

O nosso tripé de atuação consultoria, projetos de impacto e conhecimento se consolidou. Foram mais de 50 projetos executados com focos diversos como planejamento estratégico, estruturação de fundos patrimoniais, gestão da doação e avaliação de impacto.

 

Já na área de conhecimento, continuamos com nossa vocação de refletir sobre tendências, ler cenários e sistematizar conceitos e metodologias. Foram mais de 10 publicações, artigos e notas técnicas lançadas, 10 eventos. Neste ano, lançamos a segunda edição da Pesquisa Doação Brasil e realizamos duas edições do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, uma online e outra presencial ao final do ano, quando a pandemia permitiu um encontro reduzido e ao ar livre. Ao todo, impactamos diretamente quase 100 mil pessoas!

 

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, realizado em 17 de novembro de 2021. (Foto: André Porto)

 

Os projetos de impacto, que o IDIS implementa e lidera, continuaram avançando e retomando atividades presenciais conforme a pandemia permitia. O Transformando Territórios, em parceria com a Charles Mott Foundation, que fomenta a criação e consolidação de institutos e fundações comunitárias, arrecadou mais de R$ 1 milhão para realizar doações em formato de matching  para as 14 organizações participantes. E o Pacto de Promoção da Equidade Racial foi lançado, em que auxiliamos na criação do IEER – Índice ESG de Equidade Racial, que guiará empresas e investidores interessados e comprometidos com a causa racial. Já o programa Redes para Inclusão Produtiva, em parceria com o Sebrae-SP, iniciou a última das cinco etapas de fortalecimento de organizações sociais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, fomentando o empreendedorismo e a geração de renda em quatro macrorregiões do Estado de São Paulo.

 

Conforme as taxas de vacinação aumentavam e o número de casos de COVID-19 se estabilizaram, voltamos a nos encontrar presencialmente no escritório com limitação de pessoas e com cuidados sanitários. Após a vacinação completa de toda a equipe, nos reunimos pela primeira vez em uma confraternização de final de ano para celebrar as conquistas do ano que passou. 

 

 

Foram muitas histórias ao longo do ano. Os detalhes, contaremos em nosso relatório de atividade, que será lançado em 2022. Mas não poderíamos encerrar o ano sem agradecer a todas e todos que estiveram conosco – equipe, conselho, clientes e parceiros. 

 

Esperamos que tenham um ótimo período de festas e que as energias se renovem, pois há muito ainda para construirmos!