Você já ouviu falar em Institutos e Fundações Comunitárias?

O conceito de Fundação Comunitária surgiu nos Estados Unidos, mais precisamente em Cleveland/Ohio, em 1914, como uma solução para a dificuldade que os bancos encontravam em satisfazer o desejo de seus clientes de doar parte de seus recursos para organizações filantrópicas em testamento, pois não havia regras específicas para isso. Desde então, se espalhou pelos Estados Unidos tornou-se popular em outros países da América do Norte, Europa e mais recentemente, na África. De acordo com o Community Foundation Atlas, atualmente existem mais de 1.800 Fundações Comunitárias no mundo, que movimentam anualmente mais de USD 5 bilhões.

Mas o que são Institutos ou Fundações Comunitárias? Certamente você conhece ou já ouviu falar de organizações não governamentais (ONGs) que lutam em prol de uma causa como saúde, combate à fome, educação, meio ambiente, etc. Diferente das ONGs tradicionais, os Institutos ou Fundações Comunitárias atuam em um território geográfico específico, seja este um bairro, distrito ou até uma cidade ou região, e trabalham na solução dos problemas prioritários daquela localidade, ou seja, são multi-temáticos.

Os Institutos e Fundações Comunitárias se diferem também em outros princípios como:

  • Não executam projetos sociais, seu objetivo é apoiar financeiramente e tecnicamente iniciativas no território em que atuam;
  • Constroem conexões, capacidade e confiança dentro do território;
  • Servem como ponte entre os diversos atores de dentro e fora da localidade;
  • São gestoras de doação e doadores;
  • Buscam a construção de fundos temáticos e fundos patrimoniais para garantir perenidade de investimento no território;
  • Sua governança tem membros do território em sua composição.

Os Institutos e Fundações Comunitárias têm um modelo de organização social que fomenta o protagonismo local e empodera a comunidade reduzindo desigualdades, promovendo o desenvolvimento local sustentável e agindo como interlocutora dos diversos stakeholders (parte interessadas).

INSTITUTOS E FUNDAÇÕES COMUNITÁRIAS NO BRASIL

Hoje, no Brasil, apenas três organizações operam neste modelo: o Instituto Comunitário Grande Florianópolis, o Tabôa – Desenvolvimento Comunitário e o Instituto Baixada Maranhense.  Entendendo a importância deste tipo de instituição para o desenvolvimento social inclusivo, o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation, criou o programa Transformando Territórios, que vem fomentando a criação de mais Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, desde 2018.

Você já ouviu falar em Institutos e Fundações Comunitárias?

Evento – Fundação ABH (antes da pandemia de Covid-19)

Uma das organizações participantes é a Fundação ABH, que atua na periferia sul da cidade de São Paulo com o objetivo de gerar sustentabilidade e trazer investimento de maneira perene para a região, tendo sempre atores da comunidade envolvidos na concepção e desenvolvimento de todos as iniciativas que realiza. Com apoio do IDIS e do Programa Transformando Territórios, em 2021, a Fundação ABH criou o projeto PerifaSul 2050, que está sendo construído por meio de um processo colaborativo e empoderador, onde são identificadas as temáticas prioritárias para o território em curto, médio e longo prazo, junto aos atores locais. É um projeto ambicioso, pois vai além da construção de um plano, ele fomenta o protagonismo local, a construção de relações de confiança e cria uma visão e objetivos comuns para a região.

Para a Fundação ABH, é fundamental a participação e o envolvimento das pessoas do território. Se todos se percebem como parte do processo, entendendo seu papel e como podem contribuir para alcançar os objetivos em comum, a comunidade se torna protagonista na construção de soluções, na inovação de seus fazeres e o resultado desse processo pode ser exponencial.

O PerifaSul 2050 já identificou as três causas “guarda-chuva” prioritárias para o território: Inclusão Produtiva; Desenvolvimento Comunitário e Vida Digna e Bem-Estar. Estas causas contemplam ainda subtemas que são abordados e discutidos em cada reunião. A cada oficina, os atores sociais traçam atividades, metas, objetivos e os resultados esperados. André Benelli, participante do PerifaSul 2050 e membro do coletivo Fora de Frequência, reforça o foco no desenvolvimento local: “Acredito que todos os temas escolhidos são de extrema relevância e, de certa forma, todos estão associados com direitos básicos da vida em sociedade. Com isso, proporcionar ações que melhorem todos esses campos sociais, é contribuir e muito com o desenvolvimento humano no território sul da cidade de São Paulo”.

Transformando Territórios e Fundação ABH

Evento – Fundação ABH (antes da pandemia de Covid-19)

Assim como a Fundação ABH outras organizações estão se desenvolvendo como Institutos ou Fundações Comunitárias e participando desta mudança no cenário do terceiro setor e da filantropia social. O Programa Transformando Territórios está atuando em parceria com organizações em São Paulo, Minas Gerais, Amazônia, Rio de Janeiro, entre outros.

Saiba mais sobre o Programa Transformando Territórios.

Por Marina Fay, Diretora-Executiva da Fundação ABH, e Paula Fabiani, CEO do IDIS

 

A esperança exige disciplina: destaques do Global Philanthropy Forum 2022

Com vista à Golden Gate, cartão postal de San Francisco, aconteceu, em novembro, o Global Philanthropy Forum (GPF). Em clima de celebração, depois de dois anos sem encontros presenciais, o evento reuniu 160 participantes ao longo de dois dias de programação. A delegação brasileira, liderada pelo IDIS, estava mais uma vez presente, com 11 membros, de diferentes organizações.

Equidade racial e de gênero, doações locais e baseadas em confiança, e a contribuição da filantropia para o combate às mudanças climáticas, foram alguns dos temas globais presentes ao longo de muitos dos debates do evento.

A plenária de abertura teve como tema a ‘Democracia sob Ameaça’. Autoritarismo, desinformação, discurso de ódio e ataque aos direitos humanos são evidenciados em diversas parte do mundo. Os desafios não são poucos, mas como disse o palestrante David Litt, “as pessoas ainda querem viver em uma democracia” e por isso há tantas iniciativas que abrem caminhos para um futuro mais promissor. Entre os exemplos, ações para reduzir a polarização baseada na construção de relações, o financiamento a coletivos e o fortalecimento das instituições. Nessa sessão, assim como em outras ao logo do dia, foi destacada a importância de veículos independentes e a proteção aos jornalistas.

A equidade racial foi o foco da segunda sessão do evento, mas permeou uma série de outras conversas. Angela Glover Blackwell, ativista na organização PolicyLink, foi entrevistada por Philip Yun, CEO do GPF, e chamou atenção ao fato de que a luta pela equidade é conhecida pelos negros, mas brancos ainda não estão à vontade para falarem sobre racismo e devemos encontrar formas para que elas desenvolvam essa musculatura. Angela disse a frase que se tornou o mantra do evento – “a esperança exige disciplina”. Reforçou que falar sobre racismo exige disciplina e que é preciso melhores narrativas, pois há muitas histórias que podem ser contadas. Destacou que é preciso mudar o sistema baseado em opressão para um onde a generosidade seja o motor e que é com equidade que vamos todos progredir.

Em uma sessão que tinha como foco negócios de impacto liderados por negros e pardos, foi abordada a importância de ao mesmo tempo em que é dada liberdade para as organizações investirem em suas prioridades e eventualmente errarem, filantropos podem ser próximos, contribuir para as reflexões e oferecer treinamentos e capacitações, Para o próximo ano, o GPF anunciou que interesse em trazer uma sessão a partir de um estudo sobre doadores negros, realizado pela Lilly Family School of Philanthropy.

Diversos debates tiveram a filantropia como foco. Uma sessão abordou o papel da forma como são feitas as doações para a construção de uma economia mais equitativa, outra, uma reflexão sobre como investir em conhecimentos locais. Houve um workshop sobre como estruturar giving circles e estimular a doação a partir da perspectiva de comunidades. E como não poderia faltar, uma plenária deu luz a modelos inovadores. A importância da doação baseada em confiança, do apoio livre e de longo prazo foi mencionado em todas as mesas. De acordo com Glen Galaich, CEO da Stupski Foundation, “nós complicamos muito as coisas, enquanto nossa preocupação deveria ser apenas doar recursos”.

Houve muitas falas sobre a importância de agentes sociais poderem investir sua energia na ação e não na prestação de contas tão detalhada. Foi defendida a ideia também de que doadores deveriam ser analisados por seus financiados e ganhar notas por isso. A questão da disposição maior ao risco por vezes foi relacionada a uma forma para solução de questões complexas: é preciso agir e o fracasso pode trazer grandes aprendizados e inclusive nos levar mais rápido a soluções duradouras. Degan Ati, diretora executiva da Adeso, organização da Somália, trouxe alguns números para reflexão: apenas 12% dos recursos de fundações são destinados ao sul global, e 0,076% é destinado a iniciativas de jovens. “A filantropia transformativa deve mudar esses números, ao mesmo tempo que dá visibilidade às ações de generosidade e pequenas doações que acontecem diariamente entre os mais vulneráveis”, colocou Degan.

Outro aspecto muito destacado foi o olhar para a doação a partir da perspectiva local. O ativista canadense Yonis Hassan chama atenção à mudança de narrativa – “não é uma caridade. Os doadores não estão ajudando as organizações. São as organizações que estão ajudando os doadores a alcançarem a mudança que desejam ver.” Ele foi bastante enfático sobre a importância do financiamento de organizações que atuam em um território específico e o fortalecimento das lideranças. A indígena Nemonte Nenquimo, por sua vez, contou sua história de luta pelo direito à terra e proteção das florestas no Equador. Em seu movimento, reúne indígenas afetados pela ação do estado e aqueles que ainda vivem em terras mais isoladas, além de agentes internacionais que contribuem para a articulação.

É estimado que o patrimônio de fundações americanas investido em fundos seja de 160 bilhões de dólares. Estes recursos estão ‘parados’ e por isso o debate sobre gestão é grande no país. O movimento #HalfMyDAF advoga que metade destes valores seja transferido para OSCs e se propõe a fazer o match de tudo que for doado. Na mesma linha, Glen Galeich, destaca que “fundações hoje são apenas parte do sistema financeiro e que o dinheiro está apenas circulando para gerar mais dinheiro”. O aumento da velocidade da transferência de recursos, transparência, accountability, mecanismos de blended finance e venture philanthropy foram explorados.  A duração do financiamento também foi destacada. Para Carlos Saavedra, diretor executivo do Ayni Institute, “a transformação leva tempo. Doações por apenas 1 ano não é nada. Os financiamentos devem ter entre 3 e 10 anos.”

A questão da Saúde global, a partir das experiências da pandemia, ganhou uma sessão específica. “A Covid foi uma lupa, que revelou em detalhes as desigualdades” disse Chet Hewitt, CEO da Sierra Health Foundation. Foi destacada a importância das organizações sociais neste momento, a legitimidade que as lideranças locais tinham para orientar a população e como foram parceiros cruciais para o poder público.

A empatia e a colaboração como elementos basilares para os avanços que queremos ver estiveram presentes em todo o evento, que incluiu na agenda diversos momentos para interação entre os participantes. “Tive a oportunidade de conhecer pessoas com experiências muito interessantes e trocar pontos de vista. Ao participar do evento, ampliei meus horizontes e creio que poderão surgir parcerias interessantes.” comenta Luisa Lima, gerente de comunicação e conhecimento no IDIS, e também responsável pela produção do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, a versão local do GPF.

Brasil no GPF

Liderada por Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Luisa Lima, a delegação do GPF teve a participação de Antony Assumpção e Rodrigo Lowen (Hospital Pequeno Príncipe), Carolina Barrios (Fundação Maria Cecília Souto Vidigal), Daniela Grelin (Instituto Avon), Fernanda Quintas e Rosalu Ferraz Fladt Queiroz (Liga Solidária), Guilherme Barros (Fundação Lemman), Juliana Depaula (BTG) e Nicole Rodrigues Carnizelo (Associação Santa Plural). Como parceiros do evento, o IDIS anualmente organiza a viagem, fortalecendo o relacionamento entre os participantes e com a comunidade filantrópica global. Tem interesse em participar? Entre em contato conosco. O GPF ainda não tem data definida, e será divulgada a nossa comunidade assim que for anunciada.

O que são endowments?

Fundo patrimonial, em inglês endowment, consiste na reunião de um patrimônio que deve servir de fonte de recursos previsíveis e perenes no tempo para uma causa altruísta eleita. Um endowment existe para dar perenidade à causa, proteger um determinado patrimônio dos riscos usuais de uma atividade operacional e, em especial, da utilização ineficiente ou desorganizada dos recursos.

Em se tratando de uma causa altruísta, o endowment deve ser de titularidade ou vinculado a uma pessoa jurídica sem fins lucrativos – universidades, museus, teatros, orquestras, hospitais – como um dos meios para garantir sua sustentabilidade  econômica de longo prazo e sua perenização.

O capital que compõe esses fundos é proveniente de doações de pessoas físicas, pessoas jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, heranças e legados com o objetivo de perpetuar uma causa, deixar um legado permanente, eternizar valores, por vezes familiares, perante a sociedade.

 

Como funcionam?

A maioria dos endowments nasce com a obrigação de preservar perpetuamente o valor doado, para que este gere rendimentos como forma de garantir a sustentabilidade financeira da organização no longo prazo ou por um período de tempo pré-definido.

Fundos_Patrimoniais_fiscal

O fundo patrimonial deve ser separado contabilmente do patrimônio operacional da instituição, para facilitar a visualização da manutenção de seu poder aquisitivo e a não utilização para outros fins, podendo inclusive constituir uma personalidade jurídica separada da organização beneficiária.

O valor dos rendimentos é utilizado no custeio de despesas operacionais, manutenção das atividades, projetos específicos ou outro fim específico da instituição, mantendo intacto o investimento inicial no longo prazo. Tais fundos devem possuir regras claras para o uso e aplicação dos recursos, visando a perpetuidade da ação filantrópica, exigindo um modelo de gestão de investimentos e uma governança adequada.

Em suma, os fundos patrimoniais garantem ao doador que

    • o dinheiro será
      aplicado na causa escolhida por ele,
    • o uso do dinheiro será regido por
      normas rígidas e transparentes e
    • o dinheiro irá durar o tempo que o investidor definir (IDIS, 2016a).

 

Segundo Sotto-Maior (2011), é importante ressaltar que os fundos patrimoniais não são fundos de investimento, já que esses últimos são instrumentos que investidores usam em busca de retorno financeiro, diferentemente dos endowments, que visam à perenidade de uma organização e sua viabilidade financeira, com interesse coletivo.

Entretanto, é importante mencionar que os recursos dos endowments podem ser investidos em fundos de investimento na busca de rentabilização.

Além disso, Fabiani, Kisil e Alvarez (2013, p. 18) explicam que fundos patrimoniais também não são fundos de reserva, “que são recursos que uma organização separa de suas contas operacionais para eventuais contingências, mas não geram rendimentos suficientes para serem considerados um fundo patrimonial”.

Os fundos patrimoniais funcionam como no diagrama a seguir:

 

Por que criá-los?

Os endowments são criados para gerar rendimentos destinados a organizações da sociedade civil, universidades e instituições culturais, com o objetivo de proporcionar uma menor dependência dessas organizações de recursos públicos e novas doações, gerando maior estabilidade e condições para planejamento de longo prazo, permitindo que ampliem suas atividades em proporções e qualidade antes fora de seu alcance.

São diversas as motivações que podem levar à criação de um fundo patrimonial:

        • Perpetuar uma causa;
        •  Interesse do doador em perpetuar valores em sua família e na sociedade;
        •  Determinar um fim específico para os recursos;
        •  Estabilidade operacional no longo prazo;
        •  Independência;
        •  Profissionalização da governança e da operação;
        •  Margem para a excelência;
        •  Reduzir a perda de foco com captação

Fonte: Fabiani, Kisil e Alvarez (2013)

 

Fundos patrimoniais provêm maior estabilidade e independência financeira, facilitando a busca da excelência em organizações sem fins lucrativos. Dessa forma, as principais razões que levam alguém a doar para um endowment são: sua vontade em perpetuar uma causa ou um legado social, assegurar que seu patrimônio não será gasto rapidamente, mas irá sustentar as atividades da organização por um longo período de tempo, determinar um fim específico para os recursos, evitar a perda de foco com o esforço da captação.

Por meio da criação de um fundo patrimonial, um doador pode perenizar o apoio a uma causa, eternizando a ligação de seu nome à mesma e ao apoio à filantropia de seu país. Dessa forma, o doador deixa um importante legado para a sociedade. Além disso, fundos patrimoniais e organizações sociais são estabelecidos, em grande parte, devido a um fator de ordem emocional, com a perda de um ente familiar ou uma doença na família. Isso leva o doador a disponibilizar recursos para uma organização ou causa específica.

 

O investimento social de uma família, com o falecimento do doador, pode ser descontinuado pelas novas gerações. Herdeiros podem ter interesses diferentes ou não ter interesse em realizar ações filantrópicas. A criação de um fundo patrimonial proporciona ao doador a possibilidade de especificar tipos de projetos e causas a serem apoiados, garantindo o destino dos recursos do fundo estabelecido mesmo após seu falecimento. Ao doar para um fundo patrimonial estabelecido, o doador tem mais segurança de que seus recursos terão um destino de sustentabilidade perene e de que o valor doado não será desperdiçado ou dispendido em necessidades momentânea.

 

Uma organização que depende de um doador ou de um grupo de doadores pode perder a independência operacional para garantir a continuidade do apoio financeiro. Um fundo patrimonial promove a independência de atuação a uma organização, evitando que mesmo interesses dos doadores se sobreponham à missão da mesma.

 

A excelência é considerada um valor por muitas organizações, assim como um objetivo a ser perseguido. Entretanto, buscar a excelência requer recursos financeiros e, para uma organização sem fins lucrativos, o mantra costuma ser gastar o mínimo possível para evitar problemas futuros. Possuir uma fonte permanente de recursos permite o investimento na criação de processos que podem elevar a eficácia e a eficiência da organização, conduzindo-a à excelência.

 

Captar para a gestão e administração de uma organização do terceiro setor é um grande desafio, em particular no Brasil, onde a cultura de doação e os incentivos fiscais são direcionados apenas para projetos.

 

Em geral, o diretor executivo de uma organização dedica grande parte de seu tempo à captação, o que significa tempo e capital humano não focados na causa e no objetivo da organização. Possuir um fundo patrimonial que garanta a totalidade ou parte dos recursos necessários para a organização é um suporte para a manutenção de seu foco em sua missão social.

 

A existência de um fundo patrimonial garante a sustentabilidade de longo prazo, especialmente para as instituições cujos propósitos requerem projetos de prazos extensos para apresentar resultados.

 

Além disso, a existência de um fundo patrimonial bem gerido denota compromisso com a causa, solidez e confiabilidade. São aspectos que transmitem tranquilidade e segurança e que são facilmente percebidos por parceiros, beneficiários e funcionários. Trazem, ainda, estabilidade à organização, e permitem à equipe dedicar sua capacidade criativa para o desenvolvimento dos seus programas

 

Material extraído do GUIA 1 | Conceitos e benefícios dos Endowments como mecanismo de financiamento à cultura. Baixe aqui.

 

Mais sobre fundos patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, clique aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Programa de Estágios do IDIS promove desenvolvimento de jovens no terceiro setor

Inscrições devem ser realizadas até 7 de novembro, para início do estágio em 1º de fevereiro de 2023

Organização com mais de 20 anos de história, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social busca estagiários para integrarem sua equipe em diferentes áreas. Por meio de experiência prática, os jovens poderão aprender e se desenvolver em temas relacionados ao investimento social privado, cultura de doação e terceiro setor. Em suas atividades, apoiarão o direcionamento adequado de doações realizadas por empresas, famílias e organizações da sociedade civil (OSCs), contribuindo para diferentes causas e para impacto social positivo.

Nesta seleção, os estagiários atuarão em projetos relacionados a:

  • Consultoria em Projetos (veja os requisitos aqui) – 7 vagas
  • Administrativo-financeiro (veja requisitos aqui)- 1 vaga
  • Captação de recursos (veja requisitos aqui)- 1 vaga
  • Comunicação (veja requisitos aqui) – 1 vaga

Ao todo, serão selecionadas 10 pessoas 

Os estagiários são responsáveis por dar suporte à execução das atividades conduzidas e apoiadas pelo IDIS, garantindo cumprimento de prazos, qualidade nos produtos desenvolvidos e serviços prestados. Leia com atenção as instruções sobre o processo de seleção e os requisitos para participação.

Inscreva-se pelo 99jobs.

ETAPAS E DATAS IMPORTANTES:


Inscrições: 14/10 a 5/11

O envio de currículos deve ser feito de forma online, na plataforma 99Jobs, quando os candidatos serão solicitados também a fazer testes de habilidades específicas. Inscreva-se.

Apresentação sobre o IDIS (online): 9/11 às 17h e 10/11 às 11h

Neste encontro com uma hora de duração, os gestores do IDIS apresentarão a organização e poderão tirar dúvidas sobre a atuação dos estagiários. A participação é obrigatória.

Dinâmicas de grupo (presencial): de 14 a 25/11

Nesta etapa queremos identificar as habilidades e competências dos interessados a partir de um exercício prático. Haverá opções de horário no período da manhã e da tarde. A atividade tem duração prevista de 4 horas.

Entrevista com gestores: 28/11 a 09/12

É chegada a hora de conversar com os potenciais gestores. Os candidatos terão a possibilidade de contar mais sobre si e suas expectativas em relação ao estágio.

Retorno para os candidatos + processo admissional: a partir de 12/12

O processo chegou ao fim! Todos os candidatos que chegaram até esta etapa serão contatados e orientados sobre os próximos passos.

Previsão de início: 1/2/23

BENEFÍCIOS

Bolsa estágio, vale-transporte, vale-alimentação, folga no dia de aniversário, credencial plena do Sesc.

LOCALIZAÇÃO

São Paulo – SP (próximo à estação Pinheiros do metrô e trem)

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a cocriação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

 

IDIS realiza ações para diversidade

Série de atividades integra atuação do Comitê de Diversidade e de iniciativas de integração com a equipe

Com a criação de um Comitê de Diversidade no início do ano, o IDIS vem realizando reuniões, rodas de conversas e relatórios internos sobre temas relacionados a gênero, raça e orientação sexual. 

O primeiro passo foi a elaboração de um Censo entre a equipe que à época possuía cerca 30 pessoas. A partir da identificação do perfil da organização e após reuniões internas, o Comitê, que é composto por 5 colaboradores de diferentes áreas, realizou um planejamento de atividades de sensibilização e recomendações de ações práticas para a diretoria da organização.

“Desde que a ideia surgiu, a iniciativa sempre foi bem acolhida não só pela Paula Fabiani, CEO do IDIS, mas também por toda a equipe, que participou ativamente das discussões”, comenta Alexandre Gonçalves Jr, analista de comunicação do IDIS e participante do Comitê de Diversidade do IDIS.  

Sessão de Letramento racial realizada com a Consultoria Nofront com parte da equipe do IDIS em agosto de 2022

Entre as ações junto à equipe, está um letramento racial, realizado com o apoio da consultoria Nofront, e também uma roda de discussão entre a equipe sobre os dados compilados do Censo IDIS. Foi também promovida uma formação em Comunicação Não-Violenta, trazendo elementos para a  equipe desenvolver a habilidade de conciliação para uma comunicação empática. Já em relação a processos internos, o tema da diversidade está sendo levado em consideração na seleção de novas pessoas integrantes na equipe. 

Desde 2020, critérios de diversidade já vem sendo considerados nos processos seletivos e, para o próximo ano, as atividades recorrentes serão mantidas e também novas atividades planejadas pelo Comitê e IDIS em relação a essa temática serão implementadas. 

Saiba como doar para Fundos Patrimoniais Filantrópicos

Os Fundos Patrimoniais Filantrópicos são mecanismos que permitem o desenvolvimento e a manutenção de organizações e causas, garantindo uma sustentabilidade financeira de longo prazo. Funciona assim: os fundos, também conhecidos como endowments, reúnem recursos de doações, sejam elas grandes ou pequenas. O valor recebido é  mantido e os rendimentos podem ser usados, garantindo recursos perenes.

Os Fundos Patrimoniais passaram a ser regulamentados no Brasil com a aprovação da Lei 13.800/2019 e você sabia que podem receber doações também de pessoas físicas? Os valores doados ajudam a aumentar o patrimônio do fundo e seus rendimentos.

Saiba mais sobre os Fundos Patrimoniais.

Conheça os fundos que aceitam doações de indivíduos:

 EDUCAÇÃO

Chronos | InícioChronos (USP São Carlos – Comunidade) – Os recursos do Chronos são destinados a apoiar projetos da comunidade da USP São Carlos, incluindo alunos, professores, funcionários e entidades representativas dessas categorias. 

 

 

 

 

EAUFBA - Escola de Administração, UFBAConecta EUFBA (Escola de Administração da UFBA) – Endowment composta por uma associação de ex-alunos da Universidade Federal da Bahia, com o propósito de contribuir com o desenvolvimento de carreira dos alunos e deixar um legado para as próximas gerações de estudantes.

 

 

Endowment Direito GV | LinkedInEndowment DireitoGV – O DireitoGV é um fundo patrimonial destinado a arrecadação de recursos para manter estudantes aprovados no vestibular da FGV no curso de Direito, mas que dependem significativamente de uma ajuda para arcar com custos indiretos do curso como apostilas, transporte e alimentação. 

 

 

Fundo Medicina - Endowment FMUSP - YouTubeFundo Medicina Endowment FMUSP – O Endowment FMUSP permite a continuidade de um ensino de excelência da Faculdade de Medicina da USP, além de contribuir para o desenvolvimento de pesquisas.  

 

 

 

 

Endowment PUC-Rio – A Associação dos Antigos Alunos da PUC-Rio apresenta o fundo Endowment, destinado a arrecadar recursos financeiros para diversas frentes da universidade. Essas doações ajudam a manter, por exemplo, bolsas de estudos na PUC-Rio para alunos de baixa renda e a aperfeiçoar serviços da AAA. 

 

 

Fundo Patrimonial Amigos da Univali - Associação Ou Organização em CentroFundo Patrimonial Amigos da Univali – O Fundo Patrimonial Amigos da Univali tem como objetivo diminuir a desigualdade social e salarial promovendo o acesso ao ensino superior, por meio do fornecimento de bolsas de estudo para acadêmicos da Univali.  

 

 

Endowment Sempre FEA (FEAUSP – alunos) – O Sempre FEA é um fundo patrimonial criado por ex-alunos da FEAUSP para apoiar projetos e alunos, professores, funcionários e entidades da FEA USP. Em dois anos de existência, já apoiaram cerca de 40 projetos e impactando mais de 300 pessoas diretamente.

 

 

Fundo Areguá – O Fundo Areguá oferece bolsas de estudos para alunos da faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo, além de apoiar projetos de pesquisa da instituição.

 

 

Apoie o Fundo Centenário da Escola de Engenharia da UFRGS | Sociedade de Engenharia do RSFundo Centenário (Escola de Engenharia da UFRGS) – Os rendimentos do Fundo Centenário são para a manutenção da Escola de Engenharia da UFRGS. 

 

 

 

Amigos da Poli (Escola Politécnica da USP) – O fundo patrimonial Amigos da Poli apoia projetos da Escola Politécnica da USP e sua comunidade, convictos de que a educação é o futuro do país. Entre as iniciativas, está um Edital de Projetos anualmente, aberto a toda comunidade politécnica, onde buscam projetos para financiamento e o Centro de Carreira da Poli, conexão entre os alunos e alunas com o mercado de trabalho. O Amigos da Poli é finalista dos Melhores ONGs 2022.

 

 

Fundo Patrimonial USP – A Fundação tem o objeto social contribuir para o desenvolvimento educacional e intelectual de alunos e ex-alunos da USP, bem como da sociedade em geral, por meio de programas, projetos e outras ações relacionados à promoção da educação em sentido amplo, promoção da cultura e do desporto, promoção da preservação e da manutenção do patrimônio histórico e seus acervos; outras finalidades de interesse público a serem determinadas pelo Conselho de Administração.

 

FEAUSP – O Fundo Patrimonial FEAUSP proporciona maior diversificação nas fontes de receita para a instituição. O investimento perene tem como foco fortalecer e ampliar as iniciativas relacionadas a FEA, focando em ensino, pesquisa e extensão. 

 

LUMINA – é o Fundo Patrimonial da Universidade Estadual de Campinas, tem como missão atrair e ser uma fonte de recursos perene, dedicada a apoiar e financiar projetos e iniciativas da universidade nos campos de ensino, pesquisa, extensão, inovação, empreendedorismo, cultura e assistência.

 

Instituto Reditus | LinkedIn

Reditus (UFRJ – alunos) – O Reditus possui o objetivo de fortalecer a comunidade da UFRJ, fomentando a cultura de retribuição e aprimorando a experiência educacional dos novos alunos.

 

 

 

Sempre Sanfran, Fundo Patrimonial da Faculdade de Direito da USP

Sempre Sanfran – O Sempre Sanfran é um fundo formado por ex-alunos para a sustentabilidade financeira da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Os recursos apoiam projetos de interesse da FDUSP, promovendo a qualidade de ensino, o incremento de atividades de extensão e pesquisa e a melhora da infraestrutura da FDUSP. 

 

 

WimBelemDon | LinkedInWimBelemDownment – O Endowment tem o objetivo de sustentar o WimBelemDon, um projeto social que busca promover a transformação social de crianças e adolescentes em vulnerabilidade social por meio da prática do tênis como principal ferramenta. 

 

 

 

UFTM e Fundo Patrimonial Semear assinarão acordo de parceria

Semear Associação / Fundo Patrimonial (UFTM)Fundo Patrimonial da da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) para apoiar e financiar iniciativas desenvolvidas pela Instituição. 

 

 

 

CEAP | IDISIDIS

CEAP – Centro Educacional Assistencial Profissionalizante  – A organização atua no modelo de escola profissionalizante gratuita, e oferece anualmente cursos de formação e qualificação profissional para 1.100 jovens entre 10 e 18 anos que no contraturno estejam matriculados no ensino regular.

 

DIREITOS HUMANOS

Fundo Baobá – O Fundo Baobá para Equidade Racial é o primeiro e único fundo dedicado, exclusivamente, para a promoção da equidade racial para a população negra no Brasil. Criado em 2011, é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo mobilizar pessoas e recursos, no Brasil e no exterior, para o apoio a projetos e ações pró-equidade racial. Para doar, acesse:

 

Fundo Brasil - O Fundo Brasil de Direitos Humanos é uma iniciativa pioneira que pretende contribuir para a promoção dos direitos humanos no país, criando mecanismos sustentáveis de doação de recursos voltadosFundo Brasil de Direitos Humanos O Fundo Brasil é um Endowment que busca promover o respeito aos direitos humanos no Brasil, construindo mecanismos inovadores e sustentáveis que canalizem recursos para fortalecer organizações da sociedade civil e para desenvolver a filantropia de justiça social. 

 

 

 

1º Edital para Seleção de Projetos Associação Fundo Patrimonial Amigos do Brasil CentralAmigos do Brasil Central – Criada por um grupo de alunos(as), ex-alunos(as) e docentes das Escolas de Engenharia da UFG, a proposta do fundo Amigos do Brasil Central é ser uma fonte perpétua de recursos para a instituição. 

 

 

 

Abraji lança maior ferramenta do Brasil para encontrar ações judiciais citando políticosFundo de Apoio ao Jornalismo Investigativo – F/ABRAJI  – O Fundo de Apoio ao Jornalismo Investigativo – F/ABRAJI – visa a dar sustentabilidade financeira à ABRAJI, uma instituição apartidária, que busca o desenvolvimento do jornalismo investigativo no Brasil. 

 

Fundo FICA (@fundo_fica) / Twitter

Fundo FICA – O Fundo FICA busca viabilizar o aluguel de unidades no centro de São Paulo por um valor justo, por meio de apoios mensais, pontuais e comodato de imóveis. 

 

 

 

 

ASA – Associação Santo Agostinho | IDISIDIS

ASA – Associação Santo AgostinhoA instituição tem como missão transformar ao educar e cuidar de crianças e adolescentes,  acolher e promover o bem-estar de idosos, oferecendo oportunidades de desenvolvimento pessoal com respeito e dignidade.

 

 

 

agradecimento2020 — Instituto AcaiaInstituto AcaiaO instituto orienta suas atividades através de três núcleos: ateliescola acaia, Centro de Estudar Acaia Sagarana e Acaia Pantanal, que desenvolvem atividades socioeducativa.

 

 

Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn  Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn – Tem por finalidade fomentar e promover causas de interesse público, voltadas à população em geral.

 

COMUNITÁRIO

Fundação ABH Fundação ABH | Desenvolvimento ComunitárioFundo Fundação ABH – Fundo direcionado para a geração de mudanças a partir das comunidades.

 

 

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

Acesse mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para comunicacao@idis.org.br.

Mapeamento destaca organizações dispostas a apoiar empresas na jornada de práticas ESG e Sustentabilidade

É crescente a demanda de empresas por parceiros que os apoiem em sua jornada de geração de impacto positivo e adoção de práticas ESG e de sustentabilidade.

Pensando nisso, o Quintessa e o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) lançaram, em parceria, o mapeamento ‘Caminhos para o Impacto Positivo’, com organizações que integram esta cadeia de valor. Entre os destaques, o IDIS, como parceiro nos caminhos de acesso a capital; desenvolvimento humano e de cultura organizacional; estratégia de iniciativas e práticas e mensuração, reporte e certificação.  .

“Para o IDIS, o envolvimento com a pauta ESG foi um movimento natural. É essencial que o Investimento Social Privado, o engajamento com causas e a relação com as comunidades de empresas se conectem cada vez mais com a estratégia.” comenta Marcos Manoel, diretor de projetos no IDIS.

No estudo, foram identificadas nove trilhas que as empresas podem seguir para gerar impacto por meio de seus produtos, serviços e/ou operações e 44 organizações que já possuem resultados concretos de implementação foram listadas no material.

 

Conheça o mapeamento completo e todas as organizações reconhecidas.

IDIS lança em novembro anuário inédito de desempenho de fundos patrimoniais brasileiros

Pela primeira vez será possível saber como são investidos, qual a rentabilidade e como são geridos os fundos patrimoniais filantrópicos,  instrumentos de sustentabilidade financeira para organizações e causas

 

Regulamentado em 2019 com a aprovação da Lei 13.800, os fundos patrimoniais são criados para garantir a sustentabilidade financeira no longo prazo de organizações e causas. Desde então, tem se propagado no País e tem sido uma alternativa de fonte de receita para instituições do terceiro setor. 

 

Inscreva-se aqui.

Mesmo que esteja em crescente, ainda há questões pouco aprofundadas sobre o tema em âmbito nacional. Por exemplo, se os rendimentos dos fundos patrimoniais são efetivamente expressivos. Ou como os recursos são alocados ou qual o modelo de governança estabelecido. Para responder a estas e mais perguntas, o IDIS e a Coalizão pelos Fundos Filantrópicos lançam o Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2021, iniciativa inédita que conta com informações sobre fluxo de caixa, a alocação de investimentos financeiros, os rendimentos e a governança. Participaram do levantamento 40 endowments ativos no país. 

 

Com gráficos e análises a partir de um questionário realizado com os gestores de fundos patrimoniais brasileiros, o objetivo do projeto é contribuir para que eles reflitam, aprimorem e avaliem o desempenho dos próprios endowments. 

 

O lançamento da publicação acontece no dia 17 de novembro, às 16h30 com um evento online “Fundo Patrimoniais: alocação, rentabilidade e governança” com análise dos especialistas Diego Martins, sócio da Pragma Gestão de Patrimônio, Ilan Ryfer, Co-CEO da 1618 Investimentos, e Renata Biselli, Head de Impacto Social no Santander. Inscreva-se aqui.

 

Esta é uma realização da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos e do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e conta com apoio de 1618 Investimentos, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Pragma Gestão de Patrimônio, Santander e Umane.

 

O IDIS investe nesta pauta há mais de uma década e o investimento na produção de conhecimento é fundamental para o fortalecimento do mecanismo no Brasil”, comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS. Em março deste ano, o Instituto publicou o “Panorama dos Fundos Patrimoniais no Brasil“, um levantamento inédito que apontou a existência de 52 fundos patrimoniais em atividade com patrimônio em torno de R$78 bilhões. 

 

Sobre o IDIS e Coalizão pelos Fundos Filantrópicos

Há mais de uma década, o IDIS dedica-se à promoção da cultura de fundos patrimoniais no Brasil, liderando a Coalizão pelos Fundos Filantrópicos. A iniciativa que conta com mais de 70 membros de distintos setores, por meio do advocacy, busca desenvolver esse modelo de sustentabilidade financeira para organizações e causas.  

Para concluir projeto de avaliação, IDIS visita unidades do Amigos do Bem

Em viagem ao sertão nordestino, Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Felipe Insunza Groba, gerente de projetos da instituição, visitaram as unidades da ONG Amigos do Bem do Vale do Catimbau, em Buíque-PE, e de Agrovila, em Mauriti-CE.

A visita é uma etapa do processo de avaliação SROI (Social Return on Investiment) ou Retorno Social Sobre Investimento, protocolo que propõe uma análise comparativa entre o valor dos recursos investidos em um projeto ou programa e o retorno social gerado para a sociedade com essa iniciativa.

Conheça mais sobre a metodologia aqui.

Amigos do Bem é uma instituição social, que atua há 29 anos no sertão nordestino, nas frentes de saúde, educação, trabalho e renda, moradia e acesso à água potável, rompendo o ciclo de fome e de miséria que assolam a região. A OSC atende mensalmente 150 mil pessoas em Inajá e Catimbau (PE), Mauriti (CE) e São José da Tapera (AL). Para que este negócio de impacto social funcione plenamente, a OSC conta com 10.600 voluntários, distribuídos entre São Paulo e o sertão.

Desde 2020, o IDIS vem trabalhando com a organização e neste ano pôde, por fim, visitar algumas das instalações e acompanhar na prática o trabalho realizado pelos Amigos do Bem. Dentre as suas iniciativas no campo da Educação, além da adoção de escolas públicas locais estão os Centros de Transformação, que possuem uma excelente estrutura física e oferecem atividades de contraturno escolar nos âmbitos cultural, esportivo e de apoio escolar para crianças, adolescentes e jovens da região.

Outras instalações visitadas, como as fábricas de castanha de caju, doces e costura, são importantes iniciativas de geração de renda, espaços que garantem uma estabilidade financeira cada vez maior para os moradores, contribuindo também para a sustentabilidade da organização e de seus impactos. Os Amigos do Bem também são responsáveis por parte importante das estruturas de coleta e distribuição de água nos territórios, com a construção de poços, cisternas e distribuição de caixas d’ água. Mais de 1.2 bilhão de litros de água são distribuídos por ano.

O IDIS conversou com beneficiários, equipe, membros da Governança e voluntários dos Amigos do Bem. “É notável o engajamento e comprometimento de todas as partes envolvidas no projeto, fator essencial para seu sucesso”, comentou Paula Fabiani.

A prática de avaliação de impacto tem sido cada vez mais incorporada por empresas e organizações sociais. No IDIS, é nítido o crescimento da demanda pelo serviço, com XX projetos avaliados apenas neste ano. Entre os clientes, já trabalhamos com organizações como Doutores da Alegria, Gerando Falcões, Parceiros da Educação, Petrobras, Sesc, entre outras.

Para comemorar Dia Nacional da Filantropia, IDIS prepara Playlist de vídeos de entrevistas como importantes nomes do setor

No dia 20 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Filantropia, uma data de celebração e lembrança sobre a importância da conscientização da filantropia e de práticas de voluntariado para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. 

Para celebrar a data, o IDIS preparou uma playlist de vídeos das sessõesEm conversa com…”, tradicional momento do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais que reúne grandes nomes do setor brasileiro e internacional para conversas profundas sobre a filantropia no Brasil e no mundo.

Nas entrevistas, os palestrantes compartilham suas percepções sobre tendências do investimento social privado com base em suas experiências práticas como filantropos, investidores sociais e pessoas ativas no setor.

A sessão já recebeu figuras como Elie Horn, Presidente do Conselho do Instituto Cyrela; Henry Timms, CEO da 92Y e criador do Dia de Doar; Marina Feffer, membro do conselho da Fundação Arymax; Luiz Fernando Figueiredo, fundadora da Fefig; Antônio Carlos Pipponzi, filantropo e presidente do conselho do Instituto ACP; Jayme Garfinkel, filantropo e ex-presidente da Porto Seguro e, na última edição, Sonali Patel, sócia da Bridgespan Group.

Confira todos os vídeos aqui.

Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Sonali Patel, sócia da Bridgespan Group, na sessão “Em conversa com…” do Fórum de Filantropos e Investidores Sociais 2022. Foto: Andre Porto

Avanço do Brasil no Índice de Solidariedade mostra caminhos para fortalecer filantropia

Texto publicado originalmente no blog do Movimento por uma Cultura de Doação.

No último dia 4 de outubro, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e o Movimento por uma Cultura de Doação (MCD), com apoio da Conexão Captadoras, reuniram ativistas, pesquisadoreas e representantes de organizações da sociedade civil e de empresas para um debate sobre a recente publicação do Índice Global de Solidariedade (WGI, da sigla em inglês ‘World Giving Index’). Divulgado no final do mês de setembro, o índice trouxe o Brasil na 18ª colocação, o que representa um salto de mais de 35 posições entre os 119 países que integram o levantamento. Em 2020, o país figurava na 54ª colocação.

A fim de fomentar o debate sobre o cenário brasileiro, Paula Fabiani, CEO do IDIS, Andrea Wolffenbüttel, membro do comitê coordenador e líder do mandato de Comunicação do MCD, Pamela Ribeiro, coordenadora de projetos especiais no GIFE e membro do comitê coordenador do MCD; e Ana Flavia Godoi, fundadora da Rede Captadoras e consultora sênior de Mobilização de Recursos do Fundo Baobá, apresentaram e refletiram sobre os dados.

Paula Fabiani chamou a atenção para o item ‘Ajuda a um desconhecido’, que apresentou o maior crescimento em nível global dos três tópicos levantados. Isso representa cerca de três bilhões de pessoas, resultando na pontuação mais alta desde a primeira edição da pesquisa, em 2009. Este item saltou de 55%, em 2020, para 62% em 2021. Além da ajuda a um desconhecido, a pesquisa também considera ‘doações de dinheiro a organizações’ e ‘trabalho voluntário’. “Claramente houve um efeito da pandemia, mas outros temas também fizeram as pessoas se engajarem em uma ação, como as mudanças climáticas”, analisou.

Enquanto, na Europa, os países são melhores colocados na doação de dinheiro a organizações, na América Latina a ajuda a um desconhecido teve um desempenho melhor do que a média global, de 40%. Dos 17 países do bloco, apenas Peru (39%), Chile (38%), Panamá e El Salvador (36% cada) ficaram abaixo da média; Brasil e Argentina dividem a liderança, ambos com 47%.

No Brasil, apesar do grande avanço na ajuda a desconhecidos – que foi de 63% para 76% e colocou o país em 11º posição neste item – o índice que mais apresentou crescimento foi a doação a organizações, que avançou 15 pontos percentuais e chegou a 41%.

Mesmo com cautela, Pamela Ribeiro, coordenadora de projetos especiais no GIFE, se mostra otimista com os dados apresentados e indica que eles podem representar um fortalecimento da Cultura de Doação no país. “Quando a gente associa esse crescimento expressivo do engajamento dos brasileiros na doação de dinheiro a outros dados, como o aumento da confiança, isso indica pra gente um futuro bastante promissor”, projetou.

Os dados, na visão de Pamela, podem representar ainda uma ‘resposta dos brasileiros’ ao contexto político e institucional atual. “A retração de políticas públicas e a restrição de acesso aos direitos básicos podem ter estimulado a busca por um caminho alternativo, que é a sociedade civil organizada”, sugeriu a coordenadora.

Por considerar a nova posição do Brasil um lugar ‘poderoso’ e estratégico também para o setor de captação, a fundadora da Conexão Captadoras, Ana Flavia Godoi, destacou a importância de profissionalizar o campo e investir na formação de profissionais e estruturação de setores voltados especificamente para isso. “Quem não tem entendido a captação como um campo profissional pode ter perdido doações nesse período”, sugeriu.

Para Ana Flavia, os números representam mais pessoas praticando a solidariedade e confiando nas organizações, e afirma que “Cabe a nós, do lado de cá, estarmos preparadas para dialogar com essas pessoas e construir uma jornada para esses possíveis doadores. Tendo uma cultura de captação caminhando ao lado da cultura de doação, podemos estimular a construção de uma sociedade civil fortalecida”, explicou.

O evento contou com a participação de mais de 60 pessoas do campo. Andrea Wolffenbüttel, líder do mandato de Comunicação do MCD, destacou a importância do debate para duas das diretrizes criadas pelo MCD para a cultura de doação: Fortalecimento do Ecossistema da Cultura de Doação (Diretriz 5) e Narrativas Engajadoras (Diretriz 2).

“Toda vez que você tem dados e conhece melhor, você consegue entender e discutir com mais propriedade e consegue tomar decisões mais qualificadas. Ter esses dados e discuti-los é fundamental para o fortalecimento do nosso campo. Além disso, é importante termos narrativas que engagem as pessoas na doação; esses dados podem nos ajudar a construir essas narrativas engajadoras”, explicou a jornalista.

Faixa etária e gênero

A última edição do WGI também trouxe dados relacionados à idade e ao gênero dos respondentes. No quesito doação em dinheiro, a faixa que mais se mobilizou foi a de mais de 50 anos, onde aproximadamente 50% afirma ter feito uma doação. A faixa mais jovem (15-29), no entanto, também teve um crescimento acentuado e cada vez mais se aproxima da faixa imediatamente superior, de 30 a 49 anos.

“Uma grande surpresa que tivemos é o público masculino, que vem doando mais recursos. Nós tínhamos a percepção que o público feminino doava mais, e isso foi comprovado pela Pesquisa Doação Brasil, mas nesse último ano a gente teve o público masculino praticando mais a doação de dinheiro que as mullheres”, indicou a dirigente do IDIS, Paula Fabiani.

Para Pamela Ribeiro, essa mudança de posição pode ser um resultado da crise, principalmente social e econômica, enfrentada no país. “A gente sabe que esse tipo de situação afeta muito mais as mulheres, então a doação de dinheiro pode estar sendo impactada por isso”, levanta a hipótese.

No voluntariado, a situação é um pouco diferente, a faixa etária que mais atua nesse quesito é a de 30-49 anos, com desempenho próximo dos 27%, seguida pelas demais, quase empatadas. As mulheres se engajaram mais que os homens nesse tipo de ação, ainda que o registro histórico mostre uma alternância ao longo dos anos.

BNDES seleciona Parceiro Gestor de iniciativa para ampliar saúde no Norte e Nordeste

Consórcio formado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e pelo Impulso Gov é selecionado para gerir o Juntos pela Saúde

Matchfunding irá financiar a instalação de novas tecnologias para ampliar o atendimento da população. Com incentivo à participação de doadores privados, BNDES dobrará qualquer doação ao programa. Ação já tem adesão da Vale, que aportará R$ 34 milhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) selecionou o consórcio formado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e pelo ImpulsoGOV como gestor da iniciativa Juntos pela Saúde. Participaram da concorrência outras três instituições.

Lançada em junho, a iniciativa tem como objetivo ampliar o investimento em tecnologia e equipamentos para o acesso da população brasileira à saúde, além de melhorar a prestação dos serviços do SUS nas regiões Norte e Nordeste do país – principalmente por meio do fortalecimento da atenção primária.

Para tanto, o BNDES se vale da estratégia do matchfunding, na qual dobra o valor aplicado por outros doadores do setor privado. A iniciativa busca reunir R$ 200 milhões em recursos não-reembolsáveis (R$ 100 milhões do Banco), que serão aplicados em unidades de saúde públicas e filantrópicas que atendem ao SUS para investimentos em obras, aquisição de equipamentos, informatização, melhorias de gestão e campanhas de saúde.

Até o momento, já há a intenção declarada de aporte da Vale, no valor de R$34 milhões, com a aplicação do mesmo valor por parte do BNDES. Estes recursos devem ser aplicados no fortalecimento da atenção primária nos municípios do entorno das operações da Vale no Estado do Maranhão, com a expansão da experiência exitosa do projeto Ciclo Saúde, da Fundação Vale. Os recursos do Banco são provenientes do Fundo Socioambiental do BNDES.

O gestor contratado será responsável pelo apoio à captação de recursos e pela realização de seleções públicas de projetos e/ou a estruturação de projetos passíveis de apoio, no valor mínimo R$2 milhões. Todas as propostas serão submetidas a um comitê de validação, com a participação paritária entre o BNDES e os doadores.

O gestor do projeto terá a atribuição também de receber os recursos do BNDES e das demais instituições apoiadoras e repassá-los para os projetos contemplados, acompanhando a aplicação e monitorando os resultados. A gestão do Juntos pela Saúde se dará em atendimento aos requisitos de governança corporativa e compliance, com estabelecimento de metas mensuráveis, contratação de auditoria externa, divulgação dos resultados e realização de seleções públicas. Além de melhorar o acesso à saúde para as pessoas, a iniciativa tem como metas a eficiência e a transparência dos investimentos.

“Para o IDIS é um grande orgulho esta conquista. Com nossa experiência em gestão de doações e criação de estruturas robustas de governança, como no Fundo Emergencial para a Saúde – Coronavírus Brasil e o Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas, certamente foram determinantes para demonstrar nossa capacidade na entrega de um projeto tão importante e complexo”, comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Fundado em 1999, o IDIS é considerado uma das organizações pioneiras no apoio técnico para o investidor social no Brasil. Já a ImpulsoGov tem como objetivo aprimorar as políticas de saúde por meio do uso inteligente de dados e tecnologia.

A expectativa é que o consórcio selecionado seja contratado em dezembro, após análise técnica e jurídica do BNDES, e que, em 2023, comece a trabalhar na seleção e estruturação dos projetos.

Mais informações sobre o Juntos pela Saúde clique aqui.

Em sua 3ª edição, pesquisa revela o que crianças e jovens pensam sobre demandas sociais urgentes para o país

Realizada pela empresa de comunicação Umbigo do Mundo, a pesquisa ‘3 coisas que eu quero mudar no mundo’ ouviu 400 crianças e jovens, em todo Brasil, para entender o que pensam sobre os desafios e as oportunidades da sociedade e do planeta.

Ao responderem a pergunta que dá nome ao estudo, os entrevistados listaram prioridades de um a três da demanda mais urgente para a menos urgente. Neste ano, assim como na pesquisa do ano passado, a temática de “Educação e Direito a estudos” foi o tema mais citado entre os pesquisados na média nacional.

Entretanto, esse resultado variou entre as regiões do país, fator que se alterou em relação à 2021. A educação e direito a estudo segue como prioridade nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, no Centro-oeste o foco ficou para o tema de “mais respeito e tolerância”. Já nas regiões Norte e Nordeste, questões como a pobreza, acesso a moradia e pessoas em situação de rua obtiveram maior preocupação das crianças e jovens. Isso, além de outros diversos pontos citados:

Outro destaque da pesquisa deste ano em comparação às anteriores é a atenção deste público em relação à questões da alimentação, falando sobre a dimensão emergencial da fome. Em 2020 e 2021 a temática ocupava a sexta posição, atrás de questões como saúde, violência e educação.

Em 2022, a fome subiu para a segunda posição, perdendo apenas para o tema da educação.

Acesse a pesquisa completa clicando aqui e confira todos os resultados. 

Veja as fotos da 11° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais

Aconteceu no dia 15 de setembro, em São Paulo, a 11ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Promovido pelo IDIS , o evento que busca acelerar soluções fomentar a prática de investimento social no país.

As conversas abordaram temas como ESG, transformação territorial, avaliação de impacto, fundos patrimoniais e muito mais, sempre sob a ótica da COLABORAÇÃO!

Confira algumas das imagens registradas ao longo do dia:

ENTRADA E CREDENCIAMENTO

 

Abertura

 

Sozinho se vai rápido. Juntos se vai longe e ainda mais rápido

 

ESG: empresas colaborando contra a desigualdade

 

Empreendedores Sociais Folha

 

Territórios potentes: caminhos para transformação local

 

Cultura Avaliativa: gestão estratégica para impacto positivo

 

Almoço temático

 

Sessão dinâmica

Em conversa com…

 

O que a floresta me ensinou

Metodologias e redes para o fortalecimento da filantropia

Plataformas amplificando impacto

FUndos filantrópicos: colaboração multissetorial

desafios e perspectivas para a filantropia sob a ótica da colaboração

encerramento

CEO e Diretor da CAF visitam o Brasil e fortalecem parceria com o IDIS

Durante o mês de setembro, Neil Heslop OBE, CEO da organização britânica Charities Aid Foundation, esteve no Brasil, acompanhado de Derek Ray-Hill, Diretor de Estratégias Internacionais e Serviços Corporativos da CAF.

Neil assumiu o cargo em 2020 e até hoje, em função da pandemia, ainda não tinha tido a oportunidade de vistiar o Brasil e o IDIS, representante da rede internacional na América Latina.

A realização do 11° Fórum Brasileiro para Filantropos e Investidores Sociais foi o motivo ideal. Neil particiou como palestrante da sessão “Sozinho se vai rápido. Juntos se vai longe e ainda mais rápido”, plenária de abertura do evento, debatendo a importância da colaboração para o fortalecimento da filantropia.

Ao longo de uma semana, aprofundaram o conhecimento sobre o ecossistema filantrópico brasileiro e sobre como podemos integrar metodologias e projetos. Em uma conversa especial com a equipe do IDIS, compartilharam os objetivos estratégicos da organização, sua visão para o futuro e prioridades para a atuação da rede global, que envolve o cross border giving, ou seja, o fluxo de doações entre países, e o avanço da integração das práticas de filantropia corporativa à agenda ESG. Também puderam conhecer atores locais, como o Instituto Avon e o Projeto Guri, em São Paulo.

Assista ao painel com a participação de Neil no Fórum IDIS 2022

O IDIS é o representante, no Brasil, da Charities Aid Foundation (CAF), organização britânica dedicada à filantropia e com mais de 90 anos de experiência. A CAF apoia doadores – indivíduos, grandes doadores e empresas – a obter o maior impacto possível a partir de sua doação.

A parceria foi estabelecida em 2005. A partir do nosso escritório em São Paulo, atendemos os clientes internacionais da CAF que atuam na região, oferecemos serviços globais aos investidores sociais privados brasileiros e contribuímos mutuamente para a geração de conhecimento.

A CAF International é hoje a maior estrutura de apoio ao investidor social privado no mundo. Além da sede no Reino Unido, integram a rede representações na África do Sul, Austrália (Good2Give), Brasil (IDIS), Bulgária (BCause), Canadá, Estados Unidos, Índia, Rússia e Turquia (Tusev).

Para saber mais: cafonline.org.

IDIS marca presença em evento sobre filantropia comunitária no Maranhão

Em viagem ao Maranhão, Paula Fabiani, CEO do IDIS, Whilla Castelhano, coordenadora do programa Transformando Territórios (TT), e Hermes de Sousa, fundador do Instituto Comunitário Cacimba, organização participante do TT, estiveram em um evento promovido pelo Instituto Baixada Maranhense com o objetivo de engajar e falar sobre filantropia comunitária e desenvolvimento comunitário na região.

A organização trabalha dentro do modelo de uma fundação comunitária para promover e desenvolver a comunidade e apoiar outras instituições desse território. Diferente das OSCs tradicionais, as Fundações ou Institutos Comunitários (FICs) atuam em um território geográfico específico, seja este um bairro, distrito ou até uma cidade ou região, e trabalham na solução dos problemas prioritários daquela localidade, ou seja, são multi-temáticos.

Saiba mais sobre esse modelo aqui.

Em uma série de eventos, incluindo um jantar solidário, o Baixada Maranhense aproveitou a presença de representantes do setor empresarial da região, beneficiários dos projetos sociais e sociedade civil e demonstrou suas potencialidades e apresentou seus projetos. Paula Fabiani falou na abertura evento para as mais de 80 convidados, incluindo empresários, doadores, filantropos e beneficiários. No encontro, foi lançada a Solidárias, plataforma de investimento e doação para projetos sociais e estímulo ao empreendedorismo local que integram a rede da Baixada Maranhense, desenvolvida pelo próprio Instituto.

Paula Fabiani, Whilla Castelhano, Erika Saez (Instituto ACP) e Hermes de Sousa (Instituto Cacimba) no lançamento da plataforma Solidárias

Visitas de campo marcaram os dias seguintes. O grupo realizou uma trilha na comunidade quilombola da Ilha do Cajual. “É incrível o engajamento e a força das mulheres neste grupo”, comenta Paula. Também visitaram um projeto de produção de cerâmica.

Em uma roda de conversa, os participantes partilharam saberes e conheceram ainda mais sobre a atuação do Instituto junto de participantes de vários países da América Latina.

O Instituto Baixada Maranhense participa do programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

Conheça mais sobre:

Sonali Patel, participante do Fórum IDIS, é destaque no Valor

Com o crescimento do interesse de investidores sociais pela agenda climática, o Brasil se tornou um campo fértil para o desenvolvimento da filantropia. Essa é a percepção defendida por Sonali Patel, sócia da Bridgespan, em uma entrevista concedida ao jornal Valor Econômico. Ela esteve no Brasil recentemente para a 11° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, realizado pelo IDIS, participando da sessão “Em conversa com..”, e aproveitou para conhecer mais sobre a realidade brasileira.

“Vejo um interesse crescente por parte dos doadores e creio que esta é ‘a’ questão mais importante relativa à igualdade de nosso tempo (…) As pessoas menos responsáveis pela mudança climática são as mais afetadas por ela. Por isso o tema é cada vez mais importante para muitos filantropos”, afirmou Sonali.

Na entrevista, ela também comentou sobre a atuação do Bridgespan Group. O grupo foi responsável por intermediar a doação de USD 17 milhões da Mackenzie Scott a 19 organizações brasileiras como Gerando Falcões, Instituto Sou da Paz e BrazilFoudantion.

Clique aqui para conferir a entrevista na íntegra.

Fórum IDIS 2022: importância da colaboração e a evolução da filantropia

Aconteceu em setembro, em São Paulo, a 11ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais. Promovido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, o evento que busca acelerar soluções por meio das conexões e fomentar a filantropia no país.

Com o tema COLABORAÇÃO, as sessões abordaram assuntos como ESG, transformação territorial, avaliação de impacto, fundos patrimoniais e muito mais. Ao longo do dia, participaram mais de 40 palestrantes do Brasil e internacionais. Estiveram presentes 220 convidados e houve mais de 1.800 visualizações da transmissão ao vivo.

“Foi muito rico poder retornar aos eventos presenciais e promover o Fórum com tantas discussões essenciais para o amadurecimento da filantropia no Brasil”, comentou Paula Fabiani, CEO do IDIS.

VEJA O ÁLBUM DE FOTOS DO EVENTO

Sozinho se vai rápido. Juntos se vai longe e ainda mais rápido

A abertura do evento teve a participação de Celso Athayde (CUFA), Mônica Sodré (RAPS), Neil Heslop (CAF) e Atila Roque (Fundação Ford). Representantes da sociedade civil, abordaram a importância da colaboração para encontrarmos respostas aos desafios que temos como sociedade e qual é o caminho que, idealmente, devemos percorrer.

A mesa ‘Sozinho se vai rápido. Juntos se vai longe e ainda mais rápido’, logo de cara, já deu tom ao evento que, em toda sua programação buscou diferentes olhares para a colaboração. Celso Athayde destacou o papel fundamental da colaboração em ambientes de desigualdade social, pois “é isso o que mantém a população persistente e evoluindo”. Nesse sentido, a filantropia também possui o papel de viabilizadora desse impacto.

Os palestrantes destacaram que a honestidade, diversidade e empatia são valores necessários para que o trabalho em colaboração seja efetivo, além é claro de um foco real em alcançar objetivos concretos e de longo prazo.

 Assista ao debate:

Ainda trazendo um olhar amplo sobre o tema, Ana Buchaim (B3); Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza e Grupo Mulheres do Brasil); Marcílio Pousada (RaiaDrogasil) e Rodrigo Pipponzi (Grupo MOL e Movimento 1% Brasil) trouxeram a perspectiva coorporativa.

Na plenária ‘ESG: empresas colaborando contra a desigualdade’, o destaque entre os palestrantes foi o debate sobre a importância de as companhias assumirem publicamente compromissos com a sociedade. “É impressionante a força de uma empresa quando elas abraçam uma causa para valer”, destacou Luiza Helena Trajano, e ainda realçou o quanto ainda precisamos estar atentos aos resultados da crise que enfrentamos por conta da Covid-19. “Nós não entendemos ainda o que a Covid fez com a sociedade. O perfil profissional, o perfil das empresas, do consumidor, as prioridades das pessoas“, comentou.

A programação teve ainda a participação dos vencedores de 2021 do ‘Prêmio Empreendedor Social’ da Folha de S. Paulo, que puderam apresentar suas iniciativas e propósitos de atuação. Infelizmente, Stellinha Moraes, da organização Anjos da Tia Stellinha teve um problema de saúde e não pode estar presente.

Conheça um pouco da história de cada um:

Causas e temas

Os participantes do Fórum tiveram a oportunidade de também mergulhar em assuntos mais específicos e, durante a programação, em alguns momentos, puderam se dividir conforme seus interesses.

Assuntos relacionados ao meio ambiente foram abordados em dois momentos distintos, com chamados diretos à ação da comunidade filantrópica.  A bióloga e ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Terixeira, destacou os desafios contemporâneos e os desafios globais que dizem respeito ao meio ambiente e a luta pela redução das desigualdades. “A filantropia tem um papel estruturante e estratégico, que pode nos levar à situação de sair do greenwishing para o greendoing”. A atriz e ativista ambiental Christiane Torloni, por sua vez, trouxe uma mensagem forte, compartilhando o significado da palavra “florestania”. Contou suas ações em prol do meio ambiente e convocou os participantes a agir.

Para debater como o desenvolvimento sistêmico de um território é mais potente e mais longevo com o engajamento da comunidade, subiram ao palco Agustín Landa (Lanza e Alliance Magazine), Fernanda Bombardi (ICE – Instituto de Cidadania Empresarial) e Hermes de Sousa (Instituto Cacimba); moderados por Lúcia Dellagnelo (ICOM e CIEB).

O painel destacou como o modelo de institutos e fundações comunitárias pode contribuir para fortalecer os atores locais ao estabelecer vínculos com públicos externos, fomentando a colaboração, criando conexões de impacto e fomentando uma cultura de doação e colaboração local. Também foi abordado o contexto dos investimentos de impacto, que levam a força dos negócios de impacto para apoiar o desenvolvimento de um território, demonstrando que com a colaboração é possível ajudar e construir mudanças perenes em territórios com grandes vulnerabilidades.

A sessão ‘Cultura Avaliativa: gestão estratégica para impacto positivo’, por sua vez, discutiu os benefícios e desafios das avaliações de impacto como parte integrante da cultura das organizações, trazendo o ponto de vista de financiadores e projetos beneficiados.

Louize Oliveira, do Instituto Sicoob e uma das palestrantes da mesa destacou que o processo avaliativo foi muito rico para a empresa e todos os stakeholders envolvidos em suas iniciativas sociais.  “Durante todo o percurso avaliativo notamos que o ganho de valor estava além da mensuração do impacto gerado, bastante importante, mas também na geração de conhecimento e reconstrução dos processos do que a empresa já vem fazendo”.

O evento trouxe também o debate sobre novas formas de doação e filantropia e de que maneira o mercado vem inovando nesse sentido. As mesas ‘Plataformas amplificando impacto’ e ‘Fundos filantrópicos: colaboração multissetorial’ trataram disso.

A primeira apresentou diferentes perspectivas, formatos e plataformas, e como eles podem gerar um ambiente favorável para a colaboração e doação. Com a participação de Flavia Rosso (iFood), João Paulo Pacífico (Grupo GAIA) e Mafoane (Meta) e mediados por Carlos Pignatari (Ambev) os convidados ressaltaram o quanto as alternativas de modelos de financiamento para a atuação filantrópica são necessárias para evoluirmos no impacto social.

No painel de Fundos Filantrópicos: colaboração multissetorial, o debate girou em torno da conceitualização da temática, trazendo exemplos de diferentes arranjos que contribuem para a sustentabilidade de causas e organizações apresentando cases dos palestrantes que já trabalham com o mecanismo. Mediados por Renata Biselli (Santander), estiveram na mesa Daniela Grelin (Instituto Avon), Fabio Lesbaupin (Estímulo 2020) e Osmar Lima (BNDES)

A interação e as conversas se intensificaram durante o almoço, quando 18 especialistas foram anfitriões de mesas temáticas. Entre os temas debatidos, a equidade racial, ações para o atingimento dos ODSs, estratégias para a filantropia familiar, mecanismos de resposta à situações emergenciais, criptofilantropia, e muito mais.

Interpretação do passado e olhares para o futuro

A entrevistada da tradicional sessão “Em conversa com…” foi Sonali Patel, sócia do Bridgespan, grupo responsável por intermediar a doação de USD 17 milhões de MacKenzie Scott a 16 organizações brasileiras, em março deste ano. Sonali abordou  as mudanças que tem observado na forma como os filantropos estão fazendo seus investimentos sociais. Ela acredita que a colaboração entre filantropos vem crescendo – eles trocam conhecimento e confiam mais nas organizações onde fazem seus investimentos.

Cassio França (GIFE), Giovanni Harvey (Fundo Baobá para Equidade Racial), Donzelina Barroso (Rockfeller Philanthropy Advisors) e Georgia Pessoa (Instituto Humanize) trouxeram o debate de como, no ecossistema filantrópico, há entes que contribuem para acelerar e potencializar interações, criando as condições mais favoráveis para ações transformadoras. Metodologias e mecanismos fortes possuem esse importante papel.

“Os negócios como eram feitos já não funcionam mais. Isso exige uma mudança de mentalidade e habilidades para que doadores, filantropos e instituições possam colaborar de forma estratégica e sistêmica”, destacou Donzelina na mesa ‘Metodologias e redes para o fortalecimento da filantropia’.

Fechando a programação do dia, Atti Worku (African Visionary Fund), Carola Matarazzo (Movimento Bem Maior), Matthew Bishop (Catalyst 2030) e Benjamin Bellegy (WINGS), abordaram ‘Desafios e perspectivas para a filantropia sob a ótica da colaboração’.

“Os negócios estão aprendendo a colaborar melhor em prol do impacto social, mesmo no mercado competitivo”, destacou Matthew; “Acredito que todas as instituições atualmente precisam estar muito atentas a qual seu propósito, seus objetivos claros e responsabilidade. Demonstrando que a entrega não é apenas material, mas que pensa no impacto positivo para a sociedade”, acrescentou.

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais é uma realização do IDIS com parceria do Global Philanthropy Forum e a CAF – Charities Aid Foundation. Esta edição teve apoio prata da Ford Foundation; apoio bronze de Ambev, B3 Social, BNP Paribas Asset Management, Fundação Arymax, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Sicoob, Movimento Bem Maior, Raia Drogasil e Santander. A revista Alliance foi a parceria de mídia.

IDIS é finalista em seleção pública para Parceiro Gestor em programa do BNDES

O IDIS é um dos três finalistas da seleção pública promovida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para definição de um parceiro gestor do Juntos Pela Saúde – iniciativa que busca ampliar, melhorar e impulsionar o acesso aos investimentos para a indústria da saúde no Brasil.

O parceiro gestor escolhido será responsável por selecionar, monitorar a execução e prestar contas dos projetos de saúde que irão compor a iniciativa. Todas as propostas do programa devem estar diretamente relacionadas a ações e serviços públicos de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Serão atendidos municípios do Brasil, cujos indicadores de saúde demonstram onde há mais carência como por exemplo em cidades em que o número inferior ao de 1 médico para cada 1 mil habitantes. 

O investimento inicial do BNDES no Juntos pela Saúde será de até R$100 milhões para um período inicial de quatro anos. A iniciativa é caracterizada como um matchfunding, ou seja, para cada valor investido por alguma instituição apoiadora, o BNDES investe o mesmo valor, dobrando o aporte.

Já a seleção para parceiro gestor consiste em 4 etapas: eliminatória, classificatória preliminar, apresentação oral e classificatória final. O IDIS foi aprovado nas duas primeiras fases, e agora aguarda os resultados finais, após a realização da sustentação oral que aconteceu na última semana, na sede física do BNDES no Rio de Janeiro. A divulgação do resultado está prevista para o dia 10 de outubro.

A proposta aplicada foi desenvolvida pelo time de prospecção e parcerias do IDIS, com apoio de João Abreu, especialista em saúde e co-fundador da Impulso Gov, e Aldo Labaki, consultor associado especialista em projetos de altíssima complexidade.

IDIS e iFood falam sobre campanha contra a fome no Twitter do Ação da Cidadania

Como parte da campanha do Pacto pelos 15% da Ação da Cidadania, Paula Fabiani, CEO do IDIS, participou de uma conversa junto da Flavia Rosso, gerente de sustentabilidade no iFood, moderado pro Nathália Dias, produtora de conteúdo da Ação da Cidadania.

A campanha Pacto pelos 15 busca trazer conscientização acerca do agravante dado que 15% da população brasileira está passando fome, aproximadamente 33 milhões de pessoas.

Ao longo da conversa, Paula Fabiani traz uma avaliação sobre essa situação socioeconômica e como empresas e sociedade podem se engajar. “Na última pesquisa que a gente fez sobre o comportamento do doador, a gente vê um crescimento expressivo, muito por causa da pandemia. Na doação para campanhas, o brasileiro está se engajando mais em campanhas”, comenta.

Confira a entrevista na íntegra no Twitter do Ação da Cidadania:

 

Vem pro IDIS: vaga para gerente de projetos (consultoria)

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma oportunidade para Gerente de Projetos para atuar na área de consultoria.

Para fortalecer nossa atuação, buscamos um(a) profissional que apoie a gestão de nossas iniciativas na área de consultoria. Essa função envolverá implementação de novas metodologias, desenvolvimento do time, pesquisa e produção de conteúdo, relacionamento com clientes, prospecção de novos negócios, entre outras atividades. Saiba mais sobre a atuação do IDIS acessando nossos cases.

Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, o IDIS atua junto a empresas, famílias, institutos, fundações e organizações da sociedade civil. Desenvolvemos projetos de impacto, geramos conhecimento ao setor e oferecemos consultoria ao investidor social e às organizações que executam projetos e programas sociais para que tomem decisões estratégicas e ampliem o impacto de suas iniciativas.

Inscreva-se nessa vaga pelo 99Jobs.

Instrução e Experiência: 

    • Formação superior complementada com cursos de pós-graduação ou MBA, além de experiência mínima de 5 anos liderando a gestão de projetos, em especial junto a organizações com práticas de Investimento Social Privado.
    • Conhecimentos avançados sobre estratégias, políticas e práticas de Investimento Social Privado, Sustentabilidade, Responsabilidade Social Empresarial, Investimento de Impacto e ESG.
    • Análise de informações qualitativas e quantitativas.
    • Conhecimento sobre conceitos e técnicas de planejamento estratégico, gestão da governança, avaliação de impacto, estruturação de fundos patrimoniais e gestão de editais e outros veículos de doação.
    • Facilitação de grupos e condução de workshops e reuniões participativas.
    • Elaboração de apresentações e relatórios com boa apresentação visual e estruturação clara e objetiva do conteúdo.
    • Conhecimentos avançados de inglês na linguagem oral e escrita.

como você atuará

Gestão de Projetos:

  • Efetuar gestão de equipe multidisciplinar
  • Orientar e revisar trabalhos focados em planejamento estratégico, gestão de projetos e mensuração de impacto
  • Conduzir o desenvolvimento de estratégias sociais e de ESG em diferentes territórios socioambientais
  • Orientar o desenvolvimento e revisar propostas de prestação de serviços focadas no escopo IDIS
  • Representar o IDIS e seu escopo de atuação em eventos relacionados
  • Gerenciar a execução de projetos de consultoria e projetos de impacto do IDIS
  • Gerenciar o relacionamento com os clientes, parceiros e doadores
  • Gerenciar as despesas dos projetos e as metas orçamentárias da área de projetos.
  • Manter os conhecimentos e aprendizados oriundos dos projetos de forma organizada e acessível.

Gestão de Propostas Técnicas e Comerciais:

  • Contribuir ativamente na prospecção de novos projetos e parcerias.
  • Elaborar propostas técnicas e comerciais e participar de reuniões com potenciais clientes, parceiros e doadores
  • Contribuir para a concepção de novas oportunidades de projetos de impacto.
  • Oferecer suporte à equipe de prospecção e novos negócios do IDIS.

BENEFÍCIOS:

  • Contratação PJ
    Início em outubro de 2022
    Remuneração mensal – A combinar
    Tipo de trabalho – Híbrido: combinação de presencial e remoto, com disponibilidade para viagens.

COMO SE CANDIDATAR

Interessadas (os) devem preencher a candidatura na 99Jobs.

O prazo de inscrição será encerrado em 10 de outubro.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos. No formulário, você poderá indicar se você se considera como potencial beneficiário(a).

O IDIS está localizado em São Paulo, próximo à estação Pinheiros do metrô.

Vaga para Analista de Projetos Sênior de Monitoramento e Avaliação de Impacto Socioambiental

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social busca uma pessoa Analista de Projetos Sênior de Monitoramento e Avaliação de Impacto Socioambiental.

Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, o IDIS atua junto a empresas, famílias, institutos, fundações e organizações da sociedade civil. Desenvolvemos projetos de impacto, geramos conhecimento ao setor e oferecemos consultoria ao investidor social e às organizações que executam projetos e programas sociais para que tomem decisões estratégicas e ampliem o impacto de suas iniciativas.

Essa pessoa será responsável pela execução das atividades dos projetos conduzidos e apoiados pelo IDIS, garantindo cumprimento de prazos, qualidade nos produtos desenvolvidos e serviços prestados.

Inscreva-se nessa vaga pelo 99Jobs.

Instrução e Experiência:

Ensino superior completo, preferencialmente em estatística, economia, ciências sociais ou áreas afins, e experiência mínima de 3 anos em gestão de projetos, preferencialmente em monitoramento e avaliação de projetos. Formação complementar com curso de pós-graduação ou MBA é uma vantagem.

 
Conhecimentos específicos:
 

    • Conhecimentos intermediários sobre estratégias, políticas e práticas de Investimento Social Privado, Sustentabilidade, Responsabilidade Social Empresarial e Investimento de Impacto.
    • Conhecimentos sobre análise estatística.
    • Conhecimento e experiência em elaboração e monitoramento de indicadores.
    • Conhecimento e aplicação de metodologias para elaboração de análise diagnóstica, planejamento estratégico e plano de ação.
    • Desenho e aplicação de pesquisas quantitativas.
    • Facilitação de grupos focais e condução de entrevistas em profundidade.
    • Sistematização e análise de informações qualitativas e quantitativas.
    • Elaboração e análise de planilhas Excel, incluindo manuseio de bases de dados, elaboração de tabelas dinâmicas e gráficos.
    • Elaboração de apresentações com boa apresentação visual, storytelling, clareza e objetividade na transmissão de conteúdos e conclusões.
    • Conhecimentos intermediários de inglês na linguagem oral e escrita.
    • Experiência com softwares de análise de dados de qualitativos e quantitativos será considerada uma vantagem.
    • Conhecimento avançado de espanhol na linguagem oral e escrita será considerado uma vantagem.

como você atuará

  • Apoiar a elaboração de propostas de projetos de Monitoramento e Avaliação para potenciais clientes e parceiros.
  • Implementar as atividades dos projetos de Monitoramento e Avaliação do IDIS, respeitando os prazos acordados e zelando pela qualidade dos produtos entregues.
  • Apoiar e realizar a coleta de dados quantitativos e qualitativos necessários para a execução dos projetos.
  • Organizar, ler, analisar documentos elaborar relatórios e apresentações sistematizando o processo de Monitoramento e Avaliação e os aprendizados e conclusões obtidas.
  • Realizar pesquisas de conceitos, referências e benchmarking que enriqueçam os projetos e tragam embasamento para os produtos desenvolvidos.
  • Apoiar na elaboração de propostas de projetos para potenciais clientes e parceiros, quando necessário.
  • Participar de reuniões periódicas da equipe de consultoria para manter a equipe alinhada com o planejamento estratégico e missão da organização.
  • Promover a aprendizagem e compartilhamento de conhecimento técnico com a equipe do IDIS.
  • Participar ativamente do ciclo de planejamento estratégico juntamente com as outras áreas da organização.
  • Apoiar a Gerência de Comunicação em temas e matérias relacionadas a projetos de consultoria e estratégicos para base de desenvolvimento de conteúdo de comunicação.

 

BENEFÍCIOS:

  • Contratação CLT
  • Vale Alimentação
  • Vale Transporte
  • Plano de Saúde
  • Credencial Plena do Sesc
  • Day off de aniversário

Tipo de trabalho – Híbrido (remoto e presencial)
Início em outubro de 2022

COMO SE CANDIDATAR

Interessadas (os) devem preencher a candidatura na 99Jobs.

O prazo de inscrição será encerrado em 7 de outubro.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos. No formulário, você poderá indicar se você se considera como potencial beneficiário(a).

O IDIS está localizado em São Paulo, próximo à estação Pinheiros do metrô, com atividades prioritariamente presenciais.

Brasil atinge recorde e está entre os 20 países mais solidários do mundo

World Giving Index revela que a generosidade cresce globalmente. Brasil ocupa 18a posição no ranking

Mais pessoas doaram dinheiro para organizações sociais e ajudaram desconhecidos no ano passado do que em qualquer ano da década anterior, de acordo com o World Giving Index 2022 da organização britânica Charities Aid Foundation (CAF), representada no Brasil pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.

Em todo o mundo, 3 bilhões de pessoas ajudaram alguém que não conheciam, um aumento de aproximadamente meio bilhão em comparação ao período anterior à pandemia. Cerca de 200 milhões de pessoas também doaram dinheiro para organizações da sociedade civil em todo o mundo, com o número de doações aumentando 10% em economias de alta renda.

O World Giving Index é uma das maiores pesquisas sobre doações já produzidas, com quase 2 milhões de pessoas entrevistadas desde 2009. O Índice deste ano inclui dados de 119 países, representando mais de 90% da população adulta global. Três perguntas são feitas a pessoas ao redor do mundo: você ajudou um estranho, doou dinheiro a uma organização social ou fez algum tipo de trabalho voluntário no mês passado?

Clique aqui para baixar a pesquisa completa

Pelo quinto ano consecutivo, o país mais generoso do mundo é a Indonésia, seguida pelo Quênia em segundo lugar. Muitos países de alta renda retornaram ao top 10, depois de ver um declínio acentuado no voluntariado e doações desde 2018, mas que voltou a crescer durante a pandemia. Além dos Estados Unidos em terceiro lugar, Austrália (4), Nova Zelândia (5) e Canadá (8) se juntam aos países mais generosos do mundo.

A Ucrânia ficou em 10º lugar no ranking, subindo de 20º no ano anterior, e é o único país europeu que figura entre os 10 primeiros. A alta pontuação dos dados coletados antes do conflito de 2022 reflete as novas maneiras de engajamento que surgiram na Ucrânia, juntamente com um aumento nos padrões de vida e a necessidade criada pela pandemia.

Pelo quarto ano consecutivo, o Brasil subiu no ranking geral do World Giving Index, pulando da 54° para a 18° posição. O crescimento aconteceu em todas as categorias de avaliação, sendo ainda mais expressiva na “ajuda a um desconhecido”, no qual o país passou de 36° para o 11° lugar em apenas 12 meses.

O cenário reflete um crescimento do sentimento de solidariedade no Brasil nos últimos anos. Mesmo com dificuldades advindas do contexto socioeconômico atual, a população brasileira demonstra um interesse ativo em ajudar, não necessariamente apenas com doações financeiras, mas também por outros meios como ajudas esporádicas e trabalhos voluntários. Paula Fabiani, CEO do IDIS, destaca que “O Brasil alcançou um patamar histórico no ranking, revelando o fortalecimento da generosidade e da cultura de doação no País”

Segundo Neil Heslop OBE, CEO da Charities Aid Foundation, “A generosidade assume diferentes formas ao redor do mundo, e até mesmo suas definições diferem entre as culturas. O World Giving Index visa mensurar a generosidade expressa por meio de três comportamentos humanos. De forma encorajadora, a pontuação geral do Índice aumentou, indicando que as pessoas em todo o mundo têm se engajado mais em ações generosas do que no ano anterior. Em um cenário econômico, social e político incerto, o World Giving Index melhora nossa compreensão sobre doações globais. A Covid-19 afetou mais os mais pobres e vulneráveis ​​do mundo, o que também interrompeu o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Doadores privados e empresas provavelmente serão chamados para preencher lacunas de financiamento e organizações da sociedade civil precisarão descobrir a melhor forma de direcionar seus recursos limitados para o maior impacto. No entanto, após dois anos difíceis e com mais desafios que provavelmente virão, continuamos a ver grandes exemplos de generosidade global”.

World Giving Index 2022 – top 20 países:

WORLD GIVING INDEX – 2022

Geral Ajuda a um desconhecido Doação em dinheiro Voluntariado

 

Posição Pontuação Posição Pontuação Posição Pontuação Posição Pontuação
Indonésia 1 68% 76 58% 1 84% 1 63%
Quênia 2 61% 7 77% 20 55% 2 52%
Estados Unidos 3 59% 4 80% 9 61% 7 37%
Austrália 4 55% 34 69% 6 64% 20 33%
Nova Zelândia 5 54% 46 66% 10 61% 14 34%
Mianmar 6 52% 83 55% 2 73% 36 28%
Serra Leoa 7 51% 1 83% 76 27% 3 44%
Canadá 8 51% 50 65% 13 59% 33 29%
Zâmbia 9 50% 18 74% 53 35% 4 43%
Ucrânia 10 49% 13 75% 29 47% 54 24%
Irlanda 11 49% 87 55% 14 59% 21 32%
Tailândia 12 48% 58 64% 8 62% 75 19%
República Tcheca 13 48% 54 64% 21 55% 52 24%
Nigéria 14 48% 5 79% 73 29% 13 35%
Emirados Árabes Unidos 15 47% 48 65% 18 56% 70 21%
Polônia 16 47% 45 66% 26 50% 45 25%
Reino Unido 17 47% 97 52% 5 65% 55 24%
Brasil 18 47% 11 76% 38 41% 48 25%
Guiné 19 47%% 26 72% 52 35% 15 33%
Filipinas 20 47% 15 75% 79 26% 6 39%

Notas:

  • Acesse o estudo completo em clicando aqui;
  • Metodologia: O CAF World Giving Index é baseado em dados da World View World Poll da Gallup, que é um projeto de pesquisa em andamento realizado em mais de 100 países e, juntos, representam mais de 90% da população adulta mundial. A pesquisa faz perguntas sobre muitos aspectos diferentes da vida hoje, incluindo comportamento de doação. Os países pesquisados ​​e as perguntas feitas em cada região variam de ano para ano e são determinados pela Gallup. Mais detalhes sobre a metodologia da Gallup podem ser vistos online.
  • O World Giving Index 2022 foi lançado em 22 de setembro, durante a 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em um evento em Nova York para discutir o papel do setor privado no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

 

SOBRE A CAF – CHARITIES AID FOUNDATION

A Charities Aid Foundation é um grupo de três organizações sociais sediadas no e Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, especializadas em doações internacionais seguras e eficazes. Juntos, trabalhamos com empresas e filantropos para apoiá-los e garantir que o dinheiro alcance as causas centrais de suas estratégias de investimento social privado. No Reino Unido, a CAF também opera o CAF Bank, oferecendo serviços bancários dedicados ao apoio a mais de 14.000 organizações sociais sediadas no Reino Unido. Por meio da rede CAF International, está presente em todos os continentes, sendo o IDIS o representante na América Latina.

 

Clique aqui para baixar a pesquisa completa

Descubra Sua Causa: teste incentiva engajamento social com conteúdo leve e informativo

Plataforma ganha nova edição e é fruto da parceria entre o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e o Instituto MOL

 

Todos nós somos agentes de transformação e podemos fazer do mundo um lugar melhor, o primeiro passo é descobrir quais são as causas que nos movem. Em 2018, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social criou o Descubra Sua Causa, um teste para ajudar nessa busca e incentivar doações para organizações sociais da sociedade civil. Para acompanhar as mudanças sociais dos últimos quatro anos, o IDIS firmou parceria com o Instituto MOL e, juntos, acabam de lançar a segunda versão do teste com nova plataforma, conteúdos e possibilidades de engajamento.

Na versão original, os resultados do teste eram expressos na identificação com cinco personagens: Flora (meio ambiente e animais), Nelson (educação, cultura e diversidade), Beto (esporte e cidades sustentáveis), Catarina (ciência e saúde) e Yama (geração de renda e empreendedorismo). O Descubra Sua Causa agora apresenta dez resultados possíveis, em formato de alegorias, novas possibilidades de engajamento – como pessoas para seguir, dicas de séries, livros e ações – e uma newsletter mensal para receber conteúdos exclusivos que acompanham a jornada de defensores de causas, voluntários e doadores.

“O Descubra Sua Causa foi nossa forma de contribuir com o fortalecimento da cultura de doação no Brasil. O brasileiro é solidário, mas não havia muito conhecimento sobre como agir, nem uma reflexão mais profunda sobre as causas com as quais se identificavam. O engajamento evoluiu em 4 anos e o novo teste acompanha essa mudança”, afirma a CEO do IDIS, Paula Fabiani.

A equipe do Instituto MOL reformulou as perguntas do teste e a mecânica de pontuação, além das causas apresentadas, baseando-se em sua experiência no terceiro setor, no acompanhamento das principais tendências de comportamento da sociedade brasileira e em conversas com especialistas da área. A ideia é que a pessoa se identifique com as situações propostas e escolha uma opção de forma leve e descontraída.

“Queremos mostrar que o envolvimento com causas sociais é uma forma prazerosa de promover mudanças significativas em diferentes áreas. A doação, seja de recursos ou de tempo – via voluntariado – é uma forma eficaz de atingir esse objetivo. Também queremos mobilizar as pessoas para que compartilhem o teste e ajudem a transformar a realidade”, explica a gerente executiva do Instituto MOL, Vanessa Henriques.

Segundo a Pesquisa Doação Brasil 2020, publicada pelo IDIS, de 2015 e 2020, o percentual de doadores de todos os tipos (dinheiro, bens e trabalho voluntário) caiu no Brasil. Enquanto em 2015, 77% da população havia feito algum tipo de doação, em 2020, o percentual ficou em 66%. Quando se trata de organizações/iniciativas socioambientais, a redução foi de 46% para 37%. Apesar do encolhimento na prática, a população brasileira vê de forma cada vez mais positiva a doação. Mais de 80% da sociedade acredita que o ato de doar faz diferença, e entre os não doadores, essa concordância atinge 75%.

Sugestões para doar

Ao fazer o teste do Descubra Sua Causa, os respondentes também encontram indicações de organizações da sociedade civil para as quais podem doar. A lista deu preferência às iniciativas que receberam o Prêmio Melhores ONGs e o Selo Doar ou foram indicadas pelos especialistas consultados durante a produção do teste. As sugestões serão atualizadas periodicamente, para que outras iniciativas sejam conhecidas.

O lançamento do novo Descubra Sua Causa é o primeiro projeto colaborativo entre Instituto MOL e IDIS. “A gente percebe no Instituto MOL uma capacidade de comunicação mais ampla. Ele tem um conhecimento mais profundo e, portanto, tem como traçar estratégias e lançar uma plataforma com um potencial muito maior. O Descubra Sua Causa, em um curto espaço de tempo, atingiu 300 mil pessoas e eu espero que a gente possa repetir essa marca com esse novo lançamento. A possibilidade de fazer essas colaborações representa um espaço muito rico para o desenvolvimento do setor e da sociedade”, conclui Paula Fabiani.

Para fazer o teste, basta clicar aqui!
A iniciativa também está presente nas redes sociais, com perfis no Instagram e no Facebook.

 Sobre o IDIS

O Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) é uma organização da sociedade civil que tem como missão inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhando junto a famílias, empresas e outras organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país. Sua atuação baseia-se no tripé geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto. Saiba mais.

Sobre o Instituto MOL

O Instituto MOL é uma organização da sociedade civil criada para incentivar a cultura de doação no Brasil. Nascemos da iniciativa dos fundadores da premiada Editora MOL, em 2020, e hoje somos o braço sem fins lucrativos do Grupo MOL. Percebemos que nosso conteúdo — sempre com qualidade, transparência e tom positivo — poderia alçar voos mais altos ao contribuir para o impulsionamento da causa das causas: a cultura de doar mais e melhor, e falar sobre isso sem nenhum constrangimento. Um dos projetos do Instituto é o podcast Aqui se Faz, Aqui se Doa!, que traz conversas necessárias sobre cultura de doação, filantropia e responsabilidade social. Os empreendedores sociais e sócios do Grupo MOL Roberta Faria e Artur Louback recebem convidados inspiradores, comentam notícias, analisam números de pesquisas e compartilham ideias criativas para fazer boas ações. Saiba mais.

Empreendedores sociais pedem compromisso de candidatos com a Agenda 2030

Catalyst 2030 Brasil divulga carta aberta para incorporar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na gestão pública

Empreendedores sociais de todo Brasil publicaram uma carta aberta para candidatos e candidatas a cargos públicos em disputa nessas eleições. No documento, elencam oito compromissos e ações concretas para fortalecer a Agenda 2030 na gestão pública.

A ação foi organizada pelo Catalyst 2030 Brasil, rede global que atua em rede para tornar o mundo melhor e mais justo para todos e, com a carta, apresenta sugestões  criar ambiente e condições para acelerar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Até o momento, a iniciativa já conta com mais de sessenta assinaturas de organizações e empreendedores de impacto.

Nós do IDIS, somos membros fundadores do Catalyst 2030 e assinamos a carta. Convidamos você a participar também desse movimento. No contexto brasileiro são muitos os temas que precisam ser endereçados e apenas por meio da colaboração e fortalecimento dessas metas, isso é possível.

“Estamos diante de inúmeros desafios. A agenda dos ODS nos orienta na direção da solução de problemas que precisamos resolver urgentemente. Não temos tempo a perder e precisamos que todas as lideranças públicas estejam engajadas em colaboração com o setor privado e com a sociedade civil organizada”, argumenta Erika Sanchez Saez, membro do Catalyst 2030 BR e Diretora Executiva do Instituto ACP.

Clique aqui e acesse à carta 

Ou confira o conteúdo na íntegra abaixo.

Carta de Compromisso com a Agenda 2030 e os 17 ODS aos Candidatos e Candidatas das Eleições 2022

As pessoas e organizações signatárias desta carta se dirigem aos candidatos e às candidatas das eleições de 2022 para pedir o seu apoio e compromisso com os principais desafios coletivos tão bem traduzidos pela Agenda 2030, por meio dos 17 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Somos um grupo de empreendedores de impacto, intra-empreendedores, inovadores e empreendedores sociais que, por meio do capítulo brasileiro do Movimento Global Catalyst 2030, promove  soluções inovadoras e a colaboração como estratégia fundamental e transversal para o alcance dos ODS em todo o planeta. O Movimento surgiu no Fórum Econômico Mundial, a partir da articulação de organizações internacionais como Ashoka, Skoll Foundation e Schwab Foundation, e reúne empreendedores sociais em 197 países que, juntos, impactam positivamente a vida de mais de 2 bilhões de pessoas. Continue lendo

Ampliação do uso de incentivos fiscais pelos doadores

Flavia Regina de Souza | sócia do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados
Priscila Pasqualin | sócia do PLKC Advogados
Paula Fabiani | CEO do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

Os Fundos Patrimoniais passaram a ser regulamentados no Brasil com a aprovação da Lei 13.800/2019. Eles permitem que instituições sem fins lucrativos estabeleçam uma base financeira sólida, capaz de sustentar ou complementar suas atividades de interesse público com os recursos gerados a partir do rendimento do patrimônio. Com isso, se tornam menos dependentes de recursos públicos, de novas doações e patrocínios, alcançam maior estabilidade financeira, asseguram sua viabilidade operacional e, em especial, a destinação perene de recursos privados para a promoção de causas de interesse público. Eles permitem, também, que a sociedade civil apoie instituições públicas, como universidades, hospitais, museus com a destinação de doações privadas voltadas investimentos voltados para o fomento, pesquisa, inovação, reformas, acervos, capacitação dos servidores públicos, sem substituição de verbas do orçamento público. Assim, em cenários de limitação de gastos públicos, os Fundos Patrimoniais são uma fonte alternativa e viável de recursos.

Apesar de muito positiva e inovadora, a Lei 13.800/2019 foi aprovada com vetos aos artigos referentes aos incentivos fiscais. Além do incentivo fiscal à doação, para que o potencial dos Fundos Patrimoniais seja desenvolvido ao máximo, é essencial que sua regulamentação tributária reconheça às Organizações Gestoras de Fundo Patrimonial o direito a não incidência dos impostos e contribuições sociais federais sobre os rendimentos de aplicação financeira, ganhos de capital e demais receitas.

Nesse sentido, tem-se o substitutivo apresentado ao PLC 158/2017 pelo senador Rodrigo Cunha (União/AL), antigo relator na Comissão de Educação, que recebeu subsídios da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos que demostram como os endowments são fomentados em outros países.

A proposta de substitutivo visa contemplar as doações realizadas por pessoas físicas e jurídicas à Organizações Gestoras de Fundos Patrimoniais com os incentivos fiscais de imposto de renda, sem aumento dos limites já existentes no ordenamento jurídico, em esfera federal.

O texto merece destaque em alguns pontos no tocante aos incentivos fiscais: a proposta prevê a ampliação do acesso dos fundos patrimoniais vinculados a outras causas que já contam com incentivos fiscais no ordenamento jurídico, mas ainda são subutilizados pelos contribuintes. É importante dizer que tais incentivos não representam aumento da renúncia de receita que demanda a elaboração de estimativa de impacto orçamentário-financeiro ou a criação de novas fontes de recursos; a experiência internacional nos mostra que a existência de um sistema de criação de Fundos Patrimoniais aliado à concessão de incentivos fiscais aos doadores cria um ambiente fértil para o desenvolvimento patrimonial dos Fundos, e estimula a cultura de doação como mecanismo de fortalecimento da sociedade civil e do desenvolvimento social.

O Substitutivo proposto traz dispositivos que visam aproximar a legislação brasileira da internacional, garantindo segurança jurídica à tributação das Organizações Gestoras, com normas interpretativas, e desonerando o Fundo Patrimonial do Imposto de Renda sobre aplicação financeira, com a aplicação de norma isentiva já existente para os fundos de pensão.

Merecem destaque as propostas do Substitutivo como a que propõe que as OGFPs tenham a tributação de sua própria atividade definida com base na causa de interesse público a que se destinam – se causas imunes, devem ser imunes a impostos; se causas isentas, devem ser isentas a impostos; outro ponto é o direito à isenção da COFINS, já prevista na legislação atual, sobre todas as receitas previstas no art. 13 da Lei nº 13.800/2019.

Além disso, as Organizações Gestoras devem poder investir o principal do fundo patrimonial tanto no exterior quanto em participações societárias, se isso se mostrar a estratégia mais conveniente para perenizar e rentabilizar o patrimônio do fundo e se os rendimentos forem usados para custear sua atividade fim, sem que isso afaste seu direito à imunidade ou à isenção de impostos e também remunerar a valor de mercado os membros de todos os seus órgãos de governança, se isso se mostrar necessário à boa gestão da instituição, sem que isso afaste seu direito à imunidade ou à isenção. Sem falar na isenção de Imposto de Renda incidente sobre aplicações financeiras para as OGFPs que se dediquem a causas de interesse público, mesmo aquelas que não sejam abrangidas pela imunidade constitucional, tendo em vista a relevância desses fundos para a sustentabilidade de longo prazo dessas causas. O bem social a ser promovido pelas OGFPs é maior do que o potencial impacto econômico e orçamentário que seria possivelmente gerado, tendo em vista que tais instituições destinam recursos a programa, projetos e causas de interesse público, realizados por instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos.

A proposta de substitutivo busca complementar a Lei 13.800/2019, utilizando-se das ideias do projeto original, e incluindo medidas que consideramos imprescindíveis à uma adequada regulamentação dos incentivos fiscais e da tributação dos Fundos Patrimoniais. Após 4 anos de tramitação é urgente a aprovação do PLC 158/2017, com a finalidade de se atingir maior adesão à lei e de se fomentar a cultura de doação do país.

O texto foi originalmente publicado pelo Estadão no dia 27/08/2022 

Com confiança e estratégia, a solidariedade é ainda mais forte!

Paula Fabiani – CEO do IDIS
Texto publicado originalmente pela Folha de São Paulo em 21/08/2022

O brasileiro é conhecido por ser um povo solidário, mas até recentemente, não tínhamos dados para afirmar se existia, de fato, uma cultura de doação no país. Em 2015, a primeira edição da Pesquisa Doação Brasil, realizada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, relevou que mais de três quartos da população havia feito uma doação – seja dinheiro, bens ou tempo, na forma de voluntariado. A segunda edição, com dados de 2020, constatou que as classes mais privilegiadas passaram a se engajar mais e a percepção geral sobre doação passou a ser mais positiva. Por outro lado, metade dos entrevistados disse não conhecer o papel das organizações da sociedade civil (OSCs) e 33% afirmou não ter certeza se o ato de doar faz alguma diferença. Naquele ano, doações em dinheiro a OSCs somaram R$ 10,3 bilhões, o equivalente a 0,14% do PIB.

Se por um lado constatamos que existe engajamento, também identificamos espaço para crescer e amadurecer. Em relação a outros países, em 2021, o Brasil se encontrava na posição 54 entre 114 nações na prática da solidariedade, segundo o World Giving Index, publicado pela britânica Charities Aid Foundation.

Quando consideramos o investimento social de empresas e famílias, os levantamentos também mostram mudanças. Durante a pandemia, os recursos investidos em causas atingiram seu recorde. De acordo com o Censo GIFE 2020, o montante total investido foi de R$ 5,3 bilhões – aumento de 53% em relação a 2018. Apesar do grande volume, ele não foi igualmente distribuído. Naquele ano, enquanto mais de três quartos dos entrevistados financiaram projetos nas áreas de Educação e Assistência, em especial em ações para o enfrentamento da Covid-19, menos da metade investiu em causas de grande relevância para o país como Meio Ambiente, Defesa de Direitos e Democracia e, apenas 36%, em Fortalecimento da Gestão Pública ou em Ciência e Tecnologia. Mais uma vez, os dados mostram que há possibilidades de evolução.

É preciso um olhar estratégico na prática da filantropia para que ela seja poderosa e transformadora. É preciso focar em sanar as causas dos problemas socioambientais, e não apenas seus efeitos. E essa tomada de consciência é necessária em toda a sociedade. A boa notícia é que estamos dando passos importantes nessa direção. Durante a pandemia de Covid-19, muitos doaram para aliviar o sofrimento dos grupos mais vulneráveis, uma abordagem assistencialista extremamente necessária naquele momento. Por outro lado, diversos doadores sabiam a mudança que queriam provocar, e desenvolveram tecnologias e caminhos inovadores para gerar impacto positivo. Doaram com rapidez e confiança nas OSCs. E as entidades beneficiárias responderam criando redes de apoio para levar ajuda a todos que precisavam.

Esse momento raro, do casamento da confiança com a estratégia, trouxe frutos maravilhosos e modificou a maneira como atuamos. Ouso acreditar que corporações e famílias com mais recursos ainda estão sob o efeito mágico produzido pelas transformações que foram capazes de gerar. E buscam evoluir na sua prática filantrópica, refletindo, monitorando e avaliando o impacto produzido na sociedade.

Testemunhamos um número crescente de empresas preocupadas com agenda ASG (ambiental, social e governança). Por parte das famílias mais privilegiadas, ainda que sutil, vemos um aumento da constituição de fundos patrimoniais filantrópicos, instrumento que permite perenizar o investimento social. Acompanhamos também o surgimento de ações colaborativas, fundamentais para acelerar mudanças socioambientais em linha com os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

O debate sobre a importância da filantropia foi impulsionado pela pandemia, e correntes de solidariedade surgiram em todo país. Vemos que a confiança e as estratégias estão amadurecendo, na medida em que aprendemos que o ato de doar tem o poder de mudar realidades. Mas, se quisermos realmente contribuir para a redução das desigualdades sociais no país, precisaremos da união entre empresas de todos os setores e portes, organizações da sociedade civil, governos e todos os brasileiros e brasileiras. O caminho é longo, mas o fundamental já temos, que é a solidariedade e o desejo de um Brasil justo e sustentável.

Investimento Social: seis passos para estruturá-lo em uma empresa

Em agosto de 2019, o Business Roundtable, grupo formado pelos CEOs das cem maiores companhias norte-americanas, declarou que, na sua visão, o propósito de uma empresa não era somente proporcionar lucro a seus acionistas. O propósito de uma empresa é também entregar valor aos seus clientes, investir em seus funcionários, lidar de forma justa com os fornecedores e apoiar as comunidades em que atuam. Em resumo, as empresas devem ir além de seus números, e impactar positivamente a sociedade.

Esta declaração histórica é o resultado de uma longa caminhada que, no Brasil, começou há cerca de quatro décadas e evolui por meio de diversos conceitos que vão desde responsabilidade social até ESG, passando pelo investimento social corporativo.

Saiba mais sobre estes conceitos

Independentemente dos rótulos, o importante é a percepção de que empresas são organismos poderosos, que devem usar seu potencial para melhorar a sociedade na qual atuam e da qual retiram os recursos para sua existência.

E como fazer isso de forma que traga benefícios concretos para todos?

O primeiro passo é admitir que problemas socioambientais são complexos e que, normalmente, as empresas não sabem lidar com eles, portanto, é necessário dedicação antes decidir o que fazer.

Escolha do foco de investimento social para atuação

O ideal é começar tentando identificar em qual faixa do imenso espectro de problemas sociais a empresa tem maior possibilidade de contribuir. Considere nesta análise os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e como é possível apoiar o cumprimento das metas estabelecidas na Agenda 2030.

A resposta pode estar ligada ao setor de atividade da firma. Por exemplo, um fabricante de alimentos provavelmente tem capacidade para atuar no combate á fome. Um banco pode contribuir com ações de educação financeira.

Ou ela pode ter relação com a estrutura de operação. Um distribuidor de bebidas pode contribuir com sua capilaridade, enquanto uma escola pode ceder seu espaço ocioso para alguma atividade.

Há ainda a possibilidade da atuação vir do local onde a empresa está instalada e até mesmo da comunidade onde se encontram seus fornecedores ou clientes.

O importante aqui é que exista um vínculo, uma razão ao se escolher uma causa ou uma região para ser adotada, porque é essa ligação que vai dar sentido ao investimento social e vai envolver toda a cadeia de stakeholders, desde os sócios.

Pensando no ESG, essa escolha é chamada de “materialidade”. Ou seja, algo que diga respeito realmente a onde/quem/ o que a empresa atinge de uma forma ou de outra.

Nota técnica: ESG e o “S” brasileiro

Diagnóstico do problema

Uma vez escolhida a causa ou o foco de atuação, vem a etapa de diagnóstico. Ela serve para compreender quais os principais problemas existentes nesse foco, quais tentativas de solução já foram experimentadas e quem são as pessoas e organizações envolvidas com essas questões.

Muitos investidores sociais perdem tempo e dinheiro porque acreditam ter a solução para alguma situação, sem, na verdade, conhecer a realidade das pessoas ou local que sofrem com aquele problema.

Portanto, é necessário estudar bem o problema que se quer atacar. E isso serve para qualquer tamanho de investimento social. Mesmo uma iniciativa pequena, deve ser bem concebida para surtir efeito e, quem sabe, tornar-se um grande projeto!

Definição do projeto de impacto social a ser realizado

Após entender o problema a ser atacado, chegou a hora de definir qual a intervenção a ser realizada. Para qualquer questão que tenha sido escolhida, existirão diversas abordagens possíveis.

O combate à fome não se restringe à doação de alimentos. Ele pode ser feito por meio de capacitação para o emprego, de educação para melhor utilização de alimentos ou estímulo à produção de alimentos mais baratos.

O melhor é optar pelo caminho mais viável dentro das condições da empresa e que traga mais impactos positivos para os beneficiários.

Ao final desta etapa é necessário ter as respostas para as seguintes perguntas:

  • O que vai ser feito?
  • Como vai ser feito?
  • Onde vai ser feito?
  • Quando vai ser feito?
  • Quanto vai custar?
  • Quais resultados queremos atingir?
  • Quais indicadores serão monitorados?

Fazer com as próprias mãos ou apoiar quem já faz?

Esta é outra decisão importante. Como a empresa vai conduzir sua ação social? Vai realizar ela própria ou vai optar por apoiar organizações sociais que já trabalham com a causa ou na comunidade escolhida?

Na verdade, estamos buscando a resposta para a pergunta: quem vai fazer?

Se a empresa vai operacionalizar as ações sociais, será preciso destacar ou contratar pessoas e criar uma célula dentro da companhia com essa responsabilidade, exigindo uma estrutura robusta. Ela estabelecerá uma ligação próxima com os beneficiários e terá maior controle sobre os resultados alcançados.

Se a empresa optar por apoiar organizações do Terceiro Setor para realizarem a ação social, não precisará fazer modificações internas profundas. Em compensação, haverá menos controle sobre a operação e resultados.

Como saber se deu certo?

Depois de todo esforço e dedicação para a realização de uma ação social, é fundamental saber se a intervenção gerou impactos positivos aos beneficiários. Recomenda-se que, antes de começar algum projeto, já se defina quais são as metas a serem perseguidas, quais os indicadores que dirão se elas foram alcançadas ou não e quais os processos que integrarão a avaliação. Fomentar a cultura avaliativa é desejável. O processo mostrará onde estão as fortalezas e onde há espaços para melhorias.

Convide todo mundo para participar

Um projeto social é uma iniciativa que deixa todo mundo entusiasmado. Equipe internas, fornecedores, parceiros, clientes, investidores, comunidade. Por isso, é muito importante contar para todos eles o que será feito e convidá-los a fazer parte. Eles podem dar ideias para melhorar o projeto, podem fazer doações para complementar a verba, podem realizar trabalho voluntário, podem ajudar a divulgar e mais uma série de coisas que nem sequer conseguimos imaginar. E ainda que não se engajem diretamente, podem reconhecer o valor da ação e recompensar a empresas pela atitude.

Com estas seis etapas, empresas se colocam na direção correta para honrar o propósito que se espera de uma empresa atualmente. O IDIS apoia investidores sociais privados em toda esta jornada. Conheça nossos serviços e algumas histórias de sucesso.

“Construindo o futuro”: novo relatório da CAF America incentiva filantropia para a América Latina

A cidade de Miami é um grande centro de doações filantrópicas para instituições sociais em toda a América Latina, vindas de residentes internacionais de alta renda no local. No entanto, apesar da vontade de criar um impacto duradouro por meio da filantropia, existem diversas barreiras que acabam dificultando a efetividade das doações.

Pensando em quebrar essas barreiras para pessoas que querem realizar doações para países na América Latina, a STEP Miami junto com a CAF America lançaram o relatório “Building the Future: Advising Latin American Philanthropy from Miami”. O objetivo da publicação é de inspirar doações internacionais estratégicas e com eficiência tributária a doadores norte-americanos.

Por meio da pesquisa, a STEP Miami e a CAF America mapearam a relevância das doações internacionais entre os clientes associados à STEP Miami e, com isso, foi constatado que há uma forte oportunidade para ajudar clientes de alto poder aquisitivo, uma vez que 93% dos consultores que responderam à pesquisa relataram que fazem doações anualmente a entidades filantrópicas fora dos Estados Unidos. Desses, 68% relatam realizar doações para instituições Brasileiras.

Pessoas e famílias de alto poder aquisitivo em Miami têm um interesse claro pelas doações a entidades filantrópicas internacionais. Isto reflete a natureza internacional da base de clientes da cidade.

Confira a publicação completa clicando aqui. 

CAF America

A CAF America é uma instituição filantrópica pública e intermediária para doações internacionais e domésticas aconselhadas por doadores. Nos últimos 5 anos, a organização estima ter apoiado a doação de U$2 bilhões, aconselhadas por doadores para milhares de instituições de caridade em 120 países. Além dessas atividades de doação, oferecem uma gama completa de serviços para todos os tipos de atividades filantrópicas.

Por Que as Empresas Estão Implantando Códigos de Ética?

16/08/2006 – Escrito por Maria do Carmo Whitaker* e publicado originalmente no livro “Ética na Vida das Empresas – Depoimentos e Experiências”, o artigo defende que o código de ética é um facilitador para se aliar lucros, produtividade, qualidade e eficiência de produtos e serviços, além de outros valores intangíveis que advêm das pessoas que as integram as empresas, tais como honestidade, justiça, cooperação, compreensão.

“Nossa empresa é ética. Temos uma filosofia de trabalho que prioriza a coerência entre o que se diz e o que se faz. Preservamos nossos valores. Somos reconhecidos no mercado por essa nossa postura. Não transigimos com nossos princípios. Assim, não precisamos de código de ética”. Não raro esse comentário advém de empresários que exercem importante papel de liderança, sem perceberem as reais vantagens de adotar, para suas empresas, códigos de ética ou guias de conduta.

Isso não quer dizer que para ser ética, seja imprescindível que a empresa adote um código de conduta. O importante é que, se optar por adotá-lo, deverá estimular a vivência prática de seu conteúdo no dia-a-dia.

 

Código de ética ou guia de conduta

O código de ética é um instrumento de realização da filosofia da empresa, de sua visão, missão e valores. “É a declaração formal das expectativas da empresa à conduta de seus executivos e demais funcionários.” 1

O código de ética deve ser concebido pela própria empresa, expressando sua cultura. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura da empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É um instrumento que serve de inspiração para as pessoas que  aderem a ele e se comprometem com seu conteúdo. É imperioso que haja consistência e coerência entre o que está disposto no código de ética e o que se vive na organização. Se o código de conduta de fato cumprir o seu papel, sem dúvida significará um diferencial que agregará valor à empresa.

 

 

As empresas estão implantando códigos de ética porque esse documento tem a faculdade de:

  • Fornecer critérios ou diretrizes para que as pessoas se sintam seguras ao adotarem formas éticas de se conduzir.
  • Garantir homogeneidade na forma de encaminhar questões específicas.
  • Aumentar a integração entre os funcionários da empresa.
  • Favorecer ótimo ambiente de trabalho que desencadeia a boa qualidade da produção, alto rendimento e, por via de consequência, ampliação dos negócios e maior lucro.
  • Criar nos colaboradores maior sensibilidade que lhes permita procurar o bem-estar dos clientes e fornecedores e, em consequência, sua satisfação.
  • Estimular o comprometimento de todos os envolvidos na elaboração do documento.
  • Proteger interesses públicos e de profissionais que contribuem para a organização.
  • Facilitar o desenvolvimento da competitividade saudável entre concorrentes.
  • Consolidar a lealdade e a fidelidade do cliente.
  • Atrair clientes, fornecedores, colaboradores e parceiros que se conduzem dentro de elevados padrões éticos.
  • Agregar valor e fortalecer a  imagem da empresa.
  • Garantir a sustentabilidade da empresa.

Eis as razões2 que respondem à pergunta formulada no título. Elas levam as pessoas a acreditarem na possibilidade de explorar um caminho que abre espaço para que percorram juntos, sem antagonismo, os valores intangíveis e os resultados econômicos.

As pessoas que se dedicam à consultoria podem facilmente identificar, senão todos, ao menos alguns dos efeitos gerados nas empresas e nos seus colaboradores, durante e após o processo de implantação do código de ética ou do guia de conduta.

 

A crescente preocupação dos empresários

Os líderes empresariais perceberam que a ética passou a ser um fator de competitividade. Por isso é crescente a preocupação, entre os empresários brasileiros, com a adoção de padrões éticos para suas organizações. Sem dúvida, os integrantes dessas organizações serão analisados através do comportamento e das ações por eles praticadas, tendo como base um conjunto de princípios e valores.

Da mesma forma que o indivíduo é analisado pelos seus atos, as empresas (que são formadas por indivíduos) passaram a ter sua conduta mais controlada e analisada, sobretudo após a edição de leis que visam à defesa de interesses coletivos.

 

Todas as pessoas querem ser éticas . E a empresa?

De modo muito simples e resumido pode-se afirmar que é ético aquele que, livremente, com a consciência bem formada, responsabilidade e reta intenção, aplica a inteligência na procura da verdade e a vontade na busca do bem, em todas as circunstâncias. Nessa definição está a referência, o parâmetro da pessoa ética e pode-se afirmar com toda segurança, que existem muitas pessoas que se esforçam por atingir essa meta.

A fonte da Ética é a própria realidade humana, o ambiente em que se vive. Desta forma, o ambiente de trabalho, no qual se convive grande parte do dia, se desenvolve em uma sucessão de escolhas para tomadas de decisões e de práticas de virtudes, que nada mais são do que os valores transformados em ação.

A credibilidade de uma instituição é o reflexo da prática efetiva de valores como a integridade, honestidade, transparência, qualidade do produto, eficiência do serviço, respeito ao consumidor, entre outros. Conclui-se, portanto, que quando se fala em empresa ética, quer-se dizer que as pessoas que nela trabalham são éticas e buscam a excelência. Que os princípios e valores eleitos pelos seus fundadores e que impregnam a cultura da organização são éticos. Que os seus colaboradores, desde a alta administração até o último contratado, zelam pela conduta ética, e procuram exercer a liberdade com responsabilidade, tanto no seu relacionamento interno, como com o público externo.

Em suma, as pessoas são éticas; a empresa é uma pessoa jurídica, uma ficção de direito que, como se disse, refletirá a conduta daqueles que a representam.

 

Vulnerabilidade das empresas

Em consequência, se a ética é questão de conduta das pessoas  não cabe a indagação sobre que tipo de empresas são mais vulneráveis às fraudes e problemas éticos, se as pequenas ou as grandes. Cada ser humano desenvolve um papel na sociedade. São as convicções e comprometimentos das pessoas, que conduzidas pela sua consciência, bem ou mal formada, praticarão condutas éticas ou antiéticas. Qualquer um de nós está sujeito às fraquezas humanas e, portanto, torna-se um imperativo a manutenção de um esforço diário para a prática do bem.  Assim, o problema não é das pequenas ou grandes empresas, mas das pessoas que integram as grandes e pequenas empresas.

 

Dois grandes desafios

Nessa dimensão ética distinguem-se dois grandes planos de ação que são propostos como desafios às organizações: de um lado, em termos de projeção de seus valores para o exterior, fala-se em empresa cidadã, no sentido de respeito ao meio ambiente, incentivo ao trabalho voluntário, realização de algum benefício para a comunidade, responsabilidade social, sustentabilidade, etc.

De outro lado, sob a perspectiva de seu público mais próximo, como executivos, acionistas, empregados, colaboradores, fornecedores, envidam-se esforços para a criação de um sistema que assegure um modo ético de operar, sempre respeitando os princípios gerais da organização e os princípios do direito e da moral.

São muito pesados os ônus impostos às empresas que, despreocupadas com a ética, enfrentam situações que muitas vezes, em apenas um dia, destroem uma imagem que consumiu anos para ser conquistada. Multas elevadas, quebra da rotina, empregados desmotivados, fraude interna, perda da confiança na reputação da empresa, são exemplos desses ônus.

Daí o motivo de muitas empresas terem adotado elevados padrões pessoais de conduta para seleção de seus empregados, cientes de que, atualmente, a integridade nos negócios exige profissionais altamente capazes de conciliar princípios pessoais e valores empresariais.

 

Gestão da ética

Ao lidar com pessoas, é imprescindível considerar a dignidade da pessoa, facilitando e promovendo o seu crescimento integral. Não se pode considerar as pessoas como simples elementos de produção e geração de lucros, que estão a serviço da empresa. Ao contrário, a empresa ética torna-se um instrumento do desenvolvimento econômico, a serviço da mulher e do homem integral, um campo riquíssimo de aperfeiçoamento da pessoa.

O empresário ético, que tem visão de futuro, investe na formação de seus colaboradores e conquista o comprometimento deles; lança desafios para que cresçam e se superem.

Por essa razão, muitas empresas de respeito empreendem um esforço organizado, a fim de encorajar a conduta ética entre seus empregados. Para tanto, implantam códigos de ética, reciclam o aprendizado de seus executivos e colaboradores, idealizam programas (hoje em dia programas virtuais) de treinamento, criam comitês de ética, capacitam líderes que percorrem os estabelecimentos da organização incentivando o desenvolvimento de um clima ético. Nessa perspectiva, servem-se de consultores externos que os assessoram na elaboração de códigos de conduta e no desenvolvimento do clima ético, sensibilizando seus integrantes, mediante cursos e palestras, e participando ativamente de treinamentos, procurando adequar tudo à legislação e aos critérios oferecidos por instituições internacionais de renome.

 

O empresário ético no seu dia-a-dia

Após inúmeras conversas e entrevistas com empresários que privilegiam a ética foi possível identificar os seguintes itens em suas condutas:

  • Certificam-se de que sua consciência foi bem formada.
  • Seguem a voz de sua consciência.
  • Não transigem com seus princípios.
  • Agem com liberdade e responsabilidade.
  • Cercam-se de bons assessores.
  • Desenvolvem suas próprias competências e estabelecem planos estratégicos.
  • Aglutinam e mobilizam pessoas, estimulam iniciativas e novas idéias.
  • Conquistam a confiança de seus colaboradores e investem no seu treinamento.
  • Respeitam as pessoas, valorizando a dignidade de cada colaborador, cliente, fornecedor, concorrente, e todas as demais pessoas de seu círculo de relacionamento.

 

Aliar resultados econômicos aos valores intangíveis

Pode-se concluir, portanto, que o código de ética é um facilitador para se aliar lucros, resultados, produtividade, qualidade e eficiência de produtos e serviços, além de outros valores típicos de empresa, com valores intangíveis que advém das pessoas que a integram, tais como: honestidade, justiça, cooperação, tenacidade, compreensão, exigência, prudência, determinação, entre outros.

*Maria do Carmo Whitaker, professora universitária, sócia fundadora e ex-diretora da Associação Latino-Americana de Ética, Negócios e Economia, – Alene. Advogada, membro do Tribunal de Ética da OAB/SP. Membro do Grupo de Excelência em Ética e Responsabilidade Social do Conselho Regional de Administração – CRA/SP, consultora de Ética nas organizações e organizadora do site de ética empresarial do Portal Academus.

1 ARRUDA, Maria Cecilia Coutinho de, RAMOS, Jose Maria Rodriguez e WHITAKER, Maria do Carmo. Fundamentos de Ética Empresarial e Econômica. São Paulo: Atlas, 2003. p.64.

2 ARRUDA, Maria Cecilia Coutinho de. Código de Ética: um instrumento que adiciona valor. São Paulo: Negócio Editora, 2002. p. 2-18. (com adaptações)

Saiba mais sobre práticas empresariais sustentáveis:

O que é Capitalismo de Stakeholders?

ESG, RSC e ISP: o que significa e como as siglas se relacionam?

Colaboração e materialidade: fatores-chave para empresas concretizarem ações sociais da pauta ESG

Publicação reúne especialistas com análise inédita sobre duas décadas de Voluntariado no Brasil

Em 2001, quando a ONU – Organização das Nações Unidas estabeleceu o Ano Internacional do Voluntário, iniciou-se uma série de atividades, destacando-se a realização de pesquisas para conhecer o perfil dos voluntários e como eles apoiavam a sociedade. De lá para cá, organizações de toda natureza se mobilizaram para fortalecer esta importante atividade, o tema ganhou visibilidade e houve um crescimento expressivo no número de voluntários. Como mostrou a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, em duas décadas, o percentual da população brasileira que já praticou o voluntariado em algum momento de sua vida mais que triplicou, passando de 18% em 2001 para 56% em 2021.

Para mostrar esta evolução, o livro digital ”Voluntariado no Brasil: Duas Décadas de Transformação”, lançado em julho de 2022, traz uma coletânea de artigos escritos por especialistas. São diversos temas, personagens e estilos, de autores que contam histórias inspiradoras e trazem dados capazes de mostrar como os brasileiros, com criatividade e perseverança, constroem uma sociedade melhor e mais justa por meio da atividade voluntária.

Este é um desdobramento da terceira edição da Pesquisa Voluntariado no Brasil, iniciativa elaborada e coordenada por Silvia Maria Louzã Naccache, com apoio dos consultores Kelly Alves do Carmo e Felipe Pimenta de Souza, e realizada pelo Instituto Datafolha e IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social. 

Dividido em 15 principais temas relacionados ao voluntariado, o livro começa resgatando a história do Voluntariado no Brasil, que remonta à fundação da Santa Casa da Misericórdia de Santos, abordando análises importantes sobre as pesquisas realizadas em 2001 e 2011. 

O livro destaca também as mudanças nas duas últimas décadas, como os impactos de situações emergenciais e o voluntariado, aponta aspectos recentes relacionados à atuação durante a pandemia e explora a relação do voluntariado com os grandes eventos, como a Copa do Mundo os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. 

Temáticas cruciais para o desenvolvimento sustentável são temas de reflexão, como com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a filantropia e a cultura de doação e o voluntariado corporativo. Perspectivas para o futuro do voluntariado, claro, não ficaram de fora.   

“No Brasil, às vésperas de celebrarmos o Bicentenário da Independência, este livro é um presente, um legado e um registro do Voluntariado nas últimas duas décadas. Vem para reconhecer e valorizar o trabalho de 57 milhões de brasileiros voluntários, dado da pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, e também para destacar tendências, desafios e caminhos para o futuro”, comenta Silvia Naccache, que também participou das edições anteriores da pesquisa.

Entre os autores, além dos realizadores da pesquisa, especialistas como Carolina Muller, Carola Matarazzo, Maria Elena Pereira Johannpeter, Patrícia Loyola, Ricardo Voltolini e Reinaldo Bulgarelli.

O material está disponível para download gratuito – em português, inglês e espanhol – no site pesquisavoluntariado.org.br.

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Voluntariado no Brasil: Duas Décadas de Transformação 

Conheça os temas e autores: 

  • História do Voluntariado no Brasil: de 1543 ao Bicentenário da Independência
    • Maria de Fátima Alexandre | NEATS / PUC-SP
    • Nanci Fernandes Loureiro e Eliana Lopes Feliciano | Santa Casa de Santos
  • Voluntariado, Filantropia e Doação
    • Bruno Barcelos | consultor no Brasil e em Portugal
    • Carola Matarazzo | Movimento Bem Maior
  • 2001 O Ano Internacional do Voluntário 
    • Ana Maria Warken do Vale Pereira | Instituto Voluntários em Ação
    • Heloisa Coelho | RioVoluntário
  • 2011 e a Década do Voluntariado 
    • Maria Elena Pereira Johannpeter | Parceiros Voluntários RS
  • O Voluntariado em 2021 
    • Silvia Maria Louzã Naccache | consultora e coordenadora da Pesquisa Voluntariado no Brasil
    • Luisa Lima | IDIS 
  • O futuro do voluntariado no Brasil 
    • José Alfredo Nahas | Parceiros Voluntários
    • Ricardo Voltolini | Ideia Sustentável
  • Voluntariado e as situações emergenciais e humanitárias 
    • Leonard de Castro Farah | HUMUS BR
    • Monica Exelrud Villarindo | especialista em gestão de voluntários e voluntariado em desastres
  • Voluntariado e os grandes eventos da década 
    • Any Bittar | consultora na área de sustentabilidade
    • Thérèse Hofmann Gatti Rodrigues da Costa | Universidade de Brasília 
    • Felipe Pimenta de Souza | especialista em megaeventos e consultor na Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021
  • Programas de voluntariado estruturados: da informalidade a profissionalização da gestão  
    • Clarissa Martins | Phomenta
    • Ricardo Martins | Olhar de Bia e Rede Conectados do Terceiro Setor
  • A Pandemia e seu impacto no Voluntariado
    • Pamela Ribeiro | GIFE
    • Carolina Muller | CBVE e CIEDS
  • O Voluntariado Empresarial no Brasil na última década  
    • Patrícia Loyola | Comunitas
  • O Voluntariado e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
    • Camile Rebeca Bruns | Movimento Nacional ODS Santa Catarina
    • Rafael Medeiros | Rede Brasil do Pacto Global
  • Redes e movimentos de voluntariado Brasil e Mundo 
    • Andréa Martini Pineda | EAESP-FGV
  • Voluntariado: motivações, causas e propósito 
    • Kelly Alves do Carmo | especialista e consultora na Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021
  • Contribuição das empresas, Voluntariado e Parcerias: realizador, engajador, mobilizador e motivador
    • Reinaldo Bulgarelli | Txai Consultoria e Educação 

Sobre a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021

A pesquisa foi elaborada e coordenada por Silvia Maria Louzã Naccache, com apoio dos consultores Kelly Alves do Carmo e Felipe Pimenta de Souza. Sua viabilização teve o suporte de organizações que acreditam na importância do avanço do voluntariado no Brasil e participam dessa rede de apoiadores, Ambev, Bradesco, Fundação Itaú Social, Fundação Telefônica Vivo, Raízen, Sabesp, Sicoob e Suzano. IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – e Instituto Datafolha assinam a realização. Os resultados completos e o livro digital Voluntariado no Brasil: Duas Décadas de Transformação estão disponíveis em pesquisavoluntariado.org.br.

Sociedade à mesa: é hora de decisões compartilhadas na filantropia corporativa

Por Paula Fabiani, CEO do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social Roberta Faria, Cofundadora e Co-CEO da Editora MOL e Presidente do Instituto MOL

Já faz algum tempo que as reuniões decisórias das empresas passaram a ser frequentadas por um público diferente dos habituais executivos. Cada vez mais, outros stakeholders (partes interessadas) são convidados a opinar sobre produtos, operações e até mesmo estratégias e posicionamentos. Mas há uma área que permanece bastante fechada e é, justamente, aquela relacionada ao investimento socioambiental corporativo.

Talvez por ser uma área relativamente nova, que começou a se popularizar nas últimas
décadas do século XX sob nomes como ‘responsabilidade social corporativa’, ‘filantropia corporativa’ e ‘investimento socioambiental privado’, ela continue definindo suas estratégias dentro de um círculo fechado, no qual poucos atores externos têm voz, quando muito, uma consultoria especializada.

Soa estranho porque o investimento socioambiental é especificamente o braço de
relacionamento da empresa com a sociedade, para além do âmbito comercial. Portanto, onde diferentes representantes da sociedade deveriam ter maior potencial de contribuição.

Uma pesquisa recentemente lançada nos Estados Unidos mostra que empregados e consumidores têm a expectativa de contribuir nas decisões de investimento socioambiental corporativo. Oitenta por cento dos colaboradores entrevistados afirmaram que gostariam de opinar, se fossem convidados. E 78% dos consumidores deram a mesma resposta. Setenta e oito por centos dos colaboradores disseram que preferem trabalhar em uma empresa que seja transparente em relação a seus critérios de decisão sobre a filantropia corporativa, e 73% dos consumidores se declararam mais dispostos a comprar de empresas que peçam sua opinião sobre as práticas de doação corporativa.

Ao serem mais transparentes a respeito de suas estratégias de investimento socioambiental e ao consultar seus stakeholders sobre as decisões a serem tomadas nesse campo, as empresas se mostrariam mais abertas a atender às necessidades da sociedade acima do interesse comercial próprio.

Transparência é também uma demanda crescente de investidores, hoje cada vez mais atentos à Agenda ESG (do inglês, Ambiental, Social e Governança). Empresas devem ser claras em relação ao que fazem, ter indicadores e seguir protocolos que permitam uma leitura objetiva por seus públicos. Invariavelmente, a política de investimento socioambiental corporativo é um dos pilares da agenda social.

A pandemia nos mostrou claramente o quão relevantes foram as doações realizadas por empresas naquele momento. E se quisermos superar as dificuldades sociais, ambientais e econômicas enfrentadas pelo Brasil atualmente, as companhias terão de continuar a contribuir da mesma maneira, isto é, visando ao bem público de uma forma direta, clara e confiando na capacidade das organizações da sociedade civil de realizarem seu trabalho.

Por sua vez, essas organizações conseguirão focar muito mais em suas atividades, atuando de forma eficiente e aumentando o impacto positivo de seus projetos, contando com o apoio recorrente de seus financiadores. Por isso, a relevância da transparência das empresas em relação a suas práticas de investimento socioambiental e de seu compromisso com a regularidade e com os valores transferidos.

Analisando os dados apresentados pela pesquisa BISC (Benchmark do Investimento Social Corporativo) nos últimos dez anos, percebemos que o volume total aplicado por empresas em suas ações sociais e ambientais oscila muito, sendo que seu pico, antes da pandemia, havia sido em 2012. De lá, até a chegada da Covid-19, organizações sociais sofreram com sucessivos cortes no investimento social corporativo.

Em 2020, houve um salto nas doações realizadas por empresas, que saíram de R$2,3 bilhões, em 2019, para R$ 5 bilhões no ano seguinte. O que aconteceu em 2021, ainda não sabemos, mas depoimentos das organizações da sociedade civil confirmam uma queda acentuada nos valores.

Para criarmos uma sociedade civil forte e atuante, que contribua para a solução dos
problemas socioambientais e garanta um ambiente democrático para todos, inclusive para a iniciativa privada, todos devem assumir sua responsabilidade no apoio às organizações do Terceiro Setor, com contribuições transparentes e frequentes. Elas serão parceiras e protagonistas na definição de estratégias de investimento, contribuindo para ações cada vez mais ágeis e efetivas.

Artigo publicado na Folha de São Paulo no dia 13 de julho

Com menos de 8 anos para o fim do prazo da Agenda 2030 da ONU, 70% dos voluntários brasileiros nunca ouviram falar da pauta

Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 revela brasileiros engajados com a solução de problemas socioambientais, mas desconhecem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Em 2015, a Organização das Nações Unidas – ONU propôs aos seus países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os 15 anos seguintes, a Agenda 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Agenda propõe que governos, empresas e sociedade civil façam um esforço conjunto para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. No Brasil, os 17 ODS, expressos em 169 metas são acompanhados a partir de 254 indicadores, definidos a partir da realidade do país. 

Considerando que os ODS, para serem atingidos, precisam da cooperação e do compromisso de diversos atores, e os cidadãos cumprem importante função por meio do voluntariado, a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 inclui um questionamento aos voluntários brasileiros a respeito dos Objetivos, verificando se já conheciam a Agenda 2030. 

No levantamento, 70% dos voluntários ativos no país dizem nunca ter ouvido falar dos ODS. Entre os voluntários com nível superior, o desconhecimento foi menor – 59% – mas longe de ser o ideal. Dentre oito cidades brasileiras, os voluntários de Brasília apresentaram a maior taxa de desconhecimento da pauta, com 79% entre os respondentes. Porto Alegre, foi a capital com a menor taxa: 63% dos voluntários entrevistados afirmando não conhecerem ODS. A pesquisa ao mostrar estes dados faz um convite para as organizações e programas de voluntariado a conectarem suas ações locais com a agenda 2030.

“A pesquisa reforça o quanto o voluntariado é relevante e como continua a ser uma estratégia importante para promover o desenvolvimento sustentável que atenda a todos. É preciso um esforço para que a agenda 2030 seja conhecida e reconhecida e ainda que os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável sejam alcançados, sem deixar ninguém para trás”, comenta Silvia Maria Louzã Naccache, coordenadora da Pesquisa em 2021 e que participou das edições anteriores, em 2001 e 2011.

Entre os voluntários, 86% diz concordar que as atividades voluntárias contribuem para a erradicação da fome e da pobreza e 84% concorda que contribui para a promoção da igualdade de gênero e a autonomia das mulheres no país. “Os voluntários contribuem aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável mesmo sem saber. O dado representa uma oportunidade para trazer esta questão à comunicação e ao acompanhamento dos indicadores, motivando os voluntários a contribuir para a solução dos desafios brasileiros”, indica Felipe Pimenta, consultor da pesquisa 2021. 

Em sua terceira edição, a Pesquisa Voluntariado no Brasil identificou que 56% da população adulta diz fazer ou já ter feito alguma atividade voluntária na vida. Em 2011, esse número representava 25% da população e, em 2001, apenas 18%. O número de voluntários ativos no momento da pesquisa – 34% dos entrevistados – representa cerca de 57 milhões de brasileiros comprometidos com atividades voluntárias.

Sobre a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021

A pesquisa foi elaborada e coordenada por Silvia Naccache, com apoio dos consultores Kelly Alves do Carmo e Felipe Pimenta de Souza. Sua viabilização teve o suporte de organizações que acreditam na importância do avanço do voluntariado no Brasil e participam dessa rede de apoiadores, Ambev, Bradesco, Fundação Itaú Social, Fundação Telefônica Vivo, Raízen, Sabesp, Sicoob e Suzano. IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – e Instituto Datafolha assinam a realização. 

Os resultados completos estão disponíveis em www.pesquisavoluntariado.org.br. É possível baixar um infográfico com os principais resultados da pesquisa, como por exemplo o conhecimento sobre os ODS. 

Livro Digital sobre Voluntariado no Brasil

Em junho, será lançado um livro digital celebrando os 20 anos de pesquisa sobre o Voluntariado no Brasil. Nele, artigos sobre o Voluntariado e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ganharão um capítulo exclusivo.

Confira os artigos já publicados sobre a temática.

Mais da metade dos voluntários ativos no Brasil desconhecem a Lei do Serviço Voluntário

Pesquisa indica desconhecimento tanto sobre a lei que rege serviço voluntário como sobre documentos obrigatórios para realização da atividade

“Considera-se serviço voluntário, para os fins de lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.” 

Isso é o que diz a Lei Nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, que regularizou o serviço voluntário no Brasil. Entre outras coisas, ela prevê a formalização do vínculo entre organizações e voluntários, que deveriam assinar um “termo de adesão ao serviço voluntário” antes de iniciar uma atividade. 

Prestes a completar 25 anos de sua aprovação, a Lei do Serviço Voluntário ainda é pouco conhecida pelos brasileiros, como mostra a terceira edição da Pesquisa Voluntariado no Brasil. Em duas décadas, o número de pessoas que declaram ter feito alguma atividade voluntária ao longo da vida passou de 18% em 2001 para 56% em 2021.

Entretanto, apesar do crescimento de pessoas praticando trabalho voluntário, apenas 45% dos voluntários ativos conhecem a Lei que regulariza a atividade. O número é ainda mais baixo quando questionados sobre o  Termo de Adesão ao Serviço Voluntário: apenas 18% dos voluntários ativos dizem ter assinado. 

Quando consideramos os voluntários mobilizados por Programas de Voluntariado Empresarial, ou seja, aqueles que participam de programas promovidos pelas empresas onde trabalham, o nível de formalização é um pouco maior – 34% assinaram o termo antes de passar a realizar atividades. Melhor que no cenário nacional, mas ainda longe do ideal. 

“A formalização do vínculo é importante para as organizações e para os voluntários. O desconhecimento sobre a legislação do voluntariado no Brasil aponta o potencial de ação para organizações que fomentam a atividade” comenta Kelly Alves do Carmo, consultora da pesquisa 2021. 

Sobre a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021

A Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 legitima o trabalho de milhares de voluntários na construção de um Brasil melhor, no presente e para as gerações futuras. 

Em sua terceira edição, a pesquisa traz um retrato brasileiro do tema, indica tendências e analisa as mudanças das últimas duas décadas. Foi elaborada e coordenada por Silvia Naccache, com apoio dos consultores Kelly Alves do Carmo e Felipe Pimenta de Souza. IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – e Datafolha assinam a realização.

#Conhecimento: ESG e o Investimento Social Privado

Confira os nossos conteúdos relacionados à ESG e como ele se relaciona com o Investimento Social Privado.

1º Seminário esg e o investimento social privado: os desafios da agenda social

 

Tem interesse em conhecer mais sobre nossos serviços? Entre em contato com comunicacao@idis.org.br

IDIS palestra em três dias do Festival ABCR 2022

Realizado pela ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos, o Festival ABCR, que é maior conferência de captação de recursos da América Latina, voltou às atividades presenciais e o IDIS participou dos três dias de evento no Centro de Convenções da Frei Caneca.

A conferência reúne representantes do terceiro setor e aborda uma variedade de temas relacionados à captação de recursos. Entre os temas, estiveram avaliação de impacto, fundos patrimoniais e filantropia comunitária. Nestes temas, o IDIS participou como palestrante ao longo do evento.

Em caráter exclusivo para inscritos, Amanda Santos, analista de projetos, junto de Daniel Barretti e Felipe Groba, ambos gerentes de projetos, ministraram uma masterclass sobre a avaliação de impacto e a metodologia SROI (Social Returno on Investment, ou em português, Retorno Social do Investimento). Os presentes puderam conhecer mais a fundo as especificidades dessa metodologia e cases. Entre os principais interesses da audiência, estava como o resultado de avaliação de impacto pode ajudar na comunicação com financiadores.

Amanda Santos, do IDIS, na masterclass de Avaliação de Impacto

Para responder sobre 10 perguntas frequentes sobre fundos patrimoniais, Andrea Hanai, gerente de projetos, e Paula Gonçalo, coordenadora de projetos, reuniram cerca de 60 pessoas. Durante a palestra, elas explicaram sobre o que são fundos patrimoniais (ou endowments) e como esse tipo de mecanismo funciona e pode ser um aliado para a sustentabilidade financeira de organizações sem fins lucrativos.

Andrea Hanai e Paula Gonçalo na sessão sobre 10 perguntas frequentes sobre fundos patrimoniais

Fechando o último dia de evento, Whilla Castelhano, coordenador de projetos, moderou uma mesa sobre filantropia comunitária. Fortemente envolvida no projeto Transformando Territórios, realizado pelo IDIS e Mott Foundation no fomento a institutos e fundações comunitárias no Brasil, ela elucidou o modelo de funcionamento deste tipo de organizações aos presentes. Além disso, também esteve presente Jair Resende, da FEAC, e Welson Alves, do Instituto Espraiada, ambas organizações participantes do Transformando Territórios.

Whilla Castelhano, Welson Alves e Jair Resende na sessão sobe filantropia comunitária

Vaga de analista de projeto júnior no IDIS

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social busca uma pessoa Analista de Projetos Jr.

Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, o IDIS atua junto a empresas, famílias, institutos, fundações e organizações da sociedade civil. Desenvolvemos projetos de impacto, geramos conhecimento ao setor e oferecemos consultoria ao investidor social e às organizações que executam projetos e programas sociais para que tomem decisões estratégicas e ampliem o impacto de suas iniciativas.

Essa pessoa será responsável pela execução das atividades dos projetos conduzidos e apoiados pelo IDIS, garantindo cumprimento de prazos, qualidade nos produtos desenvolvidos e serviços prestados.

Inscreva-se pela 99 Jobs.

Requisitos da vaga:

INSTRUÇÃO E EXPERIÊNCIA

Formação superior completa

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

  • Interesse por conceitos de Investimento Social Privado, Sustentabilidade, Responsabilidade Social Empresarial e Investimento de Impacto.
  • Sistematização de informações qualitativas e quantitativas.
  • Elaboração de apresentações com boa apresentação visual, storytelling, clareza e objetividade na transmissão de conteúdos e conclusões.
  • Domínio do pacote Office (Word, PowerPoint, Excel).

 

Como você atuará:

    • Apoiar a condução e desenvolvimento de projetos do IDIS, respeitando os prazos acordados e zelando pela qualidade dos produtos entregues.
    • Realizar pesquisas de conceitos, referências e benchmarking que enriqueçam os projetos e tragam embasamento para os produtos desenvolvidos.
    • Organizar, ler e analisar documentos e elaborar relatórios e apresentações sistematizados sobre os aprendizados e conclusões obtidos.
    • Apoiar na coleta de dados quantitativos e qualitativos necessários para a execução dos projetos.
    • Apoiar na elaboração de propostas de projetos para potenciais clientes e parceiros.
    • Participar de reuniões periódicas da equipe de consultoria para manter a equipe alinhada com o planejamento estratégico e missão da organização.
    • Promover a aprendizagem e compartilhamento de conhecimento técnico com a equipe do IDIS.
    • Participar ativamente do ciclo de planejamento estratégico juntamente com as outras áreas da organização.
    • Apoiar a Gerência de Comunicação em temas e matérias relacionadas a projetos de consultoria e estratégicos para base de desenvolvimento de conteúdo de comunicação.
    • Representar o IDIS em eventos e reuniões, sempre que necessário.

 

Benefícios:

  • Contratação CLT
  • Vale Alimentação
  • Vale Transporte
  • Plano de Saúde
  • Credencial Plena do Sesc
  • Day off de aniversário

Tipo de trabalho – Híbrido (remoto e presencial)
Início em julho/agosto de 2022

Como se candidatar

Interessadas (os) devem preencher a candidatura na 99Jobs.

O prazo de inscrição será encerrado em 17 de julho.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos. No formulário, você poderá indicar se você se considera como potencial beneficiário(a).

O IDIS está localizado em São Paulo, próximo à estação Pinheiros do metrô, com atividades prioritariamente presenciais.

Seminário ESG e o Investimento Social Privado promove manhã de debates e palestras com foco no pilar Social

Com um público de 680 pessoas, o seminário apresentou 4 painéis com a participação de especialistas 

A pauta ESG (sigla para Environmental, Social and Governance, no português, Ambiental, Social e Governança) ganha a cada ano mais espaço entre investidores e empresas. Mas o que vem sendo mensurado de fato? Com detalhes da pauta ainda em definição pelo mundo, estudos apontam uma falta de padrões consistentes, principalmente quando falamos dos aspectos sociais. De acordo com um estudo realizado pelo BNP Paribas, por exemplo, 51% dos investidores consideraram o ‘S’ o mais difícil de analisar e incorporar às estratégias de investimento.

Pensando nisso, o IDIS – Instituto do Desenvolvimento do Investimento Social promoveu na manhã de 22 de junho, um seminário para debater e aprofundar o assunto. O evento teve como parceiros prata Gerdau e Santander e parceiros bronze Ambev, Bradesco Private Bank e Instituto Órizon.

Entre os desafios da agenda social, compreendemos que está a compreensão de sua abrangência e a definição de parâmetros e indicadores realmente verdadeiros. Por isso, materialidade, mensuração e integração foram algumas das dimensões que o seminário explorou para abrir o evento logo pela manhã. As demais sessões buscaram iluminar zonas cinzentas e caminhos incertos com exemplos inspiradores de empresas que iniciaram essa jornada. Mais que histórias de conquistas são relatos de aprendizados e de uma certa dose de ousadia.

Parâmetros e Indicadores “S”: Materialidade, Mensuração e Integração

Uma pesquisa da BNP Paribas revelou que 51% dos investidores consultados consideraram o ‘S’ o mais difícil de analisar e incorporar às estratégias de investimento. Neste contexto, investidores e empresas têm intensificado seus esforços na busca de soluções para preencher as lacunas ao medir e integrar o “S” às suas decisões de investimento. Dentre os principais desafios, tem-se a forma como se apresentam os relatórios atualmente (conformidades e processos ao invés de efetividade), o volume e inconsistência dos padrões e métricas e a natureza qualitativa de muitas das avaliações sociais.

Para debater o assunto, o IDIS convidou Eduardo Alves (Sócio na PwC); Fabio Alperowitch (Co-fundador da FAMA Investimentos); Fernanda Camargo (Sócia fundadora da Wright Capital) moderados por Marcos Kawakami (Especialista ESG na BNP Paribas). Confira abaixo, a palestra na íntegra

 

Protocolo ESG Brasileiro: Pacto pela equidade Racial  

Seguindo a manhã de palestras, o Seminário abordou as questões raciais e como elas se conectam à agenda ESG.

Existe uma demanda pela definição de padrões e indicadores que reflitam a realidade local. Um bom exemplo de solução para este desafio é proposto pelo Pacto de Promoção da Equidade Racial, uma iniciativa da sociedade civil que propõe implementar um Protocolo ESG Racial para o Brasil. A articulação da sociedade civil tem se mostrado importante para a construção de agendas que reflitam a realidade nacional e subsidiem investidores com parâmetros e indicadores sociais que os apoiem na avaliação de riscos e criação de valor das empresas.

Compondo esse importante debate, estiveram Gilberto Carvalho (Dir. Executivo do Pacto de Promoção da Equidade Racial e do J.P Morgan BR), Carla Crippa (VP de Impacto Positivo e Relações Corporativas da Ambev) e Adriana Barbosa (CEO Pretahub e Presidente do Instituto Feira Preta). Abaixo, a palestra completa:

ISP e ESG: alinhamento dos negócios com a pauta social 

Outra dor relacionada à pauta ESG diz respeito ao alinhamento dos negócios, seus investimentos sociais privados às métricas que exigem o mercado financeiro para avaliar o ESG.  Compreendendo que a agenda ESG é uma grande oportunidade para repensar a maneira como as empresas planejam e alocam o seu investimento social levando em conta sua capacidade de promover transformações sociais e o alinhamento com o negócio.

A mudança de chave acontecerá quando essa questão for elevada à estratégia das organizações. Empresas terão que agir de maneira proativa e colaborativa, demonstrando para a sociedade e investidores seu comprometimento, com transparência e materialidade de suas ações sociais.

Representantes de empresas e institutos que já vem olhando para o assunto, participaram do painel – Daniela Grelin (Diretora Executiva do Instituto Avon), Giuliana Ortega (Dir. de Sustentabilidade na RaiaDrogasil) e Renata Biselli (Head de Impacto Social no Santander), moderadora da mesa.

 

Finanças híbridas e ESG 

E fechando a manhã de discussões, a mesa de finanças híbridas trouxe à luz os debates sobre novas formas de filantropia e como elas se relacionam ao ESG

A criação de veículos financeiros, como Fundos Filantrópicos e Blended Finance, também tem se mostrado um caminho potente para viabilizar projetos de impacto que demandam capital paciente e envolvem diversos grupos de stakeholders. Nesta trajetória, devem envolver as OSCs e, mais do que isso, aprender com elas. Devem colaborar para o desenvolvimento de projetos e criar linhas de investimento direto, pois as OSCs podem ter mais influência e capacidade de execução e transformação junto aos beneficiários que as empresas.

Tudo isso, apresentado por Carolina Costa (Sócia e Head de Investimentos Blended Finance da Mauá Capital); Paulo Boneff (Head Global de Resp. Social na Gerdau) e Roberto Leuzinger (Conselheiro do Instituto Órizon e Responsável por ESG na Vinci Partners) moderados pelo Diretor de projetos do IDIS, Renato Rebelo.

 

Para saber um pouco mais sobre nossos parceiros e apoiadores do evento, clique aqui para baixar a brochura do evento.

 

O apoio à filantropia comunitária: a importância da sustentabilidade a longo prazo

A filantropia comunitária é uma estratégia baseada no reconhecimento e na valorização do papel das comunidades locais, das suas lideranças e dos seus ativos, na promoção de ações coletivas voltadas para alcançar o desenvolvimento sustentável de um determinado território e das suas populações, de acordo com as suas necessidades e potencialidades

Em maio desse ano, IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e C.S. Mott Foundation reuniram um público diverso para debater e aprofundar o conhecimento sobre um importante tema e os desafios e perspectivas para o desenvolvimento da filantropia brasileira.

Luis Norberto Pascoal no Seminário IDIS Transformando Territórios. Foto: André Porto

Realizadores do programa Transformando Territórios, que fomenta o desenvolvimento de fundações e institutos comunitários (FICs) no Brasil, promoveram o 1º Seminário Transformando Territórios com mais de 60 pessoas, entre líderes de FICs, filantropos, parceiros e apoiadores da causa.

 

“O apoio à filantropia comunitária” foi o painel que abriu o evento, mediado por Paula Fabiani (CEO do IDIS), com a participação de Antônio Carlos Pipponzi (Presidente do Conselho de Administração da RaiaDrogasil) e Luis Norberto Pascoal (Conselheiro da Fundação FEAC e fundador da Fundação Educar).

Luis Norberto Pascoal, Paula Fabiani e Antonio Carlos Pipponzi

Pipponzi destacou que, atualmente, existe uma grande expectativa que empresas apoiem organizações engajadas com questões sociais – como é o caso das FICs – Fundações e Institutos Comunitários. De acordo com ele, não há mais espaço para que as empresas entreguem apenas resultados financeiros. Para seguirem existindo, é necessário gerarem resultados positivos para a sociedade.

“A filosofia de doação é construída aos pouquinhos, tanto nos indivíduos quanto nas empresas. Ao olharmos os problemas, a nossa responsabilidade aumenta e não se pode abandonar o processo de filantropia, ela se torna hábito e as coisas mudam a longo prazo conforme o tempo passa”, acrescentou Pipponzi.

Pascoal destacou em sua fala a reflexão que para encontrarmos soluções reais para o país é preciso construir valor dentro de territórios, com parcerias entre instituições comunitárias, setor público e privado – precisam atuar em conjunto para que haja uma solução completa.

 

Assista ao painel completo através do vídeo abaixo:

 

Apoiar os territórios comunitários é legitimar suas atividades e criar um ambiente mais autônomo

As Fundações e Institutos Comunitários (FICs) atuam em prol do desenvolvimento de um território geográfico através das OSCs – Organizações da Sociedade Civil – locais, criando uma rede de relacionamento e parcerias locais.

Tais relações são baseadas no reconhecimento e na valorização do papel das comunidades locais, das suas lideranças e dos seus ativos na promoção de ações coletivas voltadas para alcançar o desenvolvimento sustentável de cada região.

Em maio desse ano, IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e C.S. Mott Foundation reuniram um público diverso para debater e aprofundar o conhecimento sobre um importante tema e os desafios e perspectivas para o desenvolvimento da filantropia brasileira.

Realizadores do programa Transformando Territórios, que fomenta o desenvolvimento de fundações e institutos comunitários (FICs) no Brasil, promoveram o 1º Seminário Transformando Territórios com mais de 60 pessoas, entre líderes de FICs, filantropos, parceiros e apoiadores da causa.

Seminário IDIS Transformando Territórios. Em 21 de maio de 2022. Ed. Ruth Cardoso, SP. Foto: André Porto

Uma das mesas do evento discutiu justamente “A importância do engajamento e parcerias nos territórios”, na qual participaram do debate Cássio França (Secretário Geral do GIFE) e Mônica de Roure (Diretora Executiva da BrazilFoundation) e Beatriz Johannpeter (Diretora do Instituto Helda Gerdau e Embaixadora do Programa Transformando Territórios). Logo de cara todos os palestrantes já concordaram que apoiar territórios é legitimar as atividades daquele lugar para que se crie um ambiente autônomo.

Mônica de Roure, Beatriz Johannpeter e Cássio França

Os painelistas destacaram, principalmente, a importância de combater a pobreza. “Não se pode normalizar a pobreza e os problemas sociais do Brasil. Se não reduzirmos a pobreza, que é o primeiro passo e mais importante, todos os outros problemas também irão regredir”, destacou França.

Cássio França no Seminário IDIS Transformando Territórios.

De acordo com o Censo GIFE 2020, o volume total de investimento social das organizações contempladas foi de R$ 5,3 bilhões, o que representa 63% a mais do que o previsto para 2020, que era de R$ 3,3 bilhões. O nível de doações durante a pandemia demonstrou o quanto é possível que os diversos atores sociais ajudem e doem além do que já vem sendo feito. Segundo a mesa, o grande desafio agora será manter o crescimento do investimento social privado.

Nesse contexto, tiveram grande atuação e importância as lideranças comunitárias que, por estarem inseridas nos territórios, puderam agir de forma ágil e eficiente, destinando os recursos da melhor forma.

Assista à palestra completa através do vídeo abaixo

 

 

Fundações e Institutos Comunitários têm extrema importância para a agenda pública

Institutos e Fundações comunitárias têm se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região.

Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

Em maio desse ano, IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e C.S. Mott Foundation reuniram um público diverso para debater e aprofundar o conhecimento sobre um importante tema e os desafios e perspectivas para o desenvolvimento da filantropia brasileira.

Lúcia Dellagnelo no Seminário IDIS Transformando Territórios.

Realizadores do programa Transformando Territórios, que fomenta o desenvolvimento de fundações e institutos comunitários (FICs) no Brasil, promoveram o 1º Seminário Transformando Territórios com mais de 60 pessoas, entre líderes de FICs, filantropos, parceiros e apoiadores da causa.

No seminário, discutiu-se a respeito da relação das Fundações e Institutos Comunitários com a Agenda pública, compreendendo a necessidade de articulação e escuta por parte dessas fundações para garantir a concretude de agendas públicas necessárias para a comunidade

 

Lúcia Dellagnelo, Patrícia Loyola e Eliana SousaDebatendo o assunto estiveram Lúcia Dellagnelo (Fundadora e conselheira do Instituto Comunitário Grande Florianópolis – ICOM e Embaixadora do Programa Transformando Territórios) e Eliana Sousa (Diretora Fundadora da Associação Redes da Maré e Líder participante do Programa Transformando Territórios), mediadas por Patrícia Loyola (Diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas). As painelistas destacaram, principalmente, a ideia de que fundos comunitários surgem para formar um legado nos territórios onde estão inseridos, mantendo as mudanças e melhorias para gerações futuras.

Seminário IDIS Transformando Territórios.

O grande destaque do painel veio do debate sobre a importância de se compreender o que os territórios necessitam antes de filantropos ou empresas realizarem doações diretas. A criação de fundos comunitários por FICs foi apontada como uma solução. Elas seriam as receptoras dos recursos e responsáveis pela gestão e distribuição. Segundo Dellagnelo, essas instituições ‘ponte’ apoiam a estrutura social, conhecem o contexto das organizações de base e o que a população efetivamente necessita.

As perspectivas, potencialidades e desafios das Fundações e Institutos Comunitários no país

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

Em maio desse ano, IDIS e Mott reuniram um público diverso para debater e aprofundar o conhecimento sobre um importante tema e os desafios e perspectivas para o desenvolvimento da filantropia brasileira.

Helena Monteiro, Shannon Lawder, Nicholas Deychakiwsky e Mamo Mohapi

Presentes no evento Nicholas Deychakiwsky (Senior Program Officer da C.S. Mott Foundation), Shannon Lawder (Director of the Civil Society Program daC.S. Mott Foundation) e Mamo Mohapi (Program Officer da C.S.Mott Foundation) e Helena Monteiro (Diretora Executiva do David Rockefeller Center for Latin American Studies da Universidade de Harvard e Embaixadora do Programa Transformando Territórios) debateram em um painel as perspectivas, potencialidades e desafios das Fundações e Institutos Comunitários. 

Mamo Mohapi (Program Officer da C.S.Mott Foundation) no Seminário IDIS Transformando Territórios.

Nicholas destacou que as FICs têm o papel de compreender o que é necessário na sociedade e território, ponto que, muitas vezes, o 2º Setor (as empresas) acha que sabe mais por ter mais dinheiro. Mas, na realidade é um conhecimento que o 3º setor possui muito mais, justamente por essa proximidade com o território, ou seja, com as pessoas que ali vivem.

Helena Monteiro (Diretora Executiva do David Rockefeller Center for Latin American Studies da Universidade de Harvard e Embaixadora do Programa Transformando Territórios) no Seminário IDIS Transformando Territórios.

Ele acrescentou, ainda, que o sistema como o conhecemos atualmente irá ruir se não olharmos para o que o terceiro setor já vem fazendo e resolvendo há tanto tempo com mais atenção. “É importante construir capacidade e confiança nos territórios, garantindo a perenidade de suas ações e evolução de sua comunidade”, disse o representante da Mott Foundation.

 

O evento contou ainda com outros três painéis discutindo temáticas variadas em torno da filantropia comunitária e sua evolução no país. Confira a palestra na íntegra e o evento completo abaixo:

 

Vaga de gerente de monitoramento e avaliação de impacto socioambiental no IDIS

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social busca uma pessoa Gerente Sênior de Monitoramento e Avaliação de Impacto Socioambiental.

Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, o IDIS atua junto a empresas, famílias, institutos, fundações e organizações da sociedade civil. Desenvolvemos projetos de impacto, geramos conhecimento ao setor e oferecemos consultoria ao investidor social e às organizações que executam projetos e programas sociais para que tomem decisões estratégicas e ampliem o impacto de suas iniciativas.

Para fortalecer nossa atuação na frente de Monitoramento e Avaliação de Impacto, buscamos um(a) Gerente Sênior que apoie na gestão de nossas iniciativas nesta área. A pessoa será responsável por liderar e gerir a área e equipe de Monitoramento e Avaliação de Impacto socioambiental do Instituto. Essa função envolverá implementação de novas metodologias, desenvolvimento do time, pesquisa e produção de conteúdo, relacionamento com clientes, prospecção de novos negócios, entre outras atividades.

Inscreva-se pela 99 Jobs. 

Requisitos da vaga:

INSTRUÇÃO E EXPERIÊNCIA

Formação superior completa e, preferencialmente, experiência em Avaliação e Monitoramento de projetos e programas socioambientais.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Experiência em gestão de projetos e equipes.
• Experiência em desenvolvimento de novos projetos e parcerias.
• Experiência em condução de pesquisas qualitativas e quantitativas.
• Habilidades comportamentais para manter bom relacionamento com equipe e clientes, bem como com outros parceiros estratégicos do IDIS.

COMPETÊNCIAS

Gestão de projetos, gestão de equipe, planejamento, organização, capacidade para solucionar problemas, capacidade analítica, foco em resultados, bom relacionamento interpessoal, transitar em ambientes diferentes, gerenciar conflitos, ter excelente comunicação,

 

Como você atuará:

    • Motivar, apoiar e inspirar a equipe. Incentivar a troca de conhecimento entre o grupo e ampliar o repertório metodológico.

 

    • Revisar e aprimorar as principais atividades e processos da área de tal forma ampliar capacidades e novas formas de atuação;

 

    • Promover e implantar novas metodologias de monitoramento e avaliação tendo em vista os desafios e tendências do setor.

 

    • Avaliar e incorporar novas ferramentas de trabalho, com foco em melhorar processos e ampliar a cultura de análise de dados.

 

    • Contribuir e participar ativamente do planejamento e prospecção de novos projetos e clientes;

 

    • Relacionar-se com clientes, promover sinergias e interlocução com demais áreas e parceiros e atuar em resolução de conflitos;

 

    • Propiciar e incentivar um ambiente de inovação, excelência e produção de conhecimento.

 

Benefícios:

Contratação PJ
Início em julho de 2022
Remuneração mensal – A combinar
Tipo de trabalho – Híbrido (remoto e presencial)
Combinação de presencial e remoto, com disponibilidade para viajar quando a pandemia permitir.

Como se candidatar

Interessadas (os) devem preencher a candidatura na 99Jobs.

O prazo de inscrição será encerrado em 29 de junho.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos. No formulário, você poderá indicar se você se considera como potencial beneficiário(a).

O IDIS está localizado em São Paulo, próximo à estação Pinheiros do metrô, com atividades prioritariamente presenciais.

Relatório observa uma queda nas doações de grandes fundações dos EUA a partir de 2020

A Candid e o Center for Disaster Philanthropy (CDP) divulgaram um novo relatório, Philanthropy and COVID-19: Examining two years of giving , que detalha a filantropia relacionada à covid-19 em 2021.

A terceira avaliação da Candid e do CDP dos dados filantrópicos relacionados à Covid-19 observam um declínio preocupante nas doações de grandes fundações dos Estados Unidos, mesmo enquanto comunidades enfrentam dificuldades para se recuperar dos efeitos da pandemia. O novo relatório destaca a necessidade de maior apoio filantrópico para recuperação a longo prazo, e o CDP fornece medidas ​​que os financiadores podem adotar pensando em revigorar suas estratégias para a recuperação dos danos causados pela pandemia:

  • Aumentar o apoio às comunidades mais vulneráveis;
  • Fornecer financiamento flexível;
  • Implementar filantropia baseada em confiança;
  • Financiar o mais local e de base possível;
  • Comprometer-se com a transparência compartilhando dados.

Alguns dados interessantes do estudo apontam que 18% do financiamento à Covid-19 foi explicitamente designado como financiamento flexível ou apoio geral. Além disso:

  • As organizações de saúde, serviços humanos e educação receberam as maiores parcelas de financiamento.
  • Para financiamento doméstico com foco nos EUA, 27% da dinheiro doado foi designado para identidades raciais e étnicas. Destes, 71% não indicaram uma identidade específica, mas, em vez disso, foram amplamente designados para “equidade racial” ou “comunidades de cor”.
  • 22% dos doadores norte americanos alocaram suas doações financeiras para organizações de fora dos Estados Unidos.

Outro capítulo do relatório se dedica a apontar como a pandemia impactou a filantropia em outros países, um deles o Brasil. O IDIS, foi uma das fontes escolhidas como estudo de caso para a publicação que cita, também, o Fundo Emergencial para a Saúde – Coronavírus Brasil criado pelo IDIS, BSocial e Movimento Bem Maior ainda em 2020 e que captou R$ 40,4 milhões para ajudar hospitais em 25 estados brasileiros contra a Covid.

O relatório destaca também a publicação “Perspectivas da Filantropia no Brasil em 2022”, mostrando algumas das tendências mapeadas.

Acesse o estudo completo clicando aqui 

Organizações comunitárias participam de encontro do Transformando Territórios em São Paulo

Mais de 20 líderes de fundações e institutos comunitários (FICs) de oito estados, participantes do programa Transformando Territórios, viajaram a São Paulo para três dias de programação, incluindo oficinas, seminário e visitas durante o mês maio. Também estiveram com parceiros, doadores e embaixadores do Programa, além de representantes da C.S. Mott Foundation, organização americana que assina a autoria do programa com o IDIS.

Lançado em 2020, com o objetivo de fomentar a criação de FICs no Brasil, o Transformando Territórios vinha promovendo encontros exclusivamente online entre os participantes, em função das restrições impostas pela pandemia. No encontro promovido no dia 18, estes líderes tiveram a oportunidade de se conhecerem pessoalmente,  trocar experiências e estreitar laços. A primeira atividade,  foi uma visita a Fundação FEAC e o FEAV – Fórum da Entidades Assistenciais de Valinhos, localizadas na cidade de Campinas e Valinhos, respectivamente, interior do estado de São Paulo. Ambas entidades, a partir do ingresso no Transformando Territórios, realizaram a mudança no modelo de operação para o de FIC, que é um dos objetivos do Programa. Durante a visita, os participantes puderam conhecer como foi esse processo para a FEAV e FEAC e ver na prática como têm se organizado.

Jair Resende, da FEAC

 

De volta à cidade de São Paulo, tiveram no dia 19, um workshop na sede do Instituto Jatobás. Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria, conduziu uma dinâmica para que os líderes se conhecessem e interagissem. Houve também um momento para autoavaliação e troca de conhecimento sobre atividades e rotinas que estão realizando nos respectivos territórios e uma palestra sobre ‘Captação de Recursos para Grantmakers’, com o especialista e consultor Michel Freller.

Michel Freller em atividade

Michel Freller em atividade sobre captação de recursos para organizações participantes do Transformando Territórios

(foto seminário) O terceiro dia do encontro foi dedicado ao Seminário Transformando Territórios, encontro aberto a um público mais amplo de interessados no tema. Em quatro painéis, especialistas compartilharam suas percepções sobre a importância do modelo, seus desafios e perspectivas para o Brasil. Saiba mais sobre o Seminário e assista aos vídeos aqui.

“Reunir estas lideranças, promover trocas e fortalecer esta rede foi potente e mostrou que estamos seguindo na direção certa. No próximo biênio, temos como objetivo fortalecer estas FICs”, comenta Whilla Castelhano, coordenadora do Transformando Territórios no IDIS.

Saiba mais sobre o Transformando Territórios e FICs e acesse o site do projeto:

 

 

 

Vaga de estágio de comunicação no IDIS

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social busca uma pessoa para estagiar na área de Comunicação da organização.

Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, o IDIS atua junto a empresas, famílias, institutos, fundações e organizações da sociedade civil. Desenvolvemos projetos de impacto, geramos conhecimento ao setor e oferecemos consultoria ao investidor social e às organizações que executam projetos e programas sociais para que tomem decisões estratégicas e ampliem o impacto de suas iniciativas.

A área de comunicação do IDIS, além de zelar pelos projetos institucionais, é responsável pela produção de produtos de conhecimento, como publicações, artigos, eventos e cursos. Buscamos um(a) estagiário(a) com perfil comprometido e curioso, que tenha o desejo de trabalhar em uma Organização da Sociedade Civil e contribuir para o desenvolvimento socioambiental no Brasil.

Inscreva-se pela 99 Jobs. 

Requisitos da vaga:

  • Cursar carreiras relacionadas à Comunicação, como Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade e Propaganda
  • Ter ao menos 1 ano ainda para se formar
  • Domínio do pacote Office (Word, PowerPoint, Excel) e internet
  • Facilidade para trabalhar em equipe
  • Familiaridade com mídias sociais (Facebook, LinkedIn, Instagram, Youtube e Twitter)
  • Boa redação
  • Interesse no terceiro setor e temas como investimento social privado, responsabilidade social, sustentabilidade

 

Como você atuará:

  • Apoio em ações de comunicação institucional
  • Atualização do site e mídias sociais
  • Análise de métricas de redes sociais e site e produção de relatórios
  • Pesquisa de conteúdo relacionado a temáticas de interesse da organização
  • Organização e atualização de mailings
  • Desenvolvimento de apresentações em Power Point
  • Suporte na produção de eventos
  • Redação, revisão e edição de textos

 

Benefícios:

Bolsa estágio no valor de R$ 1.500, vale-alimentação e vale-transporte, day off de aniversário, credencial plena do Sesc.

Horário de trabalho: 30 horas/semana

 

Como se candidatar

Interessadas (os) devem preencher a candidatura na 99Jobs.

O prazo de inscrição será encerrado em 19 de junho.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos. No formulário, você poderá indicar se você se considera como potencial beneficiário(a).

O IDIS está localizado em São Paulo, próximo à estação Pinheiros do metrô, com atividades prioritariamente presenciais.

Transmissão ao vivo: Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2022, saiba como participar

International audience: announcement follows bellow

 

A 11ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais já tem data: 15 de setembro. Neste ano, além do evento presencial em São Paulo exclusivo para convidados, a programação será também transmitida ao vivo. 

Para acompanhar, basta se inscrever gratuitamente clicando aqui.  

A filantropia passou a ocupar o noticiário nacional e a sociedade cobrou por comprometimento e resultados. Avançamos, aceleramos soluções por meio das conexões e desafiamos o ditado ‘sozinho se vai rápido e juntos se vai longe’.

Nunca avançamos tanto, e em tão pouco tempo. A mobilização causada pela pandemia mostrou a potência da colaboração. Poder Público, empresas de todos os portes e segmentos, organizações da sociedade civil e indivíduos se uniram. Intensificaram parceiras pré-existentes e criaram novas pontes.

Por isso, o tema deste ano será COLABORAÇÃO. No Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2022 vamos mostrar como é possível irmos ‘rápido e juntos’. Conheça aqui a programação completa.

PALESTRANTES CONFIRMADOS

Entre os palestrantes já confirmados estão Marcilio Pousada (CEO da  REDE – RaiaDrogasil), Celso Athayde (fundador da CUFA),  Ana Buchain (dir. executiva de pessoas, marketing, comunicação e sustentabilidade da B3), Atila Roque (diretor da Fundação Ford Brasil), Flavia Rosso (gerente de impacto social no Ifood) e Mafoane Odara (líder de Recursos Humanos para América Latina na Meta). 

Além de convidados internacionais como Atti Worku (co-CEO do African Visionary Fund), Melissa Berman (Fundadora e CEO da Rockefeller Philanthropy Advisors),  Neil Heslop (CEO da Charities Aid Foundation) e Agustín Landa (Diretor Fundador da Lanza e Representante da Revista Alliance na América Latina). 

REALIZAÇÃO E APOIO

A realização é do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social , em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation, com apoio prata da Ford Foundation; e apoio bronze de de Ambev, B3 Social, BNP Paribas Asset Management, Fundação Arymax, Fundação José Luiz Egydio Setubal, Instituto Sicoob, Movimento Bem Maior, Raia Drogasil e Santander.

Neste ano o fórum também terá um parceiro de mídia, a Alliance Magazine – sediada na Inglaterra, é a maior revista sobre filantropia do mundo -, que fará a cobertura do evento e transmitirá o evento em inglês ao vivo em seu canal do YouTube.

The internacional audience will be able to attend the Brazilian Philanthropy Forum online, on Alliance Magazine YouTube channel. The sessions will happen from 1 p.m. to 10 p.m. (BST), with English translation. The program is available on the event´s website: www.idis.org.br/forum/en/  

FÓRUM BRASILEIRO DE FILANTROPOS E INVESTIDORES SOCIAIS

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais oferece um espaço para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em nosso canal do YouTube estão disponíveis listas com as gravações de todas as edições. Confira!

Assista também ao vídeo comemorativo de 10 anos do Fórum!

 

IDIS e projetos apoiados pela Petrobras participam da gLOCAL week de avaliação

As avaliações de impacto dos projetos socioambientais Projeto Coral Vivo e Centro De Teatro do Oprimido, ambos apoiados pela Petrobras, serão tema de uma mesa na semana de avaliação gLOCAL de avaliação, iniciativa da Global Evaluation Initiative com participação do IDIS.

O evento será no dia 1º de junho às 8h, transmitido em live pelo canal de YouTube do IDIS:

> Clovis Barreira e Castro (Coral Vivo)
> Daniel Barretti (IDIS)
> Fabiana Nazario Raphael (Petrobras)
> Maiara Carvalho (Centro de Teatro das Oprimidas)
> Gabriel Horsth (Centro de Teatro das Oprimidas)

 

Acesse o vídeo e clique para receber notificação assim que o evento for ao vivo:

 

Inscreva-se na página do evento: https://bit.ly/glocal_idis

 

Desde 2019, o IDIS vem realizando análises sobre os projetos socioambientais apoiados pela Petrobras utilizando diferentes metodologias de avaliação de impacto.

Projeto promove engajamento cidadão junto a professores e alunos de escolas públicas de SP

Instigados pelos desafios impostos pela situação de pandemia de Covid-19 no ambiente escolar, o projeto Engajamento Coletivo, realizado pelo IDIS em parceria com a Eu Ensino/Curiós, promoveu conteúdos e atividades junto a professores e alunos de duas escolas públicas da cidade de São Paulo. Participaram 43 educadores, que recebram formação específica para promover o engajamento coletivo e a cidania junto aos alunos.

O conteúdo foi dividido em 4 módulos: “Ferramentas de apoio ao presencial”; “Habilidades socioemocionais”; “Responsabilidade e Cidadania” e “Projeto de Engajamento Coletivo”. O programa incluiu 30 encontros online síncronos, com mais de 37 horas de formação. Além disso, foram disponibilizadas 72 aulas assíncronas, entregues 12 capítulos instrutivos aos educadores.

As escolas participantes fazem parte da rede da Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo de Ensino Fundamental – Professor Fernando de Azevedo e Escola Municipal de Ensino Fundamental Arquiteto Luis Saia, localizadas na região de São Miguel, Zona Leste de São Paulo.

A metodologia escolhida contribuir também para ampliar as ferramentas dos professores no ensino híbrido, além de trablahar habilidades socioemocionais e temáticas de cidadania, compartilhadas em encontros online em parceria com a Secretaria Municipal da cidade de São Paulo e a consultoria Eu Ensino/Curiós.

Esta etapa foi concluída, com excelente percepção dos participantes. A segunda parte do projeto será realizada durante o mês de junho, encerrando o ciclo de atividades. A partir de agora, as escolas colocarão em prática o planejamento realizado no módulo 4 e, junto aos alunos, farão uma atividade relacionada a algum dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

 

Histórico do projeto

O projeto de Engajamento Coletivo, realizado pelo IDIS, foi concebido com o propósito de desenvolver jovens e educadores em competências e habilidades para se envolverem em mudanças positivas na vida social e política em prol de melhorias no território de forma solidária, corresponsável e cidadã, contribuindo para o avanço da cultura de doação no país.

Implementado em 2019 em duas escolas estaduais de São Paulo, ainda em caráter piloto, precisou ser interrompido quando a pandemia impossibilitou atividades presenciais a partir de março de 2020. Remodelado, retomou as atividades com 43 professores de forma virtual e com novos parceiros após esse tempo de hiato.

O objetivo do projeto, então, passou a ser preparar os educadores (professores e coordenadores pedagógicos) para pautas ligadas ao engajamento coletivo, com base na competência 10 – Responsabilidade e Cidadania, da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Seminário Transformando Territórios reúne filantropos, empresas e sociedade civil

Em uma manhã fria de maio, IDIS e C.S. Mott Foundation reuniram um público diverso para debater e aprofundar o conhecimento sobre um importante tema: a filantropia comunitária e os desafios e perspectivas para seu desenvolvimento no Brasil. Realizadores do programa Transformando Territórios, que fomenta o desenvolvimento de fundações e institutos comunitários (FICs) no Brasil, promoveram o 1º Seminário Transformando Territórios com mais de 60 pessoas, entre líderes de FICs, filantropos, parceiros e apoiadores da causa.

Veja um resumo e depoimentos sobre o evento.

Reunimos aqui os destaques dos quatro painéis que integraram o evento.

O apoio à filantropia comunitária

“O apoio à filantropia comunitária” foi o painel que abriu o evento, mediado por Paula Fabiani (CEO do IDIS), com a participação de Antônio Carlos Pipponzi (Presidente do Conselho de Administração da RaiaDrogasil) e Luis Norberto Pascoal (Conselheiro da Fundação FEAC e fundador da Fundação Educar).

Audiência no Seminário Transformando Territórios. Foto: André Porto

 

Pipponzi destacou que, atualmente, existe uma grande expectativa que empresas apoiem organizações engajadas com questões sociais – como é o caso das FICs, por meio da filantropia comunitária. De acordo com ele, não há mais espaço para que as empresas entreguem apenas resultados financeiros. Para seguirem existindo, é necessário gerarem resultados positivos para a sociedade.

 

Pascoal acrescentou à reflexão que para encontrarmos soluções reais para o país é preciso construir valor dentro de territórios, com parcerias entre instituições comunitárias, setor público e privado –  precisam atuar em conjunto para que haja uma solução completa.

 

A importância do engajamento e parcerias nos territórios

Quando o assunto abordado passou a ser “A importância do engajamento e parcerias nos territórios”, na segunda mesa, os palestrantes concordaram que apoiar territórios é legitimar as atividades daquele lugar para que se crie um ambiente autônomo.

Beatriz Johannpeter (Diretora do Instituto Helda Gerdau e Embaixadora do Programa Transformando Territórios) e Cássio França (Secretário Geral do GIFE). Foto: André Porto

Cássio França (Secretário Geral do GIFE) e Mônica de Roure (Diretora Executiva da BrazilFoundation) subiram ao palco com a moderadora Beatriz Johannpeter (Diretora do Instituto Helda Gerdau e Embaixadora do Programa Transformando Territórios). Os painelistas destacaram, principalmente, a importância do combate à pobreza. “Não se pode normalizar a pobreza e os problemas sociais do Brasil. Se não reduzirmos a pobreza, que é o primeiro passo e mais importante, todos os outros problemas também irão regredir”, destacou França.

 

De acordo com o Censo GIFE 2020, o volume total de investimento social das organizações contempladas foi de R$ 5,3 bilhões, o que representa 63% a mais do que o previsto para 2020, que era de R$ 3,3 bilhões. O nível de doações durante a pandemia demonstrou o quanto é possível que os diversos atores sociais ajudem e doem além do que já vem sendo feito. Segundo os palestrantes, o grande desafio agora será manter o crescimento do investimento social privado.

Nesse contexto, tiveram grande atuação e importância as lideranças comunitárias que, por estarem inseridas nos territórios, puderam agir de forma ágil e eficiente, destinando os recursos da melhor forma.

Fundações e Institutos Comunitários com a agenda pública

 

O terceiro painel do seminário tratou sobre a relação das Fundações e Institutos Comunitários com a agenda pública. Lúcia Dellagnelo (Fundadora e conselheira do Instituto Comunitário Grande Florianópolis – ICOM e Embaixadora do Programa Transformando Territórios) e Eliana Sousa (Diretora Fundadora da Associação Redes da Maré e Líder participante do Programa Transformando Territórios), mediadas por Patrícia Loyola (Diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas) destacaram a ideia de que fundos comunitários surgem para formar um legado nos territórios onde estão inseridos, mantendo as mudanças e melhorias para gerações futuras.

O grande destaque do painel veio do debate sobre a importância de se compreender o que os territórios necessitam antes de filantropos ou empresas realizarem doações diretas. A criação de fundos comunitários por FICs foi apontada como uma solução. Elas seriam as receptoras dos recursos e responsáveis pela gestão e distribuição. Segundo Dellagnelo, essas instituições ‘ponte’ apoiam a estrutura social, conhecem o contexto das organizações de base e o que a população efetivamente necessita.

Perspectivas, potencialidades e desafios das Fundações e Institutos Comunitários

Fechando a manhã de reflexões sobre filantropia comunitária, Nicholas Deychakiwsky (Senior Program Officer da C.S. Mott Foundation), Shannon Lawder (Director of the Civil Society Program da C.S. Mott Foundation) e Mamo Mohapi (Program Officer da C.S.Mott Foundation) subiram ao palco com a moderação de Helena Monteiro (Diretora Executiva do David Rockefeller Center for Latin American Studies da Universidade de Harvard e Embaixadora do Programa Transformando Territórios) e finalizaram o seminário com a mesa Perspectivas, potencialidades e desafios das Fundações e Institutos Comunitários.

 

Nicholas destacou que as FICs têm o papel de compreender o que é necessário na sociedade e território, ponto que, muitas vezes, o 2º Setor (as empresas) acha que sabe mais por ter mais dinheiro. Mas, na realidade é um conhecimento que o 3º setor possui muito mais, justamente por essa proximidade com o território.

Helena Monteiro,  Shannon Lawder, Nicholas Deychakiwsky e Mamo Mohapi . Foto: André Porto

Ele acrescentou ainda que o sistema como o conhecemos atualmente irá ruir se não olharmos para o que o terceiro setor já vem fazendo e resolvendo há tanto tempo com mais atenção.

SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS E FICS

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico. São parceiros institucionais BrazilFoundation e GIFE.

Institutos e Fundações comunitárias tem se consolidado como um importante arranjo institucional para o desenvolvimento social e endereçamento das variadas demandas dos territórios, seja este um bairro, cidade ou região, com visão de longo prazo e buscando o impacto sistêmico para o desenvolvimento da região. São protagonistas da interlocução entre organizações e iniciativas sociais com os doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Estas organizações atuam como grantmakers, ou seja, financiam projetos e iniciativas sociais em múltiplas causas para endereçar as demandas e prioridades da região e fortalecem o terceiro setor da região com capacitações e apoio técnico, investem na produção de conhecimento e fomentam a cultura de doação no território onde atuam.

De acordo com levantamento realizado pelo Community Foundation Atlas, existem mais de 1.800 institutos e fundações comunitárias. Juntas, essas organizações movimentam mais de USD 5 bilhões todos anos. No Brasil, ainda são pouco conhecidas. Participam hoje do Transformando Territórios 14 organizações de todo país, com diferentes níveis de maturidade, mas todas comprometidas com a implantação do modelo da filantropia comunitária.

 

Saiba mais sobre o programa e os participantes em www.transformandoterritorios.org.br